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Análise da tectônica de colocação de diques cretácicos na região de São Sebastião, SP / Tectonic emplacement of cretaceous dykes at São Sebastião, SP

Leonardo Corrêa Gomes 29 February 2012 (has links)
O trabalho foi desenvolvido no litoral norte do estado de São Paulo, onde ocorrem boas exposições de rochas intrusivas da porção meridional do Enxame de Diques da Serra do Mar, de idade eocretácica. O objetivo principal da dissertação é caracterizar os regimes tectônicos associados à colocação e à deformação de diques máficos na área de São Sebastião (SP) e sua distribuição espacial, a partir de interpretações de imagens de sensores remotos, análise de dados estruturais de campo e descrição petrográfica das rochas ígneas. A área apresenta grande complexidade no tocante ao magmatismo, uma vez que ocorrem diques de diabásios toleítico e alcalino, lamprófiro e rochas alcalinas félsicas como fonolitos, traquitos e sienitos, estes sob a forma diques, sills e plugs. Os diabásios toleíticos tem idades em torno 134 Ma, correlatas com o início do rifteamento sul-atlântico, enquanto que as rochas alcalinas datam de 86 Ma e estão relacionadas com um magmatismo intraplaca posterior. Os lineamentos estruturais orientam-se majoritariamente na direção ENE-WSW, paralela às foliações metamórficas e zonas de cisalhamento observadas no campo e descritas na literatura, referentes ao Domínio Costeiro da Faixa Ribeira. Os diques se orientam na direção NE-SW, com azimute semelhante porém ângulos de mergulho discordantes da foliação em grande parte da área, onde as foliações são de baixo ângulo. Um segundo conjunto de lineamentos orientado NW-SE ocorre como um importante conjunto de fraturas que cortam tanto as rochas do embasamento proterozóico quanto as rochas alcalinas neocretácicas. Diques com esta orientação são escassos. Um terceiro conjunto NNE-SSW ocorre na porção oeste da área, associado à presença de diques de diabásio que por vezes mostram indicadores de movimentação sinistral. A análise cinemática dos diques mostra um predomínio de distensão pura durante sua colocação, com um tensor de compressão mínima de orientação NW-SE, ortogonal ao principal trend dos diques. Componentes direcionais, por vezes ambíguas, são comumente observadas, com um discreto predomínio de componente sinistral. O mesmo padrão cinemático é observado para os diques toleíticos e para os alcalinos, sugerindo que o campo de tensões local pouco variou durante o Cretáceo. Embora o embasamento não tenha sido diretamente reativado durante a colocação dos diques, sua anisotropia pode ter controlado de certa forma a orientação do campo de tensões local durante o Cretáceo. Os mapas geofísicos da bacia de Santos existentes na literatura sugerem certo paralelismo entre as estruturas observadas na área de estudo e aquelas interpretadas na bacia. As estruturas NNE-SSW são paralelas ao trend das sub-bacias e ao gráben de Merluza, enquanto que as estruturas NW-SE são paralelas a zonas de transferência descritas na literatura. / The study was developed at the northern coast of São Paulo state, southeastern Brazil, where there are good exposures of intrusive rocks of the southern portion of the Early Cretaceous Serra do Mar Dyke Swarm. The main purpose is to define the tectonic regimes related to the emplacement and deformation of mafic dykes in the area of São Sebastião (SP) and their spatial and relative temporal distribution, based on interpretations of remote sensing images, field analysis of structural data, and petrographic description of igneous rocks. The area is quite complex in terms of Cretaceous magmatim, since there are dolerite dykes (tholeiitic and alkaline), lamprophyric dykes and felsic alkaline rocks (mainly phonolites, trachytes and syenites) which occur as dykes, sills and plugs. The tholeiitic dolerites yield ages around 134 Ma, related to the early South Atlantic rifting, while the alkaline rocks are dated as 86 Ma and are related to a subsequent intraplate magmatism. The structural lineaments are oriented mostly ENE-WSW, parallel to the metamorphic foliation and shear zones observed in the field and described in the literature, as part of the Costeiro Complex of the Ribeira Belt. The dykes are oriented NE-SW, with similar azimuth but different dip angles compared to the foliations, which are gently dipping in many areas. A second set of lineaments oriented NW-SE occurs as a major set of brittle fractures which cut both the Proterozoic rocks and the Late Cretaceous alkaline rocks. Dykes with this orientation are scarce. A third set oriented NNE-SSW occurs in the western area associated with some dolerite dykes which sometimes show evidence of sinistral component during emplacement. The kinematic analysis of the dykes shows a predominance of pure extension during emplacement, with an extension direction oriented NW-SE, orthogonal to the main dyke trend. Directional components, sometimes ambiguous, are commonly observed, with a slight predominance of sinistral components. The same kinematic pattern is observed for both tholeiitic and alkaline dykes, so that the local stress field orientation remained unaltered during the Cretaceous. Although the basement has not been directly reactivated during dyke emplacement, their anisotropies can account for some control on the orientation of the local stress field during the Cretaceous. The available geophysical maps of the Santos Basin suggest certain parallelism among the structures observed in the study area and those interpreted in the basin. The NNE-SSW trending structures are parallel to the trend of sub-basins and to the Merluza graben, while the NW-SE structures are parallel to transfer zones described in the literature.
