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Caracterização clínica e molecular da hepatite crônica B AgHBe negativo na Amazônia Ocidental Brasileira.

Victoria, Flamir da Silva 30 May 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-20T12:31:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese pre-textual Flamir.pdf: 180450 bytes, checksum: b22f4be1f70d6feedfc78b9872177ea1 (MD5) Previous issue date: 2007-05-30 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The infection for the HBV is one of the infections most frequent of the world, esteem in 350 million the number of chronic infections patients, being of Amazon Ocidental Brazilian person considered one of the regions of bigger prevalence of the HBV. The chronic hepatitis for the HBV are presented under two forms: Positive and negative AgHBe. The negative AgHBe forms are represented by two groups of patients: the inactive carriers of the AgHBs and the patients with chronic hepatitis B, 55 reacting AgHBs patients had been selected in the FMTAM have six months, natural of the Amazon Ocidental Brazilian person, after soroconversion of the AgHBe, with the purpose to determine HBV DNA for the PCR, to identify the genotypes of the VHB of reacting samples HBV DNA and to characterize the patients with chronic hepatitis B negative AgHBe, through the clinical and molecular analysis. The study he was of the descriptive type of case, with the separate patients in two groups: with hepatitis and without hepatitis in the histological examination. The prevalence of the hepatitis in the study was 63.64%, predominating the males sort, with a ratio of 1,9:1 in relation to the female, with average age of 42,5 years, being more frequently natural of the Southwestern Sub-region (32,73%). In the study it was observed that the time was a proportional variable to the evolution of the illness and in these patients the symptoms most frequent had been: dyspeptic symptom, asthenia and loss of the libido, with the majority of the patients presenting former and familiar history of previous contact with the HBV, being the esplenomegalia the signal most frequent (40%). The platelet counting enters the examinations, sérica albumin and activity of the protrombin had been significant for the diagnosis of the hepatitis. The alpha-fetoproteín more was raised in the patients with hepatitis and the hepatocelular carcinoma was detected in 3,63%. Three types of genotypes of the VHB had been diagnosed, A, D and F in amplified samples of gene S. The genotype A, sub-genotype Afro-asiátic (AA) was most prevalent in the patients with hepatitis (54,54%). Mutations in these patients in 36,36% had been observed, with predominance of the mutations Core promoter (31,81%), to biggest prevalence in this study of the A genotype (AA). In the present study in the patients with hepatitis we find signals of fibrogenesis activity to ultrasound hepatic, demonstrating raised sensitivity of the examination in evaluating fibrosis hepatic (90,2%). In relation to the ultrasound signals of patology associations to the hepatitis, one observed lithiasis (18,18%) and focal injuries (5,45%). In the patients with hepatitis bigger and lesser signals of portal hipertension had been observed to ultrasound, respectively 38.18% and 40%. The application of the index of NIEC in these patients disclosed high risk of varices hemorrhage during the period of one year (37,8%). This study it showed to one high prevalence of the A genotype (AA) in patients with chronic hepatitis B negative AgHBe in the Amazon Ocidental Brazilian, opposing other studies on the predominance of the genotype F, probable consequence of the migratory influences of other Brazilian regions, has some decades, what she could be contributing for the change of the genotipic profile of the HBV in the region / A infecção pelo VHB é uma das infecções mais freqüentes do mundo, estima-se em 350 milhões o número de pacientes cronicamente infectados, sendo a Amazônia Ocidental Brasileira considerada uma das regiões de maior endemicidade do VHB. As hepatopatias crônicas pelo VHB apresentam-se sob duas formas: AgHBe positivo e AgHBe negativo. As formas AgHBe negativas são representadas por dois grupos de pacientes: os portadores inativos do AgHBs e os pacientes com hepatite crônica B (HCB). Foram selecionados na FMTAM 55 pacientes AgHBs reagentes há mais de seis meses, naturais da Amazônia Ocidental Brasileira, após soroconversão do AgHBe, com a finalidade de determinar o VHB DNA pela PCR, identificar os genótipos do VHB das amostras VHB DNA reagentes e caracterizar os pacientes com HCB AgHBe negativo, através da análise clínica e molecular. O estudo foi do tipo descritivo de caso, com os pacientes separados em dois grupos: com hepatite e sem hepatite no exame histopatológico. A prevalência da hepatite no estudo foi 63,64%, predominando o gênero masculino, com uma proporção de 1,9:1 em relação às mulheres, com idade média de 42,5 anos, sendo mais freqüentemente naturais da Sub-região Sudoeste (32,73%). No estudo foi observado que o tempo foi uma variável proporcional à evolução da doença e nestes pacientes os sintomas mais freqüentes foram: dispepsia, astenia e perda da libido, com a maioria dos pacientes apresentando história pregressa e familiar de contato prévio com o VHB, sendo a esplenomegalia o sinal mais freqüente (40%). Entre os exames a contagem plaquetária, albumina sérica e atividade da protrombina foram significativas para o diagnóstico da hepatite. A alfa-fetoproteína foi mais elevada nos pacientes com hepatite e o carcinoma hepatocelular foi detectado em 3,63%. Foram diagnosticados três tipos de genótipos do VHB: A, D e F, em amostras amplificadas do gene S. O genótipo A sub-genótipo Afro-asiático (AA) foi