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Âzê Sikutõri para não esquecer: a oralidade e o conhecimento da escrita / Âzê Sikutõri not to forget: the orality and the knowledge of the writing

BARROSO, Lidia Soraya Liberato January 2009 (has links)
BARROSO, Lidia Soraya Liberato. Âzê Sikutõri para não esquecer: a oralidade e o conhecimento da escrita. 2009. 204f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-07-05T14:13:56Z No. of bitstreams: 1 2009_Tese_LSLBarroso.pdf: 4224033 bytes, checksum: 28914e1f0c37372018d7dcdd8ea11e18 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-20T15:01:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_Tese_LSLBarroso.pdf: 4224033 bytes, checksum: 28914e1f0c37372018d7dcdd8ea11e18 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-20T15:01:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_Tese_LSLBarroso.pdf: 4224033 bytes, checksum: 28914e1f0c37372018d7dcdd8ea11e18 (MD5) Previous issue date: 2009 / Writing this thesis brings me to memories that memory selects with care. Learn to use them, makes me think about the joy of life with the people Akwẽ. Are Wawẽ (children) and Aikte (children), all that is completed that feeds research to understand the link between oral and experienced knowledge of writing. Thus, I propose to consider a dialogue on the ambiguity of feelings, where the oral indigenous education is the education and practice writing the new challenge that becomes an instrument of defense of the struggles of indigenous peoples. The school education imposed on the people Akwẽ from the beginning in Indian villages in the colonial period in Brazil, are paradigms of a process that lasted for a long time, where the school was an attempt at integration and submission and today the school and allowed assumed by the Akwẽ, part of the process of survival and permanence in the national society. The bilingual education is the path of the schools in the villages while the traditional oral education, represented in cosmology is driven by memory, are small in this new conception of life, where the challenge is to keep the oral tradition and advance the knowledge of school Writing the world, for the people is manifested in the dynamics for maintaining the reserve and cultural identification. The strong and similar feelings regarding the permission of schooling and the introduction of writing are the foundations for understanding the feelings of the people Akwẽ, before the new. Target research to understand that education, based on the traditional oral education, within the universe cosmological Akwẽ the people and the need for new knowledge to do this, enclose the study by selecting three villages, such as space research. Nrozawi, kte ka, and Sakrêpra, which are the old villages and standing in the reserve. The expression of Akwẽ cosmology in everyday life in the villages are built in living naturally, enabling a search that permeates the ethnographic, anthropological and educational, and seeks the knowledge of indigenous thought, his way of seeing the world and the assumptions of what makes the analogy between education and oral traditional bilingual education, multicultural and diverse. The changes resulting from the permitting process of school education, in and out of villages, put new life to the feelings of the people, explained by the Akwẽ cosmology, where there is a category to glimpse the origins of themselves and of everything in the world. The meanings are in action every gesture, the prospect of building new rituals for the enactment of the challenges of inter-ethnic relationship. / Escrever essa tese me leva às lembranças que a memória seleciona com solicitude. Saber usá-las, me faz refletir sobre a alegria de conviver novamente com o povo Akwẽ. São os Wawẽ (velhos) e as Aikte (crianças), tudo que se completa que alimenta a pesquisa para compreender o elo entre a oralidade vivida e o conhecimento da escrita. Assim, me proponho a pensar um diálogo nessa ambiguidade de sentimentos, onde a educação oral indígena se encontra com a educação escolar e a prática da escrita o novo desafio que se transforma em instrumento de defesa das lutas dos povos indígenas. A educação escolar, imposta ao povo Akwẽ, desde o princípio nos aldeamentos indígenas, no período colonial no Brasil, são paradigmas de um processo que se estendeu durante muito tempo, onde a escola foi uma tentativa de integração e submissão e hoje a escola permitida e assumida pelos Akwẽ, parte importante do processo de sobrevivência e permanência na sociedade nacional. A educação escolar bilíngüe encontra os caminhos das escolas nas aldeias enquanto a educação oral tradicional, representada na cosmologia é conduzida pela memória, os pequenos se encontram nessa nova concepção de vida, onde o desafio é manter a tradição oral e avançar no conhecimento da escola, da escrita do mundo, pois o povo se manifesta em sua dinâmica pela manutenção da reserva cultural e da identificação. Os sentimentos análogos e fortes em relação à permissão da escolaridade e à introdução da escrita são premissas para entender os sentimentos do povo Akwẽ, diante do novo. Direcionei a pesquisa para compreender essa educação escolar, partindo da educação oral tradicional, dentro do universo cosmológico do povo Akwẽ e a necessidade dos novos conhecimentos, para isso, delimitei o estudo escolhendo três aldeias, como espaço da pesquisa. Nrozawi, Ktẽ ka kã, e Sakrêpra, que são as aldeias antigas e permanentes na reserva. A manifestação da cosmologia Akwẽ na vida cotidiana das aldeias é construída naturalmente na convivência, o que possibilita uma pesquisa que permeia a etnográfica, antropológica e a educacional, e busca o conhecimento do pensamento indígena, sua forma de olhar o mundo e as premissas do que faz a analogia entre a educação tradicional oral e a educação escolar bilíngüe, multicultural e diferenciada. As mudanças advindas do processo de permissão da educação escolar, dentro e fora das aldeias, impõem novos sentimentos à vida do povo, explicadas pela cosmologia Akwẽ, onde existe uma categoria de vislumbrar as origens de si mesmos e de tudo que existe no mundo. Os significados estão na ação de cada gesto, na perspectiva de construir novos rituais para a atuação diante dos desafios da relação interétnica.
