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Cidadania e ética da vida: pressupostos e novas perspectivasAlmeida, Mágida Cristiane de 16 December 2013 (has links)
A partir do processo de globalização, a humanidade passou a experimentar profunda transformação em todos os aspectos das relações sociais. Mas esse fenômeno, embora tenha provocado radicais mudanças nas esferas política, social, cultural e econômica, não trouxe soluções para os problemas socioeconômicos do mundo; ao contrário, fez intensificarem-se a miséria e a concentração de renda, o que é inaceitável em um período histórico cujo avanço tecnológico torna possível a disponibilização de recursos e a produção de bens suficientes para satisfazer as necessidades básicas de toda a comunidade humana. Depois de tecer algumas considerações sobre Estado nacional, cidadania e direitos humanos, o trabalho passa a tratar das consequências humanas da globalização hegemônica, sustentando a necessidade de ações concretas no sentido de se buscar a implantação de uma cidadania plena e planetária, que permita a vivência dos direitos humanos não mais sob a ótica da universalidade - que tende a homogeneizar de cima para baixo, como se todos os seres humanos do Planeta sentissem idêntica necessidade de usufruir idênticos direitos, independentemente dos aspectos particulares de cada cultura -, mas a partir de uma dimensão multicultural. Isso implica o surgimento de uma nova ética, baseada no respeito às diferenças de ser, pensar e viver. E o ator principal nessa luta em defesa de uma cidadania cosmopolita será o indivíduo tornado sujeito autônomo e livre a partir do encontro com o outro, quando se tornam possíveis práticas de alteridade que oportunizam a reinvenção constante do humano. Por fim, o presente trabalho aponta que uma ética da vida voltada a fundamentar essa cidadania plena e cosmopolita não se mostra possível apenas no respeito à alteridade, no (re)encontro do sujeito com o outro, mas pressupõe e significa também o (re)encontro do ser humano com a natureza, levando-o a enxergar todos os seres não humanos como parceiros de morada na grande casa planetária, a partir de uma nova ética ambiental, despida de qualquer traço de antropocentrismo. / 104 f.
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Bioética com o sentido de ética da vida: uma experiência educadora / Bioethics in the sense of ethics of life: an educator experienceSILVA NETO, Francisco Ursino da January 2011 (has links)
SILVA NETO, Francisco Ursino da. Bioética com o sentido de ética da vida: uma experiência educadora. 2011. 173f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2011. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-03-10T11:19:11Z
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Previous issue date: 2011 / Esta pesquisa é sobre um fato educativo, o saber bioético, que tem como especificidade o movimento, a ação refletida e a prática de educar em que o caráter utópico é essencial. Aqui, utopia deve ser interpretada não como um sonho desconectado da realidade, mas no sentido de radicado, enraizado no real da educação. O objetivo geral da pesquisa é compreender o sentido do que justifica o saber bioética hoje, sendo este saber referente ao campo da educação e tomado em sua amplitude de condição possível de ensino. O percurso metodológico caminhadiço foi uma incorporação gradativa da espiral hermenêutica que ressignificou os nossos questionamentos passo a passo. Realizamos um breve inventário dos significados de bioética, destacando os seguintes: ponte para o futuro, mediação do conflito ciência x moral e resistência ao biopoder. Estes significados, embora façam interface, não se movem a partir da educação. Então, buscamos construir um novo significado pertinente ao nosso campo. Entretanto, este objetivo não poderia ser atingido adequadamente se não fosse embasado em um estudo prévio das condições de justificativa das relações entre educação e ética. Tal investigação foi um resgate genealógico do tema na Grécia clássica. Iniciamos rastreando a palavra areté que, semente do significado de ética, nos revelou o sentido de bíos (vida qualificada) como forma de vida humana que a tradição filosófica hegemônica aqui representada pela tríade Sócrates-Platão-Aristóteles construiu em referência ao significado originário de zoé (vida em geral). O bíos foi fruto de relações co-originárias e co-pertencentes a partir de quatro dimensões: a ética (ethos), a educação (paideia), a política (politiké) e o pensamento/linguagem (lógos). Ele se vela ou se desvela, como ser, a partir do foco para onde se direciona o olhar e que se percebe como visão calidoscópica. Em cotejo com o pensamento grego clássico, trouxemos Nietzsche que justificou a condição humana na própria existência da vida fática e com isso abriu caminho para o pensamento contemporâneo. Esse exercício foi a base articuladora da pesquisa que desenvolveu o sentido de bioética em educação quando se fez presente um