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Jogo Patológico e suas relações com o espectro impulsivo-compulsivo. / Pathological gambling and its relation to the impulsive-compulsive spectrum of disorders.

Hermano Tavares 28 November 2000 (has links)
Jogo Patológico é um transtorno psiquiátrico ao qual se reputa importante participação de fatores de personalidade. Jogo Patológico tem sido associado com dependências de substâncias e especula-se uma relação com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Alguns propõem que seja visto como uma dependência não química, outros recusam esta designação argumentando que o termo dependência deveria ser reservado ao uso abusivo de substâncias psicoativas e que JP estaria mais próximo de transtornos do humor e ansiosos. Jogo patológico já foi classificado como comportamento compulsivo, como dependência e, atualmente, encontra-se entre os 'Transtornos do Controle dos Impulsos Não Classificados em Outro Local' no DSM-IV, e entre os 'Transtornos de Hábitos e Impulsos' na CID-10. A relativa juventude do Jogo Patológico, enquanto categoria diagnóstica operacionalmente definida, talvez explique a imprecisão em sua caracterização fenomenológica e clínica. Os objetivos desta tese foram comparar Jogo Patológico e TOC, quanto às características de curso clínico e comorbidade e comparar jogadores patológicos, portadores de TOC e controles normais quanto a traços de personalidade com enfoque específico em impulsividade e compulsividade. Foram selecionados 40 jogadores patológicos, 40 portadores de TOC e 40 controles normais, pareados por gênero, idade e nível educacional. Os instrumentos utilizados foram o SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry), para investigação de curso e comorbidade; o Tridimensional Personality Questionnaire; a Barrat Impulsiveness Scale versão 11 e uma versão adaptada da Yale Brown Obsessive Compulsive Scale para investigação de compulsividade. Observou-se que os portadores de TOC apresentaram início mais precoce, curso mais insidioso e menor freqüência de períodos livres de sintomatologia. Jogo Patológico e TOC apresentaram elevada comorbidade com transtornos ansiosos e depressão, porém Jogo Patológico apresentou uma associação significativamente maior com alcoolismo e tabagismo, enquanto TOC apresentou maior freqüência de transtornos somatoformes. Jogadores pontuaram em média significativamente mais que portadores de TOC e controles normais nas medidas de impulsividade. Portadores de TOC pontuaram mais que jogadores e controles normais em compulsividade. Jogadores pontuaram mais que controles normais em compulsividade. Conclui-se que Jogo Patológico e TOC guardam alguma semelhança no tocante à elevada comorbidade com depressão e ansiedade. Contudo, o curso clínico do Jogo Patológico, marcado por exacerbações paroxísticas e períodos de abstinência, além da elevada comorbidade com alcoolismo e tabagismo, reforçam suas semelhanças com as dependências. Em relação à personalidade, o traço mais saliente dos jogadores foi a impulsividade, justificando sua classificação como um transtorno do impulso. / Pathological Gambling (PG) is a psychiatric disorder in which personality features are considered essential for its development. In addition, it has been associated to Substance Dependence and a relationship to Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) has been proposed. Some authors conceptualize it as a non-chemical dependence; others refuse this concept, arguing that the term dependence should be used exclusively to the misuse of psychoactive substances, and that PG would be closer to anxiety and affective disorders. PG has been classified as a compulsive behavior, as a dependence, and presently it is classified among the Impulse Control Disorders Not Elsewhere Classified in the DSM-IV, and 'Habit and Impulse disorders' in the ICD-10. PG's relative youth as a diagnostic category may explain the inaccuracy of its phenomenology and clinical characterization. The objectives of this study were: to compare PG and OCD regarding clinical course and psychiatric comorbidity; to compare pathological gamblers, obsessive-compulsive patients, and normal controls regarding personality features, specifically focussing impulsivity and compulsivity. Forty pathological gamblers, 40 obsessive-compulsive patients, and 40 normal control volunteers, matched by gender, age, and educational level were included. They were assessed through the Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry for evaluation of course of illness and psychiatric comorbidity; the Tridimensional Personality Questionnaire; the Barratt Impulsiveness Scale version 11, and an adapted version of the Yale Brown Obsessive Compulsive Scale for investigation of compulsivity. It was observed that OCD patients were younger at illness onset, had a more insidious course of the illness, with less frequent symptom free periods. PG and OCD presented high comorbidity with anxiety and depressive disorders, but PG presented a higher association to alcoholism and tobacco dependence as compared to OCD, while OCD presented a higher association to somatoform disorders as compared to PG. Pathological gamblers scored significantly higher than OCD patients and normal controls on impulsivity measures. OCD patients scored higher than pathological gamblers and normal controls on impulsivity. Pathological gambler scored higher than normal controls on compulsivity. It was concluded that PG and OCD have similarities regarding their high comorbidity to depression and anxiety. Nevertheless, PG's clinical course, characterized by recurrent symptomatic periods and symptom free periods, in addition to the high comorbidity with alcoholism and tobacco dependence, reinforces its resemblance to the dependencies. Regarding personality, impulsivity was the most salient feature found among pathological gamblers, thus supporting PG's classification as an impulsive control disorder.
