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Caracterização de compostos bioativos de três variedades de Pitanga (Eugenia Uniflora L.) / Characterization of the main bioactive compounds of three pitanga varieties (Eugenia Uniflora L.)

Souto, Mariana Magalhães 24 May 2017 (has links)
Os frutos da pitangueira pertencem à família Myrtaceae e podem ser encontrados em três variedades da mesma espécie, reconhecidos de acordo com a cor dos frutos como amarelo, vermelho e roxo. O objetivo deste estudo é caracterizar as três variedades de frutos de pitanga, com relação aos principais carotenoides e compostos fenólicos, e seu comportamento durante o desenvolvimento. Os frutos foram obtidos da região de Campinas (IAC) e fornecidos pela EMBRAPA - (RS). Os extratos metanólico dos frutos foram caracterizados quanto ao conteúdo antocianinas monoméricas, onde somente a variedade roxa, das diferentes plantas e região, apresentou aumento de concentração de antocianinas monoméricas com o desenvolvimento (0,59 a 1,94 mg cy-3-glu eq/g b.s. e 1,43 a 8,47 cy-3-glu eq/g b.s. para o estádio intermediário e maduro, respectivamente. Além disso, a variedade roxa no estádio maduro apresentou maior concentração de fenólicos totais (6,52 a 18,42 mg de AG/g b.s.) quando comparados às outras. O ácido cítrico foi identificado, por CLAE/DAD, como o ácido orgânico majoritário, seguido pelos ácidos succínico e málico, em todas as variedades, com maior concentração no estádio verde. De acordo com a concentração de ácido ascórbico, a pitanga não é uma boa fonte de vitamina C, apresentando valor máximo de 4,0 mg/g b.s no estádio maduro. Os açúcares majoritários encontrados foram a glicose e a frutose. A antocianina majoritária, identificada por LC-ESI-MS/MS, da variedade roxa, no estádio maduro foi a cianidina-3-glicosídeo, com uma variação de 8,05 a 640,53 mg/100g b.s, já o flavonoide majoritário na variedade amarela e vermelha foram miricetina e quercetina em ambas variedades. O carotenoide majoritário identificado por CLAE/DAD, em todas variedades no estádio maduro foi o licopeno, onde a variedade vermelha se destaca pela maior concentração. Dessa forma, o perfil de flavonoides não é alterado com o desenvolvimento, mas é observado uma redução no seu conteúdo nas variedades vermelha e amarela; já a variedade roxa apresenta alteração no perfil de flavonoides, com a expressão de antocianinas no estádio maduro. Por outro lado, o perfil de carotenoides em todas as variedades não sofreu alteração. / The fruits of the pitangueira belong to the family Myrtaceae and can be found in three varieties of the same species, recognized according to the color of the fruits as yellow, red and purple. The aim of this study was characterize the fruits of three pitanga varieties, according to the carotenoids and phenolic compounds composition, and their behavior during ripening. The fruits were obtained from the Campinas region and also provided by EMBRAPA - (RS). Monomeric anthocyaninswere detected only on purple variety, presenting 0.59 to 1.94 mg cy-3-Ο-glu eq/g d.w. and 1.43 to 8.47 cy-3-Ο-glu eq/g d.w.) for the intermediate and mature stages, respectively. In addition, the purple variety at the mature stage had the highest total phenolics concentration (6.52 to 18.42 mg of AG/g d.b.) as compared to other varieties. The citric acid was identified as the major organic acid, followed by succinic and malic acids, in all varieties, with a higher concentration in the green stage. According to the concentration of ascorbic acid, pitanga could not be considered a good source of vitamin C, presenting the highest amount of the 4.0 mg/g d.w. at the mature stage. The major soluble sugars found were glucose and fructose. The major anthocyanin of the purple variety, identified by LC-ESI-MS/MS in the mature stage, was cyanidin-3-Ο-glucoside, ranging from 8.05 to 640.53 mg /100g d.w., whereas the major flavonoids in the yellow and red varieties were myricetin and quercetin. The flavonoid profile was not altered with ripe developing, but a decrease in its content was observed in the red and yellow varieties; on the other hand, the purple variety presented a change in the flavonoid profile, with the expression of anthocyanins in the mature stage. The carotenoids profile in all varieties was the same. The major carotenoid identified by HPLC/DAD, at the mature stage, was lycopene, where the red variety presented the highest concentration.
