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Avaliações bioquímicas, fisiológicas e anatômicas dos efeitos de poluentes atmosféricos sobre espécies vegetais de restinga / Biochemical, physiological and anatomical assessment of atmospheric pollutants effects upon restinga plant species

Silva, Luzimar Campos da 12 September 2003 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-04-07T18:50:33Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 4886679 bytes, checksum: ede340a74139460c52a89585ffea3972 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-07T18:50:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 4886679 bytes, checksum: ede340a74139460c52a89585ffea3972 (MD5) Previous issue date: 2003-09-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Com o objetivo de avaliar os efeitos tóxicos do ferro particulado e do dióxido de enxofre liberados por uma usina de pelotização, localizada no município de Anchieta, ES, sobre parâmetros fisiológicos, bioquímicos e anatômicos, foram determinados os efeitos dos poluentes atmosféricos mediante metodologia de bioindicação ativa e passiva. As espécies avaliadas no biomonitoramento ativo, Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) e Clusia hilariana Schlecht. (Clusiaceae), foram colocadas em estações padronizadas e distribuídas em diferentes distâncias: 200 m, 500 m, 800 m, 1400 m e 1700 m em relação à fonte emissora, durante 7 meses. Em experimento simultâneo, as mudas inseridas num solo removido de uma usina de pelotização foram submetidas à chuva ácida simulada constituída de H 2 SO 4 , com pH 3,0 e à chuva controle com pH 6,5, durante 40 dias. Na bioindicação passiva, indivíduos das espécies: Byrsonima sericea DC. (Malpighiaceae), Cordia verbenacea DC. (Boraginaceae) e Psidium guineense SW. (Myrtaceae) foram avaliados numa mata remanescente de restinga, localizada a 200 m da usina (local exposto) e no Parque Estadual Paulo César Vinha (local não-exposto), durante um ano. E. uniflora recebeu deposição de maior quantidade de ferro particulado por área foliar do que C. hilariana, não variando quanto às distâncias da fonte emissora nas duas espécies. Os maiores teores foliares de ferro total foram verificados a 200 m da fonte emissora, nas duas espécies vegetais, enquanto que o maior teor de enxofre total foliar foi observado em E. uniflora, a 800 m e em C. hilariana, a 200 m da fonte emissora. Não se observou variação em altura nas duas espécies vegetais avaliadas e o número de folhas foi menor apenas a 800 m e 1700 m de distância em C. hilariana. O número e a percentagem de folhas cloróticas e necróticas, assim como o índice de fitotoxicidade de cloroses nas duas espécies aumentaram com o prolongamento do tempo de exposição às emissões da usina. Em E. uniflora, a percentagem de folhas cloróticas e necróticas não se modificou com a distância da fonte emissora, enquanto que em C. hilariana, as maiores médias foram observadas a partir de 500 m. Nas duas espécies, o teor de clorofila diminuiu com o tempo de exposição e apenas em plantas de E. uniflora localizadas a 800 m da fonte emissora foram observados maiores teores de clorofila. As plantas de C. hilariana localizadas a 200 m e 500 m da fonte emissora apresentaram maior permeabilidade de suas membranas celulares, que se relacionou com o teor foliar de enxofre. As plantas de C. hilariana apresentaram condutância estomática (g s ), a transpiração (E) e a assimilação líquida de CO 2 (A) mais elevadas nas estações mais próximas à usina emissora, embora isto não tenha contribuído para o aumento da massa seca total. A relação trocas gasosas e teor foliar de enxofre sugeriu que C. hilariana acumulou grande quantidade de enxofre enquanto que E. uniflora praticamente não absorveu o enxofre emitido pela usina de pelotização. Ambas as espécies são bioindicadoras de reação, podendo ser usadas como bioindicadoras ativas de poluição por deposição particulada e dióxido de enxofre. Em relação ao experimento com chuva ácida, nenhuma das espécies apresentou variação na altura das mudas tratadas em relação ao controle, enquanto o índice de fitotoxicidade de necroses foi maior nas plantas de E. uniflora expostas à chuva ácida. Os teores de clorofila a, de clorofila b e de carotenóides foram reduzidos em E. uniflora após o tratamento, enquanto que a relação F v /F m foi maior nas plantas tratadas. Em C. hilariana, nenhum destes parâmetros foi alterado com a chuva ácida. A g s , E e A não variaram nas plantas tratadas em relação ao controle, nas duas espécies avaliadas, após as 40 chuvas simuladas. Nenhuma das espécies mostrou alteração na permeabilidade de suas membranas. Em E. uniflora, apenas a atividade da peroxidase aumentou com o tratamento, enquanto que em C. hilariana, as atividades da dismutase do superóxido, da peroxidase e da catalase aumentaram após as 40 simulações. Nas três espécies avaliadas no biomonitoramento passivo, o teor de ferro foliar foi maior no local exposto às emissões da usina e o teor foliar de enxofre variou nas diferentes espécies analisadas. Os efeitos mais marcantes das deposições da usina sobre as espécies avaliadas no biomonitoramento passivo foram: Em B. sericea, maior teor de clorofila, menor temperatura foliar, maior número de folhas; em C. verbenacea, maior teor de clorofila, maior temperatura foliar, menor número de folhas, flores e frutos; em P. guineense, menor teor de clorofila, maior diferencial de temperatura entre a folha e o ar, maior lançamento de folhas, menor número de folhas. Não foram verificadas flores e frutos neste local. C. verbenacea acumulou maior quantidade de ferro que as demais espécies ocorrendo maior deposição nas reentrâncias nas bases dos tricomas glandulares. As plantas de B. sericea apresentaram menor conteúdo de ferro provavelmente, devido a presença de hipoderme e tricomas malpiguianos, enquanto que em P. guineense, a proteção parece ter sido viabilizada pela hipoderme. / In order to evaluate the toxic effects of particulate iron and sulfur dioxide, emitted by an iron ore factory located at Anchieta county, ES, passive and active biomonitoring methodologies were tested. Biochemical, physiological and anatomical parameters were evaluated on native plant species of restinga. On the active biomonitoring test, Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) and Clusia hilariana Schlecht. (Clusiaceae) saplings were placed, during seven months, in standardized strands arranged at 200 m, 500 m, 800 m, 1400 m and 1700 m from the souce emissions. Simultaneously, an experiment