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Efeitos da metformina no sistema reprodutor em ratas androgenizadas / Effects of metformin on the reproductive system of androgenized female ratsMahamed, Roberta Rassi [UNIFESP] January 2010 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Objetivo: Analisar os efeitos da metformina no sistema reprodutor de ratas androgenizadas no período neonatal e que desenvolveram estropermanente. Material e Métodos: Foram utilizados 75 ratas albinas da linhagem
EPM-1 Wistar, recém-natas, que foram divididas aleatoriamente, no terceiro dia de vida, em três grupos de vinte e cinco animais: Controle (GC), Androgenizado (GA) e Androgenizado + Metformina (GAmet). Os animais do
GA e GAmet receberam 0,1 mL de propionato de testosterona (1,25
mg/animal), diluído em óleo de mamona (veículo) em dose única e ao Grupo
Controle, apenas o veículo. O local da injeção foi a região subcutânea do
dorso. Nove animais morreram durante a ministração do fármaco, ficando o
total reduzido a 66. Após 90 dias, iniciou-se o tratamento por gavagem, as
ratas dos grupos GC e GA receberam água destilada, enquanto as do GAmet
foram tratadas com metformina (dose de 50 mg/kg). O tratamento foi diário
durante seis semanas. Após este período, 12 animais do GC, 10 do GA e 14 do
GAmet foram anestesiados e coletados sangue para dosagem de glicose,
insulina de jejum e retirado o útero e ovários.para análise histológica
(experimento I). O 30 animais restantes foram acasalados para avaliação da
capacidade reprodutiva (experimento II). Os dados foram analisados pelo
testes de ANOVA e de Tukey. Resultados: Os valores da glicose e HOMA-IR
foram superiores no GA do que nos outros grupos (p<0,01). Na análise
histomorfométrica dos ovários, o GAmet apresentou o aparecimento de corpos
lúteos, redução da área ocupada pelos folículos em degeneração, e das células
intersticiais, e no útero redução da espessura do endométrio, diminuição do
colágeno e número de eosinófilos, quando comparados ao GA (p<0.01). No
experimento II, foram identificados espermatozóides na luz vaginal em todos os
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animais do GC (n=10) e em quatro animais do GAmet e nenhum do GA.
Contudo, apenas um animal do GAmet conseguiu progredir com a gestação.
Todos os animias do GC tiveram gestação a termo. Conclusão: A metformina
determinou melhora da glicemia, índice de HOMA-IR e reversão parcial da
função reprodutiva e das características histomorfométricas do ovário e do
útero em ratas androgenizadas. / Objective: To analyze the effects of metformin on the reproductive system of neonatally androgenized female rats that developed permanent estrus. Materials and methods: A total of 75 three-day-old female albino wistar EPM-1
rats were randomized to three 25-animal groups: control (CG), androgenized (AG), and androgenized + metformin (AGmet). The animals in AG and AGmet were administered 0.1 mL of testosterone propionate (1.25 mg/animal) diluted in castor oil (vehicle), and controls were given vehicle only. The injection site
was in the dorsal subcutaneous region. Nine animals died during drug administration. After 90 days a daily six-week gavage treatment was initiated with the rats in CG and AG receiving vehicle (distilled water) and those in
AGmet getting metformin (50mg/kg). Afterwards, 12 animals from CG, 10 from AG, and 14 from AGmet were sacrificed. Blood was collected for biochemical measurements and the uteri and ovaries were extracted for histological analyses (experiment 1). The remaining 30 animals were mated (experiment II). Data analyses were carried out with Tukey’s test and ANOVA. Results: In terms of fasting glucose and HOMA-IR, indices were highest in AG (p<0.01) and there was no significant difference between AGmet and CG. Histomorphometric analyses of the ovaries and uteri revealed, in AGmet, reduction in the area covered by degenerating follicles, reduction in the number of interstitial cells and identified corpora lutea , diminution of endometria thickness, and a decrease in the amount of collagen and the number of eosinophiles, typical in comparison with AG (p<0.01). After mating, spermatozoids were identified in the vaginal ring, in all of the animals in CG (n=10), four in AGmet, and none in AG. All of the animals in CG had full-term deliveries, but only one in AGmet. Conclusion: Metformin led to improvement of xvii the fasting glucose and HOMA-IR index and to partial reversion of the histomorphometric characteristics of the ovaries and the uterus in neonatally androgenized female rats. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Níveis de óxido nítrico e fibrinogênico em pacientes com síndrome dos ovários policísticos : assocação com medidas antropométricas, perfil hormonal e metabólico / Nitric oxide and fibrinogen levels in patients with polycystic ovary syndrome and idiopathic hirsutismNacul, Andrea Prestes January 2004 (has links)
Introdução: O óxido nítrico (NO) e o fibrinogênio são importantes marcadores de disfunção endotelial e de disfibrinólise, respectivamente, sendo essas alterações relacionadas à resistência insulínica. A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por irregularidade menstrual e anovulação crônica, está associada com resistência à insulina e hiperinsulinemia em porcentagem considerável dos casos. A disfunção endotelial, decorrente da resistência insulínica e de alterações nos níveis de NO e de fibrinogênio, poderia conferir a essas pacientes um maior risco de doença macrovascular. Objetivo: Avaliar níveis séricos de óxido nítrico e de fibrinogênio em pacientes com PCOS e compará-los aos de pacientes com Hirsutismo Idiopático (HI). Materiais e métodos: Estudo transversal. Foram avaliados níveis de óxido nítrico e de fibrinogênio e suas associações com variáveis antropométricas, metabólicas e hormonais em 26 pacientes hirsutas com PCOS e 20 pacientes do grupo controle com HI (ciclos regulares e ovulatórios, níveis normais de androgênios e hirsutismo isolado). Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto à história familiar de diabete e gravidade do hirsutismo pelo escore de Ferriman-Gallway. Não houve diferenças significativas nos níveis de NO e de fibrinogênio entre os grupos PCOS e HI. Entretanto, nas pacientes com PCOS, insulina e HOMA (Homeostatic Model Assessment) foram negativamente correlacionadas com níveis de NO (r=-0.42 p<0.03).Considerando-se todas as pacientes, idade, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura tiveram correlação positiva com níveis de fibrinogênio. Conclusão: Os resultados mostram associação negativa e não dependente do IMC entre NO e resistência insulínica, mas não com níveis de androgênios, apenas nas pacientes com PCOS. Assim, as estratégias clínicas que objetivam a redução da resistência insulínica podem trazer benefícios às pacientes com PCOS não somente para a prevenção de diabetes e de dislipidemia, mas também para a redução do risco de disfunção endotelial nessas pacientes. / Objective: To assess endothelium-derived nitric oxide and fibrinogen levels in hirsute patients with polycystic ovary syndrome in comparison with ovulatory patients presenting idiopathic hirsutism. Design: Cross-sectional study Patients: Twenty-six women with PCOS and 20 age-matched women with regular, ovulatory cycles, normal androgen levels and isolated hirsutism (idiopathic hirsutism), as a control group. Measurements: Nitric oxide (NO3+ plus NO2– concentrations) and fibrinogen plasma levels were assessed and analyzed in association with anthropometric, metabolic and hormonal variables. Results: The groups were similar in terms of positive familiar history for diabetes and Ferriman-Gallwey score for hirsutism. There were no significant differences in nitric oxide or fibrinogen levels between groups. In contrast, in PCOS-only patients, insulin levels and the homeostatic model assessment (HOMA) were negatively correlated with NO levels (r=-0.42 p<0.03). Age, BMI and waist circumference were the only variables positively correlated with fibrinogen when all patients were considered. Conclusion: The present data indicate a negative and BMI-independent association between NO levels with insulin resistance in PCOS patients but not with androgen levels. These results support the notion that clinical strategies aimed at reducing insulin resistance may be beneficial in PCOS patients not only to prevent diabetes and dislipidemia but also to decrease the insulin resistance-dependent risk for endothelial dysfunction in these patients.
