Spelling suggestions: "subject:"primates não humanos."" "subject:"primate não humanos.""
11 |
Detecção de anticorpos para arbovirus em primatas não humanos no município de Goiânia, GoiásGibrail, Marize Moreira 29 June 2015 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-05-12T13:37:50Z
No. of bitstreams: 2
Dissertação - Marize Moreira Gibrail - 2015.pdf: 2363722 bytes, checksum: 6f10b8066ff95d47a79302de16e9d1b2 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-05-12T13:39:40Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Dissertação - Marize Moreira Gibrail - 2015.pdf: 2363722 bytes, checksum: 6f10b8066ff95d47a79302de16e9d1b2 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-12T13:39:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertação - Marize Moreira Gibrail - 2015.pdf: 2363722 bytes, checksum: 6f10b8066ff95d47a79302de16e9d1b2 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Previous issue date: 2015-06-29 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Arboviruses are viruses that maintained in nature by passing through an arthropod vector to a susceptible vertebrate and non-human primate (NHP), an important host, mainly in wild environment. This study aimed to identify antibodies for arboviruses in NHPs inhabitants of three urban parks of Goiania city, as well as NHPs acclimatized the Wild Animal Screening Center - CETAS-IBAMA, Goiania city. The procedure took place from the capture and collection of blood samples from 50 animals of species Cebus libidinosus (n = 42), Alouatta caraya (n = 5) and Callithrix penicillata (n = 3). All serum samples were first subjected to hemagglutination inhibition assay (HI) against specific antigens of 23 types of arboviruses circulating in the Brazilian Amazon region having as revelation goose red blood cell system. It was observed a positivity in serum samples of six NHPs, three of them being of the species Cebus libidinosus (animals 02, 10 and 11), two of Alouatta caraya species (animal 12 and 20) and the others for Callithrix penicillata species (animal 23) These six animals, four of them showed seropositive for more than one type of arboviruses: Animal 02 (Cacipacore virus and Dengue-1); Animal 11 (Mayaro virus, Oropouche, Cacipacore, Bussuquara and Dengue-1, 3 e 4); Animal 12 (Oropouche virus, Bussuquara and Cacipacore); and animal 23 (Dengue- 1, 3 and 4). The other two NHPs, species Cebus libidinosus (animal 10) and Alouatta caraya (animal 20) were seropositive for only one type of arbovirus: Bussuquara and Oropouche, respectively. Considering antibody titration by HI, it was observed a titer of equal or greater than 1:40 for Cacipacore virus and Dengue-1 (animal 02), Bussuquara (animal 10) and Oropouche (animals 11, 12 and 20), in total of five serum samples. Of these, four were tested for serum neutralization test (SNT) in vivo using Swiss mice of 1-3 days old: sample of animal 02, was positive for the virus Cacipacore and samples of animals 11, 12 and 20 were positive for Oropouche virus. It was noted that two of these samples was confirmed as positive for Oropouche virus from animals 12 and 20, both of Allouatta caraya species, which were acclimatized at CETAS-IBAMA. Generally, the study showed seropositivity for seven types of arboviruses in the three species studied NHPs which are registered in the Cerrado: Cebus libidinosus, Allouatta caraya and Callithrix penicillata. / Os arbovírus são vírus que se mantêm na natureza através da transmissão por um artrópode vetor a um vertebrado suscetível sendo o primata não humano (PNH), hospedeiro importante, principalmente no ambiente silvestre. Este estudo teve como objetivo identificar anticorpos para arbovírus em PNHs habitantes de três Parques Urbanos da cidade de Goiânia, bem como de PNHs ambientados no Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS-IBAMA, do município de Goiânia. O procedimento se deu a partir da captura e coleta de amostras de sangue de 50 animais das espécies Cebus libidinosus (n=42), Alouatta caraya (n=5) e Callithrix penicillata (n=3). Todas as amostras de soro foram inicialmente submetidas ao ensaio de Inibição da Hemaglutinação (IH) frente a antígenos específicos de 23 tipos de arbovírus que circulam na região Amazônica brasileira tendo como sistema de revelação hemácias de ganso. Foi observado positividade em amostras de soro de seis PNHs sendo três deles da espécie Cebus libidinosus (animais 02, 10 e 11), dois da espécie Alouatta caraya (animais 12 e 20) e o outro da espécie Callithrix penicillata (animal 23). Destes seis animais, quatro se mostraram soropositivos para mais de um tipo de arbovírus: animal 02 (vírus Cacipacore e Dengue-1); animal 11 (vírus Mayaro, Oropouche, Cacipacore, Bussuquara e Dengue-1, 3 e 4); animal 12 (vírus Oropouche, Bussuquara e Cacipacore); e animal 23 (vírus Dengue- 1, 3 e 4). Os outros dois PNHs, espécies Cebus libidinosus (animal 10) e Alouatta caraya (animal 20) foram soropositivos para apenas um tipo de arbovírus: Bussuquara e Oropouche, respectivamente. Considerando a titulação de anticorpos por IH, foi observado título igual ou maior que 1:40 para os vírus Cacipacore e Dengue-1 (animal 02), Bussuquara (animal 10) e Oropouche (animais 11, 12 e 20), totalizando cinco amostras de soro. Destas, quatro foram testadas pelo ensaio de soroneutralização (SN) in vivo utilizando camundongo suíço de 1 a 3 dias de nascido: amostra do animal 02, positiva para o vírus Cacipacore e amostras dos animais 11, 12 e 20, positivas para o vírus Oropouche. Foi observado que duas destas amostras confirmaram positividade para o vírus Oropouche (animais 12 e 20), ambos da espécie Allouatta caraya, os quais eram ambientados do CETAS-IBAMA. No conjunto o estudo mostrou soropositividade para sete tipos de arbovírus nas três espécies de PNHs estudadas as quais possuem registro no Bioma Cerrado: Cebus libidinosus, Allouatta caraya e Callithrix penicillata.
