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Cidades crônicas: Rio de janeiro e Buenos Aires nas crônicas de Lima Barreto e nas Aguafuertes de Roberto

Ferraro, Paula Daniela 22 March 2017 (has links)
Submitted by Josimara Dias Brumatti (bcgdigital@ndc.uff.br) on 2017-03-22T18:56:46Z No. of bitstreams: 1 Dissertacaoversaofinal1.pdf: 729022 bytes, checksum: 3df1edd7e1c97f3af16e9c575dc399fa (MD5) / Approved for entry into archive by Josimara Dias Brumatti (bcgdigital@ndc.uff.br) on 2017-03-22T19:02:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacaoversaofinal1.pdf: 729022 bytes, checksum: 3df1edd7e1c97f3af16e9c575dc399fa (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-22T19:02:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacaoversaofinal1.pdf: 729022 bytes, checksum: 3df1edd7e1c97f3af16e9c575dc399fa (MD5) / As cidades do Rio de Janeiro e de Buenos Aires têm passado por processos históricos similares. No final do século XIX e no começo do século XX, os governantes do Brasil e da Argentina sustentaram o projeto político de modernizar esses lugares. Com o olhar na Europa, especialmente na França, foi realizada uma série de modificações que se relacionavam com a ideia de “progresso”. Desse modo, as construções coloniais foram substituídas por grandes prédios, as avenidas foram alargadas e os cafés, confeitarias e bulevares se multiplicaram. No Rio de Janeiro, aliás, aterraram-se algumas regiões do centro, inauguraram-se a Avenida Central e os cais do Porto, e foi demolido o morro do Castelo. Buenos Aires, por outra parte, ampliou a rede ferroviária, alargou a Avenida Corrientes, abriu cinemas, teatros e cafés e inaugurou o metrô (1913). Outros avanços técnicos, como o bonde elétrico, o automóvel, a câmera fotográfica e o cinema acompanharam os processos de mudança de ambas as cidades e transformaram, também, as percepções do tempo e do espaço. A confiança no “progresso” estava presente nos discursos dos políticos, jornalistas, escritores e cientistas. Porém, esse otimismo ignorava um fato importantíssimo: uma grande parte da população foi excluída desses benefícios. Lima Barreto e Roberto Arlt percorreram tanto o centro das suas cidades quanto as margens, percebendo assim o abandono destas últimas. Nas crônicas e Aguafuertes, estes narradores descreveram o outro lado do chamado “progresso”. / Las ciudades de Río de Janeiro y de Buenos Aires vivieron procesos históricos similares. A fines del siglo XIX y comienzos del XX, los gobernantes de Brasil y de Argentina compartieron el mismo proyecto político de modernizar esos lugares. Con la mirada puesta en Europa, especialmente en Francia, fueron realizadas una serie de modificaciones que se relacionaban con la idea de “progreso”. De ese modo, las construcciones coloniales fueron sustituidas por grandes predios, las avenidas fueron ensanchadas y los cafés, confiterías e bulevares se multiplicaron. En Río de Janeiro, además, algunas regiones del centro fueron ganadas al mar, se inauguraron la Avenida Central y los muelles del Puerto y el morro de Castelo fue demolido. Buenos Aires, por otra parte, amplió la red ferroviaria, ensanchó la Avenida Corrientes, abrió cines, teatros y cafés e inauguró el subterráneo (1913). Otros avances técnicos, como el tranvía, el automóvil, la cámara fotográfica y el cine acompañaron los procesos de mudanza de ambas ciudades y transformaron, también, las percepciones del tiempo y del espacio. La confianza en el “progreso” estaba presente en los discursos de los políticos, periodistas, escritores y científicos. Sin embargo, ese optimismo ignoraba un hecho importantísimo: una gran parte de la población fue excluida de esos beneficios. Lima Barreto y Roberto Arlt recorrieron tanto el centro de sus ciudades como los márgenes, percibiendo el abandono de estas últimas. En las crónicas y Aguafuertes, estos narradores describieron el otro lado del llamado “progreso”.
