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Farmacogenética dos efeitos adversos induzidos pelo tratamento com levodopa na doença de Parkinson

Rieck, Mariana January 2016 (has links)
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na espécie humana. A doença é caracterizada por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez muscular e perda de tônus postural. Ela é identificada por uma degeneração progressiva de neurônios dopaminérgicos localizados na substantia nigra. Essa região é responsável pela modulação e manutenção do movimento via aferências dopaminérgicas do circuito da alça motora. A farmacoterapia da DP tem como objetivo restabelecer os níveis de dopamina no sistema através do precursor da dopamina levodopa. Porém, efeitos adversos da terapia são frequentes. O início do tratamento pode ser marcado por problemas gastrointestinais agudos, tais como náusea e vômito. Essas complicações podem interferir na absorção de levodopa gerando flutuações da resposta motora. Com a progressão da degeneração nigroestriatal, o estresse resultante da exposição desregrada de dopamina na fenda sináptica resulta no aparecimento de discinesia. Os pacientes também podem sofrer alucinações visuais, que surgem devido, entre outras causas, à estimulação dopaminérgica anormal. O objetivo do presente trabalho foi investigar se polimorfismos em genes candidatos estão associados ao aparecimento de efeitos adversos em uma amostra de pacientes com diagnóstico de DP idiopática do ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS, Brasil). No presente estudo, os SNPs rs1799732 do gene DRD2 e rs6280 do gene DRD3 foram associados com sintomas gastrointestinais [rs1799732 genótipo Ins/Ins: PR(95% IC)= 2.374(1.105–5.100), P=0.027; rs6280 genótipo Ser/Ser: PR(95% IC)= 1.677(1.077–2.611), P=0.022]. O risco se apresenta aumentado em indivíduos portadores dos dois genótipos, sugerindo um efeito aditivo dos dois polimorfismos investigados [PR(95% IC)= 4.622(1.516–14.088), P=0.007]. As variantes rs2298383 e rs3761422 do gene ADORA2A apresentaram uma possível associação com discinesia [Diplótipo TC/CT: PR (95% IC)= 2.572 (1.008-6.561), P=0.047; Diplótipo TC/TC: PR(95% IC)= 2.598 (1.010-6.681), P=0.045]. Já os genes DDC, SLC18A2, SLC6A4, GRM7, LPHN3, SHANK3, NOS1 e NOS3 não apresentaram associação com os desfechos investigados de discinesia, flutuações motoras e alucinações visuais. O conhecimento sobre a farmacogenética da DP está lentamente crescendo. O presente trabalho contribuiu na geração de novas hipóteses de associações. Assim, colaboramos para o entendimento de como a genética pode influenciar na resposta individual ao tratamento farmacológico na DP. / Parkinson's disease (PD) is the second most common neurodegenerative disease in humans. The disease is characterized by bradykinesia, resting tremor, muscular rigidity and loss of postural tone control. PD is mainly defined by a progressive degeneration of dopaminergic neurons in the substantia nigra, region responsible for movement generation and maintenance via the motor loop. PD´s pharmacological therapy aims to restore the levels of dopamine in the system through levodopa, a dopamine precursor. However, problems with the therapy are frequent. Gastrointestinal (GI) symptoms, such as nausea and vomiting, can occur at the onset of the treatment and may interfere with levodopa absorption, leading to the appearance of motor fluctuations. As the degeneration in the nigrostriatal system increases, the wide range of dopamine exposition leads to the appearance of dyskinesia. Patients can also suffer with visual hallucinations, due to the abnormal dopaminergic stimulation, among other causes. The aim of the present study was to investigate possible associations between candidate genes variants and levodopa-induced adverse effects in idiopathic PD patients from the Movement Disorder Clinics at Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. In the present study, DRD2 rs1799732 and DRD3 rs6280 polymorphisms were associated with GI symptoms occurrence [rs1799732 Ins/Ins genotype: PR(95% CI)= 2.374(1.105–5.100), P=0.027; rs6280 Ser/Ser genotype: PR(95% CI)= 1.677(1.077–2.611), P=0.022]. The risk was higher when subjects presented both risk genotypes, suggesting an additive effect between the polymorphisms investigated [PR(95% CI)= 4.622(1.516–14.088), P=0.007]. ADORA2A rs2298383 and rs3761422 variants may be a risk factor for dyskinesia appearance [Diplotype TC/CT: PR (95% CI)= 2.572 (1.008-6.561), P=0.047; Diplotype TC/TC: PR(95% CI)= 2.598 (1.010-6.681), P=0.045]. No association was found among DDC, SLC18A2, DRD3, SLC6A4, Grm7, LPHN3, SHANK3, NOS1 and NOS3 gene variants and the outcomes investigated of dyskinesia, motor fluctuations or visual hallucinations. PD pharmacogenetic knowledge is slowly growing. This work contributed with the generation of new association hypotheses. Thus, we added clues to the understanding of how pharmacogenetics may influence the individual response to PD treatment.