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O lugar como locús de estudo na geografia

Manchur, Josiane January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-09-05T04:03:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 348291.pdf: 5322091 bytes, checksum: a1f93c31c30b763bfe3d639ac9f460c4 (MD5) Previous issue date: 2016 / O objetivo dessa dissertação centra-se na apreensão e análise do ensino de geografia por meio da cultura ucraniana. Para isso nossa abordagem tem como foco o processo de constituição do lugar e as práticas culturais através das manifestações religiosas compreendendo o significado da religião para essa cultura, pois constroem no território como um dos primeiro marcos de sua identidade cultural pequenas igrejas, na qual é o local de encontros e práticas religiosas até os dias atuais. Nossa área de estudo é a Paróquia Nossa Senhora da Glória, localizada no Município de Pitanga-PR, e as dezoito comunidades rurais que estão sob sua responsabilidade, bem como cidades vizinhas como Palmital, Santa Maria do Oeste, Ariranha do Ivaí, Ivaiporã, Nova Tebas, Manoel Ribas, Boa Ventura de São Roque e Cândido de Abreu, destacando que em cada comunidade há uma igreja construída e mantida pelos descendentes de ucraniano. Para essa investigação adotam-se metodologias investigativas como trabalho de campo e entrevistas. Nesse contexto histórico compreendemos que a formação do espaço geográfico na escala local se torna objeto da pesquisa e ensino para as aulas de Geografia, visando uma aprendizagem integrada e contextualizada com a realidade. A partir dessa referência, tomamos um recorte metodológico da pesquisa-ação e a pesquisa no ensino, centrado em alunos como sujeitos do processo focado visando compreender o ensino geográfico até então aprendido por eles. Consideramos uma aprendizagem por meio dos conceitos geográficos e do método de pesquisa no ensino com alunos do projeto de Altas Habilidades do Colégio Antônio Dorigon através de dez encontros presenciais semanais de duração de duas horas com diferentes recursos didáticos, como músicas, poemas e fotografias, além de duas saídas de campo para estudo e observação da cultura ucraniana com objetivo final a elaboração de uma produção didática autoral sobre a temática. Destacamos assim a importância de se trabalhar com práticas pedagógicas na Educação Básica, que promovam o desenvolvimento da autonomia e construção do conhecimento articulado com a aprendizagem do estudo da realidade local como relevância, tanto por uma metodologia para melhor apropriação do sentido do espaço geográfico, como, em especial, em possíveis discussões sobre as dimensões do conhecimento geográfico.
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Caracterização de compostos bioativos de três variedades de Pitanga (Eugenia Uniflora L.) / Characterization of the main bioactive compounds of three pitanga varieties (Eugenia Uniflora L.)

Mariana Magalhães Souto 24 May 2017 (has links)
Os frutos da pitangueira pertencem à família Myrtaceae e podem ser encontrados em três variedades da mesma espécie, reconhecidos de acordo com a cor dos frutos como amarelo, vermelho e roxo. O objetivo deste estudo é caracterizar as três variedades de frutos de pitanga, com relação aos principais carotenoides e compostos fenólicos, e seu comportamento durante o desenvolvimento. Os frutos foram obtidos da região de Campinas (IAC) e fornecidos pela EMBRAPA - (RS). Os extratos metanólico dos frutos foram caracterizados quanto ao conteúdo antocianinas monoméricas, onde somente a variedade roxa, das diferentes plantas e região, apresentou aumento de concentração de antocianinas monoméricas com o desenvolvimento (0,59 a 1,94 mg cy-3-glu eq/g b.s. e 1,43 a 8,47 cy-3-glu eq/g b.s. para o estádio intermediário e maduro, respectivamente. Além disso, a variedade roxa no estádio maduro apresentou maior concentração de fenólicos totais (6,52 a 18,42 mg de AG/g b.s.) quando comparados às outras. O ácido cítrico foi identificado, por CLAE/DAD, como o ácido orgânico majoritário, seguido pelos ácidos succínico e málico, em todas as variedades, com maior concentração no estádio verde. De acordo com a concentração de ácido ascórbico, a pitanga não é uma boa fonte de vitamina C, apresentando valor máximo de 4,0 mg/g b.s no estádio maduro. Os açúcares majoritários encontrados foram a glicose e a frutose. A antocianina majoritária, identificada por LC-ESI-MS/MS, da variedade roxa, no estádio maduro foi a cianidina-3-glicosídeo, com uma variação de 8,05 a 640,53 mg/100g b.s, já o flavonoide majoritário na variedade amarela e vermelha foram miricetina e quercetina em ambas variedades. O carotenoide majoritário identificado por CLAE/DAD, em todas variedades no estádio maduro foi o licopeno, onde a variedade vermelha se destaca pela maior concentração. Dessa forma, o perfil de flavonoides não é alterado com o desenvolvimento, mas é observado uma redução no seu conteúdo nas variedades vermelha e amarela; já a variedade roxa apresenta alteração no perfil de flavonoides, com a expressão de antocianinas no estádio maduro. Por outro lado, o perfil de carotenoides em todas as variedades não sofreu alteração. / The fruits of the pitangueira belong to the family Myrtaceae and can be found in three varieties of the same species, recognized according to the color of the fruits as yellow, red and purple. The aim of this study was characterize the fruits of three pitanga varieties, according to the carotenoids and phenolic compounds composition, and their behavior during ripening. The fruits were obtained from the Campinas region and also provided by EMBRAPA - (RS). Monomeric anthocyaninswere detected only on purple variety, presenting 0.59 to 1.94 mg cy-3-Ο-glu eq/g d.w. and 1.43 to 8.47 cy-3-Ο-glu eq/g d.w.) for the intermediate and mature stages, respectively. In addition, the purple variety at the mature stage had the highest total phenolics concentration (6.52 to 18.42 mg of AG/g d.b.) as compared to other varieties. The citric acid was identified as the major organic acid, followed by succinic and malic acids, in all varieties, with a higher concentration in the green stage. According to the concentration of ascorbic acid, pitanga could not be considered a good source of vitamin C, presenting the highest amount of the 4.0 mg/g d.w. at the mature stage. The major soluble sugars found were glucose and fructose. The major anthocyanin of the purple variety, identified by LC-ESI-MS/MS in the mature stage, was cyanidin-3-Ο-glucoside, ranging from 8.05 to 640.53 mg /100g d.w., whereas the major flavonoids in the yellow and red varieties were myricetin and quercetin. The flavonoid profile was not altered with ripe developing, but a decrease in its content was observed in the red and yellow varieties; on the other hand, the purple variety presented a change in the flavonoid profile, with the expression of anthocyanins in the mature stage. The carotenoids profile in all varieties was the same. The major carotenoid identified by HPLC/DAD, at the mature stage, was lycopene, where the red variety presented the highest concentration.