o mais prevalente nos pacientes com hepatite (54,54%). Observaram-se mutações nestes pacientes em 36,36%, com predomínio das mutações core promoter (31,81%), decorrentes da maior prevalência neste estudo do genótipo A (AA). No presente estudo nos pacientes com hepatite encontramos sinais de atividade fibrogênica ao ultrassom hepático, demonstrando elevada sensibilidade do exame em avaliar a fibrose hepática (90,2%). Em relação aos sinais ultrassonográficos de patologias associadas à hepatite, observou-se colecistopatias (18,18%) e lesões focais (5,45%). Nos pacientes com hepatite foram observados ao ultrassom sinais maiores menores de hipertensão portal, respectivamente 38,18% e 40%. A aplicação do índice de NIEC nestes pacientes revelou elevado risco de hemorragia varicosa durante o período de um ano (37,8%). Este estudo mostrou uma elevada prevalência do genótipo A (AA) em pacientes com HCB AgHBe negativo na Amazônia Ocidental Brasileira, contrariando outros estudos sobre a predominância do genótipo F, reflexo provável das influências migratórias de outras regiões brasileiras, há várias décadas, o que poderia estar contribuindo para a mudança do perfil genotípico do VHB na região
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Impacto e adesão à fortificação caseira com múltiplos micronutrientes em pó (MNP) na anemia e deficiência de micronutrientes em crianças de Rio Branco - Acre, Amazônia Ocidental Brasileira / Impact and adherence to the home fortification with multiple micronutrients in powder (MNP) on anemia and micronutrient deficiencies in children living in Rio Branco Acre, Western Brazilian Amazon

Oliveira, Cristieli Sergio de Menezes 21 November 2017 (has links)
Introdução: A anemia afeta 273 milhões (43 por cento) de crianças pré-escolares em todo o mundo e constitui-se uma prioridade mundial dado seu risco para morbidade infantil, prejuízo no desenvolvimento e repercussões na vida adulta. A fortificação caseira (FC) com múltiplos micronutrientes em pó (MNP) consiste em uma das estratégias mais promissoras para reduzir anemia e deficiência de micronutrientes em crianças de 6 a 23 meses. Contudo, a baixa adesão tem sido uma barreira para o seu sucesso. Poucos são os estudos que têm avaliado os fatores que influenciam a adesão ao uso dos MNP a fim de melhorar a efetividade de sua implementação. Objetivo: Avaliar o impacto da FC com MNP na anemia e deficiência de micronutrientes em crianças do município de Rio Branco, Acre, bem como a aceitação delas e os fatores associados à adesão dos cuidadores à intervenção. Métodos: Esta investigação integra o Estudo Nacional de Fortificação caseira da Alimentação Complementar (ENFAC), estudo multicêntrico realizado nos anos de 2012 e 2013 em quatro cidades brasileiras (Rio Branco, Olinda, Goiânia e Porto Alegre), cujo delineamento foi do tipo ensaio clínico pragmático controlado em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para a presente análise, foram considerados dados da cidade de Rio Branco Acre. No início do estudo, 150 crianças de 11 a 14 meses de idade foram recrutadas para composição do grupo controle (GC), na rotina de puericultura. Simultaneamente, e nas mesmas UBSs, 126 crianças de 6 a 8 meses de idade compuseram o grupo intervenção (GI) para receber FC com MNP adicionado diariamente na alimentação complementar (AC). A efetividade dos MNP foi avaliada comparando-se os grupos após 4-6 meses do início da intervenção, com os participantes do GI estando com a mesma idade do GC (11 a 14 meses). Os desfechos de interesse foram prevalências de anemia, DF, DVA, e outros micronutrientes; indicadores bioquímicos de inflamação e morbidades bem como o impacto do uso da fortificação nesses indicadores nutricionais e os fatores que influenciaram a adesão ao uso do sachê com MNP. Utilizaram-se teste de qui-quadrado de Pearson, teste de t Student ou de Mann-Whitney U e modelos de regressão de Poisson. Resultados: Os fatores associados à prevalência de anemia e o risco para esse desfecho foram: mãe ter mais de um filho [razão de prevalência (RP) (IC 95 por cento): 2,11 (1,06; 4,19)], ausência de TV a cabo ou internet no domicílio (como marcador de riqueza) [4,57 (1,13; 18,47)] e presença de desnutrição (escore Z do índice altura/idade <-2) [2,28 (1,28; 4,09)]. Introdução tardia de alimentos ricos ou promotores da absorção do ferro (ITARPAF) [1,92 (1,10; 3,37)], presença de inflamação/infecção [2,21 (1,38; 3,54)] e deficiências de vitaminas A [1,85(1,05; 3,28)] e B12 [1,90 (1,05; 3,46)] também relacionaram-se a > prevalência de anemia nas crianças estudadas. A respeito da DF, entre crianças cujas mães possuíam maior escolaridade a deficiência foi 17 por cento menor comparadas àquelas com menor escolaridade. A ITARPAF representou risco 26 por cento maior de DF em relação aos que tiveram a AC introduzida oportunamente. A DVA também foi associada à maior DF [1,37 (1,17; 1,61)]. Após a fortificação com MNP, as crianças do GI mostraram um risco menor de DF (72,4 por cento versus 25,2 por cento), DVA (18,4 por cento vs 4,7 por cento), de insuficiência de vitamina E (73,4 por cento vs 33,6 por cento), de infecção (Proteína C-reativa>5 mg/l: 21 por cento vs 9,5 por cento; Alfaglicoproteína >1g/l: 41 por cento vs 26,7 por cento), tosse (68,8 por cento vs 37,5 por cento) e chiado no peito (46,1 por cento vs 8,9 por cento), quando comparadas com as crianças do GC. Embora a aceitabilidade ao sachê tenha sido considerada boa ou excelente por 65,5 por cento dos cuidadores, a adesão completa à estratégia (60 sachês em 2-3 meses) foi de apenas 29 por cento das crianças estudadas. Os fatores relacionados à baixa adesão ao uso do sachê com MNP foram: hospitalização da criança no ano anterior à pesquisa [RP (IC 95 por cento): 