• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 77
  • Tagged with
  • 77
  • 23
  • 17
  • 17
  • 16
  • 15
  • 14
  • 13
  • 13
  • 10
  • 9
  • 9
  • 9
  • 9
  • 9
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
61

Efeitos da nandrolona e da ceftriaxona na homeostasia glutamatérgica : uma busca por mecanismos interativos entre astrócitos e neurônios envolvidos no comportamento agressivo

Rodolphi, Marcelo Salimen January 2017 (has links)
Os esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) como o decanoato de nandrolona (ND) são hormônios sintéticos derivados da testosterona. Sabe-se que um dos efeitos mais marcantes da administração abusiva destes esteroides é o aumento do comportamento agressivo. Evidências indicam que altas doses de EAA alteram a morfologia e causam hiperativação de sinapses glutamatérgicas, o que se correlaciona com um fenótipo agressivo exacerbado. Fisiologicamente o glutamato é considerado o principal neurotransmissor excitatório no cérebro de mamíferos, entretanto, em níveis elevados, pode causar hiperexcitabilidade neuronal mediada pelos receptores glutamatérgicos ionotrópicos do tipo N-metil-d-aspartato (NMDAr) e, consequentemente alterações no metabolismo mitocondrial. A terminação da sinalização excitatória glutamatérgica é realizada majoritariamente por transportadores existentes em astrócitos. Neste sentido, o transportador astrocitário de glutamato GLT-1 é responsável por mais de 90% da remoção do glutamato da fenda sináptica, contribuindo significativamente, para a manutenção da homeostasis da sinalizacão glutamatérgica. A administração do antibiótico β-lactâmico ceftriaxona (CEF) aumenta a expressão de GLT-1 e diminui a hiperexcitabilidade glutamatérgica, o que poderia potencialmente contrapor mecanismos cerebrais associados ao aumento do fenótipo agressivo induzidos pelo decanoato de nandrolona (ND). Entretanto, estas possíveis interacões moleculares e comportamentais ainda não foram exploradas. Assim, o objetivo primário deste trabalho foi investigar se o aumento da expressão do transportador astrocitário GLT-1 modula mecanismos glutamatérgicos envolvidos na agressividade induzida pelo ND, e a atividade mitocondrial. Para tanto, camundongos CF-1 machos de 60 dias de idade foram divididos em 4 grupos: veículo oleoso (VEH), nandrolona (ND), ceftriaxona (CEF) e nandrolona+ceftriaxona (ND/CEF). A nandrolona foi injetada por via subcutânea (15mg/Kg) por 19 dias. A ceftriaxona (200mg/Kg) ou solução salina foram administradas intraperitonealmente por 5 dias. Após a última injeção foi avaliada a latência para o primeiro ataque e o número de ataques no teste do intruso. Os animais foram sacrificados logo após o teste, e homogeneizados de córtex foram utilizados para imunoquantificação do GLT-1 e da fosforilação da subunidade pNR2Bser1232 do NMDAr. A atividade mitocondrial foi avaliada em sinaptossoma de cérebro total. Os níveis de glutamato foram medidos no líquido cefalorraquidiano. Comparado com o veículo, o tratamento com ND diminuiu significativamente a expressão do GLT-1, aumentou os níveis de glutamato e a expressão da subnidade pNR2Bser1232 o que foi mecanisticamente associado ao aumento do fenótipo agressivo; diminuicão da latência e aumento do número de ataques ao intruso. Ainda, a ND diminuiu o controle respiratório mitocondrial. A administração de CEF aumentou significativamente a expressão do GLT-1 e diminuiu os níveis de glutamato em relação ao grupo ND, enquanto que os níveis de pNR2Bser1232 e a agressividade foram similar ao grupo controle. No grupo ND/CEF o immunoconteúdo de GLT-1 e de pNR2Bser1232, os níveis de glutamato e o fenótipo agressivo, foram significativamente menores que no grupo ND, e similares ao grupo controle. Ainda, a CEF foi capaz de atenuar o prejuízo no controle respiratório mitocondrial causado pela ND. Nossos resultados demonstram que a interação bidirecional entre o transportador astrocitário GLT-1 e a subunidade pNR2Bser1232 neuronal mediada pelo glutamato, exercem um impacto regulatório no fenótipo agressivo induzido pela ND, e no controle respiratório mitocondrial. Desta maneira, este modelo reforça a importância da homeostasia funcional da sinapse tripartide glutamatérgica no fenótipo agressivo. / Anabolic androgenic steroids (AAS) such as nandrolone decanoate (ND) are synthetic hormones derived from testosterone. It is known that one of the most important adverse effects of abusive administration of these steroids is the increase in aggressive behavior. Evidence indicates that high doses of AAS alter morphology and cause hyperactivation of glutamatergic synapses which correlates with an aggressive exacerbated phenotype. Physiologically, glutamate is considered the main excitatory neurotransmitter in the mammalian brain. At high glutamate levels, occurs neuronal hyperexcitability mainly trhough the ionotropic N-methyl-d-aspartate (NMDAr) type of glutamatergic receptors and, consequently, changes in mitochondrial metabolism. Existing transporters in astrocytes predominantly perform the termination of glutamatergic excitatory signaling. In this sense, the GLT-1 glutamate astrocytic transporter is responsible for more than 90% of glutamate removal from the synaptic cleft, contributing significantly to the maintenance of glutamatergic signaling homeostasis. Administration of the β-lactam antibiotic ceftriaxone (CEF) increases GLT-1 expression and decreases glutamatergic hyperexcitability, which could potentially counteract brain mechanisms associated to increased aggressive phenotype mediated by nandrolone decanoate (ND). However, a possible molecular and behavioral interaction has not yet been explored in context. Thus, the primary objective of this work was to investigate whether increased expression of the GLT-1 astrocyte transporter modulates the glutamatergic mechanisms involved in ND-induced aggressive phenotype, and mitochondrial activity. Sixty-day-old male CF-1 mice were divided into 4 groups: oil vehicle (VEH), nandrolone (ND), ceftriaxone (CEF) and nandrolone + ceftriaxone (ND / CEF). Nandrolone was injected subcutaneously (15mg / kg) for 19 days. Ceftriaxone (200mg / kg) or saline solution were administered intraperitoneally for 5 days. After the last injection, the latency for the first attack and the number of attacks on the intruder test were evaluated. The animals were sacrificed after the test, and homogeinized cortex were used for immunoquantification of GLT-1 and phosphorylation of the NMDAr pNR2Bser1232 subunit. Mitochondrial activity was evaluated in total brain sinaptossomes. Glutamate levels were measured in the cerebrospinal fluid. Compared to the vehicle group, treatment with ND significantly decreased the expression of GLT-1, increased glutamate levels and expression of the pNR2Bser1232 which was mechanistically associated with an increase in the aggressive phenotype; decrease in the latency and increase in the number of attacks. Also, ND decreased mitochondrial respiratory control. Administration of CEF significantly increased GLT-1 expression and decreased glutamate levels relative to the ND group, whereas pNR2Bser1232 levels and aggressive phenotype were similar to the control group. In the ND / CEF group the expression of GLT-1 and pNR2Bser1232, glutamate levels and aggressive phenotype were significantly lower than in the ND group, and similar to the control group. Furthermore, CEF was able to attenuate the alteration in the mitochondrial respiratory control caused by ND. Our results demonstrated that the levels of glutamate astrocytic transporter GLT-1 and pNR2Bser1232 are important mechanism behind the increased aggressive phenotype induced by ND, and decreased mitochondrial respiratory control. Also, this model reinforces the importance of glutamate levels and astrocytic molecular targets in the regulation of the aggressive phenotype.
62

