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Cotas e autonomia: paradoxos da implementação da lei de cotas para cargos no legislativo paulista nos partidos PT, PSDB e PFL / Quotas and autonomy: paradoxes of the implementation of the law of quotas for positions in the legislative of São Paulo State in the PT, PSDB and PFL partiesRichartz, Terezinha 22 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-22 / The discussion about the low female partaking in the public sphere, especially in the legislative - a privileged locus for discussing and legislating about the destinies of a nation - has lately frequently arisen. This worry is due to the fact that the woman is considered, according to the law, equal to man in the political sphere. In practice, this equity does not take place. She continues, in spite of the legal equality, badly represented in the Executive as well as in the Legislative. This verification made the legislators create a rule that obliges the parties to present at least 30 % of women candidates in their rolls. The objectives of this thesis are: to go through the political process aiming at the inclusion of women, by obliging the establishment of quotas for women candidates to positions in the Legislative in São Paulo; to discuss the paradoxes (setting up of a system of quotas and the effective participation of women in the decision-making process) faced by the political parties PT, PSDB and PFL and to try to see if it is possible to state that the quotas applied to the election for positions in the legislative, in São Paulo, can be considered an autonomous movement. The focus was on the actors performing parliamentary mandate in the Assembly of São Paulo - parliamentarians elected in the elections of 2002 - and party representatives occupying some type of position in the direction of the PT, PSDB and PFL parties. The results indicate a paradoxical movement: internally, some parties have broadened the discussion and created agencies to foster the number of women candidates, but the majority has not been elected. Another paradox verified is that, in spite of the fact that some parliamentary women present projects concerned with the social change, many of them still continue to make part of the current social and sectarian politics. The small resistance movements, the imperceptible conquests and changes can be considered an autonomous movement because they have an important revolutionary element: they start to change the social relations in the micropolitics in order to, later, reach the social exclusion pattern in the macropolitics / A discussão sobre a baixa participação feminina no espaço público, especialmente no legislativo - locus privilegiado para discutir e legislar sobre os destinos de uma nação - tem aparecido, com freqüência, nos últimos tempos. Essa preocupação decorre do fato de que a mulher é considerada, pela lei, igual ao homem no campo político. Na prática, essa equidade não acontece. Ela continua, apesar da igualdade legal, sub-representada tanto no Executivo, como no Legislativo e no Judiciário. Essa constatação levou os legisladores a criarem uma norma que obriga os partidos a lançarem, pelo menos, 30% de candidatas em suas listas. Os objetivos dessa tese são: percorrer o processo político para inclusão das mulheres, por meio da obrigatoriedade do estabelecimento de cotas para candidatas a cargos no legislativo em São Paulo; discutir os paradoxos (implantação do sistema de cotas e a participação efetiva das mulheres no processo decisório) enfrentados pelos partidos políticos PT, PSDB e PFL e tentar verificar se é possível afirmar que as cotas aplicadas à eleição para cargos no legislativo, em São Paulo, podem ser consideradas um movimento autônomo. Foram enfocados os atores que estão exercendo mandato parlamentar na Assembléia Legislativa de São Paulo parlamentares eleitos no pleito de 2002 - e representantes partidários que ocupam algum tipo de cargo na direção dos partidos PT, PSDB e PFL. Os resultados apontam para um movimento paradoxal: internamente, alguns partidos ampliaram a discussão e criaram instâncias para fomentar o número de candidatas, mas a maioria não se elegeu. Outro paradoxo verificado é que, apesar de algumas parlamentares apresentarem projetos preocupados com a transformação social, muitas ainda continuam fazendo parte da política social vigente e sectária. Os pequenos movimentos de resistência, as imperceptíveis conquistas e transformações podem ser considerados um movimento autônomo porque contêm um elemento revolucionário importante: começam a transformar as relações sociais na micropolítica para, mais tarde, atingir o modelo de exclusão social na macropolítica
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A DOPS em Pernambuco no período de 1945 a 1956: autocracia em tempos de "democracia"? / The DOPS in Pernambuco during the period of 1945 to 1956: autocracy in times of democracy?Ricardo, Arleandra de Lima 27 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation displays the different forms of social control, monitoring
and repression exerted by the Office of Political and Social Order (DOPS) of
Pernambuco against the most varied social segments during the period between
1945 and 1956. The method of limiting and the monitoring extended to their own
agents of the DOPS, to the Air base of Recife, the plants, the political parties
(particularly to the Party Communist Brazilian), to the associations of classes and
also to the feminist movement. It was also possible to expose mainly, the
process of monitoring one of the militant women of the PCB, Adalgisa Rodrigues
Cavalcanti.
