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Os africanos livres em Pernambuco, 1831-1864

Luciana Ribeiro de Oliveira, Cyra 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:33:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo685_1.pdf: 1247034 bytes, checksum: 5b72c235da54ff73bd8c28866ece9fd4 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho tem como objetivo entender as práticas de resistência utilizadas pelos africanos livres na província de Pernambuco no período de 1831-1864. Durante o período em que estiveram sob custódia do Estado, os africanos livres, desenvolveram os mais diversos tipos de atividade, sejam engajados no trabalho das repartições do governo ou ainda servindo aos consignatários particulares. De acordo com a legislação, teriam eles que servir por um período de 14 anos na condição de criados ou trabalhadores livres , tempo esse que seria de aprendizado para poderem colocar-se em liberdade. No entanto, na prática as coisas não funcionaram bem assim, sendo submetidos ao trabalho compulsório pelos tutores, que encontravam meios de burlar as leis e continuar a se beneficiar dos serviços prestados por eles. Mas, os africanos livres eram conhecedores de sua condição, tanto é que se colocavam diante das autoridades, solicitando um tratamento diferenciado, enquanto que outros recorreriam aos tribunais. No processo de busca pela emancipação, vários foram os obstáculos enfrentados para verem seus desejos se efetivarem. Nem todos conseguiram alcançá-los. Uns permaneceram por muito mais tempo do que o previsto, outros, ficaram servindo a seus tutores pelo resto de suas vidas
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Trabalho e cotidiano dos africanos livres na Estrada da Maioridade- São Paulo- Santos (1840-1864). /

Ribeiro, Mariana Alice Pereira Schatzer. January 2019 (has links)
Orientador: Lúcia Helena Oliveira Silva / Resumo: A exploração do trabalho no Brasil, no século XIX, abrangeu questões complexas, pautadas pela precariedade da liberdade, pelo trabalho assalariado infrequente, pelo trabalho compulsório e forçado e, especialmente pela reescravização de pessoas livres de cor. Desta forma, a pesquisa busca compreender o que significava ser um africano com a condição jurídica de livre, porém, submetido à escravidão ilegal, arrematado aos canteiros de obras da Estrada da Maioridade. O empreendimento foi um dos projetos de modernização mais relevantes para a província São Paulo, entre 1840 a 1862. A construção e a manutenção das obras destinavam ligar a capital, até o porto de Santos, perpassando as cidades de São Bernardo e Cubatão. A iniciativa governamental visou dinamizar a comunicação, a circulação de pessoas, bem como o escoamento dos itens da economia agroexportadora, em especial, o café, durante a segunda metade do oitocentos. Já, a escolha do recorte temporal pautou-se pelo período das primeiras discussões relativas à estrada, passando pela execução das obras, até a data da emancipação definitiva dos africanos livres no Brasil, em 1864. Para tal, observamos os ofícios, as correspondências e as listas nominais produzidas pelos diretores da estrada, em conjunto com os relatórios dos presidentes da província, cuja documentação encontra-se depositada no Arquivo Público do Estado. O estudo das informações contidas nos documentos administrativos possibilitaram as análises de parte do cotidiano ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The exploitation of labor in Brazil in the nineteenth century covered complex issues, based on the precariousness of liberty, infrequent wage labor, compulsory and forced labor, and especially on the re-enslavement of free people of color. In this way, the research seeks to understand what it meant to be an African with the legal status of free, however, subjected to illegal slavery, garnished to the construction sites of the Road of Majority. The project was one of the most important modernization projects for the province of São Paulo, between 1840 and 1862. The construction and maintenance of the works were intended to connect the capital to the port of Santos, passing through the cities of São Bernardo and Cubatão. The government initiative was aimed at boosting communication, the movement of people, and the disposal of items from the agro-exporting economy, especially coffee, during the second half of the eighteenth century. Already, the temporal selection was based on the period of the first discussions about the road, going through the execution of the works, until the date of the definitive emancipation of the free Africans in Brazil in 1864. For this, we observed the trades, the nominal lists produced by the directors of the road, together with the reports of the presidents of the province, whose documentation is deposited in the Public Archives of the State. The study of the information contained in the administrative documents made it possible to analyze part of th... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Africanos livres na Bahia 1831-1864