amplo diálogo com vários interlocutores, dentre eles estudantes de graduação em medicina. O próximo passo foi ousado. A construção de um significado de bioética para o campo da educação: ética-da-vida. Com ele, nos situamos em oposicionalidade ao conceito de bíos da tradição filosófica. Isto se dá porque éticada- vida se manifesta como potência de vida e não como forma. Essa potência cada um de nós, diferentemente, tem ao viver a própria vida e sua perspectiva do modo dela. Ética-da-vida é um saber afirmativo de vida, potencialidade criadora, é um saber-tempo que se vive. A condição de possibilidade do ensino de tal saber hoje não pode ser uma lei universal, inequívoca para todos. Aqui está o requisito da justificativa que buscávamos: o sentido do ensino de bioética no mundo contemporâneo exige um modo de educar que se encontra na concepção de educação como possibilidade de alimentar. O alimento concreto que cada um de nós pode adquirir é sabedoria de vida. Finalmente, se põe a tese que expusemos assim: a bioética justifica-se como saber contemporâneo a partir de duas condições. A primeira, mediante a exigência de um significado apropriado à educação que chamamos ética-da-vida; e a segunda, por intermédio da prática deste saber que se dá na experiência educadora que alimenta como uma sabedoria de vida. O exercício acadêmico solicita-nos, como pesquisadores, a atitude de posicionarmo-nos face à nossa “descoberta”. Este foi o nosso exercício de ser criança: dele eclodiu a invenção do devirSócrates, o portador da aionética.
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A cooperação em práticas educativas da contemporaneidadeFigueiredo, José Wnilson 07 May 2018 (has links)
A presente tese intitulada, “A cooperação nas práticas educativas da contemporaneidade”, tem como intenção
indicar possíveis caminhos para a edificação de outro mundo possível, a partir do horizonte da racionalidade da
cooperação, nas escolas e demais espaços da vida social, que se contraponha ao mundo atual hegemônico,
estruturado pela racionalidade técnica instrumental, balizada sob os auspícios do capital. Para tanto, foi realizada
uma pesquisa de cunho hermenêutico fenomenológico, de base qualitativa, acerca da realidade social do mundo
contemporâneo, sobretudo da realidade atinente ao espaço escolar do Instituto Federal Catarinense – Campus
Concórdia, através da leitura, da compreensão e interpretação de alguns documentos oficiais regedores da
educação brasileira, dos documentos oficiais que respaldam as ações político-pedagógicas do IFC- Campus
Concórdia e das obras dos autores, que referendam teoricamente esta tese. Essa pesquisa foi efetuada sob o
caminho do ver, julgar e agir como um todo interligado dialeticamente. Por intermédio dessa pesquisa, realizouse
um julgamento acerca dos problemas sociais que acometem à humanidade, anunciando saídas para esses
problemas por meio de processos de ensino e aprendizagem, aportados em princípios éticos, epistemológicos e
políticos centrados na racionalidade da cooperação e, partindo desse julgamento, foram realizadas indicações de
possíveis caminhos para a transformação social da realidade vigente dominada pela lógica do capital egoísta e
competitiva. Esses caminhos são e devem ser erigidos pelo princípio da cooperação abarcado em quatro pilares
fundamentais: reconhecimento da alteridade; responsabilidade e o cuidado com toda a comunidade da vida; a
solidariedade e o diálogo intercultural. Nesta direção, defendemos que é possível construir um outro mundo
possível mediante a convergência de vários movimentos de resistência à globalização neoliberal competitiva,
que ainda são minoritários no mundo, em torno da esperança da efetivação de uma utopia concreta de uma
globalização cooperativa fundada no convivialismo, cujo fim reside na ideia de um conviver juntos na
diversidades de opiniões com vistas à presença de relações humanas fundadas na e pela ética da vida. Para tanto,
é imprescindível que se rompa com a racionalidade técnica instrumental de uma educação pautada pelo capital e
que, ao mesmo tempo, se instale uma nova racionalidade sustentada numa educação cooperativa, mediante a
vivência de uma vida formada por uma comunidade de pessoas inseridas e integradas uma com as outras em
escala planetária. É necessário que junto com a mudança na educação, aconteça também uma transformação da
política, da cultura e da economia engendradas na visão de um crescimento econômico infinito fundado na ética
do mercado, que utiliza e explora a natureza e os seres humanos, para uma política, uma cultura e uma economia
apoiadas na solidariedade, na autogestão, na cooperação e na dádiva entre os seres humanos e na cautela destes
no relacionamento com a natureza. Também ficou evidenciado que no Instituto Federal Catarinense – Campus
Concórdia há mais limites do que possibilidades para a implantação de uma educação como prática da
cooperação. / 284 f.
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