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Agroecologia com o potencial para recuperação de áreas degradadas em comunidades rurais de nascentes do Rio PajeúMedeiros, Samara Thaisa Alves de 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A agroecologia é uma ciência emergente, apesar de sua lógica ter raízes na antiguidade. Ela vem desenvolvendo um modo de produção contrário ao agronegócio, e de implementação segura e eficiente na agricultura familiar de regiões bem diversas. Sendo alvo de muitas discussões, recentemente alvo de uma política pública. Frente a isso, é necessário aumentar o corpo de argumentos baseados nos estudos de casos reais, demonstrando como promove o desenvolvimento sustentável. O presente trabalho pretende discutir práticas de agricultura ocorridos no semiárido do Pajeú, Pernambuco, e como a agroecologia aparece mudando para melhor a vida das pessoas no sertão, uma região que historicamente desvalorizada para agricultura (em comparação a outras regiões do Brasil) pelos solos rasos e pedregosos, altas temperaturas e poucas chuvas concentradas. Para isso, foi feita pesquisa bibliográfica e um estudo de campo entre 2012 e 2013, focando nas comunidades das regiões de nascentes do rio Pajeú, no norte do estado. Utilizou-se a estratégia de discutir os conceitos ecológicos contextualizados com as práticas para o melhor entendimento. Foi concluído que ainda falta muita infraestrutura para um convívio ótimo com o semiárido, mas que os meios existem. Viu-se que a prática agroecológica ajuda na manutenção das fontes de água e no aumento da resiliência do ambiente e das populações que convivem com ele, promovendo maior segurança alimentar e saúde.
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Reconhecimento étnico e políticas públicas de desenvolvimento agrário o caso dos agricultores quilombolas da comunidade do Timbó em PernambucoSILVA JÚNIOR, José Alfredo da 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Entender as formas de articulação entre atores sociais no processo de identificação e
reconhecimento de comunidades quilombolas, bem como relacionar este processo com a
aplicação de políticas públicas em uma comunidade negra rural de Pernambuco, compreende
o principal foco analítico deste trabalho. A partir deste objetivo, será aqui apresentado um
estudo reflexivo sobre a perspectiva conceitual das categorias de camponês e agricultor
familiar, trabalhadas pela sociologia rural, na sua relação com o conceito antropológico de
comunidade quilombola. Buscarei identificar como estes conceitos e categorias estão sendo
incorporados pelas atuais políticas de desenvolvimento rural no país, e quais as conseqüências
oriundas da implementação destas políticas para com o grupo étnico em questão. Neste
sentido, foi possível identificar que muitas famílias de agricultores quilombolas passam a
assumir estrategicamente identidades diferenciadas para conseguir acessar determinadas
políticas governamentais, em um contexto no qual o debate conceitual que permeia a
definição de camponês e agricultor familiar demonstra ser travado num forte campo de
disputas ideológicas. Transportando esta discussão para o campo prático das relações
pesquisadas, defende-se o pressuposto de que a conquista de direitos, na forma de políticas
públicas, não é determinada somente pela legitimidade da identidade étnica do grupo, mas sim
pelo nível de atuação e articulação que as lideranças e agricultores quilombolas adotam perante a
própria política governamental
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Práticas agrícolas e degradação ambiental : um estudo para o caso da agricultura familiar no nordeste do BrasilDUARTE, Gisléia Benini 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho teve como objetivo geral identificar os fatores que influenciam a
adoção de tecnologias preservacionistas do ponto de vista ambiental, pelos agricultores
familiares do Nordeste do Brasil. Para isto foram utilizados dois modelos empíricos
(regressão logística e Beta). No primeiro modelo, as práticas ambientais são analisadas
separadamente, através da estimação de seis regressões. No segundo modelo as práticas
agrícolas foram utilizadas para a construção de um índice de preservação ambiental, o
qual foi utilizado como variável dependente na regressão Beta. O conjunto de variáveis
independentes que foram utilizados na investigação, envolve a renda e os ativos da
família. Desses ativos mais especificamente considerou-se o capital humano, social,
físico e características da família. As evidências indicam que o capital humanoescolaridade
do chefe da família e a experiência do trabalho, contribui positivamente
para a adoção de técnicas de produção sustentáveis. A de se destacar também o papel do
gênero e presença de serviços de assistência técnica rural na adoção de práticas
sustentáveis