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Dimensões de sintomas associados à resposta às cirurgias límbicas para o tratamento  do transtorno obsessivo-compulsivo / Limbic neurosurgery for obsessive-compulsive disorder: relations between symptom dymensions and outcome

André Felix Gentil 30 October 2013 (has links)
Pesquisas sobre o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) que reunem pacientes em subgrupos homogêneos a partir de dimensões de sintomas, e as que investigam sua validade utilizando métodos genéticos, de neuroimagem e de resposta terapêutica, têm produzido resultados de valor heurístico. Em particular, a dimensão de colecionismo mostrou ser a mais distinta quanto às características neurobiológicas e a mais associada à pior resposta aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos. Paralelamente, novos métodos de tratamento neurocirúrgico para os casos mais refratários e graves tem sido testados no TOC, atingindo mais eficácia e segurança. Entretanto, não há registro na literatura de uma investigação sistemática da relação entre a presença de dimensões de sintomas antes das cirurgias e o resultado clínico. O objetivo deste estudo foi investigar se dimensões de sintomas, em particular o colecionismo, poderiam influenciar a resposta terapêutica às neurocirurgias límbicas para o tratamento do TOC. Informações de 77 pacientes submetidos à cirurgias ablativas para o tratamento de TOC em três centros de pesquisa das cidades de São Paulo (Brasil, n=17), Boston (EUA, n=37) e Estocolmo (Suécia, n=23) foram analisadas utilizando a Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DYBOCS; São xvi Paulo) ou a Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale Symptom Checklist (YBOCS-SC; Boston e Estocolmo) para a estratificação em dimensões de sintomas, e os escores YBOCS para avaliações de resultado clinico. Após os procedimentos, houve uma diminuição média de 34,2% nos escores YBOCS (IC 95% de 27,2% a 41,3%), com um tempo de seguimento médio de 34,8 meses, sem diferença significativa entre os centros de pesquisa ou em relação ao tipo de cirurgia (capsulotomia, São Paulo e Estocolmo; cingulotomia, Boston). Pacientes com dimensão de colecionismo apresentaram pior resposta ao tratamento (redução média dos escores YBOCS de 22,70% [DP = 32,23] para pacientes com colecionismo versus 41,60% [DP = 25,99] para pacientes sem colecionismo, p=0,006). Pacientes com dimensão de pensamentos proibidos também revelaram pior resposta ao tratamento (redução média dos escores YBOCS de 30,10% [DP = 29,61] para pacientes com pensamentos proibidos versus 51,33% [DP = 32,74] para pacientes sem pensamentos proibidos, p=0,033), mas este efeito dependeu da co-ocorrência das dimensões de pensamentos proibidos e colecionismo. Ao se utilizar um modelo de análise de variância (ANOVA), apenas a influência negativa do colecionismo se manteve: a redução média dos escores YBOCS em todos os pacientes foi de 13 pontos, mas em pacientes com colecionismo essa redução foi de 7 pontos (p=0,002). Concluindo, a presença da dimensão de colecionismo no momento pré-operatório associou-se à redução da melhora clínica decorrente da intervenção neurocirúrgica / Research on obsessive-compulsive disorder (OCD) using symptom dymension strategies to identify more homogeneous patient subgroups, coupled with genetic, neuroimaging, and treatment outcome studies, has produced results of heuristic value. In particular, the hoarding dimension has more distinct neurobiological characteristics and has been associated with worse response to pharmachological and psychoterapeutic treatments. At the same time, the most severe and treatment refractory cases of OCD have been treated with novel neurosurgical techniques, with better efficacy and safety profiles. However, the association between symptom dimensions prior to surgery and the treatment outcome after the limbic procedure has not been sistematically investigated in the literature so far. The objective of this study was to investigate if symptom dymensions, in particular hoarding, could influence treatment outcome of limbic neurosurgeries for OCD. Information on 77 patients that underwent limbic ablative procedures for OCD from three research centers at Sao Paulo (Brazil, n=17), Boston (USA, n=37), and Stockholm (Sweden, n=23) were collected and analyzed. Symptom stratification was obtained using the Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DYBOCS; Sao Paulo) or the Yale-Brown xix Obsessive-Compulsive Scale Symptom Checklist (YBOCS-SC; Boston and Stockholm) and treatment outcome was defined using YBOCS scores. Mean YBOCS scores reduced 34.2% after surgery (CI 95% = 27.2% to 41.3%) with a mean follow-up of 34.8 months. There was no significant difference among centers or in relation to the method of surgical intervention (capsulotomy, Sao Paulo and Stockholm; cingulotomy, Boston). Patients with hoarding symptoms had worse response to treatment (mean YBOCS reduction of 22.70% [SD = 32.23] for hoarding patients vs. 41.60% [SD = 25.99] for patients without hoarding symptoms, p=0,006). Patients with forbidden thoughts symptoms apparently also had worse response to treatment (mean YBOCS reduction of 30.10% [SD = 29.61] for patients with forbidden thoughts vs. 51.33% [SD = 32.74] for patients without this symptom dymension, p=0,033), but this effect proved dependent on the co-occurence of forbidden thoughts with hoarding dymensions. Indeed, using an analisys of variance model (ANOVA) only the negative influence of the hoarding dymension remained: patients without hoarding had a mean YBOCS redution of 13 points, while in patients with hoarding symptoms the mean reduction was of 7 points (p=0.002). In conclusion, the pre-operative presence of the hoarding dymension was associated with worst clinical outcome after the neurosurgical procedures
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Análise estereológica postmortem do córtex orbitofrontal de indivíduos acomeditos por transtorno obsessivo-compulsivo ou por transtorno afetivo bipolar / Postmortem stereological analysis of orbitofrontal cortex of the subjects with obsessive-compulsive disorder or. bipolar disorder