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Análise da tectônica de colocação de diques cretácicos na região de São Sebastião, SP / Tectonic emplacement of cretaceous dykes at São Sebastião, SP

Leonardo Corrêa Gomes 29 February 2012 (has links)
O trabalho foi desenvolvido no litoral norte do estado de São Paulo, onde ocorrem boas exposições de rochas intrusivas da porção meridional do Enxame de Diques da Serra do Mar, de idade eocretácica. O objetivo principal da dissertação é caracterizar os regimes tectônicos associados à colocação e à deformação de diques máficos na área de São Sebastião (SP) e sua distribuição espacial, a partir de interpretações de imagens de sensores remotos, análise de dados estruturais de campo e descrição petrográfica das rochas ígneas. A área apresenta grande complexidade no tocante ao magmatismo, uma vez que ocorrem diques de diabásios toleítico e alcalino, lamprófiro e rochas alcalinas félsicas como fonolitos, traquitos e sienitos, estes sob a forma diques, sills e plugs. Os diabásios toleíticos tem idades em torno 134 Ma, correlatas com o início do rifteamento sul-atlântico, enquanto que as rochas alcalinas datam de 86 Ma e estão relacionadas com um magmatismo intraplaca posterior. Os lineamentos estruturais orientam-se majoritariamente na direção ENE-WSW, paralela às foliações metamórficas e zonas de cisalhamento observadas no campo e descritas na literatura, referentes ao Domínio Costeiro da Faixa Ribeira. Os diques se orientam na direção NE-SW, com azimute semelhante porém ângulos de mergulho discordantes da foliação em grande parte da área, onde as foliações são de baixo ângulo. Um segundo conjunto de lineamentos orientado NW-SE ocorre como um importante conjunto de fraturas que cortam tanto as rochas do embasamento proterozóico quanto as rochas alcalinas neocretácicas. Diques com esta orientação são escassos. Um terceiro conjunto NNE-SSW ocorre na porção oeste da área, associado à presença de diques de diabásio que por vezes mostram indicadores de movimentação sinistral. A análise cinemática dos diques mostra um predomínio de distensão pura durante sua colocação, com um tensor de compressão mínima de orientação NW-SE, ortogonal ao principal trend dos diques. Componentes direcionais, por vezes ambíguas, são comumente observadas, com um discreto predomínio de componente sinistral. O mesmo padrão cinemático é observado para os diques toleíticos e para os alcalinos, sugerindo que o campo de tensões local pouco variou durante o Cretáceo. Embora o embasamento não tenha sido diretamente reativado durante a colocação dos diques, sua anisotropia pode ter controlado de certa forma a orientação do campo de tensões local durante o Cretáceo. Os mapas geofísicos da bacia de Santos existentes na literatura sugerem certo paralelismo entre as estruturas observadas na área de estudo e aquelas interpretadas na bacia. As estruturas NNE-SSW são paralelas ao trend das sub-bacias e ao gráben de Merluza, enquanto que as estruturas NW-SE são paralelas a zonas de transferência descritas na literatura. / The study was developed at the northern coast of São Paulo state, southeastern Brazil, where there are good exposures of intrusive rocks of the southern portion of the Early Cretaceous Serra do Mar Dyke Swarm. The main purpose is to define the tectonic regimes related to the emplacement and deformation of mafic dykes in the area of São Sebastião (SP) and their spatial and relative temporal distribution, based on interpretations of remote sensing images, field analysis of structural data, and petrographic description of igneous rocks. The area is quite complex in terms of Cretaceous magmatim, since there are dolerite dykes (tholeiitic and alkaline), lamprophyric dykes and felsic alkaline rocks (mainly phonolites, trachytes and syenites) which occur as dykes, sills and plugs. The tholeiitic dolerites yield ages around 134 Ma, related to the early South Atlantic rifting, while the alkaline rocks are dated as 86 Ma and are related to a subsequent intraplate magmatism. The structural lineaments are oriented mostly ENE-WSW, parallel to the metamorphic foliation and shear zones observed in the field and described in the literature, as part of the Costeiro Complex of the Ribeira Belt. The dykes are oriented NE-SW, with similar azimuth but different dip angles compared to the foliations, which are gently dipping in many areas. A second set of lineaments oriented NW-SE occurs as a major set of brittle fractures which cut both the Proterozoic rocks and the Late Cretaceous alkaline rocks. Dykes with this orientation are scarce. A third set oriented NNE-SSW occurs in the western area associated with some dolerite dykes which sometimes show evidence of sinistral component during emplacement. The kinematic analysis of the dykes shows a predominance of pure extension during emplacement, with an extension direction oriented NW-SE, orthogonal to the main dyke trend. Directional components, sometimes ambiguous, are commonly observed, with a slight predominance of sinistral components. The same kinematic pattern is observed for both tholeiitic and alkaline dykes, so that the local stress field orientation remained unaltered during the Cretaceous. Although the basement has not been directly reactivated during dyke emplacement, their anisotropies can account for some control on the orientation of the local stress field during the Cretaceous. The available geophysical maps of the Santos Basin suggest certain parallelism among the structures observed in the study area and those interpreted in the basin. The NNE-SSW trending structures are parallel to the trend of sub-basins and to the Merluza graben, while the NW-SE structures are parallel to transfer zones described in the literature.
