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Impacto da psicoterapia sobre a escolha dos parceiros sexuais de parafílicos em tratamento medicamentoso / Impact of psychotherapy on the choice of sexual partners by patients with paraphilia on drug treatment

Oliveira Junior, Waldemar Mendes de 10 June 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes com diagnóstico de parafilias e de transtornos relacionados às parafilias ocupam a atenção pública e clínica por se tratarem de indivíduos potencialmente inconvenientes, causadores de problemas à sociedade e a si próprios. Caracteristicamente, apresentam padrões invulgares de comportamento sexual e distinguem-se pela escolha de parcerias ou de contextos sexuais incomuns. JUSTIFICATIVA: O tratamento atual leva em consideração comportamentos, fantasias e necessidades sexuais parafílicas e procura modificá-los por meio de psicoterapia cognitivocomportamental, medicação antidepressiva e antiandrogênica. Apenas a supressão destes comportamentos tem se mostrado insatisfatória e ainda apresenta altas taxas de reincidência. Não há resultados publicados sobre a efetividade de um novo tratamento psicoterapêutico, cujo foco esteja voltado para a identificação e a reestruturação da identidade sexual e cujo principal objetivo seja o de promover maior contato destes pacientes com parcerias sexuais convencionais. MÉTODO: A intervenção foi testada por meio de ensaio clínico de tratamento, randomizado, placebo controlado e unicego, realizado com dois grupos paralelos: experimental (N=6) e controle (N=8). Todos os pacientes apresentavam diagnóstico de parafilias e foram medicados com inibidores seletivos da recaptação de serotonina. As intervenções psicoterapêuticas duraram dezesseis semanas com frequência de uma sessão por semana. As mudanças comportamentais foram monitoradas por meio de um diário e as comorbidades psiquiátricas, a qualidade de vida e a adequação social foram avaliadas por meio de escalas psicométricas, nos três períodos do estudo: início, término e seguimento pósintervenção. RESULTADOS: Não houve melhora estatisticamente significante dos escores de depressão, qualidade de vida e adequação social para ambos os grupos. O grupo experimental apresentou tendência de melhor resposta para depressão ao se tomar esta variável de forma categorial. Ambos os grupos apresentaram: maior incapacidade de adequação social (comparados a populações não clínicas); tendência de aumento do estado de ansiedade; melhora clínica global e redução dos índices de gravidade das parafilias. Houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Para o grupo experimental: aumento de fantasias e masturbações normofílicas; maior procura por contatos eróticos normofílicos e diminuição de fantasias parafílicas. Porém, houve diminuição de contatos íntimos normofílicos (beijos, abraços e carícias) para este grupo. Houve diferenças estatisticamente significantes intragrupos. Para o grupo experimental: redução de contatos íntimos parafílicos e totais (parafílicos e normofílicos). Para o grupo placebo: aumento de relações sexuais parafílicas e da totalidade das fantasias sexuais (parafílicas e normofílicas). CONCLUSÕES: Os defechos favoráveis observados no grupo de intervenção evidenciaram a importância em se identificar e trabalhar psicoterapeuticamente o impedimento que os parafílicos apresentam de se relacionar com parcerias sexuais normofílicas, uma vez que para o grupo experimental as mudanças positivas observadas no comportamento, fantasias e necessidades sexuais caminharam em direção a padrões convencionais / INTRODUCTION: Patients diagnosed with paraphilia and paraphilia-related disorders have public and medical attention drawn to them because they are potentially disturbing individuals who cause problems to society and to themselves. Typically, they show unusual patterns of sexual behavior and make unusual choices related to sexual partners or sexual contexts. RATIONALE: Current treatment considers paraphilic behaviors, fantasies, and urges, trying to change these symptoms using cognitive-behavioral psychotherapy, antidepressants, and anti-androgen medication. The elimination of these behaviors has proved unsatisfactory and still has high recurrence rates. We could not find in the literature any studies on the effectiveness of a new psychotherapeutic treatment focused on identifying and restructuring the patients\' sexual identity to allow for the promotion of contact between these patients and conventional sexual partners. METHOD: We conducted a randomized, placebo-controlled, single-blind clinical trial with two groups: experimental (N = 6) and control (N = 8). All patients were diagnosed with paraphilia and were treated with selective serotonin reuptake inhibitors. The psychotherapeutic interventions lasted sixteen weeks, and its frequency was one session a week. Behavioral changes were monitored using a diary, whereas psychiatric comorbidities, quality of life, and social adequacy were assessed using psychometric scales in the three study periods: baseline, end, and post-intervention