Philosophiae Doctor - PhD / Universal Health Coverage (UHC) has provided the impetus for the introduction of publicly-funded health insurance (PFHI) schemes, involving the private sector, especially in low-and middle-income countries with mixed health systems. Although equity is considered as being core to UHC, the implication of UHC interventions for equity in access (availability, affordability and acceptability) beyond financial protection is inadequately researched. India introduced a national PFHI scheme (Rashtriya Swasthya Bima Yojana) in 2007 which has since then been expanded considerably through the Pradhan Mantri Jan Aarogya Yojana (PMJAY) scheme. However, contestation remains as to whether PFHI schemes are the most appropriate interventions for UHC in India. Evidence so far provides cause for concern regarding their impact on financial protection and health equity. With PFHI schemes burgeoning globally, there is an urgent need for a holistic understanding of the pathways of impact of these schemes, including their roles in promoting equity of access and achievement of UHC objectives. The state-funded universal health insurance scheme (RSBY/MSBY) in Chhattisgarh State provided the opportunity to explore these pathways of impact, especially on vulnerable communities, as the State has a universal health insurance scheme. This PhD aims to study equity, access and utilisation in the state-funded universal insurance scheme in Chhattisgarh State of India, in the context of Universal Health Coverage. It is presented as a thesis by publications.

Abstract Not Provided. / Thesis / Master of Science (MSc)

Este trabalho visa problematizar a noção de singularidade na psicanálise lacaniana. Embora não seja propriamente um conceito, tampouco um termo recorrente na obra de Freud, ganha destaque especial em Jacques Lacan e em seus comentadores. Foi o que pudemos verificar quando focalizando o tema da direção do tratamento, realizamos uma leitura crítica do uso dessa noção tanto na obra de Lacan como na de seus seguidores de diversas escolas. Escolhemos circunscrever nossa reflexão ao campo da direção do tratamento que se articula intimamente ao tema da ética da clínica lacaniana. Isso não significa que abandonamos discussões epistemológicas da singularidade, pois sabemos que é necessário manter um tensionamento entre clínica e epistemologia. Lacan importou da matemática e da filosofia suporte teórico para pensar a singularidade em psicanálise, portanto, acompanharemos algumas dessas importações, nos debruçando fundamentalmente em suas consequências para a clínica psicanalítica. Como não há explicitamente uma teoria da singularidade em Lacan, tentamos extrair na rede conceitual de sua obra uma abordagem possível do termo, prevenidos de que, ao fazermos um emprego idealizado e impreciso da noção de singularidade na direção do tratamento psicanalítico, poderíamos incorrer em um problema ético. Há duas tendências mais comuns que nos levam a esse problema: a imaginarização da noção de singularidade e a negativização do termo. Assim, para afastarmos o risco de tomar a singularidade como um ideal psicanalítico (e cientes de que há um forte empuxo nesse sentido), não podemos essencializar essa noção nem descontextualizar o que nomeamos como singular. O que é singular se inscreve num tempo, num espaço e, portanto, num laço social. A singularidade nega e ao mesmo tempo faz existir o universal e o particular, por isso está em permanente articulação com estes. A ideia da singularidade como um jogo de forças que opera durante todo o tratamento, nos parece mais interessante do que a aposta na singularidade como critério de cura. Tal jogo é instaurado pela evanescência do inconsciente que emerge como pulsação na passagem entre os significantes ou nos lapsos de sentido. A singularidade seria uma expressão para se referir ao movimento de tensionamento entre o discurso coerente do paciente e a emergência do inconsciente. Dessa forma, pode se presentificar durante todo o processo do tratamento e não apenas no seu final. Pode ser uma experiência de curta duração, embora seus efeitos também possam ser duradouros. Há várias noções usadas por Lacan para falar da emergência do inconsciente na clínica: equívoco, ato falho, o encontro faltoso (tique), entre outras. No dia-a-dia de nossa atividade clínica, presenciamos como cada paciente subjetiva seu mal-estar ou ainda como cada um faz para lidar com sua divisão subjetiva e com suas contradições. Se estamos nessa esfera, sobre como cada um se vira com o próprio mal-estar, não falamos de singularidade e sim de subjetivações particulares. Assim, se seguirmos a proposta lacaniana de distinguir o singular do particular, circunscreveremos as diversas possibilidades subjetivas de resposta à castração, a uma ordem de particularidade. A nosso ver, a diversidade subjetiva não é menos importante