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"Deformação polifásica e metamorfismo do Grupo Cuiabá na região de Poconé (MT), cinturão de dobras e cavalgamentos Paraguai" / Deformação polifásica e metamorfismo do Grupo Cuiabá na região de Poconé (MT), cinturão de dobras e cavalgamentos Paraguai

Vasconcelos, Bruno Rodrigo 28 October 2014 (has links)
Submitted by Simone Souza (simonecgsouza@hotmail.com) on 2017-11-09T15:52:59Z No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Bruno Rodrigo Vasconcelos.pdf: 5036477 bytes, checksum: 20e651beee5cbd117234240287eef44f (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2018-02-02T15:29:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Bruno Rodrigo Vasconcelos.pdf: 5036477 bytes, checksum: 20e651beee5cbd117234240287eef44f (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-02T15:29:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Bruno Rodrigo Vasconcelos.pdf: 5036477 bytes, checksum: 20e651beee5cbd117234240287eef44f (MD5) Previous issue date: 2014-10-28 / Vários modelos deformacionais foram propostos para o Cinturão Paraguai diferindo principalmente quanto ao número de fases de deformação, sentido da vergência e estilo tectônico. Feições estruturais apresentadas neste trabalho indicam tectônica dominada por escamas de baixo ângulo de mergulho na fase inicial, seguida por duas fases deformacionais progressivas. A primeira fase de deformação (F1) é caracterizada por clivagem ardosiana (S1), com recristalização de minerais da fácies xisto verde, plano axial de dobras isoclinais recumbentes (D1) de direção NE associadas a zonas de falhamento reverso subhorizontais com movimentação de topo para SE. A segunda fase deformacional (F2) mostra vergência para NW, caracterizada por clivagem de crenulação (S2) plano axial de dobras abertas (D2) do acamamento e foliação S1, localmente associada a falhas reversas. A terceira fase de deformação é caracterizada por falhas e fraturas sub-verticais com direção NW mostrando movimentação sinistral, comumente preenchidas por veios de quartzo. O acervo de estruturas tectônicas e paragênese metamórfica descrita indicam que a deformação mais intensa, em nível crustal mais profundo, alcançou a fácies xisto verde durante F1. Acomodando expressivo encurtamento crustal por meio de dobras recumbente e zonas de cisalhamento de baixo ângulo com movimentação de topo para SE, em regime tectônico do tipo pelicular delgado. A fase F2 teve deformação menos intensa e se comportou de maneira rúptil-dúctil, acomodando discreto encurtamento por meio de dobras normais abertas e falhas inversas subverticais desenvolvidas em nível crustal mais raso, com vergência em direção ao Cráton Amazônico. A terceira fase deformacional (F3) foi menos intensa e acomodou encurtamento na forma de fraturas e falhas sinistrais subverticais, comumente preenchidas por veios de quartzo. / Several deformation models have been proposed for the Paraguay Belt, differing mainly in the number of deformation phases, sense of vergence and tectonic style. Structural features presented in this work indicate tectonic dominated by an initial phase of low dipping thrust sheets, followed by two progressive deformation phases. The first deformation phase (F1) is characterized by a slaty cleavage (S1), axial plane of isoclinal recumbent folds (D1) in the NE direction, with recrystallization of minerals from the greenschist facies, related to horizontal shear zones with top-to-the-SE sense of movement. The second stage shows a NW-vergence, characterized by crenulation cleavage, S0 and S1 axial planes of open folds, locally associated with reverse faults. The third deformation phase is characterized by subvertical faults and fractures in the NW direction showing sinistral movement, commonly filled by quartz veins. The collection of tectonic structures and metamorphic paragenesis described indicate that the most intense deformation, at deeper crustal level, reached the greenschist facies during F1. Accommodating significant crustal shortening through isoclinal recumbent folds and low-angle shear zones showing top-to-the SE sense of movement during a thin-skinned tectonic regime. The phase F2 showed more subtle deformation, with more competent rock types developing brittle behavior and less competent rock types developing ductile behavior, by accommodating slight shortening through normal open folds and subvertical reverse faults nucleated in shallower crustal level with vergence towards the Amazonian Craton. The third phase was less intense and shortening is accommodated in the form of fractures and subvertical sinistral faults, commonly filled by quartz veins.