|
12 |
Tuberculose em primatas não humanos mantidos em cativeiro: uma revisão / Tuberculosis in nonhuman primates in captivity: a reviewTatiana Almeida Valvassoura 06 February 2012 (has links)
A Tuberculose vem acometendo animais selvagens desde o surgimento das primeiras coleções organizadas. Particularmente, macacos são altamente suscetíveis as micobactérias, gerando grandes perdas econômicas para as instituições, além do risco de transmissão para o homem e animais. As principais micobatérias, que causam a doença em primatas em cativeiro, são o Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium bovis. Acredita-se que primatas do "novo mundo" são menos suscetíveis do que os do "velho mundo", entretanto observa-se que tuberculose tem sido documentada em várias espécies. A principal forma de transmissão é através de aerossóis contendo os bacilos. A doença pode evoluir para a forma ativa ou latente, dependendo do estado imunológico do animal. Os sinais clínicos podem ser insidiosos, com somente uma alteração comportamental, seguido por anorexia e letargia, alterações respiratórias ou simplesmente o animal pode aparecer morto no recinto. O diagnóstico clínico é difícil e problemático, sendo que muitas vezes as lesões consistentes com a doença só são observadas na necropsia. Por isso o uso de outras ferramentas de diagnóstico é importante, como o teste de tuberculinização, cultivo e isolamento bacteriano, que são os mais usados na rotina das instituições, e os exames radiográficos do tórax e abdômen, testes moleculares e sorológicos. Toda instituição que mantém primatas em cativeiro deveriam possuir programas de prevenção para evitar a entrada da micobactéria dentro da coleção, principalmente ao se adquirir novos animais. Por isso, o emprego de medidas de biossegurança é essencial para diminuir o risco de doenças para o homem e para os animais dentro das instituições. Essas medidas consistem na implantação de uma série de procedimentos e normas operacionais rígidas, como programas de quarentena, programas de saúde para os funcionários e formação de equipe capacitada e treinada. / Tuberculosis has been affecting wild animals since the arising of the first organized collections. Specially, monkeys are highly susceptible to mycobacteria, which cause great economic losses in the institutions, beyond the risk of transmission to man and animals. The main species of mycobacteria, that cause disease in nonhuman primates in captivity, are Mycobacerium tuberculosis and Mycobacterium bovis. It is believed that nonhuman primates from the "new world" are less susceptible than the "old world" ones, however it is noted that tuberculosis has been continually documented in several species. Aerosols that contain infectious bacilli are the main transmission mode. The disease can progress to active or latent form, which depends on the animal's immune status. The clinical signs can be insidious, with only a behavior change, followed by anorexia and lethargy, respiratory alteration or the animal can appear dead in the room. The clinical diagnostic is difficult and problematic, and often lesions are only observed at necropsy. Therefore, the use of other diagnostic tools is important, as the tuberculin skin test, bacterial culture and isolation, that are most used during the routine of institutions, and radiography of the chest and abdomen, molecular and serological tests. Every institution that maintains nonhuman primates in captivity should have prevention programs to avoid the entry of mycobacteria inside of collection, mainly when new animals are acquired. Thus, the use of biosecurity measures is essential to reduce the risk of disease in humans and animals within institutions. These measures consist in implanting series of rigid procedures and operational standards, like quarantine programs, health programs for employees and formation of the qualified team.
|
13 |
Escolha e transporte de ferramentas para a quebra de cocos por macacos-prego (Sapajus sp) em semi-liberdade: manipulação experimental dos custos da distância dos \"martelos\" às \"bigornas\" e da eficiência da ferramenta / Selection and transport of tools to crack open nuts by semifree-ranging capuchin monkeys (Sapajus sp): experimental manipulation of the costs of the distance between \"hammers\" and \"anvils\" and efficiency of the toolFonseca, Bianca de Oliveira 27 March 2012 (has links)
Experimentos realizados com grupos de macacos-prego (Sapajus sp) cativos, semilivres e livres em tarefas de escolha de ferramentas para a quebra de frutos encapsulados parecem indicar que esses primatas possuem a capacidade de distinguir ferramentas funcionais de não-funcionais e que também sejam capazes de escolher, dentre as funcionais, a ferramenta mais eficiente. Neste estudo buscamos examinar estas escolhas num grupo semi-livre de macacos-prego através de experimentos que tiveram como objetivos gerais analisar possíveis preferências por martelos de determinados pesos e os efeitos de custos e benefícios associados ao seu transporte e manejo, verificando se essas preferências se modificam em função da distância de transporte até o local de uso (as bigornas) ou do grau de dureza dos cocos oferecidos. Encontramos uma preferência dos juvenis por martelos mais pesados que os escolhidos pelos adultos, o que pode refletir uma compensação daqueles, menores e mais fracos, já que com um martelo mais pesado, menos golpes são necessários para