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Crime, proceder, convívio-seguro: um experimento antropológico a partir de relações entre ladrões / Crime, proceder, conviviality-security: an anthropological experiment from relations among bandits

Marques, Adalton Jose 26 February 2010 (has links)
Neste experimento antropológico, fortemente inspirado na obra de Michel Foucault, apresento uma etnografia constituída principalmente a partir de conversas travadas com presos, ex-presos e seus familiares, em torno de experiências prisionais. No primeiro capítulo, exploro diferentes compreensões sobre o proceder e sobre a divisão espacial convívio-seguro, elaboradas como resposta à pergunta nativa o que é o certo?. Cada uma delas se faz como defesa do coletivo de presos donde emerge e como execração dos coletivos inimigos. No segundo capítulo, busco deslindar uma dimensão de estratégias adjacente a essas compreensões, onde os presos são levados a prestar atenção a eles próprios, precavendo-se para manterem um singular equilíbrio entre ser humilde e ser cabuloso. Nisso consiste o sentido do que designam por ser ladrão. Finalmente, no último capítulo mapeio uma noção de crime fundamental aos meus interlocutores, definido como movimento que estabelece as alianças nutridas entre ladrões e outros aliados ao mesmo tempo em que define inimigos a partir de considerações sobre suas caminhadas. / In this anthropological experiment inspired in the Michel Foucault works I present an ethnography mainly constituted from conversations with prisoners, ex-prisoners and their families about the experience of prison. In the first chapter I tried to present the native answers to the question they address to themselves: Which is the right way to behave?. So I worked on the meanings of the native concept of proceder and the internal division of the space of the prisons under the conviviality-security label. In each of these places they present their defenses and claim to be acting the right way, condemning the other collectivity. In the second chapter I show the strategies that underlies in the proceder especially those that make them pay attention to themselves in a balance between being humble and being fearless, the main definition they present for being a bandit. Finally, in the last chapter, I map the native concept of crime defined as a movement that institute the nurturing alliances among bandits and other allies in the same time that define the enemies from the speculations they get in their path.
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Crime, proceder, convívio-seguro: um experimento antropológico a partir de relações entre ladrões / Crime, proceder, conviviality-security: an anthropological experiment from relations among bandits

Adalton Jose Marques 26 February 2010 (has links)
Neste experimento antropológico, fortemente inspirado na obra de Michel Foucault, apresento uma etnografia constituída principalmente a partir de conversas travadas com presos, ex-presos e seus familiares, em torno de experiências prisionais. No primeiro capítulo, exploro diferentes compreensões sobre o proceder e sobre a divisão espacial convívio-seguro, elaboradas como resposta à pergunta nativa o que é o certo?. Cada uma delas se faz como defesa do coletivo de presos donde emerge e como execração dos coletivos inimigos. No segundo capítulo, busco deslindar uma dimensão de estratégias adjacente a essas compreensões, onde os presos são levados a prestar atenção a eles próprios, precavendo-se para manterem um singular equilíbrio entre ser humilde e ser cabuloso. Nisso consiste o sentido do que designam por ser ladrão. Finalmente, no último capítulo mapeio uma noção de crime fundamental aos meus interlocutores, definido como movimento que estabelece as alianças nutridas entre ladrões e outros aliados ao mesmo tempo em que define inimigos a partir de considerações sobre suas caminhadas. / In this anthropological experiment inspired in the Michel Foucault works I present an ethnography mainly constituted from conversations with prisoners, ex-prisoners and their families about the experience of prison. In the first chapter I tried to present the native answers to the question they address to themselves: Which is the right way to behave?. So I worked on the meanings of the native concept of proceder and the internal division of the space of the prisons under the conviviality-security label. In each of these places they present their defenses and claim to be acting the right way, condemning the other collectivity. In the second chapter I show the strategies that underlies in the proceder especially those that make them pay attention to themselves in a balance between being humble and being fearless, the main definition they present for being a bandit. Finally, in the last chapter, I map the native concept of crime defined as a movement that institute the nurturing alliances among bandits and other allies in the same time that define the enemies from the speculations they get in their path.
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“São os evangélicos que seguram essa cadeia, se não fossem eles, quem iria converter os mauzão?”: considerações sobre o papel do “proceder evangélico” na prisão

