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Mortality profile in HIV infected individuals in HAART era : an analysis of a reference center in Brazil

Real, Lúcia Helena Gonzales January 2011 (has links)
Introdução: Após o reconhecimento da AIDS como uma nova entidade clínica e o isolamento do vírus HIV como agente causador, no início dos anos 80, mudou a história dessa infecção. Com a instituição da terapia antirretroviral combinada (cART), em 1996 e com os avanços no tratamento, houve uma dramática redução na mortalidade como na morbidade das pessoas infectadas pelo vírus HIV. A expansão do acesso aos antirretrovirais contribuiu com declínio de 19% da mortalidade entre 2004 e 2009. Esses benefícios, observados em diversas populações analisadas ao longo do tempo, resultaram no aumento da sobrevida e na melhora da qualidade de vida desses indivíduos. Existem hoje, segundo dados da UNAIDS, 33,4 milhões de pessoas infectadas no mundo e, dessas, 10 milhões de indivíduos deveriam ter iniciado cART em 2009. O propósito desse estudo foi medir a mortalidade e estudar fatores associados com maior risco de morte em uma coorte de indivíduos portadores do vírus HIV, que consultam em um serviço especializado em atendê-los, no sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo que analisou 1707 pacientes HIV-positivos que consultaram em um centro de referência entre abril de 1998 e abril de 2008, com idade superior a 13 anos, que tinham realizado mais de uma medida de contagem de células CD4 durante o período do estudo. Dos 2494 pacientes potencialmente elegíveis 787 pacientes foram excluídos da análise (31,5%), por não preencherem os critérios de inclusão. Foram analisados dados sóciodemográficos, categorias de exposição, co-infecção com HCV, contagem de células CD4 mais baixa, última contagem de células CD4 realizada, diagnóstico de AIDS no início do seguimento e número de esquemas antirretrovirais prescritos. Resultados: Entre 1998 e 2008 nós identificamos 368 mortes (21,5%) e 378 (22.1%) indivíduos foram considerados perda de seguimento. O maior fator de risco de morte encontrado na análise foi a última contagem de células CD4 disponível. O risco de morte foi maior para os não brancos, para os homens, para as pessoas mais velhas e para pacientes com co-infecção com HCV. Na análise ajustada, o aumento de risco de morte foi confirmado para os homens (HR 1,33; 95% IC 1,06 - 1,67; p= 0,016); para as pessoas mais velhas (HR 2,12; 95% IC 1,44-3,12; p= 0,001) e para os não brancos (HR 1,33, 95% IC 1,04-1,71, p= 0,023) As variáveis do nível intermediário do modelo, co-infecção com HCV e número de regimes de ARVs, permaneceram também significativamente associadas à morte (HR 5,30, 95% IC 2,43-11,57, p=0,001 e HR 3,74; 95% IC 1,50-9,30, p= 0,010, respectivamente). Na análise das variáveis do terceiro nível, a última contagem de células CD4 disponível permaneceu estatisticamente significativa (HR 19, 31, 95% IC 4,97-75,12, p=0,001). Indivíduos cuja última contagem de células CD4 foi < 100/mm³ tiveram um risco de morte cerca de vinte vezes maior quando comparados com aqueles com contagem de células CD4 de 500 /mm³ ou mais. Conclusões: Estes resultados, em parte, confirmam achados encontrados em outros estudos. A contagem do último CD4 foi a medida que melhor capturou a chance de morte na coorte estudada. Nossos resultados também reforçam a necessidade de maiores informações pelos gestores e profissionais que prestam assistência a esses indivíduos e de medidas que analisem e explorem as causas da perda de seguimento encontradas no estudo.
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Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica sobre a adesão de pacientes HIV-positivos à terapia anti-retroviral

Silveira, Marysabel Pinto Telis January 2009 (has links)
Introdução: Em 2004, o Ministério da Saúde do Brasil oficializou o conceito de Atenção Farmacêutica para o nosso país através da Resolução 338/2004, passando a ser implementado em programas de atenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. A adesão pode ser definida como o cumprimento da pessoa a uma recomendação médica, ou, num conceito mais amplo, a adesão terapêutica pode ser entendida como a extensão com que um paciente usa os medicamentos seguindo a prescrição médica. Envolve a concordância entre a prescrição médica e o comportamento adotado pelo paciente, a tomada dos medicamentos corretamente, na dose correta e no horário recomendado. Quando se fala em adesão aos antirretrovirais, este conceito é ampliado porque está vinculado a um conjunto de ações: a disponibilidade de acesso aos serviços, frequência e realização de exames laboratoriais, consultas, retiradas de medicamentos na farmácia, entre outros. Estudos sugerem que a carga viral diminui e a prevalência de carga viral indetectável aumenta à medida que aumentam os níveis de adesão ao tratamento antirretroviral, sendo em geral necessária alta adesão para alcançar a efetividade terapêutica. Também, aumentando os níveis de adesão, aumenta a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes e diminuem os riscos de transmissão da doença. Fatores socioeconômicos e de saúde têm sido associados à adesão aos antirretrovirais. Baixo nível de instrução, uso de drogas, uso abusivo de álcool e depressão não tratada estão associados à não-adesão. Meta-análise de Ciesla & Roberts indica que a prevalência de depressão maior é o dobro entre pessoas HIV - positivas quando comparada à população geral. Estudos realizados no Brasil mostram prevalência de depressão maior que varia de 13,3% em pacientes HIV - positivos assintomáticos