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À flor da pele/à flor da terra: o sintoma social MPBVicente, Maria de Fátima 09 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-09 / This thesis deals with the social symptom Brazilian popular Music - MPB between 1965
and 1972 and its ethical incidence on the Brazilian society under dictatorship (1964-1985) as effect
of its condition of social symptom.
The sonority is a central element of the Brazilian society and instituted itself in earthly,
corporal sonority, opposite to the sublime one. In the turn of century XIX, by the force of the
conditions of the musical scene and the social-political scene, it was articulated based on the orality
and for the percussion when, stabilished the frame song as the predominant way of the Brazilian
musical culture. It points out as intrinsic factor to the definition of this frame the insurmountable
presence of the singer, decisive element for the effect of symbolic mediation of the social link
accomplished by this music, in special when the institutionalization of the MPB.
The format song safeguarded the place of the body, as the frame supports itself the
intonation of everyday speach, and instaurates the body of the singer as object of the circulation of
the word, diction limited for the interdiction. Which alows to point out the acts of the singers as
singular acts due to relation in this social symptom that the singer establishes with his public:
situated in the lack of the object by the effect of musical silence, homologous position to the
psychoanalyst in the cure, producing decoposed and understandable effects of the social reality.
It was concluded that the vicissitudes of social MPB symptom in that social-political
conjuncture, read by the paradigm of singer s interpretation , had happened in the society as acts
that drive away the death and had accomplished understandable possibilities of the instituted
social-political order / Esta tese trata do sintoma social Música popular brasileira MPB entre 1965 e 1972 e de
sua incidência ética sobre a sociedade brasileira sob ditadura (1964-1985) como efeito de sua
condição de sintoma social.
A sonoridade é um elemento central da sociedade brasileira e se instituiu em sonoridade
terrena, corpórea e avessa ao sublime. Na virada do século XIX, por força das condições da cena
musical e da cena político-social, articulou-se pautada pela oralidade e pela percussão quando,
estabilizou o formato canção como o modo predominante da cultura musical brasileira. Sobressai
como fator intrínseco à definição desse formato a presença incontornável do cancionista, elemento
decisivo para os efeitos de mediação simbólica do laço social efetivado por essa música, em
especial quando da institucionalização da MPB.
O formato-canção salvaguardou o lugar do corpo, uma vez que esse formato se apóia na
entoação da fala cotidiana, e instaura o corpo do cancionista como objeto da circulação da palavra,
dicção limitada pela interdicção. O que permite situar os atos dos cancionistas como atos singulares
devido à relação que nesse sintoma social o cancionista estabelece com seu público: situado na falta
do objeto por efeito do silêncio musical, posição homóloga à do psicanalista na cura, produzindo
efeitos de escansão interpretantes da realidade social.