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Desenvolvimento e avaliação do efeito de um jogo terapêutico para jovens usuários de drogas

Williams, Anna Virgínia January 2006 (has links)
O uso de substâncias psicoativas está em crescimento no mundo, sendo grande a sua prevalência na população jovem. A adolescência é conhecida por ser um período de vulnerabilidade para o uso de drogas, e os danos em conseqüência do seu uso são de forte impacto na vida dos adolescentes. Portanto, devem ser intensos os investimentos em intervenções para essa condição. Recentemente, algumas intervenções focadas em habilidades cognitivas têm sido incorporadas aos tratamentos, como, por exemplo, o treinamento de habilidades de enfrentamento e de estratégias de recusa à oferta de drogas. Nessa perspectiva, o desenvolvimento de jogos terapêuticos que possam promover tais habilidades é uma alternativa inovadora e dinâmica para o tratamento de adolescentes usuários de drogas. A presente dissertação, composta por dois artigos, teve por objetivo desenvolver um jogo terapêutico para jovens usuários de drogas e avaliar o seu efeito. Intitulada “O Jogo da Escolha”, essa técnica pretende, de uma forma lúdica e atrativa, abordar crenças típicas de jovens com problemas com drogas e promover estratégias de enfrentamento para situações e pensamentos que os coloquem em risco para recaída. O processo de desenvolvimento do “O Jogo da Escolha” está descrito no primeiro artigo. Essa fase constituiu-se da elaboração, da adaptação da linguagem e das instruções do jogo. Para tanto, foram realizados grupos focais com pacientes ambulatoriais de um Centro para tratamento de dependência química em Porto Alegre. As sugestões obtidas nesses grupos foram submetidas à avaliação por profissionais especializados em dependência química; também foi realizada a avaliação do conteúdo da técnica e da organização de uma seqüência de apresentação das cartas do jogo. Um estudo piloto do jogo possibilitou modificações finais nas instruções, e no formato de aplicação, chegando à versão atual do “Jogo da Escolha”. A avaliação do efeito dessa versão, que constituiu o segundo artigo, foi realizada através de um quase-experimento. Os sujeitos foram recrutados por anúncio de jornal e rádio, e 110 sujeitos preencheram os critérios de inclusão e exclusão, permanecendo no estudo 32 jovens, com idade média de 19 anos, sendo 91% do sexo masculino e 96,9% apresentava dependência de substâncias e uso freqüente de crack e maconha. Os sujeitos foram submetidos a uma entrevista inicial que avaliou além do uso de drogas, pensamentos a respeito das vantagens e desvantagens de usar drogas, e motivação para cessar o consumo. Após a entrevista, eles participaram de três sessões individuais do “Jogo da Escolha”, com um intervalo de sete dias entre cada aplicação. Na última semana, os sujeitos retornaram para a avaliação final, quando lhes foram reaplicados os instrumentos. Os achados sugeriram que após a intervenção os sujeitos apresentaram um aumento na motivação, movendo-se do estágio de “Ambivalência” para o estágio de “Ação”; 27,6% da amostra moveu-se nessa direção (p=0,01). Eles também diminuíram os dias de uso de crack e de maconha no mês. No caso de crack, passou de, em média, 10 para 6 dias (p= 0,017) e de maconha, em média, 18 para 12 dias (p= 0,01); não houve decréscimo significativo no uso de álcool e de outras drogas. Além disso, a auto-eficácia, aferida através de uma escala de 0 a 10 para a pergunta “o quanto você se sente capaz de parar de usar drogas?”, aumentou significativamente de uma média de 6,8 para 7,6 (p=0,31); A intervenção, todavia, não mostrou efeito na pontuação da Balança Decisional. Os achados indicam que o “Jogo da Escolha” se presta para motivar pacientes que estão ambivalentes em relação a parar de usar drogas, aumentar o seu senso de autoeficácia e efetivamente diminuir o uso droga. Portanto, o jogo terapêutico pode ser ou indicado para ser aplicado no início do tratamento, como um motivador, ou como um pré-tratamento para pacientes que estão em uma lista de espera de atendimento. No entanto, são necessários novos estudos para testar os efeitos específicos da intervenção.