a 41,5% em pacientes sintomáticos em tratamento antirretroviral. Alguns fatores contribuem para diminuir os índices de adesão, tais como regime terapêutico complexo, dificuldade de adaptação à rotina diária, e percepção de efeitos colaterais. Ressalta-se, portanto, a importância de prevenir, identificar e resolver os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) que possam surgir durante o tratamento com antirretrovirais, através da Atenção Farmacêutica. Segundo o Manual de Boas Práticas de Adesão HIV/Aids, da Sociedade Brasileira de Infectologia, a Assistência Farmacêutica é o momento de fornecer orientações sobre os medicamentos, uso, efeitos adversos, reforçar a importância da adesão, identificar pacientes com déficit cognitivo, dificuldade visual ou alguma outra dificuldade que possa diminuir a adesão ao tratamento, para intervir. Também deve cuidar da logística de todo o ciclo do medicamento, para que não ocorram faltas, ou seja, é preconizada uma Assistência Farmacêutica integral, na qual está inserida a Atenção Farmacêutica. Após a prescrição, no momento da dispensação, o farmacêutico deve desenvolver suas atividades inseridas no conceito de Atenção Farmacêutica, com a finalidade de ajudar na farmacoterapia. A eficácia da Atenção Farmacêutica tem sido avaliada em ensaios clínicos incluindo pacientes diabéticos, hipertensos e muito pouco com portadores de HIV ou Aids. Revisão sistemática sobre o estado atual da pesquisa em Atenção Farmacêutica, realizada em 2005, identificou apenas um ensaio clínico de Atenção Farmacêutica em pacientes com HIV/Aids. Estudos não controlados têm demonstrado que a Atenção Farmacêutica aumenta a adesão aos antirretrovirais e traz benefícios clínicos para os pacientes. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a efetividade da Atenção Farmacêutica para aumentar a adesão ao tratamento antirretroviral. Métodos Realizou-se ensaio clínico randomizado, unicego, incluindo pacientes adultos, moradores da zona urbana de Pelotas, não gestantes, em tratamento antirretroviral independente do tempo de tratamento. Calculou-se que seriam necessários 332 pacientes para detectar diferença na taxa de adesão de 30%, com erro alfa de 5% e poder de 80%. O grupo controle recebeu atendimento convencional da farmácia, sendo realizada apenas a dispensação dos antirretrovirais. O grupo intervenção recebeu mensalmente, no momento de retirada dos medicamentos, Atenção Farmacêutica através do Método Dáder, além de receber os medicamentos identificados por cores, uma carteirinha com a descrição dos antirretrovirais prescritos e a explicação de como usá-los. Os desfechos foram taxa de adesão aos antirretrovirais medida por auto-relato dos últimos três dias e taxa de carga viral indetectável. Tendo em vista as medidas repetidas, as associações foram analisadas através de Modelos Lineares Generalizados usando modelo hierárquico previamente estabelecido. Resultados A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=210-63,3%), idade de 18 a 75 anos (média de 40,3 anos; DP= 10,1), renda familiar variou de 0 a 14,3 salários mínimos (mediana de 1,43), escolaridade de 0 a 21 anos de estudo (média de 6,6 anos DP= 3,7). Na análise multivariada, houve associação independente de trabalho fixo, carga viral, sintomas depressivos e total de comprimidos, com adesão ao tratamento. Independente do tempo, não houve diferença na adesão nem na taxa de pacientes com carga viral indetectável entre os grupos intervenção e controle. Os fatores associados com carga viral indetectável foram idade, anos de estudo, estado imunológico e tempo de tratamento. O esquema antirretroviral mais usado foi Lamivudina + Zidovudina + Efavirenz (51%). O tempo de tratamento variou de 1 a 174 meses (56 ±35). Foram analisados os PRMs em 141 pacientes do grupo intervenção e resolvidos 40 dos 94 PRMs identificados, sendo os PRMs relacionados à necessidade de mais fácil e rápida solução. Foram identificados 50 PRMs relacionados à necessidade, sendo que, destes, 20 não usa medicamento que necessita e 30 usa medicamento que não necessita; 40 relacionados à não efetividade e 4 com não segurança. Foram encaminhados à consulta médica 42 pacientes (29,8%). Todos os pacientes com prescrição de didanosina (10) faziam uso incorreto deste antirretroviral, que deveria ser dissolvido ou mastigado. Também foram identificados quatro erros na dispensação, sendo todos resolvidos. Houve aumento da satisfação dos pacientes com o serviço após os 12 meses de acompanhamento. Discussão A maioria dos estudos sugere que a intervenção farmacêutica aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, mas são estudos não controlados. Neste estudo, a eficácia da intervenção farmacêutica, considerando a adesão relatada ou a carga viral indetectável, não foi confirmada. O poder do estudo foi insuficiente porque o efeito foi pequeno e a adesão basal, mais elevada do que a esperada. Por ter sido uma amostra de conveniência, provavelmente os pacientes que vão regularmente ao serviço são mais aderentes ao tratamento, a Atenção Farmacêutica traria benefício maior para pacientes selecionados, que tenham baixa adesão ao tratamento. A satisfação dos pacientes com o serviço medida no início e após os 12 meses de acompanhamento aumentou, sugerindo que a Atenção Farmacêutica aumenta o vínculo do paciente com o serviço e resolução de PRMs o que deve contribuir para melhora o sucesso do tratamento. Conclusão: A Atenção Farmacêutica, em nosso estudo, não aumentou a taxa de adesão nem de pacientes com carga viral indetectável, mas identificou e resolveu PRMs, erros de uso de medicamento e de dispensação.