Conclui-se que as vicissitudes do sintoma social MPB naquela conjuntura político-social,
lidos pelo paradigma da interpretação do cancionista, incidiram na sociedade como atos que
afugentam a morte e efetivaram possibilidades interpretantes da ordem político-social instituída
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Habermas e Foucault: entre o universal e o particular: um debate ético filosófico da contemporaneidade / Habermas and Foucault: between universal and particular: an debate ethical philosophical contemporaryBonin, Joel Cesar 30 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-30 / This study aimed to examine the works of Michel Foucault and Jürgen Habermas, the views that each author has, on contemporary ethics. The two thinkers have points of
reference and thought very different. Foucault addresses through the History of Sexuality and how a person can be as thinkers and protagonists of an ethics focused on
subjectivity, directed to a personal care of themselves. His texts refer to greek life and the possibility of a life guided by an aesthetic of existence, where universal precepts
don t have chance. Habermas, however, part of a different paradigm and almost antagonistic. He believes that the living world was colonised and was alienated by a
systemic world, where money and the State are their most expressive bulwarks. The output for this colonization is, to Habermas, the communicative action, which by means
of language, the person interact and seek through the use of rationality argumentative, the consensus. This exercise is rational, according Habermas, the most appropriated
option for the balance between objectivity and subjectivity of the human beings in the world. Indeed, communication is an intersubjective action, which takes into account the
inclusion of other, the acceptance of the argumentation of others and the intent of the search for harmonization between the private and public sphere. The problem of Habermas lies in his desire to make the communicative action a universal action, valid for all. Habermas, therefore, develop an ethical theory that regards any act of speech has a claim to validity. The act of saying has an intention, a purpose. If this act of speech is
valid or not, will depend on the analysis of the community in which the man is posed to discuss, it will depend on the strength of the argument and the acquiescence of the better
argument. This act of putting under discussion is what will validate or not the argument. According Habermas, what matters is that this discussion should be free from coercion
or domination. Something that Foucault understand how impossible, as every speech itself has power. It is not something that can be discarded or forgotten. In other words,
according Foucault, the speech itself is power, whoever speaks. With this, we can see that Habermas and Foucault have very different points of view on what it means to be ethical. This work, in the end, shows that Foucault attempts to show that taking care of themselves is a free opportunity to be ethical, where through personal techniques, the subject search to know and meet themselves, with their bodies and their sexuality as a
focus of this process. / Este trabalho teve por objetivo analisar nas obras de Michel Foucault e Jürgen Habermas, os pontos de vista que cada autor tem, sobre a ética contemporânea. Os dois pensadores possuem pontos de referência e de pensamento bastante divergentes. Foucault aborda através da História da Sexualidade como que os sujeitos podem se constituir como pensadores e protagonistas de uma ética voltada para a subjetividade,
direcionada para um cuidado pessoal de si. Seus textos nos remetem à vida grega e à possibilidade de uma vida pautada em uma estética da existência, onde preceitos universais não têm vez. Habermas, em contrapartida, parte de um paradigma diverso e praticamente antagônico. Ele acredita que o mundo vivido foi colonizado e instrumentalizado por um mundo sistêmico, onde o dinheiro e o Estado são seus baluartes mais expressivos. A saída que Habermas encontra para esta colonização é o agir comunicativo, onde por meio da linguagem, os sujeitos interagem e buscam através do uso da racionalidade argumentativa, o consenso. Este exercício racional é, segundo
Habermas, a possibilidade mais adequada para o equilíbrio entre a subjetividade e a objetividade dos sujeitos que vivem no mundo. No fundo, a comunicação é uma ação intersubjetiva, que leva em conta, a inclusão do outro, a aceitação dos argumentos alheios e a intencionalidade da busca de harmonização entre a esfera privada e a esfera pública. O problema de Habermas reside em sua pretensão de tornar a ação
comunicativa uma ação universal, válida para todos. Habermas, para isso, desenvolve uma teoria ética que considera que todo ato de fala possui uma pretensão de validade. O ato de dizer possui uma intenção, uma finalidade. Se esse ato de fala será válido ou não, dependerá da análise da comunidade na qual o sujeito se põe a discutir, dependerá da força argumentativa e da aquiescência ao melhor argumento. Esse ato de pôr em
discussão é que validará ou não o argumento. Segundo Habermas, o que importa também é que esta discussão deve ser isenta de coação ou dominação. Algo que Foucault compreende como impossível, pois todo discurso possui em si poder. Não é algo que pode ser descartado ou esquecido. Ou seja, segundo Foucault, o próprio discurso é poder, independentemente de quem discursa. Com isso, podemos ver que Habermas e Foucault possuem pontos de vista bastante diversos sobre o que significa ser ético. Este trabalho, ao final, apresenta que Foucault tenta demonstrar que o cuidado
de si é uma possibilidade livre de ser ético, onde através de técnicas pessoais, o sujeito busca encontrar-se e descobrir-se, tendo seu corpo e sua sexualidade como foco deste processo.
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