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Respostas morfoanatômicas e fisiológicas em Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) ao herbicida glifosato / Morphoanatomic responses and physiological in Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) the herbicide glyphosate

Cruz, Carlos Eduardo Souza 18 April 2016 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-04-26T13:14:57Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 3118440 bytes, checksum: a801e6ae86ff09b49177a5e466b8cbac (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-26T13:14:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 3118440 bytes, checksum: a801e6ae86ff09b49177a5e466b8cbac (MD5) Previous issue date: 2016-04-18 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Com o interesse de aumentar a produtividade na agricultura foram introduzidos uma série de produtos químicos no combate a plantas daninhas, entre eles o glifosato, que é o herbicida mais utilizado mundialmente. Contudo, trabalhos recentes têm destacado o glifosato como um poluente ambiental podendo persistir no solo e água. Devido à deriva, durante a aplicação, este pode alcançar fragmentos florestais próximos às áreas de plantações, atingindo plantas nativas, como Eugenia uniflora L., que é uma espécie nativa de Mata Atlântica e tem sido utilizada em trabalhos de biomonitoramento. Assim, esse trabalho tem o objetivo de avaliar a toxicidade do herbicida glifosato em E. uniflora. Mudas foram adquiridas, aclimatadas em casa de vegetação, cultivadas em substrato e fertilizadas com solução nutritiva de Hoagland, a meia força iônica em pH 5.5. As plantas foram submetidas à simulação da deriva de diferentes doses do herbicida (0, 144, 432, 864 e 1440 g e.a ha -1 de glifosato), aplicada por um pulverizador costal com pressão constante mantida por CO 2 pressurizado. Foram realizadas análises dos parâmetros de trocas gasosas, sintomatologia visual, fitotoxicação, análises anatômicas, quantificação de ácido chiquímico, determinação do índice SPAD, quantificação dos teores de pigmentos fotossintéticos, permeabilidade da membrana e quantificação de malondialdeído. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias, comparadas pelo teste de Scott Knott (P < 0,05). Os sintomas visuais começaram a ser observados após três dias da aplicação e foram mais evidentes em folhas mais jovens. Ocorreu incremento do teor de ácido chiquímico e alterações morfoanatômicas, sendo possível verificar redução dos teores de pigmentos, comprometimento da permeabilidade da membrana e peroxidação lipídica. O glifosato promoveu decréscimo dos parâmetros de trocas gasosas, independente da dose. Conclui-se que E. uniflora apresentou sensibilidade ao glifosato, mesmo à menor dose utilizada, ocasionou alterações morfoanatômicas e fisiológicas na planta, demonstrando ser um risco para plantas nativas presentes em fragmentos próximos à áreas de plantação e aplicação constante do herbicida. Palavras-chave: ácido chiquímico, agrotóxico, danos morfofisiológicos, glyphosate, pitanga. / In the interest of increasing the productivity in agriculture they were introduced a series of chemicals to combat weeds, including glyphosate, herbicide which is the most used worldwide. However, recent studies have highlighted the glyphosate as an environmental pollutant may persist in soil and water. Due to drift during application, this can reach forest fragments near the crop areas, reaching native plants such as Eugenia uniflora L., which is a native species of the Atlantic Forest and has been used in biomonitoring studies. So, this work has to evaluate the toxicity of glyphosate in E. uniflora. Seedlings were purchased, acclimated in the greenhouse, grown in substrate and fertilized with Hoagland, half ionic strength at pH 5.5. The plants were under simulated drift of different doses of the herbicide (0, 144, 432, 864 and 1440 g e.a ha -1 the glyphosate) applied by a knapsack sprayer with constant pressure maintained by pressurized CO 2 . Analyses were carried out of gas exchange parameters, visual symptoms, phytotoxicity, anatomical analysis, quantification of shikimic acid, determining the SPAD index, measuring the levels of photosynthetic pigments, membrane permeability and quantification of malondialdehyde. Data were submitted to variance analysis, and compared means, by Scott Knott test at 5%. In the third day after of application the experiment visual symptoms began to be observed and were more evident in younger leaves. There was an increase of shikimic acid content and morphoanatomic, it is possible to verify reducing pigment levels, impaired membrane permeability and lipid peroxidation. Glyphosate promoted decrease in gas exchange parameters, independent of dose. It concludes that E. uniflora showed sensitivity to glyphosate, even at the lowest dose used caused morphoanatomic and physiological changes in the plant, proving to be a risk to native plants present in fragments near planting areas and constant application of the herbicide. Keywords: shikimic acid, pesticides, morphophysiological damage, glyphosate, cherry.