with simulated acid rain was tested on the two species, cultivated in original soil, at Universidade Federal de Viçosa. The saplings were submitted, for 40 th days, to acid rain pH 3.0 and pH 6.5 control). For the passive bioindicating test saplings of Byrsonima sericea DC. (Malpighiaceae), Cordia verbenacea DC. (Boraginaceae) and Psidium guineense SW. (Myrtaceae) were assessed during one year, in two locations: at a remaining fragment of restinga nearby the ore factory (exposed site) and at the Parque Estadual Paulo César Vinha (control site). E. uniflora received a greater amount of particulate iron, per foliar area, than C. hilariana, which did not change with the distance from the emission source. To both species, the highest total iron content in the leaves was detected at 200 m from the emission source. The sulfur content in the leaves, however, was higher at 800 m and 200 m, for E. uniflora and C. hilariana, respectively. There was no variation on the plant height, for both species, and the number of leaves only decreased on C. hilariana, at 800 and 1700 m from the source. The amount and the percentage of chlorotic and necrotic leaves, as well as the chlorosis phytotoxicity index, on both species, increased with the time exposure to the emissions. The necrotic and chlorotic leaf percentages of E. uniflora did not vary with the distance from the emission source, while C. hilariana showed the highest percentages beyond the 500 m from the source. For both species, the chlorophyll content decreased with the time exposure, but in E. uniflora this content was higher at 800 m from de emission source. Plants of C. hilariana standing at 200 m and 500 m, from the emission source, displayed a higher membrane permeability which was related to the sulfur content in the leaves. The stomatal conductance (g s ), the transpiration (E) and the net CO 2 assimilation (A) of Clusia hilariana was higher at those sets near the factory, however the total dry weight did not vary. The foliar sulfur content and gas exchange traids in C. hilariana, suggested that this specie accumulated greater quantify of sulfur, probably from the factory emissions, than E. uniflora. Both species studied in this essay are reaction bioindicators and can used as active bioindicators of particulate and sulfur dioxide emissions. In the acid rain simulation test, none of the species showed variation on the plant height, but in E. uniflora displayed a higher necrosis phytotoxicity index when the sapling were exposed to the lowest pH rain. Plants of E. uniflora, exposed to pH 3.0 rain had their chlorophylls a, b and carotenoids contents reduced after the treatment. However, the F v /F m ratio of those plants increased. The same parameters, in C. hilariana, did not suffer any alteration after the rain simulation. The gas exchange constituents, g s , E and A, did not alter in none of the treatment for both species, even after 40 days. The membrane permeability, in both species, also remained unaltered. In E. uniflora, only the peroxidase activity enhanced with the treatment exposed, while in C. hilariana all the enzymes tested, had their activity improved at the end of the pH 3.0 treatment. All three species, on the passive biomonitoring test, showed a higher iron content on those saplings kept in the exposed site, while the sulfur content in the leaves varied according to the species. The effects of the factory depositions was remarkable different among the species, causing: in B. sericea an elevation on the chlorophyll content, lower foliar temperature and higher number of leaves; in C. verbenacea an elevation on chlorophyll content, lower foliar temperature, lower number of leaves, flowers and fruits; in P. guineense lower chlorophyll content, higher leaf air temperature difference, greater release of new shoots, but fewer leaves, and no flowers or fruits. C. verbenacea accumulated higher quantify of iron than the other species, mainly deposited between the gaps on the trichomes base. Plants of B. sericea had the lowest iron content, probably due to the presence of a hypoderm, malpighians trichomes, while in P. guineense the protection was guaranteed only by the a hypoderm. / Tese importada do Alexandria
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Uso de água de três espécies arbóreas em uma restinga florestal em Ubatuba, SP / Water use of three trees species in a restinga forest in Ubatuba, Brazil

Saenz, Gabriel de Castro Vasconcellos, 1985- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Rafael Silva Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-23T02:34:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Saenz_GabrieldeCastroVasconcellos_M.pdf: 1680358 bytes, checksum: e07c02b1bf69916c6ca9ad87ac4a1b67 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Saturação hídrica do solo pode resultar em uma limitação na absorção de água, visto que a baixa difusão dos gases em solos alagados frequentemente geram condições de anóxia na rizosfera. Entretanto, espécies tolerantes ao alagamento possuem adaptações que permitem a permanência da condutância estomática e crescimento durante períodos de alagamento. Para avaliar como o alagamento afeta o uso da água em três espécies, monitoramos a dinâmica diária e sazonal do fluxo de seiva das árvores em uma restinga florestal do estado de São Paulo. Florestas de restinga ocorrem nas planícies arenosas do litoral e estão sujeitas ao alagamento devido à baixa profundidade do lençol freático. Utilizamos o método de razão de calor (HRM- Heat Ratio Method) para fazer medidas contínuas do fluxo de seiva. Também monitoramos continuamente o nível do lençol freático e o DPV (Déficit de Pressão de Vapor da folha para a atmosfera) próximo a copa das árvores. Observamos que o nível do lençol freático possui uma influência pequena na dinâmica sazonal do fluxo de seiva das espécies estudadas, indicando que estas espécies são tolerantes ao alagamento. Também relatamos a ocorrência de fluxo de seiva reverso (da copa para as raízes) durante a estação de menor precipitação, causada pela absorção de água através da copa. Durante este período, o ar estava saturado (baixo DPV) e o nível do lençol freático estava baixo, condições que podem ter causado um aumento no gradiente de potencial hídrico entre a folha e o solo. Nossos resultados sugerem que a transpiração das espécies estudadas não é restringida pelo alagamento e que a absorção de água pelas folhas possa ser um importante mecanismo de aquisição de água em períodos com menor disponibilidade