romper o coco. As escolhas individuais parecem vii indicar a influência de fatores, como tamanho corporal e experiência na quebra de cocos, na escolha dos martelos em função do peso. Depois do peso, o custo do transporte da ferramenta até o local de uso parece ter sido a variável de maior importância, dentre as que investigamos, na escolha do peso médio dos martelos: quando estes tinham que ser transportados até as bigornas, os indivíduos escolheram martelos mais leves em comparação com a situação onde os martelos eram oferecidos junto às bigornas; entretanto esse custo não parece ser levado em conta de forma precisa, uma vez que a distância de transporte (5m x 10m) não afetou as escolhas. As escolhas por martelos de determinada faixa de peso também não variaram significativamente em função das espécies de cocos oferecidas, jerivá, Syagrus Romanzoffiana (menor) e indaiá, Atallea dubia (maior) / Experiments with captive, semi-free and wild tufted capuchin (Sapajus sp) groups in tasks involving the selection of tools to crack encapsulated fruit seem to show that these primates can distinguish functional from non-functional tools, and also choose, among functional tools, the most efficient ones. In the present study, we investigate these choices in a semi-free group by means of experiments analyzing the potential preferences for hammer stones of a particular weight and the effects of costs and benefits associated with their transport and handling, to verify whether these preferences are modified as a function of the transport distance to their place of utilization (the anvils) or of the toughness of the available nuts. We found a preference by juveniles for heavier hammers than the ones chosen by adults, which may point to a compensation by the former, since they are smaller and weaker, and heavier hammers require less strikes to crack nuts open. Individual choices seem to indicate the influence of factor such as body size and nut cracking experience on hammer choice. ix Besides weight, the costs of transporting the tools to their utilization sites seem to be the most relevant variable examined affecting the average weight of the chosen hammers: when these had to be carried to the anvils, the subjects selected lighter hammers, as compared to when hammers were made available near the anvils. The precise transport costs did not seem to be taken into account, though, since the transport distance (5m x 10m) did not affect choices. The choice of hammers of a given weight were also not significantly affected by the palm nut species made available, either Syagrus Romanzoffiana (smaller), or Atallea dubia (bigger)
|
14 |
\"Estudo dos Processos de Aprendizagem Individual e Social em Macacos-Prego (Cebus Apella) a partir de Manipulação de uma Caixa-Problema\". / Study of individual and social learning processes in Tufted capuchin monkeys (Cebus apella) through the manipulation of a problem-boxResende, Briseida Dogo de 03 November 1999 (has links)
Macacos-prego (Cebus apella) são proficientes manipuladores de objetos. Este trabalho teve como objetivo estudar os processos de aprendizagem individual e social que durante a aquisição de um comportamento que consistia na abertura de trincos de uma caixa-problema. Foram utilizados dois grupos de macacos, sendo que de cada grupo um indivíduo foi treinado para executar a tarefa. A análise do processo de aprendizagem individual destes dois sujeitos foi feita a partir da construção de curvas de aprendizagem que levaram em conta a interação dos animais com a caixa e com os trincos. Além disso, foi feita uma análise de seqüências comportamentais através do uso de modelos log-lineares. Posteriormente, estes sujeitos serviram de modelo para os outros indivíduos do seu grupo: o sujeito treinado executava a tarefa enquanto era assistido por um outro indivíduo do grupo. Em seguida o modelo era retirado do recinto e o observador poderia tentar executar a tarefa. Desta forma pretendia-se estudar os processos de aprendizagem por observação. Os macacos-prego devidamente treinados tornaram-se eficientes abridores de trincos, evidenciando que possuem uma grande capacidade de aprendizagem individual. Os dados sobre aprendizagem social foram inconclusivos principalmente porque os observadores não observaram adequadamente a demonstração da tarefa. / Capuchin monkeys (Cebus apella) are excellent object handlers. This work aimed to study individual and social learning processes which took place during the aquisition of a task that consisted on opening bolts from a problem-box. Two groups were used and, from each group, one subject was trained to perform the task. The analysis of the individual learning process was based on the construction of learning curves with the animals\' interactions with the box and the bolts. Besides, an analysis of behavior sequences through the use of log-linears models was performed. Then, these subjects were used as models for the other subjects in their own group: the trained subject performed the task while another subject of the group watched. Afterwards, the model was put aside and the observer would be allowed to try to solve the task in order to study observational learning processes. The well trained monkeys became efficient bolt openers, showing that they have great individual learning skills. Data from social learning were inconclusive mainly because the observers didn\'t watch the demonstration of the task properly.