que a emergência do singular num tratamento. É o que um sujeito pode fazer em termos de experiência subjetiva. O papel da singularidade é desencadear o jogo entre particular (articulações significantes e modalidades de subjetivação específicas) e universal (ordem simbólica como um sistema aberto) / This work aims to discuss the idea of uniqueness in Lacanian psychoanalysis. While not exactly a concept, either a recurring term in Freuds work, uniqueness earns special emphasis on Jacques Lacan and his commentators. Thats what we saw when, focusing on the theme of the direction of the treatment, we conducted a critical analysis of the use of this idea both in Lacans work as in his followers from different schools. We chose to circumscribe our thinking to the field of direction of the treatment, which is linked closely to the issue of ethics of Lacanian clinic. This does not mean that we abandoned epistemological discussions of the uniqueness because we know that it is necessary to maintain a tensioning between clinical and epistemology. Lacan imported from mathematics and philosophy a theoretical support to think the uniqueness in psychoanalysis, therefore, we will follow some of these imports addressing fundamentally its consequences for the psychoanalytic clinic. As there is not explicitly a theory of uniqueness in Lacan, we tried to pull from the conceptual network of his work a possible approach of the term, warned that when doing an idealized and inaccurate use of the idea of uniqueness in the direction of psychoanalytic treatment, we could incur in an ethical issue. There are two common trends that could lead us to this problem: the imaginarization of the idea of uniqueness and the negativation of the term. So, to move away from the risk of taking the uniqueness as a psychoanalytic ideal (and aware that there is a strong thrust in that direction), we can not essentialize this idea or decontextualize what we name as unique. What is unique is inscribed in time, in space and, therefore, a social bond. The uniqueness denies and at the same time makes real the universal and the particular, therefore it is in permanent liaison with these concepts. The idea of uniqueness as a game of forces that works throughout the treatment seems more interesting than the emphasis on the uniqueness as a criteria for cure. This game is set up by the evanescence of the unconscious, emerging as pulsation in the passage between the signifiers or in the lapses of sense. The uniqueness would be an expression to refer to the movement of tensioning between the patients coherent speech and the emergence of the unconscious. Thus, the uniqueness can be present throughout all the treatment process, not just at its end. It may be a short-term experience, although its effects can also be long lasting. There are several concepts used by Lacan to speak of the emergence of the unconscious in the clinic: mistake, parapraxis, the lacking encounter (tiquê), among others. In our daily clinical activity, we witness how each patient subjective its malaise or yet how each one deals with his subjective division and his contradictions. If we are in this sphere, talking about how each one deals with their own malaise, we do not speak of uniqueness, but of particular subjectivities. So, if we follow Lacans proposal to distinguish the uniqueness from the particular, we will circumscribe the several subjective possibilities of response to castration, to a particular order. In our view, the subjective diversity is not less important than the emergence of the uniqueness on a treatment. Its what a man can do in terms of subjective experience. The role of uniqueness is to trigger the game between particular (significant joints and specific modalities of subjectivation) and universal (symbolic order as an open system)

Abstract not available

The worldwide financial services industry has undergone in the past two decades an unprecedented wave of consolidation within and across its three main sub-sectors: banking, securities activities and insurance. Today's observers assert that in ten years, most of the financial sector will be controlled by a small group of huge diversified banks. By enacting the Gramm-Leach-Bliley Act in 1999, Congress repealed the depression-era "Glass-Steagall" Act of 1933 and thereby officially removed the longstanding legal barriers that insulated banks from securities firms and insurance companies. As promoters of financial convergence have long been claiming that the introduction of universal banks in the United States would produce numerous benefits for themselves, but also for the economy and for their customers, these predictions can be assessed today in the light of empirical analysis. Now that "financial supermarkets" are totally legal in the United States, it is essential to assess whether they are economically and morally viable.

