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Insultos, elogios e resistências: participação de repentistas negros em cantorias do Nordeste (1870-1930).Gomes, Germana Guimarães 30 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research developed - linked to the search line History of the Regional Program of Graduate Studies in the Historyof the Federal University of Paraiba, with area of concentration in History and Historical Culture,has as its theme, the participation of repentistas blacks in singing northeast of the end of the century XIX and beginning of the century XX. This time adopted in points for the period in which blacks were faced with a backdrop provided by the abolition, which was associated with the new form of "integration", even though still excluding this segment in the early Republic. Using bursts that were corporated by Cordel Literature, as well as classics of the beginning of the century XX, they intend to discuss how repentistas blacks were represented by their opponents in singing in which they participated. Accordingly, we found the "insults" that put the repentista black in the context of inferiority, exclusion, "compliments," that mask the prejudices, but which shows positive visions of the Black opponent, since this, in the course of battle, exposes their knowledge, techniques, and finally, resistance, since the black Singer that highlighted in singing when positioned against certain representations, conferred by opponents "white" about their race and practices. Checking the continuity of these representations stereotyped and discriminatory in the present, this study will enable the understanding about the maintenance of the speeches, as well as a reflection on the position of black populations faced with the situations excludentes to them and (still) being checked. / A pesquisa desenvolvida vinculada à linha de pesquisa História Regional do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, com área de concentração em História e Cultura Histórica tem como tema, a participação de repentistas negros nas cantorias nordestinas do final do século XIX e início do século XX. Esse recorte de tempo adotado nos aponta para o período no qual os negros se depararam com um contexto propiciado pela Abolição, que estava associada à nova forma de inserção , mesmo que ainda excludente deste segmento no início da República. Utilizando repentes que foram incorporados pela Literatura de Cordel, bem como por obras clássicas do início do século XX, propõem-se discutir como os repentistas negros foram representados pelos seus opositores nas cantorias aos quais participavam. Nesse sentido, evidenciamos os insultos que colocam o repentista negro no âmbito de inferioridade, de exclusão, os elogios , que mascaram os preconceitos, mas que evidencia visões positivas do oponente negro, uma vez que este, no decorrer da peleja, expõe seus conhecimentos, suas técnicas, e por fim, as resistências , uma vez que o cantador negro se destacava nas cantorias quando se posicionava contra determinadas representações, conferidos pelos oponentes brancos acerca de sua raça e suas práticas. Verificando a continuidade dessas representações estereotipadas e discriminatórias na contemporaneidade, o presente estudo possibilitará o entendimento acerca da manutenção dos discursos, bem como para uma reflexão acerca do posicionamento das populações negras diante das situações excludentes que lhes foram e (ainda continuam) sendo conferidas.
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A constituição do ethos e da cenografia nos festivais do circuito baiano da violaSilva, Andréa Betânia 27 June 2013 (has links)
180 f. / Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-06-26T14:28:23Z
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Andréa Betânia da Silva.pdf: 1767284 bytes, checksum: d67d6c9cd1c9a2fbb13fe86d49964eb9 (MD5) / Este trabalho tem como objetivo apresentar uma análise sobre o ethos e a cenografia,
presentes nos repentes, produzidos nos Festivais de Violeiros do Circuito Baiano da Viola,
mais especificamente no festival realizado em Serrinha (BA), em 16 de dezembro de 2006.
