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Dialética da cordialidade: afinidades eletivas benjaminianas no pensamento político e social de Sérgio Buarque de HolandaRamirez, Paulo Niccoli 08 November 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-11-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation targets the investigation and reconstruction of some of Sérgio
Buarque de Holanda's and Walter Benjamin's main concerns, seeking the elective affinities, or
convergences, which find their most striking correspondence in the cordiality topic.
As the central hypothesis for studying the dialectics of cordiality, we find that the use of
allegories, metaphors, and dialectical images, among other important matrixes which are present
in several Walter Benjamin's writings, convenes for existing issues in Sérgio Buarque de
Holanda's Raízes do Brasil and Visão do Paraíso, allowing it to detect major elective affinities
between both authors. Those go from a narrative, fragmentary style to the criticism and
overcoming necessity both of historical versions and domination forms and practices present in
the Brazilian social and political trajectory.
When taken in its dialectical sense, cordiality may be read as an existing powerful
allegory in SBH's thinking, once it points out the understanding of the Brazilian societal
configuration's political and cultural features / Esta dissertação tem como objetivo principal investigar e reconstruir algumas das
principais reflexões de Sérgio Buarque de Holanda e Walter Benjamin, buscando afinidades
eletivas (sinônimo de transversalidades ou convergências teóricas), que encontram sua
correspondência maior no tema da cordialidade.
Como hipótese central para o estudo da dialética da cordialidade, consideramos que o
emprego de alegorias, metáforas e imagens dialéticas, dentre outras matrizes importantes
presentes em vários escritos de Walter Benjamin convergem para questões presentes em Raízes
do Brasil e Visão do Paraíso de Sérgio Buarque de Holanda, permitindo detectar afinidades
eletivas importantes entre esses os dois autores. Essas vão desde um estilo narrativo e
fragmentário e alcançam a crítica e necessidade de superação das versões históricas difundidas
pelas classes dominantes como meio de estabelecer a sua hegemonia sobre os oprimidos.
Quando tomada em seu sentido dialético, a cordialidade pode ser lida como uma poderosa
alegoria presente no pensamento de SBH, pois aponta para a compreensão das especificidades
políticas e culturais da configuração societária brasileira
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Dialética da cordialidade: afinidades eletivas benjaminianas no pensamento político e social de Sérgio Buarque de HolandaRamirez, Paulo Niccoli 08 November 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-11-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation targets the investigation and reconstruction of some of Sérgio
Buarque de Holanda's and Walter Benjamin's main concerns, seeking the elective affinities, or
convergences, which find their most striking correspondence in the cordiality topic.
As the central hypothesis for studying the dialectics of cordiality, we find that the use of
allegories, metaphors, and dialectical images, among other important matrixes which are present
in several Walter Benjamin's writings, convenes for existing issues in Sérgio Buarque de
Holanda's Raízes do Brasil and Visão do Paraíso, allowing it to detect major elective affinities
between both authors. Those go from a narrative, fragmentary style to the criticism and
overcoming necessity both of historical versions and domination forms and practices present in
the Brazilian social and political trajectory.
When taken in its dialectical sense, cordiality may be read as an existing powerful
allegory in SBH's thinking, once it points out the understanding of the Brazilian societal
configuration's political and cultural features / Esta dissertação tem como objetivo principal investigar e reconstruir algumas das
principais reflexões de Sérgio Buarque de Holanda e Walter Benjamin, buscando afinidades
eletivas (sinônimo de transversalidades ou convergências teóricas), que encontram sua
correspondência maior no tema da cordialidade.
Como hipótese central para o estudo da dialética da cordialidade, consideramos que o
emprego de alegorias, metáforas e imagens dialéticas, dentre outras matrizes importantes
presentes em vários escritos de Walter Benjamin convergem para questões presentes em Raízes
do Brasil e Visão do Paraíso de Sérgio Buarque de Holanda, permitindo detectar afinidades
eletivas importantes entre esses os dois autores. Essas vão desde um estilo narrativo e
fragmentário e alcançam a crítica e necessidade de superação das versões históricas difundidas
pelas classes dominantes como meio de estabelecer a sua hegemonia sobre os oprimidos.
