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Sensoriamento remoto da calota de gelo da ilha Renaud – AntárticaPetsch, Carina January 2014 (has links)
Esta dissertação realizou o levantamento e descreveu a glaciologia da calota de gelo da ilha Renaud, ao largo da Península Antártica, utilizando ferramentas de Sensoriamento Remoto. Para isso, foi estruturada uma base de dados geográficos com mapas de declividade, hipsometria, orientação das vertentes, direção de fluxo, delimitação das bacias de drenagem glacial, classificação temática e principais topônimos; foi aplicada a metodologia do GLIMS (Global Land Ice Measurements from Space) para avaliar a dinâmica da variação das frentes de geleiras no período 1986–2007. A base de dados utilizou o Antarctica Digital Database (ADD), o Radarsat Antarctic Mapping Project Digital Elevation Model - RAMP DEM, duas imagens do sensor TM do LANDSAT 5 de 18/fevereiro/1986 e 23/fevereiro/1997, e duas do sensor ETM+ do LANDSAT 7 de 07/março/2007 e de 27/setembro/1999, além de uma imagem do sensor ASTER de 13/abril/2004. Os dados de temperatura superficial estimada (TSE), obtida pela banda termal das imagens Landsat, foram validados a partir de informações da estação meteorológica Rothera (67°34'S, 68°08'W), localizada na ilha Adelaide, além da TSE de uma imagem ASTER para a ilha Renaud. Utilizou-se métodos supervisionados e não-supervisionados para a classificação temática, a partir da reflectância dos alvos e interpretação visual, permitindo diferenciar quatro classes (neve úmida, neve saturada, gelo sobreposto e mar). Para obtenção da linha de frente das geleiras, foi utilizada uma metodologia semiautomática e uma manual, com erro horizontal médio para a variação de 43 m. A metodologia utilizada para validação dos dados de TSE obtida na ilha Adelaide foi válida, considerando que a temperatura registrada pelo sensor remoto é, em média, 4°C mais baixa do que aquela na estação meteorológica Rothera. A classificação não supervisionada gerou resultados insatisfatórios, com dificuldade para delimitação da zona de gelo sobreposto. A classificação supervisionada usando o classificador MAXVER gerou resultados condizentes com a reflectância na banda 3 da imagem Landsat, e de acordo com a classificação visual. A delimitação das bacias de drenagem glacial foi realizada baseada nos diferentes produtos cartográficos, e por ordem de importância decrescente: imagem Landsat, direção de fluxo da geleira, curvas de nível e declividade. A área total da ilha Renaud é de 511 km², com 10 bacias de drenagem glacial com características similares, altitude máxima de 145 m e declividade máxima de 9%. Todas são geleiras de desprendimento (de maré), bacias simples com perfil longitudinal regular, sem cobertura de detritos na parte terminal. Considerando que somente a partir da imagem de satélite de 1999 foi possível analisar todas as bacias de drenagem glacial, o cálculo de expansão e retração total da calota de gelo se limitou à somente 13 anos (1986–1999). Então, neste período a massa de gelo da ilha Renaud perdeu aproximadamente 18 km², enquanto que o ganho total foi de somente 0,5 km², resultando numa perda líquida total de 17,5 km² (ou seja, uma perda de 3,4% da área total). As bacias glaciais que mais recuaram, nomeadas 1 e 9 e situadas na vertente norte e sudoeste da calota de gelo, respectivamente, perderam 4 km², cada uma, entre 1986 e 1999. / This dissertation surveyed and defined the glaciology of the Renaud Island ice cap, off the Antarctic Peninsula, using remote sensing tools. For this, it was created a geographical data base with slope, hypsometric, orientation of slopes, flow direction, glacial drainage basins limits, thematic classification and main place names. Using the GLIMS (Global Land Ice Measurements from Space) methodology, we evaluated the dynamics of glaciers front variations in the period 1986–2007. The database used the Antarctica Digital Database (ADD), Radarsat Antarctic Mapping Project Digital Elevation Model - RAMP DEM, two images of LANDSAT5 TM sensor obtained on 08/February/1986 and 23/February/1997, and other two from sensor LANDSAT 7 ETM+ from 07/March/2007 and 27/September/1999, and an ASTER sensor image from 13/April/2004. The estimated surface temperature (EST) data, obtained from the Landsat images thermal band, were validated using information from the Rothera (67°34’S, 68°08'W) weather station, located on Adelaide Island, and the EST derived from an ASTER image of the Renaud Island. We used supervised and unsupervised methods for the thematic classification, base on targets reflectance and visual interpretation, differentiating four classes (wet snow, saturated snow, superimposed ice and sea water). To obtain the glaciers front line, we used semiautomatic and manual methodologies, with an average horizontal error of 43 m. The methodology used to validate the EST data obtained on the Adelaide island is valid, considering that the temperature recorded by the remote sensor is on average 4°C lower than the Rothera weather station data. The unsupervised classification produced unsatisfactory results, being difficult to delimit the superimposed ice zone. The supervised classification using the MAXVER classifier generated results consistent with the Landsat image band 3 reflectance, and agreeing with the visual classification. The glacial drainage basins delimitation was performed based on different cartographic products, in decreasing order of importance: Landsat image, glacier flow direction, contour lines and slope. The total area of the Renaud Islandis 511 km², with 10 glacial drainage basins with similar characteristics, maximum altitude of 145 m and maximum slope of 9%. All are calving glaciers (tide water), simple basins with regular longitudinal profile, and without debris cover in their terminal parts. Whereas was possible to analyse all glacial basins only from 1999 onwards, it was possible to calculate the total ice cap advance or retreat only for 13 years (1986–1999). So, during this period the Renaud Island ice mass lost approximately 18 km², while the was overall gain of only 0.5 km², resulting in a total net decrease of 17.5 km² (i.e., a 3.4% total area loss). The largest losses (4 km² each) occurred in glacial basins named 1 and 9,on the ice cap northern and southwestern slopes, respectively, from 1986 to 1999.
