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Growth curves of the visceral organs of Saanen goats / Curvas de crescimento dos órgãos do sistema visceral de caprinos SaanenAndrade, Marina Elizabeth Barbosa [UNESP] 10 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este trabalho foi realizado utilizando informações de 7 estudos, em que foram ajustadas curvas de crescimento ao desenvolvimento dos órgãos do sistema visceral de fêmeas, machos castrados e machos inteiros da raça Saanen de 0,5 a 19,5 meses de idade. Inicialmente, foram avaliados oito modelos: Regressão linear simples; Quadrático; Monomolecular; Brody; Von Bertalanffy; Logística; Gompertz; e Richards. Os dados dos órgãos viscerais (fígado, pâncreas, baço, rúmen-retículo, omaso, abomaso, intestino delgado e intestino grosso) e tecido adiposo mesentérico (TAM), foram ajustados nos modelos usando o procedimento NLMIXED do SAS. O melhor modelo ajustado foi escolhido com base no Critério de Informações Akaike corrigido para pequenas amostras (AICc) e nos coeficientes de correlação de concordância (CCC). Após a escolha do modelo que melhor ajustou a curva de crescimento dos órgãos viscerais avaliados, modelamos a variância buscando um melhor ajuste. Os parâmetros dos modelos para cada sexo foram comparados utilizando o comando CONTRAST (p < 0,10). Em geral, o modelo que melhor descreveu o crescimento de órgãos do sistema visceral foi o logístico (menor AICc e maior CCC). Quando os órgãos foram expressos em gramas, o sexo não influenciou os parâmetros das equações para predição do crescimento dos órgãos avaliados (p > 0,10), exceto o MAT (p < 0,02); em que as fêmeas apresentaram menor taxa de deposição comparada aos machos inteiros e castrados (0,318 ± 0,034 vs 0,659 ± 0,062), e um ponto de inflexão superior ao dos machos inteiros e castrados (7,7 vs 3,7 meses). No entanto, essa diferença entre os sexos não é encontrada quando o MAT é expresso em % ao peso do corpo vazio (PCV). Independentemente do sexo, no início do crescimento, o fígado representou 2,75 ± 0,113 % do PCV, cresceu (g) a uma taxa máxima de 0,531 ± 0,062, e o ponto de inflexão de sua curva ocorreu em 1,7 meses. O trato gastrointestinal (TGI) representou 9,14 ± 0,493 % PCV, e à medida que os animais cresceram o TGI diminuiu sua porcentagem em relação ao PCV a uma taxa constante de 0,135 ± 0,046 %. Considerando o período avaliado, em geral, o rúmen-retículo e o intestino grosso aumentaram sua porcentagem em relação ao PCV e TGI, enquanto o abomaso e o intestino delgado diminuíram sua porcentagem em relação ao PCV e TGI, à medida que o animal crescia. O rúmen-retículo e o intestino grosso, que estão diretamente relacionados à digestão de alimentos sólidos, apresentaram maiores taxas de crescimento nos dois primeiros meses de vida. Os resultados evidenciaram que o sexo não afeta o crescimento de órgãos do sistema visceral (g), exceto para MAT, porém, quando olhamos em % PCV alguns órgãos mostram diferenças entre os sexos, como o fígado, abomaso, intestino delgado, intestino grosso e intestinos. O conhecimento da curva de crescimento dos órgãos viscerais pode ser muito útil para melhorar a compreensão de seu impacto sobre as exigências nutricionais desses animais, e ser utilizado para otimizar ou desenvolver um plano nutricional adequado para cada fase de crescimento, como também auxiliar os produtores a desenvolver planos estratégicos em um rebanho de caprinos, como a melhor idade para desmame e abate desses animais. / This work was performed gathering information of 7 studies, in which growth curves were fitted to the visceral organs of female, intact male, and castrated male Saanen goats from 0.5 to 19.5 months old. Initially, eight models were assessed: Monomolecular; Simple linear regression; Quadratic; Monomolecular; Brody; Von Bertalanffy; Logistics; Gompertz; and Richards. Data of the visceral organs (liver, pancreas, spleen, rumen-reticulum, omasum, abomasum, small intestine, and large intestine) and mesenteric adipose tissue (MAT) were fitted in the models using NLMIXED procedure of SAS. The best fitted model was choosing based on the Akaike Corrected Information Criterion for small samples (AICc) and values and the concordance correlation coefficient (CCC). After choosing the model that best fitted the growth curve of the evaluated visceral organs, we modelled the variance seeking a better fit. Parameters of the models for each sex were compared using the CONTRAST statement (p < 0.10). Overall, the model that best described visceral organ growth was the logistic (i.e., lower AICc and higher CCC). When organs were expressed in grams, the