Katia Cristina de Oliveira 04 December 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O transtorno afetivo bipolar (TAB) e o transtorno obsessivocompulsivo (TOC) estão entre as dez condições médicas mais incapacitantes. No entanto, suas bases neurobiológicas são ainda desconhecidas. Os estudos postmortem podem dar uma boa contribuição para o entendimento da fisiopatologia desses transtornos, pois permitem a comparação das alterações celulares, citoarquitetônicas e moleculares com as manifestações clínicas, além de auxiliarem numa melhor compreensão dos achados dos estudos de neuroimagem. OBJETIVOS: Comparar a densidade neuronal, volume e número total de neurônios do córtex orbitofrontal (COF) e suas sub-regiões: antero-medial (AM), médio-orbitofrontal (MO) e antero-lateral (AL) entre casos psiquiátricos e controles; Verificar se há diferenças de densidade neuronal, volume e número total de neurônios do COF entre os casos de TAB e casos de TOC e controles. MÉTODOS E CASUÍSTICA: 17 encéfalos de indivíduos acima de 50 anos foram coletados, diagnosticados e submetidos a análises estereológicas, sendo três indivíduos acometidos por TAB, sete indivíduos acometidos por TOC e sete controles saudáveis pareados por idade, gênero e hemisfério cerebral analisado. Um hemisfério foi fixado por perfusão com formalina 20% e processado para estudos neuroestereológicos, enquanto o outro teve as 45 regiões de interesse dissecadas e congeladas a -80ºC para futuros estudos moleculares. RESULTADOS: O COF e suas sub-regiões apresentaram menor densidade neuronal no grupo total de casos vs. controles (p < 0,05). No entanto, não houve diferença em relação ao volume. A subregião MO apresentou um número menor de neurônios nos casos que em controles (p < 0,05). Curiosamente, na análise de densidade neuronal das camadas corticais, apenas a camada IV não apresentou diferença estatisticamente significante entre casos e controles. CONCLUSÕES: Nossos achados mostram que alterações no COF podem estar envolvidas com a fisiopatologia do TOC ou TAB, e indicam que podem haver interações entre elas e, além disso, concordam com estudos de imagem funcional e de atividades cerebrais na região MO que nos faz refletir que além de uma perda neuronal, há também uma hipoativação e uma redução funcional. Estudos com um número maior de amostras e com diferenciação celular poderão trazer novas contribuições para o entendimento da fisiopatologia desses transtornos neuropsiquiátricos / INTRODUCTION: Bipolar disorder (BD) and obsessive compulsive disorder (OCD) are within the ten medical condition promoving incapacity worldwide. To date, their neuropathological substrates are yet to be disclosed. Postmortem studies designed to estimate cytoarchitectonic and molecular changes for clinical and imaging correlation, have the potencial to undercover pathophysiological aspects of these conditions. OBJECTIVE: Objective: To compare neuronal density, volume and total neuron number of orbitofrontal cortex (OFC) as a whole and divided by sub-regions: anteromedial (AM), medio-orbitofrontal (MO) and antero-lateral (AL) among BD, OCD and matched controls. METHODS: We used 17 postmortem brains sourced from the Psy- BBBABSG. All the subject were older than 50 years and were classified based on clinical evaluation in BD, OCD and healthy control. Subjects were matched by age, gender and brain hemisphere. One hemisphere were perfusion fixed with 20% formalin and used for neuroestereological studies. The second hemisphere had ROIs dissected and snap frozen for future molecular studies. OUTCOMES: Neuron density in OFC and the sub-regions were decreased in cases vs. controls (p < 0,05). This result was observed in cortical layers analyses with exception of layer IV. We did not observed significant changes in volume. The MO sub-region had reduced total neuron number in cases than in controls (p < 0,05). CONCLUSION: Ours results suggest that OFC changes may be part of BD and OCD pathogenesis. These results go in line with functional imaging findings. Further studies with a higher number of cases and adressing specific neuron types are needed
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Transtorno obsessivo-compulsivo, tiques, síndrome de Tourette e outros transtornos psiquiátricos em pacientes com febre reumática, com ou sem Coréia de Sydenham. / Obsessive-compulsive disorder, tic disorders, Tourette syndrome and other psychiatric disorders in rheumatic fever with or without Sydenham's Chorea patients

Mercadante, Marcos Tomanik 05 May 1999 (has links)
Transtornos psiquiátricos têm sido descritos com maior freqüência em pacientes com Coréia de Sydenham (CS) do que em pacientes com Febre Reumática(FR) sem CS. Os objetivos desse estudo forma o de verificar: se existe uma freqüência aumentada de transtornos psiquiátricos em pacientes com FR comparados a um grupo controle; se estes transtornos psiquiátricos apresentam freqüência aumentada em grupo de pacientes com Coréia de Sydenham, a manifestação da FR no Sistema Nervoso Central, comparado ao grupo de pacientes com FR sem CS; e, por fim, verificar a relação temporal entre o início destes diversos transtornos e o início da FR. Concluiu-se que a presença de FR está associada a uma maior freqüência de transtornos psiquiátricos, mesmo na ausência de CS. O TDHA e o TT, neste estudo, foram indicados como fatores de risco para o desenvolvimento de CS em pacientes com FR. / Psychiatric disorders have been described as more frequent in Sydenham’s Chorea patients SC) than in rheumatic fever without SC (RF). The aim of this study was to investigate it the prevalence of psychiatric disorders in RF is associated with the occurrence of SC. Furthermore, age of onset of the various symptoms was determined in order to clarify the temporal relationship between the presence of psychiatric symptoms and either rheumatic fever or Sydenham’s Chorea. Using semi-structured diagnostic interviews for DSM-IV and ratings scales, the authors assessed 22 SC patients, 20 RF patients and 20 pediatric controls. Statistical Analyses were performed using Pearson chi-square (Fischer’s exact test for 2x2 tables) for comparisons of categorial variables. Comparisons of continuous variables among groups were carried out using ANOVA and the Student t-test, when only groups were analyzed. In order to establish the risk for the development of SC and OCD given to presence of other co-morbid conditions, a logistic regression was applied. The level of significance adopted was 0.05. Both the SC and RF groups showed a greater prevalence of psychiatric disorders. The SC sample showed higher frequency of major depression disorder (MDD) (x2 = 19,1, df = 2, p = 0,00007), tic disorder (TD) (x2 = 21,1, df = 2, p = 0,00001) and attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) (x2-21,7, df = 2, p = 0,0002). Although Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) was not statiscally higher in the SC and RF groups, Obsessive-Compulsive Symptoms were more frequent in both RF and SC groups compared to the controls (x2 = 7,3, df = 2, p = 0,025). The age of onset for both ADHD and TD predicted the risk for development of SC. The risk of development of OCD in SC children was also associated with the age of onset of ADHD. RF seems to confer increased risk to develop neuropsychiatric disorders even in patients without SC. In this sample, ADHD and TD was an important risk factor for the occurrence of co-morbid illnesses.