follow-up. RESULTS: There was no significant improvement of depression, quality of life, and social adequacy scores for both groups. The experimental group showed a trend toward better response to depression when we considered this as categorical variable. Both groups showed higher inability of social adequacy (when compared with non-clinical populations); tendency of increased state of anxiety; improvement of overall clinical status, and reduced levels of paraphilia severity. There were statistically significant differences between the groups. The experimental group showed increased frequency of normophilic fantasies and masturbation; increased demand for normophilic erotic contact, and decreased paraphilic fantasies. However, there was a decrease in normophilic intimate contact (kisses, hugs, and caresses) in this group. There were statistically significant intragroup differences. The experimental group had reduced paraphilic and total (paraphilic and normophilic) intimate contact. The placebo group had increased paraphilic sexual intercourse and higher frequency of sexual fantasies (paraphilic and normophilic). CONCLUSIONS: The positive outcomes found in the intervention group showed the importance of psychotherapy in identifying and treating the paraphilic patients\' impediments that prevent them from having relationships with normophilic sexual partners. This was reinforced by the finding that the experimental group showed positive changes in terms of sexual behaviors, fantasies, and urges, which were closer to conventional standards
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Impacto da psicoterapia sobre a escolha dos parceiros sexuais de parafílicos em tratamento medicamentoso / Impact of psychotherapy on the choice of sexual partners by patients with paraphilia on drug treatment

Waldemar Mendes de Oliveira Junior 10 June 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes com diagnóstico de parafilias e de transtornos relacionados às parafilias ocupam a atenção pública e clínica por se tratarem de indivíduos potencialmente inconvenientes, causadores de problemas à sociedade e a si próprios. Caracteristicamente, apresentam padrões invulgares de comportamento sexual e distinguem-se pela escolha de parcerias ou de contextos sexuais incomuns. JUSTIFICATIVA: O tratamento atual leva em consideração comportamentos, fantasias e necessidades sexuais parafílicas e procura modificá-los por meio de psicoterapia cognitivocomportamental, medicação antidepressiva e antiandrogênica. Apenas a supressão destes comportamentos tem se mostrado insatisfatória e ainda apresenta altas taxas de reincidência. Não há resultados publicados sobre a efetividade de um novo tratamento psicoterapêutico, cujo foco esteja voltado para a identificação e a reestruturação da identidade sexual e cujo principal objetivo seja o de promover maior contato destes pacientes com parcerias sexuais convencionais. MÉTODO: A intervenção foi testada por meio de ensaio clínico de tratamento, randomizado, placebo controlado e unicego, realizado com dois grupos paralelos: experimental (N=6) e controle (N=8). Todos os pacientes apresentavam diagnóstico de parafilias e foram medicados com inibidores seletivos da recaptação de serotonina. As intervenções psicoterapêuticas duraram dezesseis semanas com frequência de uma sessão por semana. As mudanças comportamentais foram monitoradas por meio de um diário e as comorbidades psiquiátricas, a qualidade de vida e a adequação social foram avaliadas por meio de escalas psicométricas, nos três períodos do estudo: início, término e seguimento pósintervenção. RESULTADOS: Não houve melhora estatisticamente significante dos escores de depressão, qualidade de vida e adequação social para ambos os grupos. O grupo experimental apresentou tendência de melhor resposta para depressão ao se tomar esta variável de forma categorial. Ambos os grupos apresentaram: maior incapacidade de adequação social (comparados a populações não clínicas); tendência de aumento do estado de ansiedade; melhora clínica global e redução dos índices de gravidade das parafilias. Houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Para o grupo experimental: aumento de fantasias e masturbações normofílicas; maior procura por contatos eróticos normofílicos e diminuição de fantasias parafílicas. Porém, houve diminuição de contatos íntimos normofílicos (beijos, abraços e carícias) para este grupo. Houve diferenças estatisticamente significantes intragrupos. Para o grupo experimental: redução de contatos íntimos parafílicos e totais (parafílicos e normofílicos). Para o grupo placebo: aumento de relações sexuais parafílicas e da totalidade das fantasias sexuais (parafílicas e normofílicas). CONCLUSÕES: Os defechos favoráveis observados no grupo de intervenção evidenciaram a importância em se identificar e trabalhar psicoterapeuticamente o impedimento que os parafílicos apresentam de se relacionar com parcerias sexuais normofílicas, uma vez que para o grupo experimental as mudanças positivas observadas no comportamento, fantasias e