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[en] CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS / [pt] MUDANÇA CLIMÁTICA E (IN)SEGURANÇA ONTOLÓGICA NAS ILHAS MARSHALLBEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOS 06 August 2020 (has links)
[pt] A presente tese visa analisar como questões relacionadas ao meio ambiente - em especial, às mudanças climáticas - interagem com os entendimentos locais acerca da segurança, em comunidades que se mostram profundamente afetadas por esses problemas e que, ao mesmo tempo, encontram-se profundamente excluídas dos debates teóricos de segurança. Em meio aos Estudos de Segurança
Internacional (ESI), a crise climática persiste em ser analisada a partir de uma dinâmica estadocêntrica, militarizada e de nós x outros. Quando não é esse o caso, os desafios ambientais são enquadrados a partir de uma lógica de segurança humana, animada por um entendimento moderno e liberal acerca do que a segurança deveria ser e, portanto, desconsiderando entendimentos e necessidades locais. (Shani, 2017). Ao focar em narrativas não-científicas sobre segurança, esta tese visa expor as contingências dos discursos hegemônicos verificados em meios aos ESI que, longe de se mostrarem racionais e fundamentados em uma descrição autêntica da realidade, contribuem para agravar os desafios enfrentados por alguns indivíduos, como os Marshalleses. Animados pelos discursos racionais promovidos por pensadores realistas e dos estudos estratégicos, durante a Guerra Fria, as Ilhas Marshall se tornaram palco de testes de 67 armas termonucleares. Tais armas – consideradas pelos teóricos e pelos policy-makers como fonte de poder e como meio legítimo de se obter segurança – vaporizaram ilhas, forçaram a evacuação permanente de comunidades, romperam com a organização social matriarcal e baseada na posse de terras característica das Ilhas Marshall e com os laços ancestrais entre indivíduos e seus atóis. Mais recentemente, o arquipélago e seus habitantes se mostram novamente em risco, dessa vez, não pelas práticas de segurança das superpotências, mas por uma ameaça não intencional e despersonalizada. As mudanças climáticas se caracterizam como a mais recente forma de intervenção, sendo precedidas por uma longa lista de práticas coloniais e violentas direcionadas ao arquipélago. Como uma nação constituída por atóis, é muito provável que, como resultado dos efeitos climáticos, as Ilhas Marshall se tornem inabitáveis ainda ao longo deste século. Para os Marshalleses, tal cenário significaria uma perda incomensurável em termos territoriais, espirituais e culturais. Ao analisar casos como o das Ilhas Marshall, a tese busca explorar quais novos significados e racionalidades de segurança podem emergir, ou se tornar mais proeminentes, face aos desafios trazidos pela mudança do clima. Desta forma, a teoria da segurança ontológica é apresentada como um marco teórico fértil para analisar casos em que o que parece em risco não é apenas a segurança física de estados nacionais, indivíduos e ecossistemas, mas também a preservação de espaços sociais e materiais e de um senso de continuidade biográfica. (Giddens, 1990) A
partir deste movimento crítico, busca-se enfatizar outros modos de se refletir e de se vivenciar a (in)segurança, de modo a lançar luzes sobre como o significado deste conceito mostra-se indissociável dos contextos políticos, culturais e emocionais em meio aos quais os discursos de segurança emergem. / [en] This thesis seeks to analyze the ways through which issues related to the environment, especially climate change, interact with local conceptualizations of security in communities which are severely threatened by these problems and, at the same time, profoundly excluded from security studies debates. Within
International Security Studies (ISS), the climate crisis persists in being analyzed through state-centered, militarized and us x others dynamics. When this is not the case, environmental challenges are placed within a human security logics, animated by a modern and liberal understanding of what is supposed to be secure and thus, disregarding the role of local understandings and needs. (Shani, 2017) By focusing on non-scientific security narratives, I expect to unveil the contingencies of the hegemonic discourses within ISS that, rather than being rational and based on an authentic description of reality, contribute to aggravating the security challenges faced by some individuals, such as the Marshallese. Animated by rational security discourses promoted by realist and strategist thinkers, during the Cold War, the Marshall Islands was turned into a testing ground for 67 thermonuclear weapons. The bombs - considered by security theorists and policy-makers