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Transtorno obsessivo-compulsivo, tiques, síndrome de Tourette e outros transtornos psiquiátricos em pacientes com febre reumática, com ou sem Coréia de Sydenham. / Obsessive-compulsive disorder, tic disorders, Tourette syndrome and other psychiatric disorders in rheumatic fever with or without Sydenham's Chorea patients

Marcos Tomanik Mercadante 05 May 1999 (has links)
Transtornos psiquiátricos têm sido descritos com maior freqüência em pacientes com Coréia de Sydenham (CS) do que em pacientes com Febre Reumática(FR) sem CS. Os objetivos desse estudo forma o de verificar: se existe uma freqüência aumentada de transtornos psiquiátricos em pacientes com FR comparados a um grupo controle; se estes transtornos psiquiátricos apresentam freqüência aumentada em grupo de pacientes com Coréia de Sydenham, a manifestação da FR no Sistema Nervoso Central, comparado ao grupo de pacientes com FR sem CS; e, por fim, verificar a relação temporal entre o início destes diversos transtornos e o início da FR. Concluiu-se que a presença de FR está associada a uma maior freqüência de transtornos psiquiátricos, mesmo na ausência de CS. O TDHA e o TT, neste estudo, foram indicados como fatores de risco para o desenvolvimento de CS em pacientes com FR. / Psychiatric disorders have been described as more frequent in Sydenham’s Chorea patients SC) than in rheumatic fever without SC (RF). The aim of this study was to investigate it the prevalence of psychiatric disorders in RF is associated with the occurrence of SC. Furthermore, age of onset of the various symptoms was determined in order to clarify the temporal relationship between the presence of psychiatric symptoms and either rheumatic fever or Sydenham’s Chorea. Using semi-structured diagnostic interviews for DSM-IV and ratings scales, the authors assessed 22 SC patients, 20 RF patients and 20 pediatric controls. Statistical Analyses were performed using Pearson chi-square (Fischer’s exact test for 2x2 tables) for comparisons of categorial variables. Comparisons of continuous variables among groups were carried out using ANOVA and the Student t-test, when only groups were analyzed. In order to establish the risk for the development of SC and OCD given to presence of other co-morbid conditions, a logistic regression was applied. The level of significance adopted was 0.05. Both the SC and RF groups showed a greater prevalence of psychiatric disorders. The SC sample showed higher frequency of major depression disorder (MDD) (x2 = 19,1, df = 2, p = 0,00007), tic disorder (TD) (x2 = 21,1, df = 2, p = 0,00001) and attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) (x2-21,7, df = 2, p = 0,0002). Although Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) was not statiscally higher in the SC and RF groups, Obsessive-Compulsive Symptoms were more frequent in both RF and SC groups compared to the controls (x2 = 7,3, df = 2, p = 0,025). The age of onset for both ADHD and TD predicted the risk for development of SC. The risk of development of OCD in SC children was also associated with the age of onset of ADHD. RF seems to confer increased risk to develop neuropsychiatric disorders even in patients without SC. In this sample, ADHD and TD was an important risk factor for the occurrence of co-morbid illnesses.
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Tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo resistente com estimulação magnética transcraniana de repetição (EMTr): um estudo duplo-cego controlado / Treatment of resistant obsessive-compulsive disorder with repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS): a double-blind, placebo controlled trial

Mansú, Carlos Gustavo Sardinha 29 June 2010 (has links)
Introdução: O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da estimulação magnética transcraniana de repetição (EMTr) em freqüência excitatória, aplicada ao córtex pré-frontal dorsolateral direito (CPFDLd), quando adicionada ao tratamento vigente de pacientes com transtorno obsessivocompulsivo (TOC) resistente. Método: 30 pacientes com TOC resistente ao tratamento foram alocados aleatoriamente para receber EMTr ativa ou placebo, sendo que a condição de tratamento permaneceu oculta para pacientes e avaliador. O tratamento vigente permaneceu estável por ao menos 8 semanas. A EMTr foi realizada com uma bobina em formato de oito à freqüência de 10Hz, com 110% do limiar motor em 30 sessões diárias de 40 séries de 5 segundos com 25 segundos de intervalo. A gravidade dos sintomas foi avaliada inicialmente, após 2 e 6 semanas de tratamento e 2 e 6 semanas de seguimento com a escala de Yale-Brown para avaliação de sintomas obsessivo-compulsivos (Y-BOCS), Escala de Impressão Clínica Global (CGI), Escala de Hamilton para ansiedade (HAM-A), Escala de Hamilton para depressão com 17 itens (HAM-D17), e inventário SF-36 de qualidade de vida. A medida primária de eficácia foi definida como redução de 30% ou mais nos escores da Y-BOCS e avaliação melhor ou muito melhor na sub-escala de melhora clínica da CGI ao término do seguimento. Resultados: A análise da medida primária de eficácia revelou que apenas um paciente em cada grupo preencheu critérios de resposta para o tratamento com EMTr (P=1.00). A análise de medidas repetidas dos escores de Y-BOCS mostrou um efeito significativo do tempo (F=7.33, P=0.002). Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos ou interação grupo/tempo. A análise de medidas repetidas da CGI (gravidade), HAM-D17 e HAM-A também mostrou efeito significativo do tempo (P<0.001, =0.001 e <0.001 respectivamente), novamente sem diferença significativa entre os grupos ou interação. Conclusão: EMTr excitatória aplicada ao CPFDLd de pacientes com TOC resistente ao tratamento não foi diferente de placebo na redução de sintomas obsessivo-compulsivos ou melhora da impressão clínica global. Entretanto, ocorreu uma resposta placebo significativa / Introduction: The present study aims to evaluate the efficacy of added excitatory repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS), applied to the right dorsolateral prefrontal cortex in patients with treatment resistant obsessive-compulsive disorder (OCD). Methods: 30 treatment resistant OCD outpatients were randomized to receive either active or sham rTMS, remaining both patients and rater blind to treatment condition. Baseline treatment was kept stable for at least 8 weeks, and rTMS was performed with a figure-of-eight coil at 10Hz, 110% of motor threshold at 30 daily sessions of 40 trains of 5 seconds with 25 seconds interval. Symptom severity was determined at baseline and after 2 and 6 weeks of treatment and further 2 and 6 weeks of follow-up, using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), Clinical Global Impression Scale (CGI), Hamilton Anxiety Rating Scale (HAM-A), Hamilton Depression Rating Scale (HAM-D17) and SF-36 quality of life inventory. The primary outcome measure was defined as 30% or more improvement in Y-BOCS scores and a much improved or improved score at the CGIimprovement subscale by the end of follow up. Results: The analysis of primary outcome measure revealed that only one patient on each group met response criteria for treatment with rTMS (P=1.00). Repeated-measures analysis of Y-BOCS scores showed a significant effect of time (F=7.33, P=0.002). However, no significant group effect or group by time interaction was observed. Repeated measures analysis of CGI (severity), HAM-D17 and HAM-A also showed a significant effect of time (P<0.001, =0.001 and <0.001 respectively) with no significant group effect or group by time interaction. Conclusion: Excitatory rTMS delivered to the rDLPFC of treatment resistant OCD patients was not different from placebo in reducing obsessive-compulsive symptoms or improving clinical global impression. However, a significant placebo response occurred
