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Influência do aleitamento materno na colonização muco-cutânea pelo staphylococcus aureus na criança com dermatite atópicaChemello, Raíssa Massaia Londero January 2010 (has links)
Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma das afecções cutâneas mais freqüentes da infância. Não há consenso sobre o efeito do aleitamento materno no desenvolvimento e evolução da DA. Para que isto ocorra, é necessário aprofundar os conhecimentos sobre os fatores que podem estar envolvidos nessa relação, como, por exemplo, a influência do aleitamento materno na colonização do paciente atópico pelo Staphylococcus aureus (S. aureus). Objetivo: Avaliar uma potencial associação entre aleitamento materno e colonização pelo S. aureus em crianças com DA. Pacientes e Método: Estudo transversal envolvendo 79 crianças de 4 a 24 meses, de ambos os sexos, com DA, em acompanhamento no Ambulatório de Dermatologia Sanitária de Porto Alegre/RS, e 72 mães. Foram registrados dados clínico-epidemiológicos e de alimentação da criança. Pesquisou-se a presença do S. aureus em swab nasal e cutâneo nas crianças e swab nasal das respectivas mães. Para a análise dos dados foram realizados os testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fischer. Resultados: Entre as crianças que estavam em aleitamento materno, S. aureus foi encontrado na cavidade nasal de 8 (25,8%) e na pele (fossas cubitais) de 4 (12,9%). Entre aquelas que não estavam sendo amamentadas, S. aureus foi encontrado na cavidade nasal de 10 (20,8%) e na pele de 11 (22,9%). Entre as mães, 16 (22,2%) apresentaram crescimento de S. aureus no material proveniente do swab nasal. Não se observou associação significativa entre aleitamento materno e colonização pelo S. aureus da cavidade nasal ou pele da criança. Entretanto, houve concordância entre a colonização pelo S. aureus na cavidade nasal das mães e na cavidade nasal e/ou pele dos filhos. Das 72 duplas, houve concordância em 56 (77,8%). Conclusão: O aleitamento materno não parece ter influência na colonização muco-cutânea pelo S. aureus em crianças com dermatite atópica. / Introduction: Atopic dermatitis (AD) is the most common chronic skin disease in infancy. Studies on the effects of breastfeeding on the development of AD have shown controversial results. The importance of this condition as potentially harmful deserves further studies; in particular, it remains unclear whether colonization of atopic patients by Staphylococcus aureus (S. aureus) through breastfeeding is relevant to the development of AD. Objective: To examine the potential relation between breastfeeding and colonization by S. aureus in atopic patients. Method: Transversal study of atopic patients, aged from 4 to 24 months, both genders, receiving outpatient care and 72 mothers. Data on infant breastfeeding practices and on clinical-epidemiological profile were registered. Swabs of the infants’ nares and skin (cubital fossa) and swabs of the mothers’ nares were collected. For univariate analysis, X2 (chi-square) and Fischer Exact’s test were used. Results: Among breastfed children, S. aureus was isolated from 8 (25.8%) infants’ nares swabs and from 4 (12.9%) skin swabs. Among not breastfed children, S. aureus was isolated from 10 (20.8%) infants’ nares swabs and from 11 (22.9%) skin swabs. Sixteen mothers (22.2%) had S. aureus isolated from their nares swabs. There was no significant association between breastfeeding and S. aureus colonization (child skin and/or nares). However, there was a degree of concordance for S. aureus carriage among mothers and infants. Among 72 pairs, 56 (77.8%) were concordant. Conclusion: Breastfeeding was not associated with S. aureus muco-cutaneous colonization in atopic infants.
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Prevalência de toxoplasmose congênita no norte do estado : um estudo prospectivo em Passo Fundo [RS]Mozzatto, Liege January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes, incidência de toxoplasmose congênita e desempenho de testes diagnósticos em toxoplasmose congênitaVarella, Ivana Rosângela dos Santos January 2007 (has links)
Introdução: A infecção aguda pelo Toxoplasma gondii em gestantes pode determinar infecção fetal através de passagem transplacentária. As crianças afetadas podem desenvolver coriorretinite e déficit neurológico, na ausência de tratamento adequado. Objetivos: Estimar a prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes atendidas na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, avaliando possíveis diferenças nas freqüências ao longo do período estudado; medir a incidência de toxoplasmose congênita (TC) e estimar a taxa de transmissão vertical em crianças nascidas neste hospital; avaliar a acurácia de testes diagnósticos em TC, aplicados no momento do nascimento, na população de crianças estudadas. Métodos: Inicialmente um estudo transversal foi desenvolvido para identificar as pacientes que apresentaram critérios de infecção aguda na gestação, atendidas na maternidade no momento do parto, entre outubro de 1998 e dezembro de 2005. Novas tecnologias foram introduzidas para detecção diagnóstica ao longo deste período. Entre outubro de 1998 e dezembro de 2001 (período 1), utilizou-se o método microparticle enzyme immunoassay – MEIA e entre janeiro de 2002 e dezembro de 2005 (período 2) foi utilizada a técnica de captura de IgM e o teste de avidez de IgG com o método enzyme linked fluorescent assay – ELFA (VIDAS). Os recém-nascidos identificados a partir deste estudo inicial foram incluídos em um estudo de coorte histórico, com tempo de acompanhamento aproximado de doze meses, para estabelecer o diagnóstico definitivo de toxoplasmose congênita, obtido em dois momentos: (1) logo após o nascimento; (2) aos 12 meses, aproximadamente. Para a definição de caso da infecção aguda na gestação e de toxoplasmose congênita foi utilizado o sistema de classificação elaborado por Lebech et al., com adaptações (quadro 1). Aqueles casos classificados como improváveis foram excluídos do cálculo da prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes e de incidência de TC. Para avaliar a acurácia de testes diagnósticos em TC realizados no momento