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Atividade autonômica, medida pela variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com diferentes fenótipos da síndrome dos ovários policísticosCunha, Kristhiane Di Domenico January 2012 (has links)
Resumo não disponível
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Níveis de óxido nítrico e fibrinogênico em pacientes com síndrome dos ovários policísticos : assocação com medidas antropométricas, perfil hormonal e metabólico / Nitric oxide and fibrinogen levels in patients with polycystic ovary syndrome and idiopathic hirsutismNacul, Andrea Prestes January 2004 (has links)
Introdução: O óxido nítrico (NO) e o fibrinogênio são importantes marcadores de disfunção endotelial e de disfibrinólise, respectivamente, sendo essas alterações relacionadas à resistência insulínica. A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por irregularidade menstrual e anovulação crônica, está associada com resistência à insulina e hiperinsulinemia em porcentagem considerável dos casos. A disfunção endotelial, decorrente da resistência insulínica e de alterações nos níveis de NO e de fibrinogênio, poderia conferir a essas pacientes um maior risco de doença macrovascular. Objetivo: Avaliar níveis séricos de óxido nítrico e de fibrinogênio em pacientes com PCOS e compará-los aos de pacientes com Hirsutismo Idiopático (HI). Materiais e métodos: Estudo transversal. Foram avaliados níveis de óxido nítrico e de fibrinogênio e suas associações com variáveis antropométricas, metabólicas e hormonais em 26 pacientes hirsutas com PCOS e 20 pacientes do grupo controle com HI (ciclos regulares e ovulatórios, níveis normais de androgênios e hirsutismo isolado). Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto à história familiar de diabete e gravidade do hirsutismo pelo escore de Ferriman-Gallway. Não houve diferenças significativas nos níveis de NO e de fibrinogênio entre os grupos PCOS e HI. Entretanto, nas pacientes com PCOS, insulina e HOMA (Homeostatic Model Assessment) foram negativamente correlacionadas com níveis de NO (r=-0.42 p<0.03).Considerando-se todas as pacientes, idade, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura tiveram correlação positiva com níveis de fibrinogênio. Conclusão: Os resultados mostram associação negativa e não dependente do IMC entre NO e resistência insulínica, mas não com níveis de androgênios, apenas nas pacientes com PCOS. Assim, as estratégias clínicas que objetivam a redução da resistência insulínica podem trazer benefícios às pacientes com PCOS não somente para a prevenção de diabetes e de dislipidemia, mas também para a redução do risco de disfunção endotelial nessas pacientes. / Objective: To assess endothelium-derived nitric oxide and fibrinogen levels in hirsute patients with polycystic ovary syndrome in comparison with ovulatory patients presenting idiopathic hirsutism. Design: Cross-sectional study Patients: Twenty-six women with PCOS and 20 age-matched women with regular, ovulatory cycles, normal androgen levels and isolated hirsutism (idiopathic hirsutism), as a control group. Measurements: Nitric oxide (NO3+ plus NO2– concentrations) and fibrinogen plasma levels were assessed and analyzed in association with anthropometric, metabolic and hormonal variables. Results: The groups were similar in terms of positive familiar history for diabetes and Ferriman-Gallwey score for hirsutism. There were no significant differences in nitric oxide or fibrinogen levels between groups. In contrast, in PCOS-only patients, insulin levels and the homeostatic model assessment (HOMA) were negatively correlated with NO levels (r=-0.42 p<0.03). Age, BMI and waist circumference were the only variables positively correlated with fibrinogen when all patients were considered. Conclusion: The present data indicate a negative and BMI-independent association between NO levels with insulin resistance in PCOS patients but not with androgen levels. These results support the notion that clinical strategies aimed at reducing insulin resistance may be beneficial in PCOS patients not only to prevent diabetes and dislipidemia but also to decrease the insulin resistance-dependent risk for endothelial dysfunction in these patients.