Marcadores de risco cardiometabólico, atividade física habitual e androgênios em mulheres com a síndrome dos ovários policísticos

Neves, Fernanda Misso Mario das January 2016 (has links)
Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por disfunção ovulatória e hiperandrogenismo, é a endocrinopatia mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva, afetando aproximadamente de 6 a 19% desta população, conforme o critério diagnóstico empregado. Além dos distúrbios reprodutivos, as mulheres com PCOS frequentemente apresentam maior prevalência de fatores de risco cardiometabólico como obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão, tolerância diminuída à glicose e diabetes mellitus tipo 2. A resistência insulínica e a hiperinsulinemia compensatória são consideradas como o ponto central destas alterações metabólicas. Os critérios atuais para diagnóstico de PCOS, a partir do Consenso de Rotterdam, indroduziram diferentes fenótipos. Os mais frequentes são o fenótipo “clássico” (hiperandrogenismo e anovulução, com ou sem a aparência policística do ovário), e o fenótipo “ovulatório” (hiperandrogenismo e aparência policística do ovário). Evidências sugerem que as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” tenham alterações metabólicas mais severas comparadas às mulheres com o fenótipo ovulatório. Em razão disto, o objetivo do primeiro artigo original foi avaliar o desempenho da circunferência abdominal, da razão cintura-estatura, do índice de conicidade, do produto da acumulação lipídica (LAP) e do índice de adiposidade visceral (VAI) com base no modelo de homeostasia de à insulina (HOMA-IR)≥ 3,8 como padrão de referência para rastreamento de alterações Este estudo mostrou que, dentre os índices de adiposidade avaliados, os que apresentaram maior acurácia foram o LAP entre as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” e o VAI entre as com fenótipo “ovulatório”. Aplicando o ponto de corte do LAP< 34, identificamos um subgrupo de pacientes sem alterações cardiometabólicas no grupo de mulheres com PCOS com fenótipo “clássico”, população com maior risco de hipertensão, de dislipidemia e de tolerância diminuída à glicose. Dentre as mulheres com PCOS classificadas com o fenótipo “ovulatório”, VAI≥ 1,32 foi capaz de detectar mulheres com pressão arterial significativamente mais alta e variáveis glicêmicas e lipídicas menos favoráveis em relação às mulheres com PCOS com fenótipo “ovulatório” com VAI abaixo deste ponto de corte. Atualmente, mudanças de estilo de vida (dieta e/ou exercício físico) são consideradas como primeira opção de tratamento não farmacológico nas mulheres com PCOS. Embora a prática de, pelo menos, 30 minutos por dia de exercício físico estruturado seja recomendada e tenha mostrado um potencial efeito na melhora da resistência insulínica e das variáveis antropométricas e hormonais, a manutenção deste hábito a longo prazo permanece como um ponto crítico. Neste sentido, o objetivo do segundo artigo foi avaliar o efeito da atividade física habitual (AFH) nos perfis metabólico e hormonal de mulheres com PCOS e controles pareadas por idade e índice de massa corporal (IMC). A AFH das participantes foi avaliada por meio de pedômetro digital e, conforme o número de passos diário, a participante foi classificada como ativa (≥ 7500 passos/dia) ou sedentária (< 7500 passos/dia). Mulheres ativas, em ambos os diagnósticos, apresentaram menor IMC, circunferência abdominal e LAP. No grupo PCOS, as mulheres ativas apresentaram menores valores de testosterona total, androstenediona e índice de androgênios livres (IAL) em comparação às sedentárias. Além disto, o aumento de 2000 passos foi um preditor independente de redução do IAL nas mulheres com a síndrome. Este estudo mostrou que ser mais ativa foi associado a um perfil antropométrico e metabólico mais saudável, portanto encorajar um estilo de vida mais ativo pode ser benéfico para mulheres com PCOS, especialmente para as obesas e sedentárias. / Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is characterized by ovulatory dysfunction a hyperandrogenism. The prevalence of PCOS in women of reproductive age range from 6- 19%. Women with PCOS present higher prevalence of cardiometabolic risk factors as abdominal obesity, dyslipidemia, hypertension, impaired glucose tolerance and diabetes mellitus type 2. These metabolic abnormalities have been primarily linked to insulin resistance. Currently, the diagnosis of PCOS is confirmed according the Rotterdam Consensus. The more frequent phenotypes are the classic phenotype (hyperandrogenism and anovulation with or without polycystic ovary appearance), and the ovulatory phenotype (hyperandrogenism and polycystic ovary appearance). Evidence suggests that women with classic PCOS phenotype present more severe metabolic alterations compared to women with ovulatory PCOS phenotype. The aim of the first study was to evaluate the performance of the waist circumference (WC), waist-to-height ratio, conicity index, lipid accumulation product (LAP), and visceral adiposity index (VAI) based on homeostasis model assessment of insulin resistance (HOMA- IR)≥ 3.8 as standard reference for screening preclinical metabolic alterations and cardiovascular risk factors in classic PCOS and ovulatory PCOS phenotypes. Among these indexes, LAP had the best accuracy for screening metabolic alterations in classic PCOS phenotype, while VAI had the best accuracy for ovulatory PCOS phenotype. cardiometabolic alterations in the group with classic PCOS, a phenotype which is characterized by higher risk for hypertension, dyslipidemia, and impaired glucose tolerance. In ovulatory PCOS, VAI≥ 1.32 was useful to detect women with significantly higher blood pressure and less favorable glycemic and lipid variables as compared to ovulatory PCOS with lower VAI. In addition, lifestyle intervention (diet and/or exercise) is the first-line treatment for PCOS. Although structured exercise (at least 30 minutes daily) has been recommended and has shown a potential effect on improving insulin resistance, anthropometric, and hormonal variables, the long-term maintenance of exercise remains a critical point. Therefore, the aim of the second study was to objectively examine the effect of habitual PA on metabolic, hormonal, BMI, and anthropometric variables of women with PCOS and a control group, matched by age and BMI. The PA was assessed by digital pedometer, and according to the number of steps/day, participants were classified as active (≥ 7500 steps) or sedentary (< 7500 steps). This study showed that BMI, WC, and LAP were lower in active women in both groups. In the PCOS group, total testosterone, free androgen index (FAI), and androstenedione levels were lower in active when compared to sedentary women. Besides that, a 2,000 daily step increment was an independent predictor of the FAI reduction in PCOS group. The present study showed that a more active lifestyle is associated with healthier anthropometric and metabolic profile, and may be beneficial to women with PCOS, especially for those which are obese and sedentary.
63

Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndrome / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndrome

Viviane Christina de Oliveira 17 October 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A síndrome dos ovários policísticos é uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotípica, predominando os sinais de disfunção ovariana. Alterações metabólicas, inflamatórias e vasculares vinculadas à resistência à insulina são muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presença de alterações microvasculares em mulheres jovens e não obesas portadoras da síndrome dos ovários policísticos, através de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos níveis séricos de endotelina-1. O objetivo secundário foi verificar a existência de associações entre os achados vasculares, níveis séricos de androgênios, parâmetros clínicos, bioquímicos, metabólicos e inflamatórios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, segundo os critérios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntárias saudáveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o índice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferência da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da síndrome apresentavam hiperandrogenismo clínico. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos quando analisados os níveis séricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o índice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipídico foram normais e sem diferença entre os grupos. A amostra com síndrome dos ovários policísticos não apresentava intolerância à glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerância à glicose. Os níveis séricos dos marcadores inflamatórios (leucócitos, ácido úrico, adiponectina, leptina e proteína c reativa) e do marcador de função endotelial avaliado também foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemácias no basal e após oclusão foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parâmetros relativos à morfologia e densidade capilar foram semelhantes. Não observamos correlação entre a velocidade de deslocamento das hemácias e níveis plasmáticos de endotelina-1, androgênios ou parâmetros de resistência insulínica. A velocidade de deslocamento das hemácias associou-se positivamente aos níveis plasmáticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em conclusão nossos resultados fornecem evidência adicional de dano precoce à função microvascular em mulheres portadoras de síndrome dos ovários policísticos. Através da capilaroscopia periungueal dinâmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertensão ou dislipidemia, já apresentam disfunção microvascular nutritiva, caracterizada por redução na velocidade de fluxo das hemácias no basal e após oclusão. Estes achados micro-circulatórios não foram acompanhados de elevações nos níveis plasmáticos de endotelina-1. / Polycystic ovary syndrome is a frequent and complex disorder, showing a great phenotypic variability, with predominance of signs of ovarian dysfunction and, more particularly, of hyperandrogenism and oligo-anovulatory cycles. This disorder shows a high prevalence of insulin resistance -related metabolic, inflammatory and vascular alterations, which may present at early stages. The main purpose of this study was to investigate the presence of microvascular alterations in young and non-obese women with polycystic ovary syndrome through periungueal videolaparoscopy and dosage of endothelin-1 serum levels. The secondary purpose was to verify further associations between vascular findings, serum androgen levels, and clinical, biochemical, metabolic and inflammatory parameters related to cardiovascular risk. We conducted an observational, transversal and controlled study to evaluate 12 women who, according to Rotterdam criteria, were diagnosed with polycystic ovary syndrome, and also nine healthy volunteers. Our selective process excluded from both groups women with smoking habits, as well as those who had made use of oral contraceptive, metformin or antilipemic drugs within three months prior to the beginning of the study. The age range (22,82,3 X 24,62,7), body mass index (22,53,4 X 23,73,1), and waist circumference (7510,1 X 77,38,1) were similar in both groups. Our patients with polycystic ovary syndrome presented clinical hyperandrogenism. Analysis of serum estradiol, total testosterone, androstenedione levels or testosterone free index disclosed no significant differences between the groups, although SHBG appeared to be expressively lower in the studied group (p=0.003). Fasting blood glucose test, insulin level, HOMA-IR and lipid profile showed normal results, and without difference between the groups. As disclosed by the oral glucose tolerance test, the group with PCOS did not present tolerance to either glucose or diabetes mellitus. When evaluated, the serum levels of inflammatory markers (leukocytes, uric acid, adinopectin, leptin and c-reactive protein) and of endothelial function marker (endothelin-1) were also similar in both groups. The red blood cell velocity at baseline and peak were significantly lower in patients with PCOS (p=0.02), although the timeframe to reach blood cell velocity at baseline and peak and the parameters referring to morphology and capillary density were similar between the groups. No association was observed between the speed of movement of red blood cells and plasma levels of endothelin-1, androgens or insulin resistance parameters. The velocity of movement of red blood cells was positively related to estradiol plasma levels (rho= 0.45, p<0.05) and negatively to the levels of total cholesterol and LDL cholesterol (rho= -0.52, p<0.05; rho=-0.47, p<0.05 respectively). Taken together, our results provide an additional evidence of early lesion to microvascular function in women with polycystic ovary syndrome. By using a simple procedure, namely the dynamic nailfoldvideocapillaroscopy, we demonstrated that young women with mild hyperandrogenism, who do not present obesity, insulin resistance, high blood pressure or dyslipidemia, already show a nutritional microvascular dysfunction, characterized by a reduced speed of red blood cells flow at basal level and after occlusion. Such microcirculatory findings were not accompanied by an increase of endothelin-1 plasma levels.
64

Efeitos comportamentais, neuroquímicos e metabólicos do tratamento com decanoato de nandrolona em camundongos

Kalinine, Eduardo January 2011 (has links)
Desde a primeira síntese, isolamento e caracterização dos andrógenos, particularmente da testosterona em 1935, diversos homólogos sintéticos foram desenvolvidos com os objetivos de prolongar a atividade biológica, desenvolver administração parenteral e diminuir a atividade androgênica, classe denominada de esteróides anabólicos-andrógenos (EAA). Desde 1940, os EAA são utilizados na clínica para diversos tipos de doenças, destacando-se o hipogonadismo masculino e em terapias para promoção de crescimento. Também são amplamente utilizados para fins estéticos, principalmente para manutenção e promoção do ganho de massa magra corpórea. Devido ao grande aumento do consumo destes fármacos, tanto para fins esportivos como estéticos, há uma necessidade de investigar efeitos comportamentais relacionados ao seu uso exacerbado. Milhares de pessoas se auto-administram EAA em superdoses, o que gera um problema de saúde pública. Os Resultados do presente trabalho demonstram que o uso crônico dos EAA aumento do comportamento de agressivo, e sutil prejuízo da memória espacial e memória aversiva de curta duração, e na atividade exploratória em camundongos machos da linhagem CF1. Os Resultados metabólicos demonstraram que o tratamento crônico com decanoato de nandrolona (DN) não afeta a função hepática e renal, não altera a homeostasia da glicose e nem o peso corporal, mas diminui os níveis séricos de colesterol total, HDL e triglicerídeos. Os resultados neuroquímicos apontam para uma ruptura da homeostase glutamatérgica, através da alteração da captação de glutamato e do imunoconteúdo do transportador GLT 1. Em conclusão, o uso crônico com altas doses de DN causa o aumento do comportamento agressivo e diminuição na memória aversiva de curta duração. O desequilíbrio da função glutamatérgica evidenciado pela diminuição da captação de glutamato no córtex e hipocampo e do transportador GLT-1- pode ser um dos mecanismos neuroquímicos envolvidos nas alterações comportamentais induzidas pelo tratamento com o DN. / Since the first synthesis, isolation and characterization of androgens, particularly testosterone in 1935, several synthetic counterparts were developed with the objective of prolonging the biological activity, parenteral administration and decrease the androgen activity, called the class of anabolic-androgenic (AAS). Since 1940, AAS are used in the clinic for several types of diseases, especially in male hypogonadism and therapies to promote growth. Additionally, they are widely used for esthetic purposes, mainly for maintenance and promotion of lean body mass gain. Due to the large increase in consumption of these drugs, both for aesthetic purposes and sports, the investigation of behavioral effects related to its overuse is imperative. Thousands of people self-administer AAS in overdoses, a fact that creates a public health problem. The results of this study demonstrate that chronic administration of AAS cause an increase in aggressive behavior, and subtle impairment of spatial memory and short-term aversive memory in male mice strain CF1. The metabolic results showed that chronic treatment with Nandrolone Decanoate (DN) neither affect hepatic and kidney function, nor glucose homeostasis and body weight but decreased serum levels of total cholesterol, HDL and triglycerides. The neurochemical results suggest a disruption of glutamatergic homeostasis through changes in glutamate uptake and GLT1 immunocontent. In conclusion, the chronic use at high doses of DN causes increase of aggressive behavior impairs short-term avoidance memory. The imbalance of glutamatergic function evidenced by the decreased glutamate uptake in cortex and hippocampus as well as decreased immunocontent of GLT-1 may participate in the mechanisms underlying behavioral changes induced by chronic treatment with DN.
65

