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Crenças sobre práticas de cuidado e metas de socialização de pais e mães com filhos com Síndrome de Down

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:41:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / O nascimento de uma criança exige reorganização dos papéis na família. Se esse nascimento é marcado pela chegada de um filho com alguma deficiência, como a Síndrome de Down (SD), poderá provocar um desequilíbrio na família devido à ruptura das expectativas dos pais em relação à chegada de um bebê ideal. Consequentemente, este fato poderá interferir nas crenças sobre as práticas de cuidado e nos valores parentais. O objetivo principal desta pesquisa é investigar as crenças sobre as práticas de cuidado e metas de socialização que pais e mães têm para seus filhos com SD. Participaram 24 mães e 19 pais de crianças com SD com média de idade de 22,21(DP=13,27) meses. Para avaliar as crenças parentais sobre as práticas de cuidado, foi utilizada a Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (ECPPC), que avalia duas dimensões (cuidados primários e estimulação) quanto à frequência da prática realizada e o grau de importância atribuído a mesma. Para identificar os valores parentais dos genitores, empregou-se a Entrevista de Metas de Socialização. Além disso, foi utilizado um questionário sociodemográfico. Os instrumentos foram aplicados individualmente com cada participante. Para os dados oriundos da entrevista foi utilizada a análise temática categorial, com categorias previamente definidas. As frequências de respostas dos participantes para cada categoria e também os dados do questionário sociodemográfico e da ECPPC foram analisados por meio de diversos testes estatísticos: estatística descritiva, Teste t, Correlação de Pearson, Teste de Correlação de Spearman, Teste Mann-Whitney. Por meio das análises estatísticas realizadas, constatou-se que o papel dos pais está relacionado com a garantia de recursos, uma vez que muitas das mães não trabalham fora de casa e passam tempo integral com a criança no provimento de cuidados. Por outro lado, as mães realizam mais práticas de cuidados primários que os pais, embora ambos os genitores enfatizem essa prática quando comparada as práticas de estimulação. Quanto às metas de socialização, os genitores compartilham expectativas semelhantes, destacando as metas de autoaperfeiçoamento e as expectativas sociais. A expectativa de que a criança com SD tenha um desenvolvimento típico também foi uma das preocupações dos pais em relação ao futuro dos filhos. O modelo cultural de parentalidade predominante foi a orientação autônomo-relacional, o que reflete uma sobreposição entre valores de independência e interdependência. Além disso, a escolaridade dos genitores e o sexo da criança apresentaram relações com as crenças sobre as práticas de cuidado e as metas de socialização. Os resultados contribuem para o avanço do conhecimento na área das etnoteorias parentais e também para implementação de estratégias de intervenção voltadas para as famílias de crianças com SD.<br>

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/123018
Date January 2013
CreatorsPortes, João Rodrigo Maciel
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Vieira, Mauro Luís, Oliveira, Ana Maria Faraco de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format161 p.| il., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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