Spelling suggestions: "subject:"aquisição dde linguagem"" "subject:"aquisição dde 1inguagem""
271 |
A sensibilidade de bebês brasileiros a fronteiras de sintagma entoacional: a prosódia nas fases iniciais da aquisição da linguagemSilva, Ícaro Oliveira 21 March 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-02-04T12:41:11Z
No. of bitstreams: 1
icarooliveirasilva.pdf: 2457252 bytes, checksum: 1e1c4b59f224debb036eb8e9f3d42af6 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-02-05T11:08:24Z (GMT) No. of bitstreams: 1
icarooliveirasilva.pdf: 2457252 bytes, checksum: 1e1c4b59f224debb036eb8e9f3d42af6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-05T11:08:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
icarooliveirasilva.pdf: 2457252 bytes, checksum: 1e1c4b59f224debb036eb8e9f3d42af6 (MD5)
Previous issue date: 2014-03-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem como objetivos investigar se bebês brasileiros com idade média de treze meses são sensíveis às propriedades prosódicas que demarcam fronteiras de sintagma entoacional (I) na Fala Dirigida à Criança (FDC) e se as utilizam como pistas para a segmentação do continuum da fala. Assumimos a integração entre o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995 e posteriores) e o modelo do Bootstrapping Prosódico (MORGAN & DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997), conforme Corrêa (2006). Dada a possibilidade de relação entre os constituintes prosódicos e aqueles de natureza morfossintática, a pesquisa em questão é norteada pela hipótese de que as informações acústicas presentes nas fronteiras de constituintes prosódicos facilitam a segmentação da fala por crianças em processo de aquisição da linguagem, uma vez que há um mapeamento entre unidades prosódicas e unidades morfológicas e sintáticas, ainda que tal relação não seja isomórfica (NESPOR & VOGEL, 1986; GOUT, CHRISTOPHE & MORGAN, 2004). Assim, desenvolvemos duas atividades experimentais: O experimento 1 analisou quais são, na FDC, as informações acústicas que delimitam uma fronteira de I. O experimento 2 verificou, através da técnica do Olhar Preferencial, se os bebês brasileiros são capazes de perceber tais informações. Os resultados obtidos sugerem que essas propriedades suprassegmentais atuam como pistas que auxiliam os infantes a segmentar a cadeia da fala em unidades gramaticalmente significativas. / The present study aims at investigating whether thirteen-month-old Brazilian infants are sensitive to prosodic properties that demarcate intonational phrase (I) boundaries in the Infant Directed Speech (IDS) and use them as cues for the continuous speech segmentation. We assume the integration between the Minimalist Program (Chomsky 1995 and later) and the Prosodic Bootstrapping Model (MORGAN & DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al, 1997), in terms of Corrêa (2006). Given the possible relationship between prosodic and morphosyntactic constituents, our research is guided by the hypothesis that the acoustic information of prosodic boundaries facilitates speech segmentation by children acquiring language. We consider that there is a mapping between prosodic and morphological and syntactic units, although this relationship is not isomorphic (NESPOR & VOGEL, 1986; GOUT, CHRISTOPHE & MORGAN, 2004). Thus, we developed two experimental activities: Experiment 1 examined the acoustic information that delimit a I boundary in the IDS. Experiment 2 verified by the Visual Fixation Procedure whether Brazilian infants are able to perceive this information. The results suggest that these acoustical properties act as cues that help infants to segment the speech stream into grammatically meaningful units.