Efeitos do γ-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenos / Efeitos do gama-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenos

Hirsch, Gabriela Elisa January 2015 (has links)
O câncer de próstata é a segunda causa de morte entre homens no Brasil. É tipo um câncer de crescimento lento, podendo levar anos para o tumor atingir 1 cm3, porém, em alguns casos ele pode se espalhar pelo corpo, sendo o osso o principal sítio de metástase. No estágio de desenvolvimento do câncer conhecido como metástase, o principal tratamento consiste em terapia de restrição andrógena, levando as células prostáticas a pararem de proliferar, uma vez que elas crescem em resposta a presença de hormônios andrógenos, como a diidrotestosterona e testosterona. Porém, em alguns casos, as células proliferam mesmo na ausência de andrógenos e isto se deve a diversos fatores que, em geral, estão associados a mutações no receptor andrógeno e/ou alterações no metabolismo andrógeno. Quando isto acontece, os tratamentos disponíveis são menos efetivos e costumam falhar. Porém, estudos sugerem que o γ-orizanol, um fitoesterol extraído do óleo do farelo do arroz; e extratos amplamente utilizados na medicina popular, como o extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis, poderiam atuar inibindo o desenvolvimento e progressão do câncer de próstata. Neste estudo, com o uso de abordagens bioquímicas e de biologia molecular, foi demonstrado que o tratamento com γ-orizanol diminui a viabilidade e biomassa celular em cultura, associado ao aumento da morte celular por apoptose e/ou necrose, em linhagens celulares responsivas (LNCaP) e não-responsivas a andrógenos (PC3 e DU145), além de aumentar a pERK1/2 em células LNCaP e DU145. O γ-orizanol também foi capaz de bloquear o ciclo celular em G2/M nas células PC3 e LNCaP e em G0/G1 nas células DU145. Estes efeitos foram ainda acompanhados por uma redução da expressão do gene e proteína caveolina-1- uma importante molécula envolvida no aumento da agressividade do câncer de próstata, e também, na progressão da doença para o fenótipo andrógeno resistente - nas células não-responsivas a andrógenos, e do gene PCGEM1 - gene específico da próstata regulado por andrógeno - nas células LNCaP e DU145. Ainda, γ-orizanol também mostrou capacidade de regular vários miRNAs - pequenas moléculas de RNA não codificantes de proteínas - envolvidos no controle de funções associadas ao desenvolvimento, progressão e invasão no câncer de próstata, como o miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 e miR222. O extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis reduziu a viabilidade e biomassa celular nas linhagens responsiva (LNCaP) e não-responsivas (DU145 e PC3) a andrógenos, além de induzir parada do ciclo celular na fase G0/G1 nas células DU145 e aumentar a morte celular por apoptose e/ou necrose em todas as linhagens. Da mesma forma que o γ-orizanol, este extrato reduziu a expressão da caveolina-1 nas linhagens não-responsivas a andrógenos. Trabalhos anteriores mostram que o monoterpeno α-tujona é o principal composto ativo do extrato de Thuya occidentalis. Por cromatografia gasosa acoplada a detector de massas foi mostrada a existência de 0,0016 μg de α-tujona na dose de extrato usada neste estudo. No entanto, o tratamento com 0,0016μg de α-tujona foi efetivo somente sobre linhagem LNCaP, não tendo efeito sobre as outras linhagens estudadas, reforçando a hipótese da diferença de sensibilidade entre as linhagens responsivas e não responsivas a andrógeno e mostrando a contribuição de outros componentes do extrato nos efeitos observados neste estudo. Concluindo, estes resultados demonstram que tanto γ-orizanol como o extrato de Thuya occidentalis podem vir a ser agentes terapêuticos promissores no tratamento de câncer de próstata, não só por inibirem o crescimento celular, mas também e principalmente pela possibilidade de induzirem a recuperação da sensibilidade a andrógenos, aumentando as possibilidades de tratamento da doença. / Prostate cancer is the second cause of death among men in Brazil. It is a slowgrowing cancer and it may take years for tumor to reach 1 cm3, but in some cases it can spread throughout the body and the bone is the main site of metastasis. At this cancer stage known as metastasis, the principal treatment involves antiandrogen therapy, leading to prostate cells stop proliferating, because they grow in response to presence of androgens such as testosterone and dihydrotestosterone. However, in some cases, the cells can proliferate even in the absence of androgens and this fact occurs due to many factors and they are generally associated with mutations in the androgen receptor and/or alterations in androgen metabolism. In this stage, the treatments available are less effective and usually fail. However, studies suggest that γ-oryzanol, a phytosterol extracted of rice bran oil; and extracts widely used in folk medicine, as Thuya occidentalis hidroalcolic extract, could act inhibiting the development and progression of prostate cancer. In this study, using molecular biology and biochemical approaches we showed that γ- oryzanol treatment was able to decrease cell viability and biomass in culture, and this fact was linked to increased cell death by apoptosis and/or necrosis in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) prostate cancer cell lines, besides increasing pERK1/2 in LNCaP and DU145 cells. γ- oryzanol was also able to cause cell cycle arrest at G2/M phase in LNCaP and PC3 cells and at G0/G1 phase in DU145 cells. These effects were also accompanied by a reduction in caveolin-1 gene and protein expression - an important molecule related to high aggressiveness in prostate cancer and also in the progression of the disease to androgen resistant phenotype - in androgen unresponsive cells, and also PCGEM1 gene - a prostate specific gene regulated by androgens - in LNCaP and DU145 cells. γ-oryzanol also showed ability to regulate several miRNAs - small non-coding RNA molecules - involved in the control of many functions associated with the development, progression and invasion of prostate cancer, such as miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 and miR222. Thuya occidentalis hidroalcolic extract also reduce cell viability and biomass in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) cells, in addition to inducing cell cycle arrest at G0/G1 phase in DU145 cells and to increase apoptosis and/or necrosis cell death in all cell lines. The same way that γ-oryzanol, this extract reduced the caveolin-1 expression in androgen unresponsive prostate cancer cells. Prior studies showed that the monoterpene α-thujone is the main active compound in the T. occidentalis extract. By gas chromatography coupled to mass detector it was showed the existence of 0.0016 μg of α-thujone in extract dose used in this study. However, the treatment with 0.0016 μg of α-thujone was effective only on LNCaP cell line, having no effect on the other studied lines, supporting the hypothesis of difference in sensitivity between responsive and unresponsive cell lines and showing the contribution of other components in the effects caused by the extract, observed it this study. In conclusion, these results demonstrate that both γ-oryzanol as T. occidentalis extract may become promising therapeutic agents in treatment of prostate cancer, not only inhibit cell growth but also and manly by the possibility of inducing the recovery of androgen sensitivity, increasing the treatment chances of treatment this disease.
66