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Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica sobre a adesão de pacientes HIV-positivos à terapia anti-retroviral

Silveira, Marysabel Pinto Telis January 2009 (has links)
Introdução: Em 2004, o Ministério da Saúde do Brasil oficializou o conceito de Atenção Farmacêutica para o nosso país através da Resolução 338/2004, passando a ser implementado em programas de atenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. A adesão pode ser definida como o cumprimento da pessoa a uma recomendação médica, ou, num conceito mais amplo, a adesão terapêutica pode ser entendida como a extensão com que um paciente usa os medicamentos seguindo a prescrição médica. Envolve a concordância entre a prescrição médica e o comportamento adotado pelo paciente, a tomada dos medicamentos corretamente, na dose correta e no horário recomendado. Quando se fala em adesão aos antirretrovirais, este conceito é ampliado porque está vinculado a um conjunto de ações: a disponibilidade de acesso aos serviços, frequência e realização de exames laboratoriais, consultas, retiradas de medicamentos na farmácia, entre outros. Estudos sugerem que a carga viral diminui e a prevalência de carga viral indetectável aumenta à medida que aumentam os níveis de adesão ao tratamento antirretroviral, sendo em geral necessária alta adesão para alcançar a efetividade terapêutica. Também, aumentando os níveis de adesão, aumenta a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes e diminuem os riscos de transmissão da doença. Fatores socioeconômicos e de saúde têm sido associados à adesão aos antirretrovirais. Baixo nível de instrução, uso de drogas, uso abusivo de álcool e depressão não tratada estão associados à não-adesão. Meta-análise de Ciesla & Roberts indica que a prevalência de depressão maior é o dobro entre pessoas HIV - positivas quando comparada à população geral. Estudos realizados no Brasil mostram prevalência de depressão maior que varia de 13,3% em pacientes HIV - positivos assintomáticos a 41,5% em pacientes sintomáticos em tratamento antirretroviral. Alguns fatores contribuem para diminuir os índices de adesão, tais como regime terapêutico complexo, dificuldade de adaptação à rotina diária, e percepção de efeitos colaterais. Ressalta-se, portanto, a importância de prevenir, identificar e resolver os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) que possam surgir durante o tratamento com antirretrovirais, através da Atenção Farmacêutica. Segundo o Manual de Boas Práticas de Adesão HIV/Aids, da Sociedade Brasileira de Infectologia, a Assistência Farmacêutica é o momento de fornecer orientações sobre os medicamentos, uso, efeitos adversos, reforçar a importância da adesão, identificar pacientes com déficit cognitivo, dificuldade visual ou alguma outra dificuldade que possa diminuir a adesão ao tratamento, para intervir. Também deve cuidar da logística de todo o ciclo do medicamento, para que não ocorram faltas, ou seja, é preconizada uma Assistência Farmacêutica integral, na qual está inserida a Atenção Farmacêutica. Após a prescrição, no momento da dispensação, o farmacêutico deve desenvolver suas atividades inseridas no conceito de Atenção Farmacêutica, com a finalidade de ajudar na farmacoterapia. A eficácia da Atenção Farmacêutica tem sido avaliada em ensaios clínicos incluindo pacientes diabéticos, hipertensos e muito pouco com portadores de HIV ou Aids. Revisão sistemática sobre o estado atual da pesquisa em Atenção Farmacêutica, realizada em 2005, identificou apenas um ensaio clínico de Atenção Farmacêutica em pacientes com HIV/Aids. Estudos não controlados têm demonstrado que a Atenção Farmacêutica aumenta a adesão aos antirretrovirais e traz benefícios clínicos para os pacientes. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a efetividade da Atenção Farmacêutica para aumentar a adesão ao tratamento antirretroviral. Métodos Realizou-se ensaio clínico randomizado, unicego, incluindo pacientes adultos, moradores da zona urbana de Pelotas, não gestantes, em tratamento antirretroviral independente do tempo de tratamento. Calculou-se que seriam necessários 332 pacientes para detectar diferença na taxa de adesão de 30%, com erro alfa de 5% e poder de 80%. O grupo controle recebeu atendimento convencional da farmácia, sendo realizada apenas a dispensação dos antirretrovirais. O grupo intervenção recebeu mensalmente, no momento de retirada dos medicamentos, Atenção Farmacêutica através do Método Dáder, além de receber os medicamentos identificados por cores, uma carteirinha com a descrição dos antirretrovirais prescritos e a explicação de como usá-los. Os desfechos foram taxa de adesão aos antirretrovirais medida por auto-relato dos últimos três dias e taxa de carga viral indetectável. Tendo em vista as medidas repetidas, as associações foram analisadas através de Modelos Lineares Generalizados usando modelo hierárquico previamente estabelecido. Resultados A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=210-63,3%), idade de 18 a 75 anos (média de 40,3 anos; DP= 10,1), renda familiar variou de 0 a 14,3 salários mínimos (mediana de 1,43), escolaridade de 0 a 21 anos de estudo (média de 6,6 anos DP= 3,7). Na análise multivariada, houve associação independente de trabalho fixo, carga viral, sintomas depressivos e total de comprimidos, com adesão ao tratamento. Independente do tempo, não houve diferença na adesão nem na taxa de pacientes com carga viral indetectável entre os grupos intervenção e controle. Os fatores associados com carga viral indetectável foram idade, anos de estudo, estado imunológico e tempo de tratamento. O esquema antirretroviral mais usado foi Lamivudina + Zidovudina + Efavirenz (51%). O tempo de tratamento variou de 1 a 174 meses (56 ±35). Foram analisados os PRMs em 141 pacientes do grupo intervenção e resolvidos 40 dos 94 PRMs identificados, sendo os PRMs relacionados à necessidade de mais fácil e rápida solução. Foram identificados 50 PRMs relacionados à necessidade, sendo que, destes, 20 não usa medicamento que necessita e 30 usa medicamento que não necessita; 40 relacionados à não efetividade e 4 com não segurança. Foram encaminhados à consulta médica 42 pacientes (29,8%). Todos os pacientes com prescrição de didanosina (10) faziam uso incorreto deste antirretroviral, que deveria ser dissolvido ou mastigado. Também foram identificados quatro erros na dispensação, sendo todos resolvidos. Houve aumento da satisfação dos pacientes com o serviço após os 12 meses de acompanhamento. Discussão A maioria dos estudos sugere que a intervenção farmacêutica aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, mas são estudos não controlados. Neste estudo, a eficácia da intervenção farmacêutica, considerando a adesão relatada ou a carga viral indetectável, não foi confirmada. O poder do estudo foi insuficiente porque o efeito foi pequeno e a adesão basal, mais elevada do que a esperada. Por ter sido uma amostra de conveniência, provavelmente os pacientes que vão regularmente ao serviço são mais aderentes ao tratamento, a Atenção Farmacêutica traria benefício maior para pacientes selecionados, que tenham baixa adesão ao tratamento. A satisfação dos pacientes com o serviço medida no início e após os 12 meses de acompanhamento aumentou, sugerindo que a Atenção Farmacêutica aumenta o vínculo do paciente com o serviço e resolução de PRMs o que deve contribuir para melhora o sucesso do tratamento. Conclusão: A Atenção Farmacêutica, em nosso estudo, não aumentou a taxa de adesão nem de pacientes com carga viral indetectável, mas identificou e resolveu PRMs, erros de uso de medicamento e de dispensação.