Quando tomada em seu sentido dialético, a cordialidade pode ser lida como uma poderosa
alegoria presente no pensamento de SBH, pois aponta para a compreensão das especificidades
políticas e culturais da configuração societária brasileira
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From allegory into symbol : revisiting George Orwell's Animal Farm and Nineteen Eighty-Four in the light of 21 st century views of totalitarianismPelissioli, Marcelo January 2008 (has links)
Os primeiros textos do escritor inglês George Orwell consideram o apelo do ideário comunista, ao passo que seus dois últimos romances, A Revolução dos Bichos (publicado em 1946) e 1984 (publicado em 1949) se contrapõem radicalmente a esse regime. Ao longo da segunda metade do século XX, foi-se estabelecendo a mística de uma forte ligação entre a obra de Orwell e o histórico do regime comunista, de modo que, com a queda do Comunismo, o desinteresse pelo assunto parece haver provocado uma diminuição no conceito dos méritos do escritor. O argumento da presente dissertação é que estamos frente a um momento nevrálgico no desenrolar da fortuna crítica de George Orwell, no qual a leitura alegórica feita até aqui deve ser substituída pela leitura simbólica, para que os textos do autor possam transcender à derrocada do movimento Comunista, sustentando-se na estética de sua literariedade e na atemporalidade de seu apelo ético. Em outras palavras, não é o texto de Orwell que precisa ser mudado, e sim, o ângulo de abordagem daqueles que constroem a fortuna crítica do autor, pois as referências temporais desgastadas diminuem a potencialidade interpretativa das obras. Um ponto comum que permanece, e que transpassa a obra literária de Orwell, é a opressão exercida por quaisquer sistemas políticos que possam ter atitudes consideradas totalitárias. Esta observação não remete apenas ao sistema comunista, mas também ao imperialista, ao autocrático, e até mesmo ao democrático. Orwell demonstra que um sistema não é totalitário por si só, mas através de suas atitudes em relação ao povo. Se, na época de seus lançamentos, a temática totalitária foi relacionada ao comunismo, tomando-se os textos como alegorias irreversíveis do discurso anti-comunista, a queda daquele regime, ou sua gradual abertura a práticas capitalistas, não basta para condenar as obras de Orwell ao anacronismo, descartando maiores possibilidades interpretativas. Ao propor uma releitura de A Revolução dos Bichos e 1984 substituindo as referências ao comunismo por qualquer tipo de prática totalitária — e concentrar o foco das observações no que é simbólico, ao invés de alegórico — acredito estar cumprindo minha parte neste processo de resgate da fortuna crítica de um escritor que considero ser um dos mais honestos e competentes de seu tempo. / The first texts of the English writer George Orwell approach the appeal of Communist views; however, his two last novels, Animal Farm (published in 1946) and Nineteen Eighty-Four (published in 1949) radically oppose this regime. Along the second half of the 20th century , strong bonds were established between Orwell’s works and the history of the Communist regime, however, with the fall of Communism, the lack of interest for the subject seems to have generated a diminution in the merits and recognition of the writer. The argumentation of this thesis is that we have been facing a central moment in the unfolding of George Orwell’s critical heritage, in which the allegorical reading done so far must be replaced by the symbolical reading, so that the texts of the author can transcend the fall of the Communist movement, supported by the esthetic of the literariety and atemporality of their ethic appeal. In other words, it is not the text of Orwell which must be changed, but the angle of the approach of those who build the author’s critical heritage, because outdated temporal references impair the interpretative possibility of the works. A remaining point that seems to cross all Orwell’s literary works is the oppression exerted by any political systems that can have attitudes considered totalitarian ones. This remark does not address only the Communist system, but also the Imperialist, the autocratic and even the Democratic ones. Orwell demonstrates that a system is not totalitarian on its own, but through its manifestations towards people. If, at the age of their launchings, the totalitarian theme was connected to Communism, taking the texts as irreversible allegories of the anti-Communist discourse, the fall of that regime, or its gradual opening to Capitalist practices, is not enough to condemn Orwell’s works to anachronism, discharging more comprehensive interpretative possibilities. I believe that, by proposing a new reading of Animal Farm and Nineteen Eighty-Four, replacing the references to Communism for references to any kind of totalitarian practice--, and concentrating the focus of the observation on what is symbolical – I will be doing my part in this process of rescuing the critical heritage of a writer who I consider one of the most honest and competent authors of his time.
