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Cariologia e Filogenia Molecular em Trinomys e Proechimys (echimyidae, Rodentia)

MACHADO, M. X. 22 February 2017 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-02T00:15:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_10679_Tese_13fev_FINAL Marianna Xavier.pdf: 4871982 bytes, checksum: c23d2894eb2c248964934154758a096a (MD5) Previous issue date: 2017-02-22 / A família Echimyidae Gray, 1825 é a mais diversa dos roedores neotropicais, sendo um exemplo de rápida diversificação ecológica e fenotípica ao longo da história evolutiva. Apresenta história taxonômica confusa, com vários nomes genéricos propostos, diversos abandonados, tornando os dados sobre a família e gêneros altamente instáveis. Entretanto, recentes trabalhos envolvendo estudos morfométricos e filogenéticos têm esclarecido as relações entre os membros da família e o diagnóstico das espécies tem sido melhor definido com o auxílio de dados cariotípicos. Dentro da família Echimyidae, Proechimys é o gênero mais complexo e taxonomicamente pouco entendido. Por cerca de um século, foi dividido em dois subgêneros: Trinomys restrito a Mata Atlântica e Proechimys distribuído de Honduras ao sul do Paraguai. Somente em 1996, através de estudos baseados em sequêcias de DNA mitocondrial, Trinomys foi elevado a gênero. Trinomys, por sua vez, é tratado como um dos gêneros mais complexos no leste do Brasil. Os dados cariotípicos presentes na literatura tem revelado que os gêneros Proechimys e Trinomys abrigam uma diversidade maior de táxons do que se reconhece, revelando a necessidade de uma investigação utilizando ferramentas com bom poder discriminatório. O presente trabalho teve como objetivo compilar, reinterpretar e determinar a diversidade cariotípica de Trinomys e Proechimys, associando cariótipos à distribuição geográfica e, por meio de filogenias geradas por sequências de DNA de genes nucleares e mitocondriais, associar clados e cariótipos. O primeiro capítulo aborda um estudo de filogenia molecular e citotaxonomia de Trinomys, no qual cariótipos e sequências de 62 novos exemplares foram somados aos disponíveis na literatura para recuperar filogenias moleculares utilizando os genes citB e vWF, visando avaliar se o cariótipo é um bom marcador para a diagnose dos táxons. Os cariótipos de T. paratus e T. setosus denigratus foram descritos pela primeira vez. A reconstrução filogenética dos dados concatenados recuperou dez linhagens evolutivas com alto suporte, cada qual associada às espécies de Trinomys. Os cariótipos associados a cada clado são distintos entre si, não havendo compartilhamento de formas cariotípicas entre as espécies. Os cariótipos idênticos, aliados à ausência de monofiletismo e baixos valores de divergência genética, não dão suporte à manutenção da divisão entre T. gratiosus gratiosus e T. g. bonafidei, bem como de T. lbispinus minor e T. a. albispinus. Entretanto, confirmam três subespécies para T. setosus: T. s. setosus, T. s. elegans e T. s. denigratus, recuperando o status de denigratus como subespécie válida. Assim, os resultados obtidos reforçam a importância dos dados cariotípicos na caracterização das espécies de Trinomys. O segundo capítulo investiga a variação cariotípica em uma nova espécie de Proechimys do grupo goeldii, sendo analisados os cariótipos e as sequências de DNA mitocondrial de dois exemplares, um com 2n=15 e outro com 2n=17, e reconstruída a filogenia molecular com vários representantes de Proechimys, visando buscar evidências para identificar o mecanismo de evolução cariotípica e a posição filogenética desses espécimes no gênero Proechimys. Verificou-se que os exemplares com 2n=15 e 2n=17 recuperam um clado monofilético dentro do grupo de espécies goeldii, com baixa divergência intraclado (2,26%), distintos de P. goeldii e de P. longicaudatus, com divergência intercalado de 12,78% e 12,06%, respectivamente. Ao contrário do que sugerido na literatura, no qual se sugere que a variação cariotípica é devido a um sistema múltiplo de determinação do sexo do tipo XX:XY1Y2, com 2n=17 exclusivo a machos, nossos dados associados à reinterpretação e análise de todos os dados cariotípicos disponíveis na literatura, confirmou que se trata de um rearranjo em