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Avanços na propagação vegetativa de Eugenia uniflora e Plinia peruviana / Advances on vegetative propagation of Eugenia uniflora and Plinia peruviana

Lattuada, Daiane Silva January 2014 (has links)
A pitangueira (Eugenia uniflora) e a jabuticabeira (Plinia peruviana) são espécies frutíferas que possuem potencial agronômico, ornamental e fitoterápico, podendo também ser incluídas em projetos de revegetação de áreas degradadas. No Brasil, a maioria dos pomares dessas espécies é formado por mudas do tipo pé-franco, o que torna os plantios com baixa uniformidade genética. Métodos de propagação vegetativa, como a enxertia, a estaquia e a mini-estaquia são alternativas viáveis para propagação de diversas espécies frutíferas, podendo ser utilizados também com as espécies nativas proporcionando a formação de pomares com populações de plantas homogêneas, além de acelerar o processo de propagação. No entanto, na literatura têm se observado comportamentos distintos e divergentes para a propagação vegetativa destas espécies, havendo necessidade de estudos mais aprofundados que esclareçam todos os eventos envolvidos no processo. Neste contexto, conduziram-se três estudos visando a multiplicação da pitangueira e da jabuticabeira. No estudo um testou-se a enxertia lenhosa e herbácea com seedlings, como porta-enxertos, concentrando-se em um método para manter a umidade do enxerto. No estudo dois foram testados métodos de estaquia, concentrando-se em doses de auxina, tipo de estaca, época do ano e estado nutricional da planta matriz para promover o enraizamento. E no estudo três, conduziu-se um minijardim clonal, com níveis crescentes de nitrogênio na solução de fertirrigação. Os resultados obtidos indicam que a enxertia herbácea com seedlings de 60 dias, mantidos em câmara de nebulização intermitente garantem melhores percentuais de cicatrização do ponto de enxertia que a técnica convencional. Por outro lado, há a possibilidade de propagação por estaquia para pitangueira em junho e agosto e para jabuticabeira, somente em agosto, sem a necessidade de adição exógena de auxina, sendo os níveis endógenos nutricionais da planta matriz de grande influência no processo. Por fim a produção de estacas dessas espécies através do minijardim clonal parece ser uma técnica eficiente e rápida para produção em larga escala de mudas clonais. No entanto, ainda há necessidade de melhoria nos percentuais de enraizamento e cicatrização dos enxertos, além do acompanhamento do enraizamento das estacas obtidas no minijardim clonal. / Surinam cherry tree (Eugenia uniflora) and jabuticaba tree (Plinia peruviana) are important fruit crops; they have ornamental and herbal medicine potential and can be included in projects of restoration of degraded areas. In Brazil, most of the orchards of these species are formed by the ungrafted seedling type, which makes the crops have low genetic uniformity. Methods of vegetative propagation such as grafting, cuttings and mini-cuttings are viable for propagation of several fruit and forest species, and they also may be used with the native species, thus providing the formation of orchards with homogeneous populations of plants, and also accelerating the process of propagation. However, in the literature, distinct and divergent behaviors for vegetative propagation of these species have been observed, thus requiring further studies to clarify all the events involved in the process. In this context, we conducted three studies to achieve multiplication of Surinam cherry tree and jabuticaba tree. The first study tested the woody and herbaceous grafting with seedlings as rootstocks, focusing on a method to maintain moisture graft. In study 2 we tested methods of cutting, focusing on doses of auxin, type of cutting, season and nutritional status of the mother plant to promote rooting. And in the study 3 we conducted a clonal minigarden of Surinam cherry tree and jabuticaba tree, with increasing levels of nitrogen in the fertigation solution. The results obtained indicate that herbaceous grafting with seedlings of 60 days kept in intermittent mist guarantees highest percentage of fixation than conventional technique. On the other hand, there is the possibility of propagation by cutting for Surinam cherry tree in June and August and for jabuticaba tree in August without the need for exogenous addition of auxin, and the nutritional levels of endogenous array are of great influence in the process. And finally, the production of cuttings of these species through clonal minigarden appears to be an efficient and quick technique for large-scale production of clonal plants. However, there is still need for improvement in the percentage of rooting and budding efficiency and for monitoring of the rooting of cuttings taken in clonal minigarden.
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Micropropagação e miniestaquia de pitangueira (Eugenia uniflora L.) / Micropropagation and minicutting of surinam cherry (Eugenia uniflora L.)

Lattuada, Daiane Silva January 2010 (has links)
A pitangueira (Eugenia uniflora) é uma importante espécie frutífera representante do gênero Eugenia, família Myrtaceae, possui potencial ornamental e fitoterápico, podendo ser incluída em projetos de revegetação de áreas degradadas. No Brasil a maioria dos pomares dessa espécie são formados por mudas do tipo péfranco, o que torna os plantios com baixa uniformidade genética. Métodos de propagação vegetativa como o cultivo in vitro e a miniestaquia são alternativas viáveis para propagação de diversas espécies frutíferas, podendo ser utilizado também com as espécies nativas proporcionando a formação de pomares com populações de plantas homogêneas, além de acelerar o processo de propagação. No entanto, um dos maiores entraves na propagação vegetativa da pitangueira está na dificuldade de obter tecidos livres de contaminações provocadas por fungos e bactérias e, ainda, por oxidações causadas pela liberação de compostos fenólicos no ponto de incisão. Neste contexto, conduziu-se dois estudos visando a multiplicação da pitangueira, no Departamento de Horticultura e Silvicultura da Faculdade de Agronomia da UFRGS, no período de 2008 a 2010. O estudo 1 concentrou-se em métodos de assepsia e tratamento de plantas matrizes, meios de cultivo e concentrações de reguladores de crescimento. No estudo 2 testou-se a estaquia com material herbáceo de pitangueira. Os resultados obtidos indicam a possibilidade do cultivo in vitro de pitangueira, quando tratados os explantes com solução bactericida e estabelecendo-os em meio WPM com 0,2mg.L-1 de BAP para a fase de multiplicação e 0,1mg.L-1 de ANA