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Empirismo e ética em Michel Foucault: linguagem, discurso e subjetivação / Empiricism and thics in Michel Foucalt: language, speech and subjetivation

Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Como compreender a constituição do sujeito em uma obra que tantas vezes modificou seu trajeto, abordou campos problemáticos bastante diversos, utilizou metodologias tão distintas? Onde reside o ponto de inflexão que cria o sujeito em toda experiência? Estaria ele na linguagem, nos saberes e suas práticas discursivas? Ou seria melhor buscarmos o sujeito nas relações de poder que o constituem? Haveria espaço para práticas de liberdade em um exercício ativo de subjetivação? Partindo dessas questões buscamos apresentar a obra de Foucault como um corpo coerente, apesar de suas diferentes modificações de percurso. Ao buscarmos o sujeito em sua filosofia, o que obtemos é um projeto filosófico baseado nas noções de experiência e de prática, no qual o mundo é pensado como produção, e onde qualquer sujeito e objeto não passam de modulações: figuras gêmeas que nascem como imagens efêmeras em um caleidoscópio. A filosofia de Foucault, portanto, é uma filosofia notadamente empirista, que busca o sujeito em um campo de imanência, em um jogo de relações que o constituirão como correlato subjetivo da experiência. Esta busca empirista é o que se sobressai em sua obra, seja em suas análises sobre os discursos e saberes, sobre a produção artística em geral e literária em especial, sobre as relações de poder, ou sobre a dimensão ética que aponta o exato lugar onde o sujeito é convocado, pelas formas históricas da moral, a tomar parte na própria produção de si. / How can we understand the constitution of the subject in a work that so often changed its course, approached various fields of problematics, used so many distinct methodologies? Where lays the tipping point that creates the subject of all experience? Would it be in language, in knowledge and their discursive practices? Or would it be better to seek the subject in the power relations that constitute him? Is there space for freedom practices in an active exercise of subjectivation? Given these issues, we present the work of Foucault as a coherent body, despite its different modifications of trajectory. As we seek the subject in his philosophy, we find a philosophical project based on the notions of experience and practice, in which the world is thought of as production, and where any subject and object are only modulations: twin figures borne as ephemeral images in a kaleidoscope. Foucault's philosophy, therefore, is a notably empiricist philosophy that seeks the subject in a field of immanence, in a set of relationships that will constitute him as the subjective correlate of the experience. This empiricist search is what stands out in his work, whether in his analysis of the discourses and knowledges, of the artistic production in general and literature in particular, of the relations of power, or of the ethical dimension that stands exactly where the subject is convened, by the historical forms of morality, to take part in his own production of himself.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:2587
Date25 June 2012
CreatorsAndré de Castro Sanchez Bassères
ContributorsIvair Coelho Lisboa, James Bastos Arêas, João Batista Rezende
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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