Santana, Adriana Santos January 2007 (has links)
180f. / Submitted by Suelen Reis (suelen_suzane@hotmail.com) on 2013-02-25T17:06:03Z No. of bitstreams: 1 dissertacao_adriana_santana.pdf: 895284 bytes, checksum: 2f9bcca0090657677e11ce49f7e4c670 (MD5) / Approved for entry into archive by Fatima Cleômenis Botelho Maria (botelho@ufba.br) on 2013-03-05T13:30:26Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertacao_adriana_santana.pdf: 895284 bytes, checksum: 2f9bcca0090657677e11ce49f7e4c670 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-03-05T13:30:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_adriana_santana.pdf: 895284 bytes, checksum: 2f9bcca0090657677e11ce49f7e4c670 (MD5) Previous issue date: 2007 / O objeto desse trabalho é a relação entre as experiências cotidianas dos africanos livres na Bahia e as ações protetoras do Estado, entre os anos de 1831 e 1864. Através dessa análise buscamos compreender as percepções que os africanos livres tiveram dessa proteção na batalha pelo direito de “viver sobre si”. Para tanto, analisamos um vasto conjunto documental, localizado nos acervos do Arquivo Público do Estado da Bahia, o que permitiu a construção de uma nova percepção da conjuntura social escravista da Província da Bahia no período em questão. Nessa sociedade, os africanos resgatados do tráfico foram inseridos na condição de africanos livres, caracterizados pela imposição do trabalho tutelado, estruturado pelo Estado. Dessa forma, o Estado pôde interferir no convívio de duas classes sociais antagônicas – concessionários e emancipados –, ação permitida e estruturada a partir da legislação antitráfico, responsável pelo surgimento da categoria social e jurídica dos africanos livres. Por ser uma construção proveniente das ações normativas do Estado, esse órgão se impôs como principal articulador da relação social antes limitada a esfera privada – a dualidade senhor x escravo. Inseridos no mundo do trabalho, os africanos livres foram arrematados a instituições públicas ou a particulares, que adquiriam o direito de explorar sua mão-de-obra, impondo-lhes a subserviência escrava. Essa, porém, foi rejeitada pelos africanos livres que se colocavam perante a sociedade como indivíduos livres, em oposição aos concessionários, empenhados na manutenção da instituição escrava. Essa rejeição, vista como uma prática de resistência à tutela, nos permitiu descobrir os complexos laços de solidariedade construídos a partir das experiências vividas no mundo do trabalho. Portanto, esse estudo focaliza o Estado e os africanos livres como sujeitos inseridos e atuantes na estrutura escravista, porém, em pólos e com objetivos diferenciados, por isso, acreditamos, que apesar de ser fruto das leis antitráfico, os africanos aparecem enquanto categoria social e jurídica específica a partir do momento em que se apropriaram dessa legislação em sua prática cotidiana de resistência a escravização. / Salvador
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Os SamangolÃs :africanos livres no cearà (1835-1865)

Jofre TeÃfilo Vieira 00 December 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A presente tese busca examinar a presenÃa dos africanos livres no Cearà entre 1835 e 1865. A investigaÃÃo permitiu descobrir que no Cearà houve trÃs casos de apreensÃes de embarcaÃÃes ligadas ao comÃrcio de escravos: o bergantim Nossa Senhora do Socorro, Santo Antonio e Almas, em 1742, com 114 africanos; a chalupa Syrene, em 1819, com 39; e duas embarcaÃÃes, nÃo identificadas, em 1835, com 167. A primeira, fora do contexto de repressÃo ao comÃrcio de escravos, decorreu do contrabando de fazendas inglesas e nÃo devido a sua âcarga humanaâ. A partir de sua histÃria foi possÃvel vislumbrar os meandros do trato negreiro para o Brasil durante o sÃculo XVIII, em que, a capitania do Cearà estava âas margensâ. A segunda, a da chalupa Syrene, foi por estar envolvida no comÃrcio ilÃcito de escravatura. A sua anÃlise evidenciou o esforÃo de uma elite local de se inserir na rota de comÃrcio de cativos diretamente da Ãfrica para o Brasil, apesar da proibiÃÃo presente no Alvarà de 1818, que nÃo permitia a compra de escravos nos portos da costa da Ãfrica ao norte da linha do Equador. A Ãltima apreensÃo se reveste de grande importÃncia, por que os africanos que foram libertados sÃo os personagens centrais desta tese. Os sujeitos ali resgatados do trÃfico foram destinados a servir nas obras pÃblicas, sob tutela direta do Estado, ou a terceiros, em troca da sua educaÃÃo. Neste sentido, questionou-se, o que era ser africano livre no CearÃ. O corpusdocumental constituÃdo da correspondÃncia do executivo provincial com diversas autoridades, os registros policiais e eclesiÃsticos, os jornais, os relatÃrios dos presidentes da provÃncia do CearÃ, entre outras fontes, revelaram uma situaÃÃo de liberdade precÃria, onde, de africanos livres estavam sendo transformados em (ou tratados como) cativos. Mas houve resistÃncia a esta situaÃÃo de tal forma, que foi criada uma identidade Ãtnica, e, eles passaram a ser conhecidos como os âSamangolÃs.
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Os meia-cara: africanos livres em São Paulo no século XIX / The \"meia-cara\": liberated African people in São Paulo at 19th century