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A herança familiar e sua relação com a agricultura orgânica: uma análise dos camponeses ligados ao SERTA, PernambucanoSOUZA, Ana Elizabete Vila Nova de 03 March 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-07-30T20:31:43Z
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Previous issue date: 2017-03-03 / FACEPE / Neste estudo foi analisada a herança familiar dos camponeses de agricultura orgânica ligados a associação Ama Terra, Gravatá – PE. Estudou-se também a influência dos sistemas alternativos na vida dos agricultores e na manutenção de suas dinâmicas em família, como também na passagem da tradição familiar. A pesquisa foi realizada de forma qualitativa com utilização de formulários, entrevistas semiestruturadas e oficinas para desenvolver a linha do tempo e o mapa da comunidade de São Severino, Gravatá-PE. Com essa estratégia foi possível fazer uma análise do cotidiano das famílias desses camponeses. Foi percebida a presença de agricultores de várias faixas etárias ligados às atividades relacionadas à Ama Terra em trabalho conjunto com o Serviço de Tecnologia Alternativa – SERTA. Além disso, foi observado que existe uma relação profunda desses agricultores com a prática da agricultura familiar orgânica, tradição camponesa e sua manutenção. Os resultados obtidos foram indicativos de que a herança da tradição camponesa está presente na comunidade de São Severino e se mantém viva por meio dos elementos ligados aos valores terra, família, agricultura e as suas representações simbólicas. Esta herança passa de geração a geração através dos conhecimentos, dos saberes locais, das vivências no campo e por meio da relação afetiva dos camponeses com a natureza e com esse território. / The legacy of the farmers' tradition of organic agriculture linked to the association Ama Terra, Gravatá - PE was analyzed. It was also studied the influence of alternative systems on farmers and on the maintenance of their dynamics in family, as well as on the transmission of family tradition. The research was carried out in a qualitative way using forms, semi-structured interviews, and workshops to develop the time line and the community map of São Severino, Gravatá-PE. With this strategy it was possible to make an analysis of the daily life of the families of these farmers. It was noticed the presence of farmers of the various age groups linked to Ama Terra and the Service of Alternative Technology - SERTA. Moreover, it was observed that there is a deep relationship among the organic family farming mode, the peasant tradition and its maintenance. The results obtained were indicative that the inheritance of the peasant tradition is present in the community of San Severino and is kept alive through the elements linked to the values land, family, agriculture and their symbolic representations. This heritage passes from generation to generation through general knowledge, local knowledge, experiences in the countryside and through the relationship of affection of peasants with nature and with that territory.
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Familia y trabajo : los territorios de la agricultura familiar : Colonia La Suiza, partido de Lobería : (1976-2015)Aranguren, Cecilia Inés 18 February 2021 (has links)
Aunque signada por profundos procesos de cambio, la agricultura familiar en la
ruralidad argentina, configura en el presente un sujeto relevante en las tramas
productivas y comunitarias. Esta tesis hace foco en los procesos constitutivos de los
territorios de la agricultura familiar a partir del estudio de las formas de persistencia de
cuarenta familias productoras del partido de Lobería (sudeste la provincia de Buenos
Aires-Argentina) con especial interés en la Colonia La Suiza fundada en 1952. Hemos
analizado cómo las familias han persistido, cuáles han sido sus principales estrategias
de reproducción y qué implicancias asumen sus prácticas en el devenir de los territorios.
Nos preguntamos: ¿qué territorios construye la agricultura familiar?, ¿cuáles han sido
sus procesos constitutivos?, ¿cuáles sus formas y contenidos?, ¿qué características
adquieren sus rugosidades y qué implicancias han tenido en las prácticas?
El desarrollo de esta indagación implicó la construcción de una configuración teórica
que integró aportes conceptuales de la teoría crítica del espacio geográfico, de las
filosofías de la diferencia, y del estructural constructivismo. El abordaje adoptó una
perspectiva histórica, a través del análisis de las trayectorias familiares, reconstruidas a
partir de relatos de vida, recuperando sus formas narrativas, sus polifonías y puntos de
clivaje. En el devenir del análisis de los procesos constitutivos de los territorios de la
agricultura familiar, identificamos cuatro nudos problemáticos: las transformaciones en
la familia y el trabajo, el particular lugar que ocupan las mujeres en la agricultura
familiar, y la trama de la identidad en los arreglos familiares y la herencia.
La perspectiva metodológica adoptada fue de tipo cualitativa e interpretativa.