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Geologia e controle estrutural do depósito cuprífero caraíba, Vale do Curabá, Bahia, Brasil

Silva, Luiz José Homem D´El-Rey 12 1900 (has links)
Submitted by Guimaraes Jacqueline (jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2011-11-03T16:52:11Z No. of bitstreams: 1 1984_LuizJoseDelReySilva.pdf: 8874596 bytes, checksum: 3c70a62301cbb5b587fd6947661ded34 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2011-11-03T16:53:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1 1984_LuizJoseDelReySilva.pdf: 8874596 bytes, checksum: 3c70a62301cbb5b587fd6947661ded34 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-11-03T16:53:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1984_LuizJoseDelReySilva.pdf: 8874596 bytes, checksum: 3c70a62301cbb5b587fd6947661ded34 (MD5) / No Vale do Curaçá, situado na parte norte-nordeste do Estado da Bahia, distante cerca de 500 km da Capital, ocorrem cerca de três centenas de corpos máfico/ultramáficos potencialmente portadores de sulfetos de cobre, encerrando uma dezena de depósitos atualmente conhecidos, destacando-se dentre eles a mina Caraíba, a 29 maior jazida de cobre no País, com cerca de 185 milhões de toneladas de minério a 1% Cu, em média. Possivelmente entre 2,6 e 2,0 Ga instalou-se na crosta arqueana um sistema 'rift' norte-sul, com cerca de 300 a 400 km de comprimento norte-sul, tendo nele se implantado uma suíte de litologias supracrustais (sedimentos quartzo-feldspáticos, anfibolitos, rochas calcosilicatadas, quartzitos, formação ferrífera) a qual foi deformada e metamorfisada em três eventos principais, seguidos de pelo menos dois eventos tardios (cisalhamentos e falhas ou dobras abertas) de menor importância na montagem do arcabouço geológico. Os corpos máfico/ultramáficos, derivados de magma parental toleítico, foram intrudidos pré-tectonicamente como 'sills' diferenciados. A presença de mineralização é função do estágio inicial de diferenciação, sobretudo relacionada com os níveis basais de composição ortopiroxenítica. Os corpos onde predominam tipos gabróicos e gabro-noríticos são normalmente estéreis. O depósito Caraíba é o maior dos corpos hipersteníticos conhecidos e ocorre associado a uma suíte magnesiana (gabro-noritos, wherlitos, lherzolitos, serpentinitos) não mineralizada (potencialmente niquelífera) sendo que a primeira mostra-se mais jovem do ponto de vista estratigráfico, ainda que ambas sejam pré-tectônicas. O sistema 'rift' foi fechado com o advento de duas fases iniciais de deformações, as quais geraram movimentos de cavalgamento ('thrusting' e 'understhrusting') supostamente no sentido este para oeste (19 fase) e de sul para norte (2a fase) em cada uma das quais foram colocados corpos estratóides de ortognaisses de composição tonalítica e granodiorítica. A pilha original foi então espessada e submetida ametamorfismo anfibolítico alto (M1) e granulítico (M2) . Durante F1/M1 ocorreram intensos fenômenos de transposição e migmatização, gerando as dobras intrafoliais (D1) trapeadas ao longo do bandamento metamórfiS1. Durante F2 foram produzidas dobras D2 apertadas com planoaxial E-W a N60°W com mergulho 20°S e eixos horizontalizados. A consolidação crustal veio com uma terceira fase de deformação, de esforço compressivo E-W muito forte, que gerou dobras apertadas a abertas, com planos axiais verticalizados, xistosidade plano-axial penetrativa regionalmente e eixo de atitude norte-sul com caimento médio de 16 a 20 para sul na região da mina Caraíba. Concomitantemente ocorreu um enxame de intrusões de corpos graníticos potássicos elongados N-S e paralelos com as estruturas regionais, inclusive a intrusão do sienito Itiúba, hoje uma serra com cerca de 00 km norte-sul 10 km este-oeste. Esta última fase principal se deu em condições de metamorfismo anfibolito alto/localmente granulito, e esteve associada a fortes transposições e migmatização. Como resultado, o corpo Caraíba é hoje um cogumelo (Fig. 2 de interferência de Ramsay, 1967) resultante da superposição de um sinforme D3 sobre as dobras D2 com eixo N60°W. Essa estrutura está posicionada no flanco oeste do grande antiforme D3 Caraíba, flanco esse que tem direção N20°W e mergulho acentuado (70°) para oeste/sudoeste. Os sulfetos de cobre foram concentrados nas charneiras das dobras D2 , ao longo de corpos cilíndricos paralelos ao eixo B2 e à lineação L2l , originalmente horizontalizados portanto, mas tendo continuidade limitada. O corpo mineralizado Caraíba apresenta em superfície, na sua parte central, uma seqüência de quatro charneiras de dobras D2, com eixos B2 verticalizados pela superposição do sinforme D3 apertado, o qual tem eixo B3 caindo em média 16 a 20 para sul, mas que tem caimento abrupto (80 ) para norte na parte central, como resultado da acomodação à atitude pós-D2 e pré-D3 do corpo mineralizado naquela parte da jazida. O minério está então controlado ao longo de charutos verticalizados descontínuos. Os teores de cobre se distribuem de forma muito heterogênea horizontal e verticalmente na jazida, como resultado da intensa história evolutiva, implicando em diluição inevitável nas atividades de lavra a céu aberto e subterrânea para os métodos de extração em andamento. A mina encontra-se em operação de lavra a céu aberto, com produção de quatro milhões de toneladas de minério/ano a 0,83% Cu em média e preparação para início de lavra subterrânea (previsão de 1.800.000 toneladas de minério/ano a 1% Cu em média) tendo a infraestrutura global atual vida útil prevista para mais 11 anos. É proposto modelo geotectônico global para a evolução do Vale do Curaçá, serra de Itiúba, Vale do Jacurici ('Cr-belt') rochas do Grupo Jacobina Inferior e quartzitos da serra de Jacobina, como hipótese de trabalho. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Caraíba deposit, located in the northern part of Bahia State, in the Curaçá river valley, is a chalcopirite/bornite-bearing mafic/ultramafic sill, derived from a tholeiitic magma, which was intruded into a volcanic-sedimentary sequence composed of quartzfeldspar gneisses, leptinites, banded iron formation, calcsilicate rocks and amphibolites. Probably between 2.6 and 2.0 Ga, that sequence was deposited and submited to at least three main tectonic-magmatic events. The first two deformational events were thrust-undesthrusting types, producing a crustal thickening by interleaving of the layers and injection of several G1 and G2 orthogneissic sheet-like intrusions, tonalitic/trondhjemitic and granodioritic in composition. Amphibolite and granulite facies metamorphism acomppanied the first and second phases, resulting in a mixed pile with a strong metamorphic S1 foliation with transposed N-S trending D1 intrafolial folds, followed by N60°W trending tight folds. After the horizontal tectonic regime a strong E-W compressive stress field resulted in a regional sequence of tight to open D3 folds with N-S 80 S axial planes and 16° to 20°S plunging regional axes. M3 metamorphism reached high-amphibolite to locally granulite facies and, together with a strong deformation, created a very strong and penetrative foliation, S3 , marked by oriented quartz-plagioclasebiotite- hornblende crystals. Many of syntectonic pottassic lens shaped granitic bodies, were intruded during F3, including the huge Itiúba syenite, all of them strongly foliated and with a characteristic pink-red colour. As a result, the Caraiba copper deposit is now alobate interference pattern (type 2 of Ramsay, 1967) between a D3 tight synform positioned on the 70°W dipping limb of the major N-S trending D3 Caraiba antiform, refolding the recumbent tight D2 folds. The sulphide mineralization is now concentrated along vertical and disrupted rods which marked originally a horizontal N60°W lineation (or B2 ) . Because of this poliphase tectonic-metamorphic history with associated strong migmatization, the copper content is very heterogeneously distributed inside the pyroxenitic/noritic host -rocks, adding difficulties to the mining works, mainly the underground operations. Two later events of shearing are also described and probably one fourth folding fase, but not important for the ore control. A very hypothetical regional tectonic rift-valley system is proposed for the crustal evolution of the Curaçá region, Itiúba s y e n i t e and the Cr-belt on its eastern side, and the Jacobina Group, all of them enclosed between two Archean blocks.
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Tectônica rúptil aplicada ao estudo de aqüífero em rochas cristalinas fraturadas na região de Cotia, SP / Brittle tectonics applyed to study of crystalline fractured-bedrock aquifer in Cotia, SP region

Fernando Machado Alves 19 August 2008 (has links)
O estudo da hidrogeologia em aqüífero cristalino fraturado apresenta como maior desafio a imprevisibilidade do meio, uma vez que o fluxo ocorre exclusivamente pelas fraturas. Neste sentido informações de atitude, abertura e conectividade de fraturas tornam-se essenciais no entendimento do fluxo da água subterrânea. O presente trabalho busca aplicar o conhecimento da tectônica rúptil para caracterizar o meio fraturado, com intuito de auxiliar o estudo hidrogeológico do aqüífero. A área de estudo está localizada na porção leste do Município de Cotia, SP, no contexto do Complexo Embu, de idade proterozóica, na porção central da Faixa Ribeira. Ocorrem predominantemente rochas granitóides, com permeabilidade primária desprezível, rochas cataclásticas relacionadas às grandes zonas de cisalhamento de Taxaquara e Caucaia do Alto, metassedimentos e coberturas aluviais cenozóicas, estas ao longo das principais drenagens. Os principais eventos tectônicos de caráter rúptil da região estiveram relacionados à reativação mesozóico-cenozóica, inicialmente com a ruptura continental e abertura do Oceano Atlântico Sul e, posteriormente, a formação do Rift Continental do Sudeste do Brasil (RCSB), e seus principais eventos de deformação. Os estudos foram desenvolvidos em duas escalas de trabalho. A primeira de semi-detalhe, em 1:50.000, e a segunda de detalhe, em 1:5.000, esta última em duas porções distintas dentro da área de semi-detalhe. Os resultados obtidos em escala de semi-detalhe, a partir da análise da tectônica rúptil (morfometria, fotogeologia e levantamentos de campo), serviram para direcionar as investigações em escala de detalhe, onde foram usados dados provenientes de sondagens, métodos BHTV (Bore Hole Television), levantamento de perfis de eletrorresistividade e dados hidrogeológicos de poços de monitoramento instalados no aqüífero em meio fraturado. Os estudos de escala de semi-detalhe permitiram delinear lineamentos de direções N-S, E-W, NE-SW e NW-SE, originados pelas diversas fases de deformação rúptil. Esses dados de lineamentos foram correlacionados com dados de atitude de falhas e juntas medidas em afloramento, e, posteriormente, associados