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Mortality profile in HIV infected individuals in HAART era : an analysis of a reference center in Brazil

Real, Lúcia Helena Gonzales January 2011 (has links)
Introdução: Após o reconhecimento da AIDS como uma nova entidade clínica e o isolamento do vírus HIV como agente causador, no início dos anos 80, mudou a história dessa infecção. Com a instituição da terapia antirretroviral combinada (cART), em 1996 e com os avanços no tratamento, houve uma dramática redução na mortalidade como na morbidade das pessoas infectadas pelo vírus HIV. A expansão do acesso aos antirretrovirais contribuiu com declínio de 19% da mortalidade entre 2004 e 2009. Esses benefícios, observados em diversas populações analisadas ao longo do tempo, resultaram no aumento da sobrevida e na melhora da qualidade de vida desses indivíduos. Existem hoje, segundo dados da UNAIDS, 33,4 milhões de pessoas infectadas no mundo e, dessas, 10 milhões de indivíduos deveriam ter iniciado cART em 2009. O propósito desse estudo foi medir a mortalidade e estudar fatores associados com maior risco de morte em uma coorte de indivíduos portadores do vírus HIV, que consultam em um serviço especializado em atendê-los, no sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo que analisou 1707 pacientes HIV-positivos que consultaram em um centro de referência entre abril de 1998 e abril de 2008, com idade superior a 13 anos, que tinham realizado mais de uma medida de contagem de células CD4 durante o período do estudo. Dos 2494 pacientes potencialmente elegíveis 787 pacientes foram excluídos da análise (31,5%), por não preencherem os critérios de inclusão. Foram analisados dados sóciodemográficos, categorias de exposição, co-infecção com HCV, contagem de células CD4 mais baixa, última contagem de células CD4 realizada, diagnóstico de AIDS no início do seguimento e número de esquemas antirretrovirais prescritos. Resultados: Entre 1998 e 2008 nós identificamos 368 mortes (21,5%) e 378 (22.1%) indivíduos foram considerados perda de seguimento. O maior fator de risco de morte encontrado na análise foi a última contagem de células CD4 disponível. O risco de morte foi maior para os não brancos, para os homens, para as pessoas mais velhas e para pacientes com co-infecção com HCV. Na análise ajustada, o aumento de risco de morte foi confirmado para os homens (HR 1,33; 95% IC 1,06 - 1,67; p= 0,016); para as pessoas mais velhas (HR 2,12; 95% IC 1,44-3,12; p= 0,001) e para os não brancos (HR 1,33, 95% IC 1,04-1,71, p= 0,023) As variáveis do nível intermediário do modelo, co-infecção com HCV e número de regimes de ARVs, permaneceram também significativamente associadas à morte (HR 5,30, 95% IC 2,43-11,57, p=0,001 e HR 3,74; 95% IC 1,50-9,30, p= 0,010, respectivamente). Na análise das variáveis do terceiro nível, a última contagem de células CD4 disponível permaneceu estatisticamente significativa (HR 19, 31, 95% IC 4,97-75,12, p=0,001). Indivíduos cuja última contagem de células CD4 foi < 100/mm³ tiveram um risco de morte cerca de vinte vezes maior quando comparados com aqueles com contagem de células CD4 de 500 /mm³ ou mais. Conclusões: Estes resultados, em parte, confirmam achados encontrados em outros estudos. A contagem do último CD4 foi a medida que melhor capturou a chance de morte na coorte estudada. Nossos resultados também reforçam a necessidade de maiores informações pelos gestores e profissionais que prestam assistência a esses indivíduos e de medidas que analisem e explorem as causas da perda de seguimento encontradas no estudo.
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Mortality profile in HIV infected individuals in HAART era : an analysis of a reference center in Brazil

Real, Lúcia Helena Gonzales January 2011 (has links)
Introdução: Após o reconhecimento da AIDS como uma nova entidade clínica e o isolamento do vírus HIV como agente causador, no início dos anos 80, mudou a história dessa infecção. Com a instituição da terapia antirretroviral combinada (cART), em 1996 e com os avanços no tratamento, houve uma dramática redução na mortalidade como na morbidade das pessoas infectadas pelo vírus HIV. A expansão do acesso aos antirretrovirais contribuiu com declínio de 19% da mortalidade entre 2004 e 2009. Esses benefícios, observados em diversas populações analisadas ao longo do tempo, resultaram no aumento da sobrevida e na melhora da qualidade de vida desses indivíduos. Existem hoje, segundo dados da UNAIDS, 33,4 milhões de pessoas infectadas no mundo e, dessas, 10 milhões de indivíduos deveriam ter iniciado cART em 2009. O propósito desse estudo foi medir a mortalidade e estudar fatores associados com maior risco de morte em uma coorte de indivíduos portadores do vírus HIV, que consultam em um serviço especializado em atendê-los, no sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo que analisou 1707 pacientes HIV-positivos que consultaram em um centro de referência entre abril de 1998 e abril de 2008, com idade superior a 13 anos, que tinham realizado mais de uma medida de contagem de células CD4 durante o período do estudo. Dos 2494 pacientes potencialmente elegíveis 787 pacientes foram excluídos da análise (31,5%), por não preencherem os critérios de inclusão. Foram analisados dados sóciodemográficos, categorias de exposição, co-infecção com HCV, contagem de células CD4 mais baixa, última contagem de células CD4 realizada, diagnóstico de AIDS no início do seguimento e número de esquemas antirretrovirais prescritos. Resultados: Entre 1998 e 2008 nós identificamos 368 mortes (21,5%) e 378 (22.1%) indivíduos foram considerados perda de seguimento. O maior fator de risco de morte encontrado na análise foi a última contagem de células CD4 disponível. O risco de morte foi maior para os não brancos, para os homens, para as pessoas mais velhas e para pacientes com co-infecção com HCV. Na análise ajustada, o aumento de risco de morte foi confirmado para os homens (HR 1,33; 95% IC 1,06 - 1,67; p= 0,016); para as pessoas mais velhas (HR 2,12; 95% IC 1,44-3,12; p= 0,001) e para os não brancos (HR 1,33, 95% IC 1,04-1,71, p= 0,023) As variáveis do nível intermediário do modelo, co-infecção com HCV e número de regimes de ARVs, permaneceram também significativamente associadas à morte (HR 5,30, 95% IC 2,43-11,57, p=0,001 e HR 3,74; 95% IC 1,50-9,30, p= 0,010, respectivamente). Na análise das variáveis do terceiro nível, a última contagem de células CD4 disponível permaneceu estatisticamente significativa (HR 19, 31, 95% IC 4,97-75,12, p=0,001). Indivíduos cuja última contagem de células CD4 foi < 100/mm³ tiveram um risco de morte cerca de vinte vezes maior quando comparados com aqueles com contagem de células CD4 de 500 /mm³ ou mais. Conclusões: Estes resultados, em parte, confirmam achados encontrados em outros estudos. A contagem do último CD4 foi a medida que melhor capturou a chance de morte na coorte estudada. Nossos resultados também reforçam a necessidade de maiores informações pelos gestores e profissionais que prestam assistência a esses indivíduos e de medidas que analisem e explorem as causas da perda de seguimento encontradas no estudo.