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Achados neuropsiquiátricos e neuroquímicos em dependentes de cocaína

Kessler, Felix Henrique Paim January 2003 (has links)
Resumo não disponível
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Fator neurotrófico derivado do cérebro nos transtornos por uso de substâncias : uma meta-análise

Ornell, Felipe January 2017 (has links)
Os transtornos por Uso de Substâncias (TUS) estão entre os transtornos psiquiátricos mais prevalentes no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população dos centros urbanos de todo o planeta usa, abusivamente, alguma substância psicoativa. As causas dos TUS são complexas e multifatoriais, englobando aspectos genéticos, psicossociais, comorbidades psiquiátricas, sensibilidade/resiliência ao estresse, desenvolvimento cerebral, efeitos na neuroplasticidade e no sistema cerebral de recompensa (SCR). Nos últimos anos tem crescido a proposição dos TUS como uma doença do cérebro, caraterizada por alterações disfuncionais no cérebro. Nesse sentido, a identificação de biomarcadores, que indiquem o estado patológico e a gravidade dos TUS, pode auxiliar no direcionamento e no aumento da efetividade do tratamento. O fator neurotrófico derivado do cérebro – BDNF – principal NT cerebral, parece estar implicado na base fisiopatológica de diversas doenças neurodegenerativas e psiquiátricas. Nos TUS, diversos estudos têm avaliado o BDNF em dependentes de diferentes tipos e classes de drogas, todavia os resultados são contraditórios e o papel do BDNF continua sendo um campo pouco compreendido. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi realizar uma meta-análise dos níveis periféricos de BDNF em usuários de substâncias psicoativas, com exceção do tabaco, comparados a controles. Para isso, realizou-se uma busca sistemática no PubMed / MEDLINE, EMBASE e PsycINFO. A seleção dos estudos elegíveis e a extração dos dados foram realizadas por dois revisores independentes; os desacordos foram resolvidos por consenso e com a opinião de um terceiro revisor. As listas de referência de todos os documentos recuperados foram avaliadas, a fim de identificar estudos elegíveis adicionais não detectados na busca inicial. Ao final, trinta estudos foram incluídos na meta-análise totalizando 1698 casos e 1363 controles. As análises foram realizadas levando em consideração o tipo de droga, a matriz de análise e o status do uso no momento da dosagem (uso ativo e abstinência); as meta-análises foram realizadas por subgrupos de acordo com o tipo de droga consumida e, nas meta-regressões, foram avaliados fatores potencialmente relacionados à alteração do BDNF. Na análise geral não foram encontradas diferenças significativas entre casos e controles. Após ajuste para viés de publicação, encontrou-se níveis menores de BDNF sérico em usuários ativos em relação aos controles; em contrapartida, em usuários abstinentes, os níveis de BDNF foram semelhantes aos controles. A análise por droga mostrou níveis mais baixos de BDNF em dependentes de álcool, em comparação com os controles, e em dependentes de crack/cocaína durante o uso ativo. Nas análises de meta-regressão, os níveis séricos de BDNF foram associados aos anos de uso de drogas, idade, sexo e tempo de abstinência. Em geral, as análises sérica e plasmática apresentaram resultados discrepantes. Essas evidências sugerem que os níveis de BDNF sérico estão consistentemente mais baixos durante o uso ativo de drogas, mas se equiparam aos controles durante a abstinência. Mais do que isso, o BDNF parece diminuir com a idade, com o tempo de doença e, também, sofrer influência do tempo de abstinência e do gênero. Estes resultados indicam que, menores níveis de BDNF podem estar relacionados com a gravidade e com a progressão da dependência de drogas. Assim, é possível que o BDNF seja um biomarcador discriminatório de estadiamento nos TUS, como já descrito para outros transtornos psiquiátricos e doenças neurodegenerativas. / Substance Use Disorders (SUDS) are among the most prevalent psychiatric disorders worldwide. According to the World Health Organization (WHO), about 10% of the