1,68 (1,14; 2,45)], ter mãe adolescente [1,48 (1,01; 2,18)] e introdução precoce de fórmula infantil [1,92 (1,13; 3,29)]; já as crianças que iniciaram a AC com fruta tiveram melhor adesão ao consumo do sachê [0,56 (0,34; 0,93)]. Conclusão: Em uma área com marcantes iniquidades sociais de acesso a bens e serviços e de alta carga de morbidade, nossos achados ratificam o papel das deficiências de micronutrientes e infecção no risco para anemia, DF e DVA. O aconselhamento nutricional permanente quanto às práticas alimentares saudáveis na infância deve ser integrado à estratégia do MNP a fim de reduzir DF, DVA e de outros micronutrientes, assim como algumas morbidades. A incorporação da fortificação com múltiplos micronutrientes em pó deve considerar uma atenção redobrada às mães adolescentes no serviço de atenção primária à saúde nesta região da Amazônia. / Background: Anemia affects 273 million (43 per cent) of preschoolers around the world and is a global priority given its risk for child morbidity, developmental impairment and repercussions in adult life. Home fortification (HF) with multiple micronutrients powder (MNP) consists in one of the most promising strategies to reduce micronutrient deficiency and anemia in children aged 6-23 months. However, the poor compliance has been a barrier to its success. Few studies have evaluated the factors that influence MNP adherence in order to improve the effectiveness of its implementation. Objective: To assess the impact of home fortification with MNP on anemia and deficiency of micronutrients in children as well as the acceptance of them and the factors associated to the caregivers adherence to the intervention. Methods: This research is part of the Estudo Nacional de Fortificação caseira da Alimentação Complementar (ENFAC), a multicentre pragmatic controlled clinical trial carried out in the years of 2012 and 2013 in Basic Health Units (BHUs) from four Brazilian cities (Rio Branco, Olinda, Goiânia e Porto Alegre). For the present analysis, data from the city of Rio Branco - Acre were considered. In the beginning of the study, 150 children aged 11 to 14 months were recruited for composition of control group (CG), in childcare routine. Simultaneously, and in the same BHUs, 126 children aged 6 to 8 months comprised the intervention group (GI) to receive HF with MNP added daily in the complementary feeding (CF). The effectiveness of MNP was evaluated by comparing the groups after 4-6 months of the beginning of the intervention, with the GI participants being of the same age as the CG (11 to 14 months). Outcomes of interest were prevalence of anemia, ID, VAD, and other micronutrients; biochemical indicators of inflammation and morbidities as well as the impact of the use of fortification on these nutritional indicators and the factors that influenced adherence to the sachet use with MNP. Pearsons 2 test, Students t test or the MannWhitney U test and Poisson regression models were used in the analysis. Results: The main factors that influenced the prevalence of anemia and the risk of this outcome were: the mother having more than one child [prevalence ratio (CI 95 per cent): 2.11 (1.06; 4.19)], living in households without access to cable TV or internet (as a marker of wealth) [4.57 (1.13; 18.47)] and presence of stunting (Z-scores for length/height for- age < -2) [2.28 (1.28; 4.09)]. Late introduction of iron-rich foods or which promote its absorption [1.92 (1.10; 3.37)], presence of inflammation/infection [2.21 (1.38; 3.54)] and vitamin A [1.85 (1.05; 3.28)] and vitamin B12 deficiencies [1.90 (1.05; 3.46)] were also related with > risk of anemia in the study children. Regarding ID, among children whose mothers had a higher level of schooling a 17 per cent lower risk was observed when compared to those with lower schooling. The late introduction of iron-rich foods represented a 26 per cent higher risk of ID in relation to those who had the CF introduced timely. The VAD was also associated with highest ID risk [1.37 (1.17; 1.61)]. The IG children after home fortification with MNP showed a lower risk of ID (72.4 per cent versus 25.2 per cent), VAD (18.4 per cent vs 4.7 per cent), of vitamin E insufficiency (73,4 per cent vs 33,6 per cent), of infection (C-reactive protein>5 mg/l: 21 per cent vs 9.5 per cent; 1-acid glycoprotein>1g/l: 41 per cent vs 26.7 per cent), cough (68.8 per cent vs 37.5 per cent) and wheezing (46.1 per cent vs 8.9 per cent), when compared with the CG children. Although the overall acceptability of the MNP sachet was considered good or excellent by 65.5 per cent of caregivers, the complete adherence to the strategy (60 sachets in 2-3 months) was reached in only 29 per cent of the study children. The main factors related to the low adherence to the use of the MNP sachet were: hospitalization of the child in the year prior to the survey [prevalence ratio (CI 95 per cent): 1.68 (1.14, 2.45)], having teenage mother [1.48 (1.01; 2.18)] and early introduction of infant formula [1.92 (1.13; 3.29)]; children who started timely the CF with fruits had better adherence to the sachet consumption [0.56 (0.34, 0.93)]. Conclusion: In an area with marked social inequities in access to goods and services and with high burden of morbidity, our findings confirm the role of micronutrient deficiencies and infection status in the risk for anemia, ID and VAD. The continuous nutritional counseling to promote healthy eating practices in childhood should be integrated to the MNP strategy for reducing ID, VAD and other micronutrient deficiencies, as well as some morbidities. The implementation of MNP fortification should consider an increased attention to adolescent mothers in the primary health care services in this Amazonian region.
