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[pt] EXPERIÊNCIA VITAL E FILOSOFIA PLATÔNICA / [en] VITAL EXPERIENCE AND PLATONIC PHILOSOPHYMARCUS REIS PINHEIRO 05 July 2004 (has links)
[pt] Esta tese defende que é através de uma experiência vital
que, em Platão, se efetiva uma compreensão filosófica.
Trata-se de sublinhar os aspectos pessoais e profundos da
vivência filosófica para apresentar a idéia de que, em
Platão, a filosofia é uma experiência que, mesmo sendo
estritamente racional, perpassa a totalidade da alma
humana. A tese estrutura-se em quatro capítulos. O primeiro
e o segundo salientam o aspecto psicagógico da filosofia,
analisando a relação de Platão com a poesia grega (cap. 1)
e a retórica (cap.2). No primeiro capítulo afirma-se que,
mesmo com todas as críticas que Platão apresenta contra a
poesia, ele ainda reserva um aspecto essencial desta, a
psicagogia (condução da alma), como parte constituinte da
filosofia. O segundo capítulo defende que há um aspecto da
retórica - também a psicagogia - que deve estar presente na
filosofia para que esta inscreva o conhecimento na alma do
aprendiz. O terceiro capítulo analisa as críticas de Platão
à palavra escrita, presentes na Carta VII e no Fedro.
Defende-se que a filosofia depende de um processo pessoal
que não está garantido ao ser descrito por palavras:
precisa, antes, ser vivido por uma experiência vital para
tornar-se vivo naquele que sabe. Por fim, o quarto capítulo
apresenta a noção de dialética na República como uma
conversão. A noção de conversão corrobora esta tese, pois
afirma que o processo racional filosófico pretende uma
transformação pessoal e profunda do aprendiz de filosofia. / [en] This thesis claims that a philosophical understanding, in
Plato, may only
happen correctly whenever it comes through a vital
experience. It intends to
highlight the personal and deep aspects of philosophical
experience. The thesis
supports that, in Plato, philosophy is a kind of experience
that, although being
strictly rational, the whole soul engages in it. It has
four chapters. The first and
second present the psykhagogikos aspect of philosophy,
analyzing Plato`s relation
with Greek poetry (chap. 1) and rhetoric (chap. 2). In the
first chapter, we claim
that, despite all Plato`s criticism against poetry, he
still retain an essential aspect
of it - psykhagogia - as a necessary part of philosophy.
The second chapter
supports that there is an aspect of rhetoric - also
psykhagogia - that must be
present in philosophy so that knowledge might be inscribed
in the soul of the
student. The third chapter analyses Plato`s criticism
against the written word,
present in The Seventh Letter and the Phaedrus. We claim
that philosophy
depends on a personal process that is not assured by being
described through
words: it is necessary, first, to be felt by a vital
experience, so that it may become
alive in one who knows. At last, the forth chapter presents
the notion of dialectic
in the Republic as a conversion. The notion of conversion
confirms this thesis
because it claims that the rational philosophical process
intends a personal and
deep transformation in the student of philosophy.
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