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From allegory into symbol : revisiting George Orwell's Animal Farm and Nineteen Eighty-Four in the light of 21 st century views of totalitarianismPelissioli, Marcelo January 2008 (has links)
Os primeiros textos do escritor inglês George Orwell consideram o apelo do ideário comunista, ao passo que seus dois últimos romances, A Revolução dos Bichos (publicado em 1946) e 1984 (publicado em 1949) se contrapõem radicalmente a esse regime. Ao longo da segunda metade do século XX, foi-se estabelecendo a mística de uma forte ligação entre a obra de Orwell e o histórico do regime comunista, de modo que, com a queda do Comunismo, o desinteresse pelo assunto parece haver provocado uma diminuição no conceito dos méritos do escritor. O argumento da presente dissertação é que estamos frente a um momento nevrálgico no desenrolar da fortuna crítica de George Orwell, no qual a leitura alegórica feita até aqui deve ser substituída pela leitura simbólica, para que os textos do autor possam transcender à derrocada do movimento Comunista, sustentando-se na estética de sua literariedade e na atemporalidade de seu apelo ético. Em outras palavras, não é o texto de Orwell que precisa ser mudado, e sim, o ângulo de abordagem daqueles que constroem a fortuna crítica do autor, pois as referências temporais desgastadas diminuem a potencialidade interpretativa das obras. Um ponto comum que permanece, e que transpassa a obra literária de Orwell, é a opressão exercida por quaisquer sistemas políticos que possam ter atitudes consideradas totalitárias. Esta observação não remete apenas ao sistema comunista, mas também ao imperialista, ao autocrático, e até mesmo ao democrático. Orwell demonstra que um sistema não é totalitário por si só, mas através de suas atitudes em relação ao povo. Se, na época de seus lançamentos, a temática totalitária foi relacionada ao comunismo, tomando-se os textos como alegorias irreversíveis do discurso anti-comunista, a queda daquele regime, ou sua gradual abertura a práticas capitalistas, não basta para condenar as obras de Orwell ao anacronismo, descartando maiores possibilidades interpretativas. Ao propor uma releitura de A Revolução dos Bichos e 1984 substituindo as referências ao comunismo por qualquer tipo de prática totalitária — e concentrar o foco das observações no que é simbólico, ao invés de alegórico — acredito estar cumprindo minha parte neste processo de resgate da fortuna crítica de um escritor que considero ser um dos mais honestos e competentes de seu tempo. / The first texts of the English writer George Orwell approach the appeal of Communist views; however, his two last novels, Animal Farm (published in 1946) and Nineteen Eighty-Four (published in 1949) radically oppose this regime. Along the second half of the 20th century , strong bonds were established between Orwell’s works and the history of the Communist regime, however, with the fall of Communism, the lack of interest for the subject seems to have generated a diminution in the merits and recognition of the writer. The argumentation of this thesis is that we have been facing a central moment in the unfolding of George Orwell’s critical heritage, in which the allegorical reading done so far must be replaced by the symbolical reading, so that the texts of the author can transcend the fall of the Communist movement, supported by the esthetic of the literariety and atemporality of their ethic appeal. In other words, it is not the text of Orwell which must be changed, but the angle of the approach of those who build the author’s critical heritage, because outdated temporal references impair the interpretative possibility of the works. A remaining point that seems to cross all Orwell’s literary works is the oppression exerted by any political systems that can have attitudes considered totalitarian ones. This remark does not address only the Communist system, but also the Imperialist, the autocratic and even the Democratic ones. Orwell demonstrates that a system is not totalitarian on its own, but through its manifestations towards people. If, at the age of their launchings, the totalitarian theme was connected to Communism, taking the texts as irreversible allegories of the anti-Communist discourse, the fall of that regime, or its gradual opening to Capitalist practices, is not enough to condemn Orwell’s works to anachronism, discharging more comprehensive interpretative possibilities. I believe that, by proposing a new reading of Animal Farm and Nineteen Eighty-Four, replacing the references to Communism for references to any kind of totalitarian practice--, and concentrating the focus of the observation on what is symbolical – I will be doing my part in this process of rescuing the critical heritage of a writer who I consider one of the most honest and competent authors of his time.