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Os aspectos psicopatológicos e fenomenológicos do transtorno de escoriação / Psychopathological and phenomenological features associated with excoriation disorder

Oliveira, Elen Cristina Batista de 08 November 2018 (has links)
Introdução: O Transtorno de Escoriação (TE) é caracterizado pelo comportamento repetitivo e excessivo de escoriar a pele saudável, resultando em dano tecidual e significativo sofrimento, associado a ânsia incontrolável e falha em controlar tal comportamento repetitivo. Atualmente o TE é classificado na seção de transtornos relacionados aos Transtornos Obsessivo-compulsivos (TOC) da 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM). No entanto, ainda existem debates a respeito da sua classificação, se o mesmo está relacionado a transtornos relacionados ao TOC, ou se é melhor conceituado como uma dependência comportamental. Objetivos: O presente estudo comparou um grupo de indivíduos com TE com dois paradigmas dos transtornos obsessivo-compulsivos, i.e., TOC, e dos transtornos impulsivo-aditivos, i.e., Transtorno do Jogo (TJ), analisando suas características sociodemográficas, clínicas, categorias diagnósticas, perfil de comorbidades, sintomas obsessivo-compulsivos, traços impulsivos e atributos de personalidade. O objetivo de tal comparação foi avaliar se o TE estaria mais relacionado aos transtornos relacionados ao TOC ou ao TJ. Métodos: Participaram do estudo 121 pacientes, que procuraram o tratamento no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HCFMUSP), Brasil. Do total de 121 participantes, 40 foram diagnosticados com TE, 41 com TOC e 40 com TJ. Foram utilizadas entrevistas clínicas estruturadas para diagnosticar e comparar os três grupos na sobreposição diagnóstica e nas comorbidades psiquiátricas atuais, e escalas de autopreenchimento padronizadas para avaliar os sintomas dimensionais e comparar os três grupos em análise dimensional. Resultados: O grupo TE apresentou maior preponderância de mulheres, mais jovens e com maior instrução acadêmica. Na análise categorial TE se aproximou, significativamente, mais de TOC (n = 14) do que de TJ (n = 3), se sobrepondo ao primeiro. Os grupos TE e TOC também foram mais propensos a apresentar outros Comportamentos Repetitivos Focados no Corpo (CRFC) e transtornos ansiosos em geral. A presença de CRFC diferenciou TE de TJ, por outro lado, TE se diferenciou de TOC pela presença de comportamentos aditivos. A análise dimensional demonstrou que TE se apresenta como um modelo híbrido de obsessividade-compulsividade e impulsividade. Finalmente, a análise de correlação mostrou que os escores de obsessividade-compulsividade e impulsividade não foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação da pele. Discussão: Os dados da análise categorial apoiam a classificação de TE como um transtorno correlato ao TOC. Já os achados das análises dimensionais sugerem que uma apresentação psicopatológica híbrida de TE, contendo tanto elementos obsessivo-compulsivos, como com traços impulsivos. No entanto, nenhum desses aspectos foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação no grupo TE, sugerindo que o comportamento de escoriação da pele é independente desses fatores nestes indivíduos. O conjunto de tal apresentação sucinta a alocação de TE junto ao grupo dos chamados CRFC. Conclusão: TE apresenta um perfil demográfico e clínico próprios. TE e TOC compartilham mais similaridades no perfil de comorbidades psiquiátricas do que TJ, a maioria baseada nos transtornos ansiosos. Por outro lado, TE se diferencia de TOC, por uma associação mais frequente com os transtornos aditivos. TE apresentou níveis intermediários de compulsividade e impulsividade na abordagem dimensional. O comportamento de escoriação não mostrou correlação relevante com as medidas dimensionais de compulsividade nem impulsividade. TE, de uma forma geral, teve uma associação robusta com os outros CRFC, diferenciando-se de TOC e de TJ. TE poderia ser classificado em uma sessão à parte juntamente com outros CRFC / Introduction: Excoriation Disorder (ED) is characterized by repetitive and excessive picking on healthy skin, resulting in significant skin damage and psychological distress associated with uncontrollable urge and failure to control this repetitive behavior. ED is currently classified under the Obsessive-compulsive and Related Disorders (OCRD) section of the Diagnostic and Statistics Manual of Mental Disorders - 5th edition. Nevertheless, there is still no consensus whether ED is more closely related to OCRDs or it would be better conceptualized as a behavioral addiction. Objectives: Compare ED patients with two paradigms of obsessive-compulsive disorders (OCD) and impulsive-addictive disorders (gambling disorder), analyzing their sociodemographic and clinical characteristics, diagnostic categories, comorbidity profile, obsessive-compulsive symptoms, impulsive traits, and personality features. The purpose of this comparison was to assess whether ED was more related to OCD-related disorders (OCDRD) or to behavioral addictions, e.g., Gambling Disorder (GD). Methods: Study participants were 121 patients seeking treatment at Instituto de Psiquiatria (IPq), Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade Sao Paulo (HCFMUSP), Sao Paulo, Brasil. Of the 121 participants, 40 were diagnosed with ED, 41 with OCD, and 40 with GD. Structured clinical interviews were used to diagnose and compare the three groups in diagnostic overlap and current psychiatric-comorbidities, and standardized self-reports were used to evaluate the dimensional variables. Results: Participants in the ED group were more likely to be women, young, and with higher levels of education compared with those of the other groups. In the categorical analysis, ED was more significantly approached to OCD (n=14) than to GD (n=3), overlapping the first. In general, ED and OCD were also more likely to exhibit other body-focused repetitive behaviors (BFRB) and anxiety disorders. The