|
15 |
Uso de ferramentas por macacos-prego (Sapajus libidinosus) do parque nacional Serra da capivara - PI / Tool use by capuchin monkeys (Sapajus libidinosus) of Serra da Capivara National ParkFalotico, Tiago 17 August 2011 (has links)
O uso de ferramentas, sabe--se atualmente, é típico das populações selvagens de macacos--prego (Sapajus sp) nos biomas da Caatinga e Cerrado. No Parque Nacional Serra da Capivara -- PI (PNSC), estudos anteriores mostraram que o \"kit de ferramentas\" dos S. libidinosus da área era bem mais diverso que em outras populações. Uma das possíveis explicações para essas diferenças seria a de variações tradicionais entre essas populações. O objetivo desse trabalho foi (1) descrever as ferramentas usadas por dois grupos de macacos--prego do PNSC, suas características físicas, suas frequências de uso e demografia dentro dos grupos, além das correlações com fatores físicos do ambiente; (2) buscar evidências de aprendizagem socialmente mediada para esses comportamentos, e (3) determinar as possíveis tradições comportamentais no uso de ferramentas por estes grupos. As ferramentas usadas pelos grupos Pedra Furada (PF) e Bocão (BC) foram de dois tipos de materiais, pedras e varetas. As pedras eram usadas como: martelo para quebrar frutos encapsulados e sementes, martelo para soltar solo e cavar, enxada para cavar, martelo para pulverizar seixos, e pedra para arremesso durante display sexual de fêmeas. As varetas eram usadas como sondas para expulsar invertebrados e pequenos vertebrados de seus esconderijos e também para extrair mel de dentro de ocos de troncos. O outro uso das varetas foi como lanças em episódios de ameaças a outros animais. Os dois grupos apresentaram o uso de todas essas ferramentas (com exceção das pedras de arremesso, só registradas no grupo PF), mas suas frequências de ocorrência foram diferentes em alguns casos. O uso de varetas foi o único tipo de ferramenta a se mostrar um comportamento quase exclusivo dos machos. Esses resultados ratificam os estudos anteriores e confirmam a diversidade das ferramentas usadas por essas população do PNSC. Além disso, descrevem um comportamento inédito em macacos--prego selvagens, as pedras de arremesso, que são bastante interessantes por serem ferramentas usadas em contexto comunicativo. A frequência geral de uso das ferramentas foi correlacionada positivamente com o período seco, no entanto, no caso das ferramentas de pedra para quebra, houve uma correlação positiva com a disponibilidade de alimento de origem vegetal, mostrando que essas ferramentas eram mais usadas quando havia mais disponibilidade de alimentos. As evidências da aprendizagem socialmente mediada sugerem que a aprendizagem do uso das ferramentas tem um viés social que ocorre por realce de estímulo. Foram identificadas seis possíveis tradições de uso de ferramentas nos grupos. Pelo método comparativo, nossas observações foram comparadas com dados relativos a outras populações que não apresentam os mesmos comportamentos, e as explicações ecológicas e genéticas aparentemente não explicam as diferenças, apesar de não poderem ser completamente descartadas. Já o método do espaço tradicional indica que alguns comportamentos são tradições, mas não pode afirmar com certeza, pois a aprendizagem social dos mesmos não pode ser categoricamente corroborada pela metodologia usada. Apesar dessas limitações, as evidências sugerem que os comportamentos de uso de ferramentas estudados provavelmente são tradições dos grupos do PNSC / Tool use by capuchin monkeys (Sapajus sp) is currently known in many wild populations in Caatinga and Cerrado biomes. Previous studies in Serra da Capivara National Park Piauí State (SCNP), showed that the \"tool kit\" of S. libidinosus in that area was much more diverse than in other populations. One possible explanation for these differences is the occurrence of traditional variations between these populations. The aim of this study was (1) to describe the tools used by two groups of capuchin monkeys in SCNP, their physical characteristics, frequencies of use and demographics within the groups, and to find correlations with physical factors of the environment, (2) search for evidence of socially mediated learning in these behaviors, and (3) determine the possible behavioral traditions of these groups. The tools used by groups Pedra Furada (PF) and Bocão (BC) were made from two materials, stones and sticks. The stones were used as \"hammer\" to break encapsulated fruits and seeds, \"hammer\" to loosen soil and dig, \"hoe\" to dig, \"hammer\" to pulverize pebbles and stone throwing during female sexual display. The sticks were used as probes to expel invertebrates and small vertebrates from their hiding places and also to extract honey from inside trunks hollows. The other use of sticks was as spears in threaten episodes to other animals. The two groups used all of these tools (except for the throwing stones, only recorded in the PF group), but their frequencies were different in some cases. The use of sticks was the only type of tool to be used almost exclusive by males. These results support previous studies and confirm the diversity of tools used by this population of SCNP. In addition, it was described a novel behavior in wild capuchin monkeys, the throwing stones, which is quite interesting because they are used in a communicative context. The total frequency of tool use was positively correlated with the dry period, however, for the cracking stone tools, there was a positive correlation with vegetal food availability, showing that these tools were more used when there was more food available. The evidence for socially mediated learning suggests that tool use learning has a social bias that occurs by stimulus enhancement. Six possible tool use traditions were identified in these groups. Using the comparative method the data was compared to other populations that do not exhibit the behavior, and ecological and genetic explanations do not seem to explain the differences (although they cannot be completely discarded). The traditional space method indicates that some behaviors are traditions, but cannot firmly confirm, because social learning cannot be corroborated with the used methodology. Despite these limitations, the analysis suggests that the studied tool--using behaviors are likely to be traditions of the PNSC groups
|
16 |
