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Assimetria e simetria de gênero na violência por parceiro íntimo em pesquisas realizadas no Brasil

Conceição, Thays Berger January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-02-14T03:08:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 343737.pdf: 1674381 bytes, checksum: 3124859cad74eacf1ab95c2bf664a618 (MD5) Previous issue date: 2016 / O presente estudo tem como objetivo analisar a violência por parceiro íntimo a partir das concepções de simetria e assimetria de gênero apresentadas em pesquisas realizadas no Brasil. Para alcançar o objetivo, no período de junho a outubro de 2015, realizou-se revisão sistemática nas bases de dados Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), PsychInfo (Psychological Abstracts), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Sociological Abstracts, Scopus e Web of Science. Na busca, utilizaram-se combinações em português, inglês e espanhol dos termos "mulheres maltratadas", "violência doméstica", "violência por parceiro íntimo", "violência conjugal", "maus-tratos conjugais", ?assimetria de gênero? e ?simetria de gênero?. Foram selecionadas para análise 79 publicações, com maior predominância entre os anos de 2006 a 2014 (78,5%). Dentre as 48 revistas que abordaram o tema violência, a maioria ocorreu nos periódicos da área de Psicologia (32,9%) seguida pela Saúde Pública (27,9%) e Enfermagem (27,6%). A violência física e psicológica foi apontada em 31,6% e 27,0% das publicações, respectivamente, seguidas pela violência sexual (18,1%) e patrimonial (4,7%). Os pesquisadores que trabalham com o discurso da linha teórica feminista, cuja abordagem de gênero é considerada assimétrica, produzem, em sua maioria, pesquisas qualitativas com amostra composta apenas de mulheres (81,1%), os homens foram entrevistados 16,2% das vezes. 54,1% dos participantes foram selecionados em serviços de ajuda à vítima de violência doméstica e 18,9% em serviços de saúde. Quando observamos as características dos estudos realizados por pesquisadores da linha teórica dos sociólogos da família, que defendem a simetria de gêneros, observamos que as abordagens qualitativas e quantitativas foram utilizadas em semelhantes proporções. A violência bidirecional foi apontada em 80% destas pesquisas. Esta revisão permitiu constatar a forte liderança da linha teórica feminista identificada nos discursos dos pesquisadores. Observamos que em ambas as linhas teóricas a escolha do método, do local de estudo e dos sujeitos de pesquisa podem influenciar nos resultados obtidos. Destacamos a importância da discussão dos dados com diversos referenciais teóricos, pois a análise isolada, por qualquer que seja a área, corre o risco de ser tendenciosa e assim, fragilizar os resultados.<br> / Abstract : This study aims to analyze the intimate partner violence from the gender asymmetry and symmetry concepts in research conducted in Brazil. To achieve the goal, in the period from June to October 2015 was done an systematic review in Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), PsychInfo (Psychological Abstracts), LILACS (Latin American and Caribbean Sciences Health), SciELO (Scientific Electronic Library Online), Sociological Abstracts, Scopus and Web of Science. In the search, they used combinations in Portuguese, English and Spanish terms "Battered Women", "Domestic Violence", "intimate partner violence", "domestic violence", "Spouse Abuse", "gender asymmetry" and "gender symmetry". Were selected for analysis 79 publications, with a predominance between the years 2006 to 2014 (78.5%). Among the 48 magazines that focused on violence, most occurred in the psychology area of journals (32.9%) followed by health (27.9%) and nursing (27.6%). Physical and psychological violence was noted in 31.6% and 27.0% of the publications, respectively, followed by sexual violence (18.1%) and property (4.7%). Researchers working with feminist theoretical line, whose gender approach is considered asymmetrical, produce mostly qualitative research with a sample of women only (81.1%), men were interviewed 16.2% of the time. 54.1% of participants were selected on programs for victims of domestic violence and 18.9% in health services. When we look at the characteristics of the studies conducted by researchers from the theoretical line of family sociologists who defend the symmetry of genres, we observed that the qualitative and quantitative approaches were used in similar proportions. Bidirectional violence was identified in 80% of this research. This review revealed the strong leadership of feminist theoretical line identified in the discourse of researchers. We note that in both theoretical lines the choice of method, place of study and research subjects can influence the results obtained. We stress the importance of the discussion of the data with different theoretical frameworks, as the isolated analysis, whatever the area, runs the risk of being biased and thus weaken the results.
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“Ela não precisava chamar a polícia...” : anestesias relacionais e duplo-vínculos na perspectiva de homens autores de violência conjugal / “She did not need to call the police...” : relational anesthesia’s and double-binds from the perspective of men authors of marital violence

Guimarães, Fabrício Lemos 18 December 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Psicologia Clínica e Cultura, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-21T17:12:53Z No. of bitstreams: 1 2015_FabrícioLemosGuimarães.pdf: 3461566 bytes, checksum: eceb59291f2971852992cb6ea77c8158 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-07-26T10:56:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_FabrícioLemosGuimarães.pdf: 3461566 bytes, checksum: eceb59291f2971852992cb6ea77c8158 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-26T10:56:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_FabrícioLemosGuimarães.pdf: 3461566 bytes, checksum: eceb59291f2971852992cb6ea77c8158 (MD5) / Essa pesquisa qualitativa teve o objetivo de identificar como homens autores de violência conjugal encaminhados pela Justiça para intervenção psicossocial manifestaram indícios de anestesias relacionais e de dimensões duplo-vinculares que favorecem processos de naturalização das agressões nas dinâmicas conjugais marcadas pela violência. Os instrumentos utilizados foram o livro “Mas ele diz que me ama”; dois questionários; ficha de evolução e formulários de acolhimento do SERAV e do NAFAVD; e “Controle de empréstimo dos livros”. A pesquisa foi realizada em duas etapas. Os participantes da primeira etapa foram 13 homens que estavam em acompanhamento psicossocial no SERAV/TJDFT. Os participantes da segunda etapa foram 45 homens em acompanhamento no NAFAVD/SEM/GDF (37) e no SERAV/TJDFT (oito). A primeira etapa consistiu em estudo piloto para fornecer subsídios para elaboração do questionário para a segunda. Na primeira etapa, os participantes realizaram leitura do livro e responderam o questionário durante