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Estudo dos Teores de Pb, Cd, Sn, Co, V, Hg, Mo e As em Sedimentos e Fungos Liquenizados, da Ilha Rei George, Península Fildes - Antártica Utilizando a Técnica de Icp-msDALFIOR, B. M. 16 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-16 / O continente Antártico é um dos poucos lugares que não foi explorado em sua totalidade, porém estudos revelam que esse local está sofrendo interferência pelas atividades antrópicas. Por esse motivo, o monitoramento desta região torna-se muito importante. Após otimização e verificação da metodologia as concentrações biodisponíveis nas amostras de sedimento coletadas ao longo de toda a Península Fildes, Ilha Rei George, Antártica, foram determinadas por ICP-MS. As faixas encontradas em µg kg-1 foram 525,17 2314,11 (Pb), 54,83 193,77 (Cd), 54,83 193,77 (Sn), 2095,04 11094,1 (Co), < 2,4 54,61 (Hg), < 5,3 38,66 (Mo) e 120,31 1297,06 (As). Quando comparados esses valores com os descritos na literatura verifica-se que estão abaixo ou dentro da faixa já reportada. A presença desses elementos nas amostras pode ser atribuída à diferentes fatores, tais como a composição natural do sedimento, a contaminação por estações científicas, a existência de uma pista de pouso local, além do transporte local e global de elementos químicos causados pelos fenômenos físicos, o que acarretaria a deposição dos mesmos em diferentes matrizes.
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Análisis de un posible vaciamiento del lago Greve, Campo de Hielo Sur, en relación con distintos escenarios climáticosCarrión Olivarez, Daniela Alejandra January 2010 (has links)
En este trabajo se estudian las variaciones de cinco glaciares localizados en Campo de Hielo Sur (Occidental, Greve, HPS8, Lautaro y Pío XI) y el comportamiento del lago Greve, así como las tendencias climáticas pronosticadas para el sector, con el objeto de determinar un posible vaciamiento de dicho lago represado desde 1963 por los repentinos avances del glaciar Pío XI. Además, se realiza un inventario de lagos represados por glaciares para la cuenca. Mediante registros históricos y series de imágenes satelitales LANDSAT MSS, TM, ETM+ y Terra ASTER, se estudiaron las variaciones frontales de todos los glaciares, las morrenas de los glaciares Occidental-Greve y Pío XI, y se analizaron los cambios de elevación en glaciares mediante la comparación de datos topográficos del IGM (1975), SRTM (2000) y CAMS (2007). Las variaciones frontales muestran un máximo en el glaciar Greve, con un retroceso de 6.160 m para el periodo comprendido entre 1945 y 2009 (tasa media de -96 m a-1). El adelgazamiento fue detectado para los glaciares Occidental y Greve con una tasa anual de -3,40 m a-1 y -4 m a-1, respectivamente entre los años 1975 y 2007. Por lo tanto, se detecta un retroceso y un adelgazamiento general de los glaciares, el cual se relaciona con las tendencias climáticas detectadas en esta zona. Sin embargo, el glaciar Pío XI muestra una alta variabilidad de su lengua terminal, presentando un comportamiento único comparado con los demás glaciares estudiados. Por otra parte, se inventariaron cerca de 30 cuerpos de agua, los cuales han aumentado continuamente sus áreas desde 1976, donde el lago Greve desde su aparición en 1963 y consolidación en 1976, se ha mantenido hasta la actualidad, siendo controlado por el glaciar Pío XI. Debido a que se esperan cambios positivos de temperaturas (calentamiento) y una disminución en la cantidad de precipitaciones, todo el sector se verá afectado por el aumento de la línea de equilibrio (aumento estimado en 450 m y 300 m para los escenarios severo A2 y moderado B2, respectivamente), acentuando el proceso de retroceso y adelgazamiento presentado por los glaciares, lo cual permitiría un posible vaciamiento del lago Greve.