population in urban centers abuse some kind of psychoactive substance. SUDS causes are complex, multifactorial, and encompass genetic and psychosocial aspects, psychiatric comorbities, sensitivity/resilience to stress, cerebral development, effects on the reward center and on the cerebral neuroplasticity. Over the last years, the proposition of SUDS as a brain disease is growing, as it is being associated to dysfunctional alterations on the brain. In this regard, looking for biomarkers that are able to indicate the pathological status and to identify SUDS severity could be helpful directing treatment and increasing its effectiveness. Brain-derived neurotrophic factor (BDNF), the main neurotransmitter in the brain, appears to be implicated in the pathophysiological basis of various neurodegenerative and psychiatric disorders. In SUDS, several studies have been evaluating BDNF in dependents of different types and classes of drugs. However the results are contradictory and the role of BDNF still remains poorly understood. In this sense, the aim of the present study was to perform a meta-analysis of peripheral levels of BDNF in users of psychoactive substances, with the exception of tobacco, compared to healthy controls. Hence, a systematic search was conducted through PubMed/MEDLINE, EMBASE and PsycINFO. Both the selection of eligible studies and data extraction were performed by two independent reviewers. Disagreements were resolved by consensus and with the opinion of a third reviewer. The reference list of all retrieved papers were evaluated in order to identify additional eligible studies not identified by the initial search. At the end, thirty studies were included in the meta-analysis, with a total of 1698 cases and 1363 controls. The analysis were performed taking into consideration the type of drug used, the biological matrices analysed and the status of use at the moment of the dosage (active use or withdrawn). Meta-analysis were performed by subgroups according to the type of drug used. In the meta-regressions, factors potentially related to BDNF alteration were evaluated. In the general analysis, no significative differences were found between cases and controls. After adjusting for publication bias, we found lower levels of serum BDNF in active users compared to controls; in contrast, in withdrawn users, BDNF levels were similar to controls. Analysis by tipe of drug showed lower levels of BDNF in alcohol-dependent patients compared to controls, and in crack/cocaine dependents during active use. In meta-regression analysis, serum BDNF levels were associated with years of drug use, age, sex, and withdrawal time. In general, serum and plasma analysis presented divergent results. These evidences suggest that serum BDNF levels are consistently lower during active drug use, but are matched to controls during withdrawal. More than that, BDNF seems to decrease with age and with years of drug use, and also undergo the influence of withdrawal time and gender. These results indicate that lower levels of BDNF may be related to severity and progression of drug dependence. Thus, it is possible that BDNF is a discriminant staging biomarker in SUDS, as already described for other psychiatric disorders and neurodegenerative diseases.
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Farmacogenética dos efeitos adversos induzidos pelo tratamento com levodopa na doença de Parkinson

Rieck, Mariana January 2016 (has links)
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na espécie humana. A doença é caracterizada por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez muscular e perda de tônus postural. Ela é identificada por uma degeneração progressiva de neurônios dopaminérgicos localizados na substantia nigra. Essa região é responsável pela modulação e manutenção do movimento via aferências dopaminérgicas do circuito da alça motora. A farmacoterapia da DP tem como objetivo restabelecer os níveis de dopamina no sistema através do precursor da dopamina levodopa. Porém, efeitos adversos da terapia são frequentes. O início do tratamento pode ser marcado por problemas gastrointestinais