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Argilominerais e ostracodes da Formação Alagamar (cretáceo inferior), Bacia Potiguar, NE - Brasil : paleoambiente e indicadores térmicosMichelli, Marcos José January 2002 (has links)
A Fonnação Alagamar corresponde ao estágio transicional na evolução tectono-sedimentar da bacia Potiguar, representada inicialmente por um ambiente tlúvio-deltaico passando a lagunar restrito com indícios de intluência marinha. Os resultados obtidos nas análises por DRX, a partir das frações> 2 11me < 211m, demonstram variações na composição mineralógica ao longo das perfurações analisadas. A principal característica é a forte contribuição de minerais detríticos na fração >2 I-lme a predominância de argilominerais na fração <2 I-lmrepresentados por esmectita, ilita, caulinita, clorita, sepiolita e interestratificados de ilitalesmectita (IIE) e cloritalesmectita (CIE). As carapaças de ostracodes identificadas correspondem a espécies nãomarinhas de três famílias mais comuns no Cretáceo: Cyprididae, Limnocytheridae e Darwinulidae. A avaliação estatística da composição ontogenética das espécies fósseis, tomou-se útil neste trabalho para estimar os níveis de energia do paleoambiente deposicional. As associações de argilominerais e ostracodes, caracterizadas ao longo dos cilindros de sondagens estudados na Fonnação Alagamar, sugerem a variação dos ambientes deposicionais a partir de um ambiente lacustre e de clima árido. Ainda a passagem por uma fase transgressiva com o aumento da salinidade, condições de fundo redutoras e margens subaquosas, ocasionam exposições subaéreas intennitentes, culminandono topo com um período mais úmido e condições de águas salinas O rico conteúdo em esmectita assemelha os depósitos da Fonnação Alagamar aos depósitos neoaptianos, os quais estão associados a condições climáticas com tendência à aridez. Sugere, ainda, morfologia pouco acidentada e drenagem reduzida ao redor de um paleolago restrito, o que favorece o desenvolvimento de solos do tipo vertissolo, fonte principal da esmectita da área. Os teores baixos de ilita e caulinita são, em grande parte, do resultado de erosão reduzida, atribuído ao relevo pouco acidentado da área. A associação dos argilominerais ilita, esmectita e interestratificados não ordenados indica condições rasas de soterramento e baixas temperaturas de diagênese nas amostras da base da perfuração RN6, alto de Macau. Ainda, a coloração apresentada pelas carapaças de ostracodes, entre o amarelo-laranja muito claro (2,5 Y 8/4) e amarelo amarronado(10 YR 6/6), sugerem níveis imaturos quanto à maturação da matéria orgânica. Na perfuração RN9, próxima a falha de Ubarana, condições de maturação da matéria orgânica são indicadas pelas cores cinza muito preto (5 Y 3/1) a preto (5 Y 2,5/1) apresentadas pelas carapaças de Candona sp.1, originalmente de cor branca (5 YR S/1 aiO YR 8/1). As intensidades e a fonna dos picos da ilita e da caulinita, a ausência de interestratificados e de argilominerais expansivos indicam condições de diagênese mais intensas que na perfuraçãoRN6. Associações de argilominerais identificadas em análises de difração de raios-X e mudanças na coloração das carapaças de ostracodes sugerem a utilização destes constituintes como indicadores ténnicos (geotennômetros) da maturação da matéria orgânica presente em rochas geradoras de hidrocarbonetos. Palavras chaves: Fonnação Alagamar, argilominerais, ostracodes, geotermômetros, bacia Potiguar.