às diferentes fases de deformação descritas para o RCSB. Foram definidas seis famílias de juntas: a) família NNW-SSE, com mergulho alto para NE); b) família NE-SW com mergulho sub-vertical; c) família E-W com mergulho alto para NW); d) família WNW-ESE com mergulho alto para NE); e) família NESW com mergulho médio para NW; e f) família NE-SW com mergulho médio para SE. Os resultados dos estudos desenvolvidos em escala de semi-detalhe, somados aos condicionantes geológicos e geomorfológicos das áreas selecionadas para estudos de detalhe, orientaram a instalação de poços de monitoramento verticais e inclinados nessas últimas. Foram instalados 11 poços na área de detalhe A e quatro poços na área de detalhe B. Os poços foram perfilados por televisionamento acústico e as fraturas identificadas nesses poços foram separadas por famílias e subfamílias: Família 1 (sub-horizontal), Família 2A (N-S com mergulho médio para W) e 2B (N-S com mergulho alto para E), Família 3A (NE-SW com mergulho médio para NW) e 3B (NE-SW com mergulho médio para SE) e Família 4 (WNW-ESE sub-vertical). Na maioria dos poços foram realizados ensaios hidráulicos para determinação da condutividade hidráulica (K), que variou de 1,55x10-8 a 2x10-5 cm/s, com média de 2,98x10-6 e desvio padrão de 5,60 x10-6 cm/s. Ensaios de bombeamento indicaram fluxo de água subterrânea através das estruturas N-S, com boa conexão com as estruturas NE-SW. A abertura média das fraturas foi de 1,13x10-3 cm, calculada com base nos valores de condutividade hidráulica correlacionados aos dados estruturais. A partir dos dados hidrogeológicos e estruturais foi proposto um método para se estimar a transmissividade e condutividade hidráulica de um poço instalado no aqüífero fraturado. / The main challenge in a hydrogeological study of a fractured-bedrock aquifer is the unpredictability of media, because the ground-water flows only through the fractures. Informations about strike, dip, opening and connectivity among fractures become essential in order to understand the ground-water flow. This work is an application of the concepts of the brittle tectonics to characterize a fractured media in order to help the hydrogeological study of a fractured-bedrock aquifer. The study area is located at the eastern part of the City of Cotia, State of São Paulo, Southeastern Brazil, in the context of the Proterozoic Embu Complex, in the central part of Ribeira Belt. This area encompass predominantly granitoid rocks (with negligible primary permeability), cataclastic rocks related to the Taxaquara and Caucaia do Alto shear zones, and metasedimentary rocks. Quaternary alluvial deposits occur along the main drainages. The main brittle tectonic events in the region are related to the Mesozoic-Cenozoic reactivation, associated with the continental break-up, the opening of the South Atlantic Ocean, and the formation and deformation of the basins of the Continental Rift of the Southeastern Brazil (CRSB). The study was carried out in two working scales. First in a semi-detail scale, at 1:50,000, of a large area, were brittle tectonic analysis (morphometry, photogeology and field survey in outcrops) was performed. The achieved results were used to select two small areas, within the semi-detail area, for a detailed investigation, on scale of 1:5,000, in which data from rock-boring, BHTV (Bore Hole Television), eletroresistivity and hydrogeology from bedrock monitoring wells were obtained. At a semi-detail scale it was possible to delineate lineaments of N-S, E-W, NE-SW and NW-SE-trending directions, probably originated during several brittle deformational events. Data from lineaments were first correlated with data of fault and joint measured in outcrops and latterly associated with different deformation phases described in CRSB. Six joint families were defined: a) steeply northeastward dipping NNW-SSE-trending family; b) sub-vertically dipping NE-SW trending family; c) steeply northwestward dipping E-W-trending family; d) steeply northeastward dipping WNW-ESE-trending family); e) NE-SW-trending family with moderate dipping towards the NW; and f) NE-SW-trending family with moderate dipping towards the SE. Results of studies in the semi-detail investigation area allowed the selection of sites for drilling of 11 wells in detail area A and 4 wells in the detail area B. All the wells were surveyed by acoustic teleview and the identified fractures were classified in four families and two subfamilies: family 1 (sub-horizontal to gently dipping); family 2A (N-S-trending with moderate dipping towards the W) and 2B (NS-trending with steep dipping towards the E); family 3A (NE-SW-trending with moderate dipping towards the NW) and 3B (NE-SW-trending with moderate dipping towards the SE); and family 4 (WNW-ESE-trending with sub-vertical dipping). Hydraulic conductivity (K) measured in the wells ranged from 1.55x10-8 to 2x10-5 cm/s, with a mean of 2.98x10-6 and standard deviation of 5.60 x10-6 cm/s. Pumping tests showed the groundwater flow through N-S-trending structures and good connection with NE-SW-trending structures. The average opening of fractures attained 1.13x10-3 cm and was calculated on the basis of the amount of hydraulic conductivity correlated with structural data. Based on structural and hydrogeological data it was proposed a method for estimating the transmissivity and hydraulic conductivity of a well installed in the fractured-bedrock aquifer.