necessidades sexuais caminharam em direção a padrões convencionais / INTRODUCTION: Patients diagnosed with paraphilia and paraphilia-related disorders have public and medical attention drawn to them because they are potentially disturbing individuals who cause problems to society and to themselves. Typically, they show unusual patterns of sexual behavior and make unusual choices related to sexual partners or sexual contexts. RATIONALE: Current treatment considers paraphilic behaviors, fantasies, and urges, trying to change these symptoms using cognitive-behavioral psychotherapy, antidepressants, and anti-androgen medication. The elimination of these behaviors has proved unsatisfactory and still has high recurrence rates. We could not find in the literature any studies on the effectiveness of a new psychotherapeutic treatment focused on identifying and restructuring the patients\' sexual identity to allow for the promotion of contact between these patients and conventional sexual partners. METHOD: We conducted a randomized, placebo-controlled, single-blind clinical trial with two groups: experimental (N = 6) and control (N = 8). All patients were diagnosed with paraphilia and were treated with selective serotonin reuptake inhibitors. The psychotherapeutic interventions lasted sixteen weeks, and its frequency was one session a week. Behavioral changes were monitored using a diary, whereas psychiatric comorbidities, quality of life, and social adequacy were assessed using psychometric scales in the three study periods: baseline, end, and post-intervention follow-up. RESULTS: There was no significant improvement of depression, quality of life, and social adequacy scores for both groups. The experimental group showed a trend toward better response to depression when we considered this as categorical variable. Both groups showed higher inability of social adequacy (when compared with non-clinical populations); tendency of increased state of anxiety; improvement of overall clinical status, and reduced levels of paraphilia severity. There were statistically significant differences between the groups. The experimental group showed increased frequency of normophilic fantasies and masturbation; increased demand for normophilic erotic contact, and decreased paraphilic fantasies. However, there was a decrease in normophilic intimate contact (kisses, hugs, and caresses) in this group. There were statistically significant intragroup differences. The experimental group had reduced paraphilic and total (paraphilic and normophilic) intimate contact. The placebo group had increased paraphilic sexual intercourse and higher frequency of sexual fantasies (paraphilic and normophilic). CONCLUSIONS: The positive outcomes found in the intervention group showed the importance of psychotherapy in identifying and treating the paraphilic patients\' impediments that prevent them from having relationships with normophilic sexual partners. This was reinforced by the finding that the experimental group showed positive changes in terms of sexual behaviors, fantasies, and urges, which were closer to conventional standards
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Impacto do número de parceiros sexuais na triagem clínica de doadores de sangue, características demográficas e marcadores sorológicos para doenças transmissíveis por transfusão / Impact of the number of sexual partnersin theclinical screening of blood donors, demographic and serologic markers for infections diseases transmitted by transfusion

Giuseppina Maria Patavino 11 April 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: No Brasil, os doadores de sangue são submetidos à triagem clinica antes da doação através de um questionário padronizado que segue recomendações do Ministério da Saúde. Apesar de não ser obrigatório, os serviços de hemoterapia brasileiros costumam perguntar aos candidatos sobre o número de parceiros sexuais nos doze meses que precederam aquela doação de sangue. Os candidatos que referem um número de parceiros acima do limite permitido em cada hemocentro são recusados na triagem clínica pré-doação. Este estudo analisa as características demográficas, o número de parceiros heterossexuais e marcadores sorológicos em 689.868 doações de três hemocentros brasileiros, participantes do REDS-II, entre 1 de julho de 2007 a 31 de dezembro de 2009. MÉTODOS: Os doadores foram classificados de acordo com o número máximo declarado de parceiros sexuais nos últimos doze meses permitidos em cada hemocentro. Os valores de corte para Belo Horizonte, Recife e São Paulo são dois, três e seis parceiros, respectivamente. Foram realizados os testes de qui-quadrado e regressão logística a fim de examinar associações entre características demográficas, número de parceiros sexuais em doze meses e taxas de marcadores sorológicos individuais e globais positivas para o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), vírus linfotrópico humano (HTLV) tipo 1 e 2, hepatite B, hepatite C e sífilis. RESULTADOS: Doadores de primeira vez, jovens e com maior nível educacional foram