|
272 |
Aquisição da regra de assimilação de vozeamento em Português Brasileiro / The acquisition of the phonological process of voicing in Brazilian PortugueseCristiane Conceição Silva 26 March 2008 (has links)
O objetivo deste trabalho é analisar a aquisição do processo fonológico de vozeamento em português brasileiro. Para isso, foram analisados tanto dados naturalísticos de uma criança acompanhada longitudinalmente de 1;4 anos até 4;0 anos, quanto dados experimentais/latitudinais de 46 crianças de 2;0 anos até 4;1 anos. Foi investigada a aquisição de /s,z/ na posição de onset (estudo naturalístico) e também a aquisição de [s,z] nas posições de coda medial e final em ambos os estudos. Verificamos que o período de aquisição dos segmentos na coda foram tardios, se comparados com os períodos encontrados na literatura (Mezzomo, 2003). Por isso, analisamos, também, a aquisição desses segmentos de acordo com o contexto seguinte: pausa, surdo e sonoro. Observamos que o contexto sonoro foi o mais difícil para as crianças, já que a aquisição ocorreu por volta de 4;0 anos. Além disso, analisamos as estratégias utilizadas pelas crianças durante o processo de aquisição e encontramos um padrão relacionado à produção inicial do segmento [s] mesmo em contextos em que a produção deveria ser sonora. Foi feita uma comparação dos resultados obtidos no contexto sonoro dos dois estudos (naturalístico e experimental) com o trabalho de Newton & Wells (2002) que analisa os processos de assimilação, elisão e liaision e constatamos, a partir da análise das ocorrências de vozeamento correto, pausa e outras realizações que o processo de vozeamento não surge assim que a criança começa a produzir sentenças com duas palavras e não está adquirido até os 4;0 anos (última faixa etária analisada). A partir desses resultados, concluímos que o processo de vozeamento é uma regra fonológica a ser adquirida e não um fenômeno apenas fonético (como mostraram os autores). Dado que o processo de vozeamento é uma regra fonológica, concluímos que a análise lingüística, feita a respeito do processo de vozeamento na fala do adulto, está correta ao assumir que a forma subjacente para a regra de vozeamento é o [s], pois também nos dados infantis percebemos uma tendência das crianças em produzir fricativas surdas e evitar a produção de fricativas sonoras. / This research aimed at analyzing the acquisition of the phonological process of voicing in Brazilian Portuguese. To do so, naturalistic data, longitudinally collected from a child since she was 1;4 until she became 4;0, as well as experimental data, latitudinally collected from 46 children from the age 2;0 to the age 4;1, were analyzed. In addition, the acquisition of /s z/ in onset position and in medial and final coda position were investigated in both studies. We observed that the period of segment acquisition was later in comparison to the ones mentioned in the literature ( Mezzomo, 2003). Therefore we also analyzed the acquisition of /s z/, taking into account the following context, that is to say, what there is after them: a pause, a voiceless or a voiced segment. We noticed that the most difficult context for children was the one that contained a voiced segment, since the acquisition of /z/ in coda position occurred only at the age of 4;0. Besides, we analyzed the strategies used by children during the acquisition period of the voicing process and, as a result, we found a pattern in relation to the initial productions: children start producing [s] even when [z] is expected to be produced. We also compared the results that we obtained through the investigation of voiced contexts in both the naturalistic and the experimental studies to Newton and Wells (2002)\'s work, in which the processes of assimilation, elision and liaision are analyzed. Differently from their results, our research showed that the voicing process does not occur as soon as children start producing sentences with two words, since it is not still acquired until the age of 4;0 (the last period analyzed). Based on these results, we concluded that the voicing process is a phonological rule that must be learnt by children and, consequently, it is not a mere phonetic phenomenon, as pointed by the authors. Also based on our results, we concluded that the linguistic analysis done for the adult speech is right when it assumes that [s] the underlying form to which the voicing rule is applied, since we noticed a tendency for children to produce the voiceless fricative [s] and avoid its voiced counterpart [z].