Trabajamos con el método biográfico, en particular con uno de sus registros narrativos:
los relatos de vida. Procuramos develar las formas diversas en que las vidas se narran,
enfatizando en la producción dialógica de sentidos y en las polifonías. El ajuste teóricometodológico
fue un movimiento continuo en el proceso investigativo. Si bien la
evidencia empírica fue construida con metodologías cualitativas, y prima la
interpretación como enfoque, también nos hemos valido de otras técnicas que nos
permitieron trabajar con un número importante de dimensiones de análisis.
En tanto consideramos al territorio como entramado de relaciones de poder, resultó ineludible hacer foco en los procesos constitutivos de los sujetos, y en tanto que toda
práctica se constituye en el campo discursivo, es que afirmamos que el territorio también
se vuelve un relato. Los estudios agrarios del presente vuelven sobre la noción del
desierto, metáfora aplicada a fines del siglo XIX para identificar el territorio pampeanopatagónico
y chaqueño conquistado, invisibilizando la territorialidad pre-existente de
comunidades indígenas o campesinas. En la actualidad, la denominación desierto verde
referencia al producto de aquella revolución que diseñó un modelo de agricultura
empresarial y especializada que desplazó sujetos, así como simplificó y homogeneizó los
sistemas productivos. Sin embargo, este modelo de agricultura, que diseña procesos de
desterritorialización y por lo tanto de reterritorialización, procuró también la constitución
de sujetos integrados o incluidos, para el despliegue de diversos mecanismos de control
territorial en varias dimensiones: tecnológicas, culturales y sociales. Así como no hay un
final para la familia como ilusión bien fundada, sino procesos de cambio en su fisonomía
y figuraciones, se advierte que el fin de la agricultura familiar y la vida rural, tampoco
revierten tanta evidencia.
Si bien asumen claridad los procesos de un modelo agrario que diseña una agricultura
con concentración del capital, reducción del número de explotaciones agropecuarias, y
despoblamiento rural, observamos que las familias estudiadas han construido
estrategias con un final abierto para las nuevas generaciones. Ciertamente no podemos
afirmar con certeza aseveraciones que indiquen un final insoslayable, nos inclinamos a
pensar en procesos de transformación con continuos, discontinuos, así como diversas
densidades. El territorio de la agricultura familiar se encuentra en disputa. Quienes se
han integrado al nuevo modelo agrario, no solo tensionan la categoría, sino que
traccionan un proceso de desterritorialización signado por procesos de dependencias,
generación de incapacidades en tanto desterritorialización de saberes, y reproducción de
un discurso homogeneizante (Giraldo, 2018).
¿Cómo construir un sujeto de la agricultura familiar capaz de diseñar sus reglas
propias en el marco de un modelo que augure su propia constitución? La agricultura
familiar como sujeto político disputa sentido en un territorio que es la expresión
hegemónica de un proyecto ideológico, ¿qué papel juega este sujeto en la disputa? Este
interrogante interpela no solo a una teoría de la acción, sino al campo de la discursividad. La potencia de la idea de lo antagónico se halla en la posibilidad de abrir nuestra
reflexión hacia el modelo agrario propuesto/impuesto por la revolución verde y su
sostenibilidad ciertamente imposible, que insiste en la construcción de un territorio
escindido. Sin embargo, son los propios sujetos de la agricultura familiar los que disputan
un lugar en el modelo que augura su propio desplazamiento en términos de
permanencia y sustentabilidad. Las familias productoras muestran conciencia plena de
las consecuencias derivadas del modelo: despoblamiento, pérdida de autonomía en las
decisiones, degradación de los bienes naturales comunes, pérdidas económicas, riesgos
de salida de la producción. Mas no hay percepción plena de las posibilidades de cambio
de modelo y ciertamente es muy potente la idea de imposibilidad como recodificación
lograda por el modelo hegemónico. Así el sujeto de la agricultura familiar logra sintetizar
la disputa.
Tensionar las lógicas de un modelo excluyente implicará el diseño de políticas
integrales que auguren la sustentabilidad en todas sus dimensiones, así como en
términos distributivos y en la propia constitución del sujeto. La discusión del modelo
agrario no debería girar sólo alrededor de cuestiones técnicas u oposiciones restrictivas.
