Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pesquisar sobre escritoras portuguesas do século XIX não é tarefa das mais simples. A barreira maior é a escassez de fontes, que se deve, principalmente, ao papel que cabia à mulher na sociedade de oitocentos. Sem direitos políticos e restrita ao espaço privado, deveria estar sempre sob a dependência de um homem. Ao penetrar num espaço que não era o seu, é compreensível que as mulheres que ousaram se afirmar como escritoras o tenham feito a princípio sob o signo do anonimato. É o caso de Maria Peregrina de Sousa (1809-1894). Teve participação profunda nos periódicos literários da época, nos quais publicou romances, poemas e contos populares, utilizando pseudônimos como Uma obscura portuense, Mariposa ou suas iniciais, D. M. P. Por meio de um diálogo com a História, estudamos as obras Retalho do mundo (1859), Maria Isabel (1866), Henriqueta: romance original (1876) e Pepa (1846), da qual também fizemos a edição. Nosso objetivo é investigar, nesses textos, como o discurso do senso comum ora se confirma às vezes, ora é desestabilizado, e como algumas personagens poderiam contornar os interditos sociais. Ao trazer essa obscura portuense à luz, pretendemos também refletir sobre como uma autora pensava a sua realidade e qual o reflexo disso na sua produção literária. / It is not an easy task to research about Portuguese female writers from the Nineteenth century. The biggest barrier is the lack of sources, which is mainly due to the role that the women played in the 1800s society. Without political rights and restricted to private areas, these women should always be dependent on men. By entering in an area that does not belong to them, it is understandable that the women who dared to assert themselves as writers have done that using the principle of anonymity. This is the case of Maria Peregrina de Souza (1809-1894). She had a deep involvement in literary periodicals of that time, in which she published novels, poems and folk tales, using pseudonyms such as "Uma obscura portuense" (a porto obscure), "Mariposa" (Moth) or her initials, "D. M. P." Through a dialogue with History, we study the works Retalho do mundo (1859), Maria Isabel (1866), Henriqueta: romance original (1876) and Pepa (1846). We also edited the last one. Our objective is to investigate, in those works, how the discourse of the common sense is, sometimes, confirmed and, sometimes, destabilized, and how some characters could have bypassed the social prohibitions. By bringing this "porto obscure" to light, we intend to reflect how a female writer thought about her reality and how this reflected in her writings.

Submitted by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2017-06-09T14:12:31Z No. of bitstreams: 1 DeniseBacellarNunesDissertacaoParcial2016.pdf: 383250 bytes, checksum: d26065f69d95575d3da39c98d1733d85 (MD5) / Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2017-06-09T14:12:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DeniseBacellarNunesDissertacaoParcial2016.pdf: 383250 bytes, checksum: d26065f69d95575d3da39c98d1733d85 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-09T14:12:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DeniseBacellarNunesDissertacaoParcial2016.pdf: 383250 bytes, checksum: d26065f69d95575d3da39c98d1733d85 (MD5) Previous issue date: 2016-12-05 / Pilgrimages in contemporary times have been a fruitful field for the development of research in various areas of human knowledge. However, even accompanied by important subjective and intersubjective components, the impact of this phenomenon on psychic life has not yet been studied in Psychology. This study aims at investigating the meanings that the systematic and continuous practice of the pilgrimage has for the subject who lives in the Passos de Anchieta, an event that reconstructs the historical journey made by the Jesuit saint Jos?? de Anchieta, in the Captaincy of the Holy Spirit, in the century XVI. The route begins in the state capital, Vit??ria, and travels about 100 km along the coast. The experience draws attention to the fact that it started 18 years ago with a small group of friends and, today, count on the participation of 4,000 wanderers. The intention of the research is to unveil the meaning of pilgrimage to the wanderer, seeking in the notion of meaning, in consonance with the phenomenology of Husserl and Merleau-Ponty, the foundations for the understanding of the phenomenon. The qualitative and exploratory methodology integrates two instruments, ethnography and semi-structured interviews, both also inspired by the phenomenological method. The first stage, of ethnographic description, was made with 4,000 participants in 24 hours of description. In the second stage, six wanderers were interviewed, following the following themes / axes: description of the history