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Uma gramatica do Wapixana (Aruak) : aspectos da fonologia, da morfologia e da sintaxe

Santos, Manoel Gomes dos 22 February 2006 (has links)
Orientador: Angel humberto Corbera Mori / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T17:05:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_ManoelGomesdos_D.pdf: 2336557 bytes, checksum: d334c11c77ad8b655de97dde11f69171 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Esta tese objetiva propor uma análise da língua Wapixana (Aruák), falada pelos Wapixana hoje estimados entre 10 e 11 mil pessoas que vivem na extensão que vai do vale do rio Uraricoera, no Brasil, ao vale do rio Rupununi, na República Cooperativa da Guiana. O estudo envolve aspectos da fonologia, da morfologia e da sintaxe dessa língua e encontra-se estruturado em quatro capítulos. O capítulo 1. Introdução - apresenta aspectos sócio-culturais do povo Wapixana, informações gerais sobre sua língua e explicita o conjunto de procedimentos de pesquisa. O capítulo 2. Fonologia - apresenta o quadro de fonemas, processos fonológicos, a estrutura da sílaba e o padrão acentual do Wapixana no domínio da palavra fonológica. O capítulo 3. Morfologia - aborda classes de palavras (partes do discurso), visando, especialmente, identificar e caracterizar suas categorias constituintes, do ponto de vista de suas propriedades estruturais e funcionais. Finalmente, o capítulo 4. Sintaxe - destina-se ao estudo da sentença wapixana, com destaque especial para a análise da sentença simples / Abstract: The present thesis proposes at analysing the Wapixana language (Aruák), spoken by the Wapixana, whose population is believed to be between 10,000 (ten thousand) and 11,000 (eleven thousand) people living in the extension ofland that goes ftom the valley of the Uraricoera river, in Brazil, to the valley of the Rupununi river, in the Cooperative Republic of Guyana. The study involves aspects of the phonology, the morphology and the syntax of the Wapixana language and is divided in four chapters. Chapter 1. Introduction presents social and cultural aspects of the Wapixana people, general information on its language and explanation about research procedures. Chapter 2. Phonology - presents the grid of phonemes, phonological processes, the structure of the syllable and the stress pattern of the Wapixana language in the domain of the phonological word. Chapter 3. Morphology - deals with classes of words (parts of the speech), especially aiming at identifying and pointing the characteristics of its constituent categories, ftom the point oí view of its structural and functional properties. Finally, chapter 4. Syntax - aims at the study of the Wapixana sentence, with emphasis on the analysis of the simple sentence / Doutorado / Doutor em Linguística
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A invenção do indio e as narrativas orais Tupi / The invention of the indigenous subject and the Tupi oral narratives

Neves, Ivania 14 August 2018 (has links)
Orientador: Wilmar da Rocha D'Angelis / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-14T23:06:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Neves_Ivania_D.pdf: 4388984 bytes, checksum: 8e8c4c7bc040b605ab6122fd653a9f15 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Esta tese está dividida em duas partes complementares. Na primeira parte, o trabalho está voltado para as representações produzidas sobre os índios. Analiso como desde as primeiras representações ocidentais sobre os índios brasileiros, as cartas e as primeiras imagens, o sistema colonial inventou discursivamente um índio genérico, selvagem, antropófago que anda nu e que não produz conhecimento. Na segunda parte, a partir de um trabalho de campo que envolveu cinco grupos Tupi: Tembé, Suruí-Aikewára, Asuriní do Xingu, Mbyá-Guarani de Porto Alegre e de São Miguel das Missões, tomo como materialidades as representações produzidas pelos povos indígenas. Analiso dois grupos de narrativas orais destas sociedades e mostro que entre elas se desenha uma memória discursiva Tupi, marcada por regularidades e dispersões. A análise das narrativas