agudos, tais como náusea e vômito. Essas complicações podem interferir na absorção de levodopa gerando flutuações da resposta motora. Com a progressão da degeneração nigroestriatal, o estresse resultante da exposição desregrada de dopamina na fenda sináptica resulta no aparecimento de discinesia. Os pacientes também podem sofrer alucinações visuais, que surgem devido, entre outras causas, à estimulação dopaminérgica anormal. O objetivo do presente trabalho foi investigar se polimorfismos em genes candidatos estão associados ao aparecimento de efeitos adversos em uma amostra de pacientes com diagnóstico de DP idiopática do ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS, Brasil). No presente estudo, os SNPs rs1799732 do gene DRD2 e rs6280 do gene DRD3 foram associados com sintomas gastrointestinais [rs1799732 genótipo Ins/Ins: PR(95% IC)= 2.374(1.105–5.100), P=0.027; rs6280 genótipo Ser/Ser: PR(95% IC)= 1.677(1.077–2.611), P=0.022]. O risco se apresenta aumentado em indivíduos portadores dos dois genótipos, sugerindo um efeito aditivo dos dois polimorfismos investigados [PR(95% IC)= 4.622(1.516–14.088), P=0.007]. As variantes rs2298383 e rs3761422 do gene ADORA2A apresentaram uma possível associação com discinesia [Diplótipo TC/CT: PR (95% IC)= 2.572 (1.008-6.561), P=0.047; Diplótipo TC/TC: PR(95% IC)= 2.598 (1.010-6.681), P=0.045]. Já os genes DDC, SLC18A2, SLC6A4, GRM7, LPHN3, SHANK3, NOS1 e NOS3 não apresentaram associação com os desfechos investigados de discinesia, flutuações motoras e alucinações visuais. O conhecimento sobre a farmacogenética da DP está lentamente crescendo. O presente trabalho contribuiu na geração de novas hipóteses de associações. Assim, colaboramos para o entendimento de como a genética pode influenciar na resposta individual ao tratamento farmacológico na DP. / Parkinson's disease (PD) is the second most common neurodegenerative disease in humans. The disease is characterized by bradykinesia, resting tremor, muscular rigidity and loss of postural tone control. PD is mainly defined by a progressive degeneration of dopaminergic neurons in the substantia nigra, region responsible for movement generation and maintenance via the motor loop. PD´s pharmacological therapy aims to restore the levels of dopamine in the system through levodopa, a dopamine precursor. However, problems with the therapy are frequent. Gastrointestinal (GI) symptoms, such as nausea and vomiting, can occur at the onset of the treatment and may interfere with levodopa absorption, leading to the appearance of motor fluctuations. As the degeneration in the nigrostriatal system increases, the wide range of dopamine exposition leads to the appearance of dyskinesia. Patients can also suffer with visual hallucinations, due to the abnormal dopaminergic stimulation, among other causes. The aim of the present study was to investigate possible associations between candidate genes variants and levodopa-induced adverse effects in idiopathic PD patients from the Movement Disorder Clinics at Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. In the present study, DRD2 rs1799732 and DRD3 rs6280 polymorphisms were associated with GI symptoms occurrence [rs1799732 Ins/Ins genotype: PR(95% CI)= 2.374(1.105–5.100), P=0.027; rs6280 Ser/Ser genotype: PR(95% CI)= 1.677(1.077–2.611), P=0.022]. The risk was higher when subjects presented both risk genotypes, suggesting an additive effect between the polymorphisms investigated [PR(95% CI)= 4.622(1.516–14.088), P=0.007]. ADORA2A rs2298383 and rs3761422 variants may be a risk factor for dyskinesia appearance [Diplotype TC/CT: PR (95% CI)= 2.572 (1.008-6.561), P=0.047; Diplotype TC/TC: PR(95% CI)= 2.598 (1.010-6.681), P=0.045]. No association was found among DDC, SLC18A2, DRD3, SLC6A4, Grm7, LPHN3, SHANK3, NOS1 and NOS3 gene variants and the outcomes investigated of dyskinesia, motor fluctuations or visual hallucinations. PD pharmacogenetic knowledge is slowly growing. This work contributed with the generation of new association hypotheses. Thus, we added clues to the understanding of how pharmacogenetics may influence the individual response to PD treatment.
