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Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricoseFreitas, Dayvison Francis Saraiva January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-10 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico previamente descrito como uma única espécie, Sporothrix schenckii, agora entendido como um complexo de diferentes espécies de interesse clínico. A região metropolitana do Rio de Janeiro constitui área hiperendêmica de esporotricose zoonótica transmitida por gatos desde 1998. Clinicamente tem se caracterizado por formas clínicas pouco usuais, manifestações de hipersensibilidade e um número crescente de pacientes coinfectados com HIV. Este estudo teve como objetivo avaliar fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados às diversas formas clínicas de pacientes com esporotricose. Foram utilizados o banco hospitalar de registros de pacientes e o banco de cepas do laboratório de micologia do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), bem como técnicas de identificação genotípica e laboratoriais clássicas para determinação de virulência e fenótipo dos isolados fúngicos. Foi verificado que a dacriocistite aguda (quatro casos entre 2008 e 2010) é uma manifestação da esporotricose que evolui com complicações (fístula e dacriocistite crônica) necessitando reparação cirúrgica. A Síndrome de Sweet foi observada em três pacientes até 2010 e deve ser incorporada como manifestação de hipersensibilidade da esporotricose. As 12 gestantes com esporotricose entre 2005 e 2010 apresentaram boa evolução com termoterapia local. Na análise clínica e terapêutica de 21 casos de esporotricose e HIV, as formas clínicas variaram com o status imunológico dos pacientes e ocorreu resposta terapêutica em 81% dos casos. A investigação diagnóstica de doença sistêmica em pacientes com linfócitos T CD4+ < 200 células/\03BCL se impõe
Na série histórica avaliada, com 48 pacientes com esporotricose e HIV e 3.570 com esporotricose, observamos que pacientes com HIV evoluíram com quadros mais disseminados, hospitalização e óbito. Na avaliação genotípica de 50 isolados, Sporothrix brasiliensis esteve associado às formas pouco usuais e aos casos de hipersensibilidade. O estudo de cinco isolados coletados ao longo de cinco anos em um paciente com quadro de esporotricose disseminada demonstrou aumento de virulência no isolado obtido após 11 anos de infecção (5 anos de tratamento no IPEC), quando utilizado Galleria mellonella como modelo in vivo, sugerindo uma adaptação do fungo ao hospedeiro neste período. Conclui-se que a esporotricose no Rio de Janeiro está relacionada ao surgimento de formas raras e inéditas. Da mesma forma, tem acometido pacientes infectados pelo HIV, com morbimortalidade, devendo ser incorporada como uma infecção oportunística na sua forma disseminada. S. brasiliensis, espécie envolvida na quase totalidade dos casos desta região, pode ter incremento em sua virulência ao longo dos anos, favorecendo sua sobrevida e dificultando a cura do paciente / Sporotrichosis is a subcutaneous mycosis caused by the dimorphic fungus previously
described as a single species,
Sporothrix schenckii
, now understood as a complex of
different species of clinical interest. The metropolitan region of Rio de Janeiro is an endemic
area of zoonotic sporotrichosis transmitted by cat
s
since 1998. Clinically
, it
has been
characterized by un
usual clinical
presentations
, manifestations of hypersensitivity
and a
n
increasing number of patients coinfected with HIV. This study aimed to evaluate
epidemiological, mycological, clinical and therapeutic factors associated with different clinical
aspect
s
of patients with sporotrichosis.
The hospital database of patient records and
the
stock strains of
the
laboratory
of mycology
of
Instituto de Pesquisa Clínica
Evandro Chagas
(IPEC) were used
,
as well as techniques
for genotypic identification
and
classic
al laboratory
tools
for determination of virulence and phenotype of
the
fungal isolates.
It was found that
acute dacryocystitis
(4 cases between 2008 and 2010)
is a manifestation of sporotrichosis
which evolves with complications (fistula and chronic dacry
ocystitis) requiring surgical repair.
Sweet syndrome was observed in three patients
until 2010
and should be incorporated as a
manifestation of hypersensitivity of sporotrichosis. The 12 pregnant women
with
sporotrichosis between 2005 and 2010 presented
a
good evolution with
l
ocal thermotherapy.
In the clinical and therapeutical analysis of the 21 cases of sporotrichosis and HIV, the
clinical forms varied with the immunological status of the patients
,
and a good therapeutic
response was seen
in 81% of the c
ases. T
he diagnostic investigation of systemic disease in
immunosuppressed patients (CD4
+
< 200 cells/
μ
L) is required.
In the historical series
evaluated
,
with
48 patients with sporotrichosis
and
HIV
,
and 3,570 with sporotrichosis,
it was
seen
that
patient
s with
HIV
evolved
with more
disseminated pictures
, hospitalization and
death. In
the
genotypic evaluation of 50 isolates,
Sporothrix brasiliensis
was associated with
unusual
aspects
and cases of hypersensitivity.
The study of five isolates collected over
five
years in a patient with disseminated sporotrichosis demonstrated increased virulence
of the
isolate obtained after 11 years of infection (5 years of treatment
at
IPEC)
,
when
Galleria
mellonella
was used as an
in vivo
model
, suggesting
an adaptation of
the fungus to the host
within this period
.
In conclusion,
sporotrichosis in Rio de Janeiro is related to the emergence
of rare
and
novel
aspects
. On the same way, it has
affect
ed
HIV
-
infect
ed
patients
,
with
morbi
mortality
, and
should be incorporated as an
opportunistic infection
on its disseminated
form.
S. brasiliensis
,
the
species involved in almost all cases
of
this region
,
may
have
an
increase in virulence over the years, favoring
its
survival and hindering the healing of the
patient.