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Determinantes do crescimento linear e ganho de peso de crianças em Acrelândia, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira / Determinants of linear growth and weight gain among children in Acrelândia, Acre State, Western Brazilian Amazon

Lourenço, Bárbara Hatzlhoffer 07 March 2014 (has links)
Introdução: Investigações sobre o crescimento linear e o ganho de peso durante a infância em regiões de baixa e média renda são relevantes ao avanço do conhecimento científico e ao planejamento de ações para promoção da saúde no contexto de transição nutricional que afeta tais áreas. Objetivo: Investigar determinantes do crescimento linear e ganho de peso de crianças residentes no município de Acrelândia, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Métodos: O presente estudo longitudinal de base populacional foi constituído a partir de dois inquéritos transversais de base populacional conduzidos em 2003 e 2007, com dois inquéritos de seguimento realizados em 2009 e 2012. Foram realizadas entrevistas domiciliares para levantamento de informações sociodemográficas, características maternas e morbidade recente da criança, além de coleta de amostra de sangue e exame antropométrico. Os desfechos de interesse foram a variação em escores Z de altura e índice de massa corporal (IMC) para idade. Utilizaram-se modelos de regressão linear mistos para a análise dos dados longitudinais. Resultados: Os principais determinantes do crescimento linear mensurado em escores Z de altura para idade durante a infância foram o índice de riqueza domiciliar e a posse de terra, além da altura materna e de peso e comprimento da criança ao nascer. O ganho de peso verificado por escores Z de IMC para idade foi positivamente associado ao índice de riqueza domiciliar e ao IMC materno até os 10 anos de idade. Houve associação positiva entre estado inflamatório de baixo grau na linha de base do estudo (definido por maiores concentrações de proteína C-reativa até 1 mg/L) e incremento em escores Z de IMC para idade durante o seguimento entre crianças a partir de 5 anos de idade. O alelo de risco do gene associado à massa gorda e obesidade (FTO rs9939609) relacionou-se a maior ganho em escores Z de IMC para idade durante a infância, com modificação de efeito pelo estado inicial de vitamina D, com papel genético mais pronunciado entre crianças com concentrações ! insuficientes de vitamina D. O aumento em escores Z de IMC durante a idade escolar foi também associado à resistência à insulina nas crianças estudadas. Conclusão: Em uma área de baixa renda, confirmou-se a influência do contexto socioeconômico e de fatores intergeracionais representados por características maternas sobre o crescimento linear e o ganho de peso na infância. O incremento de peso foi influenciado também por um cenário em que deficiências de micronutrientes, elevada morbidade e interação entre fatores genéticos e nutricionais coexistem com panorama crescente de sobrepeso e obesidade. / Background: Investigations on linear growth and weight gain during childhood in low- to middle-income regions are relevant to scientific knowledge and for the planning of actions focused on health promotion in the context of nutrition transition that affects such areas. Objective: To investigate determinants of linear growth and weight gain among children residing in the town of Acrelândia, Acre State, Western Brazilian Amazon. Methods: This population-based longitudinal study comprised two population-based cross-sectional surveys conducted in 2003 and 2007, and two follow-up assessments conducted in 2009 and 2012. Household interviews collected data on sociodemographic information, maternal characteristics, and childs recent morbidity. Children were also invited for blood sample collection and anthropometric evaluation. Outcomes of interest were change in height for age and body mass index (BMI) for age Z scores. Mixed-effect linear regression models were used in longitudinal data analysis. Results: Main determinants of linear growth in height for age Z scores during childhood were household wealth index and land ownership, as well as maternal height and childs birth weight and length. Weight gain ascertained with BMI for age Z scores was positively associated with household wealth and maternal BMI up to age 10 years. Baseline low-grade inflammatory status (defined as C-reactive protein concentrations up to 1 mg/L) was related to a higher gain in BMI for age Z scores during follow-up among children aged >5 years. Each risk allele of the fat mass and obesity associated gene (FTO rs9939609) was related to a higher increase in BMI for age Z score during childhood, with a significant interaction with baseline vitamin D status, with more pronounced genetic effects among children with vitamin D insufficiency. The increase in BMI for age Z scores during school-aged years was also associated with insulin resistance in children. Conclusion: In a low-income area, we confirmed the influence of the socioeconomic context and intergenerational factors represented by maternal ! characteristics on linear growth and weight gain during childhood. Increases in weight were also influenced by a scenario where micronutrient deficiencies, high morbidity, and interaction between genetic and nutritional factors are coupled with a rising panorama of overweight and obesity.
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Genotipagem do vírus da Hepatite C e do vírus da Hepatite Delta na Amazônia ocidental brasileira

Crispim, Myuki Alfaia Esashika 20 September 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-22T22:14:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Myuki Alfaia Esashika Crispim.pdf: 2246402 bytes, checksum: d9773c605258310c1244020f1e5cb467 (MD5) Previous issue date: 2007-09-20 / Hepatitis B and D are endemic in the Western Brazilian Amazon region , but few studies have been conducted to investigate the genetic variability of both viruses. The hepatitis B virus (HBV) has a high genetic variability, with eight different genotypes defined (A-H). In present classification hepatitis D virus (HDV) is also supposed to present eight different genotypes (I-VIII). The aim of this study was to describe the genotypes of the virus B and D of the Western Brazilian Amazon region. We selected 190 samples of chronic carriers with HBV and 50 of them presented double infection with HDV. The serum samples of HBV were submitted to the genotyping through Polymerase Chain Reaction (PCR), with type-specific primers . In the reactive samples for HDV RNA by RT-PCR was used the genotyping by Restriction Fragment Lenght Polymorphism (RFLP). The genotype A of HBV was detected as the most frequent, in 91 participants (56,5%), following by genotype F, in 41 (25,5%), and genotype D, in 29 (18,0%). In the HDV genotyping, we found only the genotype III. This study showed that the genotypes A, D and F of VHB and the genotype III of HDV represented the predominant genotypes in the Western Brazilian Amazon. / As hepatites B e D são endêmicas na Amazônia Ocidental Brasileira, mas poucos estudos têm buscado investigar a variabilidade genética de ambos os vírus. O vírus da Hepatite B (VHB) tem uma alta variabilidade genética, sendo definidos oito genótipos distintos (A-H). O vírus da hepatite D (VHD), na atual classificação, também é sugerido apresentar oito genótipos (I-VIII). O presente estudo teve o objetivo de descrever os genótipos do vírus B e D na Amazônia Ocidental Brasileira. Selecionamos 190 amostras de portadores crônicos do vírus da hepatite B, sendo que, destas, 50 apresentavam infecção dupla com o VHD. As amostras de soro do VHB foram submetidas a genotipagem por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), com iniciadores tipo específicos. Em amostras reativas para o VHD RNA por RT-PCR foi realizada a genotipagem por Análise do Polimorfismo do Tamanho de Fragmentos de Restrição (RFLP). Foi detectado o genótipo A como o mais freqüente em 91 participantes (56,5%), seguido pelo F em 41(25,5%), e o D em 29 (18,0%). Na genotipagem para o VHD encontramos somente o genótipo III. Este estudo mostrou que os genótipos A, D e F do VHB e o genótipo III do VHD, representam os genótipos predominantes na Amazônia Ocidental Brasileira.