No se trata solo del diseño de buenas prácticas en la agricultura, o producir sin
agroquímicos, o mucho menos propuestas antiéticas como compensar los daños
generados en los bienes naturales comunes. La discusión del modelo agrario constituye
una discusión política, filosófica, y de género y por lo tanto en disputa. / Although marked by deep processes of change, family agriculture in rural Argentina
configures in the present a relevant subject in the productive and community
networks. This thesis focuses on the constitutive processes of the territories of family
agriculture based on the study of the forms of persistence of forty producer families
of the Lobería party (southeast of the province of Buenos Aires-Argentina) with
special interest in the Colonia La Suiza founded in 1952. We have analyzed how
families have persisted, what their main reproduction strategies have been and what
implications their practices assume in the future of the territories. We ask
ourselves: ¿ q HAT territoriesDoes family farming work? What have been its
constitutive processes? What are its forms and contents? What characteristics do its
roughnesses acquire and what implications have they had on practices?
The development of this inquiry implied the construction of a theoretical
configuration that integrated conceptual contributions from the critical theory of
geographic space, the philosophies of difference, and structural constructivism . The
approach adopted a historical perspective, through the analysis of family trajectories
reconstructed from life stories, recovering its narrative forms, its polyphony
and p daubs cleavage . In the future of the analysis of the constitutive processes of
the territories of family farming , we identified four problematic
nodes: transformations in the family and work, the particular place that women
occupy in family farming, and the fabric of identity in family arrangements and
inheritance.
The methodological perspective adopted was qualitative and interpretive. We
work with the biographical method , in particular with one of its narrative
registers: the life stories. We try to reveal the diverse ways in which lives are
narrated, emphasizing the dialogic production of meanings and polyphonies. E l
theoretical methodological adjustment was a continuous movement in the research
process. Although the empirical evidence was built with qualitative methodologies,
and interpretation prevails as an approach, we have also used other techniques that
allowed us to work with a significant number of analysis dimensions. As long as we consider the territory as a network of power relations, it was
unavoidable to focus on the constitutive processes of the subjects, and as all practice
is constituted in the discursive field , we affirm that the territory also becomes a
story. The agrarian studies of the present return to the notion of the desert, a
metaphor applied at the end of the 19th century to identify the conquered Pampean-
Patagonian and Chaco territory , making invisible the pre-existing territoriality of
indigenous or peasant communities. At present, the term green desert reference to
the product of that revolution that designed a model of agriculture entrepreneur l
and specialized subjects which displaced and simplified and homogene i nization
production systems . However, this model of agriculture, which designs processes
of deterritorialization and therefore reterritorialization , also sought the constitution
of integrated or included subjects, for the deployment of various mechanisms of
territorial control in various dimensions: technological, cultural and social. Just as
there is no end to the family as a well-founded illusion , but rather processes of change
in its physiognomy and figurations, it is noted that the end of family farming and
rural life does not reverse so much evidence either.
Although the processes of an agrarian model that designs an agriculture
with concentration of capital, reduction of the number of agricultural holdings, and
rural depopulation clearly assume , we observe that the studied families have built
strategies with an open end for the new generations. Certainly we cannot affirm with
certainty assertions that indicate an unavoidable end, we are inclined to think of
transformation processes with continuous, discontinuous, as well as different
densities. The territory of family farming is in dispute. Those who have joined the
new agricultural model, not only stressed the category, but traccionan a PR ocess
of deterritorialisation marked by processes of dependency, disability generation
as deterritorialisation of knowledge, and reproduction of a speech homogenizing .
How to construct a subject of family farming capable of designing its own rules
within the framework of a model that augurs its own constitution? Family farming
as a political subject disputes meaning in a territory that is the hegemonic expression
of an ideological project. What role does this subject play in the dispute? This
question questions not only a theory of action, but the field of discursivity . The power of the idea of antagonism is found in the possibility of opening our reflection
towards the agrarian model proposed / imposed by the green revolution and its
certainly impossible sustainability, which insists on the construction of a divided
territory . However, it is the subjects of family farming themselves who dispute a
place in the model that predicts their own displacement in terms of permanence and
sustainability. Producing families show full awareness of the consequences derived
from the model: depopulation, loss of autonomy in decisions, degradation of
common natural assets, economic losses, risks of leaving production. But there is no
full perception of the possibilities of changing the model and the idea
of impossibility as recoding achieved by the hegemonic model is certainly very
powerful . Thus the subject of family agriculture succeeds in synthesizing the
dispute.