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Avaliação do efeito fotoprotetor de três extratos de plantas da Antártica por diferentes modelos biológicosPereira, Betina Kappel January 2007 (has links)
O objetivo desse trabalho é avaliar o efeito fotoprotetor de três espécies de plantas da Antártica - Deschampsia antarctica Desv. , Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. E Polytrichum juniperinum Hedw. Investigou-se a ação do extrato metanólico de cada espécie contra os danos induzidos ao DNA, utilizando a linhagem celular de fibroblasto de pulmão de hamster chinês (células V79) e no molusco Cantareus aspersus utilizando o ensaio cometa em animais alimentados com esses vegetais. O perfil mutagênico e antimutagênco destes extratos também foi avaliado através de linhagens haplóides da levedura Saccharomyces cerevisiae. As concentrações empregadas desses extratos não foram citotóxicas nem mutagênicas em S.cerevisiae. Além disso, o tratamento com todos os extratos melhorou a sobrevivência e diminuiu a taxa de mutagênese induzida por UVC nesse modelo biológico. Os tratamentos empregados diminuíram significativamente os danos ao DNA induzidos pela UVC em células V79, como verificado pelo ensaio cometa. Esses extratos também reduziram a peroxidação lípidica induzida por UVC, mostrando uma clara propriedade antioxidante. Os resultados do ensaio cometa modificado, em células V79, empregando a Endonuclease V, demonstraram uma diminuição na formação de dímeros de ciclobutano piridina após a pré - incubação com estes extratos. O emprego das endonucleases FPG e ENDO III indica um efeito protetor destes extratos contra as lesões oxidativas geradas pelo UVC. Em linhagens de levedura deficientes em fotoliase, o tratamento com os extratos mostrou-se muito menos eficiente na proteção contra os danos citotóxicos da radiação UVC, sugerindo que esta via de reparação do DNA é estimulada por substâncias dos extratos. Em C.aspersus, o tratamento com os vegetais na alimentação dos moluscos, foi capaz de proteger contra os danos induzidos por UVC nas células da hemolinfa. Em conclusão, os extratos de D. antarctica, C. quitensis e P. juniperinum parecem possuir propriedades fotoprotetivas, o que pode ser atribuído a moléculas como flavonóides e carotenóides agindo como moléculas absorventes de UV, antioxidantes e estimulando processos de reparação do DNA. / This study aimed at deepening the knowledge on the photoprotective effects of three Antarctic plant species – Deschampsia antarctica Desv., Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl., and Polytrichum juniperinum Hedw. We investigated the protective effect against UV-induced DNA damage in a permanent lung fibroblast cell line derived from Chinese hamsters (V79 cells), and in the snail Cantareus aspersus, using the comet assay. The protective, mutagenic, and antimutagenic profile of these extracts also was evaluated using haploid strains of Saccharomyces cerevisiae. At the concentration range employed, the extracts were not cytotoxic or mutagenic to S.cerevisiae. In addition, the treatment with these extracts enhanced survival, and decreased induced reverse, frameshift, and forward mutations in a dose-response manner in all UV-C doses employed a. In addition, they did not generate DNA strand breaks in V79 cells, and the treatment significantly decreased DNA damage induced by UVC. These extracts significantly decreased UVC-induced lipid peroxidation in V79 cells, showing a clear antioxidant property. Moreover, results of comet assay cells, employing Fpg, EndoIII, and Endo V endonuclease in these cells, demonstrated significant reduction of UVC-induced DNA damage, oxidative damage, and production of cyclobutane pyrimidine dimers after preincubation with these extracts. The treatment with all tested extracts were much less efficient against UVC-induced cytotoxicity in the yeast strain defective in photolyase as compared to the wild type strain, suggesting that this DNA repair pathway is stimulated by substances present in the extracts. In C. aspersus, the treatment was able to protect against UVC-induced damage. In conclusion, D. antarctica, C. quitensis, and P. juniperinum extracts present photoprotective properties, which can be attributed to molecules, such as flavonoids and carotenoids, which act as UV-sorbing molecules and as antioxidants, as well as stimulate DNA-repair processes.