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Micobacteriose disseminada em pacientes infectados pelo HIV: características clínicas de apresentação e análise de mortalidadeSantos, Rodrigo Pires dos January 2008 (has links)
Base teórica: A prevalência da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em 2007 foi de 32 milhões de pacientes infectados. Das infecções oportunistas as micobactérias estão entre as principais causas de febre em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), apesar de que o uso da terapia anti-retroviral de alta potência (HAART) tenha diminuído a incidência de infecções oportunistas em pacientes com HIV. Em 2007, cerca de 700.000 pacientes apresentavam a co-infecção HIV e tuberculose (TB). Em países desenvolvidos as infecções pelo Mycobacterium avium complex (MAC) são a principal causa de infecção bacteriana em pacientes com SIDA. A apresentação clínica, laboratorial e radiológica das infecções por micobactéria é inespecífica. Alguns estudos têm identificado as características que podem sugerir a infecção por TB ou MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Ainda, o diagnóstico definitivo é demorado, pois depende do crescimento em cultura de um microorganismo de crescimento lento. O prognóstico destas infecções mesmo que tratadas adequadamente, é ruim. O tratamento é difícil e a mortalidade alta. Apesar da diminuição das infecções oportunistas em pacientes com SIDA, estas continuam a ocorrer, principalmente em países em que os pacientes não têm acesso ao HAART. Justificativa: estudos comparando a apresentação clínica de infecções por TB e MAC incluíram um número pequeno de pacientes e as conclusões foram diversas. A mortalidade das infecções por TB e MOTT em pacientes com SIDA é elevada. Para pacientes com TB disseminada fatores preditores de mortalidade não foram determinados. Objetivos: Determinar e comparar os aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos em pacientes com infecção disseminada por TB e pelo MOTT, e a mortalidade hospitalar relacionada a essas infecções, identificando preditores clínicos de mortalidade. Métodos: Através de um estudo retrospectivo de coorte revisaram-se os prontuários de todos pacientes com SIDA e micobacteriose disseminada (TB e MOTT) que internaram no HCPA entre 1996 e 2008. Resultados: na linha de base desta coorte foram incluídos 96 pacientes para a comparação entre a apresentação clínica dos pacientes com TB (N=65) e MOTT (N=31). Pacientes com MOTT apresentavam contagem de CD4 inferiores (mediana de 12 células/mm3 vs 42 células/mm3 para TB; P=0,002). Os pacientes com TB apresentavam mais baciloscopia positiva (48,0% vs 13,6%, P=0,01). Não houve diferença estatisticamente significativa na apresentação clínica entre as duas doenças. Os pacientes com TB apresentaram níveis medianos de lactato desidrogenase - LDH - (725,0 UI/l vs 569,0 UI/l, P=0,03) e aspartato aminotransferase - AST- (69,0 UI/l vs 45,0 UI/l, P=0,02) mais elevados que os pacientes com MOTT. Com relação à apresentação radiológica, infiltrado miliar ao Raio-X de tórax foi visto somente em pacientes com TB (28,1% vs 0,0%. P=0,01); derrame pleural foi mais comum em pacientes com TB (45,6% vs 13,0%; P=0,003). Adenopatia abdominal (73,1% vs 33,3%; P=0,003) e hipodensidades esplênicas (38,5% vs 0,0%; P=0,002) ocorreram com mais freqüência em pacientes com TB. A mortalidade foi estudada em 118 pacientes, 82 com TB e 35 com MOTT. A mortalidade hospitalar foi de 37,4%. Na análise multivariada os fatores associados à mortalidade hospitalar e TB foram: baixos níveis de albumina (P=0,01) e internação em unidade de terapia intensiva (P=0,04). Para os pacientes com MOTT, a não utilização de terapia específica foi associada com maior mortalidade hospitalar (P=0,03). Conclusão: Níveis mais elevados de AST e LDH, infiltrado miliar e derrame pleural ao Raio-X de tórax, adenomegalias abdominais e hipodensidades esplênicas associaram-se com o diagnóstico de TB. A infecção disseminada por micobactérias está associada com uma alta mortalidade hospitalar. A não utilização de terapia especifica para pacientes com MOTT e a hipoalbuminemia em pacientes com TB foram fatores preditores de maior mortalidade. / Background: The prevalence of infection with human immunodeficiency virus (HIV), in 2007, was 32 million of people infected. Mycobacterial infections are the main causes of fever of unknown origin in patients with AIDS. In the era of highly active antiretroviral therapy (HAART) the incidence of opportunistic infections had a dramatic decline. In 2007, 700,000 people were co-infected with HIV and tuberculosis (TB). In developed countries Mycobacterium avium complex (MAC) infection is the leading cause of bacterial infections in patients with AIDS. The clinical, laboratory and radiological presentation of mycobacteria infections are nonspecific, because of that, the diagnosis is sometimes neglected. Treatment of these infections requires the use of drugs for long periods of time and despite of that, mortality is high. Studies comparing the clinical presentation of TB and MAC infections included a small number of patients and conclusions were diverse. The mortality rate for TB infections and MAC in patients with AIDS is high. For patients with disseminated TB, predictors of in-hospital death were not determined. Objectives: Determine and compare clinical, laboratory and radiological features of patients with disseminated TB and MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Determine in-hospital mortality rate related to these infections, and identify predictors of death. Methods: A retrospective cohort study was conducted. From 1996 to 2008 all patients with the diagnosis of HIV infection and disseminated mycobacterial disease were included. Results: Ninety six patients were included for clinical comparison between TB (N = 65) and MOTT (N = 31). Patients with NTM had lower CD4 T cells counts (median 13.0 cells/mm3 vs 42.0 cells/mm3, P=0.002). Patients with TB had: significantly more positive acid-fast smears (48.0% vs 13.6%, P=0.01); greater median levels of aspartate aminotranspherase – AST - (69.0 vs 45.0, P=0.02) and lactate dehydrogenase – LDH - (725.0 vs 569.0, P=0.03). On chest X-ray, miliary infiltrate was only seen in patients with TB (28.1% vs 0.0%, P=0.01). Pleural effusion was more common in patients with TB (45.6% vs 13.0%, P=0.01). Abdominal adenopathy (73.1% vs 33.3%, P=0.003) and splenic hypoechoic nodules (38.5% vs 0.0%, P=0.002) were more common in patients with TB. Mortality was studied in 118 patients (82 with TB and 35 with MOTT). The overall mortality rate was 37.4%. In multivariate analysis the factors associated with mortality and TB were: low levels of albumin (P=0.01) and hospitalization in intensive care unit (P=0.04). For patients with MOTT, the lack of specific therapy was associated with in-hospital death (P = 0.03). Conclusion: Levels of AST and LDH, miliary infiltrate and pleural effusion in chest X-ray, abdominal adenopathy and splenic hypoechoic nodules were associated with the diagnosis of TB. Lack of specific therapy for patients with MOTT and hypoalbuminemia in patients with TB were identified as predictors of death.