of the phenomenon; Meanings and impressions about the Steps of Anchieta; Experiences and reports of significant experiences obtained during the Passos de Anchieta; Transformations along the route and expectations and future projects in the Passos de Anchieta. From the results of the two instruments used, syntheses were made and, from them, variant and invariant sense units were presented. The analysis of the results was dialogued with the theoretical framework of work and other interdisciplinary theories. The results revealed that the senses that the pilgrims find in the experience are related to the corporality and that the pilgrims understand the phenomenon assigning meanings and meanings in diverse expressive modalities of sense that are as incarnated in several experiences of the way, in the form of sensations, Perceptions, directions, spiritualities, religiosities, belongings, feelings, sensibilities, spatialities, landscapes, meanings, teleologies. The journey unfolds in the sense of immanence and transcendence. It is also characterized, often in rituals, that it can include elements of a nature that are both metaphorical and of symbolic efficacy, and often accompanied by a cathartic effect. We conclude that, since experience is a vehicle for expressing belief its meanings and incarnated meanings in the body, it can not be merely reduced to the mere network of articulations, structures and sounds, but understood as the expressive plenitude of being in the world in a Continuous process of communication with the world and its derivations to the wanderers??? psychic health. / As peregrina????es, na contemporaneidade, t??m sido um campo fecundo para o desenvolvimento de pesquisas em diversas ??reas do conhecimento humano. Entretanto, mesmo acompanhadas de importantes componentes subjetivos e intersubjetivos, o impacto deste fen??meno sobre a vida ps??quica tem sido ainda pouco estudado em Psicologia. Este estudo tem por objetivo investigar os sentidos que a pr??tica sistem??tica e cont??nua do ato de peregrinar tem para o sujeito que peregrina nos Passos de Anchieta, evento que reconstitui o caminho hist??rico feito pelo santo Jesu??ta Jos?? de Anchieta, na Capitania do Esp??rito Santo, no s??culo XVI. O caminho tem in??cio na capital do Estado, Vit??ria, e percorre cerca de 100 km pelo litoral. A experi??ncia chama a aten????o pelo fato de, h?? 18 anos, ter-se iniciado a caminhada com um pequeno grupo de amigos e, hoje, contar com a participa????o de 4.000 peregrinos. A inten????o da pesquisa ?? desvelar o sentido do peregrinar para o peregrino, buscando na no????o de sentido, em conson??ncia com a fenomenologia de Husserl e Merleau-Ponty, os fundamentos para a compreens??o do fen??meno. A metodologia, de cunho qualitativo e explorat??rio, integra dois instrumentos, etnogr??fico e entrevistas semiestruturadas, ambos tamb??m inspirados no m??todo fenomenol??gico. A primeira etapa, de descri????o etnogr??fica, contou com cerca de 4000 participantes em 24h de descri????o. Na segunda etapa, foram entrevistados seis andarilhos, seguindo-se os seguintes temas eixos: descri????o do percurso hist??rico do fen??meno; significados e impress??es acerca dos Passos de Anchieta; viv??ncias e relatos de experi??ncias significativas que obteve ao percorrer ???os Passos de Anchieta???; transforma????es ao longo do percurso e expectativas e projetos de futuro nos Passos de Anchieta. A partir dos resultados dos dois instrumentos utilizados, foram feitas s??nteses e a partir delas, foram apresentadas unidades de sentido variantes e invariantes. As an??lises dos resultados foram dialogadas com o arcabou??o te??rico do trabalho e outras teorias interdisciplinares. Os resultados desvelaram que os sentidos que os peregrinos encontram na experi??ncia est??o relacionados ?? corporalidade e que os peregrinos compreendem o fen??meno atribuindo sentidos e significados em diversas modalidades expressivas de sentido que s??o como que encarnadas em v??rias experi??ncias do caminho, sob a forma de sensa????es, percep????es, dire????es, espiritualidades, religiosidades, pertencimentos, sentimentos, sensibilidades, espacialidades, paisagens, significados, teleologias. A caminhada se desdobra em sentidos de e iman??ncia e transcend??ncia, caracterizando-se tamb??m, muitas vezes em rituais, de podem comportar elementos de naturezas imultaneamente metaf??ricos e de efic??cia simb??lica, al??m de muitas vezes acompanhados de efeito cat??rtico. Conclu??mos que, sendo a experi??ncia um ve??culo de express??o da cren??a os seus sentidos e significados encarnados no corpo, n??o podem ser reduzidos ?? mera rede de articula????es, estruturas e sons, mas, compreendida como a plenitude expressiva do ser no mundo, em um processo cont??nuo de comunica????o com o mundo e respectivas deriva????es para a sa??de ps??quica dos andarilhos.