associados a maior número de parceiros sexuais recentes, assim como o gênero em São Paulo e Recife (p < 0, 001). Marcadores sorológicos globais, para HIV e sífilis foram associados com maior número de parceiros em São Paulo e Recife (p < 0, 001), mas não em Belo Horizonte. Na análise de regressão logística, o número de parceiros sexuais foi associado com marcadores sorológicos positivos [razão de chance ajustada (AOR) 1,2-1,5], especialmente no HIV (AOR 1,9-4,4). Em conclusão, o número de parceiros sexuais nos doze meses antes da doação de sangue, foi associado com positividade para HIV e taxas globais de marcadores sorológicos para doenças transmissíveis por transfusão. A associação não foi consistente entre os centros, tornando difícil definir um valor de corte uniforme para todos os hemocentros brasileiros. Estes achados corroboram que o uso da informação dos contatos heterossexuais recentes é um importante critério de inaptidão e de melhora na segurança transfusional no Brasil / INTRODUCTION: In Brazil, blood donors undergo medical screening before donation through a standardized questionnaire that follows recommendations from the Ministry of Health. Although not required, most of the Brazilian blood centers routinely ask candidates about the number of sexual partners in the twelve months preceding that blood donation. Candidates who refer a number of partners over the limit allowed in each blood center are refused at the predonation clinic screening. This study analyzes the demographic characteristics, the number of heterosexual partners and serological markers in 689,868 donations from three Brazilian blood center, participants in the REDS-II, from 1 July 2007 to December 31, 2009. METHODS: Donors were classified according to the stated maximum of the number of sexual partners in the last twelve months, allowed at each blood center. The cutoff values for Belo Horizonte, Recife and Sao Paulo are two, three and six partners, respectively. We conducted the chi-square and logistic regression to examine associations between demographic characteristics, number of sexual partners in twelve months and rates of individual and global serological markers positive for human immunodeficiency virus (HIV), human lymphotropic virus (HTLV) type 1 and 2, hepatitis B, hepatitis C and syphilis. RESULTS: First time donors, young and better educated were associated with increased number of recent sexual partners, as well as gender in São Paulo and Recife (p < 0.001). Global serological markers for HIV and syphilis were associated with greater number of partners in Sao Paulo and Recife (p < 0.001), but not in Belo Horizonte. In logistic regression analysis, the number of sexual partners was associated with positive serological markers [adjusted odds ratio (AOR) 1.2 to 1.5], especially HIV (AOR 1.9 to 4.4). In conclusion, the number of sexual partners in the twelve months before blood donation was associated with HIV positivity and overall rates of serologic markers for transfusion-transmissible diseases. The association was not consistent among the Brazilian blood centers, making it difficult to set a uniform cut off value for all blood banks in Brazil. These findings confirm that, the use of information from recent heterosexual contacts is an important criterion of disability and improvement in transfusion safety in Brazil
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A Web-Based Respondent Driven Sampling Pilot Targeting Young People at Risk for Chlamydia Trachomatis in Social and Sexual Networks with Testing: A Use Evaluation

Theunissen, K., Hoebe, C., Kok, G., Crutzen, R., Kara-Zaitri, Chakib, de Vries, N., van Bergen, J., Hamilton, R., van der Sande, M., Dukers-Muijrers, N. January 2015 (has links)
Yes / With the aim of targeting high-risk hidden heterosexual young people for Chlamydia trachomatis (CT) testing, an innovative web-based screening strategy using Respondent Driven Sampling (RDS) and home-based CT testing, was developed, piloted and evaluated. Two STI clinic nurses encouraged 37 CT positive heterosexual young people (aged 16-25 years), called index clients, to recruit peers from their social and sexual networks using the web-based screening strategy. Eligible peers (young, living in the study area) could request a home-based CT test and recruit other peers. Twelve (40%) index clients recruited 35 peers. Two of these peers recruited other peers (n = 7). In total, 35 recruited peers were eligible for participation; ten of them (29%) requested a test and eight tested. Seven tested for the first time and one (13%) was positive. Most peers were female friends (80%). Nurses were positive about using the strategy. The screening strategy is feasible for targeting the hidden social network. However, uptake among men and recruitment of sex-partners is low and RDS stopped early. Future studies are needed to explore the sustainability, cost-effectiveness, and impact of strategies that target people at risk who are not effectively reached by regular health care.

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