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Soroprevalência, fatores associados e distribuição espacial de infecção por Toxocara spp. em crianças de Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira / Seroprevalence, factors associated, and spatial distribution of Toxocara spp. infection in children living in Acrelândia, Acre, Western Brazilian Amazon

Fontoura, Pablo Secato 04 April 2012 (has links)
A infecção em seres humanos por larvas de nematódeos do gênero Toxocara é uma antropozoonose endêmica em diversas localidades com prevalências superiores a 50% em diferentes grupos populacionais, tanto em países em desenvolvimento como nos desenvolvidos. O presente estudo avaliou a prevalência, fatores associados e distribuição espacial de infecção por Toxocara spp. em crianças residentes na área urbana de Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Conduziu-se um estudo transversal de base populacional com 1112 crianças <11 anos de idade. Informações socioeconômicas e demográficas foram obtidas por meio de questionário estruturado. Medidas antropométricas e coleta de amostras biológicas (sangue e fezes) foram realizadas pela equipe de pesquisa. A avaliação de soroprevalência da infecção por Toxocara spp. utilizou o método imunoensaio enzimático (ELISA). Registraram-se as coordenadas geográficas pontuais de todos os domicílios participantes do inquérito para análise espacial de varredura. Razões de prevalência (RP; intervalo com 95% de confiança, IC95%) para fatores associados à antropozoonose foram estimadas por regressão de Poisson com seleção hierárquica das variáveis independentes. Verificou-se soroprevalência geral de 38% para anticorpos IgG anti-Toxocara spp.; crianças 5 anos de idade apresentaram maior prevalência para infecção por Toxocara spp., estatisticamente significante, em relação aos de menor faixa etária (RP, 1,70; IC95%, 1,442,00). Ausência de tratamento para água de beber (RP, 1,38; IC95%,1,111,71), deficiência de vitamina A (RP, 1,47; IC95%, 1,221,78) e presença de geo-helmintos (RP, 1,57; IC95%, 1,251,98) foram positivamente associados à infecção pelo nematódeo. Em contrapartida, maior quarto do índice de riqueza domiciliar (RP, 0,65; IC95%, 0,510,83) e maior escolaridade materna (RP, 0,71; IC95%, 0,580,88) foram inversamente associados à infecção por Toxocara spp. Presença de cão e/ou gato nas residências não foi associada à infecção pelo nematódeo. Análise da distribuição espacial detectou um aglomerado de baixa prevalência para infecção por Toxocara spp. na área investigada, compreendendo 36,0% das crianças com sorologia negativa para o nematódeo. Os resultados indicam que a prevalência da infecção por Toxocara spp. observada no presente estudo foi semelhante ao descrito em estudos anteriores na região da Amazônia Brasileira, mas superiores às observadas nas regiões sul e sudeste do país e em outros países. A avaliação de fatores associados à infecção por Toxocara spp. permitiu a identificação de grupos populacionais prioritários para intervenções no município estudado. / Human infection with nematodes of the genus Toxocara is an endemic anthropozoonosis in many locations, with prevalence rates above 50% in different population groups in both developed and developing countries. The aim of this study was to assess the prevalence, factors associated, and spatial distribution with Toxocara spp. infection among children residing in the urban area of Acrelândia, Acre, Western Brazilian Amazon. A population-based cross-sectional study with 1112 children <11 years of age was conducted. Socioeconomic and demographic information was obtained through structured questionnaires. Anthropometric measurements and biological samples (blood and stools) were collected from the participants. The enzyme immunoassay method (ELISA) was used to evaluate the seroprevalence of Toxocara spp. infection. Geographic coordinates were recorded for all households participating in the survey, and subsequently analyzed by spatial scan analysis. Prevalence ratios (PR; 95% confidence intervals, 95%CI) of factors associated to this anthropozoonosis were estimated using Poisson regression models, with hierarchical selection of independent variables. An overall prevalence of 38% for IgG anti-Toxocara spp. antibodies was found; children 5 years of age presented statistically significantly higher prevalence of Toxocara spp. infection when compared with younger children (PR, 1.70; 95%CI, 1.442.00). The absence of treatment of drinking water (PR: 1.38, 95%CI, 1.111.71), vitamin A deficiency (PR: 1.47, 95%CI, 1.221.78), and presence of geo-helminths (PR: 1.57, 95%CI, 1.251.98) were positively associated to this anthropozoonosis infection. In contrast, the highest wealth index quartile (PR: 0.65, 95%CI, 0.510.83), and the higher level of maternal education (PR: 0.71, 95%CI, 0.580.88) were inversely associated to Toxocara spp. infection. Presence of a dog or cat in the household was not associated with infection by the nematode. Spatial distribution analysis detected a significant low-prevalence cluster for Toxocara spp. infection in the area under investigation, comprising 36.0% of the seronegative subjects. The results indicate that the prevalence of Toxocara spp. infection observed in this study was similar to that found in the Brazilian Amazon region, but higher than rates in the south and southeast regions of Brazil, as well as those reported in others countries. It is noteworthy that the identification of factors associated with Toxocara spp. infection allowed the targeting of priority groups for appropriate intervention in this population.