presence of BFRB differentiated ED from GD. In contrast, ED differed from OCD by the presence of addictive behaviors. The dimensional analysis found that ED is a hybrid model of obsessive-compulsivity and impulsivity. Discussion: Categorical analysis supports the classification of ED as OCDRD; however, ED presented differences that may share underlying characteristics with OCD (e.g., compulsivity) and behavioral addiction (e.g., impulsivity). Dimensional analysis suggests a heterogeneous psychopathological in ED with both obsessive-compulsive and impulsive features. Correlation analysis shows that obsessive-compulsivity and impulsivity scores were not correlated to skin excoriation severity symptoms. The overall viewpoints to the allocation of ED points to its own diagnostic category, that is, Body-focused Repetitive Behaviors (BFRB). Conclusion: ED shows a peculiar demographic and clinical profile. ED and OCD share more similarities in the profile of psychiatric comorbidities than GD, mostly based on anxiety disorders. In contrast, ED differs from OCD by a more frequent association with addictive disorders. ED presented intermediate levels of compulsivity and impulsivity between OCD and GD in the dimensional approach. The excoriation behavior showed no relevant correlation with dimensional measures of compulsivity or impulsivity
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Os aspectos psicopatológicos e fenomenológicos do transtorno de escoriação / Psychopathological and phenomenological features associated with excoriation disorder

Elen Cristina Batista de Oliveira 08 November 2018 (has links)
Introdução: O Transtorno de Escoriação (TE) é caracterizado pelo comportamento repetitivo e excessivo de escoriar a pele saudável, resultando em dano tecidual e significativo sofrimento, associado a ânsia incontrolável e falha em controlar tal comportamento repetitivo. Atualmente o TE é classificado na seção de transtornos relacionados aos Transtornos Obsessivo-compulsivos (TOC) da 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM). No entanto, ainda existem debates a respeito da sua classificação, se o mesmo está relacionado a transtornos relacionados ao TOC, ou se é melhor conceituado como uma dependência comportamental. Objetivos: O presente estudo comparou um grupo de indivíduos com TE com dois paradigmas dos transtornos obsessivo-compulsivos, i.e., TOC, e dos transtornos impulsivo-aditivos, i.e., Transtorno do Jogo (TJ), analisando suas características sociodemográficas, clínicas, categorias diagnósticas, perfil de comorbidades, sintomas obsessivo-compulsivos, traços impulsivos e atributos de personalidade. O objetivo de tal comparação foi avaliar se o TE estaria mais relacionado aos transtornos relacionados ao TOC ou ao TJ. Métodos: Participaram do estudo 121 pacientes, que procuraram o tratamento no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HCFMUSP), Brasil. Do total de 121 participantes, 40 foram diagnosticados com TE, 41 com TOC e 40 com TJ. Foram utilizadas entrevistas clínicas estruturadas para diagnosticar e comparar os três grupos na sobreposição diagnóstica e nas comorbidades psiquiátricas atuais, e escalas de autopreenchimento padronizadas para avaliar os sintomas dimensionais e comparar os três grupos em análise dimensional. Resultados: O grupo TE apresentou maior preponderância de mulheres, mais jovens e com maior instrução acadêmica. Na análise categorial TE se aproximou, significativamente, mais de TOC (n = 14) do que de TJ (n = 3), se sobrepondo ao primeiro. Os grupos TE e TOC também foram mais propensos a apresentar outros Comportamentos Repetitivos Focados no Corpo (CRFC) e transtornos ansiosos em geral. A presença de CRFC diferenciou TE de TJ, por outro lado, TE se diferenciou de TOC pela presença de comportamentos aditivos. A análise dimensional demonstrou que TE se apresenta como um modelo híbrido de obsessividade-compulsividade e impulsividade. Finalmente, a análise de correlação mostrou que os escores de obsessividade-compulsividade e impulsividade não foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação da pele. Discussão: Os dados da análise categorial apoiam a classificação de TE como um transtorno correlato ao TOC. Já os achados das análises dimensionais sugerem que uma apresentação psicopatológica híbrida de TE, contendo tanto elementos obsessivo-compulsivos, como com traços impulsivos. No entanto, nenhum desses aspectos foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação no grupo TE, sugerindo que o comportamento de escoriação da pele é independente desses fatores nestes indivíduos. O conjunto de tal apresentação sucinta a alocação de TE junto ao grupo dos chamados CRFC. Conclusão: TE apresenta um perfil demográfico e clínico próprios. TE e TOC compartilham mais similaridades no perfil de comorbidades psiquiátricas do que TJ, a maioria baseada nos transtornos ansiosos. Por outro lado, TE se diferencia de TOC, por uma associação mais frequente com os transtornos aditivos. TE apresentou níveis intermediários de compulsividade e impulsividade na abordagem dimensional. O comportamento de escoriação não mostrou correlação relevante com as medidas dimensionais de compulsividade nem impulsividade. TE, de uma forma geral, teve uma associação robusta com os outros CRFC, diferenciando-se de TOC e de TJ. TE poderia ser classificado em uma sessão à parte juntamente com outros CRFC / Introduction: Excoriation Disorder (ED) is characterized by repetitive and excessive picking on healthy skin, resulting in significant skin damage and psychological distress associated with uncontrollable urge and failure to control this repetitive behavior. ED is currently classified under the Obsessive-compulsive and Related Disorders (OCRD) section of the Diagnostic and Statistics Manual of Mental Disorders - 5th edition. Nevertheless, there is still no consensus whether ED is more closely related to OCRDs or it would be better conceptualized as a behavioral addiction. Objectives: Compare ED patients with two paradigms of obsessive-compulsive disorders (OCD) and impulsive-addictive disorders (gambling disorder), analyzing their sociodemographic and clinical characteristics, diagnostic categories, comorbidity profile, obsessive-compulsive symptoms, impulsive traits, and personality features. The purpose of this comparison was to assess whether ED was more related to OCD-related disorders (OCDRD) or to behavioral addictions, e.g., Gambling Disorder (GD). Methods: Study participants were 121 patients seeking treatment at Instituto de Psiquiatria (IPq), Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade Sao Paulo (HCFMUSP), Sao Paulo, Brasil. Of the 121 participants, 40 were diagnosed with ED, 41 with OCD, and 40 with GD. Structured clinical interviews were used to diagnose and compare the three groups in diagnostic overlap and current psychiatric-comorbidities, and standardized self-reports were used to evaluate the dimensional