Marcadores de risco cardiometabólico, atividade física habitual e androgênios em mulheres com a síndrome dos ovários policísticos

Neves, Fernanda Misso Mario das January 2016 (has links)
Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por disfunção ovulatória e hiperandrogenismo, é a endocrinopatia mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva, afetando aproximadamente de 6 a 19% desta população, conforme o critério diagnóstico empregado. Além dos distúrbios reprodutivos, as mulheres com PCOS frequentemente apresentam maior prevalência de fatores de risco cardiometabólico como obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão, tolerância diminuída à glicose e diabetes mellitus tipo 2. A resistência insulínica e a hiperinsulinemia compensatória são consideradas como o ponto central destas alterações metabólicas. Os critérios atuais para diagnóstico de PCOS, a partir do Consenso de Rotterdam, indroduziram diferentes fenótipos. Os mais frequentes são o fenótipo “clássico” (hiperandrogenismo e anovulução, com ou sem a aparência policística do ovário), e o fenótipo “ovulatório” (hiperandrogenismo e aparência policística do ovário). Evidências sugerem que as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” tenham alterações metabólicas mais severas comparadas às mulheres com o fenótipo ovulatório. Em razão disto, o objetivo do primeiro artigo original foi avaliar o desempenho da circunferência abdominal, da razão cintura-estatura, do índice de conicidade, do produto da acumulação lipídica (LAP) e do índice de adiposidade visceral (VAI) com base no modelo de homeostasia de à insulina (HOMA-IR)≥ 3,8 como padrão de referência para rastreamento de alterações Este estudo mostrou que, dentre os índices de adiposidade avaliados, os que apresentaram maior acurácia foram o LAP entre as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” e o VAI entre as com fenótipo “ovulatório”. Aplicando o ponto de corte do LAP< 34, identificamos um subgrupo de pacientes sem alterações cardiometabólicas no grupo de mulheres com PCOS com fenótipo “clássico”, população com maior risco de hipertensão, de dislipidemia e de tolerância diminuída à glicose. Dentre as mulheres com PCOS classificadas com o fenótipo “ovulatório”, VAI≥ 1,32 foi capaz de detectar mulheres com pressão arterial significativamente mais alta e variáveis glicêmicas e lipídicas menos favoráveis em relação às mulheres com PCOS com fenótipo “ovulatório” com VAI abaixo deste ponto de corte. Atualmente, mudanças de estilo de vida (dieta e/ou exercício físico) são consideradas como primeira opção de tratamento não farmacológico nas mulheres com PCOS. Embora a prática de, pelo menos, 30 minutos por dia de exercício físico estruturado seja recomendada e tenha mostrado um potencial efeito na melhora da resistência insulínica e das variáveis antropométricas e hormonais, a manutenção deste hábito a longo prazo permanece como um ponto crítico. Neste sentido, o objetivo do segundo artigo foi avaliar o efeito da atividade física habitual (AFH) nos perfis metabólico e hormonal de mulheres com PCOS e controles pareadas por idade e índice de massa corporal (IMC). A AFH das participantes foi avaliada por meio de pedômetro digital e, conforme o número de passos diário, a participante foi classificada como ativa (≥ 7500 passos/dia) ou sedentária (< 7500 passos/dia). Mulheres ativas, em ambos os diagnósticos, apresentaram menor IMC, circunferência abdominal e LAP. No grupo PCOS, as mulheres ativas apresentaram menores valores de testosterona total, androstenediona e índice de androgênios livres (IAL) em comparação às sedentárias. Além disto, o aumento de 2000 passos foi um preditor independente de redução do IAL nas mulheres com a síndrome. Este estudo mostrou que ser mais ativa foi associado a um perfil antropométrico e metabólico mais saudável, portanto encorajar um estilo de vida mais ativo pode ser benéfico para mulheres com PCOS, especialmente para as obesas e sedentárias. / Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is characterized by ovulatory dysfunction a hyperandrogenism. The prevalence of PCOS in women of reproductive age range from 6- 19%. Women with PCOS present higher prevalence of cardiometabolic risk factors as abdominal obesity, dyslipidemia, hypertension, impaired glucose tolerance and diabetes mellitus type 2. These metabolic abnormalities have been primarily linked to insulin resistance. Currently, the diagnosis of PCOS is confirmed according the Rotterdam Consensus. The more frequent phenotypes are the classic phenotype (hyperandrogenism and anovulation with or without polycystic ovary appearance), and the ovulatory phenotype (hyperandrogenism and polycystic ovary appearance). Evidence suggests that women with classic PCOS phenotype present more severe metabolic alterations compared to women with ovulatory PCOS phenotype. The aim of the first study was to evaluate the performance of the waist circumference (WC), waist-to-height ratio, conicity index, lipid accumulation product (LAP), and visceral adiposity index (VAI) based on homeostasis model assessment of insulin resistance (HOMA- IR)≥ 3.8 as standard reference for screening preclinical metabolic alterations and cardiovascular risk factors in classic PCOS and ovulatory PCOS phenotypes. Among these indexes, LAP had the best accuracy for screening metabolic alterations in classic PCOS phenotype, while VAI had the best accuracy for ovulatory PCOS phenotype. cardiometabolic alterations in the group with classic PCOS, a phenotype which is characterized by higher risk for hypertension, dyslipidemia, and impaired glucose tolerance. In ovulatory PCOS, VAI≥ 1.32 was useful to detect women with significantly higher blood pressure and less favorable glycemic and lipid variables as compared to ovulatory PCOS with lower VAI. In addition, lifestyle intervention (diet and/or exercise) is the first-line treatment for PCOS. Although structured exercise (at least 30 minutes daily) has been recommended and has shown a potential effect on improving insulin resistance, anthropometric, and hormonal variables, the long-term maintenance of exercise remains a critical point. Therefore, the aim of the second study was to objectively examine the effect of habitual PA on metabolic, hormonal, BMI, and anthropometric variables of women with PCOS and a control group, matched by age and BMI. The PA was assessed by digital pedometer, and according to the number of steps/day, participants were classified as active (≥ 7500 steps) or sedentary (< 7500 steps). This study showed that BMI, WC, and LAP were lower in active women in both groups. In the PCOS group, total testosterone, free androgen index (FAI), and androstenedione levels were lower in active when compared to sedentary women. Besides that, a 2,000 daily step increment was an independent predictor of the FAI reduction in PCOS group. The present study showed that a more active lifestyle is associated with healthier anthropometric and metabolic profile, and may be beneficial to women with PCOS, especially for those which are obese and sedentary.
67

Efeitos da nandrolona e da ceftriaxona na homeostasia glutamatérgica : uma busca por mecanismos interativos entre astrócitos e neurônios envolvidos no comportamento agressivo