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Alegorias do mundo de SaramagoRöhrig, Maiquel January 2011 (has links)
Este trabalho de literatura comparada interpreta as obras Ensaio sobre a cegueira (1995), A caverna (2000) e Ensaio sobre a lucidez (2004) a partir de uma perspectiva interdisciplinar sustentada por aproximações intertextuais entre literatura e filosofia. Meu objetivo é analisar como a ficção de Saramago dialoga com a Alegoria da caverna, de Platão, ressignificando-a por meio de um deslocamento do idealismo platônico para o campo do materialismo marxista. Para tanto, proponho uma leitura alegórica, intertextual e interdisciplinar. A literatura, parte inalienável da cultura, permitiu a Saramago aproximar o idealismo platônico do materialismo marxista e, através da linguagem literária, fundir estas visões de mundo e reconstituir ficcionalmente as ideias inerentes a elas. O trabalho analítico toma como referenciais F. Jameson (1992), W.Benjamin (1984) e I. Mészáros (2002), e enfoca aspectos do nível da narrativa, entre eles sequências, causalidades e personagens, de modo a identificar suas funções e convergências no nível da significação alegórica. Considero os textos ficcionais metonímias do real e, neste sentido, pretendo evidenciar como Saramago estabelece em sua ficção um diálogo com a referencialidade histórica do tempo presente, no qual o capitalismo rege a vida dos indivíduos e das instituições sociais através de suas práticas de produção, de sua base material e de sua ideologia. A intertextualidade foi o operador de leitura que norteou esta pesquisa, e a interdisciplinaridade, a metodologia. Na alegoria criada por Saramago, a cegueira tem na figura feminina um elemento importante. Por isso, analisei a questão do gênero a fim de pontuar como convergem, nas personagens femininas e masculinas, valorações distintas que projetam o feminino como um lugar de positividade capaz de ressignificar valores do humano. / This work of comparative literature presents an interpretative reading of Blindness (1995), The Cave (2000) and Seeing (2004) from an interdisciplinary perspective supported by the dialogue between literature and philosophy. The objective is to analyze how the fiction of Saramago rewrites Plato’s Allegory of the cave. To this end, I propose an allegorical, intertextual and interdisciplinary reading. The analytical work takes as reference F. Jameson (1992), W.Benjamin (1984) and I. Mészáros (2002), and focuses on aspects of the narrative such as sequences, causality and characters to identify its functions and its convergence on the level of allegorical meaning. I consider the novels metonymies of the real, and I intend to show how Saramago´s fiction engages with the historical present, in which capitalism rules the individuals’ life and the life of the social institutions through its practices of production, its material basis and its ideology. Intertextuality is the textual operator that guided the reading, and interdisciplinarity a key aspect of its methodology. In the allegory created by Saramago, the issue of blindness places female characters in a very special position. So, I´ve introduced the category of gender to highlight not so much the social construction of male and female characters but the different meanings attributed to them and which charge the feminine with positivity, empowering female characters to project values that resignify the human.