variables. Results: Participants in the ED group were more likely to be women, young, and with higher levels of education compared with those of the other groups. In the categorical analysis, ED was more significantly approached to OCD (n=14) than to GD (n=3), overlapping the first. In general, ED and OCD were also more likely to exhibit other body-focused repetitive behaviors (BFRB) and anxiety disorders. The presence of BFRB differentiated ED from GD. In contrast, ED differed from OCD by the presence of addictive behaviors. The dimensional analysis found that ED is a hybrid model of obsessive-compulsivity and impulsivity. Discussion: Categorical analysis supports the classification of ED as OCDRD; however, ED presented differences that may share underlying characteristics with OCD (e.g., compulsivity) and behavioral addiction (e.g., impulsivity). Dimensional analysis suggests a heterogeneous psychopathological in ED with both obsessive-compulsive and impulsive features. Correlation analysis shows that obsessive-compulsivity and impulsivity scores were not correlated to skin excoriation severity symptoms. The overall viewpoints to the allocation of ED points to its own diagnostic category, that is, Body-focused Repetitive Behaviors (BFRB). Conclusion: ED shows a peculiar demographic and clinical profile. ED and OCD share more similarities in the profile of psychiatric comorbidities than GD, mostly based on anxiety disorders. In contrast, ED differs from OCD by a more frequent association with addictive disorders. ED presented intermediate levels of compulsivity and impulsivity between OCD and GD in the dimensional approach. The excoriation behavior showed no relevant correlation with dimensional measures of compulsivity or impulsivity
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Estratégia de potencialização medicamentosa no transtorno obsessivo-compulsivo resistente: um estudo duplo-cego controlado / Pharmacological augmentation strategies in treatment resistant obsessive-compulsive disorder: a double-blind placebo-controlled trial

Juliana Belo Diniz 21 February 2011 (has links)
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico freqüentemente crônico caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. Tratamentos de primeira linha, que incluem os inibidores seletivos da recaptura de serotonina (ISRS) e a terapia cognitivocomportamental com técnicas de exposição e prevenção de respostas não conseguem melhora satisfatória em até 40% dos pacientes. Para estes casos, existem evidências que apóiam o uso de antipsicóticos como a quetiapina, na potencialização dos ISRS. No entanto, os antipsicóticos são eficazes para apenas um terço dos pacientes e estão associados a eventos adversos preocupantes no longo prazo. Este estudo tem como objetivo comparar a eficácia da potencialização do ISRS fluoxetina com a clomipramina, um inibidor de recaptura da serotonina não-seletivo, ou quetiapina, versus placebo. Para inclusão neste estudo, os pacientes precisavam: relatar os sintomas de TOC como sendo seu problema principal; estar em uso da dose máxima tolerada ou recomendada de fluoxetina por pelo menos oito semanas; ter um escore total na escala Yale Brown Obsessive-Compulsive Disorder Scale (YBOCS) de pelo menos 16; e ter tido uma redução do escore inicial da YBOCS menor do que 35% após tratamento com fluoxetina. Os pacientes (N=54) foram alocados por meio de um método de minimização em três grupos: quetiapina (até 200mg/dia) com fluoxetina (até 40mg/dia) (QTP/FLX) (N=18); clomipramina (até 75mg/dia) com fluoxetina (até 40mg/dia) (CMI/FLX) (N=18); e placebo com dose máxima de fluoxetina (até 80mg/dia) (PLC/FLX) (N=18). Avaliadores cegos obtiveram os escores da YBOCS nas semanas 0 e 12. As análises foram realizadas por intenção de tratar, com imputação do tipo hot-deck para os dados faltantes. Teste de Wald por ANCOVA não paramétrico para medidas ordinais repetidas foi utilizado para avaliar efeitos de grupo, tempo e interação para os resultados da YBOCS e desfechos secundários, tendo as medidas iniciais como co-variáveis. Os resultados da impressão clínica global de melhora (ICG-M) foram utilizados para classificar os pacientes como respondedores ou não-respondedores. O teste qui-quadrado foi utilizado para avaliar a freqüência de respondedores em cada grupo. Foram feitos gráficos de percentis e análises de sensibilidade. Quarenta pacientes (74%) completaram o seguimento. Não foram observados efeitos adversos graves. Pacientes dos grupos PLC/FLX (YBOCS final: média=10, DP=4; redução em relação ao inicial: média=49%, DP=0.49) e CMI/FLX (YBOCS final: média=10, DP=4; redução em relação ao inicial: média=46%, DP=0.51) melhoraram significativamente e tiveram uma melhor resposta quando comparados aos do grupo QTP/FLX (YBOCS final: média=13, DP=3; redução em relação ao inicial: média=18%, DP=0.20; p=0.001). Não foram encontradas diferenças significativas para as medidas secundárias. Os gráficos de percentis confirmaram que os pacientes do grupo QTP/FLX pioraram com maior freqüência e melhoraram menos do que os pacientes dos outros dois grupos. Análises de sensibilidade demonstraram que outros métodos de análise não modificaram significativamente os resultados. Este é o primeiro estudo duplo-cego controlado de potencialização de ISRS com clomipramina em TOC e também o primeiro a comparar a eficácia de potencialização com quetiapina à de outro potencializador. Limitações deste estudo incluem o uso de doses baixas dos potencializadores, taxas de abandono diferentes para os três grupos e período curto de seguimento. Apesar dessas limitações, nossos resultados apóiam o uso da clomipramina como potencializador (principalmente para aqueles que não toleram doses altas de fluoxetina) e o aumento do período de seguimento com fluoxetina em dose máxima antes de uma potencialização medicamentosa ser tentada / Obsessive-compulsive disorder (OCD) manifests often as a chronic illness and is characterized by the presence of obsessions and compulsions. Firstline treatment options, which include selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) and cognitive-behavior therapy with exposure and response prevention techniques, fail to achieve a satisfactory response in up to 40% of patients. Current evidence supports the augmentation of SSRI with antipsychotics, such as quetiapine. However, anti-psychotics are effective for only one-third of the patients and have been associated with severe long term side effects. This study aimed to compare clomipramine and quetiapine augmentation of the SSRI fluoxetine. Previously to the beginning of this trial all patients had to: report OCD as they primary diagnosis, be taking the highest tolerated or recommended dose of fluoxetine for at least eight weeks, have a current Yale Brown Obsessive-Compulsive Scale (YBOCS) total of at least 16, and have had a reduction of less than 35% of the initial total YBOCS score with fluoxetine treatment. Fifty-four