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Desnutrição infantil no município de maior risco nutricional do Brasil: Jordão, Acre, Amazônia Ocidental (2005-2012) / Child stunting in the county with the highest nutritional risk in Brazil: Jordan, Acre, Western Amazonia (2005-2012)

Araújo, Thiago Santos de 08 May 2017 (has links)
Introdução: As modificações econômicas, política e sociais ocorridas no Brasil, iniciadas com o movimento de redemocratização do país, favoreceram o investimento em políticas públicas com impacto marcante na nutrição infantil inclusive em municípios do interior da Amazônia. Esse movimento promoveu alterações importantes na estrutura epidemiológica da desnutrição, contudo, a modulação dessas transformações por fatores da paisagem Amazônica ainda é pouco investigada. Objetivo: Medir a prevalência da desnutrição, analisar sua evolução temporal, sua distribuição espacial, seus fatores associados e suas respectivas Frações de Impacto Potencial (PIF) em crianças pré-escolares da Amazônia. Metodologia: Os dados deste trabalho são oriundos de dois inquéritos de base populacional realizados nos anos de 2005 e 2012 com, respectivamente n=478 e n=836 crianças da zona urbana e rural de Jordão, Acre. A variável dependente do estudo foi o déficit de altura para idade (HAZ<-2). Foi analisada a evolução da prevalência de desnutrição e seus determinantes na área urbana e rural, além da obtenção de suas Frações de Impacto Potencial (FIP). Avaliou-se também a distribuição espacial das prevalências e das Odds Ratios (OR) do desfecho, além de testar a sua dependência espacial através de um modelo aditivo generalizado utilizando-se a rotina epigam do programa R. Também foram construídos modelos explicativos de fatores relacionados à desnutrição, para crianças com e sem ascendência indígena utilizando-se regressão de Poisson, com erro robusto. Resultados: As prevalências gerais de desnutrição foram de 35,8 por cento (ICI95 por cento : 31,5; 40,3) em 2005 e de 49,2 por cento (ICI95 por cento : 45,7; 52,6) para o ano de 2012. Identificou-se tendência temporal heterogênea nas prevalências do desfecho, com redução de 28,7 por cento na área urbana e incremento de 39,7 por cento na zona rural. O declínio foi atribuído à ampliação da cobertura da assistência pré-natal (porcentagem explicada: 18,8 por cento ), redução da pobreza (17,5 por cento ) e melhora das condições de nascimento (11,9 por cento ). Já o aumento ocorreu pela diminuição da produção de alimentos da agricultura familiar (12,1 por cento ), redução da altura materna (10,5 por cento ) e poder de compra das famílias (7,5 por cento ). Foram mapeadas áreas de elevado risco nutricional (OR=4 e OR=3; p<0,01), sobretudo em regiões localizadas à montante dos rios, próximas às suas cabeceiras, indicando a importância das condições de acesso e disponibilidade de alimentos na determinação da desnutrição. A modelagem espacial permitiu identificar covariáveis que interferem no crescimento linear infantil e conseguem explicar a dependência espacial em áreas de elevada OR de desnutrição. A escolaridade materna inferior a três anos de estudo (OR=3,2; IC95 por cento =2,4;4,3), residir em área rural (OR=9,8; IC95 por cento =7,4;13,0); consumo de álcool durante a gestação (OR=3,0; IC95 por cento =2,7;3,3) e pneumonia no último ano (OR=2,1; IC95 por cento =1,9;2,3) se destacam como fatores associados aos déficits de estatura nesta análise. Por sua vez, no estudo dos fatores associados à desnutrição entre crianças com e sem ascendência indígena, variáveis ligadas à incorporação de hábitos negativos da sociedade envolvente como o consumo de álcool durante a gestação, o uso de chupeta e a introdução de leite de vaca integral na dieta da criança se mostraram associadas ao desfecho no primeiro grupo, enquanto no segundo, variáveis ligadas à gestação tiveram maior poder explicativo. Conclusão: O estudo identificou cenários (urbano e rural) e segmentos populacionais (populações com e sem ascendência indígena) com prevalências de desnutrição heterogêneas e tendências temporais opostas. Barreiras geográficas, sociais e étnicas estão contribuindo para a manutenção da elevada prevalência de desnutrição nessa área, com estes achados auxiliando o entendimento das disparidades evidenciadas para a região Norte quando comparadas ao restante do país em relação ao cenário nutricional infantil / Background: The economic, political and social changes that took place in Brazil, which began with the country\'s redemocratization movement, favored investment in public policies with a significant impact on child nutrition, including in municipalities in the interior of the Amazon. This movement promoted important changes in the epidemiological structure of stunting; however the modulation of these transformations by factors of the Amazonian landscape is still little investigated. Objective: To measure the prevalence of malnutrition, to analyze its temporal evolution, its spatial distribution, its factors associated and its respective Potential Impact Fractions (FIP) in pre-school children in the Amazon. Methodology: Data from this study come from two population-based surveys conducted in 2005 and 2012 with, respectively, n = 478 and n = 836 children from urban and rural areas of Jordan, Acre. The study-dependent variable was the height-for-age deficit (HAZ <-2). It was analyzed the evolution of the prevalence of stunting and its determinants in the urban and rural area, in addition to obtaining its Potential Impact Fractions (PIF). The spatial distribution of prevalence and Odds Ratio (OR) of the outcome was also analyzed, as well as was tested the spatial dependence of ORs, through a generalized additive model using the R program\'s epigam routine. Factors associated to stunting, for children with and without indigenous ancestry, were identified using Poisson Regression, with robust variance. Results: The general prevalence of stunting was 35.8 per cent (CI95 per cent : 31.5; 40.3) in 2005 and 49.2 per cent (CI95 per cent : 45.7; 52.6) for the year 2012. A heterogeneous temporal trend was identified in the prevalence of stunting, with reduction of 28.7 per cent in the urban and an increase of 39.7 per cent in the rural areas, comparing the two surveys. In urban areas, this decline can be attributed to the increase in prenatal care coverage (explained percentage: 18.8 per cent ), poverty reduction (17.5 per cent ) and improved birth conditions (11.9 per cent ). In the rural area, the increase in the prevalence of stunting can be explained by the decrease in food production in family farming (12.1 per cent ), maternal height (10.5 per cent ) and household purchasing power (7.5 per cent ). The spatial analysis of the prevalence of stunting in this city allowed the identification of areas of high nutritional risk (OR = 4 and OR = 3; p <0.01), especially in regions located upstream of the river, indicating the importance of access and availability of food for the stunting determination. Spatial modeling allowed the identification of