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Interpretação de dados de sensores remotos e dados aerogeofisicos como ferramenta na analise estrutural da area centro-oeste do sistema transcorrente Carajas (PA) / Remote sensing and aero-geophysical datas interpretation as a tool for structural analysis of the central-western region of the Carajas Strike-Slip System

Carneiro, Cleyton de Carvalho 27 June 2005 (has links)
Orientadores: Alvaro Penteado Crosta, Roberto Vizeu Lima Pinheiro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-05T00:05:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carneiro_CleytondeCarvalho_M.pdf: 16146205 bytes, checksum: 2b6d0cb6dd0f90339dfd02c57f8fd60e (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: A área centro-oeste do Sistema Transcorrente Carajás abrange em seus domínios diversos depósitos minerais explorados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O entendimento geológico e estrutural desta área favorece pesquisas prospectivas no contexto da Província Mineral de Carajás. Visando a análise estrutural da área, foram utilizadas imagens de sensores remotos (JERS-1/SAR, R-99B/SAR e Landsat 7/ETM+) e dados aerogeofísicos magnéticos (CPRM/PGBC-1020). A análise e interpretação desses dados, de forma individual e/ou integrada, permitiu a individualização de domínios litológicos e estruturais da área de estudo. Os resultados, combinados com a análise de dados de campo, auxiliaram na caracterização do quadro deformacional da área. O processamento dos dados aerogeofísicos permitiu a produção de imagens magnéticas que realçaram lineamentos regionais e domínios magnéticos. Com a análise do espectro radial da potência do campo magnético anômalo, tornou-se possível a estimativa de fontes profundas (aproximadamente 4,7 km) e fontes superficiais (aproximadamente 1,9 km), causadoras das feições magnéticas. A interpretação desses dados permitiu fazer a análise geométrica dos lineamentos e estabelecer a seqüência cronologia de eventos deformacionais, segundo as direções: E-W, NWSE, NE-SW, NNW-SSE e N-S. Dependendo do sensor utilizado, e das respectivas geometrias de aquisição das imagens, essas direções tendem a ser suavizadas e/ou ressaltadas / Abstract: The central-western region of the Carajás Strike-Slip Fault System comprises several mineral deposits currently under exploitation by the Vale do Rio Doce Mining Company. The geological and structural understanding of this region favors prospective initiatives within the Carajás Mineral Province. Remote sensing imagery, such as JERS-1/SAR, R-99B/SAR and Landsat 7/ETM+) and magnetic airborne geophysical data (CPRM/PGBC-1020) were used for geological and structural interpretation of the region. The individual and integrated analysis of these data allowed discriminating lithologic and structural domains. The characterization of the deformational processes that affect the region was accomplished by combining these results with data collected in the field. Results of the geophysical data processing allowed the production of magnetic images, which enhanced magnetic domains and regional lineaments. Based on the analysis of the radial power spectrum of the anomalous magnetic field it was possible to estimate deep sources (approximately 4.7 km), as well as shallow sources (1.9 km) for the magnetic features. Remote sensing image interpretation allowed the geometric analysis of lineaments, establishing a chronologic sequence for deformational events along the directions: E-W, NW-SE, NE-SW, NNW-SSE and N-S. Depending on each specific sensor, and their respective image acquisition geometries, these directions tend to be enhanced or smoothed. / Mestrado / Metalogenese / Mestre em Geociências
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Etude de la fracturation et de la déformation d'un massif rocheux aux abords d'une faille d'échelle crustale dans le cadre du tracé du tunnel routier de Saint-Béat / Deformation and fracturing in a rock mass near a crustal scale fault. Geology, rock mechanics and implications for a tunnel project

Mahé, Stéphanie 06 December 2013 (has links)
Le massif de marbres de Saint-Béat se situe dans la Zone Interne Métamorphique des Pyrénées centrales françaises. Il est formé de sédiments mésozoïques métamorphisés lors de l'événement métamorphique extensif Haute température - Basse pression classiquement décrit dans les Pyrénées. L'objet de cette thèse est de caractériser la déformation ductile et la fracturation qui affectent ce massif, et de déterminer dans quelle mesure les processus responsables de la fracturation peuvent être influencés par l'état de déformation. Les caractéristiques de la déformation des marbres et de ses roches encaissantes seront déterminées essentiellement grâce aux orientations préférentielles des axes de la calcite (marbre) et du quartz (socle paléozoïque), déterminées à l'aide de mesures à l'EBSD. L'observation en lame mince des textures de la calcite permet de quantifier les taux de déformation et d'estimer la température de cette déformation. Combinés aux observations de terrain, ces résultats permettent de proposer un modèle structural retraçant l'évolution du bassin depuis l'extension aptio-albienne jusqu'à son état actuel. La fracturation du massif est ensuite regardée à différentes échelles, depuis la photo aérienne jusqu'à l'affleurement. Quatre zones seront étudiées en détail afin de classifier les fractures par familles de mêmes caractéristiques et de reconstituer localement les paléo-régimes de contraintes. On comparera les tenseurs obtenus avec les régimes tectoniques décrits dans la littérature. Trois faciès légèrement différents de marbre servent de base à une étude visant à discuter de l'état d'anisotropie de la roche. Ainsi, des essais en compression simple, en traction indirecte et des mesures de vitesses acoustiques sont pratiqués sur des carottes orientées réalisées dans ces trois faciès ; leurs résultats donnent accès aux caractéristiques internes de la roche. On comparera et discutera les résultats d'un faciès à l'autre, et au sein du même faciès, d'une orientation à l'autre. Les résultats obtenus sur la fracturation servent de guide à la classification des fractures observées sur les fronts de tirs, lors du creusement du tunnel routier de Saint-Béat, recoupant le massif sur plus d'un kilomètre du Nord au Sud. / The Saint-Béat massif, composed of different marble facies, is part of the Internal Metamorphic Zone of the French Central Pyrenees. It is formed by Mesozoic sediments metamorphosed by the High Temperature – Low Pressure extensional event, classically described in the Pyrenees. The aim of this work is to characterize the deformation and fractured state of the massif, and to understand how the former can constrain the latter. The ductile deformation state is recorded in calcite grains for Mesozoic rocks, or in quartz grains for Paleozoic rocks. Their preferential lattice orientations have been measured with the EBSD method. Calcite texture observations give indications about deformation rates and temperatures. These results, in addition with field observations, allow us to rebuild the structural evolution of the massif, from the Albian extension. Fracturing along the massif is described at different scales. Four outcrops are selected in order to characterize and to classify fractures, and locally reconstruct the paleo stress tensor. The obtained tensors are presented and compared to those already published. Three slightly different marble facies are used to discuss the degree of anisotropy of the rock. Mechanical experiments such as compression tests, tensile tests and velocity measurements of elastic waves are carried out on oriented cores within these three facies. These results provide internal rock characteristics which are discussed and compared for the three facies, and for different orientations of the cores.