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Solos e geomorfologia do leste da Península Warszewa, Ilha Rei George, Antártica marítima / Soils and geomorphology of the Eastern Warszawa Peninsula, King George Island, maritime AntarcticaBremer, Ulisses Franz January 2008 (has links)
No leste da península Warszawa, na ilha Rei George, pingüins da espécie Pygoscelis antarctica podem ser encontrados nidificando sobre costões rochosos, morainas baixas junto ao litoral, e terraços marinhos de segundo nível ou superiores. Deste modo, solos ornitogênicos derivados da atividade desses pingüins são em geral rasos, apresentando profundidade de fosfatização bem inferior aos solos ornitogênicos de pingüineiras de P. adeliae, que ocupam setores mais elevados da Área Antártica Especialmente Protegida Costa Ocidental da Baía do Almirantado (AAEP 128). Trabalhos de campo e de laboratório com solos ornitogênicos, entre a ponta Sphinx, na baía do Almirantado, e a ponta Telefon, no estreito Bransfield, permitiram diferenciá-los dos demais ecossistemas ornitogênicos da AAEP 128. O mosaico de aerofotos de pequeno formato tomadas em 2004 e a interpretação de uma imagem do satélite Quickbird, de 2006, permitiram a diferenciação e classificação geomorfológica da área de estudo. Estes produtos também possibilitaram delimitar as principais comunidades vegetais e estabelecer algumas relações geoecológicas, através da modelagem da radiação solar pela extensão Solar Analyst do programa ArcView 3.2a. As análises químicas de amostras de solo coletadas em perfis abertos no extremo sul da AAEP 128 apresentam valores de P extremamente elevados. Os teores de fósforo disponível extraíveis pelo extrator de Melich, atingem valores mais altos que os encontrados por Schaefer et al. (2004) em solos entre a ponta Thomas e a geleira Ecology, próximo da estação Arctowski, e por Michel et al. (2006), entre a geleira Ecology e a ponta Sphinx, próximo da estação Copacabana. Destacam-se os perfis P2 e P3, da ponta Telefon, com valores de 20054,5 mg dm-3 e 8667,9 mg dm-3 de P, respectivamente. Esses valores denotam a importante reatividade de soluções de lixiviados fosfáticos de guano em interação com substratos rochosos, quando estes se encontram crioturbados e, portanto, intensamente fraturados, e suscetíveis de percolarem soluções per descendum. Assim, tem-se a combinação do habitat de nidificação com a pouca profundidade dos solos permitindo que a matéria orgânica se acumule – mesmo que parte do material retorne ao mar por canais de escoamento superficial. Estes solos ornitogênicos de P. antarctica também demonstram valores muito elevados de Na trocável, fato que aponta para a influência marinha, ficando o solo exposto aos sprays salinos provenientes da arrebentação ou trazidos pelo vento. Nas pontas Uchatka e Demay, junto à angra Paradise, os sítios de nidificação antigos demonstram teores de P muito inferiores aos teores das pingüineiras atuais e, ainda que anômalos em relação a solos não ornitogênicos, mantêm a tendência de solos mais rasos, com exceção do perfil D5, o mais profundo e desenvolvido dentre todos. Os teores de P aí se comparam aos de solos de locais colonizados por P. adeliae. Nos solos das áreas de Arctowski e Copacabana, a acidificação promovida pelo intemperismo e pela cobertura vegetal das angiospermas Deschampsia antarctica e Colobanthus quitensis, muitas vezes associadas a briófitas, é capaz de promover abaixamento do pH (4,76-5,23) e forte solubilização de formas de Al para solução. A maior comunidade florística no leste da península Warszawa é a de liquens, sendo que úsneas do gênero Neuropogon ocupam 7,7% da área estudada. As áreas vegetadas predominam em locais onde os valores médios da radiação global são superiores à média geral. Apesar da importância desta flora, 88,1% da área do sul da AAEP128 caracteriza-se pela ausência ou escassez de cobertura vegetal. Isto se dá em razão do curto período de exposição dos terrenos que até recentemente estavam cobertos de gelo; em razão da concentração de animais em poucos pontos junto ao litoral; e, conseqüentemente, do pouco desenvolvimento dos solos. / On the eastern Warszawa Peninsula, King Georg Island, penguins (Pygoscelis antarctica) can be seen nesting on the rocky coasts, low moraines on the shoreline and second level, or higher, marine terraces. Thus, ornithogenic soils derived from these bird colonies are generally shallow, presenting phosphatization depth far lower than the ornithogenic soils of Pygoscelis adeliae rookeries, which occupy the higher grounds of the Antarctic Specially Protected Area Western Shore of Admiralty Bay (ASPA 128). Field work and laboratory analysis of ornithogenic soils, between Sphinx Point, inside Admiralty Bay, and Telefon Point, bordering the Bransfield strait, permitted the differentiation of these soils from other ASPA 128 ornithogenic ecosystems. A mosaic of small format aerial photographs taken in 2004, and the interpretation of a 2006 Quickbird satellite image allowed the contrast and geomorphologic classification of the study site. These products also made it possible to outline the main vegetation communities and establish some geoecological relations of the area by modeling the solar radiation using the Solar Analyst function on ArcView 3.2a software. Soil sample chemical analyses from the extreme southern sector of ASPA128 studied profiles presented exceptionally high values for P. Available Mehlich-1 extractable P concentrations reached higher values than those found by Schaefer et al. (2004) in the soils between Thomas Point and Ecology Glacier, near Arctowski Station, as well as those found by Michel et al. (2006), between Ecology Glacier and Sphinx Point, near Copacabana. From Telefon Point, P2 and P3 profiles are noteworthy, showing values for P of 20054.5 mg dm-3 and 8667.9 mg dm-3, respectfully. These values suggest an important reactivity of the phosphate lixiviated solutions of guano interacting with the rocky substrate, under cryoturbation and, thus, intensively fractured and vulnerable to percolation of per descendum solutions. In this way, combining rookery habitat with the shallow soils, permitting the organic matter to accumulate – even though part of the material returns to the sea through surface flow channels. These P. antarctica ornithogenic soils also show very high values of exchangeable Na, demonstrating a marine influence due to the exposure of the soil to the beach sea spray or blown inshore. At Uchatka and Demay points, around Paradise Cove, older rookeries present P concentrations a lot lower than the levels found at the current rookeries and, although anomalous to non-ornithogenic soils, maintaining the trend of shallower soils, with the exception of profile D5, the deepest and most developed of the whole dataset. P levels compare to soils of sites that were colonized by P. adeliae at the Arctowski and Copacabana sites. The acidification promoted by weathering and vegetation cover, mainly the angiosperms Deschampsia antarctica and Colobanthus quitensis, frequently associated to bryophytes, is capable of reducing the pH (4.76-5.23) and high solulability forms of Al for the solution. Lichens compose the largest community of flora on the eastern Warszawa Peninsula, in which usneas from the genus Neuropogon make up 7.7% in the studied area. The vegetated areas are predominant in places where the average global radiation values are above the general average. Despite the importance of this flora, 88.1% of the southern sector of the ASPA128 is absent or rare of having any vegetation. This is due to the short period of time in which these terrains, up until recently, were ice covered, concentrating rookery activity in a few sites on the coast, consequently not promoting soil development.