covariates that interfere with linear infant growth and explained spatial dependence in high OR areas of stunting. The maternal schooling under three years (OR = 3.2, 95 per cent CI = 2.4; 4.3), live in rural areas (OR = 9.8, 95 per cent CI = 7.4, 13.0), (OR = 3.0, 95 per cent CI = 2.7, 3.3) and pneumonia in the prior year (OR = 2.1, 95 per cent CI = 1.9) were factor associated to the height deficit. In turn, the study of the factors associated with stunting among children with and without indigenous ancestry showed important differences in these factors, with the first group presenting variables related to the incorporation of negative habits of the surrounding society such as the consumption of alcohol during pregnancy, the pacifier use and the introduction of whole cow\'s milk to the child\'s diet as important determinants of stunting, while in the second, variables related to gestation had greater weight. Conclusion: The study identified scenarios (urban and rural) and population segments (populations with and without indigenous ancestry) with a heterogeneous prevalence of stunting and opposite temporal trends. Geographical, social and ethnic barriers contribute to the maintenance of the high stunting prevalence in this area, with these findings facilitating the understanding of the disparities between the Brazilian North region compared to the rest of the country concerning to the child nutritional scenario
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Soroprevalência, fatores associados e distribuição espacial de infecção por Toxocara spp. em crianças de Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira / Seroprevalence, factors associated, and spatial distribution of Toxocara spp. infection in children living in Acrelândia, Acre, Western Brazilian Amazon

Pablo Secato Fontoura 04 April 2012 (has links)
A infecção em seres humanos por larvas de nematódeos do gênero Toxocara é uma antropozoonose endêmica em diversas localidades com prevalências superiores a 50% em diferentes grupos populacionais, tanto em países em desenvolvimento como nos desenvolvidos. O presente estudo avaliou a prevalência, fatores associados e distribuição espacial de infecção por Toxocara spp. em crianças residentes na área urbana de Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Conduziu-se um estudo transversal de base populacional com 1112 crianças <11 anos de idade. Informações socioeconômicas e demográficas foram obtidas por meio de questionário estruturado. Medidas antropométricas e coleta de amostras biológicas (sangue e fezes) foram realizadas pela equipe de pesquisa. A avaliação de soroprevalência da infecção por Toxocara spp. utilizou o método imunoensaio enzimático (ELISA). Registraram-se as coordenadas geográficas pontuais de todos os domicílios participantes do inquérito para análise espacial de varredura. Razões de prevalência (RP; intervalo com 95% de confiança, IC95%) para fatores associados à antropozoonose foram estimadas por regressão de Poisson com seleção hierárquica das variáveis independentes. Verificou-se soroprevalência geral de 38% para anticorpos IgG anti-Toxocara spp.; crianças 5 anos de idade apresentaram maior prevalência para infecção por Toxocara spp., estatisticamente significante, em relação aos de menor faixa etária (RP, 1,70; IC95%, 1,442,00). Ausência de tratamento para água de beber (RP, 1,38; IC95%,1,111,71), deficiência de vitamina A (RP, 1,47; IC95%, 1,221,78) e presença de geo-helmintos (RP, 1,57; IC95%, 1,251,98) foram positivamente associados à infecção pelo nematódeo. Em contrapartida, maior quarto do índice de riqueza domiciliar (RP, 0,65; IC95%, 0,510,83) e maior escolaridade materna (RP, 0,71; IC95%, 0,580,88) foram inversamente associados à infecção por Toxocara spp. Presença de cão e/ou gato nas residências não foi associada à infecção pelo nematódeo. Análise da distribuição espacial detectou um aglomerado de baixa prevalência para infecção por Toxocara spp. na área investigada, compreendendo 36,0% das crianças com sorologia negativa para o nematódeo. Os resultados indicam que a prevalência da infecção por Toxocara spp. observada no presente estudo foi semelhante ao descrito em estudos anteriores na região da Amazônia Brasileira, mas superiores às observadas nas regiões sul e sudeste do país e em outros países. A avaliação de fatores associados à infecção por Toxocara spp. permitiu a identificação de grupos populacionais prioritários para intervenções no município estudado. / Human infection with nematodes of the genus Toxocara is an endemic anthropozoonosis in many locations, with prevalence rates above 50% in different population groups in both developed and developing countries. The aim of this study was to assess the prevalence, factors associated, and spatial distribution with Toxocara spp. infection among children residing in the urban area of Acrelândia, Acre, Western Brazilian Amazon. A population-based cross-sectional study with 1112 children <11 years of age was conducted. Socioeconomic and demographic information was obtained through structured questionnaires. Anthropometric measurements and biological samples (blood and stools) were collected from the participants. The enzyme immunoassay method (ELISA) was used to evaluate the seroprevalence of Toxocara spp. infection. Geographic coordinates were recorded for all households participating in the survey, and subsequently analyzed by spatial scan analysis. Prevalence ratios (PR; 95% confidence intervals, 95%CI) of factors associated to this anthropozoonosis were estimated using Poisson regression models, with hierarchical selection of independent variables. An overall prevalence of 38% for IgG anti-Toxocara spp. antibodies was found; children 5 years of age presented statistically significantly higher prevalence of Toxocara spp. infection when compared with younger children (PR, 1.70; 95%CI, 1.442.00). The absence of treatment of drinking water (PR: 1.38, 95%CI, 1.111.71), vitamin A deficiency (PR: 1.47, 95%CI, 1.221.78), and presence of geo-helminths (PR: 1.57, 95%CI, 1.251.98) were positively associated to this anthropozoonosis infection. In contrast, the highest wealth index quartile (PR: 0.65, 95%CI, 0.510.83), and the higher level of maternal education (PR: 0.71, 95%CI, 0.580.88) were inversely associated to Toxocara spp. infection. Presence of a dog or cat in the household was not associated with infection by the nematode. Spatial distribution analysis detected a significant low-prevalence cluster for Toxocara spp. infection in the area under investigation, comprising 36.0% of the seronegative subjects. The results indicate that the prevalence of Toxocara spp. infection observed in this study was similar to that found in the Brazilian Amazon region, but higher than rates in the south and southeast regions of Brazil, as well as those reported in others countries. It is noteworthy that the identification of factors associated with Toxocara spp. infection allowed the targeting of priority groups for appropriate intervention in this population.