Bertin, Enidelce 13 December 2006 (has links)
Este trabalho tem por objeto os africanos livres que estiveram sob custódia do Estado prestando serviços em estabelecimentos públicos da Província de São Paulo. Através deles objetiva-se a análise das vicissitudes das relações entre africanos livres e Estado, percebendo os diferentes significados da tutela para ambas as partes. Sendo conhecedores da singularidade de sua condição, os africanos livres colocaram-se diante das autoridades como indivíduos livres, o que se chocava frontalmente com a prática dos seus tutores. Para os administradores públicos, os africanos livres não deveriam estar à parte da lógica escravista, por isso toda a \"proteção\" que a tutela guardava relacionava-se com uma perspectiva de manutenção da escravidão. Procurando perscrutar a resistência cotidiana dos africanos livres ao domínio representado pela tutela, pudemos desvendar os intensos laços de solidariedade mantidos entre eles, bem como a preservação da memória de uma experiência histórica comum, muitas vezes alinhavada desde a travessia atlântica. Portanto, nossa abordagem está centrada no entendimento dos africanos livres como sujeitos históricos, inseridos nas relações escravistas e atuantes no sentido da resistência à escravização latente. Porque desconfiamos que a presença dos mesmos na sociedade escravista do oitocentos foi mais ativa e efetiva do que apontava o discurso dos administradores públicos, nosso desafio está na reconstituição da experiência vivida por eles. Ao focalizar essa população, portanto, objetiva-se uma análise de sua experiência histórica como trabalhadores tutelados nos estabelecimentos públicos de São Paulo. / This research aims the liberated Africans who had been under the State guard, serving on the province of São Paulo public institutions. The main subject of this research is the analysis of diverging relationship between liberated African and the State, realizing the different meanings of \"public tutorship\" for both parts. Aware of their singular condition, liberated African faced the public authorities as free individuals, which was clearly against their tutors practice. For public administrators, liberated African shouldn\'t be unaware of the slavery logic, and this is why all \"protection\" by means of tutorship was related to a perspective of slavery maintenance. Trying to investigate liberated African\'s daily opposition to tutorship, we could disclose strong links of brotherhood kept among them, as well as the preservation of a common historic experience memory, often sketched since the atlantic traverse. Therefore, our approach is focused on the comprehension of liberated Africans as historical individuals, deepened into slavery relationship and acting to oppose latent slavery. Because we suspected that their presence in the 1800\'s was more active and effective than pointed out by the public administrators speech, our challenge is on restoration of experience lived by them. By focusing that population so, we aim to get an analysis of their historical experience as workers under the tutorship of public institutions in São Paulo.
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Os africanos livres na Casa de Correção: política e direito como disciplinarização / Free africans in the House of Corretion: politics and law as discipline