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Estudo das relações entre traços de personalidade e o uso de drogas de abuso

Schneider Junior, Ricardo January 2011 (has links)
Introdução: O uso indevido de drogas, abuso e dependência são reconhecidos como um grande problema de saúde pública. De acordo com o levantamento anual do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) de 2009/2010, entre 149 e 272 milhões de pessoas (3,3 a 6,1% da população mundial entre 15 e 64 anos) fez uso de drogas ilícitas pelo menos uma vez durante a vida. A identificação de ferramentas de predição ao uso de substâncias de abuso tem recebido atenção frequente da comunidade científica e um dos temas explorados é a influência de traços de personalidade sobre o uso de drogas. As relações entre traços de personalidade, uso, abuso e dependência de drogas tem sido bem documentadas. Traços de personalidade que mais caracterizam os usuários de drogas são provavelmente a busca por novidades e a busca por sensações. No entanto, estas relações não estão bem estudadas em uma amostra grande, da população geral, e de acordo com a gravidade do padrão de uso. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram analisar a influência de traços de personalidade (temperamento e caráter) sobre os padrões de uso de álcool, maconha, benzodiazepínicos, cocaína e alucinógenos, usando a versão brasileira do Inventario de Temperamento e Caráter Revisado (TCI-R) em uma amostra representativa da população geral. Além disso, verificou-se o perfil de temperamento e caráter associados com diferentes drogas de escolha. Métodos: Uma amostra de 8.646 indivíduos (24,7% homens) foi analisada por questionários (ASSIST E TCI-R) respondidos através do site www.temperamento.com.br. Os dados foram analisados por análise multivariada de covariância (MANCOVA), com drogas, idade, sexo e uso concomitante de outras drogas como covariáveis. Resultados: Busca por novidades foi a dimensão de temperamento mais relacionada com o envolvimento com álcool, maconha e cocaína. Houuve uma associação positiva significativa entre evitação de danos e o uso de benzodiazepínicos. Os escores de persistência foram menores em dependentes de maconha, benzodiazepínicos e cocaína comparados a uma população não usuária. A dimensão de caráter auto-direcionamento foi significativamente menor em dependentes de álcool, maconha, benzodiazepínicos e cocaína. Conclusões: Corroborando outros estudos, busca por novidades foi a dimensão mais fortemente relacionada com a intensidade do uso de drogas, seguido por autodirecionamento. Cabe notar que o presente estudo difere notadamente dos anteriores pelo tamanho da amostra utilizada, além de ser o primeiro estudo neste campo feito com coleta de dados através da internet. Uma vez que traços de personalidade possuem correlatos neuroquímicos, a associação destes com dependência química requer mais estudos, já que podem identificar alvos farmacológicos relevantes para a terapia adequada aos traços de personalidade individuais. Os estudos da associação entre personalidade e dependência química podem ser úteis para definir intervenção psicológica e/ou psiquiátrica, e desenvolvimento de estratégias preventivas em saúde pública. / Introduction: Patterns of drug misuse, abuse and addiction are recognized as a large public health problem. According to the United Nations Office of Drug and Crime (UNODC) census of 2009/2010, between 149 and 272 million people (3.3 to 6.1% of the world population aged 15-64) made use of illicit drugs at least once during their lifetime. Identifying prediction tools for drug-related problems has received frequent attention from the scientific community and one of the subjects that had been explored is the influence of personality traits in addiction disorders. The relations between personality traits, drugs use and misuse has been well documented. Personality traits that more characterize drug users are novelty-seeking (NS) and sensation seeking. However these relations are not well studied in a sample of the general population and according to the severity of use. Aims: The aims of this study were to analyze the influence of personality traits (temperament and character) in the patterns of cannabis, alcohol, benzodiazepines, cocaine and hallucinogens use, using the Brazilian Portuguese version of TCI-R in a representative sample of the general population. Additionally, we verified the temperament and character profiles that were associated with different drugs of choice. Methods: A sample of 8646 subjects (24.7% men) was analyzed and the questionnaires were responded (ASSIST and TCI-R) through the site www.temperamento.com.br. Data were analyzed with multivariate analysis of covariance (MANCOVA) with age, gender and concomitant drugs use as covariates. Results: Novelty-seeking was the temperament dimension most related to the involvement with alcohol, marijuana and cocaine. There was a significant positive association between harm avoidance and benzodiazepine use. Persistence was lower in marijuana, benzodiazepine and cocaine dependent subjects. Self-Directedness was reduced in dependents of alcohol, marijuana, benzodiazepines and cocaine. No strong relationships were found between other temperament or character dimensions and severity of use regarding the drugs studied. Conclusions: Corroborating with other studies, noveltyseeking was the temperament dimension most strongly related to the intensity of alcohol, marijuana and cocaine use followed by self-directedness. It is noteworthy that the present work differs notably from earlier studies for the large sample used and for being the first web-based study on this field. Since personality traits have neurochemical correlates, its associations with drug addiction need more studies since it may indentify relevant pharmacological targets for addiction therapy proper for individual personality traits. The associations between personality and drug addiction may be useful for define psychological/psychiatric intervention and develop preventive strategies in public health.