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Atividade autonômica, medida pela variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com diferentes fenótipos da síndrome dos ovários policísticosCunha, Kristhiane Di Domenico January 2012 (has links)
Resumo não disponível
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Níveis de óxido nítrico e fibrinogênico em pacientes com síndrome dos ovários policísticos : assocação com medidas antropométricas, perfil hormonal e metabólico / Nitric oxide and fibrinogen levels in patients with polycystic ovary syndrome and idiopathic hirsutismNacul, Andrea Prestes January 2004 (has links)
Introdução: O óxido nítrico (NO) e o fibrinogênio são importantes marcadores de disfunção endotelial e de disfibrinólise, respectivamente, sendo essas alterações relacionadas à resistência insulínica. A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por irregularidade menstrual e anovulação crônica, está associada com resistência à insulina e hiperinsulinemia em porcentagem considerável dos casos. A disfunção endotelial, decorrente da resistência insulínica e de alterações nos níveis de NO e de fibrinogênio, poderia conferir a essas pacientes um maior risco de doença macrovascular. Objetivo: Avaliar níveis séricos de óxido nítrico e de fibrinogênio em pacientes com PCOS e compará-los aos de pacientes com Hirsutismo Idiopático (HI). Materiais e métodos: Estudo transversal. Foram avaliados níveis de óxido nítrico e de fibrinogênio e suas associações com variáveis antropométricas, metabólicas e hormonais em 26 pacientes hirsutas com PCOS e 20 pacientes do grupo controle com HI (ciclos regulares e ovulatórios, níveis normais de androgênios e hirsutismo isolado). Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto à história familiar de diabete e gravidade do hirsutismo pelo escore de Ferriman-Gallway. Não houve diferenças significativas nos níveis de NO e de fibrinogênio entre os grupos PCOS e HI. Entretanto, nas pacientes com PCOS, insulina e HOMA (Homeostatic Model Assessment) foram negativamente correlacionadas com níveis de NO (r=-0.42 p<0.03).Considerando-se todas as pacientes, idade, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura tiveram correlação positiva com níveis de fibrinogênio. Conclusão: Os resultados mostram associação negativa e não dependente do IMC entre NO e resistência insulínica, mas não com níveis de androgênios, apenas nas pacientes com PCOS. Assim, as estratégias clínicas que objetivam a redução da resistência insulínica podem trazer benefícios às pacientes com PCOS não somente para a prevenção de diabetes e de dislipidemia, mas também para a redução do risco de disfunção endotelial nessas pacientes. / Objective: To assess endothelium-derived nitric oxide and fibrinogen levels in hirsute patients with polycystic ovary syndrome in comparison with ovulatory patients presenting idiopathic hirsutism. Design: Cross-sectional study Patients: Twenty-six women with PCOS and 20 age-matched women with regular, ovulatory cycles, normal androgen levels and isolated hirsutism (idiopathic hirsutism), as a control group. Measurements: Nitric oxide (NO3+ plus NO2– concentrations) and fibrinogen plasma levels were assessed and analyzed in association with anthropometric, metabolic and hormonal variables. Results: The groups were similar in terms of positive familiar history for diabetes and Ferriman-Gallwey score for hirsutism. There were no significant differences in nitric oxide or fibrinogen levels between groups. In contrast, in PCOS-only patients, insulin levels and the homeostatic model assessment (HOMA) were negatively correlated with NO levels (r=-0.42 p<0.03). Age, BMI and waist circumference were the only variables positively correlated with fibrinogen when all patients were considered. Conclusion: The present data indicate a negative and BMI-independent association between NO levels with insulin resistance in PCOS patients but not with androgen levels. These results support the notion that clinical strategies aimed at reducing insulin resistance may be beneficial in PCOS patients not only to prevent diabetes and dislipidemia but also to decrease the insulin resistance-dependent risk for endothelial dysfunction in these patients.