a semana para realização de reflexão grupal sobre as suas respostas no segundo encontro. O procedimento da segunda etapa foi adaptado para ser aplicado em um único encontro grupal – que consistiu em leitura conjunta de resumo do livro, seguida de preenchimento individual do questionário e de reflexão grupal. A natureza qualitativa da pesquisa nos levou a privilegiar a análise de conteúdo das respostas aos questionários preenchidos pelos participantes. As respostas dos participantes mostraram um continuum de naturalização da violência ao comparar as vivências pessoais com a história do livro. A maioria dos participantes da segunda etapa apresentou respostas que apontaram as próprias vivências como menos graves que a história do livro: 16 homens negaram totalmente as agressões ao não conseguirem perceber aspectos da violência em suas relações; 14 participantes perceberam alguma dimensão da violência, mas minimizaram o seu impacto; 14 homens se desresponsabilizam – perceberam a violência no relacionamento, mas a justificaram ou externalizaram sua responsabilidade. Foram estabelecidas quatro categorias de anestesias que os próprios homens autores de violência criaram e/ou consideraram como mais influentes em suas vivências: desresponsabilização do homem; minimização da violência; negação da violência; e início do processo de reconhecimento da violência. Na primeira etapa, 33 dentre as 35 anestesias listadas no livro foram marcadas pelo menos uma vez pelos participantes. Os homens conseguiram identificar 19 anestesias relacionais em suas próprias vivências sem os estímulos das anestesias do livro. Na segunda etapa, 30 dentre as 31 anestesias listadas no questionário criado a partir dos dados da primeira etapa foram marcadas pelo menos uma vez. Uma anestesia foi citada por mais da metade dos 45 participantes: “Ela não precisava chamar a polícia”. A análise dos títulos dados pelos homens à sua própria história revelou características duplo-vinculares dos relacionamentos. Quatro categorias de paradoxos entre o discurso de naturalização da violência e a presença de agressões na relação foram identificadas: desresponsabilização dos homens; minimização; negação; início do processo de reconhecimento da violência. Essas respostas revelaram que a história do livro “Mas ele diz que me ama” pode contribuir para a compreensão das vivências de homens autores de violência, facilitar a manifestação da naturalização da violência e apontar indícios de anestesias relacionais e características duplo-vinculares nas dinâmicas conjugais. Essa proposta metodológica favoreceu a escuta de homens de forma diferenciada e propiciou que eles mesmos conseguissem iniciar o processo de autorresponsabilização, de conscientização de anestesias e de paradoxos da dinâmica relacional marcada e estruturada pela violência. Esse é um passo estratégico para a superação da violência de gênero contra a mulher nas relações conjugais. / This qualitative research had the objective to identify how men referred to the judicial system to participate in a mandated psychosocial intervention due to their involvement in violent marital relationships manifested relational anesthesia’s and double-binds that favor processes of naturalization of the aggressions in marital dynamics structured by violence. The instruments were the book “But he says he loves me…”, two questionnaires, an intake and an evolution form of SERAV and NAFAVD, and a “Book lending Control Form”. The data collection was divided in two phases. The participants of the first phase were 13 men that were referred to SERAV/TJDFT. The participants of the second phase were 45 men referred to NAFAVD/SEM/GDF (37) and to SERAV/TJDFT (8). The first phase consisted of a pilot study to subsidize the elaboration of the questionnaire used in the second phase. In this first phase the participants read the book and were given a week to answer a questionnaire that was discussed at a group reflection meeting. This procedure was adapted to take one group meeting on the second phase. It consisted on a group reading of a summary of the book, followed by individual filling up of the questionnaire and a group reflection. Due to the qualitative nature of the research, content analysis was used to interpret the participant´s responses to the questionnaires. The answers revealed a continuum of naturalization of the violence when the participants compared their personal experiences with the experiences of the characters of the book. The majority of participants of the second gave answers that indicated that their experiences were less serious/graves than those of the characters in the story narrated in the book: 16 participants on both phases totally denied the aggressions and were not able to perceive any violence present in their relationships; 14 men were able to identify some violence but minimized its impact; 14 men denied having any responsibility for the violence – they perceived the presence of violence in the relationship, but justified or externalized the responsibility. Four categories of anesthesias were identified by the men as being most influential in their experiences: denial of having any responsibility for the violence; minimization of the violence; total denial of the presence of violence; initial recognition of the presence of violence. On the first phase, 33 among the 35 anesthesias listed in the book were marked at least one time by the participants. The men were able to identify 19 relational anesthesias in their own experiences apart from the stimulus offered by the book. On the second phase, 30 of the 31 anesthesias listed in the questionnaire created based on the data gathered on the first phase were checked at least one time. One anesthesia was cited by more than half of the 45 participants: “She did not need to call the police”. The analyses of the titles given by the men to their own story reveled the double bind characteristics of the relationships. Four categories of paradoxes were identified amidst the discourse of naturalization of the violence and of the presence of aggressions in the relationship: lack of responsibility for the violence on the part of the men; minimization; negation; indication of an initial process of recognition of the violence. The data revealed that the story of the book has the potential to help men in violent relationships to understand their own situation; to facilitate manifestations of the naturalization of violence; to point out the presence of relational anesthesias and double-binds in the marital dynamics. This methodological approach showed the following benefits: 1. it helped professionals in the judicial system to listen to men in a differentiated perspective; 2. it allowed the men to initiate the process of self-responsibilization for their acts; 3. they began to gain insight of the anesthesias and paradoxes present in the relational dynamic structured around violence. These results represent an strategic step towards the recognition and superation of gender violence against women in marital relationships.