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From allegory into symbol : revisiting George Orwell's Animal Farm and Nineteen Eighty-Four in the light of 21 st century views of totalitarianismPelissioli, Marcelo January 2008 (has links)
Os primeiros textos do escritor inglês George Orwell consideram o apelo do ideário comunista, ao passo que seus dois últimos romances, A Revolução dos Bichos (publicado em 1946) e 1984 (publicado em 1949) se contrapõem radicalmente a esse regime. Ao longo da segunda metade do século XX, foi-se estabelecendo a mística de uma forte ligação entre a obra de Orwell e o histórico do regime comunista, de modo que, com a queda do Comunismo, o desinteresse pelo assunto parece haver provocado uma diminuição no conceito dos méritos do escritor. O argumento da presente dissertação é que estamos frente a um momento nevrálgico no desenrolar da fortuna crítica de George Orwell, no qual a leitura alegórica feita até aqui deve ser substituída pela leitura simbólica, para que os textos do autor possam transcender à derrocada do movimento Comunista, sustentando-se na estética de sua literariedade e na atemporalidade de seu apelo ético. Em outras palavras, não é o texto de Orwell que precisa ser mudado, e sim, o ângulo de abordagem daqueles que constroem a fortuna crítica do autor, pois as referências temporais desgastadas diminuem a potencialidade interpretativa das obras. Um ponto comum que permanece, e que transpassa a obra literária de Orwell, é a opressão exercida por quaisquer sistemas políticos que possam ter atitudes consideradas totalitárias. Esta observação não remete apenas ao sistema comunista, mas também ao imperialista, ao autocrático, e até mesmo ao democrático. Orwell demonstra que um sistema não é totalitário por si só, mas através de suas atitudes em relação ao povo. Se, na época de seus lançamentos, a temática totalitária foi relacionada ao comunismo, tomando-se os textos como alegorias irreversíveis do discurso anti-comunista, a queda daquele regime, ou sua gradual abertura a práticas capitalistas, não basta para condenar as obras de Orwell ao anacronismo, descartando maiores possibilidades interpretativas. Ao propor uma releitura de A Revolução dos Bichos e 1984 substituindo as referências ao comunismo por qualquer tipo de prática totalitária — e concentrar o foco das observações no que é simbólico, ao invés de alegórico — acredito estar cumprindo minha parte neste processo de resgate da fortuna crítica de um escritor que considero ser um dos mais honestos e competentes de seu tempo. / The first texts of the English writer George Orwell approach the appeal of Communist views; however, his two last novels, Animal Farm (published in 1946) and Nineteen Eighty-Four (published in 1949) radically oppose this regime. Along the second half of the 20th century , strong bonds were established between Orwell’s works and the history of the Communist regime, however, with the fall of Communism, the lack of interest for the subject seems to have generated a diminution in the merits and recognition of the writer. The argumentation of this thesis is that we have been facing a central moment in the unfolding of George Orwell’s critical heritage, in which the allegorical reading done so far must be replaced by the symbolical reading, so that the texts of the author can transcend the fall of the Communist movement, supported by the esthetic of the literariety and atemporality of their ethic appeal. In other words, it is not the text of Orwell which must be changed, but the angle of the approach of those who build the author’s critical heritage, because outdated temporal references impair the interpretative possibility of the works. A remaining point that seems to cross all Orwell’s literary works is the oppression exerted by any political systems that can have attitudes considered totalitarian ones. This remark does not address only the Communist system, but also the Imperialist, the autocratic and even the Democratic ones. Orwell demonstrates that a system is not totalitarian on its own, but through its manifestations towards people. If, at the age of their launchings, the totalitarian theme was connected to Communism, taking the texts as irreversible allegories of the anti-Communist discourse, the fall of that regime, or its gradual opening to Capitalist practices, is not enough to condemn Orwell’s works to anachronism, discharging more comprehensive interpretative possibilities. I believe that, by proposing a new reading of Animal Farm and Nineteen Eighty-Four, replacing the references to Communism for references to any kind of totalitarian practice--, and concentrating the focus of the observation on what is symbolical – I will be doing my part in this process of rescuing the critical heritage of a writer who I consider one of the most honest and competent authors of his time.