Rodolphi, Marcelo Salimen January 2017 (has links)
Os esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) como o decanoato de nandrolona (ND) são hormônios sintéticos derivados da testosterona. Sabe-se que um dos efeitos mais marcantes da administração abusiva destes esteroides é o aumento do comportamento agressivo. Evidências indicam que altas doses de EAA alteram a morfologia e causam hiperativação de sinapses glutamatérgicas, o que se correlaciona com um fenótipo agressivo exacerbado. Fisiologicamente o glutamato é considerado o principal neurotransmissor excitatório no cérebro de mamíferos, entretanto, em níveis elevados, pode causar hiperexcitabilidade neuronal mediada pelos receptores glutamatérgicos ionotrópicos do tipo N-metil-d-aspartato (NMDAr) e, consequentemente alterações no metabolismo mitocondrial. A terminação da sinalização excitatória glutamatérgica é realizada majoritariamente por transportadores existentes em astrócitos. Neste sentido, o transportador astrocitário de glutamato GLT-1 é responsável por mais de 90% da remoção do glutamato da fenda sináptica, contribuindo significativamente, para a manutenção da homeostasis da sinalizacão glutamatérgica. A administração do antibiótico β-lactâmico ceftriaxona (CEF) aumenta a expressão de GLT-1 e diminui a hiperexcitabilidade glutamatérgica, o que poderia potencialmente contrapor mecanismos cerebrais associados ao aumento do fenótipo agressivo induzidos pelo decanoato de nandrolona (ND). Entretanto, estas possíveis interacões moleculares e comportamentais ainda não foram exploradas. Assim, o objetivo primário deste trabalho foi investigar se o aumento da expressão do transportador astrocitário GLT-1 modula mecanismos glutamatérgicos envolvidos na agressividade induzida pelo ND, e a atividade mitocondrial. Para tanto, camundongos CF-1 machos de 60 dias de idade foram divididos em 4 grupos: veículo oleoso (VEH), nandrolona (ND), ceftriaxona (CEF) e nandrolona+ceftriaxona (ND/CEF). A nandrolona foi injetada por via subcutânea (15mg/Kg) por 19 dias. A ceftriaxona (200mg/Kg) ou solução salina foram administradas intraperitonealmente por 5 dias. Após a última injeção foi avaliada a latência para o primeiro ataque e o número de ataques no teste do intruso. Os animais foram sacrificados logo após o teste, e homogeneizados de córtex foram utilizados para imunoquantificação do GLT-1 e da fosforilação da subunidade pNR2Bser1232 do NMDAr. A atividade mitocondrial foi avaliada em sinaptossoma de cérebro total. Os níveis de glutamato foram medidos no líquido cefalorraquidiano. Comparado com o veículo, o tratamento com ND diminuiu significativamente a expressão do GLT-1, aumentou os níveis de glutamato e a expressão da subnidade pNR2Bser1232 o que foi mecanisticamente associado ao aumento do fenótipo agressivo; diminuicão da latência e aumento do número de ataques ao intruso. Ainda, a ND diminuiu o controle respiratório mitocondrial. A administração de CEF aumentou significativamente a expressão do GLT-1 e diminuiu os níveis de glutamato em relação ao grupo ND, enquanto que os níveis de pNR2Bser1232 e a agressividade foram similar ao grupo controle. No grupo ND/CEF o immunoconteúdo de GLT-1 e de pNR2Bser1232, os níveis de glutamato e o fenótipo agressivo, foram significativamente menores que no grupo ND, e similares ao grupo controle. Ainda, a CEF foi capaz de atenuar o prejuízo no controle respiratório mitocondrial causado pela ND. Nossos resultados demonstram que a interação bidirecional entre o transportador astrocitário GLT-1 e a subunidade pNR2Bser1232 neuronal mediada pelo glutamato, exercem um impacto regulatório no fenótipo agressivo induzido pela ND, e no controle respiratório mitocondrial. Desta maneira, este modelo reforça a importância da homeostasia funcional da sinapse tripartide glutamatérgica no fenótipo agressivo. / Anabolic androgenic steroids (AAS) such as nandrolone decanoate (ND) are synthetic hormones derived from testosterone. It is known that one of the most important adverse effects of abusive administration of these steroids is the increase in aggressive behavior. Evidence indicates that high doses of AAS alter morphology and cause hyperactivation of glutamatergic synapses which correlates with an aggressive exacerbated phenotype. Physiologically, glutamate is considered the main excitatory neurotransmitter in the mammalian brain. At high glutamate levels, occurs neuronal hyperexcitability mainly trhough the ionotropic N-methyl-d-aspartate (NMDAr) type of glutamatergic receptors and, consequently, changes in mitochondrial metabolism. Existing transporters in astrocytes predominantly perform the termination of glutamatergic excitatory signaling. In this sense, the GLT-1 glutamate astrocytic transporter is responsible for more than 90% of glutamate removal from the synaptic cleft, contributing significantly to the maintenance of glutamatergic signaling homeostasis. Administration of the β-lactam antibiotic ceftriaxone (CEF) increases GLT-1 expression and decreases glutamatergic hyperexcitability, which could potentially counteract brain mechanisms associated to increased aggressive phenotype mediated by nandrolone decanoate (ND). However, a possible molecular and behavioral interaction has not yet been explored in context. Thus, the primary objective of this work was to investigate whether increased expression of the GLT-1 astrocyte transporter modulates the glutamatergic mechanisms involved in ND-induced aggressive phenotype, and mitochondrial activity. Sixty-day-old male CF-1 mice were divided into 4 groups: oil vehicle (VEH), nandrolone (ND), ceftriaxone (CEF) and nandrolone + ceftriaxone (ND / CEF). Nandrolone was injected subcutaneously (15mg / kg) for 19 days. Ceftriaxone (200mg / kg) or saline solution were administered intraperitoneally for 5 days. After the last injection, the latency for the first attack and the number of attacks on the intruder test were evaluated. The animals were sacrificed after the test, and homogeinized cortex were used for immunoquantification of GLT-1 and phosphorylation of the NMDAr pNR2Bser1232 subunit. Mitochondrial activity was evaluated in total brain sinaptossomes. Glutamate levels were measured in the cerebrospinal fluid. Compared to the vehicle group, treatment with ND significantly decreased the expression of GLT-1, increased glutamate levels and expression of the pNR2Bser1232 which was mechanistically associated with an increase in the aggressive phenotype; decrease in the latency and increase in the number of attacks. Also, ND decreased mitochondrial respiratory control. Administration of CEF significantly increased GLT-1 expression and decreased glutamate levels relative to the ND group, whereas pNR2Bser1232 levels and aggressive phenotype were similar to the control group. In the ND / CEF group the expression of GLT-1 and pNR2Bser1232, glutamate levels and aggressive phenotype were significantly lower than in the ND group, and similar to the control group. Furthermore, CEF was able to attenuate the alteration in the mitochondrial respiratory control caused by ND. Our results demonstrated that the levels of glutamate astrocytic transporter GLT-1 and pNR2Bser1232 are important mechanism behind the increased aggressive phenotype induced by ND, and decreased mitochondrial respiratory control. Also, this model reinforces the importance of glutamate levels and astrocytic molecular targets in the regulation of the aggressive phenotype.
68

Efeitos comportamentais, neuroquímicos e metabólicos do tratamento com decanoato de nandrolona em camundongos

Kalinine, Eduardo January 2011 (has links)
Desde a primeira síntese, isolamento e caracterização dos andrógenos, particularmente da testosterona em 1935, diversos homólogos sintéticos foram desenvolvidos com os objetivos de prolongar a atividade biológica, desenvolver administração parenteral e diminuir a atividade androgênica, classe denominada de esteróides anabólicos-andrógenos (EAA). Desde 1940, os EAA são utilizados na clínica para diversos tipos de doenças, destacando-se o hipogonadismo masculino e em terapias para promoção de crescimento. Também são amplamente utilizados para fins estéticos, principalmente para manutenção e promoção do ganho de massa magra corpórea. Devido ao grande aumento do consumo destes fármacos, tanto para fins esportivos como estéticos, há uma necessidade de investigar efeitos comportamentais relacionados ao seu uso exacerbado. Milhares de pessoas se auto-administram EAA em superdoses, o que gera um problema de saúde pública. Os Resultados do presente trabalho demonstram que o uso crônico dos EAA aumento do comportamento de agressivo, e sutil prejuízo da memória espacial e memória aversiva de curta duração, e na atividade exploratória em camundongos machos da linhagem CF1. Os Resultados metabólicos demonstraram que o tratamento crônico com decanoato de nandrolona (DN) não afeta a função hepática e renal, não altera a homeostasia da glicose e nem o peso corporal, mas diminui os níveis séricos de colesterol total, HDL e triglicerídeos. Os resultados neuroquímicos apontam para uma ruptura da homeostase glutamatérgica, através da alteração da captação de glutamato e do imunoconteúdo do transportador GLT 1. Em conclusão, o uso crônico com altas doses de DN causa o aumento do comportamento agressivo e diminuição na memória aversiva de curta duração. O desequilíbrio da função glutamatérgica evidenciado pela diminuição da captação de glutamato no córtex e hipocampo e do transportador GLT-1- pode ser um dos mecanismos neuroquímicos envolvidos nas alterações comportamentais induzidas pelo tratamento com o DN. / Since the first synthesis, isolation and characterization of androgens, particularly testosterone in 1935, several synthetic counterparts were developed with the objective of prolonging the biological activity, parenteral administration and decrease the androgen activity, called the class of anabolic-androgenic (AAS). Since 1940, AAS are used in the clinic for several types of diseases, especially in male hypogonadism and therapies to promote growth. Additionally, they are widely used for esthetic purposes, mainly for maintenance and promotion of lean body mass gain. Due to the large increase in consumption of these drugs, both for aesthetic purposes and sports, the investigation of behavioral effects related to its overuse is imperative. Thousands of people self-administer AAS in overdoses, a fact that creates a public health problem. The results of this study demonstrate that chronic administration of AAS cause an increase in aggressive behavior, and subtle impairment of spatial memory and short-term aversive memory in male mice strain CF1. The metabolic results showed that chronic treatment with Nandrolone Decanoate (DN) neither affect hepatic and kidney function, nor glucose homeostasis and body weight but decreased serum levels of total cholesterol, HDL and triglycerides. The neurochemical results suggest a disruption of glutamatergic homeostasis through changes in glutamate uptake and GLT1 immunocontent. In conclusion, the chronic use at high doses of DN causes increase of aggressive behavior impairs short-term avoidance memory. The imbalance of glutamatergic function evidenced by the decreased glutamate uptake in cortex and hippocampus as well as decreased immunocontent of GLT-1 may participate in the mechanisms underlying behavioral changes induced by chronic treatment with DN.
69

Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndrome / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndrome

Viviane Christina de Oliveira 17 October 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A síndrome dos ovários policísticos é uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotípica, predominando os sinais de disfunção ovariana. Alterações metabólicas, inflamatórias e vasculares vinculadas à resistência à insulina são muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presença de alterações microvasculares em mulheres jovens e não obesas portadoras da síndrome dos ovários policísticos, através de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos níveis séricos de endotelina-1. O objetivo secundário foi verificar a existência de associações entre os achados vasculares, níveis séricos de androgênios, parâmetros clínicos, bioquímicos, metabólicos e inflamatórios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, segundo os critérios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntárias saudáveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o índice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferência da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da síndrome apresentavam hiperandrogenismo clínico. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos quando analisados os níveis séricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o índice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipídico foram normais e sem diferença entre os grupos. A amostra com síndrome dos ovários policísticos não apresentava intolerância à glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerância à glicose. Os níveis séricos dos marcadores inflamatórios (leucócitos, ácido úrico, adiponectina, leptina e proteína c reativa) e do marcador de função endotelial avaliado também foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemácias no basal e após oclusão foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parâmetros relativos à morfologia e densidade capilar foram semelhantes. Não observamos correlação entre a velocidade de deslocamento das hemácias e níveis plasmáticos de endotelina-1, androgênios ou parâmetros de resistência insulínica. A velocidade de deslocamento das hemácias associou-se positivamente aos níveis plasmáticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em conclusão nossos resultados fornecem evidência adicional de dano precoce à função microvascular em mulheres portadoras de síndrome dos ovários policísticos. Através da capilaroscopia periungueal dinâmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertensão ou dislipidemia, já apresentam disfunção microvascular nutritiva, caracterizada por redução na velocidade de fluxo das hemácias no basal e após oclusão. Estes achados micro-circulatórios não foram acompanhados de elevações nos níveis plasmáticos de endotelina-1. / Polycystic ovary syndrome is a frequent and complex disorder, showing a great phenotypic variability, with predominance of signs of ovarian dysfunction and, more particularly, of hyperandrogenism and oligo-anovulatory cycles. This disorder shows a high prevalence of insulin resistance -related metabolic, inflammatory and vascular alterations, which may present at early stages. The main purpose of this study was to investigate the presence of microvascular alterations in young and non-obese women with polycystic ovary syndrome through periungueal videolaparoscopy and dosage of endothelin-1 serum levels. The secondary purpose was to verify further associations between vascular findings, serum androgen levels, and clinical, biochemical, metabolic and inflammatory parameters related to cardiovascular risk. We conducted an observational, transversal and controlled study to evaluate 12 women who, according to Rotterdam criteria, were diagnosed with polycystic ovary syndrome, and also nine healthy volunteers. Our selective process excluded from both groups women with smoking habits, as well as those who had made use of oral contraceptive, metformin or antilipemic drugs within three months prior to the beginning of the study. The age range (22,82,3 X 24,62,7), body mass index (22,53,4 X 23,73,1), and waist circumference (7510,1 X 77,38,1) were similar in both groups. Our patients with polycystic ovary syndrome presented clinical hyperandrogenism. Analysis of serum estradiol, total testosterone, androstenedione levels or testosterone free index disclosed no significant differences between the groups, although SHBG appeared to be expressively lower in the studied group (p=0.003). Fasting blood glucose test, insulin level, HOMA-IR and lipid profile showed normal results, and without difference between the groups. As disclosed by the oral glucose tolerance test, the group with PCOS did not present tolerance to either glucose or diabetes mellitus. When evaluated, the serum levels of inflammatory markers (leukocytes, uric acid, adinopectin, leptin and c-reactive protein) and of endothelial function marker (endothelin-1) were also similar in both groups. The red blood cell velocity at baseline and peak were significantly lower in patients with PCOS (p=0.02), although the timeframe to reach blood cell velocity at baseline and peak and the parameters referring to morphology and capillary density were similar between the groups. No association was observed between the speed of movement of red blood cells and plasma levels of endothelin-1, androgens or insulin resistance parameters. The velocity of movement of red blood cells was positively related to estradiol plasma levels (rho= 0.45, p<0.05) and negatively to the levels of total cholesterol and LDL cholesterol (rho= -0.52, p<0.05; rho=-0.47, p<0.05 respectively). Taken together, our results provide an additional evidence of early lesion to microvascular function in women with polycystic ovary syndrome. By using a simple procedure, namely the dynamic nailfoldvideocapillaroscopy, we demonstrated that young women with mild hyperandrogenism, who do not present obesity, insulin resistance, high blood pressure or dyslipidemia, already show a nutritional microvascular dysfunction, characterized by a reduced speed of red blood cells flow at basal level and after occlusion. Such microcirculatory findings were not accompanied by an increase of endothelin-1 plasma levels.
70

Marcadores de risco cardiometabólico, atividade física habitual e androgênios em mulheres com a síndrome dos ovários policísticos

Neves, Fernanda Misso Mario das January 2016 (has links)
Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por disfunção ovulatória e hiperandrogenismo, é a endocrinopatia mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva, afetando aproximadamente de 6 a 19% desta população, conforme o critério diagnóstico empregado. Além dos distúrbios reprodutivos, as mulheres com PCOS frequentemente apresentam maior prevalência de fatores de risco cardiometabólico como obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão, tolerância diminuída à glicose e diabetes mellitus tipo 2. A resistência insulínica e a hiperinsulinemia compensatória são consideradas como o ponto central destas alterações metabólicas. Os critérios atuais para diagnóstico de PCOS, a partir do Consenso de Rotterdam, indroduziram diferentes fenótipos. Os mais frequentes são o fenótipo “clássico” (hiperandrogenismo e anovulução, com ou sem a aparência policística do ovário), e o fenótipo “ovulatório” (hiperandrogenismo e aparência policística do ovário). Evidências sugerem que as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” tenham alterações metabólicas mais severas comparadas às mulheres com o fenótipo ovulatório. Em razão disto, o objetivo do primeiro artigo original foi avaliar o desempenho da circunferência abdominal, da razão cintura-estatura, do índice de conicidade, do produto da acumulação lipídica (LAP) e do índice de adiposidade visceral (VAI) com base no modelo de homeostasia de à insulina (HOMA-IR)≥ 3,8 como padrão de referência para rastreamento de alterações Este estudo mostrou que, dentre os índices de adiposidade avaliados, os que apresentaram maior acurácia foram o LAP entre as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” e o VAI entre as com fenótipo “ovulatório”. Aplicando o ponto de corte do LAP< 34, identificamos um subgrupo de pacientes sem alterações cardiometabólicas no grupo de mulheres com PCOS com fenótipo “clássico”, população com maior risco de hipertensão, de dislipidemia e de tolerância diminuída à glicose. Dentre as mulheres com PCOS classificadas com o fenótipo “ovulatório”, VAI≥ 1,32 foi capaz de detectar mulheres com pressão arterial significativamente mais alta e variáveis glicêmicas e lipídicas menos favoráveis em relação às mulheres com PCOS com fenótipo “ovulatório” com VAI abaixo deste ponto de corte. Atualmente, mudanças de estilo de vida (dieta e/ou exercício físico) são consideradas como primeira opção de tratamento não farmacológico nas mulheres com PCOS. Embora a prática de, pelo menos, 30 minutos por dia de exercício físico estruturado seja recomendada e tenha mostrado um potencial efeito na melhora da resistência insulínica e das variáveis antropométricas e hormonais, a manutenção deste hábito a longo prazo permanece como um ponto crítico. Neste sentido, o objetivo do segundo artigo foi avaliar o efeito da atividade física habitual (AFH) nos perfis metabólico e hormonal de mulheres com PCOS e controles pareadas por idade e índice de massa corporal (IMC). A AFH das participantes foi avaliada por meio de pedômetro digital e, conforme o número de passos diário, a participante foi classificada como ativa (≥ 7500 passos/dia) ou sedentária (< 7500 passos/dia). Mulheres ativas, em ambos os diagnósticos, apresentaram menor IMC, circunferência abdominal e LAP. No grupo PCOS, as mulheres ativas apresentaram menores valores de testosterona total, androstenediona e índice de androgênios livres (IAL) em comparação às sedentárias. Além disto, o aumento de 2000 passos foi um preditor independente de redução do IAL nas mulheres com a síndrome. Este estudo mostrou que ser mais ativa foi associado a um perfil antropométrico e metabólico mais saudável, portanto encorajar um estilo de vida mais ativo pode ser benéfico para mulheres com PCOS, especialmente para as obesas e sedentárias. / Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is characterized by ovulatory dysfunction a hyperandrogenism. The prevalence of PCOS in women of reproductive age range from 6- 19%. Women with PCOS present higher prevalence of cardiometabolic risk factors as abdominal obesity, dyslipidemia, hypertension, impaired glucose tolerance and diabetes mellitus type 2. These metabolic abnormalities have been primarily linked to insulin resistance. Currently, the diagnosis of PCOS is confirmed according the Rotterdam Consensus. The more frequent phenotypes are the classic phenotype (hyperandrogenism and anovulation with or without polycystic ovary appearance), and the ovulatory phenotype (hyperandrogenism and polycystic ovary appearance). Evidence suggests that women with classic PCOS phenotype present more severe metabolic alterations compared to women with ovulatory PCOS phenotype. The aim of the first study was to evaluate the performance of the waist circumference (WC), waist-to-height ratio, conicity index, lipid accumulation product (LAP), and visceral adiposity index (VAI) based on homeostasis model assessment of insulin resistance (HOMA- IR)≥ 3.8 as standard reference for screening preclinical metabolic alterations and cardiovascular risk factors in classic PCOS and ovulatory PCOS phenotypes. Among these indexes, LAP had the best accuracy for screening metabolic alterations in classic PCOS phenotype, while VAI had the best accuracy for ovulatory PCOS phenotype. cardiometabolic alterations in the group with classic PCOS, a phenotype which is characterized by higher risk for hypertension, dyslipidemia, and impaired glucose tolerance. In ovulatory PCOS, VAI≥ 1.32 was useful to detect women with significantly higher blood pressure and less favorable glycemic and lipid variables as compared to ovulatory PCOS with lower VAI. In addition, lifestyle intervention (diet and/or exercise) is the first-line treatment for PCOS. Although structured exercise (at least 30 minutes daily) has been recommended and has shown a potential effect on improving insulin resistance, anthropometric, and hormonal variables, the long-term maintenance of exercise remains a critical point. Therefore, the aim of the second study was to objectively examine the effect of habitual PA on metabolic, hormonal, BMI, and anthropometric variables of women with PCOS and a control group, matched by age and BMI. The PA was assessed by digital pedometer, and according to the number of steps/day, participants were classified as active (≥ 7500 steps) or sedentary (< 7500 steps). This study showed that BMI, WC, and LAP were lower in active women in both groups. In the PCOS group, total testosterone, free androgen index (FAI), and androstenedione levels were lower in active when compared to sedentary women. Besides that, a 2,000 daily step increment was an independent predictor of the FAI reduction in PCOS group. The present study showed that a more active lifestyle is associated with healthier anthropometric and metabolic profile, and may be beneficial to women with PCOS, especially for those which are obese and sedentary.

Page generated in 0.4405 seconds