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Ostracodes da Formação Quiricó, Cretáceo inferior, Bacia do São Francisco, estado de Minas Gerais, região Sudeste do BrasilLeite, Amanda Moreira 29 June 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2017. / Submitted by Priscilla Sousa (priscillasousa@bce.unb.br) on 2017-10-11T14:45:14Z
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Previous issue date: 2017-11-07 / Dezesseis espécies de ostracodes foram recuperadas em amostras da Formação Quiricó: Harbinia alta, Harbinia aff. Harbinia angulata, Harbinia aff. Harbinia crepata, Harbinia aff. Harbinia salitrensis, Harbinia symmetrica, Brasacypris fulfaroi, Brasacypris ovum, Cypridea conjugata, Cypridea hystrix, Cypridea infima, Cypridea jequiensis, Neuquenocypris antiqua, Penthesilenula martinsi, Penthesilenula pintoi sp. nov., Alicenula longiformis sp. nov. e Timiriasevia sanfranciscanensis sp. nov. As amostras estudadas são provenientes de três afloramentos no Estado de Minas Gerais: Fazenda Tereza, Município de João Pinheiro; às margens do ribeirão São José e ribeirão Quiricó, Fazenda São José, Município de Presidente Olegário. As associações de ostracodes permitem correlacionar a Formação Quiricó com diversas bacias continentais brasileiras: Grajaú, Araripe, Potiguar, Jatobá, Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Cedro, Paraná e Tucano. Adicionalmente, é possível correlacionar esta Formação ao Barremiano das bacias do Gabão e Congo, na África; Albiano, da bacia Austral, e Aptiano, da Formação D-129, da Argentina. As espécies de ostracodes recuperadas são tipicamente límnicas. No afloramento da Fazenda Tereza, há uma maior riqueza de gêneros e espécies de ostracodes, que associadas a oogônios de carófitas e a natureza sedimentar, indica a presença de paleoambiente lacustre com pH elevado e baixa salinidade. No afloramento ás margens do ribeirão São José há uma dominância de espécies do Gênero Harbinia, que associadas a natureza sedimentar encontrada, indica a presença de paleoambiente dominados por lagos com água salobra e hipersalina. No afloramento às margens do ribeirão Quiricó, há uma riqueza de espécies maior, quando comparado com o ribeirão São José, em um único horizonte, bem como a presença de oogônio carófita, que associado a natureza sedimentar, indica a presença de paleoambiente lacustre, com pH elevado e baixa salinidade. De acordo com a análise dos afloramentos estudados, assim como trabalhos anteriores, os sedimentos da Formação Quiricó foram depositados em sistema lacustre, especialmente na localidade do ribeirão São José há uma elevação na salinidade. / Sixteen species of ostracods were recovered in samples from the Quiricó Formation: Harbinia alta, Harbinia aff. Harbinia angulata, Harbinia aff. Harbinia crepata, Harbinia aff. Harbinia salitrensis, Harbinia symmetrica, Brasacypris fulfaroi, Brasacypris ovum, Cypridea conjugata, Cypridea hystrix, Cypridea infima, Cypridea jequiensis, Neuquenocypris antiqua, Penthesilenula martinsi, Penthesilenula pintoi new species, Alicenula longiformis new species e Timiriasevia sanfranciscanensis new species. The studied samples are from three outcrops from Minas Gerais State: Tereza Farm in João Pinheiro County; by the shores of São José river and Quiricó river, in São José Farm, Presidente Olegário County. The species association allow the correlation between Quiricó Formation with several other continental basins in Brazil: Grajaú, Araripe, Potiguar, Jatobá, Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Cedro, Paraná and Tucano. Additionally, it is possible to correlate this Formation with the Berremian of Gabão and Congo basins, in Africa; Albian of Austral basin and Aptian of D-129 Formation, from Argentina. The species of ostracods are typically limnic. In the Tereza Farm outcrop, there is a larger diversity of genera and species of ostracods, which associated with carophyte oogonium and with the sediments found, indicate a lacustrine paleoenvironment, with an elevated pH and low salinity. In the outcrop by the shore of São José river, there is a dominance of species belonging to the Harbinia genus, which associated with the sediments found, indicate a lacustrine paleoenvironment, dominated by saline and hypersaline waters. In the outcrop by the shores of Quiricó river, there is a large diversity of genera and species of ostracods, when compared to the São José river, as well as the presence of carophyte oogonium, which associated with the sediments found, indicate a lacustrine paleoenvironment, with an elevated pH and low salinity. According to the analysis of the studied outcrops, associated with previous works, the sediments from the Quiricó Formation were deposited in continental lacustrine environments, especially in the locality of the São José river, there is an elevation in salinity.