autossômicos, presente em ambos os sexos, e que o cariótipo com 2n=17 seria resultado de um processo de fusão/fissão dos pares 1 e 7 (a partir de um hipotético 2n=18 com todos os cromossomos acrocêntricos) e o cariótipo com 2n=16 seria a forma homomórfica com rearranjo entre 1 e 7. Os cariótipos com 2n=15 e 2n=14 seriam as formas heteromórficas e homomórficas, respectivamente, do rearranjo entre os pares 2 e 3. A divergência genética desse clado é compatível com outros para divergência intraespecífica, envolvendo os indivíduos com 2n=15 e 2n=17, e equivalente à espécie distinta das demais válidas para Proechimys. Os dados reforçam a associação desses exemplares com as espécies que formam o grupo goeldii e ainda que devam pertencer a uma unidade taxonômica distinta, não descrita para Proechimys. O terceiro capítulo avalia a utilização do cariótipo como um marcador específico para o gênero Proechimys com a análise citogenética de 43 novos exemplares, os quais foram incorporados aos disponíveis na literatura, permitindo a compilação de 1125 exemplares cariotipados de Proechimys, com levantamento de 39 cariótipos a ele atribuídos. Também foi gerada uma filogenia molecular dos genes vWF e citB, que recuperou treze linhagens evolutivas, sendo duas ainda não descritas para espécies do gênero. Os cariótipos quando disponíveis foram associados a sua respectiva sequência de DNA na filogenia a fim de verificar se o cariótipo está associado aos clados monofiléticos. O presente estudo mostrou a formação de subclados em alguns táxons, com alto suporte dentro de cada um desses grupos. Em P. cuvieri, o clado A (2n=28/FN=46) apresentou 8,86% de divergência genética entre o clado B (2n=28/FN=48) e de 10,36% em relação ao clado C (sem cariótipo associado), enquanto que o clado B divergiu em 3%, do clado C, sugerindo que A (P. cuvieri, 2n=28/FN=46) é uma unidade taxonômica distinta de B (2n=28/FN=48) e C, que devem representar uma espécie ainda não descrita. Em P. longicaudatus, ocorreu a formação de dois clados divergentes entre si em 10,75%, tendo o clado associado ao cariótipo 2n=28/FN=50 identificado como P. longicaudatus, enquanto que o associado a 2n=28/FN=48,50 deve pertencer a uma unidade taxonômica ainda não descrita. Em P. roberti, o cariótipo 2n=30/FN=56 no clado A mostrou baixa divergência em relação aos clados B (3,31%) e C (2,93%), mas alta divergência em relação ao clado D (6,94%), associado ao cariótipo 2n=30/FN=56, com a morfologia do último par distinta do citótipo A. Nossa análise sugere que o clado D, com distribuição disjunta, alta divergência e cariótipo distinto deva corresponder à uma unidade taxonômica distinta. Proechimys guyannensis se apresentou como a espécie mais complexa devido à grande diversidade cariotípica associada à espécie. A filogenia mostrou três subgrupos: A, B e C, com relativamente baixa divergência, o clado B diverge em 2,45% do clado A, o clado C em 5,22% de B e o clado C em 5,49% de A. Embora baixa diversidade, a monofilia, localização geográfica disjunta e os cariótipos distintos permitiram associar os cariótipos de P. guyannensis: 2n=40/FN=50-52, para o Amapá, Guiana Francesa e Venezuela (clado B); 2n=46/FN=50 para o leste do Amazonas, Roraima e Pará (clado A) e 2n=38/52 ao clado C para o extremo noroeste do Amazonas. Esse último apresenta variações cariotípicas marcantes e a maior divergência com os demais clados, podendo significar uma barreira no intercruzamento desses indivíduos com os dos demais clados. Devido à ausência de resolução filogenético dos basal em P. guyannensis, baixo número de exemplares analisados molecularmente e cariotipados, esforços adicionais são necessários, pois esse táxon pode representar um conjunto de espécies. Representantes de P. steerei não foram cariotipados no presente estudo mas a revisão bibliográfica permitiu associar cada cariótipo a sua respectiva sequência. São reconhecidos os citótipos 2n=24/ FN=40-42, com variações do FN devido a eventos de inversão pericêntrica no par 3. Análise do presente estudo indicou que não há estruturação na distribuição dos cariótipos, podendo se considerar a variação do FN dentro de P. steerei (FN=40, 41, 42) como um polimorfismo cromossômico, sendo FN=41 a forma intermediária entre as duas homomórficas.