propostas aqui faz uma abordagem discursiva das línguas indígenas. A fundamentação teórica desta tese se fundamenta nos princípios da análise do discurso, mas, por sua natureza interdisciplinar, transita pelos estudos de antropologia, de história cultural e da teoria literária. / Abstract: The invention of the indigenous subject and the Tupi oral narratives. This thesis is divided in two complementary parts. In the first, the work is focused on the representations produced about indigenous subjects. I analyze how, since the first western representations of indigenous people in Brazil, the letters and first images, the colonial system has discursively invented a general indigenous subject, wild, anthropophagous that walks naked; someone who does not produce knowledge. In the second part, based on a field work that involved five groups of the Tupi branch: Tembé, Suruí-Aikewára, Asuriní in Xingu, Mbyá-Guarani at Porto Alegre and São Miguel das Missões, I assume as historical materiality the representations produced by the indigenous people. I analyse two sets of oral narratives of these societies and show that among them there is a sketch of a Tupi discursive memory to be traced, marked with regularities and dispersions. The analysis of narratives makes a discursive approach of indigenous languages. The theoretical basis of this thesis are the principles of discourse analysis, but, by its interdisciplinary nature it transposes to anthropological studies, cultural history and literary theory. / Doutorado / Doutor em Linguística
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Aldeia! Aldeia!: A formação histórica do Grupo Indígena Pitaguary e o Ritual do Toré / Village! Village! - The historical formation of the Pitaguary Indigenous Group and the Toré Ritual

Magalhães, Eloi dos Santos January 2007 (has links)
MAGALHÃES, Eloi dos Santos. Aldeia! Aldeia!: a formação Histórica do Grupo Indígena Pitaguary e o Ritual do Toré. 2007. 204f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2007. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-08-03T13:02:25Z No. of bitstreams: 1 2007_dis_esmagalhaes.pdf: 986292 bytes, checksum: 926091bbd1d13a9112f195a041ce2cd9 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2017-08-04T18:43:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_dis_esmagalhaes.pdf: 986292 bytes, checksum: 926091bbd1d13a9112f195a041ce2cd9 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-04T18:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_dis_esmagalhaes.pdf: 986292 bytes, checksum: 926091bbd1d13a9112f195a041ce2cd9 (MD5) Previous issue date: 2007 / This work of ethnographic orientation has the objective of presenting the historical formation of the indigenous group Pitaguary and the process of reconstruction of the tradition of the ritual of the toré. I tried to show the process of political articulation in the construction of the Pitaguary ethnicity and the resulting cultural mobilization of signs and emblems of ethnic differentiation evidenced in the ritual of the toré. The intention is to reflect on the historical experience of the Pitaguary that culminated in the organization of his toré. Thus, at the same time that it produced the toré as "its tradition", the Pitaguary "gave" more force in the affirmation of the ethnic traditions of the indigenous peoples of Ceará, amplifying the distribution of some particular modality of the ritual in the Northeast. / Este trabalho de orientação etnográfica tem o objetivo de apresentar a formação histórica do grupo indígena Pitaguary e o processo de reconstrução da tradição do ritual do toré. Busquei mostrar o processo de articulação política na construção da etnicidade Pitaguary e a resultante mobilização cultural de sinais e emblemas de diferenciação étnica evidenciados no ritual do toré. O intuito é refletir sobre a experiência histórica dos Pitaguary que culminou na organização de seu toré. Assim, ao mesmo tempo em que produziu o toré como "sua tradição", os Pitaguary "deram" mais força na afirmação das tradições étnicas dos povos indígenas do Ceará, ampliando a distributividade de alguma modalidade particular do ritual no Nordeste.