Pereira, Ana Beatriz de Vilhena 24 February 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-05-25T13:56:14Z No. of bitstreams: 1 anabeatrizdevilhenapereira.pdf: 841053 bytes, checksum: 302aa25eb5d0b57be181040b33a32e6b (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-05-25T14:47:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 anabeatrizdevilhenapereira.pdf: 841053 bytes, checksum: 302aa25eb5d0b57be181040b33a32e6b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-25T14:47:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 anabeatrizdevilhenapereira.pdf: 841053 bytes, checksum: 302aa25eb5d0b57be181040b33a32e6b (MD5) Previous issue date: 2017-02-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente pesquisa aborda a discussão sobre a religiosidade cristã no cárcere, enquanto possibilidade de discurso norteador de condutas individuais e coletivas. A presença de religiosos de confissões cristãs nas instituições penais demonstra a importância desse segmento na dinâmica social da prisão e evidencia de maneira clara as diferenças entre o comportamento dos detentos não religiosos e os que professam a religiosidade cristã, sobretudo evangélica. Nesse sentido, a pesquisa, realizada na Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, em Juiz de Fora, trata das especificidades das condutas adotadas pelos detentos convertidos à religiosidade evangélica, sua influência na dinâmica social do cárcere e no cotidiano das relações que ali se desenvolvem. Para tanto, utilizo dois conceitos principais: o de “proceder” – que designa um complexo número de regras criadas por e seguidas ou não pelos detentos – conforme elaboração de Marques (2009) - e o de “conversão religiosa”, utilizado no sentido de mudança de visão de mundo do fiel. Constatei que, a partir da conversão, o detento passaria por uma reforma moral subjetiva que se reflete em sua interação com o coletivo e, assim, daria seguimento aos preceitos e valores cristãos em forma de uma conduta moralmente aceitável, resultando o “proceder evangélico”, ou seja, espécie de código de condutas seguido por presos religiosos. Os detentos que aderem a tal “proceder” sofrem intensa vigilância (tanto por parte dos próprios detentos, como pelos funcionários em geral) como forma de teste de sua fé, de modo que não podem cometer nenhuma contravenção, o que nos leva à compreensão de que há certa noção de moralidade religiosa que norteia tanto quem vigia quanto quem é vigiado. Assim, o “proceder” religioso consistiria numa prática ou conduta que se orienta pela moralidade – palavra – cristã. A pesquisa foi realizada na Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, Juiz de Fora. / The present research deals with the discussion about Christian religiosity in prison, as a possibility of guiding discourse of individual and collective conduct. The presence of religious of Christian confessions in penal institutions demonstrates the importance of this segment in the social dynamics of prison and clearly evidences the differences between the behavior of non-religious detainees and those who profess Christian religiosity, especially evangelical. In this sense, the research, carried out at Professor Ariovasdo de Campos Pires Penitentiary, in Juiz de Fora, deals with the specificities of the conduct adopted by detainees converted to evangelical religiosity, its influence on the social dynamics of the prison and the daily life of the relationships that are developed there. For this purpose, I use two main concepts: that of "proceeding" - which designates a complex number of rules created by and followed or not by detainees - as elaborated by Marques (2009) - and that of "religious conversion", used in the sense of worldview change of the faithful. I observed that, from the conversion, the detainee would go through a subjective moral reform that reflects in his interaction with the collective and, thus, would follow up Christian precepts and values in form of a morally acceptable conduct, resulting in "evangelical conduct", in other words, a kind of code of conduct followed by religious prisoners. Detainees who adhere to such "proceeding" are subjected to intense vigilance (both by detainees themselves and by officials in general) as a way of testing their faith, so that they cannot commit any contravention, which leads us to a comprehension that there is a certain notion of religious morality that guides both those who watch and those who are watched. Thus, religious "proceeding" would consist of a practice or conduct that is oriented by morality – Christian word. The research was carried out at Professor Ariosvaldo de Campos Pires Penitentiary, Juiz de Fora.
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O PROCEDER e as tramas do poder na territorialização do capital no Cerrado / PROCEDER and the wefts of power in the territorial capital in the Cerrado