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O Turismo na área Antártica especialmente gerenciada Baía do AlmirantadoSantos, Maria Angela Reis dos January 2005 (has links)
Este trabalho analisa a atividade turística na Área Antártica Especialmente Gerenciada baía do Almirantado (AAEG), ilha Rei George, arquipélago Shetlands do Sul, através de levantamento realizado com turistas, guias e pessoal das estações científicas. A dissertação revisa o turismo no Ártico e na Antártica e, apesar das diferenças geográficas, a preocupação com a regulamentação, a proteção ambiental e o gerenciamento do espaço transnacional são preocupações presentes nas duas regiões. Os dados foram coletados por entrevistas e questionários. Aplicaram-se 144 questionários aos visitantes da estação polonesa Henryck Arctowski (62°10’S, 58°28’W) na temporada 2003/2004, a qual recebeu todos os turistas que entraram na AAEG naquele verão. Doze guias foram entrevistados e o pessoal da estação polonesa e da Estação Antártica Comandante Ferraz (Brasil, 62°05’S, 58°24’W) responderam 9 e 26 questionários, respectivamente. Desse levantamento foi possível obter o perfil, as expectativas e motivações do turista antártico. Nas entrevistas com guias observou-se que há preocupação com o rápido crescimento do turismo a partir da década de 1990. Além disso, as respostas do pessoal das duas estações demonstram que nem sempre as visitas são bem vindas, já que elas modificam a rotina e o trabalho dos pesquisadores. A AAEG, por estar na rota dos navios que deixam os portos do sul da América do Sul, principal ponto de partida para os que desejam visitar o continente, por ser de fácil acesso, por permitir ancoragens seguras e pela beleza paisagística, recebe aproximadamente 90% dos turistas antárticos. O levantamento revelou o predomínio de cidadãos norte americanos e alemães, entre esses um grande número de aposentados. A vida selvagem é a principal motivação para visitar a Antártica, revelando expectativas e motivações semelhantes a outros estudos já realizados no próprio continente e no arquipélago de Svalbard no Ártico. Os possíveis impactos da atividade turística que mais preocupam os especialistas são a ameaça à vida selvagem e os distúrbios causados às atividades dos pesquisadores nas estações científicas. A preocupação com o crescente número de turistas nessa que é uma das áreas mais remotas do planeta, aponta para a necessidade de aplicação de metodologias avaliadoras de impacto e de restrição ao turismo como a Limits of Acceptable Change (LAC), empregada juntamente com Recreational Opportunity Spectrum (ROS), já há muito tempo utilizada em parques nacionais dos EUA e Austrália.