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Tempos mansos : história, socialidade e transformação no Juruá-Purus indígena

Balestra, Aline Alcarde 03 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia Social, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-05-29T12:22:42Z No. of bitstreams: 1 2013_AlineAlcardeBalestra.pdf: 7706771 bytes, checksum: 32ac571d9d5f0bb3198fcdb24710a59e (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-05-29T13:12:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_AlineAlcardeBalestra.pdf: 7706771 bytes, checksum: 32ac571d9d5f0bb3198fcdb24710a59e (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-29T13:12:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_AlineAlcardeBalestra.pdf: 7706771 bytes, checksum: 32ac571d9d5f0bb3198fcdb24710a59e (MD5) / A presente dissertação analisa concepções de tempo e história dos Kulina (Arawá), Paumari Arawá), Kanamari (Katukina) e Kaxinawá Pano), que habitam a região dos rios Juruá e Purus, no Sudoeste Amazônico, nos estados brasileiros do Acre e Amazonas. Esses grupos indígenas, apesar de falarem línguas de famílias diferentes, fazem parte de um mesmo sistema regional e, ao referirem-se às suas histórias, dividem-nas similarmente em tempos ou eras. Nesta dissertação, realizo uma pesquisa bibliográfica e comparativa sobre esses tempos e mostro como eles podem ser interpretados enquanto definidores de socialidades específicas. Cada uma das eras indígenas define um caráter ou modo particular de vida, que articula características referentes à territorialidade, morfologia social, laços de parentesco, relacionamento com os “outros”, conhecimentos adquiridos, padrão de habitação, corpo, pessoa e cultura material. Assim, o tipo específico de temporalidade indígena aqui analisado aponta para histórias caracterizadas por um forte caráter de ruptura, incompatível com as ideias de cronologia e irreversibilidade que marcam outras noções de tempo. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present dissertation analyses time and history concepts of the Kulina (Arawá), Paumari (Arawá), Kanamari (Katukina) and Kaxinawá (Pano), groups that inhabit the Juruá and Purus rivers’ region, in Southwest Amazonia, in the Brazilian states of Acre and Amazonas. These indigenous peoples, although speaking languages of different language families, are integrated into a regional system and, when referring to their histories, they similarly divide it into times or ages. In this dissertation, I do a comparative bibliographical work focused in these times to show that they can be interpreted as defining specific socialities. Each of these indigenous ages define a particular a life’s character or manner, that rejoins aspects of territoriality, social morphology, kinship bonds, relationship with “others”, acquired knowledge, habitation patterns, body, person and material culture. Thus, the kind of indigenous temporality analyzed here points to histories marked by a strong feature of disjunction, that is incompatible with ideas of chronology and irreversibility that characterize other notions of time.
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O forte do Iguatemi : atalaia do imperio colonial e trincheira da memoria dos indios Kaiowa da Paraguassu

Santos, Ana Maria do Perpetuo Socorro dos 19 March 2002 (has links)
Orientador: Hector H. Bruit Cabrera / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-01T15:40:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_AnaMariadoPerpetuoSocorrodos_M.pdf: 9368983 bytes, checksum: 2cb27ba8bff24ddf9e710c943023d615 (MD5) Previous issue date: 2002 / Resumo: Os Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do .Sul. em seu involuntário relacionamento com a sociedade nacional, passaram por diferentes situações históricas. Do início da conquista européia até o século XX esta população indígena esteve sempre em situações de conflito com as potências européias, Jesuítas, Bandeirantes, Guerra do Paraguai, Cia. Mate Laranjeira e nos dias de hoje enfrentam novas frentes de expansão capitalista. A sociedade Kaiowá enquanto sociedade que procura sobreviver mesmo em desvantagem em relação à sociedade nacional extrai de seu imaginário social a força que necessitam para continuar existindo e projetando seu futuro. Para tanto, pretendemos levantar questões sobre a história vivida (memória coletiva) sobre o Forte do Iguatemi pela comunidade Kaiowá da aldeia Paraguassu e relacioná-Ia com a história construída (produção historiográfica). A lembrança do Forte é um elemento integrador da identidade étnica e adquire um significado político uma vez que atesta a imemorialidade na ocupação do território por este grupo, referendando a letimidade atual da