Escolha e transporte de ferramentas para a quebra de cocos por macacos-prego (Sapajus sp) em semi-liberdade: manipulação experimental dos custos da distância dos \"martelos\" às \"bigornas\" e da eficiência da ferramenta / Selection and transport of tools to crack open nuts by semifree-ranging capuchin monkeys (Sapajus sp): experimental manipulation of the costs of the distance between \"hammers\" and \"anvils\" and efficiency of the toolBianca de Oliveira Fonseca 27 March 2012 (has links)
Experimentos realizados com grupos de macacos-prego (Sapajus sp) cativos, semilivres e livres em tarefas de escolha de ferramentas para a quebra de frutos encapsulados parecem indicar que esses primatas possuem a capacidade de distinguir ferramentas funcionais de não-funcionais e que também sejam capazes de escolher, dentre as funcionais, a ferramenta mais eficiente. Neste estudo buscamos examinar estas escolhas num grupo semi-livre de macacos-prego através de experimentos que tiveram como objetivos gerais analisar possíveis preferências por martelos de determinados pesos e os efeitos de custos e benefícios associados ao seu transporte e manejo, verificando se essas preferências se modificam em função da distância de transporte até o local de uso (as bigornas) ou do grau de dureza dos cocos oferecidos. Encontramos uma preferência dos juvenis por martelos mais pesados que os escolhidos pelos adultos, o que pode refletir uma compensação daqueles, menores e mais fracos, já que com um martelo mais pesado, menos golpes são necessários para romper o coco. As escolhas individuais parecem vii indicar a influência de fatores, como tamanho corporal e experiência na quebra de cocos, na escolha dos martelos em função do peso. Depois do peso, o custo do transporte da ferramenta até o local de uso parece ter sido a variável de maior importância, dentre as que investigamos, na escolha do peso médio dos martelos: quando estes tinham que ser transportados até as bigornas, os indivíduos escolheram martelos mais leves em comparação com a situação onde os martelos eram oferecidos junto às bigornas; entretanto esse custo não parece ser levado em conta de forma precisa, uma vez que a distância de transporte (5m x 10m) não afetou as escolhas. As escolhas por martelos de determinada faixa de peso também não variaram significativamente em função das espécies de cocos oferecidas, jerivá, Syagrus Romanzoffiana (menor) e indaiá, Atallea dubia (maior) / Experiments with captive, semi-free and wild tufted capuchin (Sapajus sp) groups in tasks involving the selection of tools to crack encapsulated fruit seem to show that these primates can distinguish functional from non-functional tools, and also choose, among functional tools, the most efficient ones. In the present study, we investigate these choices in a semi-free group by means of experiments analyzing the potential preferences for hammer stones of a particular weight and the effects of costs and benefits associated with their transport and handling, to verify whether these preferences are modified as a function of the transport distance to their place of utilization (the anvils) or of the toughness of the available nuts. We found a preference by juveniles for heavier hammers than the ones chosen by adults, which may point to a compensation by the former, since they are smaller and weaker, and heavier hammers require less strikes to crack nuts open. Individual choices seem to indicate the influence of factor such as body size and nut cracking experience on hammer choice. ix Besides weight, the costs of transporting the tools to their utilization sites seem to be the most relevant variable examined affecting the average weight of the chosen hammers: when these had to be carried to the anvils, the subjects selected lighter hammers, as compared to when hammers were made available near the anvils. The precise transport costs did not seem to be taken into account, though, since the transport distance (5m x 10m) did not affect choices. The choice of hammers of a given weight were also not significantly affected by the palm nut species made available, either Syagrus Romanzoffiana (smaller), or Atallea dubia (bigger)
|
17 |
Uso de ferramentas por macacos-prego (Sapajus libidinosus) do parque nacional Serra da capivara - PI / Tool use by capuchin monkeys (Sapajus libidinosus) of Serra da Capivara National ParkTiago Falotico 17 August 2011 (has links)
O uso de ferramentas, sabe--se atualmente, é típico das populações selvagens de macacos--prego (Sapajus sp) nos biomas da Caatinga e Cerrado. No Parque Nacional Serra da Capivara -- PI (PNSC), estudos anteriores mostraram que o \"kit de ferramentas\" dos S. libidinosus da área era bem mais diverso que em outras populações. Uma das possíveis explicações para essas diferenças seria a de variações tradicionais entre essas populações. O objetivo desse trabalho foi (1) descrever as ferramentas usadas por dois grupos de macacos--prego do PNSC, suas características físicas, suas frequências de uso e demografia dentro dos grupos, além das correlações com fatores físicos do ambiente; (2) buscar evidências de aprendizagem socialmente mediada para esses comportamentos, e (3) determinar as possíveis tradições comportamentais no uso de ferramentas por estes grupos. As ferramentas usadas pelos grupos Pedra Furada (PF) e Bocão (BC) foram de dois tipos de materiais, pedras e varetas. As pedras eram usadas como: martelo para quebrar frutos encapsulados e sementes, martelo para soltar solo e cavar, enxada para cavar, martelo para pulverizar seixos, e pedra para arremesso durante display sexual de fêmeas. As varetas eram usadas como sondas para expulsar invertebrados e pequenos vertebrados de seus esconderijos e também para extrair mel de dentro de ocos de troncos. O outro uso das varetas foi como lanças em episódios de ameaças a outros animais. Os dois grupos apresentaram o uso de todas essas ferramentas (com exceção das pedras de arremesso, só registradas no grupo PF), mas suas frequências de ocorrência foram diferentes em alguns casos. O uso de varetas foi o único tipo de ferramenta a se mostrar um comportamento quase exclusivo dos machos. Esses resultados ratificam os estudos anteriores e confirmam a diversidade das ferramentas usadas por essas população do PNSC. Além disso, descrevem um comportamento inédito em macacos--prego selvagens, as pedras de arremesso, que são bastante interessantes por serem ferramentas usadas em contexto comunicativo. A frequência geral de uso das ferramentas foi correlacionada positivamente com o período seco, no entanto, no caso das ferramentas de pedra para quebra, houve uma correlação positiva com a disponibilidade de alimento de origem vegetal, mostrando que essas ferramentas eram mais usadas quando havia mais