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Identificação de vírus respiratórios em lactentes internados com suspeita clínica de coqueluche / Identification of respiratory viruses in hospitalized infants with suspected clinical pertussisFerronato, Angela Esposito 13 December 2017 (has links)
Introdução: a coqueluche é uma doença causada pela Bordetella pertussis (BP), sendo mais frequente e grave em lactentes menores de um ano de idade. Com a introdução da vacina, houve redução na incidência mundial da doença, porém nos últimos 10 anos observa-se uma recrudescência. Pode apresentar-se de forma menos característica em lactentes, especialmente antes do final do esquema vacinal para o primeiro ano de vida. O quadro clínico, nesses pacientes, pode ser semelhante ao das infecções por vírus respiratórios (VR) que são os agentes etiológicos mais frequentes nas infecções de vias aéreas, nessa faixa etária. São necessários estudos que avaliem a importância da pesquisa de VR em lactentes com suspeita clínica de coqueluche. Objetivos: em lactentes com suspeita de coqueluche: identificar as prevalências de BP, VR e codetecções; analisar e comparar as características clínicas e a evolução, segundo a etiologia identificada e analisar o impacto do diagnóstico etiológico sobre o uso de macrolídeos. Métodos: estudo de coorte prospectivo, com crianças menores de um ano de idade, hospitalizadas com suspeita clínica de coqueluche entre junho de 2014 e junho de 2016 e submetidas à pesquisa etiológica para identificação de BP (\"swab\" de nasofaringe para cultura e/ou PCR) e pesquisa de VR (aspirado de nasofaringe para imunofluorescência indireta). Dados clínicos, demográficos e evolutivos foram coletados com o preenchimento de protocolo clínico-laboratorial padronizado. Resultados: no período de estudo foram analisados 59 lactentes. Em 18 (30,5%) houve identificação de BP, em 23 (39%) de algum vírus respiratório. Em quatro (7%), houve codetecção de BP e algum VR. O vírus mais frequentemente identificado foi o VSR (73%). As características com maior sensibilidade para o diagnóstico de infecção por BP foram tosse seguida de cianose e ser filho de mãe não vacinada com dTpa. Sibilos e desconforto respiratório apresentaram alta sensibilidade para a identificação de VR. Na análise bivariada apresentaram maior chance de infecção por BP: menor idade (OR = 1,86), ausência de febre (OR = 4,9), não ser vacinado para coqueluche (OR = 4,4), leucocitose superior a 20.000/mm3 (OR = 5,4), linfocitose superior a 10.000/mm3 (OR = 4,0) e de infecção por VR: sibilos (OR = 4,33). Após o ajuste para confundidores, os maiores preditores para BP de forma independente foram: ausência de sibilos (OR =5,7) e leucocitose superior a 20.000/mm3 (OR = 5,38). O número de pacientes com codetecção não permitiu a análise comparativa de gravidade com aqueles com agente único. Em apenas um paciente o resultado da pesquisa viral positiva resultou em suspensão de macrolídeo. Conclusão: além da BP, os VR também foram etiologias frequentes nos lactentes com suspeita clínica de coqueluche, além de casos de codetecção de BP e VR. Foram identificadas características clínicas/laboratoriais sugestivas, porém não patognomônicas das etiologias identificadas o que corrobora a necessidade da pesquisa etiológica para VR, nessa situação clínica / Introduction: Pertussis is a disease caused by Bordetella pertussis (BP), being more frequent and severe in infants less than one year old. After vaccine introduction, there was a reduction in the global incidence of the disease, but in the last ten years there was a resurgence. It may present less characteristically in infants, especially before the end of the vaccine scheme for the first year of life. The clinical picture in these patients may be similar to that of respiratory virus infections (VR), which are the most frequent etiologic agents in airway infections in this age group. Studies is necessary to evaluate the importance of RV research in infants with clinical suspicion of pertussis. Objectives: In infants with suspected pertussis: identify the prevalence of BP, VR and codetections; analyze and compare the clinical characteristics and evolution according to the identified etiology and analyze the impact of the etiological diagnosis on the use of macrolides. Methods: A prospective cohort study with children under one year of age hospitalized with suspected clinical pertussis between June 2014 and June 2016 and submitted to etiological research to identify BP (nasopharynx swab for culture and/or PCR) and VR (nasopharyngeal aspirate for indirect immunofluorescence). Clinical, demographic and evolution data were collected with the completion of a standardized clinical-laboratory protocol. Results: During the study period, 59 infants