both as a source of power and as a legitimate way to obtain security – vaporized islands, forced the permanent evacuation of entire communities, disrupted the Marshallese land-based matrilineal organization and their ancestral ties to their atolls. Nowadays, the Marshallese archipelago and its inhabitants are once again being challenged: not by the military security goals of superpowers, but by an unintended and depersonalized threat. Climate change is the latest form of intervention, being preceded by a long list of other colonial and violent practices. As a low-lying atoll nation, it is very likely that the Marshall Islands will become inhospitable until the middle of the century as a result of the deteriorating climate effects. For the islanders, it will represent an immeasurable loss of territorial, spiritual and cultural references. In relying on cases such as the Marshallese, I aim to explore what new meanings and rationalities of security can emerge, or become more prominent, in the face of the challenges brought on by climate change. With this aim, the ontological security theory is presented as an insightful framework for the analysis of these cases where, what seams at risk is not only a physical survival of states, individuals and ecosystems, but also the preservation of a stable social and material environment of action and a sense of biographical continuity. (Giddens, 1990) With this critical move, I seek to emphasize other ways of thinking and experiencing (in)security; thus, enlightening how the meaning of this concept is undissociated from the political, cultural and emotional contexts from which security discourses emerge.
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[en] THE COPENHAGEN SCHOOL A CONTRIBUTION TO THE AREA OF INTERNATIONAL SECURITY STUDIES / [pt] A ESCOLA DE COPENHAGUE: UMA CONTRIBUIÇÃO AOS ESTUDOS DE SEGURANÇA INTERNACIONALGRACE TANNO 04 December 2002 (has links)
[pt] O objetivo da dissertação é apresentar a contribuição da
Escola de Copenhague para a área de estudos de segurança
internacional. Para tanto, será discutida a história da
área de estudos de segurança, o contexto histórico no qual
a Escola é fundada e por fim, as críticas feitas às teses
formuladas por esta. Entretanto, creio que no fim desta
dissertação, será possível afirmar que além desta Escola
ter contribuído para o desenvolvimento de uma importante
perspectiva na área de segurança, será possível sustentar
que sua contribuição também se estende para a área de
teoria das relações internacionais. / [en] This dissertation seeks to introduce the Copenhague
School`s contribution to the area of international security
studies. It does so by discussing the history of security
studies, as well as the historical context in which the
School was founded. It will also be necessary to analyse
the main concepts and theoretical perpectives developed by
the School. Thereafter, it shall present the criticism
levelled at the School`s theoretical and conceptual
perspectives. At last, it will become clear that the
School`s contribution has surpassed the area of security
studies since it has also contributed immensely to the area
of international relations theory.
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Säkerhet kontra desinformation : En idéanalys av Europeiska unionens säkerhetspolitik mot desinformation. / Security versus disinformation : An idea analysis of the European Union's security policy against disinformation.Vaitkuté, Laura January 2021 (has links)
Disinformation is a growing problem in a fast changing world, where technology today contributes to the spread of false and sometimes directly harmful information. Within the field of international security studies there is an ongoing theoretical conflict over whether or not security ought to be expanded to include issues that otherwise do not concern the traditional state and military-centric approach. One such issue is the multifaceted phenomenon disinformation, which some claim has little or no meaning and relevancy within the international arena. This is because it mainly influences individuals. Nevertheless, the EU has still initiated security work to combat disinformation. The main purpose of this study is to describe and illustrate how disinformation is defined within the EU’s security framework. Applying David. A Baldwins conceptual dimensions and ideal types and anchoring them in the prominent theories realism, liberalism and constructivism, the study aims to describe and illustrate how EU views disinformation in its pursuit for security. The study later shows that disinformation needs to be affirmed and taken more seriously by the international community.
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