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O gênero xestoleberis sars, 1866 (crustacea-ostracoda) nas plataformas norte, nordeste e leste e no arquipélago de São Pedro e São Paulo, BrasilLuz, Nathália Carvalho da January 2015 (has links)
Os ostracodes constituem um importante grupo de microcrustáceos que tem despertado o interesse tanto das biociências quanto das geociências. Para tanto, é fundamental o estudo taxonômico destes organismos e o entendimento de sua distribuição e ecologia. Os trabalhos realizados na plataforma continental brasileira muito têm contribuído para o conhecimento do grupo, que é bastante diverso. Porém, a riqueza e complexidade dos ostracodes ressaltam a necessidade de mais estudos também na plataforma. Em ilhas oceânicas brasileiras, as pesquisas com ostracodes ainda é muito recente, com poucos trabalhos publicados. A importância de estudar os ambientes insulares reside no fato de tais áreas colaborarem para o entendimento da diversidade, biogeografia e evolução dos organismos. O presente trabalho visa aumentar o conhecimento do grupo na plataforma continental do Brasil, mais especificamente nas regiões Norte, Nordeste e Leste, e no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), através do estudo do gênero Xestoleberis Sars. Este gênero é bastante diversificado e amplamente distribuído em todos os oceanos, e, no Brasil, ocorre ao longo de toda a plataforma, além das ilhas oceânicas. Foi registrado um total de oito espécies nas áreas estudadas, sendo duas endêmicas ao ASPSP e seis pertencentes à plataforma. Das espécies encontradas na plataforma continental, quatro são novas, uma foi mantida em nomenclatura aberta e uma já havia sido previamente descrita. / The ostracods represent an important group of microcrustaceans that has aroused interest in biosciences and geosciences. For this, it is crucial the taxonomic study of these organisms and to understand their distribution and ecology. The works conducted in the Brazilian continental shelf contributed greatly to the knowledge of this group that is quite diverse. However, the great richness and complexity of ostracods highlight the need for more studies also in the platform. In the Brazilian oceanic islands, the searches on these crustaceans are still very recent, with a few numbers of published works. The study of insular habitat collaborates with the understanding of diversity, biogeography and evolution of the organisms. The present work aims to increase the knowledge of the group in the Brazilian continental shelf, specifically in the Northern, Northeastern and Eastern regions, and in the Archipelago of São Pedro and São Paulo (ASPSP), with the study of the genus Xestoleberis Sars. This genus is diversified and widely distributed in all oceans and in Brazil occurs along the entire shelf and in oceanic islands. Eight species were recorded in the study areas, two species are endemic to the ASPSP and six belong to the continental shelf. Among the platform species, four are new, one was maintained in open nomenclature and one was already described.
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O gênero xestoleberis sars, 1866 (crustacea-ostracoda) nas plataformas norte, nordeste e leste e no arquipélago de São Pedro e São Paulo, BrasilLuz, Nathália Carvalho da January 2015 (has links)
Os ostracodes constituem um importante grupo de microcrustáceos que tem despertado o interesse tanto das biociências quanto das geociências. Para tanto, é fundamental o estudo taxonômico destes organismos e o entendimento de sua distribuição e ecologia. Os trabalhos realizados na plataforma continental brasileira muito têm contribuído para o conhecimento do grupo, que é bastante diverso. Porém, a riqueza e complexidade dos ostracodes ressaltam a necessidade de mais estudos também na plataforma. Em ilhas oceânicas brasileiras, as pesquisas com ostracodes ainda é muito recente, com poucos trabalhos publicados. A importância de estudar os ambientes insulares reside no fato de tais áreas colaborarem para o entendimento da diversidade, biogeografia e evolução dos organismos. O presente trabalho visa aumentar o conhecimento do grupo na plataforma continental do Brasil, mais especificamente nas regiões Norte, Nordeste e Leste, e no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), através do estudo do gênero Xestoleberis Sars. Este gênero é bastante diversificado e amplamente distribuído em todos os oceanos, e, no Brasil, ocorre ao longo de toda a plataforma, além das ilhas oceânicas. Foi registrado um total de oito espécies nas áreas estudadas, sendo duas endêmicas ao ASPSP e seis pertencentes à plataforma. Das espécies encontradas na plataforma continental, quatro são novas, uma foi mantida em nomenclatura aberta e uma já havia sido previamente descrita. / The ostracods represent an important group of microcrustaceans that has aroused interest in biosciences and geosciences. For this, it is crucial the taxonomic study of these organisms and to understand their distribution and ecology. The works conducted in the Brazilian continental shelf contributed greatly to the knowledge of this group that is quite diverse. However, the great richness and complexity of ostracods highlight the need for more studies also in the platform. In the Brazilian oceanic islands, the searches on these crustaceans are still very recent, with a few numbers of published works. The study of insular habitat collaborates with the understanding of diversity, biogeography and evolution of the organisms. The present work aims to increase the knowledge of the group in the Brazilian continental shelf, specifically in the Northern, Northeastern and Eastern regions, and in the Archipelago of São Pedro and São Paulo (ASPSP), with the study of the genus Xestoleberis Sars. This genus is diversified and widely distributed in all oceans and in Brazil occurs along the entire shelf and in oceanic islands. Eight species were recorded in the study areas, two species are endemic to the ASPSP and six belong to the continental shelf. Among the platform species, four are new, one was maintained in open nomenclature and one was already described.