ocupação da terra. A lembrança do Forte toma-se uma representação coletiva deste grupo / Abstract: The Guarani-Kaiowá group from Mato Grosso do Sul in their relationship with white society went through different historical processes. From the period of conquest they have been leading with conflicting situations. Nowadays they have to deal with capitalistic interests as far as their land is concerned. This community has tried to survive in their daily experiences with white society, and for this they elaborate mecanisms of resistence through their social imagination. This work tries to connect their living experience to history production. The rememberance of a Portuguese colonial Fortress became a collective representation for the group; symbol of land struggle / Mestrado / Mestre em História
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As metamorfoses do nome : história, política e recombinações identitárias entre os Tupi Guarani /

Bertapeli, Vladimir. January 2015 (has links)
Orientador: Paulo José Brando Santilli / Banca: Renata Medeiros Paolliello / Banca: Maria Inês Ladeira / Resumo: O estudo que segue versa sobre o etnônimo Tupi Guarani e sua constituição por um grupo étnico homônimo que forma a aldeia Tabaçu Rekó Ypy, localizada na Terra Indígena Piaçaguera, no litoral do Estado de São Paulo. Conforme as informações obtidas em campo, estes indígenas alegam que sua identidade está embasada na "mistura", ou seja, nos casamentos que foram se realizando ao longo do tempo pelos seus antepassados Tupi e Guarani. As fontes históricas e antropológicas consultadas confirmam que as relações entre os remanescentes dos grupos Tupi - que habitavam os antigos aldeamentos do São João Batista de Peruíbe, Itariri e seus arredores, respectivamente localizados no litoral paulista e Vale do Ribeira - e os Guarani - Apapocúva, Tañyguá e Oguauíva -começaram após a chegada destes últimos nas décadas finais do século XIX e início do XX. A história ainda evidencia que os antepassados dos Tupi Guarani receberam várias designações ao longo da história. Assim, eles foram chamados de "índios civilizados", "mansos", "aldeados", "Carijó", "aculturados", etc. Logo, esses termos contrastavam com aqueles atribuídos aos Tapuia, que foram apelidados de "selvagens", "bravos", "botocudos" e "autênticos". Consta nas fontes históricas que estas denominações serviram tanto para o estabelecimento de alianças entre indígenas e não indígenas como também convieram para engendrar conflitos. Ademais, estes termos contribuíram para a condução de uma legislação indigenista que oscilava entre a amenidade e a repressão. De mais a mais, pesquisadores e demais autoridades consideravam que os descendentes dos Tupi e Guarani que viviam pelas matas ou nos arredores das cidades litorâneas e pelo interior de São Paulo não passavam de fragmentos ou arremedos dos antigos nativos que habitavam a costa. Logo, isto trouxe para tais povos uma série de problemas, tanto políticos... / Abstract: The study that follows is about the ethnonym Tupi Guarani and its constitution by an eponymous ethnic group that forms the "aldeia Tabacu Reko Ypy", located in the "Terra Indígena Piaçaguera", in the São Paulo state coast. According to the information obtained in the field, these natives claim that their identity is grounded in the "mistura", ie in marriages that have been taking place over time for their Tupi and Guarani ancestors. The consulted historical and anthropological sources confirm that relations between the remnants of the Tupi groups - who inhabited the ancient "aldeamento São João Baptista de Peruibe", "Itariri" and its surroundings, respectively located on the coast and Vale do Ribeira - and Guarani - Apapocúva, Tañyguá and Oguauíva - began in the late nineteenth century and early twentieth. The story also shows that the ancestors of Tupi Guarani had various names throughout history. Thus, they were called "índios civilizados", "mansos", "aldeados", "Carijó", "aculturados", etc. Thus, these terms contrasted with those assigned to Tapuia, which were also dubbed "selvagens", "bravos", "botocudos" and "autênticos". The story also points out that these designations also served both to establish alliances between indigenous and non-indigenous but also served to engender conflict. Moreover, these terms contributed to the conduct of an indigenous law that ranged from the amenity and repression. Moreover, researchers and other authorities considered that the descendants of the Tupi and Guarani who lived in the woods or around the coastal cities and the countryside of São Paulo were just fragments or imitations of ancient natives who inhabited the coast. So this brought to such people a lot of problems, both political and social. Thus, this research deals with this historical process, political and social constitution of the ethnonym Tupi Guarani. We will ... / Mestre