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Imagens e representações do Brasil nas notas de viagem de Roberto Arlt / Imágenes y representaciones de Brasil en las notas de viaje de Roberto Arlt / Images and representations of Brazil in travel notes of Roberto Arlt

Vale, Thaís Nascimento do 12 December 2017 (has links)
Submitted by Thaís Nascimento do Vale null (tnv_unesp@yahoo.com.br) on 2018-01-16T14:16:17Z No. of bitstreams: 1 TESE_VALE.T.N.pdf: 4156716 bytes, checksum: 2a06dda7747d1476dc5357804112c79d (MD5) / Approved for entry into archive by Laura Akie Saito Inafuko (linafuko@assis.unesp.br) on 2018-01-16T16:53:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 vale_tn_dr_assis.pdf: 4156716 bytes, checksum: 2a06dda7747d1476dc5357804112c79d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-16T16:53:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 vale_tn_dr_assis.pdf: 4156716 bytes, checksum: 2a06dda7747d1476dc5357804112c79d (MD5) Previous issue date: 2017-12-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este trabalho propõe o estudo das notas produzidas pelo escritor argentino Roberto Arlt (1900-1942), durante sua estada no Brasil, em 1930. Dessa viagem resultaram quarenta e duas crônicas intituladas Notas de a bordo, Notas de viaje e De Roberto Arlt, originalmente publicadas no jornal argentino El Mundo, entre 2 de abril e 31 de maio de 1930. Posteriormente esses textos foram compilados em livros sob os títulos: Aguafuertes cariocas (Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2013); Águas-fortes cariocas e outros escritos (Rio de Janeiro: Rocco, 2013) e Águas-fortes portenhas seguidas por águas-fortes cariocas (São Paulo: Iluminuras, 2013), sendo os dois últimos traduções para o português. Com a leitura de tais textos, busca-se compreender como são formadas as imagens e as representações sobre o Brasil, mais especificamente sobre o Rio de Janeiro, e como o espaço urbano é representado no que diz respeito à construção da identidade nacional, por meio da análise das estratégias de tradução dessas imagens para o código linguístico. Nota-se que a construção de heteroimagens nos textos arltianos está intrinsecamente ligada à transmissão de autoimagens, sendo necessário questionar em que medida a questão do idioma interfere nesse processo de representação do outro. Mais do que uma dificuldade em compreender o outro através de um idioma estrangeiro, a presença das autoimagens nas águas-fortes cariocas e a constatação de uma suposta superioridade dos argentinos em relação aos brasileiros traduzem o estranhamento da linguagem arltiana, não apenas naquilo que diz, mas na forma como o faz, e que caracterizou toda a sua obra. Partimos, para tanto, dos conceitos de narrativa de extração histórica (TROUCHE, 2006), imagologia literária (SOUSA, 2004), e dos estudos sobre a narrativa de viagem (IANNI, 2003; TODOROV, 2006; CARRIZO RUEDA, 2008) dentre outros que auxiliam na compreensão dos mecanismos narrativos utilizados pelo escritor, sobretudo no que diz respeito às relações entre eu e outro, auto e heteroimagem. / This work proposes the study of the notes produced by the Argentine writer Roberto Arlt (1900-1942), during his stay in Brazil in 1930. This trip resulted in forty-two chronicles entitled Notas de a bordo, Notas de viaje and De Roberto Arlt, originally published in the Argentine newspaper El Mundo, between April 2 and May 31, 1930. Later these texts were compiled in books under the titles: Aguafuertes cariocas (Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2013); Águas-fortes cariocas e outros escritos (Rio de Janeiro: Rocco, 2013) and Águas-fortes portenhas seguidas por águas-fortes cariocas (São Paulo: Iluminuras, 2013), with the last two translations into Portuguese. With the reading of such texts, it seeks to understand how images and representations are made about Brazil, more specifically about Rio de Janeiro, and how the urban space is represented with regard to the construction of the national identity, through of the analysis of the translation strategies of these images into the linguistic code. It is noted that the construction of hetero-images in the arltians texts is intrinsically linked to the transmission of self-images, and it is necessary to question to what extent the question of language interferes in this process of representation of the other. More than a difficulty in understanding the other through a foreign language, the presence of self-images in Aguafuertes cariocas and the finding of a supposed superiority of the Argentineans in relation to the Brazilians translate the strangeness of the arltian language, not only in what it says, but in the way he does it, and