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Taxonomia e paleoecologia de ostracodes do cretáceo: Bacia de Cedro, Estado de Pernambuco, NE - Brasil: Implicações paleoambientais e biostratigráficasEmilia Tavassos Rios Tomé, Maria January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Na bacia de Cedro, durante o Andar Alagoas, ocorreu a deposição de sedimentos da fase Pós-rifte, correspondente a Formação Crato. A amostragem realizada nesses sedimentos permitiu a identificação de cinco gêneros e 18 espécies de ostracodes límnicos: Harbinia angulata (Krömmelbein & Weber,1971), Harbinia micropapillosa (Bate,1972), Harbinia crepata Do Carmo, 1998 nom. nud., Harbinia sinuata (Krömmelbein & Weber,1971), Harbinia cf. H. alta Do Carmo, 1998 nom. nud., Harbinia cf. H. triangulata Gobbo-Rodrigues, 2006, Darwinula martinsi Silva, 1978c emend. Do Carmo et al., 2004, Brasacypris cf. B. subovatum Do Carmo,1998 nom. nud., Candona subtriangulata Gobbo-Rodrigues, 2006 nom. nud., Candona elegans Gobbo-Rodrigues 2006 nom. nud., Candona sp. 1, Candona sp. 2, Candona sp. 3, Candona sp. 4, ?Candona sp. , Paracypria sp., Harbinia sp. 1 e Harbinia sp. 2. A análise bioestratigráfica a partir dos ostracodes límnicos, identificou a biozona da Harbinia spp. 201/218, código O11, referente ao Andar Alagoas. A ostracofauna que caracteriza a Biozona O11 na bacia de Cedro é marcada por um número considerável de espécies, com ocorrências autóctones e alóctones. Candona sp. 4, assim como Harbinia sp. 2, Harbinia angulata e Harbinia sinuata são consideradas espécies guias encontradas nos sedimentos da porção inferior da Formação Crato, enquanto Brasacypris subovatum e Darwinula martinsi compõem a associação dessa biozona. Através da análise dos histogramas foi possível identificar oito espécies autóctones representativas de variação de energia no ambiente: Harbinia angulata, Harbinia sp. 2, Candona elegans e Candona sp. 4, amostra MP-916; ?Candona sp. e Paracypria sp., amostra MP-917; Darwinula cf. D. martinsi e Harbinia sp., amostra MP-918. As espécies autóctones indicam condições de ambiente não marinho e água salobra. A partir deste estudo, foi possível correlacionar os sedimentos Aptianos da bacia de Cedro com àqueles encontrados na Formação Crato, bacia do Araripe
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Ostracodes da transição entre as formações Itamaracá e Gramame Bacia Paraíba: taxonomia, implicações paleoecológicas, paleoambientais e bioestratigráficasRegina Moura, Cleide January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis / Os ostracodes cretáceos marinhos ocorrem de forma relativamente abundante nas
bacias sedimentares marginais brasileiras, e estão sendo alvo de diversos trabalhos que
permitirão estudos mais acurados em paleoecologia, interpretações paleoambientais,
paleobigeografia e na bioestratigrafia.