This dissertation deals with the classification of varieties according to their Mal'cev properties. In general the so called Mal'cev-type theorems illustrate an interplay between first order properties of a given class of algebras and the lattice properties of the congruence lattices of algebras of the considered class. CHAPTER 1. A survey of some notational conventions, relevant definitions and auxiliary results is presented. Several examples of less frequently used algebras are given together with the important properties of some of them. The term algebra T(X) and useful results concerning 'term' operations are established. A K-reflection is defined and a connection between a K-reflection of an algebra and whether a class K satisfies an identity of the algebra is established. CHAPTER 2. The Mal'cev-type theorems are presented in complete detail for varieties which are congruence permutable, congruence distributive, arithmetical, congruence modular and congruence regular. Several examples of varieties which exhibit these properties are presented together with the necessary verifications. CHAPTER 3. A general scheme of algorithmic character for some Mal'cev conditions is presented. R. Wille (1970) and A. F. Pixley (1972) provided algorithms for the classification of varieties which exhibit strong Mal'cev properties. This chapter is largely devoted to a modification of the Wille-Pixley schemes. It must be noted that this modification is quite different from all such published schemes. The results are the same as in Wille's scheme but slightly less general than in Pixley's. The text presented here, however is much simpler. As an example, the scheme is used to confirm Mal'cev's original theorem on congruence permutable varieties. Finally, the so-called Chinese var£ety is defined and Mal'cev conditions are established for such a variety of algebras . CHAPTER 4. A comprehensive survey of literature concerning Mal'cev conditions is given in this chapter. / Thesis (M.Sc.)-University of Natal, Durban, 1991.

Orientador: Antonio Cesar Germano Martins / Banca: Roberto Wagner Lourenço / Banca: Darllan Collins da Cunha e Silva / Resumo: A perda de solos em bacias hidrográficas pode causar prejuízos ambientais e comprometer os usos múltiplos potenciais desta bacia. Ações como desmatamento, atividades agrícolas, entre outras, expõem o solo aos agentes naturais (precipitação, vento) e estes desprendem e carreiam o solo para as porções mais baixas na bacia, promovendo o assoreamento dos corpos d'água. Estudos sobre o tema são importantes para auxiliar na gestão, manejo e entendimento destes ambientes e mitigação do fenômeno. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo estimar a perda de solo na sub-bacia do Pirajibu-Mirim. Para isto, foram utilizadas ferramentas de análise de imagens e de dados da bacia para calcular a Equação Universal da Perda de Solos (EUPS) definida por Wischmeier & Smith (1978). A sub-bacia está inserida no município de Sorocaba-SP e tem uma área de aproximadamente 54 km². Para compor a equação, todas as variáveis foram levantadas separadamente para então calcular a EUPS em ambiente SIG para os anos de 2000 a 2016. Os resultados indicaram que os anos de 2003 e 2012 apresentaram os maiores valores de perdas de solo acima de 200 ton/ha.ano e em 2013 os menores valores de perdas de solo acima de 200 ton/ha.ano. Outra informação importante foi que no período estudado, aproximadamente 50% da área tem perdas de solo abaixo de 15 ton/ha.ano, indicando boa preservação do solo. / Abstract: The loss of soil in watershed can cause environmental damage and compromise the multiple potential uses of this watershed. Action as deforestation, agricultural activities, among others, expose the soil to natural agents (precipitation, wind) that causes the release of these soils to lower portion of watershed, promoting silting of the water bodies. Studies about the theme are important to improve the management and understanding of these environments and