de água no solo / Abstract: Soil water saturation may represent a limitation to plant water acquisition because low diffusion of gases in flooded soils causes anoxic conditions in the rhizosphere. However, flood-tolerant species have adaptations that may allow maintenance of stomatal conductance and growth during flooding periods. In order to evaluate how flooding affects the water use in three tree species, we monitored the daily and seasonal dynamics of sap flow of trees in a Restinga forest in São Paulo state, Brazil. Restinga forests occur over coastal sandplains and are subjected to seasonal flooding due to the rise of the water table level. We used the heat ratio method (HRM) to make continuous measurements of sap flow. We also monitored continuously the water table level and DPV (leaf-to-air vapour pressure deficit) close to the tree crowns. We found that the water table level had minor influence on seasonal sap flow dynamics of the studied species, indicating that these species are all flood-tolerant species. We also reported sap flow reversals (from canopy to the roots) during the rainless season, caused by the absorption of water from the canopy. During this period, the air was saturated (low DPV) and the water table level was low, conditions that may have led to an increase of a leaf-to-soil water potential gradient. Our results suggest that transpiration of the studied species is not constrained by flooding and that leaf water uptake may be an important water-acquisition mechanism during periods of low soil water availability / Mestrado / Biologia Vegetal / Mestre em Biologia Vegetal
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Dinamica da dispersão de sementes e regeneração de plantas da planicie litoranea da Ilha do Mel, PR

Marques, Marcia Cristina Mendes 15 March 2002 (has links)
Orientador: Paulo Eugenio A. M. de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-31T19:03:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marques_MarciaCristinaMendes_D.pdf: 5785678 bytes, checksum: 3b9988a81542b90132277956c9fb3ce5 (MD5) Previous issue date: 2002 / Resumo: A Ilha do Mel está localizada em Paranaguá, região central do litoral do Estado do Paraná (25°29'/25°34'32"S e 48°17'15"/48°23'16"W) e compreende uma área aproximada de 2760ha, na qual estende-se uma planície litorânea costeira. Sobre esta desenvolve-se uma vegetação bastante heterogênea, onde são reconhecidos três principais tipos vegetacionais: Vegetação de Praia (P), Restinga Arbustiva (R) e Floresta de Restinga (F). Neste gradiente foi desenvolvido um trabalho abordando, de forma comparativa, os processos de dispersão e regeneração das plantas dos três tipos vegetacionais e de dois tipos de Floresta de Restinga: a Floresta não inundável (FNI) e a Floresta inundável (FI). Com base nas características morfológicas de frutos, sementes e plântulas de 238 espécies, foram descritos os modos de dispersão e tipos morfofuncionais de plântulas e avaliadas as variações em suas freqüências no gradiente P a F. Do total de espécies analisadas, zoocoria foi o modo de dispersão mais freqüente (56% das espécies), seguido por anemocoria (26%) e autocoria (18%). As distribuições dos modos de dispersão foram influenciadas pelo ambiente, havendo um predomínio dos processos abióticos (anemocoria e autocoria) nos locais abertos e sujeitos a estresse (P e R), e biótico (zoocoria) nos tipos vegetacionais mais fechados e complexos (F). Acompanhando esta variação, espécies da P e R apresentaram sementes, em média, menores que em F, o que sugere que o ambiente deva restringir a ocorrência de espécies em função da forma do fruto e da semente. Plântulas do tipo fanerocotiledonar-epigeal-foliáceo ocorreram na maior parte das espécies (57%), seguido por criptocotiledonar-hipogeal-de reserva (39%), criptocotiledonar-epigeal-de reserva, fanerocotiledonar-epigeal-de reserva e fanerocotiledonar-hipogeal-de reserva Ountos 4%). Espécies de cotilédones foliáceos e armazenadores distribuíram-se nas mesmas proporções na P, R e F, indicando que morfologia da plântula não está necessariamente associada a mudanças microambientais. No estudo fenológico da FNI e FI, plantas do dossel e do sub-bosque (total 55 espécies) foram acompanhadas por dois anos na Ilha do Mel, região com pouca diferença climática entre o período superúmido (Setembro a Maio) e úmido (Junho a Agosto). As duas florestas apresentaram padrões semelhantes, com pico de queda de folhas, brotação, floração e frutificação ocorrendo sucessivamente ao longo da estação superúmida. Quase todas fenofases mostraram correlações mais fortes com o comprimento do dia e a temperatura média. Plantas do dossel foram mais previsíveis com relação à ocorrência das fenofases que as do sub-bosque. Para avaliar se florestas localizadas em local de clima pouco sazonal podem apresentar ritmos, a chuva de sementes e a emergência de plântulas foram estudadas, ao longo de dois anos, na FNI e na FI. As duas florestas apresentaram os mesmos padrões de dispersão e germinação das sementes, apesar das diferenças existentes na umidade do solo e na disponibilidade de luz no subosque. A chuva de sementes foi sazonal e bimodal, com um pico maior no final da estação mais úmida (AbrilMaio) e outro menor na estação menos úmida (Agosto), refletindo os padrões fenológicos das espécies zoocóricas e anemocóricas, respectivamente. Com exceção do modo de dispersão, nenhum dos demais atributos das espécies (forma de vida, tamanho da semente, tipo morfológico de plântula) parece definir os ritmos das florestas. A emergência das plântulas foi unimodal, com pico no meio do período mais úmido (Janeiro), embora as demais épocas do ano não tenham limitado completamente a germinação. Mesmo havendo umidade durante todo o ano, 57% das espécies apresentaram pelo menos 4 meses de atraso na emergência das plântulas. Ritmo da chuva de sementes e dormência determinaram o ritmo da emergência das plântulas que é concentrada na época mais úmida, quando a disponibilidade de nutrientes no solo é maior e quando todas as demais atividades fenológicas das florestas ocorrem. Para avaliar a dinâmica da regeneração existente entre as Florestas de Restina, os compartimentos formados pelas comunidades de sementes, plântulas e jovens dos dois tipos florestais (FNI e FI) foram avaliados. A incorporação de indivíduos em ambas dependeu, principalmente, da entrada de propágulos (via chuva de sementes) de espécies autóctones (FNI=75%, FI=84% das espécies). Nas duas florestas houve dramática redução na