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Diversidade de helmintos de Notothenia coriiceps Richardson, 1844 da Baía do Almirantado, Ilha do Rei George, AntárticaWunderlich, Alison Carlos [UNESP] 25 February 2011 (has links) (PDF)
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wunderlich_ac_me_botib.pdf: 566474 bytes, checksum: 0171c033f151c1c496f3c9115f005251 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / A busca por fatores que levam a variação na composição e estrutura das comunidades de parasitas é um ponto chave nos estudos de ecologia do parasitismo. O presente estudo teve como objetivos avaliar se a composição, estrutura e diversidade das comunidades componentes de helmintos de Notothenia coriiceps podem variar em termos locais e temporais na baía do Almirantado, Ilha Rei George, Península Antártica. Os peixes foram coletados em cincos locais diferentes denominados, Arctowiski, Ipanema, Punta Ullman, Refúgio I e Smok Point, totalizando 126 indivíduos. Após capturados, os peixes foram necropsiados e os parasitas encontrados foram coletados, quantificados, fixados e identificados. Todos os peixes foram infectados por pelo menos uma espécie de helminto parasita. Das 13 espécies de helmintos encontradas, cinco eram larvas (2 cestóides, 2 nematóides e 1 acantocéfalo) e oito adultos (5 digenéticos e 3 de acantocéfalos). As espécies dominantes e com as maiores intensidades em todos os locais foram adultos de Macvicaria georgiana e Aspersentis megarhynchus e cistacanto de Corynosoma sp., com destaque para os locais Arctowiski e Smok Point. As espécies Genolinea bowesi, Pseudoterranova sp., Contracaecum sp., Metacanthocephalus johnstoni e larvas de Tetraphyllidae apresentaram um padrão relativamente semelhante de infecção. A riqueza local variou de 9-11 taxa, seguidos por 13 e 11 no primeiro e segundo verão, enquanto que a riqueza de toda a baía (regional) atingiu 13 taxa. O índice de diversidade e equitabilidade tiveram pouca variação entre os locais, enquanto que para a baía (regional) e entre os anos praticamente não diferiu. As comunidades componentes com base na diversidade exibiram pouca variação entre as localidades estudadas demonstrando que as espécies de helmintos se distribuem quase igualmente na baía do Almirantado. Apesar da distância entre os locais... / The search for factors that lead to variation in composition and community structure of parasites is a key point in studies of the ecology of parasitism. This study aimed to evaluate the composition, structure and diversity of helminth communities components of Notothenia coriiceps may vary on a local and temporal in Admiralty Bay, King George Island, Antarctic Peninsula. Fish were collected at five different locations named as Arctowiski, Ipanema, Punta Ullman, Refuge I, and Smok Point, totaling 126 individuals. Once captured, fish were necropsied and the parasites found were collected, quantified, identified and fixed. All fish were infected with at least one species of helminth parasites. Of the 13 helminth species found, five were larvae (2 cestodes, 2 nematodes and 1 acanthocephalan) and eight adults (five digenean and three acanthocephalans). The dominant species and with greater intensities at all sites were adults of Macvicaria georgiana, Aspersentis megarhynchus and cistacanth of Corynosoma sp., with emphasis on Arctowiski and Smok Point places. The species G. bowersi, Pseudoterranova sp., Contracaecum sp., Metacanthocephalus johnstoni and Tetraphyllidae larvae showed a relatively similar pattern of infection. The local species richness ranged from 9-11 species, followed by 13 and 11 in the first and second summer, while the wealth of the entire bay (regional) species was 13. The diversity index and evenness had little variation among locations, while the bay (regional) and between the years virtually had no differences. Communities based on diversity components showed little variation among the areas studied, demonstrating that the helminth species are distributed almost equally in Admiralty Bay. Despite the distance between the sites have from 2 to 9 km, this does not influence this diversity, but to be a key factor for the variations in the levels of infection among... (Complete abstract click electronic access below)
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Determinação do conteúdo iônico em um testemunho de gelo antárticoMarques, Magdalena de Mello January 2012 (has links)
Esta dissertação apresenta os resultados das análises por cromatografia iônica do testemunho de gelo IC3 (85°59'S, 81°35'W), de 43,48 m de profundidade, coletado durante a travessia Chileno-Brasileira da Antártica ocorrida no verão de 2004/2005, entre o Polo Sul geográfico (90°S) e a estação chilena Parodi (80°10’S, 81°26’W). As amostras, com 2-3 cm de resolução, obtidas com a utilização do sistema de derretimento contínuo do Climate Change Institute (Universidade do Maine, EUA) foram analisadas utilizando um cromatógrafo Dionex DX-500. As concentrações mínimas e máximas, respectivamente, determinadas para os íons em estudo (nos 25 m superiores do testemunho) são 1,84 e 253,17 μg L-1 (Cl-); 12,16 e 201,17 μg L-1 (NO3-); 7,60 e 190,46 μg L-1 (SO42-); 2,15 e 50,31 μg L-1 (MS-, metanosulfonato, CH3SO3-); 1,34 e 147,22 μg L-1 (Na+); 0,28 e 10,41 μg L-1 (K+); 0,52 e 16,42 μg L-1 (Mg2+) e 0,66 e 29,60 μg L-1 (Ca2+). Estes dados estão de acordo com valores reportados na literatura para a área. A variabilidade do Cl- apresenta um padrão semelhante à de Na+, e a distribuição das razões Cl-/Na+ são maiores do que a razão destes íons na água do mar, sugerindo uma fonte adicional de Cl- a partir de HCl. Como esperado para a região central da Antártica, o registro de MS- não mostra sazonalidade. Este é também o comportamento do íon NO3-. O registro do testemunho de gelo IC-3 representa 48 ± 3 anos de acumulação (32,3 cm em equivalentes de água ano-1). / During the Austral summer of 2004/2005, several shallow cores were recovered by a Chilean-Brazilian traverse from the Geographic South Pole to the Parodi Chilean Station (80°18'S, 81°23'W). This dissertation discusses ion chromatography results of one of these cores, IC3 (85°59'S, 81°35'W), which was melted into discrete samples at 2-3 cm resolution using the Climate Change Institute, CCI, University of Maine (USA), continuous melting system and analyzed using a Dionex DX-500 Ion Chromatograph. The minimum and maximum ionic concentrations in the upper 25 m of the core are 1.84 , 253.17 μg L-1 (Cl-); 12.16 , 201.17 μg L-1 (NO3-); 7.60 , 190.46 μg L-1 (SO42-); 2.15 , 50.31 μg L-1 (MS-, methanesulfonate, CH3SO3-); 1.34 , 147.22 μg L-1 (Na+); 0.28 , 10.41 μg L-1 (K+); 0.52 , 16.42 μg L-1 (Mg2+) , 0.66 , 29.60 μg L-1 (Ca2+), which are in agreement with values reported in the literature for the area. Cl- variability exhibits a similar pattern to Na+, and the plotted Cl-/Na+ ratio, is higher than the seawater ratio of 1.8, suggesting an additional source of Cl- from HCl. As expected for central Antarctica, the MS- record showed no seasonality, and the same behavior was also presented by NO3- ion. The core was estimated to represent 48±3 years of accumulation (a 32.3 cm year-1 in water equivalent).
