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[pt] GESTOS E SENSAÇÕES: CRIANDO MUNDOS EM CENÁTIMOS / [en] GESTURES AND SENSACTION: CREATING WORLDS IN INSTANT SCENESLUIS FELIPE DOS SANTOS CARVALHO 21 September 2006 (has links)
[pt] A partir do meu contato com a obra do escritor-cineasta Glauber Rocha apresento ensaios assinados por vozes-corpos que se ultilizam da sua trajetória como força que impulsiona suas produções. Criam almejando uma sintonia com Glauber. Apresento o meu processo criativo através dos encontros com esses
personagens-autores. Euluilyos arrisca os primeiros movimentos, através de seus deslocamentos-viagens. Vladimir Corvo ensaia e ficciona suas experiências na Europa e cria cenas que se desenrolam num átimo - cen átimos. L. Cavas cria mundos a partir de seu lugar de latinoamericano. Arados Santos C. apresenta o
trânsito da América Latina para o não-lugar das sensações emanadas pela e para a natureza dos San Carval - Ebino e Ebin aê. / [en] Based on studies on the work of the movie maker and writer Glauber Rocha, here it is presented an analysis signed by voices-bodies that made use of Glauber s achievements as the energy which impels his
productions. They create aiming a harmony with the movie maker. My creative process is presented
through encounters with the characters-authors. Euluilyos introduces himself as the one who attempts the first movements, through his displacements-voyages. Vladimir Corvo rehearses and fictions his experiences in Europe and creates scenes taking its course in an instant - cen átimos. L. Cavas generates worlds starting from his latin-american place. Arados Santos C. presents the traffic of Latin America towards the no-place of sensations emanated by and through the nature of the San Carval - Ebino and Ebinaê.
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[en] IN SEARCH OF THE THIRD SHORE: TRACES OF THE SERTÃO IN THE BRAZILIAN SYMBOLIC PRODUCTION FROM MODERNITY TO CONTEMPORANEITY / [pt] À PROCURA DA TERCEIRA MARGEM: RASTROS DO SERTÃO NA PRODUÇÃO SIMBÓLICA BRASILEIRA DA MODERNIDADE À CONTEMPORANEIDADECINTIA BORGES ALMEIDA DA FONSECA 02 July 2024 (has links)
[pt] Com bordas móveis, o sertão parece ajustar-se à plasticidade imaginária do
seu tempo, encenando em seu território disputas estéticas, éticas e políticas que o
demarcam, forjando novas e sempre fluidas fronteiras para a região. Este trabalho
propõe um percurso crítico pela cartografia simbólica do sertão, da modernidade à
contemporaneidade, seguindo o traçado proposto por alguns escritores e um
cineasta que forjaram imagens constituintes da região. A análise parte do esforço
empreendido por artistas que, em tempos e modos distintos, ousaram aproximar
paisagem e linguagem para estabelecer – ou propositalmente desbordar – um
esboço e um contorno para o sertão. A pesquisa se inicia pelos restos de um sertão
monumental, tecido e destecido por Euclides da Cunha e Guimarães Rosa. A
proposta é analisar os resíduos da escrita de Os sertões – ou o que ficou perdido
entre anotações dos textos marginais e excesso de referências teóricas – para chegar
à marginalia produzida por Guimarães Rosa durante a leitura da obra máxima de
Euclides e às anotações de viagem coletadas pelo autor mineiro para a escrita de
Grande sertão: veredas. Lidos em diálogo, Euclides da Cunha poderia ser o
viajante letrado para quem o protagonista de Guimarães Rosa narra o que ficou
submerso pelo projeto republicano de silenciamento histórico, fazendo ouvir o
silêncio, o instável e o indomável, em uma reflexão radical dos limites do
pensamento e da linguagem. Puxando o fio de um sertão feito de letras, investigam-se autoras que reviram do avesso esse interior estranho e estrangeiro ao restante do
país deslocando-o para as margens das grandes cidades e de existências miseráveis;
que se esforçam para circunscrever o vazio demarcando-o com palavras, enquanto
revelam a condição estrutural da falta e do impossível de (d)escrever. Clarice
Lispector (A hora da estrela), Marilene Felinto (As mulheres de Tijucopapo) e
Carolina Maria de Jesus (Quarto de despejo) narram as marcas deixadas por um
sertão que chegou à beira das cidades, invadiu ruelas, quartos e barracos na periferia
das metrópoles, tatuou corpos e destinos dos herdeiros de uma diáspora.