do nascimento utilizou-se, como padrão ouro para o diagnóstico definitivo, a concentração de anticorpos IgG em torno de 12 meses de vida. Um bebê infectado deve ter concentrações iguais ou mais elevadas de IgG nesta idade quando comparadas às encontradas no nascimento. Houve comparação independente e cega dos métodos diagnósticos avaliados em relação ao padrão ouro. A dosagem de anticorpos IgG e IgM em recém-nascidos foi processada com o método microparticle enzyme immunoassay (MEIA). Análise: Para comparar proporções foi utilizado o teste qui-quadrado com correção de Yates, teste exato de Fisher, quando necessário, e Teste t de Student para comparação entre médias de duas amostras independentes com distribuição simétrica. Na avaliação do desempenho de testes diagnósticos foram obtidos resultados de sensibilidade, especificidade, razões de verossimilhança (RV) positiva e negativa dos testes diagnósticos – hemograma, exame do líquor, ecografia transfontanelar, exame de fundo de olho (EFO) e a detecção de anticorpos IgM para toxoplasmose (MEIA) e do DNA do toxoplasma com reação em cadeia da polimerase – método Nested (RCP-Nested) séricos. Resultados: Em uma população de 41.112 gestantes, a prevalência de toxoplasmose aguda foi de 4,8 para cada 1.000 gestantes (IC95%: 4,2 a 5,6). Houve redução significativa na prevalência de toxoplasmose aguda nas gestantes deste hospital a partir do ano 2002 (P=0,008). O diagnóstico de toxoplasmose congênita foi definitivo em 37 crianças entre 40.727 nascidos vivos no período estudado, atingindo uma incidência de 0,9 para cada 1.000 nascimentos (IC95%: 0,6 a 1,3). Logo após o nascimento, entre os 200 recém-nascidos expostos ao T. gondii, resultado de 199 gestantes infectadas, 25 bebês apresentaram critérios diagnósticos de toxoplasmose congênita, atingindo taxa de transmissão vertical de 12,5% (IC 95%: 8,2% - 17,9%). Após o seguimento foram detectados mais 12 casos, aumentando esta taxa para 18,5% (IC 95%: 13,4% – 24,6%). Para avaliar a acurácia de testes diagnósticos aplicados no momento do nascimento, foram identificadas 31 crianças com TC, de acordo com o padrão ouro, entre 136 expostas ao protozoário intra-útero e que completaram seguimento até os 12 meses de vida. Os testes que apresentaram melhor desempenho isoladamente na predição do diagnóstico, foram detecção de anticorpos IgM específicos, EFO e RCPNested atingindo razões de verossimilhança positivas de 119,3 (IC95%: 7,40 – 1923,92), 49,9 (IC95%: 3,0 – 838,2) e 24,8 (IC95%: 3,22 – 190,35), respectivamente. A RV negativa para IgM foi 0,4 (IC95%: 0,3 – 0,6), mas para o EFO e RCP-Nested foi apenas 0,7 (IC95%: 0,6 – 0,9). Conclusão: A prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes incluídas neste estudo foi inferior à encontrada na França e na Bélgica, mas foi mais elevada quando comparada às descritas na Suécia, Noruega, Dinamarca e Nova Iorque. A prevalência estimada neste estudo foi similar a de outros locais do Brasil, como Mato Grosso do Sul, mas inferior à obtida no Distrito Federal. Esta variabilidade nas estimativas pode estar relacionada com os diferentes métodos diagnósticos utilizados no rastreamento, ou ainda, com os diferentes fatores de risco envolvidos na transmissão da doença. Em nosso estudo, esta freqüência diminuiu a partir do ano de 2002, o que não pode ser atribuível à introdução do teste de avidez de IgG, uma vez que a média de idade gestacional na realização deste exame foi tardia. Entretanto, existe a possibilidade de que o teste de captura de IgM com o método ELFA tenha contribuído para diminuir os casos falso-positivos de IgM, o que poderá ser confirmado com futuros estudos. Estes resultados apontam que a introdução de novas tecnologias no laboratório deve ser acompanhada de esforços para melhorar as condições de acesso precoce das gestantes ao pré-natal de referência, com o objetivo de não perder a oportunidade para melhor discriminar as gestantes sem doença e evitar procedimentos invasivos, desnecessários e onerosos. A incidência de toxoplasmose congênita e a taxa de transmissão vertical foram elevadas. Estas freqüências podem estar subestimadas devido às perdas no seguimento. Para avaliar o efeito das perdas na validade do estudo, foram comparadas as características da população de gestantes e de recém-nascidos do grupo de bebês com seguimento completo em relação ao grupo que não retornou para o seguimento. Estas características foram semelhantes nos dois grupos, portanto, consideramos que o percentual de perdas, embora elevado, não prejudicou a validade do estudo. A identificação de 12 casos adicionais de TC com o seguimento dos bebês reforça a necessidade de monitoramento sorológico durante o primeiro ano de vida, mesmo sem evidência de infecção congênita ao nascimento. Na avaliação dos testes diagnósticos aplicados ao nascimento, a detecção de anticorpos IgM específicos no sangue do neonato, o EFO e o RCP-Nested sérico demonstraram melhor desempenho para identificar os bebês com TC. Entretanto, para afastar este diagnóstico, apenas o resultado não reagente de anticorpos IgM específicos apresentou maior utilidade, mas com efeito de pequena magnitude. / Introduction: The acute infection by Toxoplasma gondii in pregnant women may cause fetal infection by means of the transplacental transfer. Affected children may develop chorioretinitis and neurological deficit in the absence of a proper treatment. Objectives: To estimate the prevalence of acute toxoplasmosis in pregnant women cared for at the maternity ward of Hospital Nossa Senhora da Conceição, evaluating possible differences in frequencies along the period of study; to measure the incidence of congenital toxoplasmosis (CT), and estimate the rate of vertical transmission in children who were born in this hospital; to evaluate the accuracy of diagnostic tests in CT, applied at the moment of the birth, in the population of studied children. Methods: Initially a cross-sectional study was developed to identify the patients who presented criteria of acute infection in the pregnancy, cared for at the maternity ward at the moment of the labor, between October 1998 and December 2005. New technologies have been introduced for diagnostic detection along this