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Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica sobre a adesão de pacientes HIV-positivos à terapia anti-retroviral

Silveira, Marysabel Pinto Telis January 2009 (has links)
Introdução: Em 2004, o Ministério da Saúde do Brasil oficializou o conceito de Atenção Farmacêutica para o nosso país através da Resolução 338/2004, passando a ser implementado em programas de atenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. A adesão pode ser definida como o cumprimento da pessoa a uma recomendação médica, ou, num conceito mais amplo, a adesão terapêutica pode ser entendida como a extensão com que um paciente usa os medicamentos seguindo a prescrição médica. Envolve a concordância entre a prescrição médica e o comportamento adotado pelo paciente, a tomada dos medicamentos corretamente, na dose correta e no horário recomendado. Quando se fala em adesão aos antirretrovirais, este conceito é ampliado porque está vinculado a um conjunto de ações: a disponibilidade de acesso aos serviços, frequência e realização de exames laboratoriais, consultas, retiradas de medicamentos na farmácia, entre outros. Estudos sugerem que a carga viral diminui e a prevalência de carga viral indetectável aumenta à medida que aumentam os níveis de adesão ao tratamento antirretroviral, sendo em geral necessária alta adesão para alcançar a efetividade terapêutica. Também, aumentando os níveis de adesão, aumenta a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes e diminuem os riscos de transmissão da doença. Fatores socioeconômicos e de saúde têm sido associados à adesão aos antirretrovirais. Baixo nível de instrução, uso de drogas, uso abusivo de álcool e depressão não tratada estão associados à não-adesão. Meta-análise de Ciesla & Roberts indica que a prevalência de depressão maior é o dobro entre pessoas HIV - positivas quando comparada à população geral. Estudos realizados no Brasil mostram prevalência de depressão maior que varia de 13,3% em pacientes HIV - positivos assintomáticos a 41,5% em pacientes sintomáticos em tratamento antirretroviral. Alguns fatores contribuem para diminuir os índices de adesão, tais como regime terapêutico complexo, dificuldade de adaptação à rotina diária, e percepção de efeitos colaterais. Ressalta-se, portanto, a importância de prevenir, identificar e resolver os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) que possam surgir durante o tratamento com antirretrovirais, através da Atenção Farmacêutica. Segundo o Manual de Boas Práticas de Adesão HIV/Aids, da Sociedade Brasileira de Infectologia, a Assistência Farmacêutica é o momento de fornecer orientações sobre os medicamentos, uso, efeitos adversos, reforçar a importância da adesão, identificar pacientes com déficit cognitivo, dificuldade visual ou alguma outra dificuldade que possa diminuir a adesão ao tratamento, para intervir. Também deve cuidar da logística de todo o ciclo do medicamento, para que não ocorram faltas, ou seja, é preconizada uma Assistência Farmacêutica integral, na qual está inserida a Atenção Farmacêutica. Após a prescrição, no momento da dispensação, o farmacêutico deve desenvolver suas atividades inseridas no conceito de Atenção Farmacêutica, com a finalidade de ajudar na farmacoterapia. A eficácia da Atenção Farmacêutica tem sido avaliada em ensaios clínicos incluindo pacientes diabéticos, hipertensos e muito pouco com portadores de HIV ou Aids. Revisão sistemática sobre o estado atual da pesquisa em Atenção Farmacêutica, realizada em 2005, identificou apenas um ensaio clínico de Atenção Farmacêutica em pacientes com HIV/Aids. Estudos não controlados têm demonstrado que a Atenção Farmacêutica aumenta a adesão aos antirretrovirais e traz benefícios clínicos para os pacientes. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a efetividade da Atenção Farmacêutica para aumentar a adesão ao tratamento antirretroviral. Métodos Realizou-se ensaio clínico randomizado, unicego, incluindo pacientes adultos, moradores da zona urbana de Pelotas, não gestantes, em tratamento antirretroviral independente do tempo de tratamento. Calculou-se que seriam necessários 332 pacientes para detectar diferença na taxa de adesão de 30%, com erro alfa de 5% e poder de 80%. O grupo controle recebeu atendimento convencional da farmácia, sendo realizada apenas a dispensação dos antirretrovirais. O grupo intervenção recebeu mensalmente, no momento de retirada dos medicamentos, Atenção Farmacêutica através do Método Dáder, além de receber os medicamentos identificados por cores, uma carteirinha com a descrição dos antirretrovirais prescritos e a explicação de como usá-los. Os desfechos foram taxa de adesão aos antirretrovirais medida por auto-relato dos últimos três dias e taxa de carga viral indetectável. Tendo em vista as medidas repetidas, as associações foram analisadas através de Modelos Lineares Generalizados usando modelo hierárquico previamente estabelecido. Resultados A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=210-63,3%), idade de 18 a 75 anos (média de 40,3 anos; DP= 10,1), renda familiar variou de 0 a 14,3 salários mínimos (mediana de 1,43), escolaridade de 0 a 21 anos de estudo (média de 6,6 anos DP= 3,7). Na análise multivariada, houve associação independente de trabalho fixo, carga viral, sintomas depressivos e total de comprimidos, com adesão ao tratamento. Independente do tempo, não houve diferença na adesão nem na taxa de pacientes com carga viral indetectável entre os grupos intervenção e controle. Os fatores associados com carga viral indetectável foram idade, anos de estudo, estado imunológico e tempo de tratamento. O esquema antirretroviral mais usado foi Lamivudina + Zidovudina + Efavirenz (51%). O tempo de tratamento variou de 1 a 174 meses (56 ±35). Foram analisados os PRMs em 141 pacientes do grupo intervenção e resolvidos 40 dos 94 PRMs identificados, sendo os PRMs relacionados à necessidade de mais fácil e rápida solução. Foram identificados 50 PRMs relacionados à necessidade, sendo que, destes, 20 não usa medicamento que necessita e 30 usa medicamento que não necessita; 40 relacionados à não efetividade e 4 com não segurança. Foram encaminhados à consulta médica 42 pacientes (29,8%). Todos os pacientes com prescrição de didanosina (10) faziam uso incorreto deste antirretroviral, que deveria ser dissolvido ou mastigado. Também foram identificados quatro erros na dispensação, sendo todos resolvidos. Houve aumento da satisfação dos pacientes com o serviço após os 12 meses de acompanhamento. Discussão A maioria dos estudos sugere que a intervenção farmacêutica aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, mas são estudos não controlados. Neste estudo, a eficácia da intervenção farmacêutica, considerando a adesão relatada ou a carga viral indetectável, não foi confirmada. O poder do estudo foi insuficiente porque o efeito foi pequeno e a adesão basal, mais elevada do que a esperada. Por ter sido uma amostra de conveniência, provavelmente os pacientes que vão regularmente ao serviço são mais aderentes ao tratamento, a Atenção Farmacêutica traria benefício maior para pacientes selecionados, que tenham baixa adesão ao tratamento. A satisfação dos pacientes com o serviço medida no início e após os 12 meses de acompanhamento aumentou, sugerindo que a Atenção Farmacêutica aumenta o vínculo do paciente com o serviço e resolução de PRMs o que deve contribuir para melhora o sucesso do tratamento. Conclusão: A Atenção Farmacêutica, em nosso estudo, não aumentou a taxa de adesão nem de pacientes com carga viral indetectável, mas identificou e resolveu PRMs, erros de uso de medicamento e de dispensação.