densidade de indivíduos (>98%) na passagem das plantas do estádio de semente a adulto, acompanhada por diminuição na similaridade entre compartimentos (índice de similaridade de S0rensen variando de ca. 80% para ca. 58%) e aumento da diversidade (índice de diversidade de Shannon variando na FNI de 0,39 a 1,19 e na FI de 0,91 a 1,31). Isto deveu-se basicamente à redução mais drástica nas densidades das espécies comuns e manutenção das raras entre os compartimentos. Plantas de diferentes estádios, em geral, não se relacionaram em termos de densidade e distribuição espacial (na maioria dos casos correlações não significativas) sugerindo a independência das fases no processo de regeneração. As semelhanças entre as florestas em relação à densidade média e ao índice de diversidade de Shannon são mantidas até o estádio de jovem, quando a FNI torna-se mais densa e menos diversa que a FI e a similaridade florística entre elas diminui. Isto é explicado pelas diferenças apresentadas pelas espécies quanto à limitação à dispersão, à emergência e ao estabelecimento, conduzindo a processos distintos de recrutamento nas duas florestas. Os resultados mostraram que: 1) diferenças ambientais e na freqüência de formas de vida existentes no gradiente da planície litorânea refletem nos padrões de distribuição de atributos reprodutivos das espécies, o que deve estabelecer diferenças nos modelos de regeneração em cada local; 2) sazonalidade fenológica e nos ritmos de dispersão de sementes e emergência de plântulas nem sempre estão associados à alta sazonalidade climática e no caso destas Florestas de Restinga o deslocamento destes eventos para a época superúmida, parece se ajustar às condições necessárias para a eficiente ciclagem dos nutrientes; 3) Florestas de Restinga são sistemas com modelos de regeneração relacionados, porém particularmente direcionados, em função das diferenças que as espécies vegetais apresentam em relação ao sucesso no estabelecimento dos indivíduos / Abstract: (Seed dispersal and plant regeneration dynamics in a Sandy Coastal Plain on Ilha do Mel, southern Brazil): The island Ilha do Mel is located in the municipality of Paranaguá (25°29'/25°34'32"S e 48°17'15"/48°23'16"W) in the central coastal region of Paraná State, Brazil and comprises 2760ha. The higher areas above the Sandy Coastal Plain contains very heterogeneous vegetation in which it is possible to recognize three major vegetation types: beach/dune vegetation (P), scrub or "restinga" (R), and sandy coastal forest (F). Here, dispersal and regeneration mechanisms were studied along this P to F gradient and in two types of sandy coastal forests: Unflooded (FNI) and Flooded (FI). The morphologies of fruit, seeds, and seedlings of 238 plant species were analyzed, and the frequency of dispersal and seedling syndromes were compared in the P to F gradient. Zoochory was the most frequent dispersal syndrome (56% of total species), followed by anemochory (26%) and autochory (18%). Distribution of dispersal syndromes was associated with vegetation type. Abiotic processes (anemochory and autochory) were more important in open and stressed sites (P and R) while biotic processes (zoochory) were important in closed and more complex sites (F). Dispersal syndromes in vegetation types were related to seed sizes, i.e. seed size in P and R species were smaller than F species. This suggests that environmental features limit species occurrence due to fruit and seed shapes. Seedling types were phenerocotylar-epigeal-foliaceous (57%), cryptocotylar-hipogeal-reserve (39%), and the last 4% were either cryptocotylar-epigeal-reserve, phanerocotylar-epigealreserve or phanerocotylar-hipogeal-reserve. Photosynthetic and reserve cotyledonous seedlings were equally distributed along P, R and F, suggesting that seedling morphology is not related to environmental factors. The phenology of 55 canopy and understory plant species in the FNI and FI were studied over two years. In these sites, climate (mainly rainfall) in the wetter season (September to May) is similar to that of the less wet season (June to August). FI and FNI showed very similar phenological patterns in which leaf fali, flushing, flowering, and fruiting occurred during the wetter season. Most phenological phases were correlated with daylength and average temperature. Phenology of canopy specles was more predictable than that of understory species. To test whether putatively aseasonal forests show rhythms, the seed rain and seedling emergence in the FNI and FI was studied for two years on Ilha do Mel island. Despite soil moisture and light differences between the two forests, FNI and FI had similar dispersal and germination patterns. Seed rain was seasonal and bimodal. The first peak occurred at the end of the wetter season (April to May) and the second one in the less wet season (August). These peaks reflect, respectively, the peaks of zoochorous and anemochorous species. Other plant characteristics (life form, seed size and seedling morphology) apparently do not show clear patterns. Seedling emergence was seasonal and unimodal but also occurred along the entire year. Even in this apparently aseasonal forest approximately 57% of species had seedling emergence four or more months after dispersal. Therefore both seed dormancy and the timing of seed dispersal drive the rhythm of seedling emergence in these forests. The peak in germination occurs in the wetter season (January) when soil fertility is higher and other phenological events also occur. Dynamics of FNI and FI were studied on Ilha do Mel Island, specifically comparing community composition of seeds, seedlings and saplings in each forest. New individual plants are incorporated in forests mainly from seed rain of autochthonous species (FNI =75% and FI =84% of species). During the growth of the plants (from seed to adult stages) in both of these forests, declines in plant density (>98%) and floristic similarity (Sorensen's Similarity Index from -80% to -58%) occur, associated with an increase in diversity (Shannon's diversity index from 0,39 to 1,19 in the FNI, and 0,91 to 1,31 in the FI). This was due to a strong reduction in density of the common species. Plants are uncoupled in their density and spatial distribution (uncorrelated) among stages, suggesting independence of the stages during the regeneration processo Through the sapling stages, the FNI and FI forests are very similar (density and Shannon's diversity index), after which the FNI was more densely populated and less diverse than the FI, with consequent reduction in their floristic similarity. Dispersal limitation, emergence limitation, and establishment limitation are very different in the FNI and FI, which probably is associated with particular recruitment patterns. It is suggested that: 1) 80th environmental and life form differences along the Sandy Coastal Plain gradient reflect differences in plant reproductive, and plant growth, patterns. 