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Desenvolvimento e avaliação do efeito de um jogo terapêutico para jovens usuários de drogas

Williams, Anna Virgínia January 2006 (has links)
O uso de substâncias psicoativas está em crescimento no mundo, sendo grande a sua prevalência na população jovem. A adolescência é conhecida por ser um período de vulnerabilidade para o uso de drogas, e os danos em conseqüência do seu uso são de forte impacto na vida dos adolescentes. Portanto, devem ser intensos os investimentos em intervenções para essa condição. Recentemente, algumas intervenções focadas em habilidades cognitivas têm sido incorporadas aos tratamentos, como, por exemplo, o treinamento de habilidades de enfrentamento e de estratégias de recusa à oferta de drogas. Nessa perspectiva, o desenvolvimento de jogos terapêuticos que possam promover tais habilidades é uma alternativa inovadora e dinâmica para o tratamento de adolescentes usuários de drogas. A presente dissertação, composta por dois artigos, teve por objetivo desenvolver um jogo terapêutico para jovens usuários de drogas e avaliar o seu efeito. Intitulada “O Jogo da Escolha”, essa técnica pretende, de uma forma lúdica e atrativa, abordar crenças típicas de jovens com problemas com drogas e promover estratégias de enfrentamento para situações e pensamentos que os coloquem em risco para recaída. O processo de desenvolvimento do “O Jogo da Escolha” está descrito no primeiro artigo. Essa fase constituiu-se da elaboração, da adaptação da linguagem e das instruções do jogo. Para tanto, foram realizados grupos focais com pacientes ambulatoriais de um Centro para tratamento de dependência química em Porto Alegre. As sugestões obtidas nesses grupos foram submetidas à avaliação por profissionais especializados em dependência química; também foi realizada a avaliação do conteúdo da técnica e da organização de uma seqüência de apresentação das cartas do jogo. Um estudo piloto do jogo possibilitou modificações finais nas instruções, e no formato de aplicação, chegando à versão atual do “Jogo da Escolha”. A avaliação do efeito dessa versão, que constituiu o segundo artigo, foi realizada através de um quase-experimento. Os sujeitos foram recrutados por anúncio de jornal e rádio, e 110 sujeitos preencheram os critérios de inclusão e exclusão, permanecendo no estudo 32 jovens, com idade média de 19 anos, sendo 91% do sexo masculino e 96,9% apresentava dependência de substâncias e uso freqüente de crack e maconha. Os sujeitos foram submetidos a uma entrevista inicial que avaliou além do uso de drogas, pensamentos a respeito das vantagens e desvantagens de usar drogas, e motivação para cessar o consumo. Após a entrevista, eles participaram de três sessões individuais do “Jogo da Escolha”, com um intervalo de sete dias entre cada aplicação. Na última semana, os sujeitos retornaram para a avaliação final, quando lhes foram reaplicados os instrumentos. Os achados sugeriram que após a intervenção os sujeitos apresentaram um aumento na motivação, movendo-se do estágio de “Ambivalência” para o estágio de “Ação”; 27,6% da amostra moveu-se nessa direção (p=0,01). Eles também diminuíram os dias de uso de crack e de maconha no mês. No caso de crack, passou de, em média, 10 para 6 dias (p= 0,017) e de maconha, em média, 18 para 12 dias (p= 0,01); não houve decréscimo significativo no uso de álcool e de outras drogas. Além disso, a auto-eficácia, aferida através de uma escala de 0 a 10 para a pergunta “o quanto você se sente capaz de parar de usar drogas?”, aumentou significativamente de uma média de 6,8 para 7,6 (p=0,31); A intervenção, todavia, não mostrou efeito na pontuação da Balança Decisional. Os achados indicam que o “Jogo da Escolha” se presta para motivar pacientes que estão ambivalentes em relação a parar de usar drogas, aumentar o seu senso de autoeficácia e efetivamente diminuir o uso droga. Portanto, o jogo terapêutico pode ser ou indicado para ser aplicado no início do tratamento, como um motivador, ou como um pré-tratamento para pacientes que estão em uma lista de espera de atendimento. No entanto, são necessários novos estudos para testar os efeitos específicos da intervenção.