disponibilidade de alimentos. As evidências da aprendizagem socialmente mediada sugerem que a aprendizagem do uso das ferramentas tem um viés social que ocorre por realce de estímulo. Foram identificadas seis possíveis tradições de uso de ferramentas nos grupos. Pelo método comparativo, nossas observações foram comparadas com dados relativos a outras populações que não apresentam os mesmos comportamentos, e as explicações ecológicas e genéticas aparentemente não explicam as diferenças, apesar de não poderem ser completamente descartadas. Já o método do espaço tradicional indica que alguns comportamentos são tradições, mas não pode afirmar com certeza, pois a aprendizagem social dos mesmos não pode ser categoricamente corroborada pela metodologia usada. Apesar dessas limitações, as evidências sugerem que os comportamentos de uso de ferramentas estudados provavelmente são tradições dos grupos do PNSC / Tool use by capuchin monkeys (Sapajus sp) is currently known in many wild populations in Caatinga and Cerrado biomes. Previous studies in Serra da Capivara National Park Piauí State (SCNP), showed that the \"tool kit\" of S. libidinosus in that area was much more diverse than in other populations. One possible explanation for these differences is the occurrence of traditional variations between these populations. The aim of this study was (1) to describe the tools used by two groups of capuchin monkeys in SCNP, their physical characteristics, frequencies of use and demographics within the groups, and to find correlations with physical factors of the environment, (2) search for evidence of socially mediated learning in these behaviors, and (3) determine the possible behavioral traditions of these groups. The tools used by groups Pedra Furada (PF) and Bocão (BC) were made from two materials, stones and sticks. The stones were used as \"hammer\" to break encapsulated fruits and seeds, \"hammer\" to loosen soil and dig, \"hoe\" to dig, \"hammer\" to pulverize pebbles and stone throwing during female sexual display. The sticks were used as probes to expel invertebrates and small vertebrates from their hiding places and also to extract honey from inside trunks hollows. The other use of sticks was as spears in threaten episodes to other animals. The two groups used all of these tools (except for the throwing stones, only recorded in the PF group), but their frequencies were different in some cases. The use of sticks was the only type of tool to be used almost exclusive by males. These results support previous studies and confirm the diversity of tools used by this population of SCNP. In addition, it was described a novel behavior in wild capuchin monkeys, the throwing stones, which is quite interesting because they are used in a communicative context. The total frequency of tool use was positively correlated with the dry period, however, for the cracking stone tools, there was a positive correlation with vegetal food availability, showing that these tools were more used when there was more food available. The evidence for socially mediated learning suggests that tool use learning has a social bias that occurs by stimulus enhancement. Six possible tool use traditions were identified in these groups. Using the comparative method the data was compared to other populations that do not exhibit the behavior, and ecological and genetic explanations do not seem to explain the differences (although they cannot be completely discarded). The traditional space method indicates that some behaviors are traditions, but cannot firmly confirm, because social learning cannot be corroborated with the used methodology. Despite these limitations, the analysis suggests that the studied tool--using behaviors are likely to be traditions of the PNSC groups
|
18 |
\"Estudo dos Processos de Aprendizagem Individual e Social em Macacos-Prego (Cebus Apella) a partir de Manipulação de uma Caixa-Problema\". / Study of individual and social learning processes in Tufted capuchin monkeys (Cebus apella) through the manipulation of a problem-boxBriseida Dogo de Resende 03 November 1999 (has links)
Macacos-prego (Cebus apella) são proficientes manipuladores de objetos. Este trabalho teve como objetivo estudar os processos de aprendizagem individual e social que durante a aquisição de um comportamento que consistia na abertura de trincos de uma caixa-problema. Foram utilizados dois grupos de macacos, sendo que de cada grupo um indivíduo foi treinado para executar a tarefa. A análise do processo de aprendizagem individual destes dois sujeitos foi feita a partir da construção de curvas de aprendizagem que levaram em conta a interação dos animais com a caixa e com os trincos. Além disso, foi feita uma análise de seqüências comportamentais através do uso de modelos log-lineares. Posteriormente, estes sujeitos serviram de modelo para os outros indivíduos do seu grupo: o sujeito treinado executava a tarefa enquanto era assistido por um outro indivíduo do grupo. Em seguida o modelo era retirado do recinto e o observador poderia tentar executar a tarefa. Desta forma pretendia-se estudar os processos de aprendizagem por observação. Os macacos-prego devidamente treinados tornaram-se eficientes abridores de trincos, evidenciando que possuem uma grande capacidade de aprendizagem individual. Os dados sobre aprendizagem social foram inconclusivos principalmente porque os observadores não observaram adequadamente a demonstração da tarefa. / Capuchin monkeys (Cebus apella) are excellent object handlers. This work aimed to study individual and social learning processes which took place during the aquisition of a task that consisted on opening bolts from a problem-box. Two groups were used and, from each group, one subject was trained to perform the task. The analysis of the individual learning process was based on the construction of learning curves with the animals\' interactions with the box and the bolts. Besides, an analysis of behavior sequences through the use of log-linears models was performed. Then, these subjects were used as models for the other subjects in their own group: the trained subject performed the task while another subject of the group watched. Afterwards, the model was put aside and the observer would be allowed to try to solve the task in order to study observational learning processes. The well trained monkeys became efficient bolt openers, showing that they have great individual learning skills. Data from social learning were inconclusive mainly because the observers didn\'t watch the demonstration of the task properly.