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Sensoriamento remoto da calota de gelo da ilha Renaud – AntárticaPetsch, Carina January 2014 (has links)
Esta dissertação realizou o levantamento e descreveu a glaciologia da calota de gelo da ilha Renaud, ao largo da Península Antártica, utilizando ferramentas de Sensoriamento Remoto. Para isso, foi estruturada uma base de dados geográficos com mapas de declividade, hipsometria, orientação das vertentes, direção de fluxo, delimitação das bacias de drenagem glacial, classificação temática e principais topônimos; foi aplicada a metodologia do GLIMS (Global Land Ice Measurements from Space) para avaliar a dinâmica da variação das frentes de geleiras no período 1986–2007. A base de dados utilizou o Antarctica Digital Database (ADD), o Radarsat Antarctic Mapping Project Digital Elevation Model - RAMP DEM, duas imagens do sensor TM do LANDSAT 5 de 18/fevereiro/1986 e 23/fevereiro/1997, e duas do sensor ETM+ do LANDSAT 7 de 07/março/2007 e de 27/setembro/1999, além de uma imagem do sensor ASTER de 13/abril/2004. Os dados de temperatura superficial estimada (TSE), obtida pela banda termal das imagens Landsat, foram validados a partir de informações da estação meteorológica Rothera (67°34'S, 68°08'W), localizada na ilha Adelaide, além da TSE de uma imagem ASTER para a ilha Renaud. Utilizou-se métodos supervisionados e não-supervisionados para a classificação temática, a partir da reflectância dos alvos e interpretação visual, permitindo diferenciar quatro classes (neve úmida, neve saturada, gelo sobreposto e mar). Para obtenção da linha de frente das geleiras, foi utilizada uma metodologia semiautomática e uma manual, com erro horizontal médio para a variação de 43 m. A metodologia utilizada para validação dos dados de TSE obtida na ilha Adelaide foi válida, considerando que a temperatura registrada pelo sensor remoto é, em média, 4°C mais baixa do que aquela na estação meteorológica Rothera. A classificação não supervisionada gerou resultados insatisfatórios, com dificuldade para delimitação da zona de gelo sobreposto. A classificação supervisionada usando o classificador MAXVER gerou resultados condizentes com a reflectância na banda 3 da imagem Landsat, e de acordo com a classificação visual. A delimitação das bacias de drenagem glacial foi realizada baseada nos diferentes produtos cartográficos, e por ordem de importância decrescente: imagem Landsat, direção de fluxo da geleira, curvas de nível e declividade. A área total da ilha Renaud é de 511 km², com 10 bacias de drenagem glacial com características similares, altitude máxima de 145 m e declividade máxima de 9%. Todas são geleiras de desprendimento (de maré), bacias simples com perfil longitudinal regular, sem cobertura de detritos na parte terminal. Considerando que somente a partir da imagem de satélite de 1999 foi possível analisar todas as bacias de drenagem glacial, o cálculo de expansão e retração total da calota de gelo se limitou à somente 13 anos (1986–1999). Então, neste período a massa de gelo da ilha Renaud perdeu aproximadamente 18 km², enquanto que o ganho total foi de somente 0,5 km², resultando numa perda líquida total de 17,5 km² (ou seja, uma perda de 3,4% da área total). As bacias glaciais que mais recuaram, nomeadas 1 e 9 e situadas na vertente norte e sudoeste da calota de gelo, respectivamente, perderam 4 km², cada uma, entre 1986 e 1999. / This dissertation surveyed and defined the glaciology of the Renaud Island ice cap, off the Antarctic Peninsula, using remote sensing tools. For this, it was created a geographical data base with slope, hypsometric, orientation of slopes, flow direction, glacial drainage basins limits, thematic classification and main place names. Using the GLIMS (Global Land Ice Measurements from Space) methodology, we evaluated the dynamics of glaciers front variations in the period 1986–2007. The database used the Antarctica Digital Database (ADD), Radarsat Antarctic Mapping Project Digital Elevation Model - RAMP DEM, two images of LANDSAT5 TM sensor obtained on 08/February/1986 and 23/February/1997, and other two from sensor LANDSAT 7 ETM+ from 07/March/2007 and 27/September/1999, and an ASTER sensor image from 13/April/2004. The estimated surface temperature (EST) data, obtained from the Landsat images thermal band, were validated using information from the Rothera (67°34’S, 68°08'W) weather station, located on Adelaide Island, and the EST derived from an ASTER image of the Renaud Island. We used supervised and unsupervised methods for the thematic classification, base on targets reflectance and visual interpretation, differentiating four classes (wet snow, saturated snow, superimposed ice and sea water). To obtain the glaciers front line, we used semiautomatic and manual methodologies, with an average horizontal error of 43 m. The methodology used to validate the EST data obtained on the Adelaide island is valid, considering that the temperature recorded by the remote sensor is on average 4°C lower than the Rothera weather station data. The unsupervised classification