|
273 |
Conhecimentos e habilidades morfológicas e de vocabulário na Educação Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental / Morphological and vocabulary knowledge and skills in kindergarten and in first years of elementary schoolJúlia Maria Migot 27 September 2013 (has links)
Nos últimos anos, os conhecimentos sobre a dimensão morfológica da língua começaram a ser investigados a partir da Psicologia Cognitiva a respeito de seu papel na aprendizagem da língua escrita como elemento importante na estruturação de significados das palavras. Esta dimensão enfoca os morfemas, as menores unidades de sentido da língua e as regras para a formação das palavras. Alguns estudos no Brasil confirmam que desde cedo a criança em processo de alfabetização possui algum conhecimento morfológico implícito, antes mesmo de tomar consciência de sua existência e que este contribui, de modo independente da consciência fonológica, para leitura e escrita. O objetivo desse estudo foi verificar as habilidades morfológicas no uso da linguagem oral em crianças da Educação Infantil (Infantil II) e do Ensino Fundamental (1º ano e 2º ano) e sua relação com vocabulário expressivo. Duas hipóteses orientam este estudo. A primeira diz respeito à existência de habilidades morfológicas implícitas anteriores ao processo de alfabetização, considerando os conhecimentos implícitos como as regularidades percebidas na língua oral, que antecedem o aprendizado explícito, elaborado e refletido destes mesmos conhecimentos. Outra hipótese se apoia no fato de que o aumento do vocabulário está relacionado diretamente com o aumento dessas habilidades e vice-versa. Realizamos um estudo de caráter transversal, com 24 alunos de Infantil II, 19 alunos do 1º ano e 21 alunos do 2° ano escolar de uma Escola Municipal de Educação Infantil e de uma Escola Estadual de Ensino Fundamental da cidade de São Paulo. A coleta de dados envolveu a aplicação do teste de vocabulário expressivo (ABFW Parte B Vocabulário) por meio do qual se avaliou tanto as palavras conhecidas, quanto as estratégias de substituição lexical; a Tarefa de Produção de Neologismo, com o propósito de avaliar a produção de palavras novas a partir de uma definição, sendo esperado o uso de estratégias de prefixação e sufixação e da Tarefa de Definição, com o propósito de avaliar a definição de palavras complexas (prefixadas e sufixadas), bem como o uso de estratégias de definição, conforme o grau de aproximação dos significados dicionarizados. Os resultados foram analisados em termos do efeito de série/idade sobre as variáveis avaliadas, referentes a vocabulário e morfologia, bem como as correlações entre as mesmas, em função do ano escolar. Encontramos como principais resultados evidências da ampliação de conhecimento morfológico em todos os anos escolares investigados, assim como o aumento do vocabulário expressivo. Nas tarefas de definição de palavras afixadas e de produção de neologismo os participantes se saíram melhor na manipulação dos itens que envolviam sufixo. Observamos que os conhecimentos de morfologia derivacional e de vocabulário estão significativa e positivamente correlacionados. Avançamos no estudo de como estas variáveis estão relacionadas de modo cada vez mais forte, conforme a ampliação da experiência escolar e de como a criança utiliza de modo produtivo seus conhecimentos linguísticos / In the last few years, knowledge about the morphological dimension of language began to be investigated by Cognitive Psychology concerning its role in the learning of written language as an important element in the structuration of word meanings. This dimension focuses on the morphemes, the smallest units of meaning in language and, on the rules for the formation of words. Some studies in Brazil have confirmed that the child in early literacy process has some implicit morphological knowledge, even before becoming aware of its existence and it contributes, independently of phonological awareness, to reading and writing. The aim of this study was to assess morphological abilities in oral language in children from Kindergarten (Infantil II) and Elementary school (1st year and 2nd year), its relation with expressive vocabulary. Two assumptions underpin this study. The first concerns the existence of implicit morphological skills prior to the literacy process, considering the implicit knowledge as perceived regularities in oral language, which predispose the explicit learning of linguistic knowledge. Another hypothesis is based on the fact that the increase of the vocabulary is directly related to the