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Características dos pacientes que evoluíram para óbito, em oito anos de terapia anti-retroviral potente, no Recife - Brasil

MELO, Ladjane Santos Wolmer de January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:13:38Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8729_1.pdf: 472771 bytes, checksum: 6880cb3bca7fa3bf9617371ab777594a (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Após 25 anos de reconhecimento da Aids e uma década do uso de terapia antiretroviral (TARV) altamente potente houve uma mudança significativa na maneira de conduzir os pacientes portadores de HIV/Aids. Embora no mundo a quantidade de pessoas com Aids ainda esteja aumentando, onde há uso da terapia eficaz, o HIV/Aids tornou-se uma doença crônica e com boa sobrevida. As causas de óbito relacionadas diretamente ao HIV/Aids como doenças oportunistas e neoplasias relacionadas ao HIV mantêm-se muito freqüentes porém, em muitos locais do mundo,onde há centros especializados no tratamento da doença, o padrão começa a mudar com o surgimento de mortes por outras causas, como, por exemplo, doença hepática e aumento do número de casos de suicídios. Os fatores preditivos de pior prognóstico, ou seja, que indicam que haverá provável progressão para Aids ou óbito, são marcadores laboratorias, como baixas contagens dos linfócitosTCD4, valores elevados do HIV RNA (carga viral), assim como a adesão irregular ao tratamento ARV, depressão, estar em situação sócio-econômica desfavorável e ter tido como via de exposição ao vírus o uso de drogas injetáveis.Também estão relacionados com pior evolução baixos níveis de hemoglobina e teste positivo persistente para CMV realizado por reação em cadeia de polimerase. Diante da possibilidade de um tratamento efetivo com uso de ARV potente é importante identificar pessoas que, apesar de tratadas, apresentam maiores riscos de progressão da doença e morte, para que um acompanhamento e intervenções adequados sejam adotados para todos os segmentos de pacientes
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Tratamento antirretroviral em pacientes multiexperimentados: revisão sistemática de uma década de terapia otimizada

Mocellin, Lucas Pitrez da Silva January 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: A terapia antirretroviral (TARV) para pacientes apresentando infecção pelo HIV-1 multirresistente abrange ensaios clínicos randomizados (ECR) avaliando esquemas otimizados de base (EOB) utilizados nos últimos 10 anos. OBJETIVO: Revisão sistemática das evidências de eficácia e segurança das estratégias de TARV incluindo EOB em pacientes com infecção pelo vírus HIV-1 multirresistente. FONTES DE DADOS: MEDLINE, EMBASE, LILACS, Colaboração Cochrane, SCOPUS e ISI Web of Science visando identificar publicações entre janeiro/2003 e maio/2011. SELEÇÃO DOS ESTUDOS: ECR com pelo menos 16 semanas de duração que avaliaram eficácia e segurança da TARV em pacientes com infecção pelo HIV-1 caracterizados como multiexperimentados. RESULTADOS: Quinze ECR (n = 7.220) avaliando oito novos antirretrovirais. A TARV utilizando novos antirretrovirais + EOB demonstrou ser capaz de reduzir a carga viral abaixo de 50 cópias/mL em pacientes multiexperimentados. Esquemas contendo dois ou mais antirretrovirais completamente ativos estiveram associados a melhores resultados de eficácia. Enfuvirtida esteve presente como intervenção ou cointervenção em 13 dos 15 estudos avaliados. A maioria dos estudos apresentam risco incerto de viés (método de randomização, sigilo de alocação) e elevado risco de viés (cegamento). Elevada heterogeneidade nos estudos impediu a realização de metanálise. CONCLUSÕES: Mais importante do que identificar quais novos antirretrovirais são eficazes, o número de antirretrovirais completamente ativos é determinante do sucesso virológico. A segurança dos novos medicamentos ainda está por ser melhor avaliada. Transcorrida uma década, ainda há escassas evidências documentando quais são as melhores estratégias de terapia seqüencial para pacientes multiexperimentados. / CONTEXT: The antiretroviral treatment to HIV-1 infection in multiexperienced patients consist on randomized clinical trials (RCT) that assessed regimens based on optimized background therapy (OBT) adopted in the last decade. OBJECTIVE: A systematic review assessing the efficacy and safety of antiretroviral therapy to HIV-1-infected patients with multirresistant infection in RCT using OBT. DATA SOURCES: MEDLINE, EMBASE, LILACS, Cochrane Central Register of Controlled Trials, SCOPUS and ISIS Web of Science databases where searched from January/2003 to May/2011. STUDY SELECTION: RCTs with at least 16 weeks of follow-up that evaluated the efficacy and safety of antiretroviral therapy to multiexperienced HIV-1-infected patients. RESULTS: Fifteen RCT were included (n = 7.720) assessing 8 new antiretrovirals. Studies evaluating new antiretroviral + OBT were able to reduce viral load below 50 HIV-1 RNA copies/ml in multiexperienced patients. Combinations containing two or more fully active antiretrovirals were associated with better efficacy results. Enfuvirtide was present as co-intervention or intervention in 13 of the 15 studies reviewed. Most of the studies have unclear risk of bias (method of randomization, allocation concealment) and high risk of bias (blinding). High heterogeneity in the studies prevented the realization of meta-analysis. CONCLUSIONS: More important than identifying what new antirretroviral are effective, the number of fully active antirretrovirals is quite determinant of virological success. The safety of new drugs is still to be better evaluated. A decade elapsed, there is little evidence documenting what are the best sequence of therapy strategies for multiexperienced HIV-1-infected patients.