period. Between October 1998 and December 2001 (period 1) the microparticle enzyme immunoassay – MEIA was used, while between January 2002 and December 2005 (period 2) the IgM capture technique and the IgG avidity test with the enzyme linked fluorescent assay – ELFA (VIDAS) method were used. Those newborns (NB) identified at this initial study were included in a historical cohort study, with an approximate follow-up time of twelve months, to establish the definitive diagnosis of congenital toxoplasmosis, obtained in two moments: (1) soon after birth; (2) at 12 months, approximately. For the definition of cases of acute infection in pregnancy and congenital toxoplasmosis, the classification system elaborated by Lebech et al. was used with adaptations (Picture 1). Those cases that were classified as unlikely were excluded from the prevalence calculation of acute toxoplasmosis in pregnant women and from the incidence of CT. In order to evaluate the accuracy of diagnostic tests in CT accomplished at the moment of birth, the concentration of IgG antibodies around 12 months of age was used as a gold standard for the ultimate diagnosis. An infected baby must have equal or higher concentrations of IgG at this age when compared to the ones found at birth. An independent and blind comparison of the diagnostic methods evaluated in relation to the gold standard was performed. The dosage of IgG and IgM antibodies in newborns was processed with the microparticle enzyme immunoassay (MEIA) method. Analysis: In order to compare proportions, a chi square test with Yates correction, an exact Fisher test when necessary, and a Student's t-test for comparison between means of two independent samples with symmetrical distribution were used. In the performance evaluation of diagnostic tests, results of sensitivity, specificity, positive and negative likelihood ratio (LR) of the diagnostic tests – hemogram, liquor test, transfontanellar ultrasonography brain scan, ophthalmoscopy, and detection of IgM antibodies for toxoplasmosis (MEIA) and the DNA of the toxoplasm with polymerase chain reaction – method Nested (PCR-Nested) serum were obtained. Results: In a population of 41,112 pregnant women, the prevalence of acute toxoplasmosis was 4.8 per 1,000 pregnant women (CI95%: 4.2 to 5.6). There was a significant decrease in the prevalence of acute toxoplasmosis in pregnant women of this hospital from 2002 on (P=0.008). The diagnosis of congenital toxoplasmosis was definitive in 37 children among 40,727 live births in the studied period, reaching an incidence of 0.9 per 1,000 births (CI95%: 0.6 to 1.3). Soon after the birth, among the 200 newborns exposed to the T. gondii, resulting from 199 pregnant women, 25 babies showed diagnostic criteria of congenital toxoplasmosis, reaching a vertical transmission rate of 12.5% (CI 95%: 8.2% - 17.9%). After the follow-up, another 12 cases were detected, increasing this rate to 18.5% (CI 95%: 13.4% – 24.6%). In order to evaluate the accuracy of diagnostic tests applied at the moment of birth, 31 children with CT were identified according to the gold standard, among 164 ones who were exposed to protozoan intra-uterus and who completed their follow-up until 12 months of age. The tests that showed better performance when isolate in the prediction of the diagnosis were the detection of specific IgM antibodies, ophthalmoscopy, and PCR-Nested reaching positive RV of 119.3 (CI95%: 7.40 – 1923.92), 49.9 (CI95%: 3.0 – 838.2), and 24.8 (CI95%: 3.22 – 190.35), respectively. The negative RV for IgM was 0.4 (CI95%: 0.3 – 0.6), but for ophthalmoscopy and PCR-Nested it was 0.7 (CI95%: 0.6 – 0.9) only. Conclusion: The prevalence of acute toxoplasmosis in pregnent women included in this study was lower than the one found in France and Belgium, but was higher when compared to the ones described in Sweden, Norway, Denmark, and New York. The estimated prevalence in this study was similar to the one from other locations in Brazil, such as Mato Grosso do Sul, but lower to the one obtained in Brasília. This variability in the estimates may be related to the different methods for diagnosis used in the screening or even to the different risk factors involved in the transmission of the disease. In our study, this frequency decreased from 2002 on, and this cannot be attributed to the introduction of the IgG avidity test, since the means of gestational age at the accomplishment of this test was late. However, there is a possibility that the IgM capture test with the ELFA method has contributed to decrease the frequency of false-positive cases of IgM, what can be confirmed with future studies. These results signal that the introduction of new technologies in the laboratory must be accompanied by efforts to improve conditions for an early access of pregnant women to the reference prenatal care, aiming to prevent the loss of opportunities of better discriminating pregnant women that are not sick and avoiding unnecessary and expensive invasive procedures. The incidence of congenital toxoplasmosis and the rate of vertical transmission were elevated. These frequencies may be underestimated due to the losses in the follow-up. In order to evaluate the effect of losses in the study validity, characteristics of the population of pregnant women and newborns belonging to the group of babies with full follow-up in relation to the group that did not return for the follow-up were compared. These characteristics were similar in the two groups, therefore we consider that the percentual of losses, even though high, did not endanger the validity of the study. The identification of twelve additional cases of congenital toxoplasmosis with the follow-up of the babies reinforces the need of a serological monitoring during the first year of life, even without any evidence of congenital infection at birth. In the evaluation of diagnostic tests applied at birth the detection of specific IgM antibodies in the blood of the newborn, the ophthalmoscopy, and the serum PCR-Nested showed a better performance to identify babies with CT. However, in order to discard this diagnosis, only the non-reagent IgM specific antibodies result showed higher utility, with a small magnitude effect though.