The research, through the analysis of documentation of the time, had as
its principle, to understand the internal logic of this system of National Security.
Thus disclosing how the DOPS, justified by ideology of the National Security,
throughout the decade of 1950, not only continued the effective repression during
the dictatorial period of Getúlio, but also extended its radius of action in to the
society.
The database that made possible such reflections was extracted from the
State Library Jordão Emerenciano in Recife (PE) organized by Marcília Gama
and her team. This database consists of dossiers and handbooks created by the
agents of the DOPS. Such dossiers contain comments of the agents on the
different social classes or the observations of these classes as materials
apprehended as proofs of subversion: periodicals, documents of the
organizations, acts of meetings, etc / Esta dissertação expõe como ocorreram as diferentes formas de controle
social, de vigilância e de repressão exercidas pela Delegacia de Ordem Política
e Social (DOPS) de Pernambuco contra os mais variados segmentos sociais no
período compreendido entre 1945 e 1956. O cerceamento e a vigilância que se
estenderam aos próprios agentes da DOPS, à Base Aérea de Recife, às
fábricas, aos partidos políticos (particularmente ao Partido Comunista Brasileiro),
às associações de classe e, também, ao movimento feminino. Foi possível expor
também, principalmente, o processo de vigilância em torno de uma das
militantes do PCB, Adalgisa Rodrigues Cavalcanti.
A pesquisa, através da análise da documentação da época, teve como
princípio, compreender a lógica interna deste sistema de Segurança Nacional.
Desta forma, revelar como a DOPS, justificada pela ideologia da Segurança
Nacional, ao longo da década de 1950, não apenas continuou a repressão
vigente no período ditatorial de Getúlio, assim como ampliou seu raio de ação na
sociedade.
A base de dados que possibilitou tais reflexões foi extraída do Acervo
Estadual Jordão Emerenciano em Recife (PE) organizado por Marcília Gama e
pela sua equipe. Essa base de dados é constituída por dossiês e por prontuários
criados pelos agentes da DOPS. Tais dossiês contêm observações dos agentes
sobre as classes ou sobre o estrato das classes vigiadas, além de materiais
diversos apreendidos como provas de subversão: jornais, documentos das
organizações, atas de reuniões, etc
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Estrutura de governo e ação política feminista: a experiência do PT na Prefeitura de São PauloDelgado, Maria do Carmo Godinho 10 October 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-10-10 / The present study focuses on the creation of governmental mechanisms, arisen in Brazil as of
the 1980s, designed to guide government intervention in women-related policies. It analyzes
the proposal, drafted by Workers Party feminist militants, of a government body for
elaboration, formulation and policy-executing, in conjunction with other government areas, so
as to propel the implementation of government political action from a feminist perspective.
It places the drafting of the proposal within the framework of the emergence of women as a
new political and social actor in the country, who organized a strong movement in the late
years of the dictatorship and pointed to the need for building specific instruments to influence
State action; hence, the creation of the councils on the status of women, as mediating bodies
between the women s movement and the State; a model distinct from that advocated by other
Workers Party feminists.
Considering the critique presented by the Workers Party feminists regarding the ambiguity
present in the concept underlying the councils on the status of women, the thesis analyzes the
implementation of the Workers Party proposal at the two moments during which the party
took over the local government of the city of São Paulo (1989-1992 and 2001-2004), with the
creation of the Women s Special Coordination (Coordenadoria Especial da Mulher). It points
out constraints to the proposal s assimilation by the party and the potentialities of feminist
action within the administration, boosted by a government structure designed to that end. It
confirms that the hierarchical locus in the government s organizational structure and the
legitimacy and authority for this body s mandate tributaries of the weight that the nucleus of
the government attributes to it are crucial for its action to be efficacious, affecting also
conditions available for performing the task.