phenomenon mitigation of silting. Therefore, this work had as aim the estimation of soil loss in sub basin Pirajibu-Mirim. For this, tools of image and data analysis were used to estimate the Universal Soil Loss Equation (USLE) defined by Wischmeier & Smith (1978). The sub basin is inserted in Sorocaba city, São Paulo state and has an area 54km². To compose the equation, the variables were obtained separately and then the USLE was calculated from 2000 to 2016. The results indicated that the years 2003 and 2012 demonstrated the highest values of soil loss above 200 ton/ha.a and 2013 the lowest value of soil loss above 200 ton/ha.a. Other important information is that in studied period, almost 50% of the area had soil lower than 15 ton/ha.a, indicating satisfactory soil preservation. / Mestre

Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T16:23:11Z No. of bitstreams: 2 _Dissertação.pdf: 1412486 bytes, checksum: d4a33fd538d658b6a70958a78b14f4d3 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T16:23:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 _Dissertação.pdf: 1412486 bytes, checksum: d4a33fd538d658b6a70958a78b14f4d3 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / CAPES / O Brasil passou por uma drástica mudança nos últimos anos: embora ainda componha a maioria da população, desde a década de 1950 o catolicismo tem declinado de maneira rápida, dando lugar ao pentecostalismo. Este movimento religioso é bastante plural, e pode ser dividido em três gerações de igrejas que, mesmo com semelhanças, possuem características específicas. As primeiras gerações são marcadas pelo sectarismo e pelo ascetismo, cujo efeito é um afastamento do fiel das coisas do mundo, à espera de uma recompensa em outra vida. A terceira geração, porém, nasceu sob um processo de liberalização dos costumes baseada na Teologia da Prosperidade, que prega que o fiel deve ter “vida em abundância” ainda nesta existência, e assim rompe com o antigo sectarismo e ascetismo pentecostal. A sociedade brasileira igualmente vivenciou nas décadas passadas uma profunda transformação nas relações de gênero, no caminho de forte questionamento do patriarcalismo e um movimento de emancipação da mulher em relação a seus antigos posicionamentos. Tendo nascido já sob tais transformações, a Igreja Universal do Reino de Deus foi o objeto desta pesquisa. Seus objetivos foram analisar como a instituição constrói práticas discursivas sobre as relações de gênero e sobre as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passa nesse quesito. A Igreja Universal do Reino de Deus apresenta dentro de si as contradições encontradas na sociedade como um todo: por um lado mantem aspectos das relações de gênero do pentecostalismo de gerações anteriores; por outro lado, leva adiante mudanças no sentido de adaptação às demandas feministas, embora retire parte do seu caráter contestador. Dessa forma, a Igreja Universal promove repertórios que ao mesmo tempo posicionam mulheres em novos lugares, anteriormente interditados, como o mundo político e do trabalho, mas em outros momentos posicionam em lugares tradicionais, como por exemplo de mãe e esposa submissa ao marido. O homem é posicionado majoritariamente como trabalhador e pai de família. A Psicologia Social Discursiva serviu de aporte teórico-metodológico, por considerar o discurso como uma forma de ação e possibilitar a compreensão da variabilidade e do caráter funcional do discurso. De acordo com esta abordagem, a compreensão que temos da realidade é construída discursivamente. O gênero não deixaria de ser diferente, sendo mais uma construção discursiva produzida coletivamente que uma realidade biológica. A Igreja Universal, contudo, produz práticas discursivas que essencializam o gênero, atribuindo as características supostamente femininas e masculinas à biologia humana e à criação divina. Tal discurso contribui para a manutenção de posicionamentos subalternos para a mulher, que é incentivada a manter-se num lugar submisso à vontade masculina.