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Estudo eletrofisiológico in vitro do hipocampo e da suscetibilidade frente a dois modelos experimentais de epilepsia no roedor Trinomys yonenagae / Electrophysiological study in vitro of the hippocampus and of the susceptibility against two experimental models of epilepsy in the rodent Trinomys yonenagae

Nascimento, André Luiz do [UNIFESP] 29 April 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:10Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-04-29 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Trinomys yonenagae (TY) é um roedor fossorial das dunas da Caatinga, pertencente à família Echimydae e conhecido localmente como rabo de facho. A observação de que alguns indivíduos dessa espécie animal apresentam crises convulsivas espontâneas estimulou-nos ao estudo de algumas características de seu sistema nervoso que pudessem estar subjacentes a este quadro. Através de técnicas de eletrofisiologia in vitro, com a utilização de protocolos de indução de hiperexcitabilidade e de estudo da potenciação a longo prazo, procuramos identificar o padrão eletrofisiológico da circuitaria hipocampal do TY e compará-lo ao de ratos Wistar. Adicionalmente, procuramos também verificar como animais da espécie TY se comportam em relação a dois modelos clássicos de indução de epilepsia: método do abrasamento amigdaliano e aplicação sistêmica de pilocarpina. No protocolo de potássio alto, observamos em TY uma maior sensibilidade ao aumento gradual de potássio no líquido cefalorraquiano artificial (LCRa). No protocolo de adição de antagonista do receptor GABAA (bicuculina) no LCRa, não observamos quaisquer diferenças significativas nos registros extracelulares entre TY e Wistar. No protocolo da ausência de magnésio no LCRa, ambas as espécies apresentaram atividade epileptiforme espontânea, e quando submetidas a estimulação elétrica, as respostas em ambas as espécies não diferiram estatisticamente. No estudo da potenciação a longo prazo, observamos que, embora as médias dos declives normalizados em TY terem se apresentado sempre inferiores às de Wistar após o estímulo de alta frequência, estes valores entre as duas espécies não diferiram estatisticamente. Os dados eletrencefalográficos e comportamentais foram similares entre TY e Wistar nos dois modelos de indução de epilepsia, com exceção da dose de pilocarpina utilizada para elicitar o status epilepticus em TY, que foi menor. A caracterização eletrofisiológica e os resultados obtidos mediante os modelos de epilepsia são contribuições interessantes para o conhecimento do sistema nervoso do TY e revelam a importância para futuros trabalhos nesta espécie para aquisição de novos conhecimentos que podem estar envolvidos na gênese das crises convulsivas. / Trinomys yonenagae (TY) is a fossorial rodent dweller of sand dunes of the Caatinga, pertaining to Echimydae family and known locally as rabo de facho. The observation of some animals of this species show spontaneous seizures stimulated us the study of some characteristics of its nervous system that could to be subjacents to this condition. Through techniques of eletrophysiology in vitro, with the utilization of protocols of induction of hiperexcitability and study of the long-term potentiation (LTP), we aimed at to identifying the eletrophysiologic pattern of hippocampal circuitry of the TY and comparing it to Wistar rats. Additionaly, we also aimed at verifying how animals of the TY species behave regarding two classic models of epilepsy induction: amygdala kindling and systemic aplication of pilocarpine. In the high potassium protocol, we observed in TY a higher sensibility to gradual increase of potassium in the artificial cerebrospinal fluid (ACSF). In the protocol of addition of antagonist of GABAA receptor (bicuculine) in the ACSF, we did not observe any significative differences in the extracellular records between TY and Wistar. In the absence magnesium protocol in the ACSF, both species showed spontaneous epileptiform activity, and when both species were submited to electric stimulation, their responses did not differ statisticaly. In the study of LTP, we observed that, although the normalized slopes averages in TY have showed always smaller than of Wistar after high frequence stimulus, these values between the two species did not differ statistically. The electroencephalographic and behavioral data were similar between TY and Wistar in the two epilepsy induction models, with exception of the pilocarpine dosage used to elicite status epilepticus in TY, that was lower. The electrophysiological characterization and the obtained results against the epilepsy models are interesting contributions to the knowledge of the nervous system of the TY and reveal the importance to futures works in this species for the acquisition of new knowledges that can to be involved in the genesis of the seizures. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Mudanças Evolutivas da Estrutura Social de Equimiídeos (Rodentia) como Exaptação e Adaptação a um Ambiente Semi-Árido