2) Phenological, seed dispersal and seedling emergence rhythms are not only or always related to large climatic seasonality. In these sandy coastal forests the occurrence of phenological patterns associated with the wetter season fits the hypothesis of efficient nutrient cycling in plant communities in relatively infertile soils. 3) Sandy Coastal Forests are systems with a connected but singular regeneration pattern due to differences in establishment success of plant species. Probably the relationship between these forests and other vegetation types is due to a successional patterns along the Coastal Plain / Doutorado / Biologia Vegetal / Doutor em Ciências Biológicas
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Etnobotânica e urbanização

Gandolfo, Elisa Serena 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:44:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 281514.pdf: 2139313 bytes, checksum: 8eb6197ef24c06638f64cd978cfb487c (MD5) / A dinâmica populacional da faixa litorânea do Brasil vem apresentando nas últimas décadas um grande incremento populacional, levando a urbanização de áreas anteriormente ocupadas por populações tradicionais. Com a base da economia voltada para a subsistência, tais populações desenvolveram ao longo de sua história um rol de conhecimentos relacionados aos ecossistemas locais. O presente trabalho teve como objetivo investigar o conhecimento etnobotânico sobre espécies de restinga de representantes da comunidade tradicional de descendentes de açorianos do Distrito do Campeche (Florianópolis, SC), área em processo de urbanização acelerado, bem como a distribuição deste conhecimento entre os moradores atuais. O primeiro capítulo trata do acesso ao conhecimento da população tradicional, para o qual foram selecionados informantes através de amostragem intencional, sendo realizadas 15 entrevistas com moradores nativos entre 42 e 84 anos. No segundo capítulo foi investigado o conhecimento dos moradores atuais acerca de 13 espécies de restinga selecionadas a partir dos resultados do capítulo anterior, buscando relacionar o tempo de moradia na região ao número de espécies conhecidas. Para isso foram entrevistados 176 informantes, divididos em estratos de tempo de moradia no local de 0 a 9 anos, 10 a 19, 20 a 29 e mais de 30 anos. Constatou-se que os moradores nativos que vivenciaram a realidade rural na área detêm um conhecimento etnobotânico das plantas de restinga relacionado aos tempos antigos, onde várias espécies eram utilizadas para a manutenção da sobrevivência no local, mas continuam incrementando este conhecimento com plantas utilizadas ainda atualmente, principalmente na categoria medicinal. Considerando as 13 espécies selecionadas para a segunda etapa da pesquisa, há uma tendência para o aumento do conhecimento etnobotânico relacionado à flora local de acordo com o tempo de moradia na região, mas fatores como o interesse pessoal interferem nesta dinâmica. Uma homogeneidade maior é observada para os moradores mais antigos, para os quais o conhecimento sobre os recursos locais estava diretamente ligado ao cotidiano, no passado. Finalizando discutimos a importância do retorno de resultados para valorização da cultura local, aliando o conhecimento etnobotânico a esforços de conservação dos ecossistemas locais em áreas urbanas.
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Manejo da paisagem por populações litorâneas e conservação da agrobiodiversidade

Cavechia, Laura Altafin January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T00:51:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 294760.pdf: 1498688 bytes, checksum: 68ffbb9722345799de577f515a538dca (MD5) / A partir do Holoceno, populações humanas com estilo de vida de caçadores e coletores passaram gradativamente se constituir em comunidades sedentárias cada vez mais complexas. Diante dessa realidade, inicia-se o desenvolvimento de técnicas de cultivo cada vez mais elaboradas e adaptadas ao meio natural em que essas populações estavam inseridas. A mandioca (Manihot esculenta Crantz) passou a ser um importante recurso tendo histórico de uso iniciado nas terras baixas da América do Sul. Seu manejo está associado ao sistema milenar de agricultura itinerante, que ainda está presente em comunidades ao longo da costa litorânea do Brasil. Sabe-se da importância do manejo dado à mandioca o qual resulta na conservação e até mesmo no aumento da diversidade intraespecífica, assim como consequentes transformações na paisagem local. Diante disso, o estudo tem como objetivo caracterizar e analisar como a agricultura itinerante exerce influência tanto na estrutura da composição da paisagem de restinga local como na diversidade intraespecífica de mandioca em comunidades litorâneas em dois estados brasileiros. A área de estudo se limitou às comunidades do estado do Rio de Janeiro, no município de Paraty como no estado de Santa Catarina, no município de Imbituba. Durante a coleta de dados, foram utilizados métodos ecológicos e etnobiológicos como estratégia que combinasse dados quantitativos e qualitativos. Dentre os informantes chave em cada região, foi possível identificar as etnovariedades que atualmente estão sendo utilizadas, assim como compreender a importância não só do manejo, mas da rede social estabelecida entre eles. A estrutura em redes de trocas de variedades favorece a manutenção e amplificação das diferentes variedades locais. Em relação às diferenças no tipo de manejo desse sistema quanto ao período de pousio das áreas de uso, se infere diferentes transformações da paisagem, segundo composição e estrutura da vegetação local de restinga. Por fim, observa-se que as problemáticas encontradas quanto à continuidade das práticas desse sistema agrícola aproximam as duas regiões de estudo, inclusive quanto às ameaças a diversidade das etnovariedades de mandioca estudadas. Com isso, vê-se a importância de compreender o contexto histórico e cultural dos locais de cultivo e também de analisar os processos ecológicos que estão ocorrendo dentro das comunidades e na paisagem, a qual é resultado dessa interação homem e meio natural.