Para tanto, empreendeu-se a análise do corpus composto por quatro repentes, produzidos e
protagonizados por cada uma das duplas envolvidas no evento. Gênero representante da
literatura oral, mesmo numa sociedade prenhe de escrita, o repente figura como uma poesia
construída no momento em que se apresenta ao público, mas sofre mudanças no seu processo
de enunciação, conforme seja produzido numa cantoria de pé-de-parede ou num festival de
violeiros. Com o intuito de atingir os objetivos colimados, utilizaram-se, como
fundamentação teórica, os pressupostos da Análise do Discurso de linha francesa
desenvolvida por Maingueneau, a partir dos conceitos de ethos e cenografia ([2004] 2006a,
2006b, [2002] 2006c, [1984] 2005a, 2005b, [1998] 2005c, 2001a, 2001b, 1997). Além disso,
também se recorreu à Nova Retórica, consoante os conceitos de auditório, apresentados por
Perelman e Olbrechts-Tyteca ([1958] 2004, 1996), e da noção de performance, segundo
Zumthor (2005, 2000, 1997, 1989). A análise empreendida revelou que a imagem dos
repentistas apresenta homens que defendem valores como fidelidade, respeito, sinceridade,família, amizade, coragem, valentia, além de admirarem colegas consagrados no universo da
cantoria. Indicou que ser cantador envolve uma série de elementos que vai desde saber
segurar a viola à rapidez na produção dos pés, elemento básico na construção dos repentes,também denominado linha, passa ainda pelo domínio dos gêneros envolvidos na arte do
improviso, revelando-os, também, filiados a formações discursivas cuja constituição apresenta estereótipos referentes à mulher, ao homossexual e ao negro. / Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. Salvador-Ba, 2008.
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A poética do improviso : prática e habilidade no repente nordestinoSautchuk, João Miguel Manzolillo January 2009 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2009. / Submitted by Allan Wanick Motta (allan_wanick@hotmail.com) on 2010-05-20T19:33:16Z
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Previous issue date: 2009 / O presente estudo aborda o repente ou cantoria, modalidade de poesia cantada e improvisada praticada na região Nordeste do Brasil, especialmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Seus praticantes são chamados de repentistas, cantadores ou violeiros e cantam sempre em dupla, alternando-se na composição de estrofes de acordo com parâmetros rígidos de métrica, rima e coerência temática. Há um conjunto de regras formuladas nesse sentido, mas os repentistas improvisam seus versos a partir de fundamentos práticos como o ritmo poético incorporado. O improviso coloca o repentista em relação com modelos estéticos como o ritmo da poesia, os padrões melódicos e as regras da cantoria, ao mesmo tempo em que o põe em diálogo com o outro cantador e com as demandas e reações da platéia. O improviso, portanto, não é apenas a criação poética, mas também o desenrolar de um jogo de interação dos poetas com os outros sujeitos na situação da cantoria. O elemento central da cantoria é a disputa entre dois cantadores, que se pauta em valores relativos à construção da masculinidade, e pela qual os poetas constroem sua imagem pessoal e seu prestígio. O caminho escolhido para a análise dessa arte é a antropologia da prática, buscando compreender a relação entre ação e estrutura, e a reprodução das formas da vida social por meio das práticas. Um ponto metodológico relevante na realização desta pesquisa foi o aprendizado da cantoria como estratégia etnográfica. Dessa maneira, são abordados o campo social da cantoria, a diferenciação e a reciprocidade entre cantadores, a formação do cantador, as habilidades do improviso poético e o ritual da disputa entre cantadores. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study concerns the singing called repente or cantoria, a modality of improvised sung poetry, practiced in the Northeast region of Brazil, especially in the states of Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte and Ceará. Its practitioners are called repentistas, cantadores or violeiros, and they always sing in duets, alternating in the composition of strophes according to strict parameters of meter, rhyme and thematic coherence. There is a set of rules formulated for this purpose, but the repentistas improvise their verses on a practical basis, such as the poetic rhythm incorporated. The improvisation places the repentista in relation to aesthetic models, such as the rhythm of the poetry, the melodic patterns and the singing rules, at the same time it puts him into a dialogue with the other singer and with the expectations and reactions of the audience. The improvisation, therefore, is not only the poetic creation, but also the unfolding of a game of interaction between the poets and the other participants in the singing situation. The central element of the singing is the dueling between two singers, based on values regarding the construction of masculinity, and on which the poets build their personal images and prestige. The path chosen for analysis of this art is the anthropology of the practice, seeking to understand the relation between action and structure, and the reproduction of the forms of social life by means of the practices. The significant methodological point in the carrying out of this research was the learning of the singing as an ethnographic strategy. Thus, it deals with the social field of the singing, the differentiation and reciprocity among singers, the personal development of the singer, the skills of poetic improvisation and the ritual of the dueling between the singers.