INOCÊNCIO, Maria Erlan 14 July 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:26:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese parte I Maria Erlan Inocencio.pdf: 4869482 bytes, checksum: feccb7455d40dd86e64ee9d99c4934af (MD5) Previous issue date: 2010-07-14 / The space transformations arising from Cerrado s territorial modernization process were driven by capital s productive restructuring which to expand its borders towards the heartland of Brazil, they promoted a reordering of natural and artificial elements, interfering mainly in the productive paradigm of Cerrado s people. The dynamics of ownership of this area were based on geopolitical strategies of state initiative, but which they found that focus on domestic and international private capital, especially for the Japanese ones, whose entered the Cerrado, in permanently way since 1970 to implement the Nipo-Brazilian Cooperation Program for the Development of Cerrado, PRODECER. This program represented one of the greatest public investments of private capital on Cerrado and created development priorities, wich directed the ownership of different territorial portions. However if the 1970s characterized private investment on Cerrado, the state capital has been present since 1930, with the vargas policy of March to the West, unfolding in Terms of Goals of Juscelino Kubitschek in the 1950s, which besides creating the infrastructural system that would support the posterior process of capitalist insertion of Cerrado, to international productive circuit, through the Terms of Goals, put into practice the delivery project of federal capital to the interior of Brazil, what supported, as a matter of fact, the displacement from the border towards Cerrado. The military regime introduced in 1964 effected the strategy of studying the country from the geopolitical point of view, considering Cerrado as region of great natural resources an watersheds, meeting point among the North, North-East, South and South- East, able to capture the neighboring spaces, spreading a new production pattern. To this fact adds the geopolitical situation of food safety that grounded in the international s productive pattern changes, commanded by the United States, and little interest by American for commercial interchange with Latin American countries, has pushed Brazil to seek closer relationship with other nations, which resulted in an increase in Brazilian exports to Asia, especially China and Japan. Particular Japan, poor in natural resources, with desinclined territory to agricultural practice, has in Brazil the supplier source of raw materials, mainly food products and basic inputs. And in this context, Cerrado with vast areas of availability, low production pattern, and therefore reduced price of land pieces, privileged geostrategic position, starts to receive Japanese investment which had focused on economic development under the joint action of governmental and private agencies of economic and technical cooperation. The application of these capitals produced a large impact in areas related to steel, paper, pulp, mining, but mainly agricultural, being through agriculture that the capital has spread throughout Cerrado and triggered the largest territorial effects. The research is focused on the study of geopolitics as a mechanism for understanding Cerrado s territorial modernization. Founded, therefore in the different state acitons, combined or not to the private capital, from national and transnational origin, space modelers, which had at the natural, infrastructural and technical system necessary support to the production capitalist expansion process. After installing PRODECER , considered the big push of territorial modernization, from the 1970 s, was created a new productive dynamic in which Cerrado is placed as focal point of the territorial capital in the country. Plots of power network in the capital s territorial on Cerrado caused social, economic, environmental and policy changes, which culminated in the territorial modernizations of this space in a singular, both creatively and culturally. / As transformações espaciais, decorrentes do processo de modernização territorial do Cerrado foram guiadas pela reestruturação produtiva do capital que, ao expandir suas fronteiras em direção às terras centrais do Brasil, promoveu uma (re) ordenação dos elementos naturais e artificiais, interferindo, principalmente, no paradigma produtivo do povo cerradeiro . As dinâmicas de apropriação desse espaço basearam-se em estratégias geopolíticas de iniciativa estatal, mas que encontraram respaldo no capital privado nacional e internacional. O capital japonês adentrou o Cerrado, a partir de 1970, implantando o Programa de Cooperação Nipo- Brasileiro para o Desenvolvimento do Cerrado, PRODECER. Esse programa representou um dos maiores investimentos públicos de capital privado no Cerrado e criou eixos de desenvolvimento, capturando e transformando diferentes porções territoriais. Entretanto, se a década de 1970 se caracterizou pelos investimentos privados no Cerrado, o capital estatal esteve presente desde 1930, com a política getulista da Marcha para o Oeste. Consolidou-se no Plano de Metas de Juscelino Kubistchek, na década de 1950, que além de criar o sistema infraestrutural, que suportaria o posterior processo de inserção capitalista do Cerrado ao circuito produtivo internacional, por meio do Plano de Metas, colocou em prática o projeto de transferência da capital federal para o interior do Brasil, o que sustentou o deslocamento da fronteira em direção ao Cerrado. O Regime Militar, implantado em 1964, efetivou a estratégia de pensar o país a partir do ponto de vista geopolítico, considerando o Cerrado como região de grandes riquezas naturais e bacias hidrográficas, ponto de encontro entre o Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, capaz de capturar os espaços vizinhos, disseminando um novo modelo de produção. A esse fato soma-se a conjuntura geopolítica da segurança alimentar, que calcada na mudança dos padrões produtivos internacionais, comandada pelos Estados Unidos, e o pouco interesse norte americano pelo intercâmbio comercial com países latino-americanos, pressionou o Brasil a buscar maior relacionamento com outras nações, em especial, China e Japão, o que redundou em aumento das exportações brasileiras ao continente asiático. O Japão, em particular, pobre em recursos naturais, com território pouco propenso à prática da agricultura, reconhece o Brasil como fonte supridora de matérias-primas, principalmente produtos alimentícios e insumos básicos. O Cerrado, com grande disponibilidade de áreas, baixo padrão produtivo e, portanto, reduzido preço das terras, posição geoestratégica privilegiada, passa a receber os investimentos japoneses que tiveram como foco o desenvolvimento econômico em conjunta atuação com órgãos governamentais e/ou privados de cooperação econômica e técnica. A aplicação desses capitais produziu grande impacto em diversas áreas (siderurgia, papel, celulose, mineração) e principalmente na agricultura, através da qual o capital se propagou pelo Cerrado, desencadeando grandes efeitos territoriais. A pesquisa está centrada no estudo da geopolítica como mecanismo para se compreender a modernização territorial do Cerrado. Alicerça-se, portanto, nas diferentes ações estatais, conjugadas ou não ao capital privado, de origem nacional e transnacional, que modelam o espaço, tendo nos sistemas natural, infraestrutural e técnico o apoio necessário ao processo de expansão capitalista de produção. A partir de 1970, após a instalação do PRODECER, considerado o big push da modernização territorial do Cerrado, criou-se uma nova dinâmica produtiva, na qual as tramas do poder colocaram o como centro dinamizador da territorialização do capital no país, e provocaram-lhe alterações sociais, econômicas, ambientais e políticas, de uma forma singular, tanto produtiva como culturalmente.

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