were analyzed. In 18 (30.5%) there was identification of BP, in 23 (39%) of some respiratory virus. In four (7%), there was BP detection and some RV. The virus most frequently identified was RSV (73%). The characteristics with greater sensitivity for the diagnosis of BP infection were cough followed by cyanosis and the mother\'s non-vaccinated dTpa. Wheezing and respiratory distress presented high sensitivity for RV identification. In the bivariate analysis they presented a greater chance of BP infection: lower age (OR = 1.86), absence of fever (OR = 4.9), not being vaccinated for pertussis (OR = 4.4), leukocytosis higher than 20,000/mm3 (OR = 5.4), lymphocytosis greater than 10,000/mm3 (OR = 4.0) and RV infection: wheezing (OR = 4.33). After adjustment for confounders, the largest predictors for BP independently were: no wheezing (OR = 5.7) and leukocytosis higher than 20,000/mm3 (OR = 5.38). The number of patients with codetection did not allow the comparative analysis of severity with those with single agent. In only one patient, the result of positive viral research resulted in macrolide suspension. Conclusion: In addition to BP, RVs were also frequent etiologies in infants with clinical suspicion of whooping cough, as well as cases of BP and VR codetection. Clinical/laboratory characteristics suggestive, but not pathognomonic, of the identified etiologies have been identified, which corroborates the need for etiological research for RV in this clinical situation
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Frequência de sintomas no último ano de vida de idosos: avaliação de necessidades em cuidados paliativos / Frequency of symptoms in the last year of life of elders: a palliative care needs assessmentSolano, João Paulo Consentino 14 April 2009 (has links)
Este estudo objetivou entrevistar cuidadores de idosos falecidos, inventariando a presença, a gravidade e a duração de sintomas comuns no último ano de vida do idoso, e verificando a possibilidade de o idoso ter recebido tratamento paliativo para tais sintomas. Idosos foram arrolados por meio de inquérito domiciliar de base populacional no Butantã (São Paulo); idosos falecidos durante o período de seguimento (2 anos) eram elegíveis, desde que os cuidadores dos idosos fossem entrevistados entre três e 16 meses após o óbito; utilizou-se questionário sobre dor, ansiedade, depressão, choro, insônia, dispneia, astenia, anorexia, náuseas, obstipação, diarreia, incontinência urinária e fecal, e úlceras de pressão. Foram entrevistados 81 cuidadores; a idade média do idoso ao falecer foi 78 anos; as causas de óbito mais frequentes foram neoplasia, pneumonia, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca congestiva; os sintomas mais frequentes no último ano de vida foram dor (78%), fadiga (68%), dispneia (60%), depressão e anorexia (58% cada); dor, dispneia e fadiga foram os mais intensos; dor, fadiga e depressão duraram 6 meses ou mais; na última semana de vida, os mais frequentes foram fadiga, incontinência urinária, anorexia, dispneia e dor; ficaram sem tratamento 79% dos idosos com depressão, 77% dos idosos com incontinência urinária e 67% dos idosos com ansiedade. É necessário melhor aplicar os conceitos e ações de cuidados paliativos para dar aos idosos brasileiros mais dignidade e qualidade ao final da vida. / The present study aimed at interviewing family caregivers of deceased elders to investigate the presence, severity and duration of common symptoms, as well as whether they were managed during the last year of life. Elders were enrolled to a population-based study in Butantã (western São Paulo); after a two-year follow-up assessment, any death was eligible for the present study since the carers were interviewed between three and sixteen months after the death of the elder, and responded to a questionnaire on: pain, anxiety, depression, easycrying, insomnia, dyspnea, fatigue, anorexia, nausea, constipation, diarrhea, urinary and fecal incontinence, and pressure sores. Eighty-one carers were interviewed; mean age was 78 among the deceased elders; the most frequent causes of death were cancer, pneumonia, stroke and heart disease; the most frequent symptoms at the last year were pain (78%), fatigue (68%), dyspnea (60%), depression and anorexia (58% each); pain, dyspnea and fatigue were the most severe; pain, fatigue and depression lasted 6 months or more; the most frequent in the last week of life were fatigue, urinary incontinence, anorexia, dyspnea and pain; no treatment was received for depression, urinary incontinence and anxiety (respectively, 79%, 77% and 67% of the elders with the symptom). It is mandatory to implement the concepts and actions of palliative care to provide Brazilian elders with dignity and better quality at the end of life.