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Memórias da cantoria: palavra, performance e público / Memories of the cantoria: word, performance and publicCASTRO, Simone Oliveira de January 2009 (has links)
CASTRO, Simone Oliveira de. Memórias da cantoria: palavra, performance e público. 2009. 264 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2011-10-27T16:30:07Z
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Previous issue date: 2009 / In this work, I analyze what meanings the singing assumes for singers and listeners who, under the pressure of different forms of communication and amusement in the “modern times”, address their experiences and subjectivities for the creation and understanding of an art that takes place mainly through the sung and improvised words to the sound of the viola. The singing, through words, of the singer’s voice seems to have the power to act, to shuffle the memories of the listeners, causing a sensation of pleasure and identification with what is being lived and sung. To reach those meanings, I focus on the maturation route of the singer, who gains configuration by being sure that he/she has a “gift”, which added to aspects of the broader social atmosphere, becomes developed and acclaimed before the public’s acceptance. The public is a fundamental piece in the poetic creation of the singing. Nowadays, those singers circulate more often between the rural and urban universes, having contact with different contexts, languages, and communication means. Thus, causing changes and updates in their poetic performance, which in turn is reflected in the creation of strategies to keep his/her relationship with the public, which used to be more of a body-to-body contact, going through other mediations, such as the radio, TV, CD, and DVD that increase the reach of singing significantly. The memories of singers and listeners express displacements and re-meanings of that art, translating a poetic universe that gathers different experiences and traditions. Thus, singers and listeners go recreating and giving life to singing; because it symbolizes his/her form of communication with the world. From the countryside to the city, the singers’ route evokes similarities that reach even the youngest generations: the children of country parents who used to make a living on plantations certainly own a “gift”, and have long lived with a universe of entertainment full of singings, reisados, puppets, patron saint parties and sambas (forrós) as the main representatives, prejudices and combats to the wanderer’s stereotype thoroughly reproduced in the social context. And at last, it engenders a cultural dispute that is effective until the present time. / Neste trabalho analiso quais significados a cantoria assume para cantadores e ouvintes, que sob a pressão de diferentes formas de comunicação e de diversão dos “tempos modernos”, direcionam suas experiências e subjetividades para criação e apreensão de uma arte que se realiza principalmente por meio da palavra cantada e improvisada ao som da viola. A cantoria, por meio da palavra, da voz do cantador parece possuir o poder de agir, de remexer as lembranças dos ouvintes, causando uma sensação de prazer e identificação com o que está sendo vivido e cantado. Para alcançar tais significados focalizo o percurso de maturação do cantador, que ganha conformação na certeza de possuir um “dom” que agregado aos aspectos do ambiente social mais amplo desenvolve-se e consagra-se na aceitação do público. Público que é peça fundamental na criação poética da cantoria. Esses cantadores hoje circulam mais constantemente entre o universo rural e o urbano, mantendo contato com diferentes contextos, linguagens e meios de comunicação. Implicando em mudanças e atualizações no seu fazer poético que, por sua vez, refletem-se na criação de estratégias para a manutenção da sua relação com o público, antes marcada predominantemente por uma relação corpo-a-corpo e que hoje passa por mediações como a do rádio, da televisão, do CD e DVD, o que aumenta significativamente o alcance da cantoria. As memórias de cantadores e ouvintes expressam deslocamentos e ressignificações dessa arte, traduzindo um universo poético que reúne diferentes experiências e tradições. Dessa maneira, cantadores e ouvintes vão recriando e dando vida à cantoria por ela simbolizar sua forma de comunicação com o mundo. Do sertão para a cidade, o percurso dos cantadores evoca similaridades que alcançam mesmo as gerações mais novas, os filhos dos sertanejos que viviam do trabalho na roça: a certeza de possuírem um dom, o convívio desde cedo com um universo lúdico que encontrava nas cantorias, reisados, mamulengos, festas de padroeiras e sambas (forrós) seus principais representantes, os preconceitos e o combate ao estereótipo de vagabundo amplamente reproduzido no contexto social. Tudo o que, por fim, engendra uma disputa cultural vigente ainda hoje.
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