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Caractérisation de la déformation récente dans une chaine orogénique lente : l'arc du Jura. Approches combinées morphotectonique, géodésique et géophysique / Characterization of the recent deformation in a slow orgenic chain : the arc of the Jura. Combined approaches : morphotectonics, geodesy and geophysics

Rabin, Mickael 02 March 2016 (has links)
L'objectif de cette thèse était de caractériser la déformation récente, tant dans son style que dans son partitionnement, d'un arc orogénique lent à travers une approche pluridisciplinaire à grande échelle.La déformation récente et actuelle de l'arc du Jura a été caractérisée par l'analyse des indices géomorphologiques le long des profils de rivières ainsi qu'à travers le traitement des données sismiques et géodésiques. Les essais de caractérisation et de datation des évènements tectoniques et sismiques à travers l'analyse des failles décrochantes tardives et des enregistrements spéléologiques n'ont pas permis d'apporter de nouvelles données sur la néotectonique du Jura. Cependant la combinaison des données et observations géomorphologiques, géophysiques et géodésiques confrontée aux données des précédentes études nous permets de proposer un modèle de répartition de la déformation dans le système orogénique Alpes occidentales-Jura. [...] / No abstract available.
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Architecture of the Silurian sedimentary cover sequence in the Cadia porphyry Au-Cu district, NSW, Australia : implications for post-mineral deformation

Washburn, Malissa 11 1900 (has links)
Alkalic porphyry style Au-Cu deposits of the Cadia district are associated with Late-Ordovician monzonite intrusions, which were emplaced during the final phase of Macquarie Arc magmatism at the end of the Benambran Orogeny. N-striking faults, including the curviplanar, northerly striking, moderately west-dipping basement thrust faults of the Cadiangullong system, developed early in the district history. NE-striking faults formed during rifting in the late Silurian. Subsequent E-W directed Siluro- Devonian extension followed by regional E-W shortening during the Devonian Tabberabberan Orogeny dismembered these intrusions, thereby superposing different levels porphyry Au-Cu systems as well as the host stratigraphy. During the late Silurian, the partially exhumed porphyry systems were buried beneath the Waugoola Group sedimentary cover sequence, which is generally preserved in the footwall of the Cadiangullong thrust fault system. The Waugoola Group is a typical rift-sag sequence, deposited initially in local fault-bounded basins which then transitioned to a gradually shallowing marine environment as local topography was overwhelmed. Basin geometry was controlled by pre-existing basement structures, which were subsequently inverted during the Devonian Tabberabberan Orogeny, offsetting the unconformity by up to 300m vertically. In the Waugoola Group cover, this shortening was accommodated via a complex network of minor detachments that strike parallel to major underlying basement faults. For this reason, faults and folds measured at the surface in the sedimentary cover can be used as a predictive tool to infer basement structures at depth. / Science, Faculty of / Earth, Ocean and Atmospheric Sciences, Department of / Graduate
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The Geology of Parrett Mountain, Oregon, and its Influences on the Local Groundwater Systems

Brodersen, Brett Todd 20 September 1994 (has links)
A geologic study of the Parrett Mountain area, located twenty miles (32 kms) south-southwest of Portland, Oregon, was initiated by the Oregon Water Resources Department. The main goal was to create a stratigraphic and structural model of Parrett Mountain in order to better understand the local basalt aquifers present there. Previous geologic studies of the area revealed the mountain to be composed of Columbia River basalt. Field mapping and hand lithologic and geochemical analyses allowed the basalt to be subdivided into eleven basalt flows. These flows are as follows: (from oldest to youngest) the Wapshilla Ridge (WpR) , the Ortley-Grouse Creek (undifferentiated) (OGC), the Umtanum (U), the Winter Water (WW), and the Sentinel Bluffs (SB) basalt units of the Grande Ronde Basalt and the Ginkgo (Gk) flow of the Frenchman Springs Member of the Wanapum Basalt. All the basalt flows were found to be laterally extensive throughout the entire area creating a stacked pancake-layered structure. Thickness variations in the Wapshilla Ridge, Ortley- Grouse Creek and Ginkgo basalt flows reflect paleotopographic relief present during the emplacement of the basalt flows. Sedimentary interbeds appear to be highly localized, occurring sporadically throughout the entire area stratigraphic column. Faults were identified based on geologic map compilation, cross section analysis, and topographic linear features. They trend N-S, E-W, NE and NW and are believed to dissect the entire basalt column. All faults have been designated with a normal sense of displacement, except those known to be thrust or r~verse. Cross-cutting relationships suggest the NS-trending faults are the youngest and the NWtrending faults are the oldest. The faulting created twenty-four separate basalt blocks, each represented by a distinct strike and dip. Flowtop morphology, stratigraphic layering, and the local geologic structures influence local groundwater systems. All flow boundaries yield water to at least one well on the mountain. The most commonly used aquifers are the U/OGC boundary, interflow zones within the OGC, the OGC/WpR boundary and permeable zones within the WpR. Faulting is believed to promote recharge of the groundwater systems by increasing the vertical infiltration of percolating precipitation through the highly fractured fault zone.

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