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Atividade autonômica, medida pela variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com diferentes fenótipos da síndrome dos ovários policísticosCunha, Kristhiane Di Domenico January 2012 (has links)
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Distúrbio menstrual em adolescentesHerter, Liliane Diefenthaeler January 1995 (has links)
Com o objetivo de estudar o perfil menstrual de adolescentes de um serviço clínico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e de caracterizar, sob o ponto de vista clínico, hormonal e ultra-sonográfico, as adolescentes com ciclos menstruais irregulares de um serviço de endocrinologia ginecológica do HCPA, realizamos dois estudos. ESTUDO I - O primeiro estudo foi aleatório e realizado num período de 5 meses. Todas as pacientes, entre 1O e 20 anos, que compareceram às consultas na Unidade de Adolescência do HCPA nos dias sorteados, foram convidadas a participar da pesquisa. Responderam ao questionário 95,73% das pacientes (n=202). A média da idade foi de 14,52 ± 1,90 anos. A média da menarca ocorreu aos 11,86 ± 1,25 anos, sendo a moda aos 12 anos de idade. Houve uma tendência de a menarca ocorrer mais freqüentemente no verão, mas este achado não foi estatisticamente significativo. Comparando 101 duplas de mãefilha, observamos que a menarca materna foi 0,9 ano mais tarde que a das filhas (p=0,0001). Além disso, a menarca da mãe apresentou uma correlação positiva com a de sua própria filha (p=0,022; r=0,2). A prevalência de ciclos menstruais irregulares foi de 14,36%. A irregularidade mais freqüente foi a oligomenorréia (41,38%). Analisando as 120 pacientes que já ha viam apresentado ciclos menstruais regulares, observamos que a idade cronológica média em que os ciclos menstruais regularizaram foi de 12,59 ± 1,75 anos, e a idade ginecológica, de 0,80 ± 1.7 anos, sendo que em 88,60% delas a regularização dos ciclos menstruais se deu antes de completar 2 anos da menarca. Comparando as pacientes com ciclos menstruais regulares (n=105) e irregulares (n=29), não registramos diferença estatisticamente significativa quanto à idade cronológica, índice de massa corporal, idade de ocorrência da menarca, idade ginecológica e prevalência de dismenorréia. Entre as pacientes pós-menarca entrevistadas (n=174), identificamos 81 (46,55%) que haviam apresentado dismenorréia em mais de metade dos ciclos menstruais. Estas foram comparadas com as 93 que nunca apresentaram este sintoma ou o fizeram eventualmente. As pacientes dismenorréicas eram mais velhas (p=0,03) e menstruavam há mais tempo (p=0,01). Não encontramos diferença entre o índice de massa corporal, quantidade de fluxo menstrual (7 dias e > 8 dias) e padrão menstrual (ciclos menstruais regulares e irregulares). A percentagem de gordura corporal foi maior nas pacientes com ciclos menstruais regulares do que nas que menstruavam há menos de 6 meses ou do que nas pré-menarca (p=0,0000001). Concluindo, constatamos que a maioria das pacientes (88,60%) que regularizaram seus ciclos menstruais o fizeram até o segundo ano após iniciar a menstruação. Assim, sugerimos que pacientes com ciclos menstruais irregulares com mais de 2 anos de idade ginecológica ou com idade ginecológica inferior a 2 anos, mas acompanhada de sinais ou sintomas clínicos pertinentes, merecem maior atenção. ESTUDO II - Foram avaliadas 29 adolescentes entre 12 e 20 anos (15,10 ± 2,13 anos) que consultaram na Unidade de Endocrinologia Ginecológica do HCPA. Foram dosados FSH, LH, estradiol, testosterona, androstenediona e prolactina, utilizando kits comerciais. As pacientes foram divididas em três grupos de acordo com o volume ovariano avaliado por estudo ultra-sonográfico (US) pélvico (A x B x C x 0,5233): Grupo I (55,17%; n=16) ambos os ovários < 10 cm3; Grupo II (27,59%; n=8) um dos ovários 10cm 3 e Grupo III (17,24%; n=5) ambos os ovários 10 cm3 Houve uma correlação positiva entre os níveis de LH, androstenediona, testosterona e o volume ovariano. Quando os níveis hormonais foram comparados entre os três grupos, observamos