increase in such abilities and vice versa. We carried out a crosscutting study, with 24 students from Infant II, 19 students in the 1st year and 21 students of 2nd year school of public schools in the city of São Paulo. Data collection involved the application of expressive Vocabulary test (ABFW Part B -Vocabulary) by which we evaluate both the words known as the lexical substitution strategies; Neologism Production Task for the purpose of evaluating the production of new words, being expected to use of prefixing and suffixing\'s strategies, and a Word Definition Task with the purpose of evaluating the definition of complex words (prefixed and suffixed), as well as the use of strategies definition according to the degree of approximation of meanings. The results were analyzed in terms of the effect of grade / age on the variables, referring to vocabulary and morphology, as well as the correlations between them, depending on the school year. The main results found give evidence of expansion of morphological knowledge in all school years studied, as well as increasing the expressive vocabulary. In the Word Definition Task and in the Neologism Production Task, participants fared better in handling items involving suffix. We observed that the knowledge of derivational morphology and vocabulary are significantly and positively correlated. We advanced in the study of how these variables are related in an increasingly stronger as the expansion of the school experience and how the children use their language skills in a productive way
|
274 |
Percepção do pareamento entre prosódia e sintaxe por falantes do português brasileiroCosta, Gabriela Fernandes 03 December 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-04-28T14:32:53Z
No. of bitstreams: 1
gabrielafernandescosta.pdf: 1513724 bytes, checksum: d25cbe1111ae096e0f3028ea5955cd21 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-05-02T01:10:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1
gabrielafernandescosta.pdf: 1513724 bytes, checksum: d25cbe1111ae096e0f3028ea5955cd21 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-02T01:10:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
gabrielafernandescosta.pdf: 1513724 bytes, checksum: d25cbe1111ae096e0f3028ea5955cd21 (MD5)
Previous issue date: 2015-12-03 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O trabalho investiga como as pistas prosódicas são usadas por bebês, durante a
aquisição de língua, e por adultos e crianças, no processamento linguístico.
Particularmente, focaliza-se o pareamento entre fronteiras prosódicas e sintáticas, e em
que medida as primeiras são percebidas como pista para identificação das segundas. São
tomadas como base teórica a Fonologia Prosódica (NESPOR & VOGEL, 1986) e a
hipótese do Bootstrapping Prosódico (MORGAN e DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et
al., 1997; 2008). De modo a investigar a relação sintaxe-prosódia e o continuum
perceptual defendido pela hipótese do Bootstrapping Prosódico, foram realizados dois
experimentos: um com bebês e um com crianças de oito anos e adultos. Verificamos se
o contorno prosódico bem formado, aliado a uma unidade sintática, facilita o
reconhecimento de elementos na sentença. Os resultados do experimento com bebês
apontam para uma preferência pelos estímulos bem formados prosódica e
sintaticamente. Os resultados do experimento com adultos revelaram um efeito
significativo de congruência prosódia/sintática. Por outro lado, as crianças de 8 anos
reagiram aleatoriamente aos estímulos, o que sugere que elas não atentaram para o
contorno prosódico bem feito associado ao sintagma sintático, como fizeram os adultos. / This study aims how the prosodic cues are used by babies during the language
acquisition, and by adults and children during the language processes. Specially, the
pairing between prosodic and syntactic boundaries are focused, and to what extent
prosodic boundaries is perceived as cues for recognition of syntactic boundaries. The
Prosodic Phonologic (NESPOR & VOGEL, 1986) and the Prosodic Bootstrapping
(MORGAN e DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997; 2008) are used as
theoretical basis. To investigate the prosodic-syntax relationship and the perceptual
continuum holded by Prosodic Bootstrapping hypothesis, it was made two experiments:
with babies, 8-years-children and adults. It was verified if the well-formed prosodic
surround, combined with a syntactic unit, makes clause’s elements recognition easier.
The babies’ findings shows a preference for syntactic and prosodic well-formed stimuli.