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Alegorias do mundo de SaramagoRöhrig, Maiquel January 2011 (has links)
Este trabalho de literatura comparada interpreta as obras Ensaio sobre a cegueira (1995), A caverna (2000) e Ensaio sobre a lucidez (2004) a partir de uma perspectiva interdisciplinar sustentada por aproximações intertextuais entre literatura e filosofia. Meu objetivo é analisar como a ficção de Saramago dialoga com a Alegoria da caverna, de Platão, ressignificando-a por meio de um deslocamento do idealismo platônico para o campo do materialismo marxista. Para tanto, proponho uma leitura alegórica, intertextual e interdisciplinar. A literatura, parte inalienável da cultura, permitiu a Saramago aproximar o idealismo platônico do materialismo marxista e, através da linguagem literária, fundir estas visões de mundo e reconstituir ficcionalmente as ideias inerentes a elas. O trabalho analítico toma como referenciais F. Jameson (1992), W.Benjamin (1984) e I. Mészáros (2002), e enfoca aspectos do nível da narrativa, entre eles sequências, causalidades e personagens, de modo a identificar suas funções e convergências no nível da significação alegórica. Considero os textos ficcionais metonímias do real e, neste sentido, pretendo evidenciar como Saramago estabelece em sua ficção um diálogo com a referencialidade histórica do tempo presente, no qual o capitalismo rege a vida dos indivíduos e das instituições sociais através de suas práticas de produção, de sua base material e de sua ideologia. A intertextualidade foi o operador de leitura que norteou esta pesquisa, e a interdisciplinaridade, a metodologia. Na alegoria criada por Saramago, a cegueira tem na figura feminina um elemento importante. Por isso, analisei a questão do gênero a fim de pontuar como convergem, nas personagens femininas e masculinas, valorações distintas que projetam o feminino como um lugar de positividade capaz de ressignificar valores do humano. / This work of comparative literature presents an interpretative reading of Blindness (1995), The Cave (2000) and Seeing (2004) from an interdisciplinary perspective supported by the dialogue between literature and philosophy. The objective is to analyze how the fiction of Saramago rewrites Plato’s Allegory of the cave. To this end, I propose an allegorical, intertextual and interdisciplinary reading. The analytical work takes as reference F. Jameson (1992), W.Benjamin (1984) and I. Mészáros (2002), and focuses on aspects of the narrative such as sequences, causality and characters to identify its functions and its convergence on the level of allegorical meaning. I consider the novels metonymies of the real, and I intend to show how Saramago´s fiction engages with the historical present, in which capitalism rules the individuals’ life and the life of the social institutions through its practices of production, its material basis and its ideology. Intertextuality is the textual operator that guided the reading, and interdisciplinarity a key aspect of its methodology. In the allegory created by Saramago, the issue of blindness places female characters in a very special position. So, I´ve introduced the category of gender to highlight not so much the social construction of male and female characters but the different meanings attributed to them and which charge the feminine with positivity, empowering female characters to project values that resignify the human.