para a fase de enraizamento. No entanto, ainda há necessidade de melhoria nos percentuais de enraizamento e brotação dos explantes, bem como na redução de explantes oxidados e contaminados. A miniestaquia foi eficiente para produzir mudas, especialmente, quando utilizadas estacas oriundas de plantas jovens na ausência de auxinas exógenas. Contudo, ainda há a necessidade de aprimorar a técnica visando a multiplicação a partir de estacas coletadas de planta adulta de genótipos promissores. / The surinam cherry (Eugenia uniflora) is an important fruit species, representative of the genus Eugenia, Family Myrtaceae, wich has ornamental and herbal potential and could be included in projects in degraded disturbed areas. In Brazil, most of this species orchards are formed by planting ungrafted plants, which gives low genetic uniformity to the plantations. Vegetative propagation methods, such as micropropagation and minicutting, are viable alternatives for the propagation of several fruit species and can also be used with the native species, allowing the formation of orchards with homogeneous populations and accelerating the propagation process. However, one of the biggest obstacles in surinam cherry propagation is the difficulty of obtaining free from funghi and bacteria contamination tissue and also by oxidation due to the phenolic compounds liberation at the incision point. In this context, two surinam cherry multiplication studies were carried out, both at the Departamento de Horticultura e Silvicultura, Faculdade de Agronomia, UFRGS, for the period 2008 to 2010. Study 1 focused on sterilization methods and mother plants treatment, culture medium and growth regulators concentrations. In study 2 minicuttings of surinam cherry were tested. The results indicate the possibility of in vitro cultivation of surinam cherry when the explants were treated with antibacterial solution and established in culture medium with 0.2 mg.L-1 BAP for multiplication and 0.1 mg.L-1 NAA for rooting. However, there is still a need for improvement of rooting and sprouting percentage of the explants, and the reduction of oxidized and contaminated explants. The minicutting was efficient to produce seedlings, especially when obtained from young plants with not exogenous auxin. Although, the necessity to improve the technique continues, aiming to multiply starting from adult plant collected cuttings from promising genotypes.
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Micropropagação e miniestaquia de pitangueira (Eugenia uniflora L.) / Micropropagation and minicutting of surinam cherry (Eugenia uniflora L.)

Lattuada, Daiane Silva January 2010 (has links)
A pitangueira (Eugenia uniflora) é uma importante espécie frutífera representante do gênero Eugenia, família Myrtaceae, possui potencial ornamental e fitoterápico, podendo ser incluída em projetos de revegetação de áreas degradadas. No Brasil a maioria dos pomares dessa espécie são formados por mudas do tipo péfranco, o que torna os plantios com baixa uniformidade genética. Métodos de propagação vegetativa como o cultivo in vitro e a miniestaquia são alternativas viáveis para propagação de diversas espécies frutíferas, podendo ser utilizado também com as espécies nativas proporcionando a formação de pomares com populações de plantas homogêneas, além de acelerar o processo de propagação. No entanto, um dos maiores entraves na propagação vegetativa da pitangueira está na dificuldade de obter tecidos livres de contaminações provocadas por fungos e bactérias e, ainda, por oxidações causadas pela liberação de compostos fenólicos no ponto de incisão. Neste contexto, conduziu-se dois estudos visando a multiplicação da pitangueira, no Departamento de Horticultura e Silvicultura da Faculdade de Agronomia da UFRGS, no período de 2008 a 2010. O estudo 1 concentrou-se em métodos de assepsia e tratamento de plantas matrizes, meios de cultivo e concentrações de reguladores de crescimento. No estudo 2 testou-se a estaquia com material herbáceo de pitangueira. Os resultados obtidos indicam a possibilidade do cultivo in vitro de pitangueira, quando tratados os explantes com solução bactericida e estabelecendo-os em meio WPM com 0,2mg.L-1 de BAP para a fase de multiplicação e 0,1mg.L-1 de ANA para a fase de enraizamento. No entanto, ainda há necessidade de melhoria nos percentuais de enraizamento e brotação dos explantes, bem como na redução de explantes oxidados e contaminados. A miniestaquia foi eficiente para produzir mudas, especialmente, quando utilizadas estacas oriundas de plantas jovens na ausência de auxinas exógenas. Contudo, ainda há a necessidade de aprimorar a técnica visando a multiplicação a partir de estacas coletadas de planta adulta de genótipos promissores. / The surinam cherry (Eugenia uniflora) is an important fruit species, representative of the genus Eugenia, Family Myrtaceae, wich has ornamental and herbal potential and could be included in projects in degraded disturbed areas. In Brazil, most of this species orchards are formed by planting ungrafted plants, which gives low genetic uniformity to the plantations. Vegetative propagation methods, such as micropropagation and minicutting, are viable alternatives for the propagation of several fruit species and can also be used with the native species, allowing the formation of orchards with homogeneous populations and accelerating the propagation process. However, one of the biggest obstacles in surinam cherry propagation is the difficulty of obtaining free from funghi and bacteria contamination tissue and also by oxidation due to the phenolic compounds liberation at the incision point. In this context, two surinam cherry multiplication studies were carried out, both at the Departamento de Horticultura e Silvicultura, Faculdade de Agronomia, UFRGS, for the period 2008 to 2010. Study 1 focused on sterilization methods and mother plants treatment, culture medium and growth regulators concentrations. In study 2 minicuttings of surinam cherry were tested. The results indicate the possibility of in vitro cultivation of surinam cherry when the explants were treated with antibacterial solution and established in culture medium with 0.2 mg.L-1 BAP for multiplication and 0.1 mg.L-1 NAA for rooting. However, there is still a need for improvement of rooting and sprouting percentage of the explants, and the reduction of oxidized and contaminated explants. The minicutting was efficient to produce seedlings, especially when obtained from young plants with not exogenous auxin. Although, the necessity to improve the technique continues, aiming to multiply starting from adult plant collected cuttings from promising genotypes.