The adults’ data, on one hand, reveals a relevant effect of syntactic/prosodic
congruence. The 8-years-children, on the other hand, had reacted to stimuli in a
randomly way, which suggests that those children did not pay attention to the wellformed
prosodic surround combined with the syntactic phrase, as was done by adults.
|
275 |
Nome e adjetivo na aquisição do português brasileiro: o uso da marca morfofonológica de gênero do adjetivo para o estabelecimento da referênciaCosta , Sônia Maria da 01 September 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-07-20T13:33:02Z
No. of bitstreams: 1
soniamariadacosta.pdf: 997637 bytes, checksum: aa42c0476e55556a62f413f620912986 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-22T15:18:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1
soniamariadacosta.pdf: 997637 bytes, checksum: aa42c0476e55556a62f413f620912986 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-22T15:18:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
soniamariadacosta.pdf: 997637 bytes, checksum: aa42c0476e55556a62f413f620912986 (MD5)
Previous issue date: 2011-09-01 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Neste estudo, de base experimental, focaliza-se a delimitação da categoria adjetivo por crianças adquirindo o Português Brasileiro (PB) como língua materna. Mais especificamente, investiga-se se traços formais de afixos flexionais de gênero de adjetivos e nomes são representados por crianças na faixa etária de 2-3 anos, de modo a permitir que elas os identifiquem na interface fônica e os interpretem na interface semântica para que, a partir da concordância, possam estabelecer a referência, à semelhança do que fazem os falantes adultos da língua. A pesquisa se fundamenta em uma teoria linguística que contemple o problema da aquisição da linguagem – particularmente a teoria de Princípios e Parâmetros, nos termos do Programa Minimalista (Chomsky, 1995; 1999 e obras posteriores) – e abordagens psicolinguísticas que considerem, como meios de desencadear a aquisição de uma língua: (i) o tratamento do sinal acústico da fala (bootstrapping fonológico: Morgan & Demuth, 1996; Christophe et al., 1997); (ii) a análise do material linguístico pela criança na aquisição de significado lexical (bootstrapping sintático: Gleitman, 1990). Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram realizados três experimentos: no primeiro, conduzido com adultos falantes nativos do PB e aprendizes do PB como L2, buscou-se verificar sua preferência ao associar o adjetivo ao nome em sentenças com duas estruturas sintáticas possíveis - referência ao Nome Sujeito (NS) ou ao Nome Objeto (NO): (1a) O pai abraçou o filho triste e (1b) A atriz beijou a cantora emocionada. No segundo, conduzido com crianças de 2-3 anos, investigou-se a sua capacidade de identificar a marca morfofonológica de gênero do adjetivo para associálo ao nome ao qual se refere em sentenças como: (2a) O papai abraçou a filhinha cansado e (2b) O filhinho olhou a mamãe nervosa. Em um terceiro experimento, conduzido com crianças da mesma faixa etária das do segundo, procurou-se verificar a preferência dessas crianças ao associar o adjetivo ao nome, em sentenças com duas estruturas sintáticas possíveis referência ao Nome Sujeito (NS) ou ao Nome Objeto
6
(NO): (3a) A mamãe olhou a filhinha assustada e (3b) O filhinho olhou o papai cansado. No primeiro experimento, assim como no terceiro, as sentenças, por apresentarem ambiguidade na adjunção do adjetivo ao NP objeto (NP2) ou ao NP sujeito (NP1), permitiam que esse atributo pudesse ser aposto localmente, ligando-se ao NP2, ou não-localmente, referindo-se ao NP1. Os resultados indicam que, com base nos princípios de Late Closure e Minimal Attachment (FRAZIER, 1979), a aposição local é a escolha de aposição default para essa estrutura, tanto por parte dos falantes adultos quanto por parte das crianças. Os resultados do segundo experimento indicam que crianças capazes de produzir enunciados com mais de duas palavras conseguem identificar, na interface fônica, informação relativa ao gênero de adjetivos, interpretando-a na interface semântica, para atribuir a propriedade expressa pelo adjetivo a um nome, estabelecendo, assim, a referência. / This dissertation, as an experimental study, focuses on the delimitation of adjective category by infants acquiring Brazilian Portuguese (BP) as their first language. It investigates if formal properties of gender inflection affixes of adjectives and nouns are represented by infants at the age of 2-3, enabling them to identify such features in the phonetic interface in order to interpret them in the semantic one, so