|
19 |
Observação por co-específicos e influências sociais na apresendizagem do uso de ferramentas para quebrar cocos por macacos-prego (Cebus.sp.) em semi-liberdade / Observation by conspecifics and socially-biased learning in nutcracking tool-use by semi-wild capuchin monkies (Cebus sp.)Camila Galheigo Coelho 14 April 2009 (has links)
A presente dissertação dá continuidade às pesquisas que vêm sendo desenvolvidas há mais de uma década com um grupo de macacos-prego (Cebus sp.) do Parque Ecológico do Tietê, e cujo escopo reside na análise dos comportamentos de manipulação de objetos, uso de ferramentas para obtenção de alimento e na transmissão social de informação. Filhotes manipulam cocos e pedras, inicialmente de forma inepta e gradualmente desenvolvem as técnicas necessárias para o uso de pedras como ferramentas percussivas para quebrar cocos posicionados sobre bigornas. Durante o processo de aquisição da técnica de quebrar cocos, os filhotes observam co-específicos executando o comportamento. Os macacos-prego adultos são extremamente tolerantes a infantes e juvenis, permitindo uma observação próxima da atividade, acesso aos cocos e martelos e inclusive a possibilidade de se alimentar de restos de cocos quebrados. Essa tolerância confere oportunidades sociais que podem facilitar a aprendizagem de indivíduos ingênuos, levando à transmissão social do uso de pedras como ferramentas. Um estudo anterior (Ottoni et al 2005) verificou que a escolha de alvos não se correlacionava significativamente com sua idade, proximidade social ou posto hierárquico, mas sim se correlacionava com a proficiência dos alvos potenciais, uma estratégia que otimiza as possibilidades de transmissão social de informação, mas que poderia estar sendo mediada por um mecanismo simples de otimização pelas oportunidades de comer restos (scrounging). Buscamos aqui investigar com mais precisão estas correlações entre os fatores sociais e de desempenho da técnica que estariam associados à escolha dos alvos de observação. Verificamos que a observação de co-específicos durante a quebra de cocos se correlacionou significativamente com diversos fatores: proximidade social, hierarquia social, idade, proficiência e produtividade na quebra. Diferenças em relação ao estudo anterior sugerem que o comportamento de quebra de cocos podia estar, então, se disseminando pelo grupo, estando hoje em sua fase de tradição. Observamos a ocorrência de scrounging em 74,5% dos eventos observacionais, o que dá suporte à hipótese de que o scrounging constitua a motivação proximal para a observação da quebra de cocos, e outras oportunidades de aprendizagem socialmente enviesada que não dependem da observação do comportamento em si: a farta disponibilidade de restos de cocos nos sítios após um episódio de quebra permite aos observadores fazer scrounging e manipular os elementos nos sítios, mesmo em se tratando de indivíduos pouco tolerados socialmente. Foi registrada uma alta freqüência de observações de alvos machos adultos por fêmeas adultas, o que sugere um possível papel de display sexual da quebra de cocos. Uma idiossincrasias foi observada no comportamento atual de quebra de cocos pelos macacos-prego do P.E.T: as fêmeas, usualmente pouco ativas em outros estudos, mostraram-se freqüentes quebradoras e foram alvo de observação no presente estudo A dinâmica das interações sociais que ocorrem no contexto da quebra de cocos com o auxílio de ferramentas, associada aos padrões de desenvolvimento ontogenético da proficiência neste comportamento, favorecem a caracterização do uso de ferramentas na quebra de cocos como uma tradição comportamental. / This dissertation gives continuity to research with a group of Capuchin monkeys (Cebus sp.) from the Tietê Ecological Park, under way for over a decade. The scope of the research includes manipulative behaviours of objects, tool-use and social transmission of information. Infants and juveniles manipulate nuts and stones, initially in a non-proficient way and gradually they develop the necessary skills for the use of the stone as percussive tools for nutcracking on top of anvils. During the acquisition of the nut-cracking technique, infants and juveniles observe conspecifics cracking nuts. Adult capuchin monkeys are extremely tolerant with infants and juveniles, allowing close observation, access to nuts and hammers and even the possibility of scrounging cracked nuts. This tolerance gives way to social opportunities which may facilitate learning for naive individuals, leading to the social transmission of the use of stones as tools. A previous study (Ottoni et al 2005) verified that observation did not significantly correlate to age, social proximity or hierarchy, but it did correlate to the proficiency of observational targets. A simple mechanism such as optimizing scrounging opportunities could hence maximize possibilities of social transmission of information. Here we sought out to investigate more accurately the correlations between the choice of observation targets and social factors and between the former and factors related to the performance of the technique. We verified that the observation of conspecifics during nutcracking significantly correlated to several factors: social proximity, social hierarchy, age, proficiency and productivity in cracking nuts. Differences in relation to the previous study suggest that the nut-cracking behaviour has recently (as of 15 years or so) disseminated through the group, as is presently in the tradition phase. We observed the occurrence of scrounging in 74,5% of the observational episodes, which support the hypotheses that scrounging constitutes the proximal motivation for nut-cracking observation, and other opportunities of socially-biased learning. This does not depend on observing behaviour per se as there is abundant availability of left-over cracked nuts on the anvils after an episode of nutcracking, which allows the monkeys to scrounge and manipulate the elements on site. This is especially relevant for individuals that are less tolerated socially. High frequency of observations by adult females was registered, suggesting a possible role of sexual display in nut-cracking. One idiosyncrasy was observed in the current nut-cracking behavior by Capuchin monkeys at P.E.T: the females, usually less active in other studies, appeared frequent crackers and targets of observation in this study. The dynamics of social interactions which occur in the tool-use-nut-cracking context associated to the patterns of the ontogenetic development of proficiency in this behaviour, favour the characterization of tool use in nutcracking as a behavioral tradition.