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pesquisar sobre escritoras portuguesas do século XIX não é tarefa das mais simples. A barreira maior é a escassez de fontes, que se deve, principalmente, ao papel que cabia à mulher na sociedade de oitocentos. Sem direitos políticos e restrita ao espaço privado, deveria estar sempre sob a dependência de um homem. Ao penetrar num espaço que não era o seu, é compreensível que as mulheres que ousaram se afirmar como escritoras o tenham feito a princípio sob o signo do anonimato. É o caso de Maria Peregrina de Sousa (1809-1894). Teve participação profunda nos periódicos literários da época, nos quais publicou romances, poemas e contos populares, utilizando pseudônimos como Uma obscura portuense, Mariposa ou suas iniciais, D. M. P. Por meio de um diálogo com a História, estudamos as obras Retalho do mundo (1859), Maria Isabel (1866), Henriqueta: romance original (1876) e Pepa (1846), da qual também fizemos a edição. Nosso objetivo é investigar, nesses textos, como o discurso do senso comum ora se confirma às vezes, ora é desestabilizado, e como algumas personagens poderiam contornar os interditos sociais. Ao trazer essa obscura portuense à luz, pretendemos também refletir sobre como uma autora pensava a sua realidade e qual o reflexo disso na sua produção literária. / It is not an easy task to research about Portuguese female writers from the Nineteenth century. The biggest barrier is the lack of sources, which is mainly due to the role that the women played in the 1800s society. Without political rights and restricted to private areas, these women should always be dependent on men. By entering in an area that does not belong to them, it is understandable that the women who dared to assert themselves as writers have done that using the principle of anonymity. This is the case of Maria Peregrina de Souza (1809-1894). She had a deep involvement in literary periodicals of that time, in which she published novels, poems and folk tales, using pseudonyms such as "Uma obscura portuense" (a porto obscure), "Mariposa" (Moth) or her initials, "D. M. P." Through a dialogue with History, we study the works Retalho do mundo (1859), Maria Isabel (1866), Henriqueta: romance original (1876) and Pepa (1846). We also edited the last one. Our objective is to investigate, in those works, how the discourse of the common sense is, sometimes, confirmed and, sometimes, destabilized, and how some characters could have bypassed the social prohibitions. By bringing this "porto obscure" to light, we intend to reflect how a female writer thought about her reality and how this reflected in her writings.

The aim of this study was to analyse testcross-material that was generated during a homoeologous pairing-induction experiment. Absence of the homoeologous pairing suppressor gene, Ph1, was employed to induce meiotic pairing between the Lr59 translocation (Aegilops peregrina) and 1AL of normal wheat. The study aimed to characterize the test-cross plants derived from this experiment and to identify recombinants which retained the least amount of species chromatin but which still contained the Lr59 gene. The test-cross F1 population, 07M5 (total 635 plants), was screened for Lr59 resistance by inoculating seedlings with the leaf rust pathotype, UVPrt8. The 168 resistant plants were characterized with molecular markers in order to identify recombinants. The data were used to construct a physical map which showed the relative sizes of the recombinants and which could be used to identify those recombinants which contained the least amount of residual species chromatin. Microsatellite (Xcfa2219, Xbarc83 and Xgwm164) and SCAR (S15T3) analysis was used for the initial identification of recombinants. The results showed that 152 of the 168 resistant plants were recombinants for the four loci; that eight of the remaining 16 plants represented non-recombinant, wild species-types and that the last eight plants represented the wheat parental-types which were resistant (and thus, also recombinants). This extremely high recombination frequency can largely be attributed to strong segregation distortion that was evident in the cross. It is also possible that the translocation segment could derive from the S genome rather than the U genome of Ae. peregrina. The S genome is closer related to the wheat genomes than the U genome and may be more prone to recombination. With the use of the microsatellite and SCAR data, a physical map was constructed which showed the relative location of the Lr59 gene on the translocation. It appeared that the eight shortest recombinants retained terminal species chromatin. In an attempt to characterize the eight recombinants, additional marker loci had to be identified within that region. RAPD, iv AFLP and DArT markers were investigated for this purpose. RAPD analyses did not produce any useful markers. AFLP and DArT analyses did identify useful markers with which the eight recombinants could be screened. The data showed which recombinants probably retained the least amount of species chromatin. Seeing that AFLP and DArT markers are anonymous and that the distances between marker loci are unknown, it is not possible to say which recombinant is the shortest and consequently it will be nessecary to also evaluate the group of eight recombinants agronomically in order to identify the most useful ones. The results showed that multiple cross-overs apparently occured on both sides of Lr59. Multiple cross-overs are higly unlikely in material of this nature, therefore it was speculated that the observation resulted from incomplete synteny between the telomeric areas of the translocation and 1AL. A structural difference between the two chromosome regions might have given rise to abnormal meiotic pairing structures and thus unexpected gamete genotypes. Each of the eight recombinants did express one or more of the Ae. peregrina derived AFLP loci which can in future be verified for use as a marker for marker assisted selection. The study succeeded in identifying a number of potentially useful recombinants which contain the Lr59 resistance. It would, however, be risky to select only one of the shortest recombinants for further development on the basis of the present knowledge as some recombinants may contain genetic abnormalities which resulted from reduced synteny in the Lr59 region. It would therefore be wise to further evaluate all eight recombinants before the best one is selected for agronomic use.