Submitted by Maryse Santos (maryseeu4@gmail.com) on 2016-08-26T15:38:09Z No. of bitstreams: 1 Tese- Victor Leandro da Silva.pdf: 1233777 bytes, checksum: 58e3a3c8c80310d48a62f23b30f409a7 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2016-08-29T13:08:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese- Victor Leandro da Silva.pdf: 1233777 bytes, checksum: 58e3a3c8c80310d48a62f23b30f409a7 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2016-08-29T13:10:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese- Victor Leandro da Silva.pdf: 1233777 bytes, checksum: 58e3a3c8c80310d48a62f23b30f409a7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-29T13:10:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese- Victor Leandro da Silva.pdf: 1233777 bytes, checksum: 58e3a3c8c80310d48a62f23b30f409a7 (MD5) Previous issue date: 2016-04-18 / This work is a study of universalism concepts and literary regionalism and its implications in the study of Novel.The novelistic narratives have often been categorized either as regionalist, or as universal.However, this classification is usually made arbitrarily, since the basis under which these concepts are applied are not consistent, which paves the way for the claim that these are used exclusively with marginalization purposes of certain literary manifestations. On this, the research seeks to establish other ways in which the local and the universal can be thought of in the novel, making use of the opportunities provided by the reflections of the French philosopher Paul Ricoeur about the narrative which allow us to think the novel as having dimensions that include both private as universalizing aspects of the plot. In order to check the consistency of the analysis, the study will turn to the literary works Relato de um certo Oriente, by Milton Hatoum, Beiradão, by Alvaro Maia, and Galvez Imperador do Acre by Márcio de Souza, that, wheter they have been compiled by authors from outside the major centers, they have elements that allow align them to the general panorama of the novel, while guarding features that approximate their original context of accomplishment. / Este trabalho consiste num estudo dos conceitos de universalismo e regionalismo literários, bem como suas implicações no estudo do Romance. As narrativas romanescas têm sido frequentemente categorizadas ora como regionalistas, ora como universais. No entanto, tal classificação costuma ser feita de forma arbitrária, uma vez que as bases sob as quais esses conceitos são aplicados não são consistentes, o que abre caminho para a afirmação de que estes são usados exclusivamente com fins de marginalização de certas manifestações literárias. Em visto disso, a pesquisa aqui realizada procura estabelecer outras formas pelas quais o local e o universal podem ser pensados no romance, utilizando para isso as perspectivas abertas pelas reflexões do filósofo francês Paul Ricoeur acerca da narratividade, as quais permitem pensar o romance como dotado de dimensões que abarcam tanto os aspectos particulares quanto universalizantes da trama. A fim de verificar a consistência da análise, o estudo irá voltar-se para as obras Relato de um certo Oriente, de Milton Hatoum, Beiradão, de Álvaro Maia, e Galvez imperador do Acre, de Márcio Souza, que, independente de terem sido elaboradas por autores de fora dos grandes centros, apresentam elementos que permitem alinhá-las ao panorama geral do romance, ao passo que guardam características que as aproximam de seu contexto original de realização.

Este trabalho visa problematizar a noção de singularidade na psicanálise lacaniana. Embora não seja propriamente um conceito, tampouco um termo recorrente na obra de Freud, ganha destaque especial em Jacques Lacan e em seus comentadores. Foi o que pudemos verificar quando focalizando o tema da direção do tratamento, realizamos uma leitura crítica do uso dessa noção tanto na obra de Lacan como na de seus seguidores de diversas escolas. Escolhemos circunscrever nossa reflexão ao campo da direção do tratamento que se articula intimamente ao tema da ética da clínica lacaniana. Isso não significa que abandonamos discussões epistemológicas da singularidade, pois sabemos que é necessário manter um tensionamento entre clínica e epistemologia. Lacan importou da matemática e da filosofia suporte teórico para pensar a singularidade em psicanálise, portanto, acompanharemos algumas dessas importações, nos debruçando fundamentalmente em suas consequências para a clínica psicanalítica. Como não há explicitamente uma teoria da singularidade em Lacan, tentamos extrair na rede conceitual de sua obra uma abordagem possível do termo, prevenidos de que, ao fazermos um emprego idealizado e impreciso da noção de singularidade na direção do tratamento psicanalítico, poderíamos incorrer em um problema ético. Há duas tendências mais comuns que nos levam a esse problema: a imaginarização da noção de singularidade e a negativização do termo. Assim, para afastarmos o risco de tomar a singularidade como um ideal psicanalítico (e cientes de que há um forte empuxo nesse sentido), não podemos essencializar essa noção nem descontextualizar o que nomeamos como singular. O que é singular se inscreve num tempo, num espaço e, portanto, num laço social. A singularidade nega e ao mesmo