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Os ciclos de violência e alcoolismo na conjugalidade: construções subjetivas dos homens agressores e alcoolistas / The violence and alcoholism’s cycles in conjugality: aggressors and alcoholics men’s subjective constructions

Schmidt, Bruno Borba Lins Bica 30 September 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-11-01T19:44:51Z No. of bitstreams: 1 2010_BrunoBorbaLinsBicaSchimdt.pdf: 655978 bytes, checksum: ce59b60db9c26ad13478465b7874a8ef (MD5) / Approved for entry into archive by Leila Fernandes (leilabiblio@yahoo.com.br) on 2011-12-21T13:26:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_BrunoBorbaLinsBicaSchimdt.pdf: 655978 bytes, checksum: ce59b60db9c26ad13478465b7874a8ef (MD5) / Made available in DSpace on 2011-12-21T13:26:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_BrunoBorbaLinsBicaSchimdt.pdf: 655978 bytes, checksum: ce59b60db9c26ad13478465b7874a8ef (MD5) / Essa dissertação tem como objetivo principal lançar uma compreensão sistêmica das relações entre violência e consumo de álcool no contexto da conjugalidade. Para tanto é realizado uma pesquisa bibliográfica sobre os temas: violência doméstica e alcoolismo, utilizando o pensamento sistêmico e complexo para poder entender as interações que fizeram emergir esses dois fenômenos simultaneamente. A metodologia de pesquisa utilizada foi a qualitativa, e teve como técnica a realização de entrevistas semiestruturadas sobre o uso de álcool e os relacionamentos violentos. Os critérios para a seleção dos participantes foram 1) Homens encaminhados à justiça por violência contra a mulher; 2) Homens encaminhados da justiça para tratamento de alcoolismo no HUB; 3) Homens que Cometeram violência contra a esposa. Cinco Homens participaram das entrevistas. Cada uma delas foi analisada separadamente por meio de técnicas de análise de conteúdo. Todas as categorias foram apresentadas conjuntamente formando zonas de sentido para uma análise ampla de como esses homens vivenciaram o desenvolvimento do transtorno do uso de álcool conjuntamente com o desenvolvimento de uma relação conjugal violenta. Para sistematizar o acesso a tais experiências foram utilizadas duas linhas de tempo, uma referente ao histórico de alcoolismo e a outra ao histórico de violência doméstica, que foram preenchidas conjuntamente com os participantes. Foi possível perceber uma função paradoxal do uso de álcool no ciclo da violência. Em um primeiro momento, ele fornece alívio das tensões; enquanto, em um segundo momento, ele promove uma explosão das tensões, facilitando assim as agressões. O papel de intervenção do Estado, por meio do TJDFT e do Tratamento do HUB, é descrito, por eles, como essencial no processo de reflexão dos seus atos violentos e sobre o uso problemático de álcool. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation has as main objective come up with a systemic comprehension of relations between violence and alcohol use in conjugality context. A bibliographic research was accomplished about the themes: domestic violence and alcoholism, making use of the systemic and complex thought to understand interactions that made both phenomenon emerge simultaneously. In the research was used the qualitative methodology and application of semi-structured interviews about alcohol use and violent relations. Criteria for selection of participants were: 1) Men who were referred from court for violence against women; 2) Men who were referred from court for alcoholism treatment at the HUB; 3) Men who committed violence against their wives. Five men participated in the interviews. Each one was analyzed separately using techniques of content analysis. All categories were presented together forming areas of meaning for a broad analysis of how these men experienced the development of a violent marital relationship. To systematize the access to such experiences two time lines were used, one referring to the alcoholism’s historic and other to the violence’s historic, were filled together with the participants. It was possible to perceive a paradox role of alcohol use in the cycle of violence. At first, the alcohol provides relief from conjugality tensions, but then it facilitates aggression by an explosion of tensions. The role of state intervention, through TJDFT and the HUB treatment, is described by them as essential in the process of reflection of these violent acts and the problematic use of alcohol.
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Exercícios para liberação da tensão e do trauma : aplicação a situações de violência conjugal

Macedo, Danielle Soares de 13 September 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2013. / Submitted by Elna Araújo (elna@bce.unb.br) on 2013-11-22T19:47:43Z No. of bitstreams: 1 2013_DanielleSoaresDeMacedo.pdf: 2607513 bytes, checksum: 3946876ba1dc71cd8022698eca1c29c9 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-11-25T12:29:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_DanielleSoaresDeMacedo.pdf: 2607513 bytes, checksum: 3946876ba1dc71cd8022698eca1c29c9 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-11-25T12:29:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_DanielleSoaresDeMacedo.pdf: 2607513 bytes, checksum: 3946876ba1dc71cd8022698eca1c29c9 (MD5) / A violência conjugal tem sido considerada um grave problema de saúde pública. Reflete diferenças de poder entre homens e mulheres nas esferas privada e social. Está relacionada também ao uso de formas comunicacionais e de resolução de conflitos violentas. As condutas violentas constituem uma resposta extremada ao estresse e são também produtoras de estresse, trazendo consequências físicas e emocionais deletérias a todas as pessoas envolvidas. O foco deste trabalho foi conhecer relações entre estresse, gênero e violência, de forma a contribuir para o delineamento de intervenções inovadoras e eficazes. O objetivo geral foi avaliar os efeitos da aplicação dos Exercícios para Liberação da Tensão e do Trauma (TRE) em homens e mulheres em situação de violência conjugal, quanto aos níveis de estresse e enfrentamento à situação de violência. Participaram da pesquisa 14 mulheres e 15 homens envolvidos em processos judiciais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios devido às denúncias de mulheres vítimas de violência em seu relacionamento conjugal. As/os participantes foram divididas/os em dois Grupos de Intervenção – um de homens e um de mulheres – e em dois Grupos de Comparação – um de homens e um de mulheres. Aos Grupos Intervenção foi aplicada a técnica TRE e demais procedimentos da pesquisa. Nos Grupos Comparação foram aplicados todos os procedimentos de pesquisa, com exceção da técnica TRE. A técnica TRE mostrou-se adequada e eficaz como ferramenta interventiva nos casos de violência contra a mulher. As mulheres e os homens que receberam a intervenção demonstraram menos sinais de anestesia emocional, ampliaram sua capacidade de percepção de sinais corporais de estresse, fizeram uma avaliação mais acurada dos riscos de reincidência da violência e da tensão e estresse relacional e passaram a adotar estratégias mais ativas de prevenção a novos episódios de violência. A continuidade da prática regular de TRE mostrou-se fundamental para manutenção, consolidação e ampliação dos benefícios da técnica para todos os casos. Os resultados evidenciaram também uma clara relação entre as categorias gênero, estresse e violência. A comparação entre homens e mulheres, tanto dos Grupos Intervenção quanto dos Grupos Comparação, revelou que as experiências subjetivas de homens e mulheres em situação de violência são bastante distintas. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Marital violence has been considered a serious public health issue. It reflects the power differences between men and women in the private and social spheres. It is also related to the use of violent communications and conflict resolutions strategies. The violent behaviors constitute an extreme reaction to stress and are, at the same time, stress producers, generating deleterious physical and emotional consequences to everyone involved. The focus of this research was to understand the relationships between stress, gender and violence in order to contribute to the design of innovative and effective interventions. The general objective was to evaluate the effects of the application of Tension and Trauma Releasing Exercises (TRE) in the levels of stress and in the strategies used to deal with violence of men and women leaving in marital violent relationships. Participated in the research 15 men and 14 women involved in a domestic violence judicial process at the Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, related to a legal complaint made by women victims. The participants were assigned to two Intervention Groups - one of women and the other of men - and two Control Groups - one of women and the other of men. The participants of the Intervention Groups received the TRE technique and other research procedures; the Control Groups participants went through the research procedures only. The TRE technique proved to be an adequate intervention technique to be used in domestic violence cases. Men and women who were exposed to the intervention diminished their levels of emotional anesthesia, heightened their levels of perception of corporal stress signs, were able to give a more accurate evaluation of the level of risk of recidivism of violence and relational stress and tension and were able to adopt more active strategies to prevent new episodes of violence. The continuity of a regular practice of the TRE exercises was essential for the maintenance, consolidation and expansion of the benefits of the technique for all cases. The results also showed a clear relationship between gender, stress and violence. The comparison between men and women who participated in the Intervention Groups or in the Control Groups revealed that the subjective experiences of men and women who are part of a violent relationship are very distinct.