Tensioning the logics of an exclusive model will imply the design of
comprehensive policies that augur sustainability in all its dimensions, as well as in
terms of distribution and in the constitution of the subject itself. The discussion of
the agrarian model should not revolve only around technical issues or restrictive
oppositions. It is not only about the design of good practices in agriculture, or
producing without agrochemicals, or much less unethical proposals such
as compensating for the damage generated in common natural assets. The discussion
of the agrarian model constitutes a political, philosophical, and
gender discussion and therefore in dispute.
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Desenvolvimento territorial e alimentação escolar : estudo comparativo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Dracena e Regente Feijó (SP) /Colnago, Ellen Tamires Pedriali. January 2018 (has links)
Orientador: Rosangela Aparecida de Medeiros Hespanhol / Banca: Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani / Banca: Eduardo Paulon Girardi / Resumo: A pesquisa tem como objetivo principal compreender o funcionamento e a gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nos municípios de Dracena e Regente Feijó, localizados no Estado de São Paulo, Brasil, a partir de um estudo comparativo que identifica a constituição dos arranjos institucionais necessários para a sua execução. Para alcançar o objetivo proposto foram adotados como procedimentos metodológicos: revisão bibliográfica, coleta de dados em fontes secundárias e trabalhos de campo nos municípios selecionados, com a realização de entrevistas com atores e sujeitos sociais fundamentais para a formação dos arranjos institucionais. O PNAE, a partir de 2009, com a promulgação da Lei nº 11.947, estabeleceu que, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) aos municípios, estados e Distrito Federal, deveriam ser utilizados para a aquisição de produtos da agricultura familiar. Com a promulgação dessa lei, se criou um mercado institucional para os produtos dos agricultores familiares, o que trouxe do ponto de vista da execução do PNAE na escala municipal, a necessidade de articulação dos atores sociais para implementá-lo de modo a se alcançar os 30% exigidos. As transformações no programa, também sofreram influências da abordagem do desenvolvimento territorial, que preza pela a integração entre campo e cidade, e valoriza as relações políticas, econômicas, sociais e institucionais capazes de gerar mudanças socioecon... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The main objective of this research is to understand the operation and management of the National School Feeding Program (PNAE) in Dracena and Regente Feijó, both cities located in the State of São Paulo, Brazil, based on a comparative study that identifies the constitution of the institutional arrangements necessary for its implementation. In order to reach the proposed objective, methodological procedures were adopted: bibliographic review, data collection in secondary sources and fieldwork in selected municipalities, with interviews with actors and social subjects fundamental to the formation of institutional arrangements. PNAE, since 2009, with the promulgation of Law No. 11.947, established that at least 30% of the resources transferred by the National Education Development Fund (FNDE) to the municipalities, states and Federal District should be used for the acquisition of family farming products. With the enactment of this law, an institutional market was created for the products of family farmers, which brought from the point of view of the implementation of the PNAE in the municipal scale, the need of articulation of the social actors to implement it in order to reach the 30% required. The transformations in the program have also been influenced by the territorial development approach, which emphasizes the integration between the countryside and the city, and values political, economic, social and institutional relations capable of generating socioeconomic changes thr... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS NA AGRICULTURA FAMILIAR NO CÓRREGO DOS ELIOTAS, SIMONÉSIA-MG. / Sustentability of the Agroflorestal Systems in Familiar AgricultureMaria Aparecida Salles Franco 31 May 2007 (has links)
lt;p align="justify"gt; Esta pesquisa analisou a sustentabilidade econômica de um grupo de agricultores familiares produzindo em sistemas agroflorestais, no Córrego do Eliotas, localizado no município de Simonésia-MG. O grupo pesquisado é formado por cinco famílias que desenvolvem há cinco anos, uma experiência de introdução de espécies da flora nativa, cana e frutas nas entrelinhas de cafezais já estabelecidos, convertendo-o em um sistema agroflorestal, incentivados pela igreja católica e pela Fundação Biodiversitas. O trabalho investigou as características socioeconômicas e culturais dos agricultores, as características das propriedades, a renda bruta da produção, os custos de produção e a renda líquida de cada agrofloresta, analisando o grau de sustentabilidade do núcleo familiar neste espaço de