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Persistência dos sintomas típicos de doença do refluxo gastroesofágico na vigência de inibidor da bomba de próton: características clínicas, endoscópicas, manométricas e de pH-metria de 24 horas / Persistent typical symptoms of gastroesophageal reflux disease on proton pump inhibitor treatment. Clinical, endoscopic, manometric and 24- hour pH-metry characteristicsSá, Cláudia Cristina de 12 August 2009 (has links)
I NTRODUÇÃO: A refratariedade aos inibidores da bomba de prótons (IBP) tem sido o grande desafio dos gastroenterologistas. Este trabalho visa caracterizar os pacientes que persistem com sintomas típicos de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), em uso de inibidores de bomba de prótons em doses de, pelo menos 40mg/dia, quanto aos aspectos demográficos, clínicos e laboratoriais, determinando-se a freqüência da persistência de refluxo ácido pela pH-metria esofágica de 24h. Secundariamente procurouse determinar a freqüência da esofagite eosinofílica nessa população. MÉTODO: Foram entrevistados 110 pacientes que apresentavam persistência de sintomas de pirose e/ou regurgitação em uso de pelo menos 40 mg de IBP por pelo menos 6 semanas. Os mesmos foram submetidos à endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsia esofágica, manometria, pHmetria esofágica de duplo canal e exames laboratoriais. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados, 77,3% eram do sexo feminino, com média de 46 anos e predomínio de baixa escolaridade. Apenas 10,9% eram tabagistas, 55% apresentavam índice de massa corpórea (IMC) acima de 25Kg/m2, sendo o IMC médio de 27Kg/m2. Entre as comorbidades, as mais freqüentes foram: alergias (72,7%); hipertensão arterial (34,5%), asma (18,2%), depressão (29,1%) e fibromialgia (8,2%), sendo estas duas últimas maiores que a encontrada na população geral. Observou-se freqüência elevada de sintomas dispépticos (70% dos pacientes relataram epigastralgia e 70% plenitude pós-prandial), disfagia (60,9%); globus (37,3%), tosse (37,3%) e dor torácia não cardíaca (30,9%). Apenas 16,4% evidenciavam à endoscopia, lesão em corpo esofágico e 23,6% hérnia de hiato. A maioria dos pacientes (61,8%) apresentava alguma alteração à manometria esofágica. Encontrou-se, entre os pacientes estudados, 24,6% com pHmetria positiva (8,1% no canal distal e 16,45% no proximal) e 75,4% com pH-metria normal. Comparando-se os resultados desses dois grupos de pacientes (pH-metria positiva e normal), segundo as variáveis estudadas, apenas a presença de lesão no corpo esofágico à endoscopia e a elevada escolaridade evidenciaram associação com persistência de pH-metria positiva (p: 0,0061 OR: 4,11 IC: 1,43:11,84 e p: 0,0237 OR: 2,74 IC: 1,13: 6,67 respectivamente). Ao se comparar presença de sintomas atípicos com a presença de refluxo ácido (no esôfago proximal versus distal), apenas globus apresentou associação com pH-metria positiva no canal proximal. Foi diagnosticado um único caso de esofagite eosinofílica entre os pacientes com sintomas típicos de DRGE refratários ao IBP. CONCLUSÃO: DRGE refratária predomina em mulheres de meia idade, associada à alta freqüência de história de alergia, depressão, fibromialgia e sintomas dispépticos. Segundo os resultados da pH-metria, a presença de esofagite erosiva em uso do IBP ou elevada escolaridade foram os únicos fatores de risco para a persistência de refluxo ácido nos dois canais, e globus no canal proximal. Não se observou diferença entre os pacientes com pH-metria positiva ou normal quanto às demais variáveis, até mesmo sintomas dispépticos. É baixa a freqüência de esofagite eosinofílica entre pacientes com pirose e/ou regurgitação refratários ao inibidor da bomba de próton / BACKGROUND: Proton pump inhibitor (PPI) refractory patients have been a big challenge to gastroenterologists. The aim of this study was to characterize the patients that had gastroesophageal reflux disease (GERD) persistent typical symptoms, undergoing PPI medication, administered at a dose of at least 40 mg/day, according to demographic, clinical and laboratory aspects. The primary outcome was to determine the frequency of acid reflux persistence based on the 24-hour esophageal pH-metry result. The secondary outcome was to determine, the frequency of eosinophilic esophagitis in the same population. METHODS: We interviewed 110 patients that presented persistence of heartburn and/or regurgitation symptoms and were undergoing treatment with PPI at a minimum dose of 40 mg/day for at least six weeks. They underwent upper gastrointestinal endoscopy with esophageal mucosa biopsy, esophageal manometry and double probe 24- hour esophageal pH-metry, as well as laboratory tests. RESULTS: 77.3% of the evaluated patients were female, with mean age of 46 years old, and most of them with low educational level. Only 10.9% were tobacco smokers and 55% had body mass index (BMI) greater than 25Kg/m2, showing mean BMI of 27Kg/m2. The most frequent comorbidities were allergy (72.7%), arterial systemic hypertension (34.5%), asthma (18.2%), depression (29.1%) and fibromyalgia (8.2%). Comparing the general population and the group of patients, a higher frequency of depression and fibromyalgia was observed. Some symptoms were found in high frequency: dyspeptic symptoms (70% associated with epigastric pain and 70% with postprandial fullness), dysphagia (60.9%), globus and cough (37.3% each) and no-cardiac chest pain (30.9%). By endoscopy, only 16.4% showed esophageal body lesion and 23.6% hiatal hernia. Most patients (61.8%) presented some alteration in esophageal manometry. Among studied patients, 24.6% had abnormal pHmetry (8.1% in distal probe and 16.45% in the upper probe) and 75.4%, a normal result. When comparing normal to abnormal pH-metry patients according to studied variables only the presence of esophageal body lesion, observed by endoscopy, and high educational level were associated to the persistence of abnormal pH-metry (p: 0.0061; OR: 4.11; IC: 1.43:11.84; and p: 0.0237; OR: 2.74; IC: 1.13: 6.67; respectively). When comparing atypical symptoms with the presence of acid reflux (proximal versus distal esophagus) only globus was associated with abnormal upper probe pHmetry. Only one patient was diagnosed with eosinophilic esophagitis among the total sample with typical gastroesophageal reflux symptoms refractory to PPI treatment. CONCLUSION: Refractory GERD was predominant in middleaged females, associated with high frequency of previous allergy, depression, fibromyalgia and dyspeptics symptoms. The risk factors to the persistence of acid reflux in the two pH-metry probes and to the symptom of globus in the upper pH-metry probe were the persistence of erosive esophagitis in patients undergoing treatment with PPI an a higher educational level. No differences between abnormal or normal pH-metry results patients were found regarding the other variables, such as dyspeptic symptoms. The frequency of eosinophilic esophagitis was low in heartburn and/or regurgitation in PPI refractory patients
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Sintomas negativos na esquizofrenia refratária e super-refratária / -Avrichir, Belquiz Schifnagel 12 August 2004 (has links)
Os sintomas negativos têm sido apontados como grande causa de sobrecarga nos pacientes esquizofrênicos, apesar dos recentes avanços no tratamento. Este estudo teve por objetivo investigar a correlação entre os sintoma s negativos e a qualidade de vida, em pacientes esquizofrênicos refratários e super-refratários. Cento e dois pacientes que preenchiam os critérios DSM-IV para esquizofrenia foram observados durante seis meses. Os pacientes foram divididos de acordo com critérios pré-estabelecidos, em três grupos: não refratários (N=22), refratários (N= 47) e super-refratários (N= 31), A psicopatologia foi avaliada por meio da Escala para Avaliação da Síndrome Positiva e Negativa (PANSS), Entrevista para Síndrome Deficitária (SDS) e Escala de Calgary para Depressão na Esquizofrenia. A qualidade de vida foi medida pela Escala de Qualidade de Vida (QV) . Os super-refratários tiveram os menores escores de QV, quando comparados ao grupo não refratário (p < 0,05). Não houve diferenças significativas nos escores médios de QV entre os refratários e superrefratários. Pacientes não refratários apresentaram menos sintomas negativos e melhores escores de QV. Os sintomas negativos tiveram uma correlação negativa com a qualidade de vida. Pacientes super-refratários, com mais sintomas negativos, tenderam a ter os menores escores de qualidade de vida / Negative symptoms have been reported as a major cause of burden in schizophrenic patients and often do not respond to drug treatment, in spite of recent advances in antipsychotic therapy. The present study aims to investigate the correlation of negative symptoms with quality of life in refractory schizophrenic patients. One hundred two outpatients meeting DSM-IV criteria for schizophrenia, were observed during 6 months. Subjects were divided into 3 groups: non-refractory (N=22), refractory (N= 47) and superrefractory (N= 31), according to pre-established criteria. Psychopatology was assessed with the Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS), Schedule for Deficit Syndrome (SDS) and the Calgary Depression Scale for Schizophrenia. Quality of life was measured with the Quality of Life Scale (QoL). The super-refractory group had significantly lower QoL scores compared with the non-refractory group (P< 0,05). Mean QoL scores of superrefractory and refractory patients did not show a significant difference between them. Nonrefractory patients had fewer negative symptoms and better QoL scores. Negative symptoms negatively correlate with quality of life in schizophrenic patients. Superrefractory schizophrenic patients have the highest level of negative symptoms, and therefore the lowest QoL scores
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Identificação de vírus respiratórios em lactentes internados com suspeita clínica de coqueluche / Identification of respiratory viruses in hospitalized infants with suspected clinical pertussisAngela Esposito Ferronato 13 December 2017 (has links)
Introdução: a coqueluche é uma doença causada pela Bordetella pertussis (BP), sendo mais frequente e grave em lactentes menores de um ano de idade. Com a introdução da vacina, houve redução na incidência mundial da doença, porém nos últimos 10 anos observa-se uma recrudescência. Pode apresentar-se de forma menos característica em lactentes, especialmente antes do final do esquema vacinal para o primeiro ano de vida. O quadro clínico, nesses pacientes, pode ser semelhante ao das infecções por vírus respiratórios (VR) que são os agentes etiológicos mais frequentes nas infecções de vias aéreas, nessa faixa etária. São necessários estudos que avaliem a importância da pesquisa de VR em lactentes com suspeita clínica de coqueluche. Objetivos: em lactentes com suspeita de coqueluche: identificar as prevalências de BP, VR e codetecções; analisar e comparar as características clínicas e a evolução, segundo a etiologia identificada e analisar o impacto do diagnóstico etiológico sobre o uso de macrolídeos. Métodos: estudo de coorte prospectivo, com crianças menores de um ano de idade, hospitalizadas com suspeita clínica de coqueluche entre junho de 2014 e junho de 2016 e submetidas à pesquisa etiológica para identificação de BP (\"swab\" de nasofaringe para cultura e/ou PCR) e pesquisa de VR (aspirado de nasofaringe para imunofluorescência indireta). Dados clínicos, demográficos e evolutivos foram coletados com o preenchimento de protocolo clínico-laboratorial padronizado. Resultados: no período de estudo foram analisados 59 lactentes. Em 18 (30,5%) houve identificação de BP, em 23 (39%) de algum vírus respiratório. Em quatro (7%), houve codetecção de BP e algum VR. O vírus mais frequentemente identificado foi o VSR (73%). As características com maior sensibilidade para o diagnóstico de infecção por BP foram tosse seguida de cianose e ser filho de mãe não vacinada com dTpa. Sibilos e desconforto respiratório apresentaram alta sensibilidade para a identificação de VR. Na análise bivariada apresentaram maior chance de infecção por BP: menor idade (OR = 1,86), ausência de febre (OR = 4,9), não ser vacinado para coqueluche (OR = 4,4), leucocitose superior a 20.000/mm3 (OR = 5,4), linfocitose superior a 10.000/mm3 (OR = 4,0) e de infecção por VR: sibilos (OR = 4,33). Após o