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Polimorfismo CAG do gene do receptor de androgênios e risco de câncer de próstata : análise de uma amostra da população brasileira

Silva Neto, Brasil January 2005 (has links)
Introdução: O câncer de próstata (CaP) é uma neoplasia muito freqüente entre os homens em todo o mundo. No Brasil, o estado do Rio Grande do Sul possui uma alta incidência desta neoplasia. A idade, história familiar, diferenças étnicas, exposição aos androgênios e fatores relacionados à dieta constituem-se em fatores de risco para o CaP. O câncer de próstata hereditário está ligado a genes de alta concordância entre os familiares afetados, porém de baixa freqüência na população. A busca por genes que influenciam a carcinogênese prostática e que estejam presentes com maior freqüência na população poderá ajudar na identificação de pacientes com maior chance de desenvolver a neoplasia. Os polimorfismos são variações alélicas de um mesmo gene, resultando em diferenças significativas na expressão de proteínas em diferentes indivíduos. O gene do receptor de androgênios (RA) possui variantes polimórficas localizadas no exon 1. O número de repetições CAG nesta região está inversamente associada a atividade transcricional do receptor de androgênios e com um maior risco de CaP. Objetivos: Verificar a associação entre o número de repetições do polimorfismo CAG do gene do receptor de androgênios e o risco de CaP em uma amostra da população brasileira. Pacientes e métodos: Foram avaliados 50 pacientes com câncer de próstata e 77 controles. Foi realizada a extração do DNA por sangue periférico e a região do gene do RA foi amplificada por reação em cadeia da polimerase (PCR). O produto da PCR foi analisado no seqüenciador ABI3100 Avant e a seqüência do polimorfismo analisada pelo software Genemapper. A análise estatística foi feita através do teste t para amostras independentes, teste de qui-quadrado e análise de regressão linear múltipla. Para variáveis sem distribuição normal foi utilizado o teste U de Wilcoxon-Mann-Whitney. Resultados: A média de repetições CAG foi de 21,58±3,32 nos pacientes e 22,19±3,09 no grupo controle (p=0,28). Variáveis clínicas e anátomo-patológicas também não se correlacionaram com o polimorfismo. A testosterona sérica diferiu significativamente entre os grupos (p<0,001). Conclusão: Estes resultados sugerem que não há correlação entre o número de repetições CAG e o risco de CaP na amostra estudada. Outros fatores, tais como idade de diagnóstico e estadiamento do tumor também não estiveram associados com o polimorfismo no presente estudo. A variação da testosterona sérica precisa ser melhor avaliada em estudos específicos. / Background: Prostate cancer (PCa) is very frequent among men worldwide. In Brazil, Rio Grande do Sul state has one of the greatest incidence of this neoplasia. Age, family history, ethnicity, androgens and diet factors are involved in a higher risk for Pca. Hereditary prostate cancer is linked to high penetrance and low frequency genes in general population. Looking for genetic alterations with higher frequency among individuals could help identify patients under risk of developing PCa. Polymorphisms are allelic variations of a single gene, resulting in significant diferences in proteins expression. The androgen receptor (AR) has polymorphic forms located on exon 1. The CAG repeat length in this region is inversely associated with the AR transcriptional activity and with a higher risk of PCa. Objectives: To verify the association between CAG repeat length and PCa risk in a sample of the Brazilian population. Patients and Methods: We included 50 PCa patients and 77 controls. DNA was extracted from peripheral leucocytes and the AR gene was amplified by PCR. PCR product was analysed with ABI 3100 avant sequencer and Genemapper software. Statistical methods were Student T test, Qui-square test and Linear Regression analysis. For variables without normal distribution, it was used the Wilcoxon-Mann- Whitney U test. Results: CAG mean length was 21,58±3,32 in cases and 22,19±3,09 in control group (p=0,28). Clinical and pathological variables did not correlated with CAG polymorphisms either. Serum total testosterone differed significantly between groups (p<0,001). Conclusion: Our results suggest that there is no correlation between the androgen receptor CAG repeat length and prostate cancer. Other factors, such as age of diagnosis and tumor stage are not associated with this polymorphism in this study. Serum total testosterone variation needs to be better explained in further reports.
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Avaliação do teste químico no diagnóstico de intolerância à lactose e sua associação com polimorfismo genético em uma população de Fortaleza/Ce / Evaluation of chemical test in the diagnosis of lactose intolerance and its association with genetic polymorphism in a population of Fortaleza/Ce

Ponte, Paulo Roberto Lins January 2012 (has links)
PONTE, Paulo Roberto Lins. Avaliação do teste químico no diagnóstico de intolerância à lactose e sua associação com polimorfismo genético em uma população de Fortaleza/CE. 2012. 123 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-05-09T16:15:37Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_prlpontes.pdf: 583734 bytes, checksum: 373826bf1b841d5e85edbf60a758f624 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2013-05-16T13:41:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_prlpontes.pdf: 583734 bytes, checksum: 373826bf1b841d5e85edbf60a758f624 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-16T13:41:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_prlpontes.pdf: 583734 bytes, checksum: 373826bf1b841d5e85edbf60a758f624 (MD5) Previous issue date: 2012 / Intolerance to lactose is a clinical syndrome comprising one or more corteges symptomatology associated with the ingestion of milk (clinical phenotype intolerant) and lactose tolerance in the absence of symptoms (clinical phenotype tolerant). Thus, in practice, must be attentive to cases similar to these badly absorptive symptoms because the convergences and differences between these disorders are tenuous and diagnoses are often inaccurate, making treatment and unsatisfactory conduct. Therefore, studies are needed using different diagnostic methods, and compare the different methods used in clinical practice and determine the most appropriate to give a conclusive diagnosis, since it is not always easy, given that the symptoms suggest other diseases. Objective.To evaluate the phenotypic characteristics, the response to chemical test for lactose tolerance and the genotype of patients with diagnostic hypothesis of intolerance to lactose and the correlation between them.Material and methods. We conducted a cross-sectional study at the University Hospital Walter Cantidio (HUWC), with 173 patients who had positive phenotype and were seen at the outpatient service of servers HUWC, from January to August 2010. The final sample consisted of 119 patients who underwent the lactose tolerance test and genotyping of the gene for lactase-phlorizin hydrolase (LPH). Results. Among the participants, most were: female, 54.6% (65 cases), the age group of 46-55 years old, 26.5% (32 cases); married, 65.6% (78 cases); dun-colored, 53.8% (65 cases); higher level, 42.9% (51 cases). The prevalence of intolerance to lactose was 45.4% and chemical intolerance was 73.9%. Symptoms investigated more prevalent in lactose intolerant were flatulence 81.4% (44 cases); bloating, 68.5% (37casos); borborygmus, 59.3% (32 cases) and diarrhea, 46, 3% (25 cases). The presence of the polymorphisms C> T polymorphisms and 13 910-G> A-22018 in LPH gene was identified in individuals selfreferred as lactose intolerant, and is therefore an excellent test for the diagnosis. The diagnosis of lactose intolerance that most had adequate baseline the difference was <15 with ROC curve greater than 80.3%, with good sensitivity and specificity. Conclusions. There is a correlation between genotype and chemical intolerant individuals, suggesting that the molecular test could be proposed for the laboratory diagnosis of lactose intolerance, and the chemical test, the difference basal <15 was more appropriate. / A intolerância à lactose é uma síndrome clínica composta por um ou mais cortejos sintomatológicos associados à ingestão de lácteos (fenótipo clínico intolerante) e tolerância à lactose na ausência desses sintomas (fenótipo clínico tolerante). Assim, na prática clínica, deve-se estar atento aos casos semelhantes a essa sintomatologia disabsortiva, pois as convergências e diferenças entre esses distúrbios são tênues e os diagnósticos muitas vezes são imprecisos, tornando o tratamento e a conduta insatisfatórios. Portanto, são necessários estudos que utilizem diferentes métodos diagnósticos, assim como comparar os diferentes métodos utilizados na prática clínica e averiguar o mais apropriado para dar o diagnóstico conclusivo, uma vez que nem sempre é fácil, haja vista que os sintomas sugerem outras doenças. Objetivo. Avaliar as características fenotípicas, a resposta ao teste químico de tolerância à lactose e genótipo de pacientes com hipótese diagnóstica de intolerância à lactose e a correlação entre eles. Material e métodos. Foi realizado um estudo transversal no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), com 173 pacientes que apresentavam fenótipo positivo e foram atendidos no serviço do ambulatório dos servidores do HUWC, no período de janeiro a agosto de 2010. A amostra final foi composta por 119 pacientes que realizaram o teste de tolerância à lactose e genotipagem do gene da florizina-lactase hidrolase (LPH). Resultados. Dentre os participantes, a maioria era: do sexo feminino, 54,6% (65 casos); da faixa etária de 46-55 anos, 26,5% (32 casos); casada, 65,6% (78 casos); de cor parda, 53,8% (65 casos); de nível superior, 42,9% (51 casos). A prevalência de intolerância à lactose foi de 45,4% e a de intolerância química foi de 73,9%. Os sintomas investigados que apresentaram maior prevalência no intolerante à lactose foram: flatulência, 81,4% (44 casos); empachamento, 68,5% (37casos); borborigmo, 59,3% (32 casos); e diarreia, 46,3% (25 casos). A presença dospolimorfismos C>T-13910 e polimorfismos G>A-22018 no gene da LPH foi identificada nos indivíduos autorreferidos como intolerantes à lactose, sendo, portanto, um excelente exame para o diagnóstico. O diagnóstico de intolerância à lactose que mais se apresentou adequado foi a diferença basal <15 com a curva de ROC maior que 80,3%, com boa sensibilidade e especificidade. Conclusões. Observa-se uma correlação genotípica e química entre os indivíduos intolerantes, sugerindo que o teste molecular poderia ser proposto para o diagnóstico laboratorial de intolerância à lactose, e, no teste químico, a diferença basal <15 foi a mais adequada.
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Influência dos polimorfismos nos genes das citocinas TNFα, IFNγ, TGFβ, IL-6 E IL-10 no perfil clínico-laboratorial de pacientes com anemia falciforme / Influence of polymorphisms in cytokine genes TNFα, IFNγ, TGFβ, IL-6 and IL-10 in clinical laboratory profile of sickle cell patients

Cavalcante, Janio Emanuel Andrade January 2013 (has links)
CAVALCANTE, Janio Emanuel Andrade. Influência dos polimorfismos nos genes das citocinas TNFα, IFNγ, TGFβ, IL-6 E IL-10 no perfil clínico-laboratorial de pacientes com anemia falciforme. 2013. 74 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-06-20T11:19:22Z No. of bitstreams: 1 2013_dis_jeacavalcante.pdf: 1826669 bytes, checksum: ecc466f1ce56dcf712ba30f94f85b778 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2014-06-20T11:19:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_dis_jeacavalcante.pdf: 1826669 bytes, checksum: ecc466f1ce56dcf712ba30f94f85b778 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-06-20T11:19:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_dis_jeacavalcante.pdf: 1826669 bytes, checksum: ecc466f1ce56dcf712ba30f94f85b778 (MD5) Previous issue date: 2013 / Sickle cell anemia (SCA) is caused by a point mutation leading the substitution of glutamic acid for valine at the sixth position of the beta globin chain. Associations between single nucleotide polymorphisms (SNPs) and several clinical events have been described in sickle cell patients. The aim of this study was to determine the polymorphisms frequency in the cytokine genes TNFα, IFNγ, TGFβ, IL-6 e IL-10 in sickle cell patients and healthy controls, and to investigate the cytokines genotypes influence in clinical and laboratory profile in sickle cell patients. The sickle cell patients group was composed by 41 adults’ patients with molecular diagnosis, of both sexes, in outpatients care at the Hematology Center of Ceará (HEMOCE), from march 2011 to july 2012. The study included 90 healthy blood donors matched for age and sex. We collected 5 mL of venous blood for DNA extraction kit using the GFX Genomic Blood DNA Purification (GE Healthcare) and typing of cytokine genes polymorphisms by kit from One-Lambda (Canoga Park, CA, USA). The polymorphisms frequencies analysis and associations between polymorphisms and clinical events were performed using the two-tailed Fisher exact test. To check the genotypes influence in laboratory parameters were used parametric test ANOVA and non-parametric Kruscal Wallis test. The clinical and laboratory data were obtained by active search in the medical records. Sickle cell patients typified for TGFβ genotypes showed a tendency to appear a lower frequency of TGFβ T/T G/G genotype than control group. Sickle cell patients typified for CC GC/ CC CC /TT CC/TC CC TGFβ genotypes (low producer) obtained a leukocytes median number greater than patients typified for TT GG/TC GG TGFβ group (high producer). A significant difference on IL-6 genotypes frequency was observed between patient group and control group. Regarding IL-6, patients typified for CC genotype exhibited an average/median MCHC higher than patients typified for GC or GG genotypes. Patients typified for CC genotype showed evident tendency to lower fetal hemoglobin levels and higher reticulocytes percentages. We find an association between ACC ATA + ATA ATA + ACC ACC IL-10 group, lower IL-10 producer, and acute chest syndrome (ACS). It is concluded that genotypes associated with low IL-10 production may play a role in the predisposition to ACS in sickle cell patients. / A anemia falciforme (AF) é causada por uma mutação pontual que leva a substituição do ácido glutâmico pela valina na sexta posição da cadeia de beta globina. A associação entre polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs) e diversos eventos clínicos tem sido descrita em pacientes com AF. O objetivo do presente estudo foi verificar a frequência dos polimorfismos nos genes das citocinas TNFα, IFNγ, TGFβ, IL-6, e IL-10 nos pacientes com AF e controles saudáveis, e investigar o impacto dos genótipos dessas citocinas no perfil clínico-laboratorial dos pacientes. 41 Indivíduos adultos com diagnóstico molecular de AF, de ambos os sexos, em acompanhamento ambulatorial no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE) participaram do estudo, no período de março de 2011 a julho de 2012. Um grupo controle foi constituído por 90 indivíduos saudáveis pareados quanto à idade e o sexo. Foram coletados 5 mL de sangue venoso para extração do DNA através do kit GFX Genomic Blood DNA Purification (GE Healthcare) e para tipificação dos polimorfismos dos genes das citocinas através do “kit” da “One-Lambda” (Canoga Park, CA, EUA). A análise das frequências dos polimorfismos e as associações com os eventos clínicos foram realizadas pelo teste exato de Fisher bicaudal. Para verificar a influência dos genótipos nos parâmetros laboratoriais foram utilizados o teste paramétrico ANOVA e o não paramétrico de Kruscal Wallis. Os dados clínicos e laboratoriais foram obtidos por busca ativa nos prontuários médicos. Pacientes com AF tipificados para os genótipos de TGFβ CC GC/ CC CC /TT CC/TC CC (baixo produtor) obtiveram um número mediano de leucócitos maior do que os pacientes do grupo TT GG/TC GG (alto produtor). Houve diferença significativa na frequência dos genótipos de IL-6 entre o grupo de pacientes e o grupo controle. Ainda em relação a IL-6, os pacientes tipificados para o genótipo CC apresentaram valores médios/medianos de CHCM maiores que os pacientes portadores dos genótipos GC ou GG. Foi evidenciada tendência dos pacientes tipificados para o genótipo C/C apresentarem menores níveis de hemoglobina fetal (HbF) e maiores porcentagens de reticulócitos. Houve uma associação entre o grupo de genótipos de IL-10 ACC ATA + ATA ATA + ACC ACC, grupo baixo produtor de IL-10, e a síndrome torácica aguda (STA). Conclui-se que genótipos associados com a baixa produção de IL-10 possam desempenhar um papel importante na predisposição à STA em adultos com AF.
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Avaliação de marcadores associados à sintese de hemoglobina fetal em indivíduos com anemia falciforme e persistência hereditária da hemoglobina fetal

Santos, Nadja de Jesus Gonçalves dos January 2012 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2012-11-19T18:11:37Z No. of bitstreams: 1 Nadja de Jesus G. dos Santos. Hemoglobina fetal...pdf: 2812470 bytes, checksum: 55476e9f2f10311274d9f1a3382fda56 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-11-19T18:11:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nadja de Jesus G. dos Santos. Hemoglobina fetal...pdf: 2812470 bytes, checksum: 55476e9f2f10311274d9f1a3382fda56 (MD5) Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / O estudo de marcadores associados à síntese de hemoglobina fetal (HbF) é de grande interesse científico, pois contribui para o entendimento dos mecanismos regulatórios dos genes envolvidos na síntese das cadeias globínicas gama, uma vez que esta Hb é importante na modulação genética da anemia falciforme (HbSS). O objetivo desse estudo foi investigar a influência de alterações em genes envolvidos na síntese de HbF e suas associações com marcadores laboratoriais e clínicos na HbSS e caracterizar o fenótipo e o genótipo de indivíduos com o perfil sugestivo de persistência hereditária de hemoglobina fetal (PHHF). Dessa forma, foi realizado um estudo de corte transversal, seguido de caso-controle com a casuística de 43 indivíduos HbSS com HbF> 3,0% e 3 indivíduos com perfil sugestivo de PHHF. O presente estudo foi aprovado pelo CEP-CpGM-Fiocruz. Os polimorfismos HBG2 -396/-391del, HBG2 SNP -369 C>G, HBG2 -309 A>G, HBG2 -157 T>C, HBG1 -499 T>A, HBG1 -369 C>G, HBG1 -271 C>T e HBG1-225/-222del foram investigados por sequenciamento automático de DNA; os haplótipos ligados ao gene da globina beta foram investigados por PCR-RFLP; os polimorfismos BCL11Ars766432, BCL11Ars6732518, OR51B5/6rs4910756, OR51B5/6rs7483122, HMIPrs11759553, HMIPrs35959442 foram investigados por PCR em tempo real; a talassemia alfa 23.7 Kb e as deleções PHHF-1, PHHF-2 e PHHF-4 por PCR. As análises hematológicas foram realizadas em contador automático de células, o perfil de hemoglobina foi confirmado por cromatografia líquida de alto desempenho e as dosagens bioquímicas foram investigadas por quimiluminescência. As concentrações de HbF foram associadas com HbS (p<0,0001), hematócrito (p=0,035), VCM (p=0,010), HCM (p=0,045), colesterol VLDL (p=0,044), ferro (p=0,001) e ferritina (p=0,042). Os polimorfismos estudados apresentaram associação com marcadores laboratoriais e clínicos no grupo estudado. O polimorfismo HBG1 -271 C>T foi associado com a concentração de HbF (p=0,027; RP=4,45; IC95%= 1,14 – 17,41) e ferro (p=0,0076); o HBG1 -499 T>A com as concentrações de glicose (p=0,007) e de alfa-1 antitripsina (p=0,008); o HBG1 -225/-222del com as concentrações de colesterol LDL (p=0,017); o HBG2 -396/-391del com as concentrações de HbS (p=0,017), creatinina (p=0,042) e bilirrubina p=0,030), sendo associado também ao quadro clínico mais grave da doença, com ocorrência frequente de crises vaso-oclusivas (p=0,046), litíase biliar (p=0,021) e o uso de hemoterápicos (p=0,009); o BCL11A rs766432 com a contagem de reticulócitos (p<0,0001) e a concentração de colesterol total (p=0,033); o BCL11Ars6736518 com concentração de glicose (p=0,049) e a contagem de eosinófilos (p=0,012); o HMIPrs35959442 com as concentrações de ferritina (p=0,035), creatinina (p=0,008) e VCM (p=0,022); o HMIPrs11759553 com as concentrações de ácido úrico (p=0,033) e ferritina (p=0,020); e os polimorfismos OR51B5/6rs7483122 e OR51B5/6 rs4910756 com as concentrações de creatinina (p=0,001). A análise multivariada mostrou associação do genótipo CAR/CAR com a concentração diminuída de HbF e o uso de hemoterápicos. A talassemia alfa 23.7 Kb apresentou efeito protetor, sendo associada com as concentrações de ALT (p=0,044), AST (p=0,039) e com a contagem de linfócitos (p=0,050). Os três casos associados ao fenótipo de PHHF não apresentaram alterações clínicas e laboratoriais significativas, inclusive o caso 3, que apresentou o genótipo HbSF. É importante salientar que esses indivíduos não eram portadores de nenhuma das formas de PHHF investigadas. Estudos adicionais devem ser conduzidos com o objetivo de validar os resultados encontrados nesse estudo e de esclarecer os possíveis mecanismos pelos quais os marcadores moleculares investigados interferem na modulação da síntese de HbF e se esses biomarcadores podem apresentar mecanismos diferenciados daqueles comumente investigado, uma vez que foram descritas associações com marcadores importantes para o acompanhamento clínico de indivíduos HbSS. / The study of markers associated with the fetal hemoglobin (HbF) synthesis is of great scientific interest, since it can contribute to understanding regulatory mechanisms of genes involved in the synthesis of globin chains, once that HbF participate in the genetic modulation of sickle cell anemia (HbSS). The aim of this study was to investigate the influence of changes in genes involved in the synthesis of HbF and their associations with clinical and laboratory markers in HbSS and characterize the phenotype and genotype of individuals with the profile suggestive of hereditary persistence of fetal hemoglobin (HPFH). Thus, we performed a cross-sectional study, followed by a case-control, in a group of 43 HbSS individuals with HbF> 3.0% and 3 individuals with a suggestive profile of HPFH. Polymorphisms HBG2 -396/-391del, the HBG2 SNP -369 C> G, HBG2 -309 A> G, HBG2 -157 T> C, HBG1 -499 T> A, HBG1 -369 C> G HBG1 the -271 C> T and HBG1-225/-222del were investigated by automated DNA sequencing; haplotypes linked to the beta globin gene were investigated by PCR-RFLP; single nucleotide polymorphisms of BCL11Ars766432, BCL11Ars6732518, OR51B5/6rs4910756, OR51B5/6rs7483122 , HMIPrs11759553, HMIPrs35959442 were investigated by real-time PCR, alpha thalassemia 2 with 3.7 Kb deletion and HPFH-1 , HPFH-2 and HPFH-4 deletions by PCR Hematological tests were performed in automatic cell counter, the profile of hemoglobin was confirmed by high performance liquid chromatography and biochemical analysis were investigated by immunochemistry assay method. Levels of HbF were associated with HbS (p <0.0001), hematocrit (p= 0.035), MVC (p= 0.010), MHC (p= 0.045), VLDL cholesterol (p= 0.044), iron (p= 0.001) and ferritin (p= 0.042). Polymorphisms were associated with clinical and laboratory markers in the studied group. The polymorphism HBG1 -271 C>T was associated with the concentration of HbF (p = 0.027, PR = 4.45, 95% CI 1.14 - 17.41) and iron (p= 0.0076); the HBG1 - 499 T> A was associated with the level of glucose (p= 0.007) and alpha-1 antitrypsin (p= 0.008); the HBG1 -225/-222del with LDL cholesterol concentrations (p= 0.017); the HBG2 - 396/-391del with Hb concentrations (p= 0.017), creatinine (p= 0.042) and bilirubin (p= 0.030), and also with a more severe clinical disease, with frequent occurrence of vaso-occlusive crises (p= 0.046), gallstones (p= 0.021) and the use of haemotherapic (p= 0.009); the BCL11A rs766432 with the reticulocyte count (p<0.0001) and the concentration of total cholesterol (p= 0.033) and BCL11Ars6736518 with the level of glucose (p= 0.049) and eosinophil count (p= 0.012); the HMIPrs35959442 with ferritin concentrations (p= 0.035), creatinina (p= 0.008 ) and MCV (p= 0.022), the HMIPrs11759553 with concentrations of uric acid (p= 0.033) and ferritin (p= 0.020); and the polymorphisms OR51B5/6rs7483122 and the OR51B5/6rs4910756 with creatinine concentrations (p= 0.001 ). Multivariate analysis pointed for the association of the genotype CAR / CAR with a decrease in HbF concentration with the use of blood therapy. The alpha thalassemia 2 with 3.7 Kb deletion showed a protective effect, being associated with concentrations of ALT (p= 0.044), AST (p= 0.039) and lymphocyte count (p= 0.050). The three cases associated with HPFH phenotype did not show significant association with clinical and laboratory data, including the case 3, that showed the genotype HbSF. It is noteworthy that these individuals were not classified in any described HPFH type investigated. Further studies should be conducted in order to validate results found in this work and to clarify the possible mechanisms by which those investigated molecular markers can interfere with the modulation of the HbF synthesis and if they have mechanisms differentiate from the ones commonly investigated, once that the present study described association with important biomarkers that have been used for monitoring individuals with HbSS.
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Avaliação de polimorfismos genéticos de citocinas na doença de Chagas crônica / Evaluation of cytokines genetic polymorphisms in chronic Chagas disease

Vasconcelos, Romero Henrique Teixeira January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-06-08T13:58:12Z (GMT). No. of bitstreams: 2 34.pdf: 2083197 bytes, checksum: c8bc232619444a6c584242fffa408aa0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A doença de Chagas é largamente distribuída pelo continente americano, onde afeta milhões de indivíduos. Clinicamente, apresenta uma diversidade de manifestações. Na fase crônica, os indivíduos infectados pelo Trypanosoma cruzi podem ser assintomáticos ou apresentar complicações cardíacas e/ou digestivas. Alguns estudos têm demonstrado o envolvimento da resposta imune no desenvolvimento e manutenção das formas clínicas crônicas da infecção chagásica. A produção e a expressão diferencial de algumas citocinas entre os portadores da doença de Chagas crônica tornaram estas moléculas alvos de estudos de polimorfismos genéticos. O presente estudo teve o objetivo de avaliar polimorfismos de um único nucleotídeo (SNPs) em portadores da doença de Chagas crônica. Foram avaliados os SNPs-1082G/A do gene IL-10 e -308G/A do gene TNF-alfa em uma população de portadores da doença de Chagas crônica selecionada no Ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco. Participaram desse estudo, 256 indivíduos, sendo 66 assintomáticos e 190 com cardiopatia chagásica crônica. A população estudada foi composta em sua maioria por mulheres idosas. Dentre as comorbidades presentes, a hipertensão arterial sistêmica foi a mais prevalente. A genotipagem dos SNPs foi realizada através de reação em cadeia da polimerase em tempo real com sondas TaqMan a partir de DNA genômico obtido de amostras de sangue periférico de cada indivíduo. Não foram observadas diferenças na distribuição das freqüências genotípicas e alélicas dos SNPs estudados entre as formas clínicas da doença de Chagas crônica. Também não foram observadas diferenças na distribuição das freqüências genotípicas e alélicas do SNP -1082G/A do gene IL-10 entre portadores de cardiopatia chagásica crônica. No entanto, observou-se um maior percentual, estatisticamente significante, do genótipo GA e do alelo A do SNP -308G/A do gene TNF-alfa nos portadores de cardiopatia chagásica leve, o que sugere que esse SNP pode atuar como um fator de proteção no desfecho da cardiopatia chagásica crônica
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Genes codificadores de fatores de virulência, inflamação e avaliação nutricional da infecção intestinal associada com Escherichia coli enteroagregativa em crianças de Fortaleza, Ceará, Brasil / Virulence factor coding genes, inflammation and nutritional evaluation of intestinal infection associated with enteroaggregative Escherichia coli in children from Fortaleza, Ceara, Brazil

Lima, Ila Fernanda Nunes January 2008 (has links)
LIMA, Ila Fernanda Nunes. Genes codificadores de fatores de virulência, inflamação e avaliação nutricional da infecção intestinal associada com Escherichia coli enteroagregativa em crianças de Fortaleza, Ceará, Brasil. 2008. 199 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-06-11T15:45:07Z No. of bitstreams: 1 2008_tese_ifnlima.pdf: 17350919 bytes, checksum: 7661f8c395d7bfa6ec9e1982884b96fc (MD5) / Approved for entry into archive by Eliene Nascimento(elienegvn@hotmail.com) on 2012-06-12T14:04:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2008_tese_ifnlima.pdf: 17350919 bytes, checksum: 7661f8c395d7bfa6ec9e1982884b96fc (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-12T14:04:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008_tese_ifnlima.pdf: 17350919 bytes, checksum: 7661f8c395d7bfa6ec9e1982884b96fc (MD5) Previous issue date: 2008 / Enteroaggregative Escherichia coli (EAEC) is a pathotype of diarrheagenic E. coli, which has increasingly been identified as an etiological agent of diarrheal disease. This purpose of this study is to determine the prevalence of EAEC and examine the importance of some virulence-related genes in the severity of the diarrheal disease caused by this microorganism, and further evaluate the impact of these infections on intestinal inflammation and the nutritional status of poor children from Fortaleza, Ceara. Children aged 2 to 36 months, with and without an occurrence of diarrhea in the previous 14 days, had their anthropometric data evaluated and their stools collected. Diagnosis of EAEC was done by polymerase chain reaction (PCR) of the aaiC (chromosomal) and aatA (plasmidial) genes. Positive samples were further analyzed for the presence of the virulence genes aggR (transcription regulator), aap (dispersin), pic (enterotoxin), pet (enterotoxin) and astA (enterotoxin). The nucleotide sequence of aggR gene was also analyzed by sequencing. Aliquots of stool samples were quantified for lactoferrin (LFF) and cytokines (IL-4, IL-10, TNF-α e IFN-γ) by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). This study analyzed 83 children with diarrhea (cases) and 83 children without diarrhea (controls). EAEC was found in the same proportion in both groups (41.0%). Children with diarrhea presented with significantly reduced skin thickness, body mass index and weight-for-age (WAZ) and weight-for-height (WHZ) z-scores. However, the presence of the bacteria was not associated with changes in the analyzed anthropometric measures. Among the positive samples for EAEC, there was no difference in the presence of the isolated virulence genes in the children with or without diarrhea. Observing the frequencies of these genes in combination, EAEC strains carrying the aggR, aap, pic, pet and astA genes together were isolated in significantly higher frequencies from sick children when compared to EAEC strains expressing only aggR, aap, pic, and astA (excluding pet). Nucleotide sequence analysis of the aggR gene presented 27 polymorphisms of a single nucleotide (SNPs), distributed among five case samples and three control samples. More than 80.0% of studied children had intestinal inflammation characterized by elevated levels of LFF, regardless of the presence of illness and EAEC. All children with diarrhea associated with EAEC presented with high concentrations of LFF. Basal levels of fecal cytokines were observed among children from both groups. Variability in the presence of the evaluated virulence factors confirms the heterogeneity of EAEC strains. The combination of the virulence related genes expressed showed that pet has an association with illness caused by EAEC. The infection by this bacterium did not cause significant impact on the anthropometric index analyzed. The high concentrations of LFF observed suggest that there may be additional factors triggering the inflammatory process. / Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) é um patótipo de E. coli que tem sido cada vez mais identificado como agente etiológico das doenças diarréicas. Esse trabalho teve como objetivos determinar a prevalência de EAEC e investigar a importância de alguns genes associados à virulência no grau de severidade das doenças diarréicas causadas pelo microorganismo, além de avaliar o impacto dessas infecções na inflamação intestinal e no estado nutricional de crianças carentes de Fortaleza, Ceará. Crianças na faixa etária entre 2 e 36 meses, com histórico ou não de diarréia nos últimos 14 dias, tiveram suas medidas antropométricas avaliadas e suas amostras fecais coletadas. O diagnóstico de EAEC foi realizado por reação de polimerase em cadeia (PCR) dos genes aaiC (cromossomal) e aatA (plasmidial). Amostras positivas foram pesquisadas quanto à presença dos genes de virulência aggR (regulador transcricional), aap (dispersina), pic (enterotoxina), pet (enterotoxina) e astA (enterotoxina). A sequência nucleotídica do gene aggR foi analisada através de seqüenciamento. Alíquotas fecais foram submetidas à quantificação de lactoferrina (LFF) e citocinas (IL-4, IL-10, TNF-α e IFN-γ) através de reação imunoenzimática (ELISA). Esse estudo analisou 83 crianças com diarréia (casos) e 83 crianças sem diarréia (controles). EAEC foi encontrada na mesma proporção entre ambos os grupos (41,0%). Crianças com diarréia apresentaram redução significativa na espessura da prega cutânea, índice de massa corporal e escores-z peso-por-idade (WAZ) e peso-por-altura (WHZ), mas a presença da bactéria não foi associada com alterações nos índices antropométricos analisados. Entre as amostras positivas para EAEC, não houve diferença quanto à presença isolada dos fatores de virulência pesquisados nas crianças que desenvolveram ou não diarréia. Avaliando as freqüências desses genes em combinação, cepas de EAEC expressando os genes aggR, aap, pic, pet e astA foram isoladas em freqüência superior significativa de crianças doentes quando comparadas com cepas de EAEC expressando somente aggR, aap, pic e astA (excluindo o gene pet). A análise da seqüência codificadora do gene aggR apresentou 27 polimorfismos em um único nucleotídeo (SNPs), distribuídos entre cinco amostras caso e três controles. Mais de 80,0% das crianças estudadas apresentaram inflamação intestinal caracterizada por elevados níveis de LFF, independente da presença de diarréia e EAEC. Todas as crianças com diarréia associada com EAEC apresentaram altas concentrações de LFF. Níveis basais de citocinas fecais foram observados entre crianças de ambos os grupos. A variabilidade na presença dos fatores de virulência pesquisados ratifica a heterogeneidade das cepas de EAEC. A combinação de genes codificadores de fatores de virulência mostrou que a presença do pet está associada com a doença causada por EAEC. A infecção pela bactéria não causou impacto significativo nos índices antropométricos analisados. As elevadas concentrações observadas de LFF sugerem a existência de fatores adicionais desencadeadores do processo inflamatório.
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Relação entre polimorfismos do gene BCL11A e biomarcadores de hemólise em pacientes com anemia falciforme / Relationship between gene polymorphisms at BCL11A and hemolysis markers in patients with sickle cell disease

Laurentino, Marília Rocha January 2016 (has links)
LAURENTINO, Marília Rocha. Relação entre polimorfismos do gene BCL11A e biomarcadores de hemólise em pacientes com anemia falciforme. 2016. 57 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2016-03-29T13:38:57Z No. of bitstreams: 1 2016_dis_mrlaurentino.pdf: 1075884 bytes, checksum: bc1a1825e2afb2255af248d0c4674ba1 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2016-03-29T13:52:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_dis_mrlaurentino.pdf: 1075884 bytes, checksum: bc1a1825e2afb2255af248d0c4674ba1 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-29T13:52:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_dis_mrlaurentino.pdf: 1075884 bytes, checksum: bc1a1825e2afb2255af248d0c4674ba1 (MD5) Previous issue date: 2016 / Sickle cell disease (SCD) is a hematological disease caused by a point mutation in the β-globin gene. Sickle hemoglobin (HbS) is generated due to fragile mutation that decreases the red blood cell lifetime due to its chronic destruction, being the main responsible for the signs and symptoms of the disease. The use of hydroxyurea (HU) and genetic polymorphisms on modulates fetal hemoglobin (HbF), the main inhibitor of HbS polymerization, reducing hemolysis and vaso-occlusion. This study aimed to evaluate the association of polymorphisms BCL11A gene on the hemolysis markers reticulocytes, bilirubin, uric acid, lactate dehydrogenase (LDH) and methemoglobin (MetHb). The study included 45 patients with SCD of both sexes, in use of HU, attended in outpatient University Hospital Walter Cantídio (HUWC) in Fortaleza, Ceará, and 80 healthy individuals as a control group. The MetHb, uric acid and bilirubin dosage has performed by spectrophotometric method, the LDH by a kinetic method, the reticulocyte count by manual method and evaluation of BCL11A polymorphisms by PCR in real time. Data were analyzed using the statistical software GraphPad Prism. The level of significance was set at <5%. Patients with SCD and healthy subjects showed a difference between hematological parameters, hemoglobin, hematocrit, mean corpuscular volume (MCV) and platelets. Regarding the hemolysis parameters, it was observed that SCD patients has an increase of reticulocytes, MetHb, LDH and bilirubins compared to control group. The rs7557939 region showed an association with hemolysis biomarkers MetHb and LDH and rs4671393 region with the HbS concentration. The use of HU at doses higher than 10 mg/kg/day and for a longer period than 50 months had association with the decrease of the LDH concentration and the reticulocyte count. We conclude that polymorphisms on BCL11A gene and treatment with HU may modulate the hemolysis biomarkers, however, more research is necessary to study prognostic indicators and the factors involved in the clinical heterogeneity of SCD. / A anemia falciforme (AF) é uma doença hematológica causada por uma mutação pontual no gene da β-globina. A hemoglobina S (HbS) gerada devido à mutação forma hemácias com menor meia-vida devido à sua destruição crônica, sendo a principal responsável pelos sinais e sintomas da doença. Os polimorfismos do gene BLC11A e o uso de hidroxiuréia (HU) modulam a concentração de hemoglobina fetal (HbF), principal inibidora da polimerização da HbS, diminuindo a hemólise e a vaso-oclusão. O presente estudo teve o objetivo de associar os polimorfismos do gene BCL11A com os biomarcadores de hemólise reticulócitos, bilirrubinas, ácido úrico, lactato desidrogenase (LDH), e metemoglobina (MetHb). Participaram do estudo 45 pacientes com AF em uso de HU, de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) em Fortaleza-Ceará e 80 indivíduos saudáveis como grupo controle. A dosagem de MetHb, de ácido úrico e bilirrubinas foi realizada através de método espectrofotométrico, a de LDH por método cinético, a contagem de reticulócitos por metodologia manual e a avaliação dos polimorfismos do BCL11A por PCR em tempo real. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se o programa estatístico GraphPad Prism. O nível de significância foi estabelecido em <5%. Pacientes com AF e indivíduos saudáveis apresentaram uma diferença entre os parâmetros hematológicos hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio (VCM) e plaquetas. Em relação aos parâmetros de hemólise, observou-se que os pacientes com AF apresentaram um aumento de reticulócitos, MetHb, LDH e bilirrubinas (BT, BD, BI) em relação ao grupo controle. A região rs7557939 do gene BCL11A apresentou uma associação com os biomarcadores de hemólise MetHb e LDH e a região rs4671393 com a concentração de HbS. O uso da HU em doses maiores que 10mg/kg/dia e por um período maior que 50 meses apresentou associação com a diminuição da concentração de LDH e com a contagem de reticulócitos. Concluiu-se que polimorfismos no gene BCL11A e o tratamento com a HU podem modular os biomarcadores de hemólise, entretanto, mais pesquisas são necessárias para estudar indicadores de prognóstico e os fatores envolvidos na heterogeneidade clínica da AF.
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Influência de polimorfismos em genes de citocinas pró- e anti-inflamatórias na imunogênese da tuberculose pulmonar em adultos

Rodrigues, Mariana Milano January 2015 (has links)
A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo 288 Mycobacterium tuberculosis, a qual ocupa a segunda posição mundial entre 289 causas de mortes por um único agente infeccioso. O desenvolvimento da 290 imunidade protetora e o controle da infecção por M. tuberculosis são amplamente 291 atribuídos a função desempenhada por citocinas pró e anti-inflamatórias. No 292 entanto, 90-95% dos indivíduos infectados com o bacilo conseguem conter ou 293 eliminar a infecção enquanto o restante desenvolve a TB ativa. As razões pelas 294 quais 5-10% dos indivíduos com competência imunológica completa são 295 suscetíveis `a TB ainda permanecem desconhecidas. Porém, nas últimas 296 décadas, estudos epidemiológicos têm trazido fortes evidências de que 297 componentes genéticos humanos contribuem significativamente para essa 298 interindividual variabilidade na suscetibilidade `a TB. Assim, o objetivo deste 299 trabalho foi avaliar a influência dos polimorfismos IL2 -330 T>G (rs2069762); IL4 -300 590 C>T (rs2243250); IL6 -174 G>C (rs1800795); IL10 -592 A>C (rs1800872); 301 IL10 -1082 G>G (rs1800896); IL17A -692 C>T (rs8193036); IL17A -197 G>A 302 (rs2275913); TNF -238 G>A (rs361525); TNF -308 G>A (rs1800629) e IFNG +874 303 T>A (rs2430561) localizados em genes de citocinas na suscetibilidade ao 304 desenvolvimento da tuberculose pulmonar (TBP) em uma população de adultos 305 do sul do Brasil.Os resultados obtidos sugerem fortemente um papel protetor para 306 os polimorfismo IL17A -197G>A (rs2275913) e IL6-174 G>C (rs1800795) no 307 desenvolvimento da TBP nessa população. O efeito protetor foi atribuído ao alelo 308 IL17A-197A (OR=0.29; p=0.04), genótipo AA (OR=0.12; p=0.04) e portadores do 309 alelo A (AG/AA) (OR=0.29; p=0.004). Da mesma forma, o polimorfismo IL6-310 174G>C mostrou ter um efeito protetor no desenvolvimento da TBP em 311 portadores do alelo C (CC/CG) (OR= 0.46; p=0.04). Ambos os polimorfismos 312 mantiveram a significância estatística após a correção usando o teste FDR. Os 313 demais polimorfismos avaliados não mostraram evidências que suportem 314 associação ao desenvolvimento da TBP em adultos nesta população. Os 315 polimorfismos IL17A -692 C>T (rs8193036) e IFNG +874 T>A (rs2430561) foram excluídos das análises porque não estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Em 317 conclusão, este trabalho identificou pela primeira vez na população do sul do 318 Brasil um efeito protetor dos polimorfismo IL17A -197 G>A e IL6 -174 G>C no 319 desenvolvimento da TBP em adultos. Esses resultados indicam o papel 320 importante para as citocinas pro-inflamatórias IL17A e IL6 na imunofisiologia da 321 TB. / Tuberculosis is an infectious disease caused by Mycobacterium 340 tuberculosis bacillus, which ranks second worldwide position among causes of 341 deaths from a single infectious agent. The development of protective immunity and 342 control of infection by M. tuberculosis are largely attributed to the role of pro and 343 anti-inflammatory cytokines. However, 90-95% of individuals infected with bacillus 344 can contain or eliminate the infection while the remainders develop active TB. The 345 reasons why 5-10% of individuals with full immune competence are susceptible to 346 TB remain unknown. However, in recent decades, epidemiological studies have 347 brought strong evidence that human genetic components contribute significantly to 348 this interindividual variability in susceptibility to TB.Thus the aim of this work was 349 to evaluate the influence of polymorphisms IL2 -330 T>G (rs2069762); IL4 -590 350 C>T (rs2243250); IL6 -174 G>C (rs1800795); IL10 -592 A>C (rs1800872); IL10 -351 1082 A>G (rs1800896); IL17A -692 C>T (rs8193036); IL17A -197 G>A 352 (rs2275913); TNF -238 G>A (rs361525); TNF -308 G>A (rs1800629) and IFNG 353 +874 T>A (rs2430561) located in cytokine candidates genes in the susceptibility to 354 development of pulmonary tuberculosis in south Brazil population.The results 355 strongly suggest a protective role for the IL17A -197G > A (rs2275913) and IL6-356 174 G>C polymorphism (rs1800795) in the development of pulmonary 357 tuberculosis in this population. The protective effect was attributed to IL17A -197 358 allele A (OR = 0.29; p = 0:04), AA genotype (OR = 0:12; p = 0:04) and carriers of 359 the A allele (AG / AA) (OR = 0.29; p = 0.004 ). Likewise, the IL6 -174G>C shows 360 an association for C carriers (CC/CG) (OR= 0.46; p=0.04). Both polymorphisms 361 maintained the statistical significance after correction using FDR test. However, no 362 evidence of association was identified for any other polymorphism studied in this 363 population.IL17A polymorphisms -692 C>T (rs8193036) and IFNG +874 T>A 364 (rs2430561) polymorphisms were excluded from the analysis because they were 365 not in Hardy-Weinberg equilibrium. In conclusion, our results identified for the first 366 time in Southern Brazil population a protective role for IL17A -197 G>A and IL6 -367 174 G>C polymorphisms in adult pulmonary tuberculosis development. These results indicate an important role for IL-17A and IL-6 pro-inflammatory cytokines in 369 immunophysiology of tuberculosis.
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O papel das proteínas apoptóticas na patogênese do lúpus eritematoso sistêmico : uma abordagem imunogenética

Glesse, Nadine January 2015 (has links)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune que se caracteriza pela perturbação da homeostase imunológica. Envolve a indução e produção de autoanticorpos, bem como formação e deposição de complexos imunes, que conduzem a uma intensa resposta inflamatória e dano tecidual. Fatores imunológicos, ambientais, hormonais e genéticos podem estar implicados na patogênese da doença. A expressão alterada de genes e proteínas reguladores da apoptose em células T pode comprometer a tolerância imunológica e induzir autoantígenos responsáveis pelo desenvolvimento e perpetuação de condições autoimunes. Mas, pouco se sabe a respeito de como a expressão destas proteínas afeta o desenvolvimento e a função das células T. As células T regulatórias (Treg), uma subpopulação celular de importância para prevenir a autoimunidade, apresentam número e capacidade supressora alterados nos pacientes lúpicos. Buscando entender como anormalidades observadas nas vias apoptóticas contribuem para a autoimunidade, o presente estudo avaliou a frequência de apoptose inicial e morte celular de linfócitos nestes pacientes, a frequência de subtipos de células T expressando as proteínas envolvidas nas vias extrínseca e intrínseca da apoptose, como Fas, FasL, Bax, Bcl-2 e p53, além da expressão dos genes que as codificam. Analisou-se ainda a frequência de polimorfismos nos genes FAS, FASL, BCL-2 e BAX em pacientes, comparando estes dados com o de controles, buscando possíveis associações com a predisposição à doença e com os dados clínicos. Foram estudados 427 pacientes com LES do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e 543 indivíduos saudáveis, como controles. Dados de 50 mulheres lúpicas mostraram maior frequência de células Treg, bem como maior densidade de expressão do fator de transcrição Foxp3 nestas células em relação a controles, embora não tenhamos observado diferenças estatísticas em relação à expressão de proteínas pró- e antiapoptóticas nesta subpopulação celular. Uma proporção aumentada de células T CD4+ expressando Fas e p53, e uma frequência reduzida expressando Bcl-2 foi encontrada nas pacientes, em relação aos controles. Esse último dado foi apoiado pela relação observada entre a menor frequência de T CD4+ expressando Bcl-2 e a atividade da doença, e pela expressão diminuída do gene BCL-2 em células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) de mulheres lúpicas. Células T CD8+ expressando Bax e p53 também foram mais frequentes nas pacientes, ressaltando que células T CD8+p53+ foram mais numerosas nas pacientes com positividade para anticorpos anti-DNA. Maior frequência de morte de linfócitos foi observada em mulheres lúpicas. Com relação ao estudo dos polimorfimos, variantes alélicas dos genes FASL e BAX possivelmente se relacionam com o desenvolvimento e proteção da doença, respectivamente. Em conclusão, nossos achados apontam que a expressão modificada de genes e proteínas em células TCD4+ e TCD8+, relacionada a uma maior taxa de apoptose, podem conduzir à desregulação das vias apoptóticas e levar à perda da tolerância periférica, favoráveis ao desenvolvimento do LES. / Systemic lupus erythematosus (SLE) is a chronic inflammatory autoimmune disease that is characterized by disruption of the immune homeostasis. It involves the induction and production of autoantibodies, as well as formation and deposition of immune complexes, leading to a severe inflammatory response and tissue damage. Immunological, environmental, hormonal and genetic factors may be implicated in the pathogenesis of the disease. The altered expression of genes and proteins regulating apoptosis on T cells may lead to breakdown of the immune tolerance and induce autoantigen responsible for the development and perpetuation of autoimmune conditions. Little information is known of how these proteins affect the development and function of T cells. Regulatory T cells (Treg), a cell subpopulation of importance to prevent the autoimmunity, exhibit changed number and suppressive capacity in SLE patients. Trying to understand how abnormalities observed in apoptotic pathways contribute to autoimmunity, the present study evaluated the frequency of initial apoptosis and cell death of lymphocytes in these patients, the frequency of T cell subsets expressing the proteins involved in the extrinsic and intrinsic pathways of apoptosis, such as Fas, FasL, Bax, Bcl-2 and p53, besides the expression of genes that encode them. We also examined the polymorphisms frequencies of Fas, FasL, Bcl-2 and Bax genes in patients, comparing these data with controls, looking for possible associations with the predisposition to disease and the clinical data. 427 SLE patients from Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) and 543 healthy subjects, as controls were studied. Results from 50 SLE women showed a higher frequency of Treg cells as well as a higher density of Foxp3 expression in these cells compared to controls, although we have not observed statistical differences in relation to the expression of pro- and antiapoptotic proteins in this cell subpopulation. An increased proportion of CD4+ T cells expressing Fas and p53, and a reduced frequency expressing Bcl-2 were found in patients. The latter finding was supported by the negative relation found between the frequency of CD4+Bcl-2+ cells and the disease activity index and by the decreased expression of BCL-2 gene in PBMCs of lupus women. CD8+ T cells expressing Bax and p53 were also more frequent in patients, noting that CD8+ T cells expressing p53 were more frequent in patients positive for anti-DNA antibodies. A higher frequency of death of lymphocytes was observed in SLE women. Regarding to polymorphisms analysis, allelic variants of FasL and Bax are possibly relate to the development and protection of the disease, respectively. In conclusion, our findings indicate that the modified expression of genes and proteins in CD4+ and CD8+ T cells, related to an increased apoptosis, may lead to dysregulation of the apoptosis pathways and the loss of peripheral tolerance, favorable for SLE development.
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Variantes gênicas na via de sinalização das proteínas P53 e P73 e sua relação com perdas gestacionais recorrentes

Fraga, Lucas Rosa January 2013 (has links)
As Perdas Gestacionais Recorrentes (PGR) são definidas como duas ou mais perdas gestacionais consecutivas antes das 24 semanas de gestação. Essa condição, de etiologia complexa, ocorre em cerca de 5% de todos os casais que tentam ter filhos, podendo ser considerada uma condição reprodutiva que merece ser alvo de investigação, principalmente pelo fato de que, em aproximadamente 50% dos casos, sua etiologia permanece desconhecida. A família de proteínas p53 é composta por fatores de transcrição cujos membros, p53, p63 e p73 compartilham uma estrutura geral e funções primárias no controle do ciclo celular, sendo capazes de induzir parada do ciclo celular e morte celular em respostas a danos no DNA. Na reprodução, atuam: p53, na regulação de diversos genes envolvidos na apoptose e angiogênese, mecanismos fundamentais para uma adequada gestação, além de regular o gene LIF, cujo produto prepara o útero para a implantação do blastocisto; p63, como a maior reguladora do processo que controla a qualidade e sobrevivência da linhagem germinativa feminina através da eliminação por apoptose; e p73, na manutenção da qualidade dos oócitos através do controle do fuso mitótico. Essas proteínas são reguladas, principalmente, por proteínas envolvidas no processo de ubiquitinação, sendo elas: Mdm2, principal reguladora da rota, reduzindo os níveis de p53, p63 e p73; Mdm4, homóloga a Mdm2, atuando da mesma forma sobre a família; e Usp7, que atua apenas sobre Mdm2, Mdm4 e p53, deubiquitinando-as e, assim, estabilizando essa rota. Nesse trabalho foi investigado o efeito das variantes polimórficas nos genes da família p53 e seus principais reguladores, sendo essas c.215G>C - Pro72Arg de TP53 (rs1042522), c.325-4742T>G de TP63 (rs17506395), 4c.-30G>A e 14c.-20C>T de TP73 (rs2273953, rs1801173), c.14+309T>G de MDM2 (rs2279744), c.753+572C>T de MDM4 (rs1563828), c.2719-234G>A de USP7 (rs1529916) e c.1414T>G de LIF (rs929271), como fator de risco para perdas gestacionais recorrentes. Foram avaliadas 153 mulheres com perdas gestacionais recorrentes e 143 mulheres com pelo menos dois filhos vivos e sem histórico de perdas gestacionais ou infertilidade. A distribuição das freqüências alélicas e genotípicas não se mostrou diferente entre os dois grupos, entretanto, análises de interação entre os genótipos de risco de TP53 (Arg/Arg) e MDM2 (TT) e, TP63 (TT) e MDM2 (TT) foram associadas ao aumento do risco para PGR (OR = 2,58; 95% IC: 1,31 – 5,07; p = 0,006; e OR = 2,13; IC: 1,18 – 3,82; p = 0,011, respectivamente). Com base nestas observações e em dados de literatura, sugere-se que a presença concomitante de genótipos Arg/Arg de TP53 e TT de MDM2 levam a um aumento dos níveis de p53, o que propicia indução da apoptose mais eficiente podendo estar correlacionada a uma maior suscetibilidade a PGR. Em relação à interação de MDM2 e TP63, mesmo sem a compreensão do efeito deste polimorfismo sobre a função de p63, sabe-se que o genótipo MDM2 TT resulta em menores níveis da proteína. Como consequência, maiores níveis de p63 nos oócitos, ovário e útero seriam esperados, o que também levaria a maior chance de PGR. Os achados deste trabalho reforçam a hipótese do envolvimento da família p53 no controle da reprodução materna. Através dos mecanismos pró-apoptóticos e de controle de ciclo celular semelhantes, porém independentes, as atividades dessas proteínas na fisiologia da reprodução materna influenciam no desfecho gestacional, incluindo a fisiopatologia das PGR. / Recurrent pregnancy loss (RPL) is defined as two or more consecutives pregnancy losses before 24 weeks of gestation. This condition of complex etiology, occurs in about 5% of all couples trying to conceive and may be considered a reproductive disorder that deserves to be investigated, mainly due the fact that, in approximately 50% of cases, the etiology remains unknown. The p53 family proteins is a family of transcription factors whose members p53, p63 and p73 share a general structure and primary functions in cell cycle control, being able of induce cell cycle arrest and cell death in response to DNA damage. In reproduction, act: p53, in the regulation of several genes involved in apoptosis and angiogenesis, fundamental mechanisms for an appropriate pregnancy, also regulates LIF gene expression, whose product prepares the uterus for implantation of the blastocyst; p63, as the main regulator of process that control the quality and survival of female germ line through elimination by apoptosis; and p73, in maintaining the quality of the oocytes by controlling the mitotic spindle. These proteins are regulated mainly by proteins involved in the ubiquitination process, namely: Mdm2, main regulator of the route, reducing p53, p63 and p73 levels; Mdm4, homologous to Mdm2, acting the similarly on family; and Usp7, which acts only on Mdm2, Mdm4 and p53, deubiquitinating them and thus stabilizing this route. In this study was investigated the effect of polymorphic variants in genes of the p53 family and its main regulators, these being c.215G>C - Pro72Arg of TP53 (rs1042522), c.325-4742T>G of TP63 (rs17506395), 4c.-30G>A e 14c.-20C>T of TP73 (rs2273953, rs1801173), c.14+309T>G of MDM2 (rs2279744), c.753+572C>T of MDM4 (rs1563828), c.2719-234G>A of USP7 (rs1529916) and c.1414T>G of LIF (rs929271), as risk factor to recurrent pregnancy loss. Were evaluated 153 women with recurrent pregnancy loss and 143 women with at least two live births and no history of pregnancy loss or infertility. The distribution of allelic and genotypic frequencies did not differ between the two groups, however, analysis of the interaction between the risk genotypes of TP53 (Arg/Arg) and MDM2 (TT), and TP63 (TT) and MDM2 (TT) were associated to increased risk for PGR (OR = 2.58, 95% CI: 1.31 - 5.07, p = 0.006; and OR = 2.13; OR = 2.13; IC: 1.18 - 3.82; p = 0.011, respectively). Based on these observations and on literature data, suggests that the simultaneous presence of genotypes Arg/Arg of TP53 and TT of MDM2 leads to an increase in p53 levels, which provides more effective induction of apoptosis and can be correlated with an increased susceptibility to RPL. Regarding the interaction of MDM2 and TP63, even without understanding the effect of this polymorphism on the function of p63, it is known that MDM2 TT genotype results in lower levels of the protein. As a consequence, higher levels of p63 in oocytes, ovary and uterus would be expected, which would also lead to a increased risk of RPL. The hypothesis of this study is that the mechanism which p53 and p63 is acting on women with recurrent pregnancy is through an post-implantation event. The findings of this study support the hypothesis of the involvement of p53 family on maternal reproduction control. Through the pro-apoptotic mechanisms and cell cycle control similar nevertheless independents, activities of these proteins in the maternal reproduction physiology influence on the pregnancy outcome, including the pathophysiology of RPL.

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