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Avanços na propagação vegetativa de Eugenia uniflora e Plinia peruviana / Advances on vegetative propagation of Eugenia uniflora and Plinia peruviana

Lattuada, Daiane Silva January 2014 (has links)
A pitangueira (Eugenia uniflora) e a jabuticabeira (Plinia peruviana) são espécies frutíferas que possuem potencial agronômico, ornamental e fitoterápico, podendo também ser incluídas em projetos de revegetação de áreas degradadas. No Brasil, a maioria dos pomares dessas espécies é formado por mudas do tipo pé-franco, o que torna os plantios com baixa uniformidade genética. Métodos de propagação vegetativa, como a enxertia, a estaquia e a mini-estaquia são alternativas viáveis para propagação de diversas espécies frutíferas, podendo ser utilizados também com as espécies nativas proporcionando a formação de pomares com populações de plantas homogêneas, além de acelerar o processo de propagação. No entanto, na literatura têm se observado comportamentos distintos e divergentes para a propagação vegetativa destas espécies, havendo necessidade de estudos mais aprofundados que esclareçam todos os eventos envolvidos no processo. Neste contexto, conduziram-se três estudos visando a multiplicação da pitangueira e da jabuticabeira. No estudo um testou-se a enxertia lenhosa e herbácea com seedlings, como porta-enxertos, concentrando-se em um método para manter a umidade do enxerto. No estudo dois foram testados métodos de estaquia, concentrando-se em doses de auxina, tipo de estaca, época do ano e estado nutricional da planta matriz para promover o enraizamento. E no estudo três, conduziu-se um minijardim clonal, com níveis crescentes de nitrogênio na solução de fertirrigação. Os resultados obtidos indicam que a enxertia herbácea com seedlings de 60 dias, mantidos em câmara de nebulização intermitente garantem melhores percentuais de cicatrização do ponto de enxertia que a técnica convencional. Por outro lado, há a possibilidade de propagação por estaquia para pitangueira em junho e agosto e para jabuticabeira, somente em agosto, sem a necessidade de adição exógena de auxina, sendo os níveis endógenos nutricionais da planta matriz de grande influência no processo. Por fim a produção de estacas dessas espécies através do minijardim clonal parece ser uma técnica eficiente e rápida para produção em larga escala de mudas clonais. No entanto, ainda há necessidade de melhoria nos percentuais de enraizamento e cicatrização dos enxertos, além do acompanhamento do enraizamento das estacas obtidas no minijardim clonal. / Surinam cherry tree (Eugenia uniflora) and jabuticaba tree (Plinia peruviana) are important fruit crops; they have ornamental and herbal medicine potential and can be included in projects of restoration of degraded areas. In Brazil, most of the orchards of these species are formed by the ungrafted seedling type, which makes the crops have low genetic uniformity. Methods of vegetative propagation such as grafting, cuttings and mini-cuttings are viable for propagation of several fruit and forest species, and they also may be used with the native species, thus providing the formation of orchards with homogeneous populations of plants, and also accelerating the process of propagation. However, in the literature, distinct and divergent behaviors for vegetative propagation of these species have been observed, thus requiring further studies to clarify all the events involved in the process. In this context, we conducted three studies to achieve multiplication of Surinam cherry tree and jabuticaba tree. The first study tested the woody and herbaceous grafting with seedlings as rootstocks, focusing on a method to maintain moisture graft. In study 2 we tested methods of cutting, focusing on doses of auxin, type of cutting, season and nutritional status of the mother plant to promote rooting. And in the study 3 we conducted a clonal minigarden of Surinam cherry tree and jabuticaba tree, with increasing levels of nitrogen in the fertigation solution. The results obtained indicate that herbaceous grafting with seedlings of 60 days kept in intermittent mist guarantees highest percentage of fixation than conventional technique. On the other hand, there is the possibility of propagation by cutting for Surinam cherry tree in June and August and for jabuticaba tree in August without the need for exogenous addition of auxin, and the nutritional levels of endogenous array are of great influence in the process. And finally, the production of cuttings of these species through clonal minigarden appears to be an efficient and quick technique for large-scale production of clonal plants. However, there is still need for improvement in the percentage of rooting and budding efficiency and for monitoring of the rooting of cuttings taken in clonal minigarden.