ajuste para confundidores, os maiores preditores para BP de forma independente foram: ausência de sibilos (OR =5,7) e leucocitose superior a 20.000/mm3 (OR = 5,38). O número de pacientes com codetecção não permitiu a análise comparativa de gravidade com aqueles com agente único. Em apenas um paciente o resultado da pesquisa viral positiva resultou em suspensão de macrolídeo. Conclusão: além da BP, os VR também foram etiologias frequentes nos lactentes com suspeita clínica de coqueluche, além de casos de codetecção de BP e VR. Foram identificadas características clínicas/laboratoriais sugestivas, porém não patognomônicas das etiologias identificadas o que corrobora a necessidade da pesquisa etiológica para VR, nessa situação clínica / Introduction: Pertussis is a disease caused by Bordetella pertussis (BP), being more frequent and severe in infants less than one year old. After vaccine introduction, there was a reduction in the global incidence of the disease, but in the last ten years there was a resurgence. It may present less characteristically in infants, especially before the end of the vaccine scheme for the first year of life. The clinical picture in these patients may be similar to that of respiratory virus infections (VR), which are the most frequent etiologic agents in airway infections in this age group. Studies is necessary to evaluate the importance of RV research in infants with clinical suspicion of pertussis. Objectives: In infants with suspected pertussis: identify the prevalence of BP, VR and codetections; analyze and compare the clinical characteristics and evolution according to the identified etiology and analyze the impact of the etiological diagnosis on the use of macrolides. Methods: A prospective cohort study with children under one year of age hospitalized with suspected clinical pertussis between June 2014 and June 2016 and submitted to etiological research to identify BP (nasopharynx swab for culture and/or PCR) and VR (nasopharyngeal aspirate for indirect immunofluorescence). Clinical, demographic and evolution data were collected with the completion of a standardized clinical-laboratory protocol. Results: During the study period, 59 infants were analyzed. In 18 (30.5%) there was identification of BP, in 23 (39%) of some respiratory virus. In four (7%), there was BP detection and some RV. The virus most frequently identified was RSV (73%). The characteristics with greater sensitivity for the diagnosis of BP infection were cough followed by cyanosis and the mother\'s non-vaccinated dTpa. Wheezing and respiratory distress presented high sensitivity for RV identification. In the bivariate analysis they presented a greater chance of BP infection: lower age (OR = 1.86), absence of fever (OR = 4.9), not being vaccinated for pertussis (OR = 4.4), leukocytosis higher than 20,000/mm3 (OR = 5.4), lymphocytosis greater than 10,000/mm3 (OR = 4.0) and RV infection: wheezing (OR = 4.33). After adjustment for confounders, the largest predictors for BP independently were: no wheezing (OR = 5.7) and leukocytosis higher than 20,000/mm3 (OR = 5.38). The number of patients with codetection did not allow the comparative analysis of severity with those with single agent. In only one patient, the result of positive viral research resulted in macrolide suspension. Conclusion: In addition to BP, RVs were also frequent etiologies in infants with clinical suspicion of whooping cough, as well as cases of BP and VR codetection. Clinical/laboratory characteristics suggestive, but not pathognomonic, of the identified etiologies have been identified, which corroborates the need for etiological research for RV in this clinical situation
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Sindrome de tristeza pós-parto : sintomatologia e diagnósticoRohde, Luis Augusto Paim January 1994 (has links)
Resumo não disponível
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Avaliação clínica, de qualidade de vida e atividade eletromiográfica de indivíduos com disfunção temporomandibular / Clinical evaluation of quality of life and activity electromyographic in individual with temporomandibularar disfunctionMoreno, Bruno Gonçalves Dias 14 December 2006 (has links)
A disfunção temporomandibular (DTM) abrange vários problemas clínicos que envolvem a musculatura da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas, cujas características são: dor crônica, fadiga, sensibilidade nos músculos da mastigação, ruídos e limitação de movimento. Este estudo teve por objetivo verificar presença e intensidade de características clínicas como sintomas, mobilidade articular, atividade eletromiográfica e sensibilidade dolorosa nos principais músculos mastigatórios e estabilizadores cervicais, qualidade de vida e curvatura cervical de portadores de DTM miogênica, Helkimo III. Foram selecionadas para esta pesquisa 46 mulheres, divididas em dois grupos. O Grupo I, composto por 28 mulheres com DTM e média de idade de 30,1 (5,8) anos; e o Grupo II, controle, composto por 18 mulheres saudáveis com idade média de 23,4 (5,5) anos. O Grupo com DTM foi subdividido em um grupo com e um sem alteração da curvatura cervical, para verificar a relação entre a curvatura e a DTM. A intensidade dos sintomas foi avaliada por meio de escala analógica visual, a sensibilidade dolorosa com dolorímetro, a amplitude dos movimentos da mandíbula com um paquímetro, a qualidade de vida foi mensurada pelo Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e a curvatura cervical avaliada por inspeção de radiografias. Os resultados mostraram que indivíduos com DTM, têm maior intensidade dos sintomas avaliados, sensibilidade dolorosa e atividade eletromiográfica dos músculos masseter, temporal anterior, trapézio superior e esternocleidomastoideo e qualidade de vida, estatisticamente diferentes do grupo controle (p<0,05). Não houve diferenças estatisticamente significantes na abertura da mandíbula e em relação aos sintomas, sensibilidade dolorosa e atividade eletromiográfica, das pacientes com e sem alterações da curvatura cervical (p>0,05). Foi possível concluir que, mulheres com DTM miogênica, têm maior intensidade dos sintomas avaliados, sensibilidade dolorosa e atividade eletromiográfica nos músculos mastigatórios