Made available in DSpace on 2015-04-14T14:46:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 395840.pdf: 2225118 bytes, checksum: feae8fb7b40fa1ef11d9e78100fbdccc (MD5) Previous issue date: 2007-08-23 / A disserta??o tem como objeto de estudo o turismo na regi?o das miss?es, localizada a noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, focando, especialmente, um novo produto tur?stico: o Caminho das Miss?es, uma rota de turismo a p? efetuada por peregrinos. O trabalho ? um estudo de caso, baseado numa pesquisa de campo, a partir da realiza??o de observa??o participante, entrevistas gravadas e aplica??o de question?rios com os s?cios da empresa mantenedora do Caminho das Miss?es, os prestadores de servi?os de hospedagem e alimenta??o, os agentes p?blicos do turismo regional e dirigentes cat?licos envolvidos com o produto tur?stico. O Caminho das Miss?es tem como caracter?stica o uso de toda a cadeia produtiva do turismo, envolvendo as ?reas de hospedagem, alimenta??o, artesanato local, entre outras atividades econ?micas da regi?o. Estruturado em tr?s cap?tulos, o trabalho analisa a formata??o, as estrat?gias de venda e a constru??o da identidade do produto tur?stico Caminho das Miss?es, num contexto local em que o turismo passa a ser tratado pelos agentes pol?ticos e privados como op??o para o desenvolvimento regional. Reconstitui a narrativa hist?rica das miss?es, seus s?mbolos, cren?as e pr?ticas religiosos e, em seguida, analisa sua reapropria??o e ressignifica??o pelos empreendedores do referido produto tur?stico. Analisa a apropria??o e recria??o da identidade missioneira a partir da configura??o do produto tur?stico Caminho das Miss?es em turismo cultural, m?stico e religioso. Nesse intento, investiga os conflitos e diverg?ncias entre os agentes p?blicos do turismo e os mentores e empres?rios do neg?cio. Discorre sobre o papel dos prestadores de servi?os, o perfil social dos clientes - os chamados peregrinos - e sua avalia??o dos diferentes aspectos do produto. Por fim, analisa o produto no quadro de uma proposta de desenvolvimento sustent?vel do turismo atrav?s de quatro eixos reflexivos: econ?mico, pol?tico, social e hist?rico-cultural

Este trabalho tem como objetivos facilitar a leitura da obra de Sóror Maria do Céu e contribuir para a divulgação desta escritora barroca, que possui uma vasta produção literária no século XVIII mas que permance grandemente desconhecida nos círculos literários e académicos do presente século. A introdução explora o aspecto da viagem alegórica da alma, representada por personagens de uma narrativa e tendo como protagonista uma personagem feminina -- a Peregrina. Esta embarca numa viagem à procura de uma vida eterna feliz e recompensadora, No entanto durante a sua viagem, depara-se com um conjunto de desafios que precisa ultrapassar para atingir a vida eterna. Apresentamos alguns dados históricos e socioculturais de Portugal no século XVII e XVIII e oferecemos uma pequena biografia da autora, Maria do Céu. Também está incluída uma explicação sucinta sobre o estilo artístico de escolha, ou seja, os elementos literários que constituem esta novela alegórica, assim como um resumo dos catorze capítulos de Enganos do bosque, desenganos do Rio. Durante a análise da obra de Maria do Céu, revelamos as caraterísticas principais dos personagens e consideramos Enganos do bosque, desenganos do Rio juntamente com outras duas obras: Pilgrim's Progress, do escritor inglês John Bunyan e História do Predestinado Peregrino e seu irmão Precito, do escritor português Alexandre de Gusmão. Deste modo expomos as semelhanças e diferenças entre as viagens peregrinas dos protagonistas destas obras e realçamos os objetivos originais da escritora feminina e que são distintos dos autores masculinos: através da personagem Peregrina, Maria do Céu narra o aperfeiçoamento da alma até ao ponto de união mística com o pastor do bosque, ou seja, união da alma com o seu criador, Jesus Cristo. Por fim, antes da edição da novela alegórica de Maria do Céu, oferecemos uma lista de alterações gramaticais efetuadas nesta edição, e que têm como objetivo ajudar o leitor moderno na compreensão desta obra.