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Alegorias do mundo de SaramagoRöhrig, Maiquel January 2011 (has links)
Este trabalho de literatura comparada interpreta as obras Ensaio sobre a cegueira (1995), A caverna (2000) e Ensaio sobre a lucidez (2004) a partir de uma perspectiva interdisciplinar sustentada por aproximações intertextuais entre literatura e filosofia. Meu objetivo é analisar como a ficção de Saramago dialoga com a Alegoria da caverna, de Platão, ressignificando-a por meio de um deslocamento do idealismo platônico para o campo do materialismo marxista. Para tanto, proponho uma leitura alegórica, intertextual e interdisciplinar. A literatura, parte inalienável da cultura, permitiu a Saramago aproximar o idealismo platônico do materialismo marxista e, através da linguagem literária, fundir estas visões de mundo e reconstituir ficcionalmente as ideias inerentes a elas. O trabalho analítico toma como referenciais F. Jameson (1992), W.Benjamin (1984) e I. Mészáros (2002), e enfoca aspectos do nível da narrativa, entre eles sequências, causalidades e personagens, de modo a identificar suas funções e convergências no nível da significação alegórica. Considero os textos ficcionais metonímias do real e, neste sentido, pretendo evidenciar como Saramago estabelece em sua ficção um diálogo com a referencialidade histórica do tempo presente, no qual o capitalismo rege a vida dos indivíduos e das instituições sociais através de suas práticas de produção, de sua base material e de sua ideologia. A intertextualidade foi o operador de leitura que norteou esta pesquisa, e a interdisciplinaridade, a metodologia. Na alegoria criada por Saramago, a cegueira tem na figura feminina um elemento importante. Por isso, analisei a questão do gênero a fim de pontuar como convergem, nas personagens femininas e masculinas, valorações distintas que projetam o feminino como um lugar de positividade capaz de ressignificar valores do humano. / This work of comparative literature presents an interpretative reading of Blindness (1995), The Cave (2000) and Seeing (2004) from an interdisciplinary perspective supported by the dialogue between literature and philosophy. The objective is to analyze how the fiction of Saramago rewrites Plato’s Allegory of the cave. To this end, I propose an allegorical, intertextual and interdisciplinary reading. The analytical work takes as reference F. Jameson (1992), W.Benjamin (1984) and I. Mészáros (2002), and focuses on aspects of the narrative such as sequences, causality and characters to identify its functions and its convergence on the level of allegorical meaning. I consider the novels metonymies of the real, and I intend to show how Saramago´s fiction engages with the historical present, in which capitalism rules the individuals’ life and the life of the social institutions through its practices of production, its material basis and its ideology. Intertextuality is the textual operator that guided the reading, and interdisciplinarity a key aspect of its methodology. In the allegory created by Saramago, the issue of blindness places female characters in a very special position. So, I´ve introduced the category of gender to highlight not so much the social construction of male and female characters but the different meanings attributed to them and which charge the feminine with positivity, empowering female characters to project values that resignify the human.
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Nada em cima de invisível: Esaú e Jacob, de Machado de Assis: as aventuras do dinheiro na transição do Império à República / Nothing, on the top of the invisible: Esaú e Jacob, by Machado de Assis: the adventures of the money in the transition from Empire to RepublicCláudio Roberto Duarte 09 March 2018 (has links)
A tese estuda a composição de Esaú e Jacob, o penúltimo romance de Machado de Assis, publicado em 1904. Para isso concentra-se, inicialmente, no mapeamento de sua fortuna crítica. Em seguida, constrói um panorama histórico da lógica do duplo e da duplicidade estruturante de sua forma e estilo, desdobrados pelas figuras da ironia, da alusão e da alegoria, antes de poder colocar em questão o narrador e sua frenética oscilação de perspectivas. A reavaliação crítica do ponto de vista desse narrador irônico com um pensamento interior e único , aqui identificados ao conselheiro Ayres e à ideia de nada em cima de invisível, reconstrói o entendimento de vários episódios e movimentos da obra, fornecendo uma outra visão de personagens como Flora e de toda a composição. Um narrador que posto em seu