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Os discursos masculinos sobre as práticas violentas de gênero

SANTOS, Valdonilson Barbosa dos 13 March 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-12T13:01:53Z No. of bitstreams: 2 TESE - VALDONILSON BARBOSA DOS SANTOS.pdf: 2086172 bytes, checksum: eb0513274a0f9630dce5f1e04941b6fc (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-12T13:01:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE - VALDONILSON BARBOSA DOS SANTOS.pdf: 2086172 bytes, checksum: eb0513274a0f9630dce5f1e04941b6fc (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-03-13 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Este estudo investiga as relações entre os sentidos de ser homem e as práticas de violência conjugal. Demonstra a representação social masculina no contexto das delegacias quando, acusados de agressão, explicitam a sua compreensão de envolvimento em situações de violência de gênero. São discursos dos homens sobre agressões às mulheres, proferidos num ambiente em que se sentem em desvantagem e ameaçados. A tese revisa autores antropólogos e feministas sobre relações de gênero, masculinidade e poder, e violência. A pesquisa de campo abarca três Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) na Região Metropolitana do Recife, relatando detalhes de observações, entrevistas, depoimentos, conversas com mulheres, profissionais e homens acusados, configurando 32 casos com múltiplos interlocutores. Sistematiza os discursos em três grandes eixos interpretativos empregados pelos homens para explicar as suas ações, entendendo-os de forma interconectada. Os referidos eixos se ordenam em: 1) como as relações de gênero devem ser; 2) como essas relações estão sendo; e 3) quem apoia as novas relações de gênero. Desse modo, os homens fazem: 1) um apelo ao reforço da importância e do controle masculino no cumprimento das normas tradicionais de gênero; 2) um reconhecimento de uma crescente autonomia feminina que gera inconformidade masculina; e 3) um questionamento da nova aliança de setores das estruturas de poder, especialmente das políticas públicas, com as mulheres, a exemplo da legislação e da atuação das delegacias, provocando um recuo masculino. Nas interpretações, a ideia de Marilyn Strathern, que realça categorizações de pessoas, artefatos, eventos, sequências, se fundamentam em imagens sexuais, independentes das relações de poder, permitindo a inclusão de ângulos diversos e questionando visões maniqueístas. Isto permite uma interpretação de discursos masculinos coletados em delegacias que evidenciam uma busca de inversão dos rótulos de ativo e passivo entre homens acusados de agressão, descortinando a complexidade das lógicas de relações conjugais cotidianas. Há mais de duas décadas, no Brasil, autoras como Maria Filomena Gregori e Bárbara Musumeci Soares denunciam os excessos do “vitimismo” e do conceito “violência contra a mulher”, mostrando as diferentes implicações do uso de conceitos como “violência conjugal”, guiando a problematização da leitura dos discursos masculinos em situações de violência. O jogo entre os discursos de “dominação masculina” e a reprodução de estruturas de poder desiguais, que não ocorrem plenamente, de um lado; e a produção da autonomia feminina, insubmissão e a valorização de políticas públicas que a reforçam, de outro; fazem os discursos observados no contexto das DEAMs compreensíveis pelo que Hannah Arendt identifica a violência, como a não “plena realização da dominação”, mas como a resposta a um processo que coloca em xeque a legitimidade dos que se entendem (entendiam) como dominantes.
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Sentidos da violência conjugal : a perspectiva de casais

Pondaag, Miriam Cássia Mendonça 17 December 2009 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2009. / Submitted by Luanna Maia (luanna@bce.unb.br) on 2011-06-06T11:44:18Z No. of bitstreams: 1 2009_MiriamCassiaMPondaag.pdf: 1234252 bytes, checksum: 8899d18a8ebe0326a06c4bfec21f76ba (MD5) / Approved for entry into archive by Luanna Maia(luanna@bce.unb.br) on 2011-06-06T11:45:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_MiriamCassiaMPondaag.pdf: 1234252 bytes, checksum: 8899d18a8ebe0326a06c4bfec21f76ba (MD5) / Made available in DSpace on 2011-06-06T11:45:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_MiriamCassiaMPondaag.pdf: 1234252 bytes, checksum: 8899d18a8ebe0326a06c4bfec21f76ba (MD5) / O que é percebido como violência em uma relação conjugal? Este estudo teve como objetivo investigar os sentidos da violência conjugal para casais em que um membro formalizou queixa na Justiça. A tese defendida é que os sentidos da violência conjugal se constroem na interseção com os sentidos da conjugalidade e do gênero. Participaram do estudo cinco casais. Foram realizadas entrevistas individuais e de casal. Para análise e interpretação das informações utilizou-se a metodologia de análise das práticas discursivas como produção de sentido. Nos discursos de ambos os sexos, mas de maneira mais notória nos discursos masculinos, verificou-se uma tendência maior para perceber como violência comportamentos agressivos vindos do par conjugal, em detrimento dos próprios. Constatou-se uma polissemia de sentidos atribuídos à violência, visível através da pluralidade de significados usada por cada membro do casal para representar a conjugalidade, os papéis de gênero e a própria violência. O gênero é determinante para esta pluralidade, ao demarcar diferenças significativas nas percepções de maridos e esposas em relação a estas dimensões. Os achados apontaram para uma transição nos sentidos de gênero, que se revelou como fonte geradora de conflitos e da violência no cotidiano conjugal. Enquanto as mulheres paradoxalmente resistem e se movimentam para buscar rupturas com sentidos tradicionais de gênero, os homens demonstraram querer preservar tais sentidos. Estas rupturas parecem ameaçadoras às masculinidades. A percepção da violência na conjugalidade, para os homens, está relacionada a situações que ameaçam seu poder e sua autoridade. O uso da violência parece ser um recurso para resguardar os estereótipos de gênero e para lidar com o risco da perda de poder. A percepção da violência, para as mulheres, acentua-se nas circunstâncias em que atitudes e atos dos parceiros ameaçam o vínculo conjugal, o sonho romântico de ter um parceiro ideal e um relacionamento feliz. O uso da violência, por parte delas, parece ser uma tentativa de preservação/realização deste sonho e/ou uma expressão do ressentimento por sua perda. A indignação das mulheres diante das agressões dos parceiros não tem o poder de abalar o vínculo conjugal - ele pareceu ser incondicional. Os maridos compartilharam essa percepção do vínculo, embora utilizando uma outra lógica: sentidos tradicionais de gênero fazem que os maridos acreditem que suas atitudes destrutivas não constituam razão para o rompimento conjugal - eles tenderam a minimizar os danos e os impactos destas atitudes. A presença de sentidos estereotipados de gênero contribui para que a violência conjugal assuma sentidos que a minimizam e justificam e permite que o vínculo conjugal seja mantido. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / What is perceived as violence in a marital relationship? The objective of this study was to investigate the meanings of domestic violence for couples in which one of its members had filed a criminal complaint against the other. The thesis defended here is that the meanings of violence in relationships are constructed in interaction with the meanings ascribed to marriage and gender. Five couples took part on this study. Individual and couple interviews were used to collect data. Discourse analysis was the method used to interpret the data gathered. The discourses of husbands and wives, but specially the discourses of the males, showed a tendency to perceive as violence the aggressive behavior of the partner, instead of ones own. One of the main findings of the study was that multiple meanings are attributed to violence in the relationship. This became visible through the plurality of meanings that each member of the couple used to represent marriage, gender roles and violence itself. Gender is by far the determinant factor of this plurality- there are significant differences in the perceptions of husbands and wives regarding these dimensions. The findings pointed to a transition in the meanings of gender. Such transition revealed itself as a source of conflicts and of violence in the daily life of the couples. While the women paradoxically resisted and moved out to search for ruptures in the traditional meanings of gender, men demonstrated the will to preserve such meanings. The wives’ movements toward gender ruptures seemed to threaten their masculinities. The husbands’ perceptions of violence in the relationship were related to situations that threatened their power and their authority. The use of violence seemed to be instrumental in protecting gender role stereotypes and in dealing with the risk of losing power. The women’s perceptions of of the presence of violence in the relationship became stronger in circumstances in which attitudes and acts of their partners threatened the marital bond, or the romantic dream of having an ideal partner and a happy relationship. The use of violence on the part of the wives, seemed to be an attempt to preserve or to accomplish this dream; it could also be seen as an expression of resentment for losing it. The indignation of the wives in face of the aggressions of their partners was not strong enough to destruct the relational bond - it seemed to be unconditional. The husbands shared this perception of the bond, although holding a different point of view: the strongly held traditional meanings of gender made them believe that their destructive attitudes were not enough to bring about marital rupture: they tended to minimize the damages and the impacts of their attitudes. Summarizing, the presence of stereotyped gender meanings contributed to the meanings attributed to the violence experienced in the relationship. minimizing and justifying it, thus contributing to the continuation of the marital bond.
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Violência conjugal : repercussões na saúde mental de mulheres e de suas filhas e seus filhos adultas/os jovens

Medeiros, Marcela Novais 09 September 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2010. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2013-09-04T15:45:46Z No. of bitstreams: 1 2010_MarcelaNovaisMedeiros.pdf: 1529975 bytes, checksum: e96bb67ad4708bb0c85cba0f601709f8 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-09-05T13:42:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_MarcelaNovaisMedeiros.pdf: 1529975 bytes, checksum: e96bb67ad4708bb0c85cba0f601709f8 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-09-05T13:42:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_MarcelaNovaisMedeiros.pdf: 1529975 bytes, checksum: e96bb67ad4708bb0c85cba0f601709f8 (MD5) / O objetivo geral desta pesquisa qualitativa foi compreender possíveis repercussões de experiências de violência conjugal na saúde mental de mulheres e filhas/os. Os objetivos específicos foram: conhecer a história de vida e de violência conjugal nas perspectivas de mulheres e filhas/os; identificar fatores de risco para adoecimento mental, ao longo da história de vida das mulheres e filhas/os; identificar fatores de proteção da saúde mental, ao longo da história de vida de mulheres e de suas/seus filhas/os; investigar a percepção das mulheres sobre as repercussões das experiências de violência na sua saúde mental e de suas/seus filhas/os; investigar a percepção das/os filhas/os sobre as repercussões das experiências de violência na sua saúde mental e na de suas mães. Participaram da pesquisa três mulheres com experiências de violência conjugal e uma/um filha/o adulta/o jovem de cada uma delas. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário demográfico e entrevistas semiestruturadas. Os dados obtidos por meio das entrevistas semiestruturadas foram analisados com a estratégia de análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram a transgeracionalidade da violência e a vulnerabilidade feminina a violências físicas, psicológicas, sexuais e patrimoniais ao longo do ciclo de vida de famílias moradoras de uma cidade satélite do Distrito Federal. A violência conjugal foi fator de risco para as mulheres e filhas/os. Foi evidenciado que a compreensão das repercussões provocadas pela violência conjugal requer a análise da interação saúde mental, gênero, violência conjugal, outros fatores de risco e fatores de proteção. Tal interação não ocorre isolada dos contextos nos quais as pessoas estão inseridas e dá-se por meio de uma causalidade recursiva, na qual um elemento influencia e é influenciado pelos outros. Prescrições de gênero contribuem para que determinados eventos de vida e projetos constituam fatores de risco para mulheres. Assim, projetos de vida de ter família unida e cristã, a participação em grupo religioso, o projeto de cuidar e o cuidado com as/os filhas/os foram tanto fatores de risco quanto de proteção da saúde mental das mulheres. Novos projetos para o futuro formulados após a separação, flexibilizando os papéis de gênero, representaram proteção. Outros fatores de proteção estavam relacionados às redes sociais das mulheres, como o apoio social de vizinhas e de amiga. Alguns fatores de risco para as filhas/o foram desencadeados pelos fatores de risco presentes na vida das mães. Para filhas/o significaram risco, especialmente, o isolamento social, a falta de cuidadoras/es, a separação dos pais, inconstâncias do relacionamento dos pais. Significaram proteção: apoio social de cuidadora/or alternativa/o, autocuidado e cuidados recebidos das mães, incentivo para investimento em projetos de vida, projetos de vida de estudar e trabalhar. As repercussões das experiências de violência ocorridas na saúde mental das mulheres foram alteração na percepção sobre a eficácia para controle do que acontece com ela; alteração do apetite; ansiedade; concentração e atenção reduzidas; diminuição da autoestima; diminuição da autoconfiança; dificuldades com o próprio corpo; atividades; entorpecimento emocional e evitação comportamental; fadiga; humor deprimido; hipersonia; insônia; medo; pânico; perda do interesse e prazer; queixas somáticas e sofrimento psíquico. As repercussões apresentadas pelas filhas/o foram alteração do sono; ansiedade; abalo na formação da identidade; comportamento violento; humor deprimido; ideação suicida; medo; perda do interesse e prazer; sofrimento psíquico. Tais resultados revelam que a interação saúde mental, gênero e violência merece atenção no campo da pesquisa e intervenção. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main objective of this qualitative study was to understand the possible impacts of experiences of marital violence on mental health of women and their daughters and sons. The specific objectives were: to understand the life history and the experience of marital violence from the perspectives of women and their daughters and sons; to identify risk an protective factors for mental illness throughout the women's, daughters‟s and sons‟s lives; to investigate women‟s perception of the repercussions of their experiences of violence in their mental health and in the mental health of daughters and sons; to investigate the daughters‟s and sons‟s perceptions of the repercussions of the experiences of violence in their mental health and in the mental health of their mothers. Three women victims of marital violence, two daughters and one son participated in the research. Semi-structured interviews and a Demographic Questionnaire were used as the data collection strategy. The data collected were analyzed using thematic content analysis. The results showed the transgenerationality of violence and female vulnerability to physical, psychological, sexual and patrimonial violence throughout the life cycle of families of a satellite city of the Federal District. Marital violence was a risk factor for women and their daughters and sons. The understanding of the impacts of marital violence requires the analysis of the interaction between mental health, gender, marital violence, other risk factors and protective factors. Such interaction does not occur in isolation from the various life contexts in which people are embedded. It result product of recursive causality. Gender prescriptions play an important role in life events and projects and may constitute risk factors for women. Thus, life projects like have a united and christian family, participation in religious group, the family care were, at the same time, risk and protective factors of women‟s mental health. Other protective factors were, the new projects to the futures made after the separations, since these projects implied flexibility regarding gender roles. Another protective factors were social support from neighbors and friends. Some risk factors for daughters and son were triggered by risk factors present in their‟s mother‟s lives. For them it represented risk, especially, lack of alternative caretakers, social isolation, the separation of parents and the inconstancy in their parents relationship. Protection for them came from life projects like to study and to work, social support, self-care and care received by their mothers, incentive for investment in life projects. The impact of violence in the mental health of women manifested itself through anxiety, appetite changes, change in perceptions regarding their ability to control life events, decreased self-confidence, decreased self-esteem, decreased concentrating and attention, depressed mood, difficulty with their own body, fatigue, generalized fear, hypersomnia, insomnia, loss of interest and pleasure, low numbness and avoidance behavior, panic, somatic complaints and psychological distress. The impact direct or indirect of marital violence experiences on daughters and son were anxiety, depressed mood, damages in identity formation, fear, loss of interest and pleasure, psychological distress, sleep disturbances, suicidal ideation; violent behavior. These results paint out that the interaction between mental health and violence deserves attention.
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O Atendimento a Envolvidos em Violência:Concepções de Psicólogos sobre Gênero e Violência Conjugal

OLIVEIRA, D. C. 22 July 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_470_.pdf: 621045 bytes, checksum: c287ca605a7ec1ea39fc3ea2d5c41165 (MD5) Previous issue date: 2005-07-22 / O Movimento Feminista contribuiu para o debate público sobre gênero e violência conjugal. A violência conjugal foi discutida a partir da concepção dualista: homem agressor versus mulher- vítima e entendida como violência contra mulher. A emergência de produções acadêmicas que analisavam a violência conjugal por enfoques teóricos que contestavam essa visão dualista possibilitou o entendimento do tema por meio dos múltiplos papéis de homens e mulheres numa relação afetiva violenta. O referencial relacional não ignora as produções culturais em torno do gênero e da etnia, que produzem diferenças de poder entre o casal, entretanto defende que a compreensão das violências entre cônjuges não pode ser reduzida a idéia de subalternidade feminina. Considerando esses contextos, o estudo investigou concepções de gênero e violência conjugal dos nove psicólogos que trabalham em programas públicos que atendem envolvidos em violência conjugal na Grande Vitória, por meio de entrevista semi estruturada que abordou os seguintes temas: atendimento psicológico, gênero, conjugalidade e violência conjugal. As práticas psicológicas se caracterizam por uma diversidade de atendimentos: atendimentos clínicos, a terapia de casal, as orientações psicológicas, os trabalhos de grupos e por trabalhos em parceria com outras especialidades principalmente o direito e o serviço social. Destacam-se os seguintes significados: gênero foi considerado uma relação de poder entre homen e mulheres, construída socialmente, ainda fortemente influenciada pelos papéis tradicionais homem provedor e mulher - cuidadora. Em geral, a violência conjugal é entendida como um processo de opressão mediado por relação de poder desigual entre homens e mulheres, expresso por agressões físicas e psicológicas. Os psicológicos assumem portanto, uma postura pró-feminista, existindo basicamente dois estilos de ação. Uma parte desenvolve ações referenciadas aos princípios do movimento feminista, assumindo exclusivamente um papel de defesa da mulher violentada, esses entrevistados atendem predominantemente mulheres e demonstram em seus discursos influências marcantes de uma concepção dualista. A outra parcela de psicólogos também considerada as assimetrias entre os gêneros, porém constrói as práticas psicológicas pela mediação de conflitos entre homens e mulheres, considerando claramente os custos das cobranças de gênero e as conseqüências da violência conjugal para homens e mulheres aproximando-se do referencial relacional.