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Estudo de uma família com segregação simultânea de duas doenças ligadas ao XMelgar, Dantón January 2008 (has links)
Objetivo: Analisar os aspectos clínicos, bioquímicos e moleculares uma família com vários membros afetados por duas doenças ligadas ao X: mucopolisacaridose II e miopia de alto grau. Métodos: Na avaliação familiar de um paciente com Mucopolissacaridose II se descobrem vários meninos afetados pela mesma doença e outros por miopia de alto grau. Os pacientes com MPS II foram estudados com testes clínicos, bioquímicos e moleculares. Os pacientes com miopia foram submetidos a um exame oftalmológico completo, incluindo retinografia, teste de Isihara e eletroretinografia. Resultados e Discussão: O primeiro resultado encontrado na análise de DNA do caso índice foi uma mutação comum no exon 8 (G374G), presente em todos os meninos afetados e ausente nos irmãos normais. Surpreendentemente, a alteração encontrada nos hemizigotos não foi detectada nas heterozigotas obrigatórias, por razões não esclarecidas. Adicionalmente, quando da análise completa do gene da IDS foi encontrado nos afetados e portadoras um rearranjo complexo, com inversão entre o gene e o pseudogene, o que é provavelmente a causa da doença. A miopía encontrada em cinco meninos da mesma irmandade foi de - 9 a - 18 D. Três deles apresentavam nistagmo, e dois estrabismo. A retinografía mostrou mudanças fundoscópicas típicas. O eletroretinograma e o teste a cor de Ishihara foram normais. Conclusões: A mucopolissacaridose II é causada pela deficiência da enzima iduronato- 2-sulfatase, codificada por um gene localizado na região Xq28, com elevada heterogeneidade observada em diferentes populações relatadas na literatura. Em relação à miopia, os resultados encontrados na pesquisa bibliográfica revelaram 12 formas autossômicas e 2 ligadas ao X. A miopia de alto grau ligada ao X, com teste de cor normal, permite descartar a MYP1, enquanto a presença de nistagmo e de estrabismo descarta a MYP13. A presença de duas doenças ligadas ao X em uma mesma família parece ser muito rara, não tendo sido descrita previamente na literatura. / Purpose: To study the clinical, biochemical and molecular aspets of a family with several members affected by two X-linked diseases: mucopolysaccharidosis II and high-grade myopia. Methods: On the family study of a patient with Mucopolysaccharidosis II it was discovered several boys affected by the same disease and others by high-grade myopia. The patients with MPS II were studied with clinical, biochemical and molecular tests. The patients with myopia were submitted to a complete ophthalmologic evaluation, including retinography, Ishihara test and electroretinography. Results and Discussion: The first result found on the DNA analysis of the index case was a common mutation on exon 8 (G374G), also found in all affected boys but not on their normal brothers. The abnormality found on the affected patients was not found on the obligatory carriers, due to reasons so far not understood. In addition, on the full analysis of the IDS gene it was found a complex rearrangement, with inversion involving gene and pseudogene, which is probably the cause of the disease. The myopia found in five boys of the same sibship was of -9 to -18 D. Three of them presented nistagmus, and two strabismus. The retinography showed typical fundoscopic findings. The electroretinogram and the Ishihara color test were normal. Conclusions: The mucopolysaccharidosis II is caused by the deficiency of the enzyme iduronate-2-sulfatase, codified by a gene mapped to Xq28, with high heterogeneity observed in different populations, reported on the literature. Concerning the myopia, the results found on the bibliography search indicated 12 autosomic and 2 X-linked forms. The X-linked high-grade myopia, with normal color test, allow us to discard MYP1. The presence of nystagmus and strabismus discards MYP13. The occurrence of two X-linked diseases in the same family seems to be very rare, and was not described previously in the literature.