Contraditoriamente, a mesma paisagem que convoca à demarcação de fronteiras é
também um convite à ultrapassagem, capaz de pôr em xeque a delimitação de suas
margens. Nesse sentido, o lusoangolano Ruy Duarte de Carvalho (Desmedida –
Luanda – São Paulo – São Francisco e volta) e o cineasta Glauber Rocha (Deus e
o diabo na terra do sol) propõem-se a explorar um mais além que escapa por entre
as linhas, cartográficas ou simbólicas; um espaço que porta a dimensão do
inalcançável, impulso ao movimento e à travessia. Leitores de Guimarães Rosa e
de Euclides da Cunha, ambos se colocam em cena, suturando corpo e linguagem,
para produzirem obras de borda – ou litorâneas – que marcam o encontro entre
campos híbridos e heterogêneos, preservando suas singularidades. Terceira
margem. / [en] With shifting borders, the sertão (backlands) seems to adjust to the imaginary
plasticity of its time, staging aesthetic, ethical and political disputes in its territory
that demarcate it, forging new and ever-fluid borders for the region. This work
proposes a critical journey through the symbolic cartography of the sertão, from
modernity to contemporaneity, following the path proposed by some writers and a
filmmaker who have forged images of the region. The analysis is based on the
efforts made by artists who, at different times and in different ways, dared to bring
landscape and language together to establish - or purposely blur - an outline and a
contour for the sertão. The research begins with the remains of a monumental
sertão, woven and torn apart by Euclides da Cunha and Guimarães Rosa. The
proposal is to analyze the residues of the writing of Os sertões - or what was lost
between notes from marginal texts and an excess of theoretical references - to arrive
at the marginalia produced by Guimarães Rosa while reading Euclides greatest
work and the travel notes collected by the Minas Gerais author for the writing of
Grande sertão: veredas. Read in dialogue, Euclides da Cunha could be the literate
traveler to whom Guimarães Rosa s protagonist narrates what was submerged by
the republican project of historical silencing, making silence, the unstable and the
indomitable heard, in a radical reflection on the limits of thought and language.
Pulling on the thread of a sertão made of letters, we investigate authors who have
turned this strange interior inside out, foreign to the rest of the country, moving it
to the margins of big cities and miserable existences; who strive to circumscribe the
emptiness by demarcating it with words, while revealing the structural condition of
lack and the impossibility of writing. Clarice Lispector (A hora da estrela),
Marilene Felinto (As mulheres de Tijucopapo) and Carolina Maria de Jesus (Quarto
de despejo) narrate the marks left by a sertão that arrived on the edge of cities,
invaded alleys, rooms and shacks on the outskirts of metropolises, tattooing the
bodies and destinies of the heirs of a diaspora. Contradictorily, the same landscape
that calls for the demarcation of borders is also an invitation to go beyond, capable
of calling into question the delimitation of its margins. In this sense, the Portuguese-Angolan Ruy Duarte de Carvalho (Desmedida - Luanda - São Paulo - São
Francisco e volta) and the filmmaker Glauber Rocha (Deus e o diabo na terra do
sol) set out to explore a beyond that escapes between the lines, cartographic or
symbolic; a space that carries the dimension of the unreachable, an impulse to
movement and crossing. Readers of Guimarães Rosa and Euclides da Cunha, both
put themselves on the scene, suturing body and language, to produce border - or
coastal - works that mark the encounter between hybrid and heterogeneous fields,
preserving their singularities. Third margin.
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