maiores níveis de LH (p<0,0005), relação LH:FSH (p<0,0005), androstenediona (p<0,05) e testosterona (p<0,01) no Grupo 111 (ambos os ovários10 cm3) . As médias dos níveis de LH, expressos em mUI/ml foram: 3,875 no Grupo I ; 6,95 no Grupo II e 10,6 no Grupo III. As médias da relação LH:FSH foram de: 0,617 no Grupo I; 1,12 no Grupo II e 2,432 no Grupo III. As médias dos níveis de testosterona (ng/ml) foram de: 0,467 no Grupo I; 0,718 no Grupo II e 1,54 no Grupo III. As médias da androstenediona (ng/ml) foram de: 2,189 no Grupo I; 3,129 no Grupo II e 4,887 no Grupo III. Utilizamos o teste de acurácia para validar os resultados relativos ao volume ovariano à US pélvica. Para tal, identificamos as pacientes que apresentaram LH < 6 mUI/ml (n=13) e as que apresentaram LH 6 mUI/ml (n=8) bem como as com ambos os ovários 10 cm3 (n=5) e ambos os ovários < 10 cm3 (n=16). Observamos que o teste positivo (ambos os ovários 10 cm3 apresentou uma sensibilidade de 62,5%, especificidade de 100%, um valor preditivo positivo de 100% e valor preditivo negativo de 81,25% para níveis basais de LH 6 mUI/ml. A presença de microcistos ocorreu em todos os três grupos, e houve uma tendência de ser mais prevalente no Grupo III. Assim, podemos concluir que o volume ovariano tem correlação positiva com níveis basais de LH, androstenediona e testosterona e que adolescentes, com ciclos menstruais irregulares que tenham ambos os ovários 1O cm 3 à ultra-sonografia pélvica, têm níveis mais elevados de LH, testosterona, androstenediona e maior relação LH:FSH. Da mesma maneira, estes achados ultra-sonográficos apresentaram 62,5% de sensibilidade, 100% de especificidade, 100% de valor preditivo positivo e 81,25% de valor preditivo negativo parníveis basais de LH 6 mUI/ml. Por isto, a medida cuidadosa do volume ovariano à ultra-sonografia pélvica pode auxiliar no diagnóstico da síndrome de ovários policísticos em adolescentes com ciclos menstruais irregulares, e o achado isolado de microcistos pode ser inespecífico.
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Síndrome dos ovários policísticos e fatores de risco cardiovascularWiltgen, Denusa January 2009 (has links)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é a endocrinopatia mais prevalente em mulheres em idade reprodutiva cuja as principais características clínicas são hiperandrogenismo e anovulação crônica. Apesar de jovens, as pacientes com PCOS apresentam freqüência elevada de alterações metabólicas como resistência insulínica, dislipidemia e maior risco para desenvolver diabete tipo 2. Evidências indicam uma maior prevalência de fatores de risco cardiovascular em pacientes com a Síndrome dos Ovários Policísticos, sugerindo uma maior chance de desenvolvimento prematuro de aterosclerose e, possivelmente, doença cardiovascular estabelecida. Contudo a associação entre PCOS e eventos cardiovasculares primários, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, ainda precisa ser confirmada. Os estudos publicados até o momento apresentam limitações metodológicas e resultados controversos. Novos estudos prospectivos são portanto necessários, com maior tempo de seguimento e delineados a partir de uma definição clara dos critérios diagnósticos de PCOS. Isto possibilitará uma melhor caracterização dos riscos associados à síndrome. A presença de resistência insulínica, independente do peso corporal parece ser o ponto central das alterações metabólicas encontradas nas pacientes com PCOS. A identificação da presença de resistência insulínica é importante pois o tratamento pode ser melhor individualizado Neste sentido, achados clínicos sugestivos de resistência insulínica, como acantose nigricans, hipertensão, bem como alterações no perfil lipídico devem ser valorizados. . Neste trabalho buscou-se avaliar a acurácia do índice LAP – lipid accumulation product -[cintura(cm) -58] x [triglicerídeos (mg/dl) x 0,01536], na identificação de pacientes PCOS em maior risco metabólico e cardiovascular, por estar associado à presença resistência insulínica. Observou-se uma correlação forte e positiva entre