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Intervenção nutricional previne alterações do perfil lipídico em indivíduos HIV-Positivo que iniciam terapêutica anti-retroviral : um ensaio clínico randomizado

Lazzaretti, Rosmeri Kuhmmer January 2007 (has links)
Introdução: A Terapia Anti-Retroviral combinada (TARV) em indivíduos infectados com HIV-1 está associada ao desenvolvimento de dislipidemia, que é caracterizada por hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia. As diretrizes atuais recomendam dieta e exercício físico como primeira intervenção para indivíduos HIV-1 com dislipidemia secundária aos anti-retrovirais, mas não há evidências clínicas com estudos randomizados que sustentem estas recomendações. Objetivo: Avaliar a influência da intervenção nutricional no desenvolvimento de dislipidemia em indivíduos com HIV-1 que iniciam TARV. Métodos: Indivíduos em acompanhamento regular e que preencheram os critérios de inclusão (necessidade de iniciar terapia anti-retroviral, idade >=18 anos e aceitar participar do estudo) e exclusão (gestantes, doença oportunista ativa, deficiência mental, diabetes melito, uso de drogas que alteram o perfil lipídico, hipolipemiantes ou drogas ilícitas), foram selecionados no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Brasil). Os pacientes foram randomizados para receberem orientação nutricional para uma reeducação alimentar antes de iniciar a terapia anti-retroviral, e posteriormente orientação trimestral enfocando as dislipidemias, baseada no National Cholesterol Education Program (NCEP), (n = 43), durante 12 meses, ou para um grupo controle que recebeu a mesma orientação nutricional basal, porém sem seguimento orientado (n = 40). Perfil lipídico, índice de massa corporal (IMC) e razão cintura/quadril foram avaliados a cada três meses. Dados foram analisados por intenção de tratar, usando modelo linear misto Após a randomização as características basais foram semelhantes entre os grupos. Resultados: A intervenção dietoterápica propiciou uma redução nas calorias totais (média ± DP: de 2662 ± 614 para 2281 ± 512 kcal/dia) e o no percentual de gorduras (de 31 ± 7 para 21 ± 3%) ingerido, enquanto que o grupo controle aumentou a ingestão de calorias (de 2594 ± 550 para 2806 ± 653 kcal/dia) e não houve mudanças no percentual de gordura ingerido. O IMC manteve-se constante no grupo intervenção enquanto que no grupo controle aumentou significativamente (23,5 ± 3 para 24,2 ± 3 e 23,3 ± 3 para 26,2 ± 4; p < 0,001, respectivamente). A razão cintura/quadril aumentou em ambos os grupos, porém mais acentuadamente no grupo controle (0,86 ± 0,06 para 0,89 ± 0,06 e 0,86 ± 0,05 para 0,91 ± 0,06; p = 0,049, respectivamente). O colesterol total (de 151 ± 29 mg/dl para 190 ± 33 mg/dl) e o LDL-C (de 85 ± 24 mg/dl para 106 ± 31 mg/dl) aumentaram significativamente no grupo controle e permaneceram inalterados no grupo intervenção. Os níveis plasmáticos de triglicerídeos reduziram no grupo intervenção (135 ± 67 mg/dl para 101 ± 42 mg/dl) e aumentaram no controle (134 ± 70 mg/dl para 160 ± 76 mg/dl). Após 12 meses de acompanhamento, 21% dos indivíduos que receberam intervenção nutricional apresentaram níveis lipídicos compatíveis com dislipidemia comparados com 68% (p < 0,001) no grupo controle. Conclusão: O estudo demonstra que a intervenção nutricional previne dislipidemia associada à TARV em indivíduos infectados com HIV-1 em início de tratamento. / Background: Treatment of HIV-1-infected individuals with Highly Active Anti- Retroviral Therapy (HAART) is associated with dyslipidemia, which is characterized by hypertriglyceridemia and hypercholesterolemia. Current guidelines recommend diet and exercise as first step intervention for HIV-1-infected individuals with HAART-related dyslipidemia, but there is no evidence from randomized trials to support this recommendation. Objective: To evaluate the effects of dietary intervention on the development of dyslipidemia in HIV-1 infected individuals who are started on HAART. Methods: Eighty-three HIV-1- infected patients naive from previous treatment were randomized to receive HAART with dietary intervention (n = 43) or HAART without dietary intervention (controls, n = 40) for 12 months. Dietary intervention, according to the National Cholesterol Education Program, was given every 3 months. Before and after intervention, 24 h food records, body mass index, weight/hip ratio, and lipid profile were obtained. Data were analyzed by intention to treat, using mixed-effects models. Results: After randomization, groups had similar characteristics. Dietary intervention resulted in reduction in total caloric intake (mean ± SD: from 2,662 ± 14 to 2,281 ± 512 kcal/day) and percentage of fat intake (from 31 ± 7 to 21 ± 3% of calories), while controls increased caloric intake (from 2,594 ± 550 to 2,806 ± 653 kcal/day), with no change in percentage of fat intake. Body mass index stayed in the group intervention while in the group control it increased significantly (from 23,5 ± 3 to 24,2 ± 3 and 23,3 ± 3 to 26,2 ± 4; p < 0,001, respectively) The waist/hip ratio increased in both groups, however more strongly in the group control (from 0,86 ± 0,06 to 0,89 ± 0,06 and 0,86 ±0,05 to 0,91 ± 0,06; p = 0,049, respectively). Plasma cholesterol (from 151 ± 29 to 190 ± 33 mg/dl) and LDL-C-cholesterol (from 85 ± 24 to 106 ± 31 mg/dl) increased in the controls and were unchanged in the dietary intervention group. Plasma triglycerides were reduced by dietary intervention (from 135 ± 67 to 101 ± 42 mg/dl) and increased in controls (from 134 ± 70 to 160,76 mg/dl). After one year follow-up, 21% of patients who received dietary intervention had lipid profile compatible with dyslipidemia, while 68% (p < 0.001) of controls had dyslipidemia. Conclusion: This randomized trial demonstrates that dietary intervention prevents dyslipidemia associated with HAART in HIV-1-infected individuals.