produção. Estes dados foram comparados com quatro outras famílias de agricultores familiares de mesmo porte de área de produção que, porém, trabalham com agricultura convencional. Os resultados mostram que os sistemas agroflorestais estudados, apresentam renda bruta e renda líquida inferior ao do sistema convencional, porém, possuem mais sustentabilidade no que diz respeito às suas necessidades básicas. São auto-sustentáveis em boa parte dos ítens da alimentação, produzem parte de suas necessidades energéticas. Conclui-se que o Sistema Agroflorestal contribui com a conservação ambiental e os agrofloresteiros possuem grande sustentabilidade no que diz respeito ao atendimento de sua necessidade básica.lt;/pgt; / lt;p align="justify"gt; The present research analyzed the sustentability of the agroflorestal systems in the familiar agriculture of the Córrego dos Eliotas, located in the city of Simonésia-MG. The group of five analyzed families of familiar agriculturists develops since five years ago an experience of introduction of species of the native flora, sugar cane and fruits in the space between lineses of already established coffee plantations, converting it into a agroflorestal system, after incentive of the Biodiversitas Foundation. The work investigated the social econonomic and cultural characteristics of the agriculturists, the caracteristics of the properties, the gross income of the production, the costs of production and the net income of each agroflorestal system, analyzing the degree of sustentability of the familiar nucleus in its space of production. These data had been compared with four families of familiar agriculturists of same size of production area who, however, work with conventional agriculture. The results show that the studied agroflorestal systems, present gross income and net income inferior to the one of the conventional system
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Produtividade de hortaliças em sistema vertical usando fertirrigação e vermicompostagem em ambiente protegido /Pereira, Josiane Turato da Silva, 1988. January 2018 (has links)
Orientador: Rodrigo Máximo Sánchez Román / Banca: Rosemary Marques de Almeida Bertani / Banca: Júlio César Thoaldo Romeiro / Resumo: Nos últimos tempos, os cultivos verticais evidenciaram-se na comunidade urbana em razão do aproveitamento de pequenos espaços para a produção de alimentos, sendo assim uma alternativa para aumento de produtividade em termos de otimização do espaço dentro do ambiente protegido. O presente trabalho tem por objetivo analisar a produtividade sob influência da orientação solar sobre hortaliças em sistema vertical no interior do ambiente protegido, aliado a tecnologia de irrigação localizada e vermicompostagem. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado para o fator orientação solar conforme sua trajetória (Norte; Sul; Leste; Oeste), sendo 4 tratamentos por barril com três repetições dispostas em faixas. As culturas utilizadas foram alface, almeirão, chicória e salsinha. Os resultados evidenciaram que a produção neste sistema proposto foi superior aos encontrados no cultivo convencional. A técnica de cultivo vertical pode ser uma alternativa inteligente e sustentável para a produção destinada a pequenas áreas, podendo ser ampliada para cultivos em consórcio de acordo a preferência luminosa de cada espécie escolhida. A utilização da vermicompostagem na produção de hortaliças em sistema vertical demanda de pesquisas aprofundadas sobre a fertilidade do meio e a utilização da vermicompostagem no sistema proposto. O sistema de irrigação localizada não teve performance adequado por carecer de sistema filtragem para a fertirrigação. / Abstract: In recent times, vertical crops have been evident in the urban community due to the use of small spaces for food production, thus being an alternative to increase productivity in terms of optimization of space within the protected environment. The present work aims to analyze the productivity under influence of the solar orientation on vegetables in a vertical system inside the protected environment, together with the technology of localized irrigation and vermicomposting. The experimental design was completely randomized to the solar orientation factor according to its trajectory (North, South, East, West), with 4 treatments per barrel with three replicates arranged in bands. The cultures used were lettuce, almeirão, chicory and parsley. The results evidenced that the production in this proposed system was superior to those found in conventional culture. The technique of vertical cultivation can be an intelligent and sustainable alternative for the production destined to small areas, being able to be extended to cultures in consortium according to the luminous preference of each chosen species. The use of vermicompost in the production of vegetables in a vertical system requires in - depth research on the fertility of the medium and the use of vermicomposting in the proposed system. The localized irrigation system did not have adequate performance due to lack of filtration system for the fertirrigation. / Mestre
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Filhos da enxada: a desterritorialização do território camponês no Município de Santa Maria de Jetibá-ESAzevedo, Rosaly Stange 08 March 2017 (has links)
Submitted by Leticia Alvarenga (leticiaalvarenga@fdv.br) on 2018-08-22T12:38:00Z
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on 2018-08-24T12:52:35Z (GMT) / Submitted by Leticia Alvarenga (leticiaalvarenga@fdv.br) on 2018-08-24T13:50:34Z
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Previous issue date: 2017-03-08 / O objetivo do estudo é responder ao seguinte questionamento: a agricultura familiar é uma modalidade de relação de trabalho excedente, é expropriado, inserido na lógica capitalista? A disputa entre os dois modelos territoriais no campo, do campesinato e do capital possuem fronteiras limítrofes cinzentas e tênue. A desigualdade no âmbito das relações entre esses particulares abre espaço para adoção do princípio da eficácia horizontal dos direitos fundamentais, devendo a proteção jurídica favorecer os camponeses, ponta mais frágil da relação, agricultores que colocam o alimento na mesa dos brasileiros. A pesquisa de campo fez o estudo de caso do Município de Santa Maria de Jetibá/ES, mediante entrevistas semiestruturadas, em pesquisa qualitativa. O trabalho possui três capítulos interligados, os quais acompanham o conceito de território proposto por Fernandes. No primeiro, é apresentado o território de Santa Maria de Jetibá, localidade escolhida para a realização da pesquisa, em seus aspectos geográfico e histórico. No segundo capítulo delineia-se o segundo território, apresentando os tipos de propriedade existente no campo: unidades camponesas e capitalistas. A base teórica principal do trabalho transita entre os textos de tradição marxista. Os resultados mostram que o campesinato em Santa Maria de Jetibá é uma modalidade de relação de trabalho em que o trabalhador rural, como produtor de mercadorias e criador de trabalho excedente é expropriado, inserido na lógica capitalista em uma escala ascendente de campesinidade, considerando um extremo, em que a produção é praticamente para subsistência, até atingir o outro extremo, em que o índice de campesinidade é nulo, quando a unidade agrária deve ser considerada empresa agrícola capitalista. / The obejective of this study is to answer the following question: is family famer a model of labor relation in wich the rural worker, as a producer of goods and creator of surplus labor, is expropriated, that is, inserted into the capitalist logic? The dispute between the two territorial models in the countryside, the peasantry and the capital, have gray and thin boundaries. The inequality present in the relationship between privale individuals makes way for the adoption of the principle of horinzontal efficiency of fundamental rights, by which the legal protection should benefit the peasantry, the weakest part of this relatonship, farmers who put the table of Brazilians every single day. The main theoretical basis for this work circulated between texts os Marxist tradition and academic studies that discuss the historical context in which the colonization of the State of Espírito Santo happened, with the aim of understanding the pattem of capitalist development in this State. The dialectic method was used. The field research studied the Municipality of Maria de Jetibá (in the State os Espírito Santo), through semi-structured interviews, in qualitative research.
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Os sistemas de produção da agroindústria artesanal da mandioca na região do lago Janauacá, Careiro (AM)Erazo, Rafael de Lima 24 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-24 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM / The Amazon region is certainly a region where family farming is manifested in the most different
forms: riverine, extractive, quilombolas, etc., where a great diversity of natural resources is
found capable of providing the productive and alimentary base of these farmers. The objects
that made up the research universe were the family production units associated with the
production and commercialization circuits of the floating "flour houses" of the Janauacá lake
region, Careiro (AM). The objective was to analyze the limiting factors and the economic
opportunities internal to the family units that influence the social relations and the
socioeconomic strategies of production in the informal artisanal agroindustry of cassava. We
proposed an exploratory, descriptive and explanatory research with qualitative and quantitative
bias. To obtain primary data, the collection techniques used were the interviews and the direct
observations in the field of ethnographic and agronomic character. In this way, it was tried to
apprehend the social strategies of the farmers, in their relation with the complexity and diversity
of the environment. Data collection took place during the month of August 2016. Nonprobabilistic sampling by quotas was used using the "snowball" strategy. The sample consisted
of 79 interviews: 33 farmers on land, 23 owners of floating "flour houses" and 23 day laborers.
The dynamics of water is an integral part of the life and culture of the residents, so their survival
is directly influenced by the river regime, leading them to acquire strategies to overcome the
challenges posed by changes in the environment. The low technological index characterized the
system of production of cassava and derivatives. The work with cassava flour and gum involves
hundreds of people, thus revealing its importance as an economic activity for the maintenance
of several families. The division of family labor depends on the formation of the family, because
regardless of age or gender, everyone works. Although the children have not had the same
opportunity of access to land that their parents had, they reproduce the same trajectory of work,
that is, the sale of labor in crisis situations and the search for better living conditions in other
production spaces. The strategy of families choosing to produce gum in floating facilities is
justified as a way to fully exploit the terrestrial phase of wetlands as the raw material can be
processed during the aquatic phase of the system. In addition, the higher profitability of the work
in the beneficiation phase allows the families to process and to cultivate a greater volume of raw
material, when compared to the manufacture of the flour. The advantages of the artisanal
production of gum in relation to the artisanal production of flour are: the highest labor income
(quantity produced by working time is ten times greater) and profitability (greater liquidity and
price). Thus, in the case of the Janauacá families, the choice between flour production near the
production sites or the extraction of gum in floating "flour houses" is related to limitations of
access to areas for land-based cultivation and processing. Thus, there is a need for programs to
strengthen and enhance this productive chain, especially training and social organization, with
the aim of contributing to its better structuring. As a result, farmers in Janauacá seem to be
doing more than just accommodating to the prevailing demands. These social actors are
capable not only of accommodating themselves to floating markets, but also of organizing and
reproducing themselves in the new conditions encountered. / A Amazônia é, seguramente, uma região onde a agricultura familiar se manifesta das mais
diferentes formas: ribeirinha, extrativista, quilombolas etc., e onde se encontra uma grande
diversidade de recursos naturais capazes de prover a base produtiva e alimentar desses
agricultores. Os objetos que compuseram o universo da pesquisa foram as unidades familiares
de produção associadas aos circuitos de produção e comercialização das “casas de farinha”
flutuantes da região do lago Janauacá, Careiro (AM). Objetivou-se analisar os fatores limitantes
e as oportunidades econômicas internas às unidades familiares que influenciam as relações
sociais e as estratégias socioeconômicas de produção na agroindústria artesanal informal da
mandioca. Propusemos uma pesquisa de cunho exploratório, descritivo e explicativo com viés
qualitativo e quantitativo. Para a obtenção de dados primários, as técnicas de coleta
empregadas foram as entrevistas e as observações diretas em campo de caráter etnográfico e
agronômico. Desse modo, pretendeu-se apreender as estratégias sociais dos agricultores, em
sua relação com a complexidade e diversidade do ambiente. As coletas de dados ocorreram
durante o mês de agosto de 2016. Foi utilizado o método de amostragem não probabilístico por
cotas mediante a estratégia do tipo “bola de neve”. A amostra foi composta por 79 entrevistas,
sendo: 33 agricultores em terra firme, 23 proprietários de “casas de farinha” flutuantes e 23
diaristas. A dinâmica da água é parte integrante da vida e cultura dos moradores, assim a sua
sobrevivência recebe influência direta do regime fluvial, conduzindo a adquirirem estratégias
para vencer os desafios apresentados pelas transformações no ambiente. O baixo índice
tecnológico caracterizou o sistema de produção de mandioca e derivados. O trabalho com a
farinha e goma de mandioca envolve diversas famílias, revelando assim sua importância como
atividade econômica. A divisão do trabalho familiar depende da formação da família, pois
independentemente da idade ou gênero todos trabalham. Embora os filhos não tenham tido a
mesma oportunidade de acesso à terra que seus pais tiveram, eles reproduzem a mesma
trajetória de trabalho, isto é, venda de mão de obra em situações de crise e procura de
melhores condições de vida em outros espaços de produção. A estratégia das famílias que
optam pela produção de goma em instalações flutuantes se justifica como uma forma de
explorar ao máximo a fase terrestre das áreas alagáveis uma vez que o beneficiamento da
matéria prima pode ser realizado durante a fase aquática do sistema. Além disso, a maior
rentabilidade do trabalho na fase de beneficiamento permite as famílias processarem e
cultivarem um maior volume de matéria-prima, se comparado com a fabricação da farinha. As
vantagens da produção artesanal de goma em relação à produção artesanal da farinha são: o
maior rendimento do trabalho (quantidade produzida por tempo de trabalho é dez vezes maior)
e a rentabilidade (maior liquidez e preço). Assim sendo, no caso das famílias de Janauacá, a
escolha entre a fabricação de farinha próximo aos locais de produção ou a extração da goma
em “casas de farinha” flutuantes está relacionada com limitações de acesso às áreas para
cultivo e processamento em terra-firme. Deste modo, há a necessidade de programas para
fortalecer e valorizar essa cadeia produtiva, sobretudo a formação e a organização social,
visando contribuir para sua melhor estruturação. Com isso, os agricultores de Janauacá
parecem estar fazendo mais do que apenas se acomodando às demandas prevalecentes.
Esses atores sociais são capazes não apenas de se acomodar aos mercados flutuantes, mas
também de se organizar e se reproduzir nas novas condições encontradas.
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