contexto revela-se como faccioso ou como um verdadeiro impostor, a ponto de poder encobrir e liquidar toda esfera da alteridade, dando sinal exato, através da fantasia literária, da forma das relações sociais no país. O título e o subtítulo deste trabalho referem-se tanto à violência da representação tecida por esse narrador quanto à invisibilidade estrutural das práticas reificadas de uma sociedade cindida e completamente desigual, numa formação capitalista periférica, ainda fortemente marcada pelo escravismo e o paternalismo. O objetivo maior do trabalho é compreender como seu princípio construtivo deita raízes profundas, totalmente inaparentes à primeira vista, no solo desta formação social malograda, na longa transição do Império à República. / This thesis studies the composition of Esau and Jacob, Machado de Assiss next-to-last novel, published in 1904. In order to pursue this goal, the study concentrates initially on the mapping of the works critical fortune. Before questioning the narrator and his frenetic oscillation of viewpoints, a historical panorama is constructed of the logic of the double and of the duplicity structuring its form and style, which are unfolded by the figures of irony, allusion and allegory. Critical reappraisal of this ironic narrators perspective of a unique interior thought , here identified with counselor Ayres and with the idea of the nothing, on the top of the invisible reconstructs the understanding of various episodes and movements of the work, providing a new view of characters such as Flora and the whole composition. A narrator who, within his own context, reveals himself as factious or a true impostor, to the point of covering up and liquidating the whole sphere of otherness, yielding the exact trace, by means of the literary fantasy, of the form of social relations in the country. The title and subtitle of this study refer to the violence of the representation weaved by this narrator as well as to the structural invisibility of reified practices of a torn-apart and completely unequal society in a capitalist peripheral formation, still strongly marked by slavery and paternalism. The main objective of the thesis is to understand how the novels constructive principle takes deep roots, totally unapparent at first sight, into the soil of this failed social formation, in its long transition from Empire to Republic.
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Uma edição de Enganos do bosque, desenganos do Rio, de Sóror Maria do CéuCowly, Cristina Adriano 06 June 2014 (has links) (PDF)
Este trabalho tem como objetivos facilitar a leitura da obra de Sóror Maria do Céu e contribuir para a divulgação desta escritora barroca, que possui uma vasta produção literária no século XVIII mas que permance grandemente desconhecida nos círculos literários e académicos do presente século. A introdução explora o aspecto da viagem alegórica da alma, representada por personagens de uma narrativa e tendo como protagonista uma personagem feminina -- a Peregrina. Esta embarca numa viagem à procura de uma vida eterna feliz e recompensadora, No entanto durante a sua viagem, depara-se com um conjunto de desafios que precisa ultrapassar para atingir a vida eterna. Apresentamos alguns dados históricos e socioculturais de Portugal no século XVII e XVIII e oferecemos uma pequena biografia da autora, Maria do Céu. Também está incluída uma explicação sucinta sobre o estilo artístico de escolha, ou seja, os elementos literários que constituem esta novela alegórica, assim como um resumo dos catorze capítulos de Enganos do bosque, desenganos do Rio. Durante a análise da obra de Maria do Céu, revelamos as caraterísticas principais dos personagens e consideramos Enganos do bosque, desenganos do Rio juntamente com outras duas obras: Pilgrim's Progress, do escritor inglês John Bunyan e História do Predestinado Peregrino e seu irmão Precito, do escritor português Alexandre de Gusmão. Deste modo expomos as semelhanças e diferenças entre as viagens peregrinas dos protagonistas destas obras e realçamos os objetivos originais da escritora feminina e que são distintos dos autores masculinos: através da personagem Peregrina, Maria do Céu narra o aperfeiçoamento da alma até ao ponto de união mística com o pastor do bosque, ou seja, união da alma com o seu criador, Jesus Cristo. Por fim, antes da edição da novela alegórica de Maria do Céu, oferecemos uma lista de alterações gramaticais efetuadas nesta edição, e que têm como objetivo ajudar o leitor moderno na compreensão desta obra.
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