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Elaboração, validação e efeitos de uma intervenção educativa voltada ao controle da sífilis congênita / Elaboration, validation and effects of an educational intervention aimed at the control of congenital syphilisCosta, Camila Chaves da 21 October 2016 (has links)
COSTA, C. C. Elaboração, validação e efeitos de intervenção educativa voltada ao controle da sífilis congênita. 2016. 271 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Programa de Pós-graduação em Enfermagem PPGENF (pgenfermagem.ri@gmail.com) on 2017-07-28T19:46:07Z
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Previous issue date: 2016-10-21 / This study aimed to construct and validate an educational booklet on the prevention of vertical transmission of syphilis and to assess its effects on knowledge, attitude and practice (KAP) of pregnant women before and after an educational intervention. This is a methodological study, associated with a quasi-experimental study, which was conducted in three phases: 1. Preparation of the booklet "How to prevent transmission of syphilis from mother to child? Let's learn! "; 2. Validation in terms of appearance and content of the material by 22 experts, and validation of appearance with the audience, composed by 11 pregnant or postpartum women diagnosed with syphilis, admitted to the School Maternity Assis Chateaubriand (SCAC); 3.The last phase was the evaluation of the booklet from 41 pregnant women followed in the Natural Birth Center Ligia Barros Costa (CEDEFAM) in September 2016 to verify its effects on the KAP related to the theme. The data were organized, processed and analyzed by the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20.0. To analyze the validity of the content and appearance of the booklet, it was used the Content Validity Index (CVI), the binomial test, Cronbach's alpha and agreement between each group of participants of at least 80%. The Flesch Legibility Test (FLT) was applied to check the legibility of the booklet index. The data obtained using the questionnaire SAM (Suitability Assessment of Materials) underwent a percentage analysis and they were classified as superior, appropriate or inappropriate. The KAP survey data were analyzed using descriptive statistical tests. The project was approved by the Research Ethics Committee n° 1615683. Initially, the booklet was prepared and divided into eight areas (Presentation; What is Syphilis?; How to find out if you have syphilis?; How can you avoid Congenital Syphilis?; How is the treatment of Syphilis?; What is the importance of treating the partner?; Let's summarize the booklet information through questions and answers?; Closing the booklet). It was followed the literature recommendations for language, illustration and layout. After the validation by the experts, the booklet was presented as a validated material from the perspective of appearance and content, once it presented great global CVI (0.96) and excellent homogeneity between the answers of the participants, with a total Cronbach's Alpha the booklet of 0.955. Regarding the evaluation of the experts by using the SAM it was considered a "superior" educational tool. Regarding the appearance of validation by the target public, the booklet was also evaluated very positively, reaching 100% agreement among them on the aspects clarity and relevance. It obtained an overall maximum CVI, with a value of 1.00 demonstrating that the material built is reliable and validated to apply towards pregnant women, aiming to prevent vertical transmission of syphilis. After the relevant adjustments to the validation process, it was applied the FLT and reading the fields of booklet was classified as "easy" or "very easy". In the last phase of the study, to evaluate the effects of educational intervention, it was verified an increase in the percentage of women classified with a knowledge, attitude and practice appropriate after reading the booklet. This considerable change in practice was statistically significant (p = 0.002), demonstrating that reading the booklet was effective to promote behavioral changes, especially in regard to adopt healthy sexual practice. Therefore, it is inferred that the booklet can be used as auxiliary resource in health education activities, as a facilitator educational technology in the teaching-learning process. The thesis is proved: the use of the booklet on the prevention of vertical transmission of syphilis to health education of pregnant women enables the improvement of the KAP related to the theme. / Objetivou-se construir e validar uma cartilha educativa sobre a prevenção da transmissão vertical da sífilis e avaliar os seus efeitos no conhecimento, atitude e prática (CAP) de gestantes antes e após a intervenção. Trata-se de estudo metodológico, associado a um quase experimental, o qual foi desenvolvido em três fases: elaboração da cartilha educativa “Como prevenir a transmissão da sífilis de mãe para filho? Vamos aprender!”, validação de aparência e conteúdo do material por 22 juízes e validação de aparência junto ao público-alvo, com 11 gestantes ou puérperas com diagnóstico de sífilis internadas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC). A última fase foi a avaliação da cartilha com 41 gestantes acompanhadas na Casa de Parto Natural Lígia Barros Costa (CEDEFAM) no mês de setembro de 2016 para verificar seus efeitos no CAP relacionados à temática. Os dados obtidos foram organizados, processados e analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Para análise da validade de conteúdo e aparência da cartilha, utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), o teste binomial, o Alfa de Cronbach e uma concordância entre cada grupo de participantes de pelo menos 80%. Aplicou-se o teste de legibilidade de Flesch para verificar o índice de legibilidade da cartilha. Os dados obtidos pela aplicação do questionário SAM (Suitability Assessment of Materials) passaram por uma análise percentual e foram classificados como superior, adequado ou inadequado. E os dados do inquérito CAP receberam uma análise por meio de testes estatísticos descritivos. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFC, segundo o parecer nº 1.615.683. Inicialmente a cartilha foi elaborada e dividida em oito domínios (Apresentação; O que é a Sífilis?; Como descobrir se você tem sífilis?; Como você pode evitar a Sífilis Congênita?; Como é o tratamento da Sífilis?; Qual a importância do tratamento do parceiro?; Vamos resumir as informações da cartilha por meio de Perguntas e Respostas?; Fechamento da cartilha), seguindo-se o que a literatura recomenda para linguagem, ilustração e layout. Em seguida a cartilha passou pela validação por juízes, na qual se mostrou como material validado do ponto de vista de aparência e conteúdo, com IVC global (0,96) e Alfa de Cronbach total da cartilha de 0,955, mostrando a satisfatoriedade dos juízes com o material e a homogeneidade nas avaliações. Quanto à avaliação dos juízes pelo SAM, considerou um material educativo “superior. Em relação à validação de aparência pelo público-alvo, a cartilha também foi avaliada de forma muito positiva, obtendo 100% de concordância entre elas quanto aos aspectos clareza e relevância. E um IVC global máximo, com valor de 1,00, demonstrando que o material construído é confiável e validado para se aplicar junto às gestantes, visando a prevenção da transmissão vertical da sífilis. Após os ajustes pertinentes ao processo de validação, aplicou-se o Flesch Legibility Test (ILF), sendo a leitura dos domínios da cartilha classificada como “fácil” ou “muito fácil”. Na última fase do estudo, ao avaliar os efeitos da intervenção educativa, verificou-se um aumento da porcentagem de mulheres classificadas com um conhecimento, atitude e prática adequados após a leitura da cartilha. Essa mudança considerável na prática foi estatisticamente significativa (p=0,002), demonstrando que a leitura da cartilha educativa foi efetiva para promover mudanças comportamentais, principalmente no que se refere a adoção de prática sexual saudável. Portanto, infere-se que a cartilha pode ser utilizada como recurso auxiliar nas atividades de educação em saúde, como uma tecnologia educativa facilitadora do processo ensino-aprendizado. Comprova-se a tese: o uso da cartilha sobre a prevenção da transmissão vertical da sífilis como estratégia de educação em saúde de gestantes, possibilita a melhoria do CAP sobre o assunto.
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Prevalência de toxoplasmose congênita no norte do estado : um estudo prospectivo em Passo Fundo [RS]Mozzatto, Liege January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Escolhas reprodutivas de mulheres com HIV/AIDS coorte do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/FIOCRUZ, 1996-2004 / Reproductive choices of women with HIV/AIDS coorte of the Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/FIOCRUZ, 1996-2004Friedman, Ruth Khalili January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / A transmissão vertical e a heterossexual do HIV podem ocorrer em conseqüência de uma gestação (e da relação sexual desprotegida que a precede), desejada ou indesejada, entre casais com HIV/AIDS. A disponibilização de intervenções, tais como a terapia anti-retroviral de alta potência (HAART) e a profilaxia da transmissão materno-infantil (protocolo AACTG 076), esta última associada à substituição do aleitamento materno e à realização de cesariana eletiva, com impacto substancial sobre a morbi-mortalidade associada ao HIV e sobre as taxas de transmissão vertical, respectivamente, tornam premente analisar as questões relacionadas à prevenção e às escolhas reprodutivas e contraceptivas nesta população. Esta tese teve como tema central as escolhas reprodutivas das mulheres com HIV/AIDS, em acompanhamento no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/FIOCRUZ, no período 1996-2004. (...) Fatores de cunho mais subjetivo/mediato (tempo transcorrido a partir do diagnóstico do HIV, tempo desde a última infecção oportunista, status sorológico para o HIV do parceiro, uso ou não de preservativos nas relações vaginais) se mostraram associados ao desejo de engravidar. Os fatores relacionados às decisões reprodutivas nesta população podem ser de natureza mais ou menos objetiva, tendo sido possível explorar na tese aqueles de mais fácil mensuração. Estudos adicionais, de natureza quali-quantitativa, lançando mão da triangulação de informações de natureza marcadamente subjetiva, devem ser conduzidos e analisados a partir da utilização de diferentes metodologias. Entre as variáveis psicossociais a serem avaliadas, destaca-se o otimismo decorrente do uso da HAART, questão especialmente relevante em contextos de acesso universal à HAART que apresentam significativos aumentos da sobrevida e do bem-estar das mulheres com AIDS, como o brasileiro. (...)
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Epidemiologia da transmissão vertical do HIV em Fortaleza, 2002-2005 / Epidemiology of vertical HIV transmission in Fortaleza, 2002-2005Lopes, Djânula de Sousa Victor January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / INTRODUÇÃO: A transmissão vertical do HIV gera graves problemas de saúde e sociais. Apesar das medidas profiláticas atualmente disponíveis, a redução e eventual eliminação da transmissão vertical do HIV permanecem entre os maiores objetivos da saúde pública, tendo como ponto crucial o diagnóstico precoce das gestantes infectadas.OBJETIVO: Realizar um diagnóstico epidemiológico da transmissão vertical do HIV em Fortaleza-CE, no período 2002-2005 e estimar as taxas de transmissão vertical nesse período.MÉTODO: Esta dissertação é apresentada sob a forma de artigo, precedido por uma breve introdução. O estudo é exploratório, retrospectivo, com identificação de crianças expostas à transmissão vertical do HIV sem encerramento de casos, em banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), para definição do diagnóstico sorológico final, a partir de busca em prontuários e busca ativa de casos. RESULTADOS: A taxa de transmissão vertical no município de Fortaleza foi de 3,5 por cento, em 2002, de 3,9 por cento, em 2003, de 1,7 por cento, em 2004, e de 0 por cento, em 2005. A análise da assistência pré-natal às gestantes mostrou uma cobertura de 96 por cento, entretanto 21 por cento das gestantes tiveram conhecimento da infecção pelo HIV apenas durante o trabalho de parto ou após o parto. As medidas de prevenção preconizadas pelo Ministério da Saúde foram realizadas completamente por aproximadamente 60 por cento das gestantes infectadas. CONCLUSÕES: Os resultados subsidiam a análise e o monitoramento mais consistente das medidas profiláticas da transmissão vertical do HIV. (...)