It argues that the women s movement is a central actor in pushing for changes in State action,
albeit not sufficient. The presence of a feminist core inside political parties is decisive for the
State to adopt policies in favor of women, given that parties are the central agents in forming
governments. It also indicates that the political and economic context and the strategic
choices made by the women s movement strongly influence the likelihood of the State
including women policies in its agenda.
It considers that State action is still guided by a limited concept of women s citizenship,
which ascribes to them the priority responsibility for social reproduction, founded on the
dichotomy between public and private. It draws on elaborations on social relations of sex and
on the sexual division of labour as theoretical instruments that would better explain the
dynamic of inequality between women and men, to the detriment of the form whereby the
concept of gender was overwhelmingly incorporated in Brazil / Este trabalho aborda a criação de mecanismos governamentais voltados à intervenção do
poder público em políticas para mulheres, surgidos no Brasil a partir da década de 1980.
Analisa a proposta, elaborada por militantes feministas do PT, de um organismo de caráter
elaborador, formulador e executor de políticas, em conjunto com outras áreas de governo,
como propulsor da implantação de uma ação política de governo orientada por uma
perspectiva feminista.
Insere o surgimento da proposta no contexto de emergência das mulheres como um novo
sujeito político e social no país que, organizando um expressivo movimento nos anos finais da
ditadura, apontaram a necessidade de construir instrumentos específicos para incidir sobre a
ação do Estado; sendo, então, criados os conselhos da mulher, que se caracterizaram como
organismos de mediação entre o movimento de mulheres e o Estado; modelo distinto do
defendido por feministas petistas.
Considerando a crítica apresentada pelas petistas à ambigüidade presente na concepção de
conselhos da mulher, a tese analisa a implementação da proposta petista, nos dois momentos
em que o partido assumiu a prefeitura de São Paulo (1989-1992 e 2001-2004), com a criação
da Coordenadoria Especial da Mulher, apontando limites da assimilação da proposta pelo
partido e as potencialidades de uma ação feminista no interior da administração, impulsionada
por uma estrutura de governo voltada a este fim. Confirma que o lugar hierárquico na
estrutura organizacional do governo e a legitimidade e autoridade para a atuação deste
organismo tributárias do peso que o núcleo de governo atribui ao projeto são definitivos
para que sua ação seja eficaz; incidindo, também, sobre as condições disponíveis para o
desempenho do trabalho.
Argumenta que o movimento de mulheres é ator central para pressionar por mudanças na ação
do Estado, mas não suficiente. A presença de um pólo feminista no interior dos partidos
políticos é decisiva para que o Estado adote políticas em favor das mulheres, uma vez que são
os partidos os agentes centrais na formação dos governos. Aponta, ainda, que a conjuntura e
as opções estratégicas desenvolvidas pelo movimento de mulheres têm forte influência nas
possibilidades de que o Estado inclua em sua agenda políticas para as mulheres.
Considera que a ação do Estado ainda é pautada por uma concepção limitada da cidadania das
mulheres, que atribui a elas a responsabilidade prioritária com a reprodução social, fundada
na dicotomia entre público e privado. Apóia-se na elaboração sobre as relações sociais de
sexo e na divisão sexual do trabalho como instrumentos teóricos que melhor explicam a
dinâmica da desigualdade entre mulheres e homens, em detrimento da forma como o conceito
de gênero foi majoritariamente incorporado no Brasil
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Estrutura de governo e ação política feminista: a experiência do PT na Prefeitura de São PauloDelgado, Maria do Carmo Godinho 10 October 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-10-10 / The present study focuses on the creation of governmental mechanisms, arisen in Brazil as of
the 1980s, designed to guide government intervention in women-related policies. It analyzes
the proposal, drafted by Workers Party feminist militants, of a government body for
elaboration, formulation and policy-executing, in conjunction with other government areas, so
as to propel the implementation of government political action from a feminist perspective.
It places the drafting of the proposal within the framework of the emergence of women as a
new political and social actor in the country, who organized a strong movement in the late
years of the dictatorship and pointed to the need for building specific instruments to influence
State action; hence, the creation of the councils on the status of women, as mediating bodies
between the women s movement and the State; a model distinct from that advocated by other
Workers Party feminists.