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O processo de término de namoros violentos e transição para novas relações

Parada, Priscila de Oliveira 14 August 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-11-03T20:06:25Z No. of bitstreams: 1 2017_PrisciladeOliveiraParada.pdf: 1613518 bytes, checksum: 63e49b05f235deb933f24db83e77e58a (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-11-24T15:51:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_PrisciladeOliveiraParada.pdf: 1613518 bytes, checksum: 63e49b05f235deb933f24db83e77e58a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-24T15:51:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_PrisciladeOliveiraParada.pdf: 1613518 bytes, checksum: 63e49b05f235deb933f24db83e77e58a (MD5) Previous issue date: 2017-11-24 / A violência nos relacionamentos é um fenômeno de alta prevalência e com impactos individuais e sociais severos, tangenciando os campos da saúde, assistência, segurança pública, trabalho e educação. Essa dissertação contou com três estudos. O primeiro teve como objetivo analisar os avanços, limitações e lacunas nas pesquisas acerca do abandono de relacionamentos violentos e suas implicações. Realizaram-se buscas em inglês, espanhol, francês e português. Os resultados apontaram que, para os estudos quantitativos, nível de investimento, comprometimento, normas subjetivas, atribuir ao agressor a responsabilidade pela agressão, sentimento de raiva e barreiras e facilitadores estruturais mostraram correlação com o avanço rumo ao término. Para os estudos qualitativos, observaram-se a proposta de novos modelos de compreensão, o foco nas estratégias para o abandono da relação e a consideração do período pós separação nas análises. O segundo estudo teve como objetivo compreender, a luz do Modelo Transteórico de Mudanças, os processos de término de namoros violentos, analisando a maneira como as pessoas vivenciam cada estágio de mudança, quais as estratégias adotadas como processos de mudança e quais as características do contexto e da relação que atuam como barreiras ou facilitadores do avanço entre eles. Realizou-se entrevista com técnica narrativa com sete participantes que haviam terminado namoros violentos. Utilizou-se análise temática dos dados. A pré-contemplação foi caracterizado pela presença de sofrimento difuso e de percepções em algum grau sobre a violência, porém não validadas pela própria pessoa. A contemplação, pela validação dessas percepções e atribuição do sofrimento à violência. A preparação envolveu teste de soluções na própria relação e a preparação para o término. A ação consistiu no término e a manutenção na prevenção de retomadas. As características contextuais favorecedoras envolveram suporte social adequado e ampliação de modelos e experiências. As barreiras contextuais foram isolamento social ou suporte inadequado. Os favorecedores do avanço no processo de término na relação foram a ocorrência de episódio mais severo ou explícito de violência, a falta de mudança do parceiro e a diminuição dos aspectos positivos da relação. As barreiras foram o parceiro suscitar culpa e a ponderação dos aspectos positivos. Os facilitadores pessoais basearam-se na diversidade de estratégias adotadas ativamente para alcançar o término. As barreiras pessoais foram as limitações desenvolvimentais da adolescência e a dificuldade em lidar com sentimentos. O terceiro estudo teve o objetivo de compreender as características da transição para novos relacionamentos que favoreceram a entrada em relações saudáveis após o término de namoro violento. Realizaram-se estudos de caso a partir dos dados da entrevista narrativa e da aplicação da escala Experiences in Close Relationships com duas participantes: uma que havia transitado para relação saudável e outra que entrou em novo namoro violento. Ampliação de modelos, experiências, relações e ideias, maior acesso a informações e clara identificação da violência na primeira relação não foram suficientes para evitar o envolvimento em novo namoro violento. Desenvolver a capacidade de acessar e validar os próprios sentimentos e vontades mostrou-se favorecedor do desfecho de entrada em relação saudável, tendo se expressado através de maior habilidade de assertividade. Mudanças no apego no sentido de aproximação do apego seguro acompanharam esse desfecho. As conclusões apontam para potencial nas estratégias interventivas baseadas na restauração do apego e no desenvolvimento das habilidades de acessar e validar sentimentos e desejos. O investimento nas intervenções com pares com foco na oferta de suporte adequado e na promoção de vínculos comunitários seguros também se mostrou promissor. / Intimate partner violence is a high prevalent phenomenon with relevant individual and social impacts on health, social assistance, security, labor and education. This work includes three studies. The first one had the goal to analyze advances limitations and gaps in research field about leaving violent relationships and its implications. Articles were browsed with entrances in English, Spanish, French and Portuguese. Beyond quantitative studies, investment level, commitment, subjective norms, responsibility attribution, anger and structural barriers and facilitators showed relation with the ending process. For qualitative studies, the proposal of new models of comprehension, the focus on strategies that make leaving process possible and the consideration of post separation period on the analysis was identified. The second study had the goal to comprehend the process of leaving dating relationships based on Transtheoretical Model of Change, analyzing how people leave each stage of change, which strategies were used as processes of changes and which characteristics of the context and the relationship acted as barriers or facilitators on the advance. Narrative interviews were conducted with seven participants who had left violent dating. Thematic analysis of data was made. Pre-contemplation was characterized by the presence of diffuse suffering and fleeting perceptions about violence, which though were not validated by the person. Contemplation was characterized by validation of those perceptions and the attribution of the suffering to the violence. Preparation evolved testing solutions to try changes inside the relationship and preparing to break up when the partner didn’t respond well to the attempts. Action consisted on leaving the relationship and maintenance evolved preventing relapse. Favoring characteristics of the context were suitable social support and extending models. The main contextual barrier was social isolation or inappropriate support. In the relationship dimension, the occurrence of more severe or explicit episodes of violence and the lack of change on partner’s behavior despite of the trials favored the advance on change process. Barriers in the relationship were the partner arousing guilty and the consideration of the positive aspects. Personal facilitators were adopting diversified strategies. Personal barriers were developmental constraints of adolescence and difficulty in dealing with feelings. The third study had the goal to comprehend the characteristics of transition to new relationships that favor the entrance in healthy relationships after leaving a violent one. Case studies were conducted using data from the narrative interview combined with Experiences in Close Relationships scale application with two participants: one that had moved to a healthy relationship and another who had moved to a new violent one. Enlargement of models, experiences, relations and ideas, more access to information and clear identification of violence in first relationships were not enough to avoid evolvement in a new violent dating. Development of the capacity of accessing one’s own feelings and wishes showed to be favoring of the outcome of moving to a healthy relationship and was expressed through higher assertiveness abilities. Changes in attachment consisting in approaching secure attachment were related to this outcome. Conclusions point to potential on strategies based on restoring the attachment and on developing the abilities to access and validate feelings and wishes. The investment on interventions with peers focused on the offer of adequate support and on the promotion of secure peer and community relationships also showed promising.