Neste trabalho foram estudados ostracodes marinhos de vinte amostras do testemunho
IG03PE do Projeto Fosfato (CPRM) localizado na cidade de Igarassu-PE, no intervalo de
transição entre a Formação Itamaracá e Gramame. O material também foi descrito do ponto
de vista faciológico, contribuindo com as interpretações paleoambientais juntamente com os
ostracodes que foram identificados, descritos e ilustrados.
A faciologia foi feita de modo a discutir as formações Itamaracá e Gramame no
testemunho, assim como suas respectivas relações com a microfauna das amostras analisadas.
Na Formação Itamaracá foram individualizadas quatro fácies com altos valores de raio gama
representando as camadas ricas em fosfato (A1, A2, A3 e C1), caracterizadas por siliciclastos
com cimento dolomítico, variando das fácies A1 a A3 de arenitos grossos a finos e a fácies C1
que representa um wackstone. Na Formação Gramame foi identificada apenas uma fácies
caracterizada por um mudstones/wackstones, bastante bioturbado.
Foram identificadas 12 espécies, do total de 178 espécimes, todas pertencentes à
Formação Gramame, na Formação Itamaracá não foi encontrado ostracode marinho. A
maioria dos exemplares classificados pertence ao gênero Cytherella representando sete tipos
diferentes de espécies, sendo a Cytherella aff. ovoidea mais abundante. Além destes ocorrem
também Paracosta, Loxoconch, Protobutonia e Cythereis ? como formas mais raras.
A presença dos ostracodes, associados aos outros microfósseis principalmente
foraminíferos, forneceram dados paleoecológicos, paleoambientais e bioestratigráficos, que
sugerem que as camadas fosfáticas da Formação Itamaracá foram depositadas em um
ambiente marinho raso de alta energia, de idade Maastrichtiana, estando o nível do mar
aumentando relativamente até a transição com a Formação Gramame. A Formação Gramame
é constituída por uma fauna exclusivamente marinha, cuja associação microfossílifera indica
um ambiente marinho relativamente profundo de zona nerítica externa de idade
Maastrichtiana superior
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Ostracodes cretáceos (Turoniano-Maastrichtiano) da Bacia do Pará-Maranhão : aspectos taxonômicos, paleoecológicos e paleobiogeográficosPiovesan, Enelise Katia 11 August 2008 (has links)
Submitted by Mariana Dornelles Vargas (marianadv) on 2015-03-19T12:24:18Z
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Previous issue date: 2008-08-11 / CENPES - Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello / Neste trabalho apresentam-se os resultados do estudo taxonômico dos ostracodes marinhos da Bacia do Pará-Maranhão, no intervalo Turoniano-Maastrichtiano, e das respostas paleoambientais e de distribuição paleobiogeográfica das assembléias. O material analisado constituiu-se de 65 amostras de calha, provenientes de dois poços, denominados 1-MAS-12 e 1-MAS-16. O poço 1-MAS-16 possui profundidade entre 3552-4990 m, de idade Turoniano-Maastrichtiano e o poço 1-MAS-12 com profundidade entre 2145-2685 m, abrangendo o Campaniano-Maastrichtiano. A abundância registrada totalizou 841 espécimes, identificados em 61 espécies, incluídos em 30 gêneros, pertencentes a 13 famílias. As espécies identificadas foram as seguintes: Macrocypris longana Bold, 1960; Bairdoppilata cespedesensis (Bold, 1946); Isocythereis carlsbardensis Holden, 1964; Protobuntonia numidica Grekoff, 1954; Loxoconcha safeni Sarr, 1998; Krithe cushmani Alexander, 1929; Paracypris cf. P. gracilis (Bosquet, 1854); Ovocytheridea