|
20 |
Observação por co-específicos e influências sociais na apresendizagem do uso de ferramentas para quebrar cocos por macacos-prego (Cebus.sp.) em semi-liberdade / Observation by conspecifics and socially-biased learning in nutcracking tool-use by semi-wild capuchin monkies (Cebus sp.)Coelho, Camila Galheigo 14 April 2009 (has links)
A presente dissertação dá continuidade às pesquisas que vêm sendo desenvolvidas há mais de uma década com um grupo de macacos-prego (Cebus sp.) do Parque Ecológico do Tietê, e cujo escopo reside na análise dos comportamentos de manipulação de objetos, uso de ferramentas para obtenção de alimento e na transmissão social de informação. Filhotes manipulam cocos e pedras, inicialmente de forma inepta e gradualmente desenvolvem as técnicas necessárias para o uso de pedras como ferramentas percussivas para quebrar cocos posicionados sobre bigornas. Durante o processo de aquisição da técnica de quebrar cocos, os filhotes observam co-específicos executando o comportamento. Os macacos-prego adultos são extremamente tolerantes a infantes e juvenis, permitindo uma observação próxima da atividade, acesso aos cocos e martelos e inclusive a possibilidade de se alimentar de restos de cocos quebrados. Essa tolerância confere oportunidades sociais que podem facilitar a aprendizagem de indivíduos ingênuos, levando à transmissão social do uso de pedras como ferramentas. Um estudo anterior (Ottoni et al 2005) verificou que a escolha de alvos não se correlacionava significativamente com sua idade, proximidade social ou posto hierárquico, mas sim se correlacionava com a proficiência dos alvos potenciais, uma estratégia que otimiza as possibilidades de transmissão social de informação, mas que poderia estar sendo mediada por um mecanismo simples de otimização pelas oportunidades de comer restos (scrounging). Buscamos aqui investigar com mais precisão estas correlações entre os fatores sociais e de desempenho da técnica que estariam associados à escolha dos alvos de observação. Verificamos que a observação de co-específicos durante a quebra de cocos se correlacionou significativamente com diversos fatores: proximidade social, hierarquia social, idade, proficiência e produtividade na quebra. Diferenças em relação ao estudo anterior sugerem que o comportamento de quebra de cocos podia estar, então, se disseminando pelo grupo, estando hoje em sua fase de tradição. Observamos a ocorrência de scrounging em 74,5% dos eventos observacionais, o que dá suporte à hipótese de que o scrounging constitua a motivação proximal para a observação da quebra de cocos, e outras oportunidades de aprendizagem socialmente enviesada que não dependem da observação do comportamento em si: a farta disponibilidade de restos de cocos nos sítios após um episódio de quebra permite aos observadores fazer scrounging e manipular os elementos nos sítios, mesmo em se tratando de indivíduos pouco tolerados socialmente. Foi registrada uma alta freqüência de observações de alvos machos adultos por fêmeas adultas, o que sugere um possível papel de display sexual da quebra de cocos. Uma idiossincrasias foi observada no comportamento atual de quebra de cocos pelos macacos-prego do P.E.T: as fêmeas, usualmente pouco ativas em outros estudos, mostraram-se freqüentes quebradoras e foram alvo de observação no presente estudo A dinâmica das interações sociais que ocorrem no contexto da quebra de cocos com o auxílio de ferramentas, associada aos padrões de desenvolvimento ontogenético da proficiência neste comportamento, favorecem a caracterização do uso de ferramentas na quebra de cocos como uma tradição comportamental. / This dissertation gives continuity to research with a group of Capuchin monkeys (Cebus sp.) from the Tietê Ecological Park, under way for over a decade. The scope of the research includes manipulative behaviours of objects, tool-use and social transmission of information. Infants and juveniles manipulate nuts and stones, initially in a non-proficient way and gradually they develop the necessary skills for the use of the stone as percussive tools for nutcracking on top of anvils. During the acquisition of the nut-cracking technique, infants and juveniles observe conspecifics cracking nuts. Adult capuchin monkeys are extremely tolerant with infants and juveniles, allowing close observation, access to nuts and hammers and even the possibility of scrounging cracked nuts. This tolerance gives way to social opportunities which may facilitate learning for naive individuals, leading to the social transmission of the use of stones as tools. A previous study (Ottoni et al 2005) verified that observation did not significantly correlate to age, social proximity or hierarchy, but it did correlate to the proficiency of observational targets. A simple mechanism such as optimizing scrounging opportunities could hence maximize possibilities of social transmission of information. Here we sought out to investigate more accurately the correlations between the choice of observation targets and social factors and between the former and factors related to the performance of the technique. We verified that the observation of conspecifics during nutcracking significantly correlated to several factors: social proximity, social hierarchy, age, proficiency and productivity in cracking nuts. Differences in relation to the previous study suggest that the nut-cracking behaviour has recently (as of 15 years or so) disseminated through the group, as is presently in the tradition phase. We observed the occurrence of scrounging in 74,5% of the observational episodes, which support the hypotheses that scrounging constitutes the proximal motivation for nut-cracking observation, and other opportunities of socially-biased learning. This does not depend on observing behaviour per se as there is abundant availability of left-over cracked nuts on the anvils after an episode of nutcracking, which allows the monkeys to scrounge and manipulate the elements on site. This is especially relevant for individuals that are less tolerated socially. High frequency of observations by adult females was registered, suggesting a possible role of sexual display in nut-cracking. One idiosyncrasy was observed in the current nut-cracking behavior by Capuchin monkeys at P.E.T: the females, usually less active in other studies, appeared frequent crackers and targets of observation in this study. The dynamics of social interactions which occur in the tool-use-nut-cracking context associated to the patterns of the ontogenetic development of proficiency in this behaviour, favour the characterization of tool use in nutcracking as a behavioral tradition.
|
Page generated in 0.1183 seconds