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Avanços na propagação vegetativa de Eugenia uniflora e Plinia peruviana / Advances on vegetative propagation of Eugenia uniflora and Plinia peruviana

Lattuada, Daiane Silva January 2014 (has links)
A pitangueira (Eugenia uniflora) e a jabuticabeira (Plinia peruviana) são espécies frutíferas que possuem potencial agronômico, ornamental e fitoterápico, podendo também ser incluídas em projetos de revegetação de áreas degradadas. No Brasil, a maioria dos pomares dessas espécies é formado por mudas do tipo pé-franco, o que torna os plantios com baixa uniformidade genética. Métodos de propagação vegetativa, como a enxertia, a estaquia e a mini-estaquia são alternativas viáveis para propagação de diversas espécies frutíferas, podendo ser utilizados também com as espécies nativas proporcionando a formação de pomares com populações de plantas homogêneas, além de acelerar o processo de propagação. No entanto, na literatura têm se observado comportamentos distintos e divergentes para a propagação vegetativa destas espécies, havendo necessidade de estudos mais aprofundados que esclareçam todos os eventos envolvidos no processo. Neste contexto, conduziram-se três estudos visando a multiplicação da pitangueira e da jabuticabeira. No estudo um testou-se a enxertia lenhosa e herbácea com seedlings, como porta-enxertos, concentrando-se em um método para manter a umidade do enxerto. No estudo dois foram testados métodos de estaquia, concentrando-se em doses de auxina, tipo de estaca, época do ano e estado nutricional da planta matriz para promover o enraizamento. E no estudo três, conduziu-se um minijardim clonal, com níveis crescentes de nitrogênio na solução de fertirrigação. Os resultados obtidos indicam que a enxertia herbácea com seedlings de 60 dias, mantidos em câmara de nebulização intermitente garantem melhores percentuais de cicatrização do ponto de enxertia que a técnica convencional. Por outro lado, há a possibilidade de propagação por estaquia para pitangueira em junho e agosto e para jabuticabeira, somente em agosto, sem a necessidade de adição exógena de auxina, sendo os níveis endógenos nutricionais da planta matriz de grande influência no processo. Por fim a produção de estacas dessas espécies através do minijardim clonal parece ser uma técnica eficiente e rápida para produção em larga escala de mudas clonais. No entanto, ainda há necessidade de melhoria nos percentuais de enraizamento e cicatrização dos enxertos, além do acompanhamento do enraizamento das estacas obtidas no minijardim clonal. / Surinam cherry tree (Eugenia uniflora) and jabuticaba tree (Plinia peruviana) are important fruit crops; they have ornamental and herbal medicine potential and can be included in projects of restoration of degraded areas. In Brazil, most of the orchards of these species are formed by the ungrafted seedling type, which makes the crops have low genetic uniformity. Methods of vegetative propagation such as grafting, cuttings and mini-cuttings are viable for propagation of several fruit and forest species, and they also may be used with the native species, thus providing the formation of orchards with homogeneous populations of plants, and also accelerating the process of propagation. However, in the literature, distinct and divergent behaviors for vegetative propagation of these species have been observed, thus requiring further studies to clarify all the events involved in the process. In this context, we conducted three studies to achieve multiplication of Surinam cherry tree and jabuticaba tree. The first study tested the woody and herbaceous grafting with seedlings as rootstocks, focusing on a method to maintain moisture graft. In study 2 we tested methods of cutting, focusing on doses of auxin, type of cutting, season and nutritional status of the mother plant to promote rooting. And in the study 3 we conducted a clonal minigarden of Surinam cherry tree and jabuticaba tree, with increasing levels of nitrogen in the fertigation solution. The results obtained indicate that herbaceous grafting with seedlings of 60 days kept in intermittent mist guarantees highest percentage of fixation than conventional technique. On the other hand, there is the possibility of propagation by cutting for Surinam cherry tree in June and August and for jabuticaba tree in August without the need for exogenous addition of auxin, and the nutritional levels of endogenous array are of great influence in the process. And finally, the production of cuttings of these species through clonal minigarden appears to be an efficient and quick technique for large-scale production of clonal plants. However, there is still need for improvement in the percentage of rooting and budding efficiency and for monitoring of the rooting of cuttings taken in clonal minigarden.
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Identificação e caracterização de pequenos RNAs não codificantes e genes alvos envolvidos em estresse abiótico (seca e salinidade) em Eugenia uniflora L. (Myrtaceae)

Moya, Maria Lisseth Eguiluz January 2018 (has links)
As plantas, por serem organismos sésseis, enfrentam persistentemente perturbações ambientais adversas denominadas estresses abióticos, sendo as mais importantes, a seca, a salinidade do solo, as temperaturas extremas e a presença de metais pesados. Em resposta, as plantas desenvolveram mecanismos de tolerância, resistência e prevenção para minimizar a influência do estresse, utilizando estratégias de curto prazo para readaptar rápida e eficientemente seu metabolismo. Neste sentido, os pequenos RNAs não codificantes (sncRNAs) são fortes candidatos para realizar este tipo de regulação. Através do sequenciamento de nova geração revelou-se o papel dos sncRNAs na regulação da expressão gênica em nível transcricional e póstranscricional. Dentre os sncRNAs, os microRNAs (miRNAs) são os mais conhecidos e os fragmentos derivados dos RNAs transportadores (tRFs) são os mais novos e com maiores perspectivas de descobertas futuras. Os miRNAs desempenham papéis regulatórios essenciais tanto no crescimento das plantas quanto no desenvolvimento e resposta ao estresse, enquanto os tRFs, em sua maioria, têm sido associados a respostas de estresse. Eugenia uniflora L., “pitanga” ou a cereja brasileira é uma árvore frutífera nativa da América do Sul que pertence à família Myrtaceae. Ela cresce em diferentes ambientes; florestas, restingas e ambientes áridos e semi-áridos no nordeste brasileiro, sendo uma espécie versátil em termos de adaptabilidade e que desempenha um papel fundamental na manutenção da vegetação costeira arbustiva. Além disso, é muito conhecida por suas propriedades medicinais que são atribuídas aos metabólitos especializados presentes nas folhas e frutos. E. uniflora representa uma fonte fascinante da biodiversidade do germoplasma e tem um grande potencial como fonte de genes para o melhoramento genético. Portanto, a compreensão dos mecanismos que conferem tolerância ao estresse nesta planta é de particular importância. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é a identificação de sncRNAs (miRNAs e tRFs) por ferramentas de bioinformática e análise do padrão de expressão destes sob condições de estresse abiótico (seca e salinidade), bem como avaliação dos genes envolvidos nesta resposta. No capítulo 1, bibliotecas de DNA, pequenos RNAs (sRNAs) e RNAseq de folhas foram usadas para identificar pre-miRNAs, miRNAs maduros e potenciais alvos destes miRNAs, respectivamente. A montagem de novo do genoma permitiu identificar 38 miRNAs conservados e 28 novos miRNAs. Após a avaliação da expressão destes, 11 conservados, entre eles miR156 e miR170, mostraram variação significativa nas condições de restinga e de estresse induzido por PEG. A maioria deles foram previamente descritos em processos de estresse em outras espécies. 14 novos miRNAs foram avaliados em diferentes tecidos de pitanga mostrando variação significativa no padrão de expressão. Os alvos destes últimos miRNAs foram preditos e validados por RTqPCR. Eles correspondem a genes de fatores de transcrição e outros genes como transferases ou ATPases e demonstraram o padrão esperado oposto à expressão dos miRNAs. No capítulo 2, as mesmas bibliotecas foram usadas para identificar tRFs conservados na família das Myrtaceae. Para isso, os tRNAs de Eucalyptus grandis e E. uniflora foram anotados e os tRNAs comuns foram utilizados para o ancoramento dos sRNAs. 479 tRFs foram identificados em pitanga, na maioria com 18 nucleotídeos (nt). Um conjunto de 11 tRFs conservados em ambas espécies, assim como seus alvos, foram avaliados em condições de estresse salino e seca demonstrando diferenças significativas dependendo do tipo de estresse. Os alvos identificados correspondem a genes previamente descritos como envolvidos em estresse salino e seca para outras espécies. O presente trabalho apresenta fortes evidências do envolvimento dos miRNAs em processos de desenvolvimento e estresse, assim como dos tRFs na resposta à seca e estresse salino presente em E. uniflora. Além disso, os dados produzidos poderão ser utilizados em estudos funcionais mais aprofundados que servirão para melhor compreensão dos mecanismos de tolerância presentes nesta importante planta. / Plants being sessile organisms, persistently face adverse environmental perturbations termed as abiotic stresses, most important being drought, soil salinity, extreme temperatures, and heavy metals. They developed several strategies such as tolerance, resistance, and avoidance to minimize stress influence, thus require short-term strategies to quickly and efficiently readapt their metabolism. In this sense, small non coding RNAs are strong candidates to do this kind of fine tune regulation. Next generation sequencing technologies have revealed the key role of these sncRNAs in the transcriptional and posttranscriptional gene-expression regulation. Among the myriad of new sncRNAs, miRNAs are the most known ones and the fragments derived from tRNAs (tRFs) are the newest but with high perspective ones. The miRNAs are endogenous small RNAs that play essential regulatory roles in plant growth, development and stress response. In the case of tRFs, they are mainly involved in stress response. Eugenia uniflora L., ‘pitanga’ or Brazilian cherry is a fruit tree native to South America that belongs to Myrtaceae family. It grows in several different harsh environments, including forests, restingas, near the beach, and arid and semiarid environments in the Brazilian northeast. This species is very versatile in terms of adaptability and plays a fundamental role in the maintenance of the shrubby coastal vegetation. However, this species is best-known because its medicinal properties that are attributed to specialized metabolites with known biological activities present in their leaves and fruits. E. uniflora is a fascinating reservoir of germplasm biodiversity and has great potential as a source of genes for plant breeding. Therefore, understanding the mechanisms conferring stress tolerance will be very useful. In this sense, the objective of this work is to identify sncRNAs (miRNAs and tRFs) by bioinformatic tools and to analyze their expression pattern under stress conditions as well as the genes involved in that response. In chapter 1, DNA, small RNA (sRNA) and RNAseq libraries from leaves were used to identify pre-miRNAs, mature miRNAs and potential targets of these miRNAs, respectively. De novo assembly of the genome identified 38 conserved miRNAs and 28 novel miRNAs. After evaluating their expression pattern, 11 11 conserved miRNAs, including miR156 and miR170, showed significant variation in the natural (restinga habitat) and PEG induced stress. Most of them were previously reported in stress processes. 14 novel miRNAs were evaluated in different tissues of pitanga showing significant variation in the expression pattern. The targets of the last miRNAs were predicted and validated by RT-qPCR. They were transcription factor genes and other genes such as transferases or ATPases and showed the expected opposite pattern to miRNA expression. In Chapter 2, the same libraries were used to identify conserved tRFs in the Myrtaceae family. To do this, the tRNAs of Eucalyptus grandis and E. uniflora were annotated and sRNAs mapped into them. 479 tRFs were identified in pitanga with predominance of those with 18 nucleotide length. 11 conserved tRFs in both species, as well as their targets, were evaluated under saline and drought stress conditions showing significant differences depending on the stress type. The targets were genes previously involved in saline and drought stress for other species. The present work shows strong evidences of the involvement of the miRNAs in the development and stress, as well as the tRFs in the tolerance to drought and saline stress of E. uniflora. In addition, the data could be used in more detailed functional studies that will serve to corroborate and better understand the mechanism of tolerance present in this important plant.

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