cf. O. aegyptiaca Morsi, 2000; Cytheropteron cf. C. brasiliensis Fauth et al., 2005; Xestoleberis aff. X. minuta Holden, 1964; 51 espécies foram deixadas em nomenclatura aberta e 11 táxons permaneceram indeterminados. Os gêneros mais diversificados foram Cytherella, Krithe e Bairdoppilata, com sete, seis e cinco espécies, respectivamente. As variações no nível do mar refletiram-se na constituição das associações faunísticas, evidenciando baixa diversidade e abundância no intervalo Turoniano e Santoniano e, a partir do Maastrichtiano inferior, há um aumento significativo no número de espécimes e espécies, possivelmente associado a um evento regressivo. A partir das características da fauna e de uma minuciosa revisão bibliográfica, foi possível inferir um ambiente de plataforma rasa, em ambos os poços. Na análise paleoecológica também foi discutida a presença expressiva de exemplares de Platycopina e sua associação a níveis disaeróbicos, concluindo-se que os dados não disponíveis foram suficientes para inferir baixos níveis de oxigenação, uma vez que seus picos de abundância ocorrem associados a um grande número de espécies. A tentativa de encontrar uma relação entre a litologia e a ocorrência dos táxons também não apresentou resultados significativos, possivelmente em função do tipo de amostragem (calha). Através do estudo paleobiogeográfico estabeleceram-se afinidades faunísticas, durante o Senoniano, com o noroeste da África e Caribe. / This work presents the results of the taxonomic study of the Turonian-Maastrichtian marine ostracodes of Pará-Maranhão Basin, their palaeoenvironmental responses and paleobiogeographical distribution. The 65 studied samples are from two wells: the 1-MAS-16 (3552-4990 m, Turonian-Maastrichtian) and the 1-MAS-12 (2145-2685 m, Campanian-Maastrichtian). 841 specimens were recorded, identified in 61 species, belonging to 30 genera and 13 families. The identified species were: Macrocypris longana Bold, 1960; Bairdoppilata cespedesensis (Bold, 1946); Isocythereis carlsbardensis Holden, 1964; Protobuntonia numidica Grekoff, 1954; Loxoconcha safeni Sarr, 1998; Krithe cushmani Alexander, 1929; Paracypris cf. P. gracilis (Bosquet, 1854); Ovocytheridea cf. O. aegyptiaca Morsi, 2000; Cytheropteron cf. C. brasiliensis Fauth et al., 2005; Xestoleberis aff. X. minuta Holden, 1964; 51 species were left in open nomenclature and 11 taxa remained indeterminate. Cytherella, Krithe and Bairdoppilata were the most diversified genera, with seven, six and five species, respectively. Sea level changes are reflected in the faunistic association, showing low diversity and abundance during the Turonian-Santonian. In the other hand, in the lower Maastrichtian, there is a significant increase in the number of specimens and species, possibly as a consequence of a regressive event. From the characteristics of the association and the literature revision it was possible to infer a shallow environment for both wells. In the paleoecological analysis, the expressive presence of Platycopina and their association with disaerobic levels was also discussed, concluding that there was no relation to oxygen levels, due to the presence of a large number of species. The attempt to link the lithology to the occurrence of taxa had no significative results, possibly due to the sampling type (ditch cuttings). Throughout the paleobiogeographical study faunal affinities have been established for the Senonian, with the Northwest Africa and the Caribbean region.