o índice HOMA e índice LAP. O valor de LAP 34,5 determinou sensibilidade de 84% e especificidade de 79% para identificar pacientes em maior risco metabólico. Esses resultados sugerem que o índice LAP pode ser uma ferramenta útil na identificação de pacientes PCOS com resistência insulínica e maior risco cardiovascular. Tendo em vista os critérios atuais para o diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos, com a recente valorização da aparência policística do ovário (PCO), novos fenótipos surgiram, em especial, aqueles associados com ovulação. No presente estudo, foram comparadas pacientes com PCOS típico, constituído por anovulação, hirsutismo e excesso de androgênios, e outros dois grupos de pacientes ovulatórias, um com hirsutismo e PCO e outro hirsutismo isolado. Foi incluído também um grupo controle de mulheres ovulatórias e não hirsutas. Verificou-se que o grupo de pacientes com PCOS típico apresentou alterações metabólicas e maior prevalência de fatores de risco CV do que os outros grupos, mesmo quando os dados foram ajustados pelo IMC, enquanto que as pacientes ovulatórias com hirsutismo e PCO não diferiram daquelas com hirsutismo isolado. Estes resultados sugerem que na ausência de anovulação e androgênios aumentados o risco metabólico e cardiovascular pode não diferir de mulheres normais.
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Diagnóstico etiológico do hirsutismoOppermann, Karen January 1992 (has links)
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de se identificar e caracterizar a população de hir s utismo do nosso meio. Para este mulheres fim, foi investigada uma amostra de pacientes com esta queixa. O hirsutismo pode ser uma queixa freqüente, principalmente em regiões de colonização mediterrânea, sendo esta uma característica do nosso local de trabalho (RS). O hir s utismo pode estar relacio nado a graus variados de hiper androgenismo, e manifestar-se como queixa isolada, ou como parte de um quadro clínico mais florido. Quanto a sua etiologia, pode ser decorrente de um processo neoplásico e/ou por uma disfunção ovariana ou adrenal, ou mesmo por uma hiperutilização androgênica pelo folículo piloso. Partindo-se destes conceitos iniciais, formulou-s e um protocolo de pesqu isa para caracte ri zar e definir o diagnóstico etiológico em uma amostra de mulheres hirsutas. Esta pesquisa iniciou em maio/89, em um grupo de pacientes que procuraram espontãneamente a Unidade de Endocrinolog ia Ginecológica do Serviço de Endocrinilogia do HCPA, com esta queixa . Foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 58 mulheres hirsutas e comparados aos resultados de um grupo controle. Os exames hormonais foram processados por RIE, no laboratório de radioimunoensaio do HCPA . Os resul tados foram anal isados estatisticamente através do teste "T" de Student ou ANOVA, e da análise discriminante nesta amostra de hirsutas e de mulheres controle. Com a avaliação dos dados coletados pode-se caracteri zar a amostra de mulheres hirsutas em mulheres com hirsutisrno por disfunção ovariana (ciclos menstruais disfuncionais, níveis de andrógenos elevados, níveis normais de 170HP), separadas em ovários policísticos tipo I ou tipo II (PCOI ou II) conforme a resposta do LH ao LHRH, mulheres tardio elevados), com hiperplasia adrenal congênita níveis de 170HP basais e/ou de início estimulados e mu lheres com hirsutismo idiopático (ciclos menstruais regulares e ovulatórios e exames hormo nais no rmais). Não foi detectado nenhum caso de hirsutismo de origem tumoral . A amostra geral de hirsutas caracterizo use por terníveis mais elevados de a ndr ógenos quando comparados ao grupo controle, por ter uma média de IMC > 25kg/m2 e por ter ciclos disfuncionais em 59% dos casos. Através deste estudo, pode-se identifi car os diferent es grupos e tiológicos conforme a seguin te class ificação: hirsutismo por hiperplasia adrenal congênita de início tardio em 8, 9% dos casos, por PCO tipo! em 30,3%, por PCO tipo II em 12, 5% e hirsutismo idiopático em 48 ,2% dos casos.
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