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Florística e fenologia reprodutiva de plantas vasculares na restinga do Parque Municipal das Dunas da Lagoa de Conceição, Florianópolis,SC

Guimarães, Thaís de Beauclair January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal. / Made available in DSpace on 2012-10-22T19:14:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 228806.pdf: 5371089 bytes, checksum: 91b381f198b8b07a506ff9623a2a8ebf (MD5)
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RELAÇÕES TRÓFICAS EM ASSEMBLÉIAS DE FORMIGAS E LAGARTOS EM ÁREAS DE RESTINGA DA BAHIA

Oliveira, Magno Lima Travassos 22 August 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-20T19:19:46Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Magno.pdf: 2120284 bytes, checksum: 4867df9e950ef17be8ae8c3fead9f3be (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-08-22T23:06:24Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Magno.pdf: 2120284 bytes, checksum: 4867df9e950ef17be8ae8c3fead9f3be (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-22T23:06:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Magno.pdf: 2120284 bytes, checksum: 4867df9e950ef17be8ae8c3fead9f3be (MD5) / Capes / A hipótese da heterogeneidade do habitat é um dos pilares da ecologia em busca de explicação da organização espacial e temporal da biodiversidade. Neste estudo usamos as formigas como modelo para abordar o efeito da heterogeneidade de habitats sobre a diversidade na restinga. As formigas foram amostras em quatro formações de restinga de seis localidades do litoral norte do Estado da Bahia através de armadilhas de pitfall, extrator de Winkler e guarda chuva entomológico. Houve diferença significativa na composição deformigas nas formações vegetais, com um gradiente de diversidade no sentido praia-continente. Este é um provável reflexo do aumento da complexidade do habitat a medida que se distância da praia. / Salvador, Bahia
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Chuva de sementes em restinga

Araújo, Rodrigo Costa January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia / Made available in DSpace on 2012-10-26T06:53:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 299983.pdf: 1361797 bytes, checksum: 0fb9b69d53c44b6ce7c4b3a14e31ed44 (MD5) / A chuva de sementes foi avaliada sob arbustos isolados e núcleos arbustivos em meio à vegetação herbácea e sob matinha de cordão arenoso, em ambiente de restinga. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a riqueza e a abundância de propágulos presentes na chuva de sementes nestes sítios, o potencial de nucleação de arbustos isolados em meio à vegetação herbácea e descrever a estrutura da vegetação amostrada. Para isso, foram posicionados coletores de sementes sob (1) arbustos isolados de Guapira opposita, (2) núcleos arbustivos e (3) matinha de restinga, durante onze meses, no Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição - Florianópolis, SC. Em cada coletor, foram tomados descritores estruturais da vegetação e identificados os indivíduos. Duas abordagens foram utilizadas: (1) considerando a chuva de sementes total e (2) considerando apenas os propágulos de espécies zoocóricas de origem alóctone (na perspectiva de cada unidade amostral). Quanto à chuva de sementes total, a riqueza foi mais alta nos núcleos arbustivos em relação à sítios sob G. opposita e similar em relação às matinhas. Já a abundância de propágulos foi similar entre os três tratamentos. Este padrão é resultado de maiores valores de riqueza e a abundância de propágulos anemocóricos observados nas formações arbustivas em relação às matinhas. Além disso, estes descritores não apresentaram diferenças quando analisados somente os propágulos zoocóricos. Verificou-se que a riqueza e abundância foram semelhantes entre as três configurações, quando avaliada a chuva de sementes zoocóricas de origem alóctone. A presença destes propágulos nos três tratamentos sugere que haja intercâmbio de sementes nas configurações vegetacionais, via fauna potencialmente dispersora. Contudo, parece haver uma tendência de maior intercâmbio entre arbustos isolados de G. opposita e núcleos arbustivos e entre os coletores em matinha. Guapira opposita mostrou-se importante na concentração de propágulos de outras espécies sob sua copa e pode facilitar a colonização de espécies lenhosas e herbáceas em campo de dunas. Estes arbustos e núcleos arbustivos recebem sementes zoocóricas de outras espécies depositadas por frugívoros e são capazes de capturar, também, propágulos anemocóricos. Com isso, influenciam o destino de dispersão das sementes na paisagem e podem ser importantes focos na sucessão da vegetação.
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Caracterização de solos de manguezais e de restinga no município de Ilhéus-Bahia / Caracterization of mangrove and restinga soils in Ilhéus-Bahia, Brazil

Gomes, Felipe Haenel 26 June 2002 (has links)
Submitted by Nathália Faria da Silva (nathaliafsilva.ufv@gmail.com) on 2017-06-20T18:23:51Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2019011 bytes, checksum: 94164e5172dabc7a7ce4f40b1c94c423 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-20T18:23:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2019011 bytes, checksum: 94164e5172dabc7a7ce4f40b1c94c423 (MD5) Previous issue date: 2002-06-26 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Os manguezais e as restingas são ecossistemas localizados na interface dos meios terrestre, fluvial e marinho. Estão presentes em praticamente todo o litoral brasileiro. Apesar da grande importância ecológica destes ecossistemas, são ainda escassos os estudos mais pormenorizados das características dos solos que os sustentam. O presente trabalho teve como objetivos caracterizar química, física e mineralogicamente solos de restingas e manguezais localizados em Ilhéus-Bahia; caracterizar quimicamente plantas de espécies típicas ou associadas a estes manguezais; e avaliar a relação homem-mangue na região, através de entrevistas com famílias que exploram e/ou residem em manguezais. Para tanto, foram selecionados cinco solos de manguezais, ao longo do Rio Almada, norte de Ilhéus, e para as restingas, três solos sob diferentes coberturas vegetais. Os solos sob manguezal apresentaram no geral textura franco-arenosa ou mais grosseira. A coloração predominante nos solos de manguezais estudados é a cinza-escuro, com baixos valores de croma e matiz, reflexo do acúmulo de matéria orgânica. Devido à constituição predominantemente arenosa, não apresentaram plasticidade ou pegajosidade. Os valores de CTC e carbono orgânico dos solos de manguezais foram elevados, evidenciando a participação da matéria orgânica na CTC, bem como a presença de argilominerais 2:1 expansíveis. Eles apresentam, em algumas camadas (tiomórficas), elevados teores de alumínio juntamente com elevados teores de bases trocáveis, especialmente o magnésio, reflexo da influência da água do mar. O tiomorfismo foi confirmado, além do abaixamento do pH, pela presença de enxofre no extrato de sais solúveis. De um modo geral, a salinidade foi maior quanto mais próximo à foz do rio e aumentou em profundidade. Os teores de ferro obtidos pela extração com oxalato ácido de amônio e ditionito-citrato- bicarbonato (DCB) foram muito próximos, indicando a pequena presença de óxidos de ferro cristalinos nestes solos. O ataque sulfúrico evidenciou a pobreza em ferro dos solos de manguezais estudados, excetuando-se um solo, que é influenciado pelo material de origem de rochas do complexo cristalino, dada sua posição mais próxima à encosta. O fracionamento das substâncias húmicas demonstrou a riqueza deste ambiente em humina, sugerindo alguma relação com o tanino, composto encontrado em quantidade apreciável na vegetação deste ecossistema . A mineralogia da fração argila dos solos de manguezais em questão é composta de caulinita, micas, argilominerais 2:1 expansíveis e pirita. Na fração silte estão presentes, além de mica, caulinita e pirita, o quartzo, feldspatos e apenas em um solo, influenciado pelas rochas do complexo cristalino, goethita e ilmenita. Este solo possui características distintas dos outros solos de manguezais estudados apresentando maiores teores de ferro, alumínio, sílica e fósforo pelo ataque sulfúrico, além da baixa salinidade, que permite o desenvolvimento de uma vegetação diferenciada, composta de aninga (Montrichardia arborescens). Os solos sob restinga apresentaram textura arenosa, reflexo do material de origem, sendo que o um deles apresenta dominantemente areia grossa. Apresentam cores brunadas em profundidade, correspondendo ao horizonte espódico. A CTC é baixa e são solos álicos, à exceção do horizonte O de um dos solos, coletado sob uma restinga arbórea e densa. A extração de ferro com oxalato e DCB demonstrou a menor cristalinidade dos horizontes espódicos. O fracionamento de substâncias húmicas mostra o enriquecimento da fração ácidos fúlvicos, indicando iluviação. As plantas de manguezais apresentaram predominância, principalmente nas folhas, de sódio, atribuído a mecanismos de exclusão de sais presente nestas plantas adaptadas. Não apresentaram concentração significativa de elementos traços. As entrevistas mostraram a precária condição de vida experimentada pelos moradores dos manguezais, especialmente os da comunidade de São Domingos, na zona urbana de Ilhéus. Em Acuípe, ao sul da cidade de Ilhéus, apesar das condições de miserabilidade, os moradores parecem conhecer e usufruir melhor a riqueza do ecossistema. / The mangrove and restingas (coastal reefs) are ecosystems that occur in the interface between terrestrial, fluvial and marine environments, and are present along practically all the Brazilian coast side. Despite the great ecological importance of these ecosystems, there are few detailed studies about the soils that occur in these areas. The objective of this work was to characterize the soils of mangrove and restinga areas located in Ilhéus-Bahia with reference to their chemical, physical and mineralogical attributes and to proceed a chemical characterization of typical plant species. The relationship between the families that explore or live in the mangrove and their environment was also evaluated by means of interviews. Five mangrove soils were studied along the Almada River, north of Ilhéus, as well as three restinga soils, each under different vegetation. The mangrove soils presented coarse texture, low chrome and matiz, high cation exchange capacity (CEC) and high organic carbon levels, evidencing the participation of organic matter and expansible minerals in the CEC. These soils presented in some layers (acid sulfate soils), high Al levels and high exchangeable cation levels, specially magnesium, ixreflecting the influence of seawater. The presence of sulfur in the extract of soluble salts, as well as the pH reduction, confirmed the acid sulfate aspect of these soils. In general, salinity increased towards the mouth of the river and with depth. The iron levels obtained with acid ammonium oxalate and dithionite-citrate-bicarbonate (DCB) were very similar, indicating small amounts of crystalline iron oxides in these soils. The sulfuric digestion evidenced the low iron content of the studied mangrove soils, except for one, which is influenced by crystalline rocks. The fractionation of humic substances revealed high levels of humin in the mangrove environment, which may be related with tanine compounds, widely present in mangrove vegetation. The clay mineralogy is composed of kaolinite, micas, 2:1 expansible minerals and pirite while quartz and feldspars also occur in the silt fraction. The soil affected by crystalline rocks presented also goethite and ilmenite. This soil also presented higher iron, aluminium, silicium and phosphorous levels after sulfuric digestion, as well as low salinity, which accounts for the presence of different vegetation, composed by Montrichardia arborescens. The soils under restinga presented sandy texture, bruned coloring with depth indicating the presence of a spodic horizon, low CEC and high aluminium saturation, except for an organic horizon collected under dense arboreous restinga. The iron extraction with ammonium oxalate and DCB evidenced the less crystalline mineralogy of spodic horizons. The fractionation of humic substances showed an enrichment of fulvic acids, indicating illuviation. The mangrove vegetation presented a dominance of sodium, specially in the leaves, which is attributed to the salt exclusion mechanisms verified in these adapted species and no significant concentration of trace elements was detected. Interviews with mangrove inhabitants evidenced the extremely miserable life conditions, specially in the São Domingos community, urban part of Ilhéus. In Açuípe, south of Ilhéus, locals seem to better utilize the natural resources offered by the mangrove.
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Estudo ecológico e citogenético da formiga cultivadora de fungo Trachymyrmex holmgreni Wheeler, 1925 em ecossistema Costeiro / Ecological and cytogenetic study of fungus-growing ant Trachymyrmex holmgreni Wheeler, 1925 in Coastal ecosystem

Pereira, Tássia Tatiane Pontes 27 March 2017 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2017-07-28T11:57:41Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 935221 bytes, checksum: 95e2c1f44a6a779e6fa70fef6f7d1920 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-28T11:57:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 935221 bytes, checksum: 95e2c1f44a6a779e6fa70fef6f7d1920 (MD5) Previous issue date: 2017-03-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O gênero Trachymyrmex possui um comportamento intermediário entre as formigas cultivadoras de fungo não-cortadeiras e cortadeiras, pois utilizam tanto matéria ogânica em decomposição como as formigas não cortadeiras quanto material vegetal cortado fresco como as cortadeiras para substrato no cultivo do fungo. Além disso, o gênero Trachymyrmex, o qual divergiu entre 15 e 20 milhões anos assumi uma posição filogenética intermediária. Esses aspectos fazem com o que o estudo das características biológicas das espécies que compõem esse gênero seja importante para compreender os passos intermediários na evolução do cultivo do fungo simbionte. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo ecológico e citogenético da espécie de formiga cultivadora de fungo Trachymyrmex holmgreni a fim de contribuir para a compreensão da evolução do grupo. A abordagem ecológica consistiu em descrever a arquitetura do ninho, a demografia da colônia em duas estações do ano e avaliar o padrão de distribuição dos ninhos em ecossistema de Restinga. A abordagem citogenética foi realizada por meio do estudo do cariótipo de quatro populações geograficamente distintas. O estudo ecológico foi realizado ao longo de três praias no litoral sul brasileiro, nas localidades de Morro dos Conventos-SC, Balneário Gaivota-SC e Torres-RS e o citogenético, além dessas três, incluímos uma população de Cachoeira do Campo-MG localizada a aproximadame nte 1.500km de distância das demais populações. Escavamos e coletamos 50 ninhos para descrição da arquitetura e demografia. Amostramos ninhos na paisagem por meio de quadrantes e utilizamos os índices R de Clarck e Evans e Ip de Morisita para o padrão de distribuição. Para o estudo citogenético, utilizamos os ninhos coletados para o estudo demográfico e um ninho da população de Cachoeira do Campo-MG. As colônias foram mantidas vivas em laboratório e utilizamos as larvas para coleta do tecido cerebral para obtenção de cromossomos metafásicos. Conduzimos a técnica convencional de Giemsa para avaliar número e a morfologia. Utiliza mos a coloração com fluorocromos CMA 3 e DAPI para avaliar a composição de bases GC/AT dos cromossomos. Nossos resultados nos permitiram afirmar que a arquitetura do ninho e a demografia da colônia variam entre as estações. No outono os ninhos apresentaram três câmaras de fungo e um número significativo de indivíduos da casta reprodutiva, já na primavera apresentou 5 câmaras em média e mais imaturos do que no outono. Estes resultados sugerem que as colônias de T. holmgreni investem em reprodução durante o outono estabelecendo novos ninhos durante o inverno e investem em crescimento durante a primavera e verão. Além disso, vii encontramos um padrão de distribuição agregado dos ninhos, indicando que provavelme nte fatores abióticos como disponibilidade de recurso e condições microclimáticas do solo interferem no sucesso do estabelecimento das colônias. O estudo citogenético mostrou que T. holmgreni não apresenta clinas cromossômicas sendo o cariótipo composto por 2n = 20M (n = 10), mas apresentam variação no tamanho total dos cromossomos. Além disso, T. holmgreni apresentou marcações positivas para o fluorocromo CMA 3 na região centromérica e pericentromérica, as quais foram negativas na coloração com DAPI, mostrando que essa região é rica em pares de bases GC. Esses resultados sugerem uma estabilidade desse cariótipo e que provavelmente as pequenas variações encontradas no gênero sejam resultados de rearranjos cromossômicos a partir desse cariótipo. / The genus Trachymyrmex has an intermediate behavior between the “leaf-cutters” and “non- cutters” fungus-growing ants, since they can use both fresh cutted and detrits as substrate to grown the simbiotic fungus. In addition, to this behaviour the genus Trachymyrmex, which diverged between 15 and 20 million years ago, assume a intermediate phylogenetically position. These aspects make the study of the biological characteristics to characterize Trachymyrmex interesting to understand the steps in the evolution of fungus agriculture. In this sense, the objective of this work was to carry out an evolutionary study on the fungus-growing ant species Trachymyrmex holmgreni, through an ecological and cytogenetic approach. The former approach consists in describing the fundamental biological characteristics of any social insect : their nest architecture, colony demography, as well as the distribution pattern of the colonies in the ecosystem. The later approach was accomplished by studying the karyotype of four geographically distinct populations. The ecological study was carried out along three beaches in the southern Brazilian coast around the cities of Morro dos Conventos-SC, Balneário Gaivota-SC and Torres-RS. During the cytogenetic study, besides the three populatio ns mentione before we included a fourth population from Cachoeira do Campo-MG, located more than 1500 km away. We excavated and collected 50 nests to describe the architecture and demography. We sampled nests in the landscape in arbitrarily plotted quadrats, and calculated the R index of Clarck and Evans and Ip of Morisita to descrebe the distribution pattern. For the cytogenetic study, we used the nests collected for the demographic study and one nest from the population of Cachoeira do Campo-MG. The colonies were kept alive in the laboratory and we used the larvae to obtain brain tissue to prepare metaphasic chromosomes. We conducted the conventional stanning with Giemsa to evaluate number and morphology and used seqeuntia l staining with fluorochromes CMA 3 and DAPI to evaluate the composition of the chromosomes bases AT/CG. Our results allowed us to suggest that the architecture of the nest responds to the seasonal cycle of the colony. In the autumn the nests presented three fungus chambers and significant number of individuals of the reproductive caste, whereas in the spring they displayed, in average, 5 fungus chambers and many immature individuals. These results indicate that the colonies of T. holmgreni invest in reproduction during the fall establishing new nests during the winter, which promotes growth during the spring and summer. In addition, we found an aggregate distribution pattern of the nests, indicating that abiotic factors such as ix resource availability and microclimatic soil conditions probably interfere with the successful establishment of the colonies. The cytogenetic study showed that T. holmgreni does not presentes chromosomal clines being the karyotype composed of 2n = 20 (n = 10). In addition, T. holmgreni presented positive markings for the CMA 3 fluorochrome in the centromeric and pericentromeric regions, which were negative in the DAPI staining, suggesting that this region is rich in GC-base pairs. This result also suggest a stability in karyotype but that the small variations found are probably results of chromosomal rearrangements from this numeric stable karyotype.

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