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Fósseis em micritos quaternários da Serra da Bodoquena, Bonito-MS e sua aplicação em estudos paleoambientais / Fossils in quaternary micrites of Bodoquena Range, Bonito-MS and their application in paleoenvironmental studiesUtida, Giselle 22 May 2009 (has links)
O município de Bonito e arredores em Mato Grosso do Sul apresentam atrações turísticas relacionadas a diversos tipos de depósitos carbonáticos quaternários, que formam cachoeiras, barragens naturais e tornam as águas de turbidez quase nula. A área está inserida no Parque Nacional da Serra da Bodoquena e na Reserva da Biosfera do Pantanal (UNESCO). As tufas calcárias são rochas porosas formadas pela precipitação do carbonato de cálcio em água doce e podem conter diversos tipos de fósseis. Apresentam-se sob a forma de cachoeiras, barragens e sedimentos lacustres que formam depósitos micríticos inconsolidados, descritos dentro da Formação Xaraiés. Os micritos são extensos e relativamente espessos em toda a região. Contudo, a maior parte das ocorrências está intemperizada, parcialmente erodida e distribuída em áreas limitadas. O presente estudo foca a caracterização paleontológica, granulométrica e geoquímica (elementos maiores, menores, traços e isótopos de carbono e oxigênio), através de levantamento de detalhe dos micritos da área da Mineração Calcário Xaraés, em Bonito (MS). As amostras foram obtidas por furo de trado, coleta de amostras superficiais e de bloco decimétrico orientado para estudo tafonômico, complementado com investigação de campo e amostragem de algumas áreas na Serra da Bodoquena, Pantanal e Corumbá. Os micritos da Mineração Calcário Xaraés, são depósitos lacustres e podem ser descritos em três eventos: 1: base afossilífera, oncólitos, argilominerais e dados isotópicos marcam um período de maior umidade; 2: ostracodes, algas caráceas e gastrópodes fósseis que colonizaram este estágio e a baixa variação dos dados isotópicos sugerem um período estável; 3: gastrópodes de água doce resistentes a ressecamento colonizaram esta etapa, em associação com os dados isotópicos sugerem processos alternados de evaporação e umidade. O topo da seção estudada é marcada por evaporação total da água do lago, morte em massa do gastrópode Biomphalaria e instalação do gastrópode Idiopyrgus. A ausência de estruturas sedimentares, orientação, seleção e fragmentação dos bioclastos e o empacotamento fraco a disperso e feições de alteração dos bioclastos por tempo de exposição na interface água-sedimento denotam condições estáticas do ambiente durante o processo final de deposição. Estas características também sugerem abastecimento do lago por águas subterrâneas, pois produzem menor taxa de alteração dos bioclastos e manutenção das condições químicas da água, como demonstrado pela homogeneidade dos dados geoquímicos. Outros depósitos estudados de micritos também apresentam resultados semelhantes. Há forte presença de indivíduos do gênero Biomphalaria e da Família Hydrobiidae nos depósitos. Dados de campo mostram os depósitos de tufas calcárias na região com extensão maior que as registradas, ocorrendo principalmente próximos aos leitos dos rios atuais, que os dissolvem nos períodos chuvosos. Os depósitos de tufas calcárias da Serra da Bodoquena, principalmente os micríticos, provavelmente foram formados nos últimos 10.000 anos, indicando período mais quente e seco que o atual. Os últimos 2.700 na região podem ser caracterizados por aumento da umidade, extinção dos depósitos micríticos e instalação dos depósitos de tufas de cachoeira e barragens. / Bonito town and surrounding areas in Mato Grosso do Sul state are tourist attractions related with many quaternary carbonate deposits which form waterfalls, dams and render almost zero turbidity waters. That area is part of the National Park of Bodoquena Range and Pantanal Biosphere Reserve (UNESCO). Calcareous tufa are porous rocks formed by calcium carbonate laid down in freshwaters containg a great variety of fossils. They were presented in form of waterfalls, dams and lacustrine sediments, forming unconsolidated micritic deposits, being part of the Xaraés Formation. Micritic deposits are extensive and thick in whole area. Most of the deposits are weathered, partly eroded and distributed in restricted areas. The present study focuses on paleontological, granulometric, and geochemical (major, minor and trace elements, carbon and oxygen isotopes) data. The micritic deposits of Calcário Xaraés Mine in Bonito (MS) are detailed studied. Samples were obtained by auger drilling, also in outcrops area and one orientated centimetric indeformed block for taphomic study. The research was complemented with field study and sampling in the Bodoquena Range, Pantanal and Corumbá. Calcário Xaraés Mine micrites are lacustrine deposits. We described through three events: 1: their base does not contain fossils, but bears oncoids, clayminerals. Isotope data point to a wetter period, 2: ostracods, charophytes and gastropods fossils colonized this episode and homogeneity of isotope data suggest a stable event, 3: freshwater gastropods endured scarce water conditions so colonized the area. The isotope data then was varied suggesting alternated periods of evaporation and humidity. Total water lake evaporation resulted in the mass death of the Biomphalaria gastropod and consequent with diffusion of Idiopyrgus gastropod. Absence of sedimentary structures, bioclastic orientation, selection and fragmentation, weak to dispersal packing bioclast and bioclastic alteration features, are indications of long durantion in the water-sediment interface. These features suggest environmental static conditions during the final deposition. These features also suggest groundwater supplies to the lake, leading to less bioclastic alteration, and maintaing chemical water conditions, such as homogeneity of geochemical data. Other studied micritic deposits show almost the same results. There is strong presence of gastropod Biomphalaria and Hydrobiidae Family on these deposits. Field data show calcareous tufa deposits with an extension larger than the studied area, occurring mainly next to the rivers, which dissolve micritic in the rainy period. Bodoquena Range calcareous tufa deposits, mainly micritic sediments, probably were formed in the last 10.000 years, indicating a hotter and drier period than nowadays. The last 2.700 years in this region can be characterized by humidity increase, micritic deposits extinctions and installation of waterfalls and dams tufa depositions.