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Mobilizando comportamentos de ajuda na rede de amizades : uma estratégia de prevenção à violência no namoro baseada nos pares e na abordagem do espectador

Santos, Karine Brito dos 29 June 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Psicologia Clínica e Cultura, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-21T20:30:34Z No. of bitstreams: 1 2016_KarineBritodosSantos.pdf: 19194827 bytes, checksum: 350ec9492630c0c31b7ff8a7189f7641 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-08-19T14:12:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_KarineBritodosSantos.pdf: 19194827 bytes, checksum: 350ec9492630c0c31b7ff8a7189f7641 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-19T14:12:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_KarineBritodosSantos.pdf: 19194827 bytes, checksum: 350ec9492630c0c31b7ff8a7189f7641 (MD5) / A educação de pares e a abordagem do espectador são estratégias de ponta na prevenção à violência no namoro para fomentar modelos pró-sociais de busca e oferta de ajuda. O objetivo geral desta tese foi avaliar em que medida uma estratégia de prevenção à violência no namoro baseada nos pares e na abordagem do espectador favorece a mobilização de comportamentos de ajuda na rede de amizades. O escopo desta tese engloba de cinco estudos embasados por múltiplas teorias: o Modelo Bioecológico, a Teoria Cognitiva Social, a Teoria das Redes Sociais e o Modelo de Intervenção do Espectador. O primeiro estudo descreveu o processo de influência dos pares nas relações de namoro e forneceu uma base de evidências sobre programas de prevenção à violência no namoro baseado nos pares. O segundo estudo discutiu a importância da rede de amizades como mecanismo de proteção para adolescentes envolvidos em violência no namoro, evidenciando fatores de risco e de proteção modificáveis. O terceiro estudo avaliou a viabilidade de uma intervenção baseada nos pares e na abordagem do espectador na prevenção a violência no namoro, monitorando indicadores de processo na implementação. O quarto estudo examinou em duas etapas evidências de validade de uma escala que avalia atitudes do espectador em situações de violência no namoro. A primeira etapa envolveu o processo de construção, validação por juízes, validação semântica e exame inicial de evidências da validação da estrutura fatorial da escala por meio de análise fatorial exploratória em uma amostra de 131 participantes. Na segunda etapa testou-se em uma amostra de 410 participantes a qualidade do ajuste do modelo teórico aos dados observados, reunindo evidências de validade da estrutura interna através de análise fatorial confirmatória. Os resultados indicaram que a escala de cinco dimensões possui propriedades psicométricas satisfatórias, com índice de ajuste aceitável ao modelo e boa consistência interna (α=0,78 a 0,96). O quinto estudo avaliou a eficácia de uma intervenção baseada nos pares e na abordagem do espectador, investigando seus efeitos sobre a qualidade da amizade, empatia, atitudes do espectador em resposta à violência no namoro, número de amigos envolvidos em violência no namoro, comportamentos prévios de busca e oferta de ajuda, indicadores de violência física, sexual e psicológica sofrida e perpetrada no namoro e intenção de ajudar nesse contexto. Esta pesquisa adotou um delineamento experimental com designação aleatória dos 42 participantes a um grupo experimental (GE, n=20) e controle (GC, n=22). O GE recebeu uma intervenção breve de três sessões sobre relações de namoro saudáveis e violentas, qualidade da amizade na rede de pares e o papel do espectador, e o GC não recebeu nenhuma intervenção. Para a coleta de dados foram usados questionários, formulários para monitorar indicadores de processo durante a implementação e as seguintes escalas: Conflict in Adolescent Dating Relationship Inventory (CADRI), Escala de atitudes do espectador em situações de violência no namoro (ESPECTA-VN), Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal de Davis (EMRI) e o Questionário das Funções da Amizade (QFA). Os dados qualitativos foram submetidos a análise de conteúdo e os dados quantitativos foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Foram encontradas diferenças significativas entre sexo apenas para a violência psicológica, indicando que os homens que participaram da intervenção sofreram menos ameaças do que as mulheres no pós-teste se comparado ao GC, além de redução da média do número de amigos envolvidos em violência no namoro para as mulheres, e aumento discreto da qualidade da amizade para os homens do GE. Os participantes da intervenção apresentaram ainda um discreto aumento da empatia, atitudes do espectador e intenção de ajudar se comparados ao GC. O elevado nível de satisfação e envolvimento dos adolescentes depõe a favor da aceitabilidade da intervenção. Os cinco estudos realizados dão suporte ao argumento principal da tese, demonstrando que os amigos, fonte preferencial de ajuda, são também agentes de prevenção potencialmente capazes de mobilizar comportamentos de ajuda na rede de amizades. Espera-se que esta tese encoraje o desenvolvimento de novas tecnologias de prevenção centradas na abordagem do espectador para prevenir a violência no namoro e outros tipos de violência entre pares. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The peer education and bystander approach are a “cutting edge” strategies in preventing dating violence to promote pro-social models of help-seeking and help-giving. The overall aim of this thesis was to evaluate to what extend a strategy to prevention dating violence based on peers and bystander approach favors helping behavior mobilization of friendships network. The scope of this thesis includes five grounded studies by multiple theories: the Bioecological Model, the Social Cognitive Theory, the Theory of Social Networks and the Bystander Intervention Model. The first study described the peer influence process in dating relationships and provided evidence based on dating violence programs based on peers. The second study discussed the importance of the friendships network as a protection mechanism for teens involved in dating violence, highlighting changeable risk and protective factors. The third study evaluated the viability of an intervention based on peers and bystander approach in dating violence prevention, monitoring process indicators in implementation. The fourth study examined in two steps the validity evidences in a scale that assess bystander attitude in dating violence situations. The first step involved the construction process, validation by judges, semantic validation and initial examination of evidence validation of the factor structure of the scale by exploratory factorial analysis in a sample of 131 participants. The second step tested in a sample of 410 participants the fit quality of theoretical model to the observed data, gathering evidences of validity of the internal structure using confirmatory factorial analysis. The results indicated that the five dimensions of scale has satisfactory psychometric index and good internal consistency (α = 0,78 to 0,96). The fifth study evaluated the efficacy of intervention based on peer and bystander approach, investigating its effect on the friendship quality, empathy, bystander attitudes in response to dating violence, number of friends involved in dating violence, help-seeking and help-giving previous behavior, indicator of physical, sexual and psychological violence suffered and perpetrated in dating and intention to help in this context. This research has adopted an experimental design with random assignment of 42 participants in experimental group (GE, n=20) and control group (GE, n=22). GE received a brief intervention of three sessions about healthy and violent dating relationships, quality friendship in the peer network and the role of the bystander, and GC did not receive an intervention. For data collection were used questionnaires, forms to monitor process indicators during implementation and the following scales: Conflict in Adolescent Dating Relationship Inventory (CADRI), Interpersonal Reactivity Index of Davis (EMRI, in Portuguese), Friendship Functions Questionnaire (QFA, in Portuguese). Qualitative data were subjected to content analysis and quantitative data were analyzed using descriptive and inferential statistics. Significant differences were found between sexes just for psychological violence, indicating that men who took part in the intervention had suffer less threat than the women in the post-test compared to the GC, as well as reducing the number of friends involved dating violence for women, and a slight increase in friendship quality for the GE’s men. The intervention participants still showed a slight increase in empathy, bystander’s attitude and intention to help it compared to GC. The high satisfaction level and the adolescent’s involvement pleads in favor of the acceptability of the intervention. Five studies support the main argument of the thesis showing that friends, preferred source of help, are also capable potentially preventing agents in mobilize help behavior in friendships network. It is expected that this thesis encourages the development of new prevention technologies focused on the bystander approach to prevent the dating violence and other kinds of peer violence.

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