sex did not influence the parameters of equations to predict the growth of the evaluated organs (p > 0.10), except for TAM (p < 0.02); females presented a lower deposition rate compared to intact males and castrated males (0.318 ± 0.034 vs 0.659 ± 0.062), and a inflection point higher than intact males and castrated males (7.65 vs 3.69 months). However, this difference between the sexes is not found when TAM is expressed in % to empty body weight (EBW). Irrespective of sex, at the beginning of growth, liver stood for 2.75 ± 0.113 % of EBW, grew (g) at a maximum rate of 0.531 ± 0.062, and its inflection point of the curve occurred at 1.7 months. The gastrointestinal tract (GIT) stood for 9.14 ± 0.493 % EBW, and as the goats grew the GIT decreased its percentage in relation to the EBW at a constant rate of 0.135 ± 0.046 %. Considering the evaluated period, in general rumen-reticulum and large intestine increased their percentage in relation to EBW and GIT, whereas abomasum and small intestine decreased their percentage in relation to EBW and GIT, as animal grew. The rumen-reticulum and large intestine, which are directly related to the digestion of solid foods, presented higher growth rates in the first two months of life. The results highlighted that sex does not affect the growth of visceral organs (g), except for TAM. However, when we look at % EBW, some organs show differences between the sexes, such as the liver, abomasum, small intestine, large intestine and Intestines. Knowledge of the growth curve of the visceral organs can be very useful in improving the understanding of their impact on the nutritional requirements of these animals and can be used to optimize or develop a nutritional plan suitable for each growth phase, but also to help producers develop strategic plans for a herd of goats, such as the best age for weaning and slaughtering these animals.
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Intoxicação em búfalos (Bubalus bubalis) por Baccharis megapotamica var. weirii / Poisoning in water buffalo (Bubalus bubalis) by Baccharis megapotamica var. weiriiOliveira Filho, Jose Carlos de 09 March 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the first part of the thesis, the spontaneous occurrence of an outbreak of Baccharis megapotamica var. weirii
poisoning in buffalo in the Central region of the State of Rio Grande do Sul is reported. Ten out of 50 buffalo
died 24 48 hr after being introduced into a pasture containing abundant amounts of the plant. Factors influencing
the ingestion of the plant and consequent toxicosis included hunger, stress caused by shipment, and unfamiliarity
with the plant. Clinical signs included serous ocular discharge, incoordination, mild bloat, and muscle trembling.
One buffalo was necropsied. Gross findings included dehydration, abundant liquid in the rumen, reddening of
the mucosa of forestomachs, abomasum, and intestine, and edema of the wall of the rumen. The main histologic
lesions were superficial to full thickness degeneration and necrosis of the stratified epithelium lining the
forestomachs, necrosis of the intestinal mucosa, and widespread lymphoid necrosis. A calf (Bos taurus) was fed
a single dose of 5 g/kg/body weight of B. megapotamica var. weirii harvested from the same site where the
buffalo died. Twenty hours after the administration of the plant this calf died with clinical signs and lesions
similar to those observed in the naturally poisoned buffalo.sido consumida pelos búfalos. In the second part of
the thesis, Five male 6-8 month-old Murrah buffalo calves were orally dosed with the fresh aerial parts of
Baccharis megapotamica var. weirii at doses of 1, 3, 4, 5 and 10 g/kg body weight (bw) (~1-10 mg macrocyclic
trichothecenes/kg/bw). The B. megapotamica used for the experiment was harvested on a farm where a recent
spontaneous outbreak of poisoning caused by such plant had occurred. Clinical signs appeared 4-20 hours and 4
buffalo died 18-49 hours after the ingestion of the plant. Clinical signs were apathy, anorexia, and watery
diarrhea, fever, colic, drooling, muscle tremors, restlessness, laborious breathing and ruminal atony, and
dehydration. The most consistent gross findings were restricted to the gastrointestinal (GI) tract consisted of
varying degrees of edema and reddening of the mucosa of the fore-stomachs. Histopathological findings
consisted of varying degrees of necrosis of the epithelial lining of the fore-stomachs and of lymphocytes within
lymphoid organs and aggregates. Fibrin thrombi were consistently found in sub-mucosal vessels of the fore