that, starting from noun agreement, they can establish reference as well as adult speakers do. The research is based on a linguistic theory that considers the language acquisition problem – especially the Principles and Parameters Theory, in terms of the Minimalist Program (Chomsky, 1995-2001) – and psycholinguistic approaches that consider, as forms of bootstrap language acquisition: (i) the treatment of the acoustic signal of speech (phonological bootstrapping: Morgan & Demuth, 1996; Christophe et al., 1997); (ii) the analysis of linguistic material by infants in lexical meaning acquisition (syntactic bootstrapping: Gleitman, 1990). Three experimental tasks were carried out: the first one, involved native BP speakers and foreign adult speakers learning BP as a second language. It aimed to verify their preference in associating adjective to noun in sentences with two possible syntactic structures – reference to Subject Noun (SN) or to Object Noun (ON): (1a) O pai abraçou o filho triste and (1b) A atriz beijou a cantora emocionada. The second one, involving infants between 2-3 years of life, aimed to investigate their ability to identify the adjective‟s morphophonological feature of gender in order to associate it with the Noun to which it is referring in sentences such as: (2a) O papai abraçou a filhinha cansado and (2b) O filhinho olhou a mamãe nervosa. The third experiment involved infants at the same age of the second one and it aimed to verify their preference in associating the adjective with the noun in sentences with two possible syntactic structures – reference to Subject Noun (SN) or to Object Noun (ON): (3a) A mamãe olhou a filhinha assustada and (3b) O filhinho olhou o papai cansado. In the first and in the third experiments, sentences were ambiguous regarding the
8
adjunction of adjective to the NP-object (NP2) or to the NP-subject (NP1), allowing the attribute apposition to be local, associated with NP2, or non-local, associated with NP1. Results suggest that, based on the principles of Late closure and Minimal Attachment (FRAZIER, 1979), local apposition is the default choice to such structure, both for adult speakers and for infants. Second experiment results indicate that infants producing sentences with more than two words are able to identify, in phonetic interface, the information related to adjective gender and they are also able to interpret it in semantic interface in order to attribute the property expressed by adjective to a noun, therefore, establishing reference.
|
276 |
Avaliando as razões que levam ao aprendizado de uma segunda língua: os olhares do aluno e do professorVeloso, Rachel Prado Rodrigues 28 February 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-05-17T13:27:57Z
No. of bitstreams: 1
rachelpradorodriguesveloso.pdf: 902867 bytes, checksum: c7fb08f411a82fd349353e311e6c58ea (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-05-17T16:24:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1
rachelpradorodriguesveloso.pdf: 902867 bytes, checksum: c7fb08f411a82fd349353e311e6c58ea (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-17T16:24:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
rachelpradorodriguesveloso.pdf: 902867 bytes, checksum: c7fb08f411a82fd349353e311e6c58ea (MD5)
Previous issue date: 2014-02-28 / A educação é um processo contínuo, que ocorre ao longo do desenvolvimento humano (desde o nascimento até a morte). Qualquer processo sócio-educativo se dá de maneira interacionista, através de mediação simbólica e linguística. Assim sendo, a educação de adultos (também conhecida como andragogia) é parte integrante e necessária ao processo de desenvolvimento humano, exercendo papel transformador na vida do sujeito e no espaço social que esse sujeito ocupa. A inserção desse estudo em tal linha de pesquisa se deve ao fato dele avaliar questões que pertencem integralmente ao domínio da andragogia. A globalização nos faz interagir com diferentes mídias. São fontes de informação, redes sociais, jogos virtuais entre tantas outras opções que nos forçam a estar em constante contato com uma língua estrangeira. Além disso, saber um segundo idioma tornou-se praticamente obrigatório para conseguir uma boa posição no mercado de trabalho. Por esse motivo, é cada vez maior a procura por cursos de idiomas e, com o passar dos anos, vemos mais e mais instituições de ensino direcionadas para esse público com diferentes metodologias. A fim de compreender melhor o funcionamento do cérebro e a aquisição da linguagem, diversas pesquisas são realizadas em áreas multidisciplinares, como por exemplo, a Linguística e a Psicologia, tentando buscar respