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"Fatores associados aos sintomas laríngeos atribuídos ao refluxo gastroesofágico em pacientes com laringite posterior" / Factors associated with the laryngeal symptoms attributed to gastroesophageal reflux in patients with posterior laryngitisPonte, Cynthia Aben-Athar January 2015 (has links)
PONTE, Cynthia Aben-Athar. "Fatores associados aos sintomas laríngeos atribuídos ao refluxo gastroesofágico em pacientes com laringite posterior". 2015. 105 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-12-01T11:22:02Z
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Previous issue date: 2015 / This study aimed to evaluate the influence of esophageal motility parameters, the characteristics of gastroesophageal reflux, the presence of anxiety and depression, the presence of dyspeptic symptoms and the gastric emptying on the laryngeal symptoms (hoarseness, throat clearing and coughing) in patients with posterior laryngitis attributed to GERD. Initially, we studied 20 patients with posterior larynx and typical symptoms of GERD and 12 patients with erosive reflux esophagitis without laryngeal symptoms. All patients underwent upper endoscopy, high-resolution manometry and answered the questionnaire of GERD symptoms (QS-GERD) and the questionnaire about quality of life in GERD (QVRS-DRGE). Then, only the group of patients with laryngitis underwent 24 hours impedance-pH monitoring, answered Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) and the questionnaire of Porto Alegre of dyspeptic symptoms (PADYQ) and underwent gastric emptying breath test. All protocols were approved by the Research Ethics Committee of HUWC (14464214.8.0000.5045). Data were analyzed using the unpaired Student t test, Mann-Whitney and the correlation of Spearman. Endoscopy was normal in 85% of patients with laryngitis. The need to use medication had greater impact on the quality of life of the group with esophagitis, while the degree of dissatisfaction with their situation was significantly higher in patients with laryngitis. Patients presented with laryngitis had pressure of the lower esophageal sphincter and contractility of the esophageal body significantly larger than esophagitis group. There was no correlation between esophageal motility parameters with the frequency of laryngeal symptoms (hoarseness, throat clearing and coughing) in the laryngitis group. There was a positive correlation between the frequency of symptoms of hoarseness, throat clearing and coughing with the number of reflux measured by impedance-pH monitoring. This correlation was found only with weakly acidic reflux (4.0 6.5) for symptoms throat clearing and cough. There was a high prevalence of anxiety / depression in patients with laryngitis (50%), with a positive correlation between the intensity of anxiety and the frequency of hoarseness and , but not coughing. Patients with laryngitis showed a high prevalence of gastrointestinal symptoms (75%), but it was not observed delay in gastric emptying of solids in this group when compared to normal subjects. From this results we conclude that the laryngeal symptoms attributed to gastroesophageal reflux are associated with a greater degree of dissatisfaction with clinical situation and loss in quality of life; with the presence of weakly acidic or alkaline reflux and with anxiety. It was unrelated to endoscopic mucosal injury , changes in esophageal motility and gastric emptying . / Fatores associados aos sintomas laríngeos atribuídos ao refluxo gastroesofágico em pacientes com laringite posterior. Cynthia Aben-Athar Ponte. Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas. Orientador: Professor Doutor Marcellus Henrique Loiola Ponte de Souza. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência dos parâmetros de motilidade esofágica, das características do refluxo gastroesofágico, da presença de ansiedade e depressão, da presença de sintomas dispépticos e do esvaziamento gástrico sobre os sintomas laríngeos (rouquidão, pigarro e tosse) em pacientes com laringite posterior atribuída a DRGE. Inicialmente, foram estudados 20 pacientes com laringe posterior e sintomas típicos de DRGE e 12 pacientes com esofagite erosiva de refluxo sem sintomas laríngeos. Todos os pacientes realizaram endoscopia digestiva alta, manometria de alta resolução e responderam ao questionário de sintomas para DRGE (QS-DRGE) e o questionário de qualidade de Vida Relacionada a Saude na DRGE (QVRS-DRGE). Posteriormente, somente o grupo de pacientes com laringite foram submetidos a impedancio-pHmetria de 24 horas, responderam a escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e ao questionário de Porto Alegre de Sintomas Dispépticos (PADYQ), e realizaram o teste respiratório de esvaziamento gástrico, sendo todos os protocolos aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUWC (14464214.8.0000.5045). Os dados foram analisados utilizando os testes t de Student não pareado, Mann-Whitney e a correlação de Spearman. A endoscopia digestiva alta foi normal em 85% dos pacientes com laringite. A necessidade de utilizar o medicamento teve maior impacto sobre a qualidade de vida do grupo com esofagite, enquanto o grau de insatisfação com a sua situação foi significativamente maior no grupo com laringite. Os pacientes com laringite apresentaram pressões do esfíncter esofágico inferior e contractilidade do corpo do esôfago significativamente maiores que o grupo esofagite. Não houve correlação entre os parâmetros de motilidade esofágica com a freqüência dos sintomas laríngeos (rouquidão, pigarro e tosse) no grupo laringite. Houve uma correlação positiva entre a freqüência dos sintomas de rouquidão, pigarro e tosse com o número de refluxos aferidos pela impedancio-pHmetria. Esta correlação foi encontrada apenas com os refluxos fracamente ácidos (4,0 < pH < 6,5) para o sintoma rouquidão; ou alcalinos (pH > 6,5) para os sintomas pigarro e tosse. Observou-se uma prevalência alta de ansiedade/depressão nos pacientes com laringite (50%), com uma correlação positiva entre a intensidade da ansiedade e a freqüência de rouquidão e pigarro, mas não tosse. Os pacientes com laringite apresentaram uma grande prevalência de sintomas dispépticos (75%), porém não foi observado retarde no esvaziamento gástrico de sólidos neste grupo quando comparado com indivíduos normais. A partir deste resultados podemos concluir que os sintomas laríngeos atribuídos ao refluxo gastroesofágico estão associados com um maior grau de insatisfação com a sua situação cínica e perda na qualidade de vida; com a presença de refluxos fracamente ácidos ou alcalinos e com a presença de ansiedade. Não houve relação, porém, destes sintomas com lesões endoscópicas da mucosa; alterações na motilidade esofágica e com o esvaziamento gástrico.
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Estudo transversal de base populacional de mulheres climatéricas pré e perimenopáusicas da cidade de Passo FundoOppermann-Lisboa, Karen January 1999 (has links)
O período do climatério tem sido objeto de estudo há muitos anos. Nesta fase, as mulheres apresentam alterações clínicas e endocrinológicas que podem interferir na qualidade de vida. Os estudos transversais de base populacional são geralmente empregados para planejamentos na área da saúde, podendo eventualmente auxiliar na determinacão de metas terapêuticas. O presente estudo teve como objetivo principal determinar a prevalência de sintomas relacionados ao período do climatério pré e perimenopáusico e associá-los a variáveis clínicas, hormonais e ultra-sonográficas. A amostra estudada compreendeu 302 mulheres selecionadas aleatoriamente, moradoras do perímetro urbano da cidade de Passo Fundo, com idade entre 35 a 55 anos e que tivessem menstruado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses. Realizou-se entrevista com 298 mulheres, em 142 coletaram-se amostras de sangue para dosagens hormonais e em 138 efetuou-se exame ultra-sonográfico pélvico. A prevalência de fogachos foi de 29,5%, de sudorese noturna 18,8%, e de vagina seca, 20,7%. A prevalência de irritabifidade foi 64,6%, nervosismo 64,3%, cansaço 64,1 %, diminuição da memória 58,1%, cefaléia 57,0%, depressão 43,8%, tontura 43,6% e insônia 38,7%. Observouse que mulheres com risco para distúrbios psiquiátricos menores apresentavam mais sintomas climatéricos. Os sintomas climatéricos, avaliados de forma isolada ou através do índice climatérico modificado de Kupperman e Blatt, não se associaram aos níveis de estradiol, FSH e LH, porém associaram-se com idade. Mulheres com idade 48 anos apresentaram mais sintomas do que as mulheres com idade <48 anos (p<0,05). Apesar da prevalência de sintomas cfimatéricos ser a mesma para usuárias ou não-usuárias de ACO, o uso deste reduziu significativamente a prevalência de distúrbios menstruais. A prevalência de distúrbios menstruais na amostra de mulheres isentas de uso de hormônios (n=201) foi de 44,3% e para as usuárias de ACO foi de 17,5%. Entre as mulheres com distúrbios menstruais e isentas de uso de ACO, 20,3% apresentaram alterações da textura miometrial que poderiam justificar o sangramento. Da amostra total de mulheres, 21 ,3% apresentavam sangramento irregular proveniente de alterações hormonais características deste período e poderiam ser classificadas como perimenopáusicas. As mulheres com idade >/40 anos e >/45 anos apresentaram, respectivamente, níveis mais altos de FSH (p<0,003) e mais baixos de E2 (0<0,01 ). Mulheres com ciclos oligo-amenorreicos apresentaram endométrios mais delgados (p<0,01) e níveis baixos de E2 (p<0,01) e altos de FSH (p<0,001) comparadas ás mulheres com ciclos menstruais regulares. Desta forma, sugere-se que mulheres que apresentem oligoamenorréia no período pré-menopausa possam ser candidatas para reposição hormonal. / The period of the climaterium has been studied for many years. In this period the women presented clinicai and endocrinology changes which may modify their quality of life. The cross-sectional population based studies are generally used for health planning, with the possibility to contribute to the determination of therapeutical goals. The main objective of the present study was to determine the prevalence of symptoms related to the premenopause climacteric period and associate them to clinicai, hormonal and ultrasonographic variables. We studied a random sample of 302 women who lived in the urban area of Passo Fundo. These women were 35 to 55 years old and have had at least one menstruation in the last 12 months. An interview was dane with 298 women; in 142 of them blood samples were drawn for hormonal measurements and in 138 an ultrasonographic pelvic examination was performed. The prevalence of hot flushes was 29,5%, of night sweating 18,8% and of dry vagina 20,7%. The prevalence of irritability was 64,6%, nervousness 64,3%, tiredness 64,1 %, decreasing memory 58,1 %, headaches 57,0%, depression 43,8%, dizziness 43,6% and insomnia 38, 7%. lt was observed that women with a risk of minar psychiatric disturbances show more climacteric symptoms. The climacteric symptoms alone or evaluated by the climacteric index modified by Kupperman and Blatt, were not associated with the leveis of estradiol, FSH and LH. Nevertheless, they were associated with age. Women over 48 years showed more symptoms than women under 48 years (p<O,OS). Although the prevalence of climacteric symptoms was the same for users or non-users of oral hormonal contraceptives (OHC), its use did reduce the prevalence of menstrual disturbances significantly. The prevalence of menstrual disturbances in the sample of the non-users of hormones (n=201) was 44,3% and for the users, 17,5%. Among the women with menstrual disturbances, 20,3% showed changes in the miometrial texture which could explain the bleeding. In the total sample of ali the women, 21 ,3% had irregular bleeding due to hormonal changes, which are considered features of the climacteric period and could be classified as perimenopausic. The women at the age of 40 and 45 had, respectively, higher leveis of FSH (p<0,003) and lower leveis of E2 (0<0,01). Oligoamenorrheic women showed thinner endometrium (p<0,01), lower leveis of E2 (p<0,01) and higher leveis of FSH (p<0,001), compared to women with regular menstrual cycles. This suggests that women who present oligo-amenorrhea in the premenopause may be candidates for hormonal reposition.
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Estudo da associação da síndrome metabólica com as manifestações clínicas da artrite reumatóideCunha, Viviane Roseli da January 2010 (has links)
Objetivos: Avaliar a prevalência da síndrome metabólica (SM) em pacientes com artrite reumatóide (AR) e controles e verificar uma possível associação da SM com fatores próprios da doença. Métodos: Foram estudados 283 pacientes com AR e 233 controles sem AR ou outra doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, emparelhados por idade e sexo. A SM foi definida de acordo com os critérios do NCEP. A atividade da doença AR foi avaliada pelo Disease Activity Score de 28 articulações (DAS28). Uma avaliação clínica foi realizada e um questionário contendo aspectos demográficos e clínicos foi aplicado. Resultados: A prevalência total da SM foi de 39.2% nos pacientes com AR e de 19.5% nos controles (p <0.001). Circunferência da cintura aumentada, pressão sanguínea e glicemia de jejum elevadas foram mais frequentes nos pacientes com AR na comparação com os controles (p <0.001, p <0.001 e p <0.001; respectivamente). Na análise de regressão logística múltipla, o risco de ter SM foi significativamente maior nos pacientes com AR do que nos controles (OR 1.87, 95% CI 1.17-3.00, p=0.009) após ajustamento para idade, sexo e anos de escolaridade. O DAS28 foi significativamente maior nos pacientes com SM se comparado com aqueles sem SM (p=0.01). Duração da doença, fator reumatóide e manifestações extra-articulares foram comparáveis entre pacientes com e sem SM. Conclusão: A prevalência da SM foi maior nos pacientes com AR em relação aos controles e foi associada com a atividade da doença. A maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares na AR sugere a participação do processo inflamatório no desenvolvimento da doença cardiovascular (DCV) e implica controle rigoroso da atividade inflamatória sistêmica e dos fatores de risco modificáveis para DCV nestes pacientes.
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Estudo da associação da síndrome metabólica com as manifestações clínicas da artrite reumatóideCunha, Viviane Roseli da January 2010 (has links)
Objetivos: Avaliar a prevalência da síndrome metabólica (SM) em pacientes com artrite reumatóide (AR) e controles e verificar uma possível associação da SM com fatores próprios da doença. Métodos: Foram estudados 283 pacientes com AR e 233 controles sem AR ou outra doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, emparelhados por idade e sexo. A SM foi definida de acordo com os critérios do NCEP. A atividade da doença AR foi avaliada pelo Disease Activity Score de 28 articulações (DAS28). Uma avaliação clínica foi realizada e um questionário contendo aspectos demográficos e clínicos foi aplicado. Resultados: A prevalência total da SM foi de 39.2% nos pacientes com AR e de 19.5% nos controles (p <0.001). Circunferência da cintura aumentada, pressão sanguínea e glicemia de jejum elevadas foram mais frequentes nos pacientes com AR na comparação com os controles (p <0.001, p <0.001 e p <0.001; respectivamente). Na análise de regressão logística múltipla, o risco de ter SM foi significativamente maior nos pacientes com AR do que nos controles (OR 1.87, 95% CI 1.17-3.00, p=0.009) após ajustamento para idade, sexo e anos de escolaridade. O DAS28 foi significativamente maior nos pacientes com SM se comparado com aqueles sem SM (p=0.01). Duração da doença, fator reumatóide e manifestações extra-articulares foram comparáveis entre pacientes com e sem SM. Conclusão: A prevalência da SM foi maior nos pacientes com AR em relação aos controles e foi associada com a atividade da doença. A maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares na AR sugere a participação do processo inflamatório no desenvolvimento da doença cardiovascular (DCV) e implica controle rigoroso da atividade inflamatória sistêmica e dos fatores de risco modificáveis para DCV nestes pacientes.
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Caracterização clínica de uma amostra de pacientes com neurofibromatose tipo 1 em um centro de referênciaZandoná, Denise Isabel January 2007 (has links)
Foi realizado um estudo de prevalência em uma amostra de pacientes com neurofibromatose tipo 1, de um centro de referência do sul do Brasil localizado em um hospital público de atendimento terciário. O objetivo deste estudo foi criar um registro e caracterizar os pacientes clinicamente, determinando sua epidemiologia para servir de base para futuros estudos de correlação genótipo-fenótipo e protocolos clínicos. De acordo com os critérios de inclusão, os pacientes poderiam ter qualquer idade e ser de ambos os sexos, mas deveriam preencher critérios clínicos diagnósticos de NF1 de acordo com National Institutes of Health (NIH) Consensus Conference de 1988, estar clinicamente estáveis para participar do estudo e assinar termo de consentimento livre e esclarecido. Uma amostra consecutiva de pacientes com neurofibromatose tipo 1, atendidos entre janeiro de 2000 e maio de 2007 num hospital público terciário, foram avaliados. As avaliações incluíram: anamnese, heredograma, exame físico e colheita de dados do prontuário acerca dos exames rotineiramente realizados durante atendimento clínico (avaliação radiológica do crânio e esqueleto, tomografia computadorizada de crânio, ultra-sonografia de abdômen) e de dados históricos dos prontuários. De um total de 89 pacientes (provenientes de 62 famílias) incluídos no estudo, 37 (41,6%) eram do sexo masculino e 52 (58,4%) do sexo feminino. A idade média na avaliação foi 14,5 anos (DP 12,0; variação 0-47 anos), a idade média ao aparecimento do primeiro sintoma 2,9 anos (DP 5,1; variação 0-18 anos) e a idade média ao diagnóstico da doença foi 13,0 anos (DP 11,6; variação 0-47 anos). Dos 62 probandos, 44 (72,6%) tinham história familiar positiva para NF1. Avaliação psicométrica mostrou que dos 26 pacientes pediátricos submetidos a testes de QI 6 (23,1%) apresentavam algum déficit cognitivo e 11(43,3%), retardo mental. Em relação aos achados clássicos da síndrome observou-se que as freqüências de manchas café-com-leite, efélides, alterações esqueléticas, neurofibromas e nódulos de Lisch foram 98,9%, 79,8%, 10,1%, 51,7% e 34,1% respectivamente. Apesar de uma idade precoce ao reconhecimento do primeiro sintoma de NF1, o diagnóstico de indivíduos afetados na amostra, bem como a primeira avaliação em serviço de genética clínica, se deram muitos anos após. A literatura corrente registra diversos estudos nacionais e internacionais com diferentes metodologias e delineamentos relatando a freqüência de achados clínicos diagnósticos e complicações de NF1. Observa-se que a prevalência das manifestações da doença pode variar em diferentes populações e sua caracterização é importante para determinar as prioridades de avaliação em diferentes serviços de atendimento a estes pacientes. As diferenças encontradas neste estudo em relação à literatura poderão ser verificadas com maior precisão em estudos complementares com maior número de pacientes. A confirmação do fenótipo cognitivo da síndrome, através de teste psicométrico, sugere que todas as crianças afetadas pela doença sejam submetidas a este tipo de avaliação precocemente. Por fim, exames de imagem do tórax, crânio e abdômen para acompanhamento do surgimento de lesões em pacientes assintomáticos provavelmente não se justificam, devendo ser solicitados somente se houverem manifestações clínicas sugestivas de complicações específicas da NF1. / An prevalencia study from a reference center of Southern-Brazilian localized in a tertiary care public hospital, of the neurofibromatosis type 1 patients was carried out. The goal of this study was to create a registry, clinically characterize patients at determining their epidemiological so that it can serve as basis for future studies of the genotype-phenotype correlation and for protocols of future clinical studies. Each individual needed to meet the inclusion criteria: any age of years and any gender, to have a diagnosis of neurofibromatosis type 1, defined by standard clinical criteria defined internationally (National Institutes of Health Consensus Conference de 1988) and the signing of an informed term consent. A consecutive sample of patients with the suspicion or diagnosis of neurofibromatosis type 1, defined by standard clinical criteria defined internationally was invited for this study and evaluated after signature of informed consent. Patients had been seen in the outpatient clinic of the Medical Genetics Service of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre between January 2000 and May 2007. The assessment included: anamnesis, physical examination, family history, cranium and spine X-rays, brain CT scan, abdominal sonogram, IQ testing and in some cases retrospective review of information recorded in medical records. A total of 89 patients (from 62 families) were included in this study; 37 (41.6%) were male and 52 (58.4%) female. The mean age at evaluation was 14.5 years (SD 12.0: range 0-47 years), the mean age at the diagnosis of the first NF1 symptom was 2.9 years (SD 5.1; range 0-18 anos) and the mean age at NF1 diagnosis was 13.0 years (SD 11.6: range 0-47 anos). Of the 62 probands, 44(72.6%) had a positive family history of NF1. Cognitive evaluation of a subset of 26 pediatric patients showed that 6(23.1%) had a cognitive deficit and 11 (43.3%) were mentally retarded. Regarding classic NF1-related clinical findings, cafe-au-lait spots, freckling, skeletal dysplasia, neufibromas, Lisch nodules occurred in 98.9%, 79.8%, 10.1%, 51.7% and 34.1% of the patients, respectivelyds. Although the first sign of NF1 was recognized very early in life in most patients of this study, the diagnosis of the disease and first evaluation in a medical genetics service occurred many years after. Current literature cites several national and international studies reporting the frequency of clinical manifestations and complications of the disease that were conducted with distinct design and methodological strategies. The observed prevalence of disease manifestations is variable in these studies and its characterization is important to determine priorities in the routine clinical follow-up of such patients. Differences encountered in this study, in relation to the literature will have to be confirmed in a larger sample. The confirmation of the NF1 cognitive profile in a subset of pediatric patients suggests that all patients diagnosed with this condition should be evaluated early in their development. Finally, imaging studies of the chest, skull and abdomen for routine screening of disease complications in asymptomatic patients is probably not justified. Such evaluations should be reserved for patients manifesting symptoms associated to specific complications of NF1.
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Avaliação clínica sistemática e estimativa de congestão em pacientes com insuficiência cardíaca realizadas por enfermeira, cardiologista ou NT-ProBNPSauer, Jaquelini Messer January 2008 (has links)
Introdução. O papel da enfermeira na assistência à insuficiência cardíaca (IC) tem sido focado em intervenções terapêuticas e educativas. No entanto, o desempenho diagnóstico clínico de enfermeiras, em pacientes ambulatoriais com IC não está bem explorado. O NT-proBNP é um marcador cardíaco que reflete pressões de enchimento elevadas. O objetivo deste trabalho é comparar uma avaliação clínica sistemática para estimativa de congestão em pacientes com IC realizada por enfermeira, à realizada pelo médico e correlacioná-las a NT-ProBNP. Métodos. Estudo transversal contemporâneo. Pacientes ambulatoriais com IC submetidos a avaliação clínica sistemática para estimativa de congestão (escore clínico de congestão - ECC) por médico e enfermeira. NT-proBNP foi coletado simultaneamente às avaliações. Resultados. Realizou-se 89 avaliações em 63 pacientes com IC. A correlação dos ECC obtidos pela enfermeira com os obtidos pelo médico foi rs=0,86; P≤0,001. O nível plasmático de NT-proBNP foi de 1467,3 ± 1213,7 pg/mL. As correlações dos ECC da enfermeira e do médico com níveis de NT-proBNP foram respectivamente rs =0,45; P< 0,0001 e rs =0,51; P< 0,0001. Pacientes com ECC ≥ 3 apresentam níveis de NT-ProBNP significativamente mais elevados que aqueles com ECC < 3. Tanto pelo médico (1866 ± 1151 vs 757 ± 988 pg/mL; P < 0,0001), como pela enfermeira (1720 ± 1228 vs 821 ± 914 pg/mL; P < 0,0001). Conclusões. Os resultados sugerem que o enfermeiro, após treinamento específico, possui desempenho semelhante ao do médico em detectar estados congestivos de pacientes ambulatoriais com IC.
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Incidência e fatores associados à dengue: um estudo de vigilância populacional em um pronto atendimento de Salvador-BaQueiroz, Tassia Lacerda de 12 July 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-07-09T17:59:09Z
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Dissertação_ISC_Tassia Queiroz.pdf: 791672 bytes, checksum: 1f3e827eb2171d03e35c0c3905712338 (MD5) / Introdução: Apesar da dengue ser uma doença de notificação compulsória, a real carga de
transmissão da doença é desconhecida em virtude da inespecificidade dos sintomas, da
dificuldade para o diagnóstico e notificação dos casos, sobretudo, os com formas mais
brandas. Objetivos: Estimar a incidência anual de detecção de casos de dengue e identificar
os fatores sociodemográficos e clínicos associados ao diagnóstico da doença em uma
comunidade de Salvador-BA. Metodologia: Entre abril de 2009 a março de 2012, um sistema
de vigilância de base populacional identificou ativamente, em um pronto atendimento,
moradores da comunidade de Pau da Lima (Salvador-BA) com idade ≥ 5 anos que
procuraram a unidade com uma doença febril aguda. Foram coletados dados
sociodemográficos, clínicos e amostras de sangue de fase aguda e convalescente. Também foi
realizada a revisão dos prontuários de todos os pacientes atendidos no pronto atendimento por
uma doença febril aguda, que preenchiam os critérios de inclusão da pesquisa. O diagnóstico
de dengue foi confirmado por ELISA por meio de soroconversão de IgM ou de IgG ou por
reatividade para NS1. A associação entre os fatores sociodemográficos e clínicos e o
diagnóstico de dengue foi avaliada pelos testes χ
2 de Person e de Mann-Whitney U. Análises
de regressão logística univariadas e multivariadas foram realizadas para verificar a associação
entre os fatores e a ocorrência de dengue através de Odds ratio e os intervalos de confiança de
95%. A proporção de casos confirmados de dengue entre os participantes foi utilizada para
estimar o número de casos da doença entre todos os indivíduos atendidos que preencheram os
critérios de inclusão. Estimou-se a incidência anual de detecção de casos de dengue, geral e
por faixa etária, para a comunidade sob vigilância. Resultados: Dos 18.428 pacientes com
doença febril aguda atendidos na unidade, 4.037 (21,9%) participaram do estudo. Destes, 447
(11,1%) foram casos confirmados de dengue. O sexo masculino, a maior escolaridade e a
presença de cefaléia, prostração, mialgia, dor retroorbital, artralgia e exantema foram
associados ao diagnóstico de dengue nas análises bivariadas. Nas análises multivariadas,
verificou-se que sexo masculino (OR=1,42; IC95%:1,15-1,75), além dos sintomas dor
retroorbital (OR=2,27; IC95%:1,83-2,82), artralgia (OR=1,41; IC95%:1,14-1,75) e exantema
(OR=2,33; IC95%:1,81-3,01) foram associados, independentemente, ao diagnóstico de
dengue. A presença de manifestações hemorrágicas resultou em uma associação negativa com
a ocorrência de dengue (OR=0,41; IC95%:0,21-0,81). A incidência média anual de detecção
de casos de dengue para a comunidade foi de 956 casos por 100.000 habitantes. A maior taxa
de incidência abrangeu a faixa etária de 05 a 14 anos, com média anual de 2.272 casos de
dengue por 100.000 habitantes. Conclusões: A carga de transmissão da dengue foi
considerada alta para a comunidade e subestimada pela vigilância oficial. Estudos de
monitoramento podem ser importantes para alerta precoce de epidemias, compreensão da
carga e dinâmica de transmissão, além dos fatores sociodemográficos e clínicos associados à
dengue. / Salvador
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Estudo transversal de base populacional de mulheres climatéricas pré e perimenopáusicas da cidade de Passo FundoOppermann-Lisboa, Karen January 1999 (has links)
O período do climatério tem sido objeto de estudo há muitos anos. Nesta fase, as mulheres apresentam alterações clínicas e endocrinológicas que podem interferir na qualidade de vida. Os estudos transversais de base populacional são geralmente empregados para planejamentos na área da saúde, podendo eventualmente auxiliar na determinacão de metas terapêuticas. O presente estudo teve como objetivo principal determinar a prevalência de sintomas relacionados ao período do climatério pré e perimenopáusico e associá-los a variáveis clínicas, hormonais e ultra-sonográficas. A amostra estudada compreendeu 302 mulheres selecionadas aleatoriamente, moradoras do perímetro urbano da cidade de Passo Fundo, com idade entre 35 a 55 anos e que tivessem menstruado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses. Realizou-se entrevista com 298 mulheres, em 142 coletaram-se amostras de sangue para dosagens hormonais e em 138 efetuou-se exame ultra-sonográfico pélvico. A prevalência de fogachos foi de 29,5%, de sudorese noturna 18,8%, e de vagina seca, 20,7%. A prevalência de irritabifidade foi 64,6%, nervosismo 64,3%, cansaço 64,1 %, diminuição da memória 58,1%, cefaléia 57,0%, depressão 43,8%, tontura 43,6% e insônia 38,7%. Observouse que mulheres com risco para distúrbios psiquiátricos menores apresentavam mais sintomas climatéricos. Os sintomas climatéricos, avaliados de forma isolada ou através do índice climatérico modificado de Kupperman e Blatt, não se associaram aos níveis de estradiol, FSH e LH, porém associaram-se com idade. Mulheres com idade 48 anos apresentaram mais sintomas do que as mulheres com idade <48 anos (p<0,05). Apesar da prevalência de sintomas cfimatéricos ser a mesma para usuárias ou não-usuárias de ACO, o uso deste reduziu significativamente a prevalência de distúrbios menstruais. A prevalência de distúrbios menstruais na amostra de mulheres isentas de uso de hormônios (n=201) foi de 44,3% e para as usuárias de ACO foi de 17,5%. Entre as mulheres com distúrbios menstruais e isentas de uso de ACO, 20,3% apresentaram alterações da textura miometrial que poderiam justificar o sangramento. Da amostra total de mulheres, 21 ,3% apresentavam sangramento irregular proveniente de alterações hormonais características deste período e poderiam ser classificadas como perimenopáusicas. As mulheres com idade >/40 anos e >/45 anos apresentaram, respectivamente, níveis mais altos de FSH (p<0,003) e mais baixos de E2 (0<0,01 ). Mulheres com ciclos oligo-amenorreicos apresentaram endométrios mais delgados (p<0,01) e níveis baixos de E2 (p<0,01) e altos de FSH (p<0,001) comparadas ás mulheres com ciclos menstruais regulares. Desta forma, sugere-se que mulheres que apresentem oligoamenorréia no período pré-menopausa possam ser candidatas para reposição hormonal. / The period of the climaterium has been studied for many years. In this period the women presented clinicai and endocrinology changes which may modify their quality of life. The cross-sectional population based studies are generally used for health planning, with the possibility to contribute to the determination of therapeutical goals. The main objective of the present study was to determine the prevalence of symptoms related to the premenopause climacteric period and associate them to clinicai, hormonal and ultrasonographic variables. We studied a random sample of 302 women who lived in the urban area of Passo Fundo. These women were 35 to 55 years old and have had at least one menstruation in the last 12 months. An interview was dane with 298 women; in 142 of them blood samples were drawn for hormonal measurements and in 138 an ultrasonographic pelvic examination was performed. The prevalence of hot flushes was 29,5%, of night sweating 18,8% and of dry vagina 20,7%. The prevalence of irritability was 64,6%, nervousness 64,3%, tiredness 64,1 %, decreasing memory 58,1 %, headaches 57,0%, depression 43,8%, dizziness 43,6% and insomnia 38, 7%. lt was observed that women with a risk of minar psychiatric disturbances show more climacteric symptoms. The climacteric symptoms alone or evaluated by the climacteric index modified by Kupperman and Blatt, were not associated with the leveis of estradiol, FSH and LH. Nevertheless, they were associated with age. Women over 48 years showed more symptoms than women under 48 years (p<O,OS). Although the prevalence of climacteric symptoms was the same for users or non-users of oral hormonal contraceptives (OHC), its use did reduce the prevalence of menstrual disturbances significantly. The prevalence of menstrual disturbances in the sample of the non-users of hormones (n=201) was 44,3% and for the users, 17,5%. Among the women with menstrual disturbances, 20,3% showed changes in the miometrial texture which could explain the bleeding. In the total sample of ali the women, 21 ,3% had irregular bleeding due to hormonal changes, which are considered features of the climacteric period and could be classified as perimenopausic. The women at the age of 40 and 45 had, respectively, higher leveis of FSH (p<0,003) and lower leveis of E2 (0<0,01). Oligoamenorrheic women showed thinner endometrium (p<0,01), lower leveis of E2 (p<0,01) and higher leveis of FSH (p<0,001), compared to women with regular menstrual cycles. This suggests that women who present oligo-amenorrhea in the premenopause may be candidates for hormonal reposition.
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Estudo da associação da síndrome metabólica com as manifestações clínicas da artrite reumatóideCunha, Viviane Roseli da January 2010 (has links)
Objetivos: Avaliar a prevalência da síndrome metabólica (SM) em pacientes com artrite reumatóide (AR) e controles e verificar uma possível associação da SM com fatores próprios da doença. Métodos: Foram estudados 283 pacientes com AR e 233 controles sem AR ou outra doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, emparelhados por idade e sexo. A SM foi definida de acordo com os critérios do NCEP. A atividade da doença AR foi avaliada pelo Disease Activity Score de 28 articulações (DAS28). Uma avaliação clínica foi realizada e um questionário contendo aspectos demográficos e clínicos foi aplicado. Resultados: A prevalência total da SM foi de 39.2% nos pacientes com AR e de 19.5% nos controles (p <0.001). Circunferência da cintura aumentada, pressão sanguínea e glicemia de jejum elevadas foram mais frequentes nos pacientes com AR na comparação com os controles (p <0.001, p <0.001 e p <0.001; respectivamente). Na análise de regressão logística múltipla, o risco de ter SM foi significativamente maior nos pacientes com AR do que nos controles (OR 1.87, 95% CI 1.17-3.00, p=0.009) após ajustamento para idade, sexo e anos de escolaridade. O DAS28 foi significativamente maior nos pacientes com SM se comparado com aqueles sem SM (p=0.01). Duração da doença, fator reumatóide e manifestações extra-articulares foram comparáveis entre pacientes com e sem SM. Conclusão: A prevalência da SM foi maior nos pacientes com AR em relação aos controles e foi associada com a atividade da doença. A maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares na AR sugere a participação do processo inflamatório no desenvolvimento da doença cardiovascular (DCV) e implica controle rigoroso da atividade inflamatória sistêmica e dos fatores de risco modificáveis para DCV nestes pacientes.
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Caracterização clínica de uma amostra de pacientes com neurofibromatose tipo 1 em um centro de referênciaZandoná, Denise Isabel January 2007 (has links)
Foi realizado um estudo de prevalência em uma amostra de pacientes com neurofibromatose tipo 1, de um centro de referência do sul do Brasil localizado em um hospital público de atendimento terciário. O objetivo deste estudo foi criar um registro e caracterizar os pacientes clinicamente, determinando sua epidemiologia para servir de base para futuros estudos de correlação genótipo-fenótipo e protocolos clínicos. De acordo com os critérios de inclusão, os pacientes poderiam ter qualquer idade e ser de ambos os sexos, mas deveriam preencher critérios clínicos diagnósticos de NF1 de acordo com National Institutes of Health (NIH) Consensus Conference de 1988, estar clinicamente estáveis para participar do estudo e assinar termo de consentimento livre e esclarecido. Uma amostra consecutiva de pacientes com neurofibromatose tipo 1, atendidos entre janeiro de 2000 e maio de 2007 num hospital público terciário, foram avaliados. As avaliações incluíram: anamnese, heredograma, exame físico e colheita de dados do prontuário acerca dos exames rotineiramente realizados durante atendimento clínico (avaliação radiológica do crânio e esqueleto, tomografia computadorizada de crânio, ultra-sonografia de abdômen) e de dados históricos dos prontuários. De um total de 89 pacientes (provenientes de 62 famílias) incluídos no estudo, 37 (41,6%) eram do sexo masculino e 52 (58,4%) do sexo feminino. A idade média na avaliação foi 14,5 anos (DP 12,0; variação 0-47 anos), a idade média ao aparecimento do primeiro sintoma 2,9 anos (DP 5,1; variação 0-18 anos) e a idade média ao diagnóstico da doença foi 13,0 anos (DP 11,6; variação 0-47 anos). Dos 62 probandos, 44 (72,6%) tinham história familiar positiva para NF1. Avaliação psicométrica mostrou que dos 26 pacientes pediátricos submetidos a testes de QI 6 (23,1%) apresentavam algum déficit cognitivo e 11(43,3%), retardo mental. Em relação aos achados clássicos da síndrome observou-se que as freqüências de manchas café-com-leite, efélides, alterações esqueléticas, neurofibromas e nódulos de Lisch foram 98,9%, 79,8%, 10,1%, 51,7% e 34,1% respectivamente. Apesar de uma idade precoce ao reconhecimento do primeiro sintoma de NF1, o diagnóstico de indivíduos afetados na amostra, bem como a primeira avaliação em serviço de genética clínica, se deram muitos anos após. A literatura corrente registra diversos estudos nacionais e internacionais com diferentes metodologias e delineamentos relatando a freqüência de achados clínicos diagnósticos e complicações de NF1. Observa-se que a prevalência das manifestações da doença pode variar em diferentes populações e sua caracterização é importante para determinar as prioridades de avaliação em diferentes serviços de atendimento a estes pacientes. As diferenças encontradas neste estudo em relação à literatura poderão ser verificadas com maior precisão em estudos complementares com maior número de pacientes. A confirmação do fenótipo cognitivo da síndrome, através de teste psicométrico, sugere que todas as crianças afetadas pela doença sejam submetidas a este tipo de avaliação precocemente. Por fim, exames de imagem do tórax, crânio e abdômen para acompanhamento do surgimento de lesões em pacientes assintomáticos provavelmente não se justificam, devendo ser solicitados somente se houverem manifestações clínicas sugestivas de complicações específicas da NF1. / An prevalencia study from a reference center of Southern-Brazilian localized in a tertiary care public hospital, of the neurofibromatosis type 1 patients was carried out. The goal of this study was to create a registry, clinically characterize patients at determining their epidemiological so that it can serve as basis for future studies of the genotype-phenotype correlation and for protocols of future clinical studies. Each individual needed to meet the inclusion criteria: any age of years and any gender, to have a diagnosis of neurofibromatosis type 1, defined by standard clinical criteria defined internationally (National Institutes of Health Consensus Conference de 1988) and the signing of an informed term consent. A consecutive sample of patients with the suspicion or diagnosis of neurofibromatosis type 1, defined by standard clinical criteria defined internationally was invited for this study and evaluated after signature of informed consent. Patients had been seen in the outpatient clinic of the Medical Genetics Service of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre between January 2000 and May 2007. The assessment included: anamnesis, physical examination, family history, cranium and spine X-rays, brain CT scan, abdominal sonogram, IQ testing and in some cases retrospective review of information recorded in medical records. A total of 89 patients (from 62 families) were included in this study; 37 (41.6%) were male and 52 (58.4%) female. The mean age at evaluation was 14.5 years (SD 12.0: range 0-47 years), the mean age at the diagnosis of the first NF1 symptom was 2.9 years (SD 5.1; range 0-18 anos) and the mean age at NF1 diagnosis was 13.0 years (SD 11.6: range 0-47 anos). Of the 62 probands, 44(72.6%) had a positive family history of NF1. Cognitive evaluation of a subset of 26 pediatric patients showed that 6(23.1%) had a cognitive deficit and 11 (43.3%) were mentally retarded. Regarding classic NF1-related clinical findings, cafe-au-lait spots, freckling, skeletal dysplasia, neufibromas, Lisch nodules occurred in 98.9%, 79.8%, 10.1%, 51.7% and 34.1% of the patients, respectivelyds. Although the first sign of NF1 was recognized very early in life in most patients of this study, the diagnosis of the disease and first evaluation in a medical genetics service occurred many years after. Current literature cites several national and international studies reporting the frequency of clinical manifestations and complications of the disease that were conducted with distinct design and methodological strategies. The observed prevalence of disease manifestations is variable in these studies and its characterization is important to determine priorities in the routine clinical follow-up of such patients. Differences encountered in this study, in relation to the literature will have to be confirmed in a larger sample. The confirmation of the NF1 cognitive profile in a subset of pediatric patients suggests that all patients diagnosed with this condition should be evaluated early in their development. Finally, imaging studies of the chest, skull and abdomen for routine screening of disease complications in asymptomatic patients is probably not justified. Such evaluations should be reserved for patients manifesting symptoms associated to specific complications of NF1.
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