produced unsatisfactory results, being difficult to delimit the superimposed ice zone. The supervised classification using the MAXVER classifier generated results consistent with the Landsat image band 3 reflectance, and agreeing with the visual classification. The glacial drainage basins delimitation was performed based on different cartographic products, in decreasing order of importance: Landsat image, glacier flow direction, contour lines and slope. The total area of the Renaud Islandis 511 km², with 10 glacial drainage basins with similar characteristics, maximum altitude of 145 m and maximum slope of 9%. All are calving glaciers (tide water), simple basins with regular longitudinal profile, and without debris cover in their terminal parts. Whereas was possible to analyse all glacial basins only from 1999 onwards, it was possible to calculate the total ice cap advance or retreat only for 13 years (1986–1999). So, during this period the Renaud Island ice mass lost approximately 18 km², while the was overall gain of only 0.5 km², resulting in a total net decrease of 17.5 km² (i.e., a 3.4% total area loss). The largest losses (4 km² each) occurred in glacial basins named 1 and 9,on the ice cap northern and southwestern slopes, respectively, from 1986 to 1999.
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Delimitação de geoambientes na Península Potter, Ilha Rei George (Antártica Marítima), utilizando dados COSMO-SkyMed e QuickBird / Delineation of geoenvironments in Potter peninsula, King George Island (Maritime Antarctic) using COSMO-SkyMed and QuickBird dataAndrade, André Medeiros de January 2013 (has links)
O estudo desenvolvido nesta dissertação tem como objetivo delimitar e caracterizar os geoambientes da península Potter, Ilha Rei George, Antártica Marítima, utilizando dados de sensoriamento remoto provenientes dos satélites COSMO-SkyMed e QuickBird e técnicas de geoprocessamento. Foram utilizadas cinco imagens do satélite COSMO-SkyMed, uma imagem do satélite QuickBird e um modelo digital de elevação da área livre de gelo da península Potter. As imagens foram submetidas à normalização radiométrica, correção da geometria e nas imagens SAR fez-se a filtragem do ruído speckle. Através de interpretação visual, análise dos valores de retroespalhamento, e com o apoio das informações obtidas por meio de levantamento em campo realizado em fevereiro de 2012, foram delimitadas as zonas superficiais de neve e gelo, lagos e áreas úmidas nas imagens SAR. Os valores de retroespalhamento das zonas superficiais nas áreas de rocha e solo exposto não apresentaram diferenças significativas que possibilitassem a classificação. Através de uma análise multicritério e considerando as configurações geomorfológicas, distribuição da vegetação, suscetibilidade à ação eólica na superfície e as porções da superfície que recebem radiação solar considerada ideal ou que provoque saturação no desenvolvimento da vegetação, foram delimitados sete geoambientes na península Potter, sendo seis geoambientes nas áreas livres de gelo e o geoambiente da geleira Polar Club. Nas unidades geoambientais das áreas livres de gelo, são predominantes as feições geomorfológicas de terraços marinhos e morainas, a forma do terreno é convergente e côncava e a influência da suscetibilidade à ação eólica é pouca ou nenhuma. O mapeamento da península Potter por meio de unidades geoambientais possibilitou ampliar o conhecimento dos elementos superficiais que constituem esse ambiente. / This study aims to define and characterize the geoenvironments of Potter Peninsula, King George Island, Antarctic Maritime, using remote sensing data from COSMO-SkyMed and QuickBird, and GIS techniques. At total, five images acquired by COSMO-SkyMed satellite, one QuickBird image and a digital elevation model from the ice-free area of Potter Peninsula were used. The pre-processing of the imagery consisted of radiometric calibration, geometric correction and, for SAR images, speckle filtering. By means of visual interpretation, analysis of backscattering values, and with the use of field data collected in February 2012, the glacier facies of Polar Club glacier, lakes and wet areas of Potter Peninsula were classified. The backscattering of the rock areas did not show significant differences to enable the segmentation of classes. By using a multicriteria approach considering the geomorphology, vegetation distribution, wind influence on the surface, and influence of the solar radiation on the vegetation, seven geoenvironments were identified in Potter Peninsula, six of them in the ice-free areas and one geoenvironment in the Club Polar glacier. In the geoenvironments of the ice-free areas, geomorphological features like marine terraces and moraines are predominant, the configuration of the terrain is convergent and concave, and the influence of wind intensity is small or does not exist. The mapping of geoenvironments in Potter Peninsula allowed the increase in the knowledge about the surface elements that constitute this environment.
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