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Intervenção nutricional previne alterações do perfil lipídico em indivíduos HIV-Positivo que iniciam terapêutica anti-retroviral : um ensaio clínico randomizado

Lazzaretti, Rosmeri Kuhmmer January 2007 (has links)
Introdução: A Terapia Anti-Retroviral combinada (TARV) em indivíduos infectados com HIV-1 está associada ao desenvolvimento de dislipidemia, que é caracterizada por hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia. As diretrizes atuais recomendam dieta e exercício físico como primeira intervenção para indivíduos HIV-1 com dislipidemia secundária aos anti-retrovirais, mas não há evidências clínicas com estudos randomizados que sustentem estas recomendações. Objetivo: Avaliar a influência da intervenção nutricional no desenvolvimento de dislipidemia em indivíduos com HIV-1 que iniciam TARV. Métodos: Indivíduos em acompanhamento regular e que preencheram os critérios de inclusão (necessidade de iniciar terapia anti-retroviral, idade >=18 anos e aceitar participar do estudo) e exclusão (gestantes, doença oportunista ativa, deficiência mental, diabetes melito, uso de drogas que alteram o perfil lipídico, hipolipemiantes ou drogas ilícitas), foram selecionados no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Brasil). Os pacientes foram randomizados para receberem orientação nutricional para uma reeducação alimentar antes de iniciar a terapia anti-retroviral, e posteriormente orientação trimestral enfocando as dislipidemias, baseada no National Cholesterol Education Program (NCEP), (n = 43), durante 12 meses, ou para um grupo controle que recebeu a mesma orientação nutricional basal, porém sem seguimento orientado (n = 40). Perfil lipídico, índice de massa corporal (IMC) e razão cintura/quadril foram avaliados a cada três meses. Dados foram analisados por intenção de tratar, usando modelo linear misto Após a randomização as características basais foram semelhantes entre os grupos. Resultados: A intervenção dietoterápica propiciou uma redução nas calorias totais (média ± DP: de 2662 ± 614 para 2281 ± 512 kcal/dia) e o no percentual de gorduras (de 31 ± 7 para 21 ± 3%) ingerido, enquanto que o grupo controle aumentou a ingestão de calorias (de 2594 ± 550 para 2806 ± 653 kcal/dia) e não houve mudanças no percentual de gordura ingerido. O IMC manteve-se constante no grupo intervenção enquanto que no grupo controle aumentou significativamente (23,5 ± 3 para 24,2 ± 3 e 23,3 ± 3 para 26,2 ± 4; p < 0,001, respectivamente). A razão cintura/quadril aumentou em ambos os grupos, porém mais acentuadamente no grupo controle (0,86 ± 0,06 para 0,89 ± 0,06 e 0,86 ± 0,05 para 0,91 ± 0,06; p = 0,049, respectivamente). O colesterol total (de 151 ± 29 mg/dl para 190 ± 33 mg/dl) e o LDL-C (de 85 ± 24 mg/dl para 106 ± 31 mg/dl) aumentaram significativamente no grupo controle e permaneceram inalterados no grupo intervenção. Os níveis plasmáticos de triglicerídeos reduziram no grupo intervenção (135 ± 67 mg/dl para 101 ± 42 mg/dl) e aumentaram no controle (134 ± 70 mg/dl para 160 ± 76 mg/dl). Após 12 meses de acompanhamento, 21% dos indivíduos que receberam intervenção nutricional apresentaram níveis lipídicos compatíveis com dislipidemia comparados com 68% (p < 0,001) no grupo controle. Conclusão: O estudo demonstra que a intervenção nutricional previne dislipidemia associada à TARV em indivíduos infectados com HIV-1 em início de tratamento. / Background: Treatment of HIV-1-infected individuals with Highly Active Anti- Retroviral Therapy (HAART) is associated with dyslipidemia, which is characterized by hypertriglyceridemia and hypercholesterolemia. Current guidelines recommend diet and exercise as first step intervention for HIV-1-infected individuals with HAART-related dyslipidemia, but there is no evidence from randomized trials to support this recommendation. Objective: To evaluate the effects of dietary intervention on the development of dyslipidemia in HIV-1 infected individuals who are started on HAART. Methods: Eighty-three HIV-1- infected patients naive from previous treatment were randomized to receive HAART with dietary intervention (n = 43) or HAART without dietary intervention (controls, n = 40) for 12 months. Dietary intervention, according to the National Cholesterol Education Program, was given every 3 months. Before and after intervention, 24 h food records, body mass index, weight/hip ratio, and lipid profile were obtained. Data were analyzed by intention to treat, using mixed-effects models. Results: After randomization, groups had similar characteristics. Dietary intervention resulted in reduction in total caloric intake (mean ± SD: from 2,662 ± 14 to 2,281 ± 512 kcal/day) and percentage of fat intake (from 31 ± 7 to 21 ± 3% of calories), while controls increased caloric intake (from 2,594 ± 550 to 2,806 ± 653 kcal/day), with no change in percentage of fat intake. Body mass index stayed in the group intervention while in the group control it increased significantly (from 23,5 ± 3 to 24,2 ± 3 and 23,3 ± 3 to 26,2 ± 4; p < 0,001, respectively) The waist/hip ratio increased in both groups, however more strongly in the group control (from 0,86 ± 0,06 to 0,89 ± 0,06 and 0,86 ±0,05 to 0,91 ± 0,06; p = 0,049, respectively). Plasma cholesterol (from 151 ± 29 to 190 ± 33 mg/dl) and LDL-C-cholesterol (from 85 ± 24 to 106 ± 31 mg/dl) increased in the controls and were unchanged in the dietary intervention group. Plasma triglycerides were reduced by dietary intervention (from 135 ± 67 to 101 ± 42 mg/dl) and increased in controls (from 134 ± 70 to 160,76 mg/dl). After one year follow-up, 21% of patients who received dietary intervention had lipid profile compatible with dyslipidemia, while 68% (p < 0.001) of controls had dyslipidemia. Conclusion: This randomized trial demonstrates that dietary intervention prevents dyslipidemia associated with HAART in HIV-1-infected individuals.

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