patients were allocated trough a minimization procedure in one of three arms: quetiapine (up to 200 mg/day) plus fluoxetine (up to 40 mg/day) (QTP/FLX) (N=18), clomipramine (up to 75 mg/day) plus fluoxetine (up to 40 mg/day) (CMI/FLX) (N=18) and 18 placebo plus sustained maximum dose fluoxetine (up to 80 mg/day) (PLC/FLX) (N=18). Blinded raters collected YBOCS scores at weeks 0 and 12. Analyses were made with intention-to-treat and hot-deck imputation of missing data. Wald statistics from non-parametric ANCOVA for ordinal categorical repeated measures were used to evaluate group, time and interaction effects for YBOCS scores and secondary outcome measures considering initial measures as covariates. Clinical Global Impression scores of improvement (CGI-I) were used to classify individuals in responders or non-responders. Chi-square was used to evaluate frequency of responders in each group. Percentile-plots were built and sensitivity analyses were performed. Completion rate was 74% (N=40). No severe adverse events occurred during the trial. Patients from the PLC/FLX (final YBOCS score: mean=10, SD=4; reduction from initial YBOCS score: mean=49%, SD=0.49) and CMI/FLX (final YBOCS score: mean=10, SD=4; reduction from initial YBOCS score: mean=46%, SD=0.51) groups improved significantly and also had a significantly better response than the ones from the QTP/FLX group (final YBOCS score: mean=13, SD=3; reduction from initial YBOCS score: mean=18%, SD=0.20; p=0.001). No significant differences were evident for secondary outcome measures. Percentile plots confirmed that patients in the QTP/FLX group got worse more often or improved less than in the other two groups. Sensitivity analyses showed that other analytical methods did not significantly change results. This is the first double-blind placebo-controlled trial of clomipramine augmentation and the first to compare quetiapine augmentation with another active augmenter. Limitations of our trial include the use of low dose of augmenters, differential drop-out rates for each treatment arm and short period of follow-up. Despite these limitations, our results support the use of clomipramine as an augmentation strategy (mainly for those who do not tolerate higher doses of fluoxetine) and the prorogation of the period of maximum dose of fluoxetine before an augmentation is tried
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Tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo resistente com estimulação magnética transcraniana de repetição (EMTr): um estudo duplo-cego controlado / Treatment of resistant obsessive-compulsive disorder with repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS): a double-blind, placebo controlled trial

Carlos Gustavo Sardinha Mansú 29 June 2010 (has links)
Introdução: O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da estimulação magnética transcraniana de repetição (EMTr) em freqüência excitatória, aplicada ao córtex pré-frontal dorsolateral direito (CPFDLd), quando adicionada ao tratamento vigente de pacientes com transtorno obsessivocompulsivo (TOC) resistente. Método: 30 pacientes com TOC resistente ao tratamento foram alocados aleatoriamente para receber EMTr ativa ou placebo, sendo que a condição de tratamento permaneceu oculta para pacientes e avaliador. O tratamento vigente permaneceu estável por ao menos 8 semanas. A EMTr foi realizada com uma bobina em formato de oito à freqüência de 10Hz, com 110% do limiar motor em 30 sessões diárias de 40 séries de 5 segundos com 25 segundos de intervalo. A gravidade dos sintomas foi avaliada inicialmente, após 2 e 6 semanas de tratamento e 2 e 6 semanas de seguimento com a escala de Yale-Brown para avaliação de sintomas obsessivo-compulsivos (Y-BOCS), Escala de Impressão Clínica Global (CGI), Escala de Hamilton para ansiedade (HAM-A), Escala de Hamilton para depressão com 17 itens (HAM-D17), e inventário SF-36 de qualidade de vida. A medida primária de eficácia foi definida como redução de 30% ou mais nos escores da Y-BOCS e avaliação melhor ou muito melhor na sub-escala de melhora clínica da CGI ao término do seguimento. Resultados: A análise da medida primária de eficácia revelou que apenas um paciente em cada grupo preencheu critérios de resposta para o tratamento com EMTr (P=1.00). A análise de medidas repetidas dos escores de Y-BOCS mostrou um efeito significativo do tempo (F=7.33, P=0.002). Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos ou interação grupo/tempo. A análise de medidas repetidas da CGI (gravidade), HAM-D17 e HAM-A também mostrou efeito significativo do tempo (P<0.001, =0.001 e <0.001 respectivamente), novamente sem diferença significativa entre os grupos ou interação. Conclusão: EMTr excitatória aplicada ao CPFDLd de pacientes com TOC resistente ao tratamento não foi diferente de placebo na redução de sintomas obsessivo-compulsivos ou melhora da impressão clínica global. Entretanto, ocorreu uma resposta placebo significativa / Introduction: The present study aims to evaluate the efficacy of added excitatory repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS), applied to the right dorsolateral prefrontal cortex in patients with treatment resistant obsessive-compulsive disorder (OCD). Methods: 30 treatment resistant OCD outpatients were randomized to receive either active or sham rTMS, remaining both patients and rater blind to treatment condition. Baseline treatment was kept stable for at least 8 weeks, and rTMS was performed with a figure-of-eight coil at 10Hz, 110% of motor threshold at 30 daily sessions of 40 trains of 5 seconds with 25 seconds interval. Symptom severity was determined at baseline and after 2 and 6 weeks of treatment and further 2 and 6 weeks of follow-up, using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), Clinical Global Impression Scale (CGI), Hamilton Anxiety Rating Scale (HAM-A), Hamilton Depression Rating Scale (HAM-D17) and SF-36 quality of life inventory. The primary outcome measure was defined as 30% or more improvement in Y-BOCS scores and a much improved or improved score at the CGIimprovement subscale by the end of follow up. Results: The analysis of primary outcome measure revealed that only one patient on each group met response criteria for treatment with rTMS (P=1.00). Repeated-measures analysis of Y-BOCS scores showed a significant effect of time (F=7.33, P=0.002). However, no significant group effect or group by time interaction was observed. Repeated measures analysis of CGI (severity), HAM-D17 and HAM-A also showed a significant effect of time (P<0.001, =0.001 and <0.001 respectively) with no significant group effect or group by time interaction. Conclusion: Excitatory rTMS delivered to the rDLPFC of treatment resistant OCD patients was not different from placebo in reducing obsessive-compulsive symptoms or improving clinical global impression. However, a significant placebo response occurred

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