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Origem e taxonomia dos Ostracodes (Crustacea) da Ilha da Trindade, BrasilGhilardi, Virgínia Graziela January 2004 (has links)
A Ilha da Trindade dista aproximadamente 1.167 km da costa, estando situada no mesmo paralelo de Vitória, capital do estado do Espírito Santo. Diversos estudos sobre a biologia de organismos da Ilha e do mar no seu entorno já foram realizados, mas nenhum sobre a fauna de ostracodes. Nas amostras analisadas foram encontrados 19 gêneros e 21 espécies de ostracodes, sendo que destes apenas Australimoosella Hartmann não era conhecido para o Oceano Atlântico. Uma diagnose para Loxoconcha bullata Hartmann, é aqui proposta e também está sendo apresentada uma descrição mais detalhada da morfologia da carapaça, uma vez que no trabalho original não há diagnose e a descrição é baseada principalmente em características das partes moles. É provável que a maioria das espécies de ostracodes da Ilha da Trindade tenha migrado da costa brasileira através dos seamounts do lineamento Vitória-Trindade. Apenas duas espécies de Caudites, uma de Auradilus e outra de Australimoosella se originaram nos oceanos Índico ou Pacífico, e tiveram sua migração para o Atlântico Oeste facilitada por esta feição geomorfológica do fundo oceânico. Um número significativo das espécies identificadas ocorre também em outras ilhas oceânicas, sendo típicas de águas rasas e quentes.
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Aspectos ecológicos e zoogeográficos dos Ostracodes da região de Cabo Frio, Rio de JaneiroMachado, Cláudia Pinto January 2002 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo avaliar alguns aspectos relacionados à zoogeografia e ecologia dos ostracodes da plataforma interna norte do Rio de Janeiro, próximo à cidade de Cabo Frio. O material de estudo resultou da análise de 43 amostras sedimentológicas coletadas durante a expedição GEOCOSTA RIO II. Este estudo permitiu o reconhecimento de 16 famílias, 49 gêneros, 66 espécies e dois gêneros que permaneceram em nomenclatura indeterminada. A descrição de uma nova espécie, Actinocythereis brasiliensis sp. n., também foi realizada no âmbito do presente trabalho. As famílias mais representativas quanto à abundância e o número de espécies foram Thaerocytheridae e Cytheruridae, respectivamente. A espécie mais constante na área foi Caudites ohmerti e, dentre as com maior dominância estão, Caudites ohmerti, Meridionalicythere? dubia, Callistocythere litoralensis, Paracytheridea bulbosa, Urocythereis dimorphica, Henryhowella inflata, Oculocytheropteron delicatum, Xestoleberis umbonata, Henryhowella macrocicatricosa e Brasilicythere reticulispinosa. As preferências sedimentológicas e batimétricas das espécies são também discutidas neste trabalho. É sugerido que se estenda a distribuição zoogeográfica, um pouco mais ao norte, para sete espécies: Cushmanidea variopunctata, Neocytherideis impudicus, Hemingwayella advena, Hemingwayella sp., Urocythereis dimorphica, Munseyella cornuta e Basslerites costata. A grande maioria das espécies são características da plataforma continental sul, sendo que destas o maior percentual pertence à Subprovíncia Sul-Brasileira. De acordo com a fauna registrada, predominantemente de águas frias, chegamos a conclusão que a sua presença se deve, em grande parte, à influência da ressurgência marinha na área de estudo.
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