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Territórios, multiterritorialidades e memórias dos povos Guarani e Kaiowá : diferenças geográficas e as lutas pela Des-colonização na Reserva Indígena e nos acampamentos-tekoha - Dourados/MS /

Mota, Juliana Grasiéli Bueno. January 2015 (has links)
Orientador: Clifford Andrew Welch / Coorientador: Levi Marques Pereira / Banca: Francisco Luciano Concheiro Bórquez / Banca: Bernardo Mançano Fernandes / Banca: Jones Dari Goettert / Banca: Nécio Turra Neto / Resumo: Esta tese teve como objetivo central compreender e demonstrar as diferenças geográficas entre a Reserva Indígena de Dourados e acampamentos-tekoha, no município de Dourados/Mato Grosso do Sul. Através da abordagem conceitual de território, dialogamos com as categorias nativas dos povos Guarani e Kaiowá - tekoha e tekoha guasu - que denotam o antes e o depois do (des)encontro com os karaí - os "brancos". Para isso, analisamos o impacto do colonialismo nas relações interétnicas tanto dentro da Reserva, criada pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), cuja política indigenista era pautada em civilizar os índios, quanto fora dela, nos acampamentos-tekoha Apika'y, Pacurity, Ñu Porã, Ñu Verã e Boqueron, os quais se constituíram por meio das lutas pela descolonização que se efetivam nas estratégias para a retomada de seus territórios étnicos ancestrais, lutas que exprimem a rebeldia desses povos à condição de Reserva. Defendemos que as diferenças geográficas entre esses territórios não surgem apenas pelas feições materiais do espaço geográfico, mas, sobretudo, pelas diferenças sempre complexas presentes nos processos des-reterritorialização - a multiterritorialidade -, de construção e destruição de territórios, nas conexões e desconexões que perpassam as tramas étnico-identitárias, as narrativas, as memórias, as estratégias cotidianas de resistências. Em síntese, na Reserva as práticas socioespaciais são decorrentes, preponderantemente, do conjunto de ações impostas pelo Estado brasileiro por meio de seus projetos colonialistas, sobretudo, a partir das décadas finais do século XIX. Os acampamentos-tekoha, no entanto, apresentam a tentativa de reconstrução e afirmação étnico-identitárias... / Nhemombyky: Koa arandu kuaa ijyvateva jehexauka py, oikuaa se ru'ã rupi ha oxuka porã raguã te'yi kaiowa tekoha há tekoha omohenda akue ojoavyha vyv mab'e kuaa ijapopy omojoja ramo ko tekoha Dourados py Mato Grosso do Sul. Koa rupi ikatu ojekuaa porã tekoha guasu, oronhomongetata ikatu ete heixa ambojojata ahexauka raguã Kaiowá há Guarani reko ha mba'eixapa araka'e jeiko tekoha guasu rupi ymãve anhete hapy, há upeagui rire ave amombe'uta ojehu akue upe ambue karaí guery oguãhe ramõguare te'yi pype. Upeagui rekopiare, ajehesa mondo mboypy porã tembiapo kue rehe mba'eixapa araka'e jeiko ojokuaa ypyramo ha ombojehu araka'e upe yvy ombojara há omohenda haguepy umĩ mboruvixa (SPI). Mboruvixa kuery omboguata kuahava teko arandu katupyry va'e umĩ avare nhangarekova, oguerova ete se te'iy gueko kuery rupi, upea jehekyi kuevy, ojehu tekoha Apika'y, Pacurity, Ñu Porã, Ñu Verã e Boqueron, te'yi Kaiowá há Guarani onhomboaty há ojevy upe tekoha myamyrĩ oiko hague hague rupi nhorairõ py jeho ha jeiko, há uperupi mantearã ogueru jevy haguã otekoha, nhorairõ há ndomboente veima mba'eve onhemohenda ejehe guitema. Ahepy katu tekoha ipotapyva, umĩ ombyja'ova omojoavyva te'y tekoha ojoheguy, te'iy oikuaa otekoha upepy ojevy otekoha guepy ndaha'ei iporã opa mba'e rupi rei, há ambue karai katu temimo'ã inharanduha rupi oiko ajapo reta mba'e rei, omonhemoĩ teko marandi hetave tave oguerahavy, oipei'a te'iy gui ha ombyja'o já'o tekoha guasu ogueroje'oivy ojoupe, ojapo há ombyai pa opa mba'e vaipy tekoha guasu, upeixa ore guereko, omojoaju há ore mojera ore mokunu'ũ ojokuapa ore hegui ore te'iy reko tee... / Resumen: Esta tesis tuvo como objetivo central comprender y demostrar las diferencias geográficas entre la Reserva Indígena de Dourados y los campamentos-tekoha, en el municipio de Dourados/Mato Grosso do Sul. A través del abordaje conceptual de territorio, dialogamos con las categorías nativas de los pueblos Guarani y Kaiowá - tekoha e tekoha guasu - que denotan el antes y el después del (des)encuentro con los karaí - los "blancos". Para ello, analizamos el impacto del colonialismo en las relaciones interétnicas tanto dentro de la Reserva, creada por el Servicio de Protección al Indio (SPI), cuya política indigenista fue orientada a civilizar a los indios, así como fuera de ella, en los campamentos-tekoha