tempo faz existir o universal e o particular, por isso está em permanente articulação com estes. A ideia da singularidade como um jogo de forças que opera durante todo o tratamento, nos parece mais interessante do que a aposta na singularidade como critério de cura. Tal jogo é instaurado pela evanescência do inconsciente que emerge como pulsação na passagem entre os significantes ou nos lapsos de sentido. A singularidade seria uma expressão para se referir ao movimento de tensionamento entre o discurso coerente do paciente e a emergência do inconsciente. Dessa forma, pode se presentificar durante todo o processo do tratamento e não apenas no seu final. Pode ser uma experiência de curta duração, embora seus efeitos também possam ser duradouros. Há várias noções usadas por Lacan para falar da emergência do inconsciente na clínica: equívoco, ato falho, o encontro faltoso (tique), entre outras. No dia-a-dia de nossa atividade clínica, presenciamos como cada paciente subjetiva seu mal-estar ou ainda como cada um faz para lidar com sua divisão subjetiva e com suas contradições. Se estamos nessa esfera, sobre como cada um se vira com o próprio mal-estar, não falamos de singularidade e sim de subjetivações particulares. Assim, se seguirmos a proposta lacaniana de distinguir o singular do particular, circunscreveremos as diversas possibilidades subjetivas de resposta à castração, a uma ordem de particularidade. A nosso ver, a diversidade subjetiva não é menos importante que a emergência do singular num tratamento. É o que um sujeito pode fazer em termos de experiência subjetiva. O papel da singularidade é desencadear o jogo entre particular (articulações significantes e modalidades de subjetivação específicas) e universal (ordem simbólica como um sistema aberto) / This work aims to discuss the idea of uniqueness in Lacanian psychoanalysis. While not exactly a concept, either a recurring term in Freuds work, uniqueness earns special emphasis on Jacques Lacan and his commentators. Thats what we saw when, focusing on the theme of the direction of the treatment, we conducted a critical analysis of the use of this idea both in Lacans work as in his followers from different schools. We chose to circumscribe our thinking to the field of direction of the treatment, which is linked closely to the issue of ethics of Lacanian clinic. This does not mean that we abandoned epistemological discussions of the uniqueness because we know that it is necessary to maintain a tensioning between clinical and epistemology. Lacan imported from mathematics and philosophy a theoretical support to think the uniqueness in psychoanalysis, therefore, we will follow some of these imports addressing fundamentally its consequences for the psychoanalytic clinic. As there is not explicitly a theory of uniqueness in Lacan, we tried to pull from the conceptual network of his work a possible approach of the term, warned that when doing an idealized and inaccurate use of the idea of uniqueness in the direction of psychoanalytic treatment, we could incur in an ethical issue. There are two common trends that could lead us to this problem: the imaginarization of the idea of uniqueness and the negativation of the term. So, to move away from the risk of taking the uniqueness as a psychoanalytic ideal (and aware that there is a strong thrust in that direction), we can not essentialize this idea or decontextualize what we name as unique. What is unique is inscribed in time, in space and, therefore, a social bond. The uniqueness denies and at the same time makes real the universal and the particular, therefore it is in permanent liaison with these concepts. The idea of uniqueness as a game of forces that works throughout the treatment seems more interesting than the emphasis on the uniqueness as a criteria for cure. This game is set up by the evanescence of the unconscious, emerging as pulsation in the passage between the signifiers or in the lapses of sense. The uniqueness would be an expression to refer to the movement of tensioning between the patients coherent speech and the emergence of the unconscious. Thus, the uniqueness can be present throughout all the treatment process, not just at its end. It may be a short-term experience, although its effects can also be long lasting. There are several concepts used by Lacan to speak of the emergence of the unconscious in the clinic: mistake, parapraxis, the lacking encounter (tiquê), among others. In our daily clinical activity, we witness how each patient subjective its malaise or yet how each one deals with his subjective division and his contradictions. If we are in this sphere, talking about how each one deals with their own malaise, we do not speak of uniqueness, but of particular subjectivities. So, if we follow Lacans proposal to distinguish the uniqueness from the particular, we will circumscribe the several subjective possibilities of response to castration, to a particular order. In our view, the subjective diversity is not less important than the emergence of the uniqueness on a treatment. Its what a man can do in terms of subjective experience. The role of uniqueness is to trigger the game between particular (significant joints and specific modalities of subjectivation) and universal (symbolic order as an open system)