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Achados neuropsiquiátricos e neuroquímicos em dependentes de cocaína

Kessler, Felix Henrique Paim January 2003 (has links)
Resumo não disponível
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Estudo da desesperança e estrutura familiar como fatores de interferência no processo de recuperação do dependente químico

CALIXTO, Aline Cristina da Silva 12 March 2014 (has links)
Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-13T19:28:05Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO Aline Cristina da Silva Calixto.pdf: 657466 bytes, checksum: 28e7f22f7d84dee9dd04a8ed00df0e96 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-13T19:28:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO Aline Cristina da Silva Calixto.pdf: 657466 bytes, checksum: 28e7f22f7d84dee9dd04a8ed00df0e96 (MD5) Previous issue date: 2014-03-12 / Fatores de risco para o uso de drogas como os baixos níveis de apoio familiar e a desesperança estão associados ao comportamento suicida em alcoolistas. Objetivos: avaliar a estrutura familiar e desesperança do adicto em recuperação. Métodos: através de um estudo transversal realizado no Núcleo Especializado de Dependência Química (NEDEQ) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HCUFPE) no período de maio a setembro de 2013, foram entrevistados 27 pacientes, homens (N=20) e mulheres (N=7) e 27 familiares. Foram utilizados um questionário sócio demográfico e uma entrevista semiestruturada aplicada a Beck Hopless Scale (BHS) para a construção do genogramas, além do teste exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis. Resultados: ficou demonstrada associação significativa entre desesperança e a faixa etária entre 22-30 anos (25,9%), dependentes de álcool (33,3%) e pelo menos um internamento (29,6%). Pacientes sem desesperança tiveram menos tentativas suicidas (25,9%). Em relação aos achados familiares constatou-se distanciamento afetivo (55%), conflitos (44%), superproteção (38,8%). Sobre os padrões de consumo de substâncias verificou-se que 33,3% dos desperançados apresentavam antecedentes de alcoolismo (22,2%), tabagismo e uso de outras substâncias psicoativas (16,6%). Outros padrões de funcionamento: separação, migração, abandono, transtorno mental (27,7 %). Conclusão: não houve relação entre desesperança e menor participação familiar, alguns padrões familiares podem interferir no tratamento. Os resultados corroboram com estudos que apontam que o sucesso do tratamento da dependência de substâncias está relacionado com intervenções familiares adequadas bem como instrumentalização da equipe assistente.
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Grupo terapêutico educação em saúde: promoção do autocuidado de usuários de substâncias psicoativas

Cordeiro Vasconcelos, Selene 31 January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:16:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9579_1.pdf: 7529827 bytes, checksum: bdaf72f3bd946132d0fe8ca548bb771f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2012 / O modelo de tratamento em Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Outras Drogas (CAPSad) é realizado predominantemente por meio de grupos que proporcionam um ambiente terapêutico de reflexão e aprendizado. Por isso, foi esta a questão condutora deste trabalho: como o usuário de substâncias psicoativas percebe as intervenções do Grupo Terapêutico Educação em Saúde na promoção de seu autocuidado? O artigo de revisão teve como objetivo analisar as estratégias utilizadas pelos enfermeiros brasileiros nas áreas de educação em saúde e abuso de substâncias psicoativas. Pesquisou-se na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, pesquisa essa que, após seleção de acordo com os critérios estabelecidos, resultou em cinco artigos, os quais não abordaram especificamente o autocuidado. Da análise desses artigos emergiram a temática Conhecer para cuidar e as subtemáticas O enfermeiro desempenha ações de educação em saúde com os usuários de substâncias psicoativas e O enfermeiro desempenha ações de educação permanente junto a profissionais da equipe de saúde que atuam na assistência a usuários de substâncias psicoativas . O artigo original teve como objetivo compreender as contribuições do Grupo Terapêutico Educação em Saúde na promoção do autocuidado de usuários de substâncias psicoativas. O estudo foi descritivo, exploratório e qualitativo, realizado em Recife-PE, com oito usuários de substâncias psicoativas em tratamento em um CAPSad. As entrevistas semiestruturadas seguiram as questões norteadoras: Como era sua vida antes de frequentar o Grupo Terapêutico Educação em Saúde? Conte a sua história nesse grupo. Qual o significado do Grupo Terapêutico Educação em Saúde para a sua vida? Como a sua vida está agora? Realizou-se análise de conteúdo e interpretação com base em constructos da Teoria do Autocuidado de Dorotea Orem. As categorias temáticas foram: Motivação para a vida ; Suporte para identificar as demandas terapêuticas de autocuidado ; Suporte para a construção da competência para o autocuidado . Esse grupo tem proporcionado um ambiente terapêutico de educação em saúde por meio da troca de saberes entre os participantes e tem sido identificado pelos usuários como suporte para a aquisição de hábitos saudáveis

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