Apika'y, Pacurity, Ñu Porã, Ñu Verã e Boqueron. Estos últimos se constituyeron por medio de las luchas por la descolonización que se efectivaron en las estrategias para la retoma de sus territorios étnicos ancestrales, luchas que expresan la rebeldía de esos pueblos a la condición de Reserva. Defendemos que las diferencias geográficas entre esos territorios no surgen solo por las características materiales del espacio geográfico, sino, sobre todo, por las diferencias siempre complejas presentes en los procesos de des-reterritorialización, - la multiterritorialidad -, de construcción y destrucción de territorios, en las conexiones y desconexiones que sobrepasan las tramas étnico-identitarias, las narrativas, las memorias, las estrategias cotidianas de resistencias. En síntesis, en la Reserva las prácticas socioespaciales son derivadas, preponderantemente, del conjunto de acciones impuestas por el Estado brasilero por medio de sus proyectos colonialistas, sobretodo, a partir de las décadas finales del siglo XIX... / The central objective of this study is to describe and explain the geographical differences between the Indian Reservation and encampments-tekoha that have recently been established in the municipality of Dourados in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Through a conceptual approach to territory, the study dialogues with the categories of native Guarani and Kaiowá people, with tekoha and tekoha guasu - native terms that denote the periods before and after the dis/encounter with the karaí - the "white." The concept of decolonization is used to analyze the lingering impact of colonialism on interethnic relations in both these spaces. Founded in 1917 by Brazil's Indian Protection Service, the reserve long operated under a policy of assimilation through "civilization." In the last several years, indigenous people have fought to create their own territories, initially in the form of land occupations - in nearby camps, variously denominated as tekoha Apika'y, Pacurity, Ñu Porã, Ñu Verã and Boqueron. While the reserve consolidates colonialism, the tekoha geographically represent the struggle for decolonization taking place today in actions meant to recover ancestral territories. The tekoha movement expresses a rebellion against colonial reserve status, as well as the agrarian capitalism paradigm that predetermines rural land usage for crops rather than communities. We argue that the geographical differences between these territories arise not only from the material differences of the two spaces, but above all from complex immaterial differences. These include differences in perceptions of processes of geographical des/repossession - the multi-territoriality - of territorial construction and destruction, on the connections and disconnections... / Doutor
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Paisagem e território de resistência : as frentes de expansão econômica e a cultura Xavante /

Oliveira, Renan Andreosi Salles de. January 2017 (has links)
Orientador: Luciene Cristina Risso / Banca: Bernadete Aparecida Caprioglio de Castro / Banca: Paulo Fernando Cirino Mourão / Resumo: A presente dissertação tem por objetivo identificar e refletir sobre as estratégias socioculturais que permitiram aos índios Xavante, depois de séculos de espoliação cultural e territorial, o desenvolvimento de diferentes mecanismos adaptativos que garantiram sua reprodução. A tentativa aqui é de mostrar que essas estratégias e mecanismos socioculturais foram decisivos não só na manutenção de parte de seu território, mas também na manutenção de sua coesão social e relativa autonomia cultural. Outrossim, pretende-se como objetivo específico dessa dissertação, identificar quais dessas mudanças culturais são perceptíveis na paisagem, de forma a se buscar uma compreensão mais profunda sobre os mecanismos de apropriação desenvolvidos por esse povo na interface com a sociedade nacional contemporânea. A metodologia proposta para galgar tais objetivos, estrutura-se em extensos levantamentos bibliográficos multidisciplinares, que possam viabilizar, entre outras coisas: a construção concisa da historiografia Xavante, permitir o real entendimento da variação da organização social desse povo ao longo do contato com a sociedade nacional e, igualmente, auxiliar na construção de um aparato teórico capaz de alicerçar a dissertação desejada e sustentar os argumentos utilizados. Outros procedimentos relevantes aos objetivos pretendidos são as entrevistas e observações em campo, que, ao produzirem dados primários, podem revelar detalhes e oferecer diferentes nuances sobre dinâmicas sociocultura... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The present dissertation has the objective of identifying and reflecting upon the sociocultural strategies that allowed the Xavante indians, after centuries of cultural and territory spoliation, the development of different adaptative mechanisms which guaranteed their reproduction. Here, the attempt is to show that those sociocultural strategies and mechanisms were decisive not only for the maintenance of part of its territory, as well as the maintenance of its social cohesion and relative cultural autonomy. On the other hand, as a specific objective of this dissertation, one intends to identify which of those cultural changes are perceived in the landscape, in order to seek a deeper comprehension of the appropriation mechanisms developed by those people in the interface with the national contemporary society. The proposed methodology to reach said objectives has been built up upon extensive multidisciplinary bibliographical surveys that might make feasible, among other things: the concise construction of the Xavante historiography, allow for the actual understanding of the social organization variation of those people during the interaction with the national society, and equally support the construction of a theoretical apparatus capable of laying the foundation for the desired dissertation and sustaining the employed arguments. Other procedures relevant to the intended objectives are the interviews and field observations that, upon producing primary data, may reveal details... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Tekoá Mirim : terra indígena Mbyá Guarani /

Martins, Fábio do Espírito Santo. January 2015 (has links)
Orientador: Paulo José Brando Santilli / Banca: Renata Medeiros Paoliello / Banca: Maria Inês Ladeira / Resumo: Pretende-se neste trabalho, dar visibilidade às motivações sociocosmológicas, culturais, portanto, que justificam a dinâmica de deslocamento e ocupação espacial de um grupo Mbyá Guarani, além de problematizar os processos etnohistóricos que justificam a autenticidade quanto à ocupação que concretizaram do território em questão, ou seja, da Terra Indígena Tekoá Mirim. Desta maneira, as reflexões contidas nesta dissertação irão se referir, às análises executadas sobre o fato de que os Mbyá Guarani ao estabelecerem a Tekoá Mirim, o fizeram em execução plena de consonância com a sua mitologia/cosmologia e com a sua práxis cotidiana, que de maneira dialógica, derivada das relações estabelecidas com a sociedade envolvente. Também se verificará a atuação das instâncias do Estado diante desta situação, podendo ser constatado, que a legislação que a norteia, padece de uma profunda e ininteligível contradição, em relação ao que diz respeito à garantia dos direitos dos povos indígenas no Brasil, sobretudo, quando definem as questões relacionadas às TIs, e a posse das mesmas pelos respectivos povos que milenarmente as utilizam. Nesse sentido, portanto, pode ser revelado que no decorrer dos séculos, as relações de contato pouco mudaram, fruto da recusa em se admitir que povos com outras visões de mundo, de espaço e de tempo e com outros costumes e tradições possam coexistir em espaços compreendidos e classificados de maneiras diferentes em relação àquelas padronizadas pela sociedade envolvente / Abstract: It is intended in this work, give visibility to the socio-cosmological, cultural motivations, thus justifying the dynamics of displacement and spatial occupation of a Mbyá Guarani group, in addition to questioning the etnohistóricos processes that justify the authenticity as the occupation realized that the territory in question ie the Indigenous Land Tekoá Mirim. In this way, the reflections contained in this paper will refer, the analyzes performed on the fact that the Mbyá Guarani to establish the Tekoá Mirim, did so in full implementation of line with its mythology / cosmology and its everyday practice, which dialogically derived of relations with the surrounding society. Also check the performance of state institutions to this situation, which can be found, that the legislation that guides suffers from a deep and incomprehensible contradiction, as to what concerns the guarantee of the rights of indigenous peoples in Brazil, above all, when defining the issues related to IT, and the possession thereof by the respective people who use the millennia. In this sense, therefore, it can be revealed that over the centuries, the contact relationships have changed little, the result in refusal to admit that people with other worldviews, space and time and other customs and traditions can coexist in space understood and classified in different ways compared to those standardized by the surrounding society / Mestre

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