Considering the critique presented by the Workers Party feminists regarding the ambiguity
present in the concept underlying the councils on the status of women, the thesis analyzes the
implementation of the Workers Party proposal at the two moments during which the party
took over the local government of the city of São Paulo (1989-1992 and 2001-2004), with the
creation of the Women s Special Coordination (Coordenadoria Especial da Mulher). It points
out constraints to the proposal s assimilation by the party and the potentialities of feminist
action within the administration, boosted by a government structure designed to that end. It
confirms that the hierarchical locus in the government s organizational structure and the
legitimacy and authority for this body s mandate tributaries of the weight that the nucleus of
the government attributes to it are crucial for its action to be efficacious, affecting also
conditions available for performing the task.
It argues that the women s movement is a central actor in pushing for changes in State action,
albeit not sufficient. The presence of a feminist core inside political parties is decisive for the
State to adopt policies in favor of women, given that parties are the central agents in forming
governments. It also indicates that the political and economic context and the strategic
choices made by the women s movement strongly influence the likelihood of the State
including women policies in its agenda.
It considers that State action is still guided by a limited concept of women s citizenship,
which ascribes to them the priority responsibility for social reproduction, founded on the
dichotomy between public and private. It draws on elaborations on social relations of sex and
on the sexual division of labour as theoretical instruments that would better explain the
dynamic of inequality between women and men, to the detriment of the form whereby the
concept of gender was overwhelmingly incorporated in Brazil / Este trabalho aborda a criação de mecanismos governamentais voltados à intervenção do
poder público em políticas para mulheres, surgidos no Brasil a partir da década de 1980.
Analisa a proposta, elaborada por militantes feministas do PT, de um organismo de caráter
elaborador, formulador e executor de políticas, em conjunto com outras áreas de governo,
como propulsor da implantação de uma ação política de governo orientada por uma
perspectiva feminista.
Insere o surgimento da proposta no contexto de emergência das mulheres como um novo
sujeito político e social no país que, organizando um expressivo movimento nos anos finais da
ditadura, apontaram a necessidade de construir instrumentos específicos para incidir sobre a
ação do Estado; sendo, então, criados os conselhos da mulher, que se caracterizaram como
organismos de mediação entre o movimento de mulheres e o Estado; modelo distinto do
defendido por feministas petistas.
Considerando a crítica apresentada pelas petistas à ambigüidade presente na concepção de
conselhos da mulher, a tese analisa a implementação da proposta petista, nos dois momentos
em que o partido assumiu a prefeitura de São Paulo (1989-1992 e 2001-2004), com a criação
da Coordenadoria Especial da Mulher, apontando limites da assimilação da proposta pelo
partido e as potencialidades de uma ação feminista no interior da administração, impulsionada
por uma estrutura de governo voltada a este fim. Confirma que o lugar hierárquico na
estrutura organizacional do governo e a legitimidade e autoridade para a atuação deste
organismo tributárias do peso que o núcleo de governo atribui ao projeto são definitivos
para que sua ação seja eficaz; incidindo, também, sobre as condições disponíveis para o
desempenho do trabalho.
Argumenta que o movimento de mulheres é ator central para pressionar por mudanças na ação
do Estado, mas não suficiente. A presença de um pólo feminista no interior dos partidos
políticos é decisiva para que o Estado adote políticas em favor das mulheres, uma vez que são
os partidos os agentes centrais na formação dos governos. Aponta, ainda, que a conjuntura e
as opções estratégicas desenvolvidas pelo movimento de mulheres têm forte influência nas
possibilidades de que o Estado inclua em sua agenda políticas para as mulheres.
Considera que a ação do Estado ainda é pautada por uma concepção limitada da cidadania das
mulheres, que atribui a elas a responsabilidade prioritária com a reprodução social, fundada
na dicotomia entre público e privado. Apóia-se na elaboração sobre as relações sociais de
sexo e na divisão sexual do trabalho como instrumentos teóricos que melhor explicam a
dinâmica da desigualdade entre mulheres e homens, em detrimento da forma como o conceito
de gênero foi majoritariamente incorporado no Brasil
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