e cervicais, pior qualidade de vida quando comparadas com mulheres saudáveis. Não foi possível estabelecer relação entre intensidade de sintomas, sensibilidade dolorosa e atividade eletromiográfica com a postura cervical destas pacientes / Temporomandibular disfunction (TMD) embraces different clinical problems which include the muscles of mastigation, temporomandibular articulation (TMA) and associated structures. Their characteristics are chronicle pain, fatigue, sensibility in the muscles of mastigation, noise, limited motion. The aim of this study is to examine the presence and intensity of clinical characteristics such as symptoms, articular mobility electromyographic activity and painful sensibility in the main muscles of mastigation and cervical stabilizer, quality of life and cervical curvature in miogenic TMD, HelKimo III carrier. For this research, there were 46 women selected. They were shared in two groups. In group 1, there were 28 women with TMD, 30,1 (5,8) years old. The group 2 control was constituted by 18 healthy women 23,4 (5,5) years old. The TMD group was subdivided in a group with cervical curvature alteration and one without it, in order to confirm the relationship between the TMD and the curvature. The intensity of the symptoms was evaluated by a visual analogic scale, to painful sensibility with a algometer, the largeness of the mandible movements with a caliper, the quality of life was measured by SF-36 Quality of Life Questionary and the cervical curvature evaluated by radiography examination. The results showed that TMD persons present severe intensity of the evaluated symptoms, painful sensibility and electromyographic activity of masseter, anterior temporal, superior trapezoid and sternocleidomastoid muscles and in statistics different quality of life from control group (p<0,05). In statistics there weren`t any signicative differences in the largeness of the mandible considering symptoms, pain sensibility and electromiographic activity in patients with and without cervical curvature alterations. It follows that miogenic TMD women present severe intensity of the evaluated symptoms, painful sensibility and electromiographic activity in the cervical and mastigation muscles, the quality of life is worse than in healthy women. It was not possible to stablish relationship between the intensity of the symptoms, aching sensibility and electromyographic activity with cervical posture in these patients
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Avaliação do valor diagnóstico das escalas de risco de suicídio, suspeita de transtorno mental, sintomatologia depressiva e expectativa de futuro para tentativa de suicídio em adolescentes de 13 a 20 anosFeijo, Ricardo Becker January 1999 (has links)
Titulo: Avaliaçao do Valor Diagnostico das Escalas de Risco de Suicidio, Suspeita de Transtorno Menta!, Sintomatologia Depressiva e Expectativa de Futuro para Tentativa de Suicidio em Adolescentes de 13 a 20 anos Objetivo: Avaliaçao de instrumentos de aferiçao de sintomas psiquiatricos e comportamentais para identificaçao de adolescentes de 13 a 20 anos atendidos por Tentativa de Suicidio, através do valor diagnostico de escala de Risco de Suicidio, de Sintomatologia Depressiva, Suspeita de Transtorno Mental e Expectativa de Futuro; estudo da associaçao de genero, idade, classe social. desempenho cognitivo e Depresao Maior (DSM IV) com Tentativa de Suicidio e analise de tentativas de suicidio prévias associadas ao instrumentos em estudo. Delineamento: estudo de caso-contrale Desfecho: tentativa de suicidio (TS) foi conceituado como um ato voluntario com o objetivo de causar a morte do individuo Fatores em Estudo: sintomatologia depressiva (escala MADRS), suspeita de transtorno menta! (escala SRQ), expectativa de futuro (escala QEF). risco de suicidio (escala de ideaçao suicida: RS e comportamento suicida: RS 1) Metodologia: durante 12 m es es consecutvos (de m aio de 1995 a m aio de 1996), através de plantoes diarios em um serviço de emergència médica, foram entevistados 81 adolescentes entre 13 e 21 anos de idade que cometeram tentativa de suicidio (casos), sendo avaliados através de escalas MADRS, SRQ, QEF. RS e RS1 . Foram controladas variaveis de confusao: funçao cognitiva, nivei de consciència, nivei socio-economico, Depressao Maior e dados socio-demograficos (idade, sexo e instruçao). O grupo de casos foi comparado a um grupo contro/e constituido de 126 estudantes de escolas publicas e 61 adolescentes atendidos em serviço ambulatoria! por doenças clinicas de baixa morbi-mortalidade. Resultados: foram analisados 81 casos (75,3% dos sexo feminino), com predominio da faixa etaria de 17 a 20 anos (43,2%) e que tentaram suicidio principalmente por intoxic~çao exogena (79%). As principais classes sociais representadas foram a Média (25,9%) e Média lnferior (51 ,9%) e a presença de Depressao Maior ocoreu em 28 sujeitos (34,6% ). Entre os 187 adolescentes do grupo contro/e ( 126 estudantes de escolas da rede publica e 61 jovens atendidos em um ambulatorio de doenças clinicas de baixa morbi-mortalidade), 54% pertenciam ao sexo feminino, com predom inio das classes sociais Média (50,2%) e Média lnferior (41.8%). A faixa etaria mais frequente fai de 15 a 17 anos (38%), nao sendo identificado nenhum caso de Depressao Maior. Fai testado o valor diagnostico individuai das escalas por analise de diferentes pontos de corte, sensibilidade (S) e especificidade (E) (curva ROC), seguidos por técnicas de combinaçao em série e paralelo e analise discriminante, a fim de incrementar a identificaçao de casos. O modelo de Regressao Logistica classificou corretamente os casos em 86,94% (S = 80% e E= 89%). Através de pareamento foram realizadas todas as analises anteriores. Por fim. fai avaliada a presença de TS prévia que, dentro de um modelo de Regressao Logfstica, atingiu valor de 95% de classificaçao correta de casos e controles. Conclusoes: As escalas avaliadas nao apresentaram valor diagnostico entre casos e controles, sendo apenas historia prévia de TS de valor discriminatorio entre os grupos estudados, sugerindo um modelo de comportamento suicida entre jovens distinto dos modelos utilizados na literatura.
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