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Avaliação das ações de controle da transmissão vertical do HIV/AIDS entre puérperas atendidas em uma maternidade de Fortaleza-Ce / Evaluation of the actions of control of the vertical transmission of the HIV/AIDS between postpartum women taken care in a Fortaleza-Ce maternityBarroso, Léa Maria Moura January 2005 (has links)
BARROSO, Léa Maria Moura. Avaliação das ações de controle da transmissão vertical do HIV/AIDS entre puéperas atendidas em uma maternidade de Fortaleza-Ce. 2005. 99 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-18T15:33:55Z
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Previous issue date: 2005 / The women in fertile age have been target of the contamination for the HIV, what it requires special attention, mainly in the gestation, therefore there is the risk of the vertical transmission (VT) of the HIV. The agreed therapy of high power showed decisive in the reduction of the VT tax, however the measures of control are not satisfactory. It was objectified to evaluate the actions of control the VT of the HIV in a public maternity. One is about research, descriptive, exploratory and avaliative type. For boarding of the study it was used complementation of the qualitative and quantitative research. The data were collected in Assis Chateaubriand School Maternity (MEAC), located in Fortaleza-Ceará, in period of September to December of 2004. The population’s study consisted of eight postpartum women with infection for the HIV and eight professionals who had given assistance to these postpartum women. The structuralized or standardized comment and the interview were used as techniques. As instruments for the data’s collection, a script of structuralized comment and a script of half-structuralized interview. The quantitative data had been analyzed and made use in figures; end the qualitative ones analyzed and organized through the proposal of content analysis. It obeyed the ethical aspects of the research with human beings and all the subjects had signed the term of free and clarified assent. The majority of postpartum women had between 22 and 29 years, was single, with steady union, and originating the country, there was low study, had between one and two children; it known of the diagnosis to less of one year, informed six or more prenatal’s consultations of and participated of specialized accompaniment. Little parcel of the pregnant initiated the antiretroviral therapy in the recommended period and to inform about partner’s serology. The maternity disposed the treatment for all the pregnant women at the moment of the childbirth work and in the childbirth. The majority of the health professionals that gave assistance was nurse, between 26 and 49 years and make reference at time of formation between one and nine years and of work in the maternity between one and 15 years; the minority received some type of training about VT. It was identified that professionals of health had left to realized advice and orientation about preparation of the infantile formula, foods and pursuing of the new-born, about puerperal consultation and adhesion to the treatment. The institution had insufficient amount of some resourchs and centered the fulfilling of the inquiry fiches. It was concluded that these results will guide in the planning of interventions for future actions, with sights to the improvement of the quality in the assistance to the pregnant women with HIV/aids. It is suggested creation of a organizacional and functional structure for the implementation of the protocol, qualifications, meetings of evaluation, responsible performance of the nurses, determination of attendance flow and elaboration of a manual directed to the professionals of health. / As mulheres em idade fértil têm sido alvo da contaminação pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), o que requer atenção especial, principalmente na gestação, pois há o risco da transmissão vertical (TV) do HIV. A terapia combinada de alta potência se mostrou decisiva na redução da taxa de TV, porém as medidas de controle não são satisfatórias. Objetivou-se avaliar as ações de controle da TV do HIV em uma maternidade pública. Trata-se de pesquisa do tipo descritiva, exploratória e avaliativa. Para abordagem do estudo utilizou-se a complementaridade da pesquisa qualitativa e quantitativa. Coletou-se os dados na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), localizada em Fortaleza-Ceará, no período de setembro a dezembro de 2004. A população do estudo constou de oito puérperas com infecção pelo HIV e oito profissionais que prestaram assistência a estas puérperas. Utilizou-se como técnicas de coleta de dados a observação estruturada e a entrevista, que seguiram um roteiro de observação estruturada e um roteiro de entrevista semi-estruturada. Os dados quantitativos foram analisados e dispostos em tabelas; e os qualitativos analisados e organizados através da proposta de análise de conteúdo. Obedeceu-se os aspectos éticos da pesquisa com seres humanos, uma vez que todos os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A maioria das puérperas tinha entre 22 e 29 anos, era solteira, com união estável e procedente do interior, possuía baixa escolaridade, tinha entre um e dois filhos; sabia do diagnóstico a menos de um ano, informou seis ou mais consultas de pré-natal e participou de acompanhamento especializado. Pouca parcela das gestantes iniciou a terapia anti-retroviral no período recomendado e sabia informar sobre a sorologia do parceiro. A maternidade disponibilizou o tratamento para todas as gestantes no momento do trabalho de parto e no parto. Seis profissionais de saúde que prestava assistência era enfermeiro, encontrava-se entre 26 e 49 anos de idade, a maioria fez referência ao tempo de formação entre um e nove anos e de trabalho na maternidade entre um e 15 anos; a minoria recebeu algum tipo de treinamento sobre TV. Identificou-se que os profissionais de saúde deixaram de realizar aconselhamento e orientações sobre preparo da fórmula infantil, alimentos e seguimento do recém-nascido, sobre consulta puerperal e adesão ao tratamento. A instituição tinha quantidade insuficiente de alguns insumos, como atadura e inibidor de lactação, e centralizava o preenchimento das fichas de investigação no núcleo de vigilância epidemiológica. Estes resultados nortearão o planejamento de intervenções para futuras ações, com vistas à melhoria da qualidade na assistência às gestantes com HIV/aids. Sugere-se a criação de uma estrutura organizacional e funcional para a implementação de protocolos, capacitações, reuniões de avaliação, atuação responsável dos enfermeiros, determinação de fluxo de atendimento e elaboração de um manual direcionado aos profissionais de saúde.