that characterized all his work. For this purpose, the concepts of narrative of historical extraction (TROUCHE, 2006), literary imagology (SOUSA, 2004), and studies on travel narrative (IANNI, 2003; TODOROV, 2006; CARRIZO RUEDA, 2008) among others that help in the understanding of the narrative mechanisms used by the writer, especially with regard to the relations between the self and other, self- and hetero-images. / Este trabajo propone el estudio de las notas producidas por el escritor argentino Roberto Arlt (1900-1942), durante su viaje al Brasil, en 1930. De ese viaje resultaron cuarenta y dos crónicas intituladas Notas de a bordo, Notas de viaje e De Roberto Arlt, originalmente publicadas en el diario argentino El Mundo, entre 2 de abril y 31 de mayo de 1930. Posteriormente esos textos fueron compilados en libros bajo los títulos: Aguafuertes cariocas (Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2013); Águas-fortes cariocas e outros escritos (Rio de Janeiro: Rocco, 2013) e Águas-fortes portenhas seguidas por águas-fortes cariocas (São Paulo: Iluminuras, 2013), siendo los dos últimos traducciones para el portugués. Con la lectura de los textos, se busca comprender como son formadas las imágenes y las representaciones sobre el Brasil, más específicamente sobre el Rio de Janeiro, y cómo el espacio urbano es representado en lo que respecta a la construcción de la identidad nacional, por medio del análisis de las estrategias de traducción de esas imágenes para el código lingüístico. Se puede notar que la construcción de heteroimágenes en los textos arltianos está intrínsecamente asociada a la transmisión de autoimágenes, siendo necesario cuestionar en que medida la cuestión del idioma interfiere en ese proceso de representación del otro. Más que una dificultad en comprender el otro a través de un idioma extranjero, la presencia de las autoimágenes en las aguafuertes cariocas y la constatación de una supuesta superioridad de los argentinos en relación a los brasileños traducen el extrañamiento del lenguaje arltiano, no solo en lo que dice, pero en la forma como lo hace, y que ha caracterizado toda su obra. Partimos, para tanto, de los conceptos de narrativa de extracción histórica (TROUCHE, 2006), imagología literaria (SOUSA, 2004), y de los estudios sobre la narrativa de viaje (IANNI, 2003; TODOROV, 2006; CARRIZO RUEDA, 2008) entre otros que auxilian en la comprensión de los mecanismos narrativos utilizados por el escritor, sobretodo en lo que respecta a las relaciones entre el yo y el otro, auto y heteroimagen.
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TraduÃÃo comentada de Aguafuertes MadrileÃas, de Roberto Arlt

Cleber Souza Cordeiro 00 October 2018 (has links)
nÃo hà / Nos anos 1935-1936, o escritor e jornalista argentino Roberto Arlt foi enviado como correspondente à Espanha pelo jornal El Mundo. Percorreu aquele paÃs, onde pode observar o povo, os costumes, a arquitetura e demais idiossincrasias de diversas regiÃes, alÃm de fazer uma incursÃo ao Marrocos. Suas impressÃes e fotografias sÃo publicadas durante a viagem no jornal portenho. Ao final de seu percurso, chega a Madri, onde permanece de janeiro a abril de 1936, sendo testemunha ocular de acontecimentos que precederam a Guerra Civil Espanhola. Sua permanÃncia na capital espanhola rendeu trinta e sete crÃnicas, que eram acessÃveis apenas nas pÃginas do jornal atÃ, no inÃcio deste sÃculo, serem selecionadas e publicadas pelas editoras Losada (Buenos Aires, 2000), Hermida (Madri, 2015) e HernÃndez (Buenos Aires, 2017). Este trabalho compreende uma traduÃÃo anotada e comentada das chamadas Aguafuertes madrileÃas, justificada por seu duplo interesse, literÃrio e histÃrico, bem como pelo crescente reconhecimento da importÃncia da sÃrie de Aguafuertes espanholas na trajetÃria literÃria de Arlt. CompÃe o trabalho ainda estudo introdutÃrio acerca do autor, enfocado em sua faceta de viageiro e, em especial, em sua jornada espanhola. SÃo abordadas tambÃm suas Aguafuertes, estando presente a discussÃo acerca do carÃter hÃbrido e multifacetado destes textos, bem como uma revisÃo do percurso da literatura arltiana traduzida atà o momento. Os comentÃrios sobre traduÃÃo serÃo realizados a partir de leituras de Antoine Berman (2007) e Jiřà Levà (2011, 2012, 2012b). Ademais, como suporte para a anÃlise da prÃtica tradutÃria, serÃo Ãteis trabalhos acadÃmicos dedicados ao trabalho de traduÃÃo da obra de Roberto Arlt, alÃm daqueles que abordam especificamente as chamadas Aguafuertes espaÃolas, como os de Carvalho (2009), Cimadevilla (2009; 2013), Frenkel (2007), JuÃrez (2008), Ribeiro (2001) e Vale (2012), entre outros.

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