stomachs and in the lumen of hepatic sinusoids. It is suggested that dehydration, septicemia and disseminated
intravascular coagulation participate in the pathogenesis of the intoxication and play a role as a cause of death. A
subsample of the B. megapotamica var. weirii was frozen-dried and ground and analyzed using UHPLC (Ultra
High Performance Liquid Chromatography) with high resolution Time of Flight mass spectrometry and tandem
mass spectrometry, it was shown that the plant material contained at least 51 different macrocyclic
trichothecenes at a total level of 1.1-1.2 mg/g. About 15-20% of the total trichothecenes contents was found to be
monosaccharide conjugates, with two thirds of these being glucose conjugates and one third constituted by six
aldopentose conjugates (probably xylose), which has never been reported in the literature. / Na primeira parte dessa tese, relatamos a ocorrência natural de um surto de intoxicação por Baccharis
megapotamica var. weirii em búfalos na Região Central do Rio Grande do Sul. Os animais haviam sido
transportados de uma propriedade onde a planta não ocorria para uma propriedade infestada pela planta. Durante
o transporte, os animais foram submetidos a um longo período de jejum e estresse. Como resultado, após o
desembarque dos 50 búfalos transportados, dez morreram com doença de evolução aguda (24-48 horas). A
maioria dos búfalos foi encontrada morta, mas os sinais clínicos observados em um búfalo incluíam
lacrimejamento, incoordenação e fraqueza dos membros posteriores, desorientação, decúbito esternal, lateral e
morte. Na necropsia de um animal foi observado acentuada desidratação, avermelhamento e edema da mucosa
dos pré-estômagos e intestino. Na microscopia, as áreas vermelhas dos pré-estômagos e intestino correspondiam
à necrose acentuada do epitélio. Em visita à propriedade foi observada grande quantidade de B. megapotamica
(identificada posteriormente como B. megapotamica var. weirii) com sinais de ter sido consumida pelos búfalos.
Na segunda parte da tese, reproduzimos experimentalmente a intoxicação por B. megapotamica var. weirii em
búfalos para melhor caracterizar o quadro clínico-patológico da intoxicação na espécie, assim como determinar a
dose tóxica e avançar no estudo da patogênese da intoxicação. Para tal, utilizamos cinco búfalos da raça Murrah
com 6 a 8 meses de idade e peso variando entre 122 e 143 kg. Esses animais receberam em uma única
administração por via oral, 1, 3, 4, 5 e 10 g/Kg das partes aéreas de Baccharis megapotamica var. weirii. A
planta usada no experimento foi colhida na fazenda onde ocorreu o surto de intoxicação espontânea descrito
acima. Os sinais clínicos apareceram 4-20 horas e quatro búfalos morreram 18-49 horas após a ingestão da
planta. Os sinais clínicos consistiram de apatia, anorexia, diarreia aquosa, febre, cólica, salivação, tremores
musculares, inquietação, respiração laboriosa, atonia ruminal e desidratação. Os achados macroscópicos mais
consistentes estavam restritos ao trato gastrointestinal (GI) e consistiram de graus variados de edema e
avermelhamento da mucosa dos pré-estômagos. Os achados histopatológicos consistiam de vários graus de
necrose do epitélio de revestimento dos pré-estômagos e de linfócitos em agregados e órgãos linfoides. Trombos
de fibrina foram consistentemente encontrados nos vasos da submucosa dos pré-estômagos e na luz dos
sinusoides hepáticos. Uma subamostra de B. megapotamica var. weirii foi congelada a seco, moída e analisada
usando UHPLC (Cromatografia Líquida de Ultra Alta Performance) com espectrometria de tempo-de-vôo de alta
resolução e espectrometria de massa em tandem. Foi demonstrado que o material de planta analisado continha
pelo menos 51 tricotecenos macrocíclicos diferentes num nível total de 1,1-1,2 mg/g. Cerca de 15-20% do
conteúdo total de tricotecenos eram conjugados de monossacarídeos, sendo dois terços desses, conjugados de
glicose e um terço constituídos por seis conjugados de aldopentose (provavelmente xilose). Em conclusão, o
presente estudo descreveu pela primeira vez a intoxicação em búfalos por plantas do gênero Baccharis. A
reprodução experimental demostrou que búfalos são um pouco mais resistentes a intoxicação por B.
megapotamica var. weirii do que bovinos. Quanto à patogênese, foi sugerido que desidratação, septicemia e
coagulação intravascular disseminada sejam fatores responsáveis pela morte dos animais afetados.
Adicionalmente, foi descrito presença de tricotecenos constituídos por seis conjugados de aldopentose
(provavelmente xilose) no B. megapotamica var. weirii, o que nunca tinha sido antes relatado na literatura.
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