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Análise da comunicação não verbal mãe-filho na vigência do HIV materno em ambiente experimental / Non-verbal mother-child communication analysis for maternal HIV presence in an experimental environmentPaiva, Simone de Sousa January 2007 (has links)
PAIVA, Simone de Sousa. Análise da comunicação não verbal mãe-filho na vigência do hiv materno em ambiente experimental. 2007. 76 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2007. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-02-08T15:50:17Z
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Previous issue date: 2007 / Like all development crisis, pregnancy provokes an unbalance in a person’s life cycle. For an HIV-positive woman, specific aspects of seropositivity add to the unbalance caused by the birth of a child. Thus, there are many factors affecting the relationship between an HIV-positive mother and her child. Non-verbal communication may be the predominant means of communication in mother-child interaction. This study aims at analyzing non-verbal mother-child communication in HIV maternal presence in an experimental environment. It’s a descriptive- investigative study, developed with five binomials of HIV- positive mothers and it was carried out at the Nursery Department of the Laboratory of Health Communication during the second semester of 2007. Videotaping was used as the main data collection resource. Each mother was videotaped once, performing the five main maternal activities: dressing and undressing the child, bathing, playing, feeding and lulling. Videos were analyzed by two evaluators every thirty seconds, completing an observation plan form based on aspects related to non-verbal communication and the attachment theory. Data was analyzed with adequate statistical tests. Analysis was confronted with each binomial’s life history. Some aspects related to seropositivity that affected mother-child non-verbal communication were observed, such as recent seropositivity diagnosis, discrimination suffered due to being HIV-positive, scolding freight in child care and the desire of looking after the child whose diagnosis is still uncertain using other non-verbal stimuli to compensate for the child’s lack of contact with the mother’s breast. Videotaping in a simulated environment may have affected mother behavior during child care. As for non-verbal communication during child care, it was verified that playing is the most interactive mother-child activity, in which various communicative signs, mainly started by the mother, are predominant as a means to stimulate the small child in skill development and to evaluate him/her for early detection of any abnormality that might suggest HIV seropositivity. / Como toda crise de desenvolvimento, a gravidez desequilibra o ciclo de vida do indivíduo. Para a mulher portadora de HIV/aids, a este desequilíbrio da geração de um filho acrescentam-se as especificidades da soropositividade. Dessa forma, vários podem ser os fatores que influenciam a relação entre mãe HIV positiva e seu filho. Por ser a comunicação não-verbal o tipo de linguagem predominante na relação entre mãe e filho, a presente pesquisa objetivou analisar a comunicação não-verbal mãe-filho na vigência do HIV materno em ambiente experimental. Estudo descritivo-explorátorio desenvolvido com cinco binômios cuja mãe era sabidamente HIV positivo, em ambiente simulado no Laboratório de Comunicação em Saúde, localizado no Departamento de Enfermagem, no segundo semestre de 2007. Utilizou-se a filmagem como recurso de coleta de dados. Cada mãe foi filmada uma única vez, no desenvolvimento dos cinco principais cuidados maternos: troca de roupa, banho, alimentar, ninar e brincar. A cada trinta segundos, os vídeos foram analisados por dois juízes, os quais preenchiam roteiro de observação baseado em aspectos referentes à comunicação não-verbal e à teoria do Apego. Os dados foram analisados mediante utilização de testes estatísticos apropriados e as análises foram confrontadas com a história de vida do binômio. Foram observados alguns fatores ligados à soropositividade que influenciaram a comunicação não-verbal entre mãe e filho, a saber: o diagnóstico recente de soropositividade, a discriminação sofrida por portar o HIV, o medo de repreensão no cuidado ao filho e o desejo de cuidar do seu bebê cujo diagnóstico ainda é incerto, valendo-se de outros estímulos não-verbais para suprir a falta do contato da criança ao seio. Como se percebe, a filmagem em ambiente simulado provavelmente influenciou o comportamento materno no cuidado ao filho. Quanto à comunicação não-verbal durante os cuidados maternos foi verificado que o brincar é a atividade de maior interação entre mãe e filho. Nesta atividade predomina a variedade de signos comunicativos, principalmente iniciados pela mãe, como forma de estimular o filho pequeno no desenvolvimento de habilidade e de avaliá-lo com vistas a detectar precocemente qualquer anormalidade que poderia sugerir soropositividade ao HIV.
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