Almeida, Carolina Estevam de Pinho 22 August 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-20T19:53:27Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Carolina Estevam de Pinho Almeida.pdf: 625879 bytes, checksum: 9a129bab1b8ed6d411b998317cb41ca5 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-08-22T23:02:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Carolina Estevam de Pinho Almeida.pdf: 625879 bytes, checksum: 9a129bab1b8ed6d411b998317cb41ca5 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-22T23:02:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Carolina Estevam de Pinho Almeida.pdf: 625879 bytes, checksum: 9a129bab1b8ed6d411b998317cb41ca5 (MD5) / Cnpq / Diferentes causas para a evolução da socialidade têm sido sugeridas por diferentes modelos, que incluem, principalmente, mudanças nas pressões ecológicas que operam nos organismos. A socialidade pode se desenvolver devido a mudanças nos regimes seletivos, mas também poderia representar uma característica exaptativa que permite às populações invadirem novos ambientes. Investigamos as mudanças na estrutura social que seguiram o aumento na socialidade de uma linhagem de roedores neotropicais. Para fazer isto, avaliamos os comportamentos sociais de quatro colônias artificiais de quatro indivíduos adultos de três espécies de roedor, que apresentam diferentes níveis de sociabilidade. Trinomys yonenagae (a espécie mais social, que invadiu um hábitat semi-árido), Trinomys iheringi denigratus (a espécie com um nível de sociabilidade intermediário, que habita florestas úmidas, como a maioria de seus congêneres), e Thrichomys apereoides (a espécie menos social, usada como um grupo externo para a analise evolutiva de Trinomys). Avaliamos os comportamentos sociais baseados em seus diferentes níveis de afiliação e agonismo. Descobrimos que os níveis de agressão nos machos é reduzido, e a afiliação ente machos e fêmeas é aumentada no clado silvícola primitivo de Trinomys. Sugerimos que a maior sociabilidade no clado Trinomys é apomórfica para o gênero, e permitiu a conquista do hábitat semi-árido pelo T. yonenagae. A avaliação do status de sociabilidade de uma dada linhagem, portanto, deveria ser feita baseada em um contexto filogenético para o propósito de detecção de status adaptativo ou exaptativo. / Salvador, Bahia
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A influência do tempo de permanência em cativeiro sobre o comportamento: Um estudo de caso com Trinomys yonenagae (Rodentia: Echimyidae)

Alves, Ilai Moradillo Mello 23 August 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-20T20:22:46Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Ilai.pdf: 812968 bytes, checksum: b591f62bbb2fb79b2f5004af52f273cc (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-08-23T21:59:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Ilai.pdf: 812968 bytes, checksum: b591f62bbb2fb79b2f5004af52f273cc (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-23T21:59:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Ilai.pdf: 812968 bytes, checksum: b591f62bbb2fb79b2f5004af52f273cc (MD5) / Fapesb / A utilização de animais silvestres em experimentos é freqüentemente precedida pela aclimatação ao cativeiro, de modo a permitir que eles se habituem às condições nas quais serão mantidas e nas quais serão realizados os experimentos. No entanto, nem sempre essa habituação pode ser benéfica no que diz respeito à qualidade dos dados coletados de modo que o comportamento, a fisiologia e o bem-estar dos animais podem ser fortemente afetados por essa aclimatação. Apesar de os roedores serem muito utilizados em pesquisas laboratoriais e terem sido usados como modelos para testes de hipóteses que dizem respeito a outros taxa, não encontramos estudos comparativos averiguando os efeitos do tempo e/ou condições de cativeiro sobre o comportamento destes animais. No presente trabalho, utilizamos Trinomys yonenagae (Rodentia: Echimyidae) como modelo para investigar a influência do tempo de permanência em cativeiro sobre o comportamento animal. Analisamos o comportamento de 40 indivíduos, em duas situações (logo após a captura e em laboratório, após 5 meses de aclimatação), realizando 10 experimentos para cada sexo e situação, com dois animais (i.e., uma díade) por experimento. Para a obtenção das seqüências comportamentais exibidas pelas díades nos experimentos, utilizamos o método de amostragem “animal focal” e o método de registro “contínuo”. Nossos resultados mostram que, com exceção do grau de atividade – que foi menor em situação de laboratório, principalmente para as fêmeas –, os indivíduos de T. yonenagae não responderam de modo significativo ao tempo de permanência em cativeiro. Em particular, o grau de afiliação entre os indivíduos foi preservada ao longo dos quatro meses em cativeiro. Portanto, tomados os devidos cuidados na extrapolação das condições laboratoriais para as condições do hábitat natural, investigações realizadas em cativeiro pode ser um instrumento legítimo para o estudo do comportamento, ao menos no caso do modelo utilizado, e T. yonenagae parece ser uma espécie adequada para diversos tipos de estudo em cativeiro. / Salvador, Bahia
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Neuroecologia na ordem Rodentia: aspectos da cognição espacial em ratos-de-espinho e a evolução da encefalização / Spatial cognition and its relation with fossoriality in three species of spiny-rats (echimyidae: rodentia): evolutionary implications

Freitas, Jorge Nei Silva de 14 October 2013 (has links)
As diferentes demandas ecológicas impostas pela vida epígea e hipógea podem favorecer a melhoria das funções cognitivas espaciais. Comparamos a aprendizagem e a memória espacial, em labirinto complexo do Trinomys iheringi denigratus (terrestre de Mata Atlântica), T.yonenagae (semi-fossorial das Dunas na Caatinga) e Clyomys bishopi (fossorial do Cerrado). O aprendizado e memória espacial foram avaliados 10 T.i.denigratus (250±34g), 18 T.yonenagae (125±7,8g) e seis Clyomys bishopi (338±34g), a partir do: tempo até a saída do labirinto (TFL) e o número de erros cometidos (NER), em indivíduos colocados em labirinto de seis caminhos cegos e uma saída (0,20x1,10x1,50m), durante cinco testes consecutivos (30min) por dia, durante três dias consecutivos (fase de aprendizagem). Os ratos foram novamente testados em única sessão realizada após 48, 120 e 504h (fase de memória). O desempenho foi testado ao longo dos testes utilizando uma ANOVA um-fator (p<0,05). As taxas de aprendizagem (TA) do TFL das duas espécies foram mensuradas a partir do b da equação da curva de aprendizagem, e comparadas usando-se ANOVA um-fator (p<0,05). As variáveis do último teste de cada dia com os do primeiro teste do dia seguinte foram usadas como indicativas de memória-de-médio-prazo (MMP) e comparadas por espécie (teste T, dados-pareados, p<0,05). As taxas de retenção da aprendizagem (TR) com relação aos intervalos dos testes de memória, foram usadas como índice de memória-de-longo-prazo (MLP) e foram comparadas pela ANOVA um-fator (p<0,05). As espécies não apresentaram diferença significativa entre si mas não entre os testes tanto para TFL (F=0,85; p = 0,705; F=8,86; P < 0,000) quanto para NER (F=0,56; p=0,979; F = 3,65; p = 0,000). A TA foi marginalmente significativa (F = 2,784; p = 0,077) entre as espécies, sendo que T. yonenagae e C. bishopi não apresentaram diferença entre eles e ambos diferiram do T. i. denigratus. Com relação à memória-de-médio-prazo, T. Yonenagae e T. i. denigratus apresentaram diferença significativa para TFL entre os testes 10-11 (t = -3,406; p = 0,003) (t=- 2,300; p=0,050), mas não entre os testes 5-6 (t=-0,779; p=0,447) (t = -1,061; p=0,320). Já o C.bishopi sofreu redução entre os testes 5-6 e os testes 10-11, mas sem diferença significativa. Para a variável NER, não foi detectada diferença significativa, tanto para T. yonenagae (entre os 5 testes 5 e 6: t = 314,000, P = 0,558; testes 10 e 11: t=325,000, P=0,812) quanto para T.i.denigratus (entre os testes 5-6, t=0,590, P=0,562; testes 10-11: t=-1,855 P=0,080), por outro lado, C. bishopi apresentou a tendência de redução dos valores de NER entre os testes 5-6 (t = 0,442; p = 0,676) e 10-11 (t = 3,558; p = 0,016) sendo esta significativa. Quanto à MLP, dentre cada espécie não houve diferença significativa. Assim o semi-fossorial T.yonenagae e o fossorial C.bishopi se destacam quanto a aprendizagem do que a terrestre T.idenigratus, entretanto apenas C.bishopi é mais eficiente com relação a memoria-de-médio-prazo. Caso o efeito da filogenia seja controlada, sugere-se que o hábito fossorial seja componente do regime seletivo para evolução da cognição espacial / The different ecological contests imposed by epigeal and hypogeal lifestyles can facilitate the improvement of cognition spatial. We compared the spatial learning and memory in complex maze of Trinomys iheringi denigratus (terrestrial Atlantic rainforest), T.yonenagae (semifossorial Dunes of Caatinga) and Clyomys bishopi (fossorial of Cerrado). The spatial learning and memory were assessed 10 T.i.denigratus (250 ± 34g), 18 T.yonenagae (125 ± 7.8 g) and six Clyomys bishopi (338 ± 34g), from: time to exit the maze (TFL) and the number of errors (NER) in individuals placed on the complex maze of paths six blind and an outlet (0,20 x1, 10x1, 50m) for five consecutive tests (30min) per day for three consecutive days (learning phase) . The rats were tested in one session held after 48, 120 and 504Hours (memory phase). The performance was analyzed over the tests using a one-way ANOVA (p <0.05). Learning rates (TA) of the TFL of both species were measured from the b of the equation of the learning curve, and compared using one-way ANOVA (p <.05). The variables for each of the last test day with the first test the following day were used as indicators of memory to medium-term (MMP) and compared by species (t-test, paired-data, p <0.05) . Retention rates of learning (TR) with respect to the intervals of memory tests, were used as an index of memory-to-long-term (MLP) and were compared by one-way ANOVA (p <0.05). The species did not differ significantly from each other but not between tests for both TFL (F = 0.85, p = 0.705 F = 8.86, P <0.000) and for NER (F = 0.56, p = 0.979 , F = 3.65, p = 0.000). The TA was marginally significant (F = 2.784, p = 0.077) between species, and T. yonenagae and C. bishopi showed no difference between them and both were different from T. i. denigratus. With respect to memory-to-medium term, T. yonenagae and T. i. denigratus showed significant difference between the tests 11 and 10 for TFL (t = -3.406, p = 0.003) (t = -2.300, p = 0.050), but not between tests 5 and 6 (t = -0.779, p = 0.447 ) (t = -1.061, p = 0.320). Already C.bishopi showed decreased between tests 5-6 and tests 10-11, but without significant difference. For variable NER, no significant differences were detected for both T. yonenagae (between tests 5 and 6: t = 314.000, P = 0.558, Tests 10 and 11: t = 325,000 P = 0.812) and for T.i.denigratus (between tests 5.6, t = 0.590, P = 0.562; Tests 10-11: 7 t = -1.855 p = 0.080), on the other hand C. bishopi showed a trend to decreased NER between tests 5-6 (t = 0.442, p = 0.676) and 10-11 (t = 3.558, p = 0.016) which is significant. As for MLP, among each species there was no significant difference. Thus the semi-fossorial T.yonenagae and fossorial C.bishopi stand out as the learning of the terrestrial T.i.denigratus, however only C.bishopi is more efficient with respect to memory-to-medium term, if the effect of phylogeny is controlled, we suggested that the fossoriality could comprising the part of selective regime for evolution of the spatial cognition
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Neuroecologia na ordem Rodentia: aspectos da cognição espacial em ratos-de-espinho e a evolução da encefalização / Spatial cognition and its relation with fossoriality in three species of spiny-rats (echimyidae: rodentia): evolutionary implications

Jorge Nei Silva de Freitas 14 October 2013 (has links)
As diferentes demandas ecológicas impostas pela vida epígea e hipógea podem favorecer a melhoria das funções cognitivas espaciais. Comparamos a aprendizagem e a memória espacial, em labirinto complexo do Trinomys iheringi denigratus (terrestre de Mata Atlântica), T.yonenagae (semi-fossorial das Dunas na Caatinga) e Clyomys bishopi (fossorial do Cerrado). O aprendizado e memória espacial foram avaliados 10 T.i.denigratus (250±34g), 18 T.yonenagae (125±7,8g) e seis Clyomys bishopi (338±34g), a partir do: tempo até a saída do labirinto (TFL) e o número de erros cometidos (NER), em indivíduos colocados em labirinto de seis caminhos cegos e uma saída (0,20x1,10x1,50m), durante cinco testes consecutivos (30min) por dia, durante três dias consecutivos (fase de aprendizagem). Os ratos foram novamente testados em única sessão realizada após 48, 120 e 504h (fase de memória). O desempenho foi testado ao longo dos testes utilizando uma ANOVA um-fator (p<0,05). As taxas de aprendizagem (TA) do TFL das duas espécies foram mensuradas a partir do b da equação da curva de aprendizagem, e comparadas usando-se ANOVA um-fator (p<0,05). As variáveis do último teste de cada dia com os do primeiro teste do dia seguinte foram usadas como indicativas de memória-de-médio-prazo (MMP) e comparadas por espécie (teste T, dados-pareados, p<0,05). As taxas de retenção da aprendizagem (TR) com relação aos intervalos dos testes de memória, foram usadas como índice de memória-de-longo-prazo (MLP) e foram comparadas pela ANOVA um-fator (p<0,05). As espécies não apresentaram diferença significativa entre si mas não entre os testes tanto para TFL (F=0,85; p = 0,705; F=8,86; P < 0,000) quanto para NER (F=0,56; p=0,979; F = 3,65; p = 0,000). A TA foi marginalmente significativa (F = 2,784; p = 0,077) entre as espécies, sendo que T. yonenagae e C. bishopi não apresentaram diferença entre eles e ambos diferiram do T. i. denigratus. Com relação à memória-de-médio-prazo, T. Yonenagae e T. i. denigratus apresentaram diferença significativa para TFL entre os testes 10-11 (t = -3,406; p = 0,003) (t=- 2,300; p=0,050), mas não entre os testes 5-6 (t=-0,779; p=0,447) (t = -1,061; p=0,320). Já o C.bishopi sofreu redução entre os testes 5-6 e os testes 10-11, mas sem diferença significativa. Para a variável NER, não foi detectada diferença significativa, tanto para T. yonenagae (entre os 5 testes 5 e 6: t = 314,000, P = 0,558; testes 10 e 11: t=325,000, P=0,812) quanto para T.i.denigratus (entre os testes 5-6, t=0,590, P=0,562; testes 10-11: t=-1,855 P=0,080), por outro lado, C. bishopi apresentou a tendência de redução dos valores de NER entre os testes 5-6 (t = 0,442; p = 0,676) e 10-11 (t = 3,558; p = 0,016) sendo esta significativa. Quanto à MLP, dentre cada espécie não houve diferença significativa. Assim o semi-fossorial T.yonenagae e o fossorial C.bishopi se destacam quanto a aprendizagem do que a terrestre T.idenigratus, entretanto apenas C.bishopi é mais eficiente com relação a memoria-de-médio-prazo. Caso o efeito da filogenia seja controlada, sugere-se que o hábito fossorial seja componente do regime seletivo para evolução da cognição espacial / The different ecological contests imposed by epigeal and hypogeal lifestyles can facilitate the improvement of cognition spatial. We compared the spatial learning and memory in complex maze of Trinomys iheringi denigratus (terrestrial Atlantic rainforest), T.yonenagae (semifossorial Dunes of Caatinga) and Clyomys bishopi (fossorial of Cerrado). The spatial learning and memory were assessed 10 T.i.denigratus (250 ± 34g), 18 T.yonenagae (125 ± 7.8 g) and six Clyomys bishopi (338 ± 34g), from: time to exit the maze (TFL) and the number of errors (NER) in individuals placed on the complex maze of paths six blind and an outlet (0,20 x1, 10x1, 50m) for five consecutive tests (30min) per day for three consecutive days (learning phase) . The rats were tested in one session held after 48, 120 and 504Hours (memory phase). The performance was analyzed over the tests using a one-way ANOVA (p <0.05). Learning rates (TA) of the TFL of both species were measured from the b of the equation of the learning curve, and compared using one-way ANOVA (p <.05). The variables for each of the last test day with the first test the following day were used as indicators of memory to medium-term (MMP) and compared by species (t-test, paired-data, p <0.05) . Retention rates of learning (TR) with respect to the intervals of memory tests, were used as an index of memory-to-long-term (MLP) and were compared by one-way ANOVA (p <0.05). The species did not differ significantly from each other but not between tests for both TFL (F = 0.85, p = 0.705 F = 8.86, P <0.000) and for NER (F = 0.56, p = 0.979 , F = 3.65, p = 0.000). The TA was marginally significant (F = 2.784, p = 0.077) between species, and T. yonenagae and C. bishopi showed no difference between them and both were different from T. i. denigratus. With respect to memory-to-medium term, T. yonenagae and T. i. denigratus showed significant difference between the tests 11 and 10 for TFL (t = -3.406, p = 0.003) (t = -2.300, p = 0.050), but not between tests 5 and 6 (t = -0.779, p = 0.447 ) (t = -1.061, p = 0.320). Already C.bishopi showed decreased between tests 5-6 and tests 10-11, but without significant difference. For variable NER, no significant differences were detected for both T. yonenagae (between tests 5 and 6: t = 314.000, P = 0.558, Tests 10 and 11: t = 325,000 P = 0.812) and for T.i.denigratus (between tests 5.6, t = 0.590, P = 0.562; Tests 10-11: 7 t = -1.855 p = 0.080), on the other hand C. bishopi showed a trend to decreased NER between tests 5-6 (t = 0.442, p = 0.676) and 10-11 (t = 3.558, p = 0.016) which is significant. As for MLP, among each species there was no significant difference. Thus the semi-fossorial T.yonenagae and fossorial C.bishopi stand out as the learning of the terrestrial T.i.denigratus, however only C.bishopi is more efficient with respect to memory-to-medium term, if the effect of phylogeny is controlled, we suggested that the fossoriality could comprising the part of selective regime for evolution of the spatial cognition
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Epilepsia espontânea em Trinomys yonenagae (Rodentia, Echimyidae): ocorrência e comportamento / Spontaneous epilepsy in trinomys yonenagae (rodentia, echimyidae): occurrence and behavior

Cantano, Laís Mendes Ruiz 02 July 2013 (has links)
Apresentamos dados e argumentos que indicam que: a) as crises epilépticas apresentadas por Trinomys yonenagae em campo e em cativeiro são espontâneas e idiopáticas; e b) elas podem ser decorrentes de processos evolutivos. A epilepsia nesta espécie foi caracterizada em cativeiro a partir de um cadastro iniciado há 16 anos, formado por progenitores e descendentes de seis colônias de T. yonenagae, coletados na Caatinga de Ibiraba (BA), e adultos (129,90 ± 5,92g) e filhotes nascidos em cativeiro num total de 295 indivíduos. A prevalência e a incidência em indivíduos epilépticos (EE) foram estimadas e as crises epilépticas foram analisadas por meio das manifestações comportamentais, baseando-se na escala de Racine. Aspectos da procriação (n=11), a locomoção, a ansiedade (testes de arena, n= 35) e índices fisiológicos (balanço hídrico-alimentar, n=6), importantes ao fitness, foram mensurados. Somente duas colônias apresentaram EE representando 9% e 28% dos nascimentos. Do total de indivíduos (165 e 130) 9,8% são EE (n=29; 14 e 15), sendo que as representam 52% e os 48%. A prevalência é de 20 a 30% e a incidência variou de 2 a 10 casos/ano, nos últimos cinco anos. As crises são observadas somente em adultos (n=24) a menor latência é de 13m e a frequência é variável (1 a 24 em seis anos). A maioria iniciou-se por congelamento e 50% atingiram o estágio 5 da escala de Racine. Em todos os casais, de 5 a 50% dos filhotes são EE e ocorreu estro pós-parto, como esperado para a espécie. Os filhotes são saudáveis e tanto a média de filhotes por ninhada (1,9±0,3), como a média do número de ninhadas por casal (6,5±5,0) é igual à de casais não epilépticos (NE). O teste de arena indica que descendentes de EE (DE) e as EE são menos ansiosas que as NE. Não há diferença entre os grupos dos índices fisiológicos estimados. A diferença no número de EE nas colônias, a alta prevalência e % de filhotes EE, e a diferença de comportamento das fêmeas DE indicam a base genética desta epilepsia. Neste contexto, consideramos que em Trinomys yonenagae, a epilepsia límbica não compromete o fitness, o que abre possibilidades de ser decorrente de processos evolutivos envolvendo o escalonamento de respostas de anti-predação / We present data and discuss the possibility that: a) the seizures presented by Trinomys yonenagae in the wild and in captivity are spontaneous and idiopathic, and b) they may be due to evolutionary processes. Epilepsy was characterized in this species in captivity from a survey started 16 years ago, made up of parents and descendants from six colonies of T. yonenagae collected in the Caatinga of Ibiraba (BA), and adults (129.90 ± 5.92 g) and pups born in captivity in a total of 295 individuals. The prevalence and incidence in individuals with epilepsy (EE) were estimated and seizures were analyzed by behavioral manifestations, based on Racine´s scale. Locomotion and anxiety indexes (open-field test, n = 35), as well as aspects of breeding (n = 11) and physiological indicators (balance food and water, n = 6), important to fitness were measured. Only two colonies showed EE, representing 9% and 28% of births. Approximately 10% of total individuals (165 and 130 ) are EE (n = 29, 14 and 15 ), and the represent 52 and 48%. In the last five years prevalence is 20-30%, and incidence ranged from 2 to 10 cases/ year. Seizures are only observed in adults (n = 24), the lowest latency is 13 months and the frequency is variable (1 to 24 in six years). The first stage is freezing and 50% reached stage 5 of Racine´s scale. In all couples, 5-50% of puppies are EE and occurred postpartum estrus, as expected for the species. The puppies are healthy and both the average offspring per litter (1.9 ± 0.3), as well as the average number of litters per couple (6.5 ± 5.0) is equal to values presented by non-epileptic couples (NE). The open-field test indicates that descendants of EE (DE) and EE are less anxious than NE. There is no difference between EE and NE regarding food and water intake. The difference in the number of EE in the colonies, the high percentage of EE pups, and the difference in the behavior of DE indicate the genetic basis of this epilepsy. In this context, we consider that in Trinomys yonenagae the limbic epilepsy seems to not compromise the fitness, which opens possibilities to be the result of evolutionary processes involving the escalation of antipredator responses
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Epilepsia espontânea em Trinomys yonenagae (Rodentia, Echimyidae): ocorrência e comportamento / Spontaneous epilepsy in trinomys yonenagae (rodentia, echimyidae): occurrence and behavior

Laís Mendes Ruiz Cantano 02 July 2013 (has links)
Apresentamos dados e argumentos que indicam que: a) as crises epilépticas apresentadas por Trinomys yonenagae em campo e em cativeiro são espontâneas e idiopáticas; e b) elas podem ser decorrentes de processos evolutivos. A epilepsia nesta espécie foi caracterizada em cativeiro a partir de um cadastro iniciado há 16 anos, formado por progenitores e descendentes de seis colônias de T. yonenagae, coletados na Caatinga de Ibiraba (BA), e adultos (129,90 ± 5,92g) e filhotes nascidos em cativeiro num total de 295 indivíduos. A prevalência e a incidência em indivíduos epilépticos (EE) foram estimadas e as crises epilépticas foram analisadas por meio das manifestações comportamentais, baseando-se na escala de Racine. Aspectos da procriação (n=11), a locomoção, a ansiedade (testes de arena, n= 35) e índices fisiológicos (balanço hídrico-alimentar, n=6), importantes ao fitness, foram mensurados. Somente duas colônias apresentaram EE representando 9% e 28% dos nascimentos. Do total de indivíduos (165 e 130) 9,8% são EE (n=29; 14 e 15), sendo que as representam 52% e os 48%. A prevalência é de 20 a 30% e a incidência variou de 2 a 10 casos/ano, nos últimos cinco anos. As crises são observadas somente em adultos (n=24) a menor latência é de 13m e a frequência é variável (1 a 24 em seis anos). A maioria iniciou-se por congelamento e 50% atingiram o estágio 5 da escala de Racine. Em todos os casais, de 5 a 50% dos filhotes são EE e ocorreu estro pós-parto, como esperado para a espécie. Os filhotes são saudáveis e tanto a média de filhotes por ninhada (1,9±0,3), como a média do número de ninhadas por casal (6,5±5,0) é igual à de casais não epilépticos (NE). O teste de arena indica que descendentes de EE (DE) e as EE são menos ansiosas que as NE. Não há diferença entre os grupos dos índices fisiológicos estimados. A diferença no número de EE nas colônias, a alta prevalência e % de filhotes EE, e a diferença de comportamento das fêmeas DE indicam a base genética desta epilepsia. Neste contexto, consideramos que em Trinomys yonenagae, a epilepsia límbica não compromete o fitness, o que abre possibilidades de ser decorrente de processos evolutivos envolvendo o escalonamento de respostas de anti-predação / We present data and discuss the possibility that: a) the seizures presented by Trinomys yonenagae in the wild and in captivity are spontaneous and idiopathic, and b) they may be due to evolutionary processes. Epilepsy was characterized in this species in captivity from a survey started 16 years ago, made up of parents and descendants from six colonies of T. yonenagae collected in the Caatinga of Ibiraba (BA), and adults (129.90 ± 5.92 g) and pups born in captivity in a total of 295 individuals. The prevalence and incidence in individuals with epilepsy (EE) were estimated and seizures were analyzed by behavioral manifestations, based on Racine´s scale. Locomotion and anxiety indexes (open-field test, n = 35), as well as aspects of breeding (n = 11) and physiological indicators (balance food and water, n = 6), important to fitness were measured. Only two colonies showed EE, representing 9% and 28% of births. Approximately 10% of total individuals (165 and 130 ) are EE (n = 29, 14 and 15 ), and the represent 52 and 48%. In the last five years prevalence is 20-30%, and incidence ranged from 2 to 10 cases/ year. Seizures are only observed in adults (n = 24), the lowest latency is 13 months and the frequency is variable (1 to 24 in six years). The first stage is freezing and 50% reached stage 5 of Racine´s scale. In all couples, 5-50% of puppies are EE and occurred postpartum estrus, as expected for the species. The puppies are healthy and both the average offspring per litter (1.9 ± 0.3), as well as the average number of litters per couple (6.5 ± 5.0) is equal to values presented by non-epileptic couples (NE). The open-field test indicates that descendants of EE (DE) and EE are less anxious than NE. There is no difference between EE and NE regarding food and water intake. The difference in the number of EE in the colonies, the high percentage of EE pups, and the difference in the behavior of DE indicate the genetic basis of this epilepsy. In this context, we consider that in Trinomys yonenagae the limbic epilepsy seems to not compromise the fitness, which opens possibilities to be the result of evolutionary processes involving the escalation of antipredator responses

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