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Determinantes do crescimento linear e ganho de peso de crianças em Acrelândia, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira / Determinants of linear growth and weight gain among children in Acrelândia, Acre State, Western Brazilian Amazon

Bárbara Hatzlhoffer Lourenço 07 March 2014 (has links)
Introdução: Investigações sobre o crescimento linear e o ganho de peso durante a infância em regiões de baixa e média renda são relevantes ao avanço do conhecimento científico e ao planejamento de ações para promoção da saúde no contexto de transição nutricional que afeta tais áreas. Objetivo: Investigar determinantes do crescimento linear e ganho de peso de crianças residentes no município de Acrelândia, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Métodos: O presente estudo longitudinal de base populacional foi constituído a partir de dois inquéritos transversais de base populacional conduzidos em 2003 e 2007, com dois inquéritos de seguimento realizados em 2009 e 2012. Foram realizadas entrevistas domiciliares para levantamento de informações sociodemográficas, características maternas e morbidade recente da criança, além de coleta de amostra de sangue e exame antropométrico. Os desfechos de interesse foram a variação em escores Z de altura e índice de massa corporal (IMC) para idade. Utilizaram-se modelos de regressão linear mistos para a análise dos dados longitudinais. Resultados: Os principais determinantes do crescimento linear mensurado em escores Z de altura para idade durante a infância foram o índice de riqueza domiciliar e a posse de terra, além da altura materna e de peso e comprimento da criança ao nascer. O ganho de peso verificado por escores Z de IMC para idade foi positivamente associado ao índice de riqueza domiciliar e ao IMC materno até os 10 anos de idade. Houve associação positiva entre estado inflamatório de baixo grau na linha de base do estudo (definido por maiores concentrações de proteína C-reativa até 1 mg/L) e incremento em escores Z de IMC para idade durante o seguimento entre crianças a partir de 5 anos de idade. O alelo de risco do gene associado à massa gorda e obesidade (FTO rs9939609) relacionou-se a maior ganho em escores Z de IMC para idade durante a infância, com modificação de efeito pelo estado inicial de vitamina D, com papel genético mais pronunciado entre crianças com concentrações ! insuficientes de vitamina D. O aumento em escores Z de IMC durante a idade escolar foi também associado à resistência à insulina nas crianças estudadas. Conclusão: Em uma área de baixa renda, confirmou-se a influência do contexto socioeconômico e de fatores intergeracionais representados por características maternas sobre o crescimento linear e o ganho de peso na infância. O incremento de peso foi influenciado também por um cenário em que deficiências de micronutrientes, elevada morbidade e interação entre fatores genéticos e nutricionais coexistem com panorama crescente de sobrepeso e obesidade. / Background: Investigations on linear growth and weight gain during childhood in low- to middle-income regions are relevant to scientific knowledge and for the planning of actions focused on health promotion in the context of nutrition transition that affects such areas. Objective: To investigate determinants of linear growth and weight gain among children residing in the town of Acrelândia, Acre State, Western Brazilian Amazon. Methods: This population-based longitudinal study comprised two population-based cross-sectional surveys conducted in 2003 and 2007, and two follow-up assessments conducted in 2009 and 2012. Household interviews collected data on sociodemographic information, maternal characteristics, and childs recent morbidity. Children were also invited for blood sample collection and anthropometric evaluation. Outcomes of interest were change in height for age and body mass index (BMI) for age Z scores. Mixed-effect linear regression models were used in longitudinal data analysis. Results: Main determinants of linear growth in height for age Z scores during childhood were household wealth index and land ownership, as well as maternal height and childs birth weight and length. Weight gain ascertained with BMI for age Z scores was positively associated with household wealth and maternal BMI up to age 10 years. Baseline low-grade inflammatory status (defined as C-reactive protein concentrations up to 1 mg/L) was related to a higher gain in BMI for age Z scores during follow-up among children aged >5 years. Each risk allele of the fat mass and obesity associated gene (FTO rs9939609) was related to a higher increase in BMI for age Z score during childhood, with a significant interaction with baseline vitamin D status, with more pronounced genetic effects among children with vitamin D insufficiency. The increase in BMI for age Z scores during school-aged years was also associated with insulin resistance in children. Conclusion: In a low-income area, we confirmed the influence of the socioeconomic context and intergenerational factors represented by maternal ! characteristics on linear growth and weight gain during childhood. Increases in weight were also influenced by a scenario where micronutrient deficiencies, high morbidity, and interaction between genetic and nutritional factors are coupled with a rising panorama of overweight and obesity.

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