Gustavo Pinto de Sousa 31 March 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho analisa os africanos livres durante a construção da Casa de Correção da Corte. Para conhecer esse caminho, a investigação começa com a lei de 7 de novembro de 1831 e termina com a inauguração da primeira prisão com trabalho do país, em 1850. A dissertação tem como fio condutor o estudo da produção jurídica sobre os africanos livres e para isso, levam-se em consideração três eixos documentais: as leis brasileiras, os relatórios ministeriais e os despachos burocráticos relativos à administração da casa. O exame dessa material possibilita a operacionalização da noção de disciplinarização e como ela construiu a identidade dos africanos livres como trabalhadores. A disciplina como instrumento de formação de trabalhadores foi o meio de viabilizar a utilização dessa mão de obra. Esse estudo, ao problematizar aos africanos livres na condição de trabalhadores debate as formas de trabalho no Império do Brasil, colocando em pauta as experiências da escravidão e as expectativas do trabalho livre. E nessa análise, o sentido político das enunciações jurídicas foi o cerne para entendimentos desses agentes históricos. Dessa forma, eles foram instruídos e capacitados em diferentes ofícios, na qual recebiam salário e pagavam por sua subsistência. Nesse sentido, a dissertação se estrutura na relação da produção jurídica com a experimentação do trabalho livre. / The present work analyzes the free africans during the construction of the House of Correction. To know this pathway, the investigation begins with the November 7, 1831 law and ends with the inauguration of the countrys first working prison, in 1850. The dissertations conduction wire is the study of the legal production regarding the free africans and, for this, three documental axes are taken into consideration: the Brazilian laws, the ministerial reports and the bureaucratic orders regarding the house administration. The examination of this material allows the operationalization of the notion of discipline undertaken by Michel Foucault. The discipline as an instrument of workers formation was the means to enable the use of the free africans working power. This study, by discussing the free africans as workers, debates the ways of work in Brazilian Empire, putting in evidence the experiences of slavery and the expectations of free labor. And in this discussion, the political sense of legal assertions was the core for the understanding of them as free workers. This way, they were instructed and trained in different trades, in which they received salaries and paid for their own subsistence. At this point, the dissertation structures itself in the relation between legal production and free labor experimentation.
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Os meia-cara: africanos livres em São Paulo no século XIX / The \"meia-cara\": liberated African people in São Paulo at 19th century

Enidelce Bertin 13 December 2006 (has links)
Este trabalho tem por objeto os africanos livres que estiveram sob custódia do Estado prestando serviços em estabelecimentos públicos da Província de São Paulo. Através deles objetiva-se a análise das vicissitudes das relações entre africanos livres e Estado, percebendo os diferentes significados da tutela para ambas as partes. Sendo conhecedores da singularidade de sua condição, os africanos livres colocaram-se diante das autoridades como indivíduos livres, o que se chocava frontalmente com a prática dos seus tutores. Para os administradores públicos, os africanos livres não deveriam estar à parte da lógica escravista, por isso toda a \"proteção\" que a tutela guardava relacionava-se com uma perspectiva de manutenção da escravidão. Procurando perscrutar a resistência cotidiana dos africanos livres ao domínio representado pela tutela, pudemos desvendar os intensos laços de solidariedade mantidos entre eles, bem como a preservação da memória de uma experiência histórica comum, muitas vezes alinhavada desde a travessia atlântica. Portanto, nossa abordagem está centrada no entendimento dos africanos livres como sujeitos históricos, inseridos nas relações escravistas e atuantes no sentido da resistência à escravização latente. Porque desconfiamos que a presença dos mesmos na sociedade escravista do oitocentos foi mais ativa e efetiva do que apontava o discurso dos administradores públicos, nosso desafio está na reconstituição da experiência vivida por eles. Ao focalizar essa população, portanto, objetiva-se uma análise de sua experiência histórica como trabalhadores tutelados nos estabelecimentos públicos de São Paulo. / This research aims the liberated Africans who had been under the State guard, serving on the province of São Paulo public institutions. The main subject of this research is the analysis of diverging relationship between liberated African and the State, realizing the different meanings of \"public tutorship\" for both parts. Aware of their singular condition, liberated African faced the public authorities as free individuals, which was clearly against their tutors practice. For public administrators, liberated African shouldn\'t be unaware of the slavery logic, and this is why all \"protection\" by means of tutorship was related to a perspective of slavery maintenance. Trying to investigate liberated African\'s daily opposition to tutorship, we could disclose strong links of brotherhood kept among them, as well as the preservation of a common historic experience memory, often sketched since the atlantic traverse. Therefore, our approach is focused on the comprehension of liberated Africans as historical individuals, deepened into slavery relationship and acting to oppose latent slavery. Because we suspected that their presence in the 1800\'s was more active and effective than pointed out by the public administrators speech, our challenge is on restoration of experience lived by them. By focusing that population so, we aim to get an analysis of their historical experience as workers under the tutorship of public institutions in São Paulo.
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Os africanos livres na Casa de Correção: política e direito como disciplinarização / Free africans in the House of Corretion: politics and law as discipline

Gustavo Pinto de Sousa 31 March 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho analisa os africanos livres durante a construção da Casa de Correção da Corte. Para conhecer esse caminho, a investigação começa com a lei de 7 de novembro de 1831 e termina com a inauguração da primeira prisão com trabalho do país, em 1850. A dissertação tem como fio condutor o estudo da produção jurídica sobre os africanos livres e para isso, levam-se em consideração três eixos documentais: as leis brasileiras, os relatórios ministeriais e os despachos burocráticos relativos à administração da casa. O exame dessa material possibilita a operacionalização da noção de disciplinarização e como ela construiu a identidade dos africanos livres como trabalhadores. A disciplina como instrumento de formação de trabalhadores foi o meio de viabilizar a utilização dessa mão de obra. Esse estudo, ao problematizar aos africanos livres na condição de trabalhadores debate as formas de trabalho no Império do Brasil, colocando em pauta as experiências da escravidão e as expectativas do trabalho livre. E nessa análise, o sentido político das enunciações jurídicas foi o cerne para entendimentos desses agentes históricos. Dessa forma, eles foram instruídos e capacitados em diferentes ofícios, na qual recebiam salário e pagavam por sua subsistência. Nesse sentido, a dissertação se estrutura na relação da produção jurídica com a experimentação do trabalho livre. / The present work analyzes the free africans during the construction of the House of Correction. To know this pathway, the investigation begins with the November 7, 1831 law and ends with the inauguration of the countrys first working prison, in 1850. The dissertations conduction wire is the study of the legal production regarding the free africans and, for this, three documental axes are taken into consideration: the Brazilian laws, the ministerial reports and the bureaucratic orders regarding the house administration. The examination of this material allows the operationalization of the notion of discipline undertaken by Michel Foucault. The discipline as an instrument of workers formation was the means to enable the use of the free africans working power. This study, by discussing the free africans as workers, debates the ways of work in Brazilian Empire, putting in evidence the experiences of slavery and the expectations of free labor. And in this discussion, the political sense of legal assertions was the core for the understanding of them as free workers. This way, they were instructed and trained in different trades, in which they received salaries and paid for their own subsistence. At this point, the dissertation structures itself in the relation between legal production and free labor experimentation.
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A familia negra no tempo da escravidão : Bahia, 1850-1888 / The black family in slave society : Bahia, 1850-1888

Reis, Isabel Cristina Ferreira dos 19 October 2007 (has links)
Orientador: Robert Wayne Andrew Slenes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-09T02:49:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Reis_IsabelCristinaFerreirados_D.pdf: 7324174 bytes, checksum: d43057c026869ed36fa18b00aec64202 (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: Neste estudo investigo a experiência de vida familiar negra no contexto da Bahia escravista da segunda metade do século XIX, enfatizando a forma como as mudanças sociais, econômicas e políticas do período influíram nas relações familiares dos negros submetidos ou não ao regime de cativeiro. Argumento que, para melhor conhecer esta experiência, há que se considerar uma conjuntura nitidamente emancipacionista ¿ tanto do ponto de vista de uma política arquitetada e controlada pelo Estado, como pelas ações capitaneadas pelos escravizados, negros livres e libertos. Nesta conjuntura, se ampliou a interação entre indivíduos com estatutos jurídico diferenciados, ligados por laços de família, parentesco, relacionamentos afetivos e comunitários, o que nos legou uma história afro-brasileira repleta de sujeitos em situações complexas ou inusitadas, a exemplo das muitas histórias contadas ao longo deste trabalho. Para a elaboração deste estudo, foi realizada uma ampla pesquisa em fontes arquivísticas e historiográficas, através das quais se realizaram problematizações elucidativas sobre a experiência de vida familiar negra e do cotidiano da escravidão. A combinação de fontes qualitativas e demográficas favoreceu a compreensão dos sentidos que os negros conferiam às suas próprias experiências / Abstract: In this study I investigate black family life in the context of the slave-based society of Bahia, Brazil in the second half of the 19th century. My research particularly examines how social, economic and political changes in the final decades of slavery influenced family relations among blacks, whose legal statuses often differed within the same kin group. I argue that in order to best understand this experience, we must consider it within a distinctly emancipationist set of conditions ¿ including the gradual abolitionist policies constructed and controlled by the State, as well as the self-directed actions toward the liberation of family members by enslaved, free and freed black people. Given these particular historical circumstances, interactions developed among individuals of different legal statuses linked to each other through family ties, affective relationships and broader community connections. This study contributes to understanding a remarkable Afro-Brazilian history of individuals and families in complex and uncommon situations, many of which are reflected in stories told in this work. The study is based on extensive investigation in archival and historiographic sources, by means of which I was able to illuminate important scholarly questions related to 19th century black family life and the daily experience of slavery. A combination of qualitative and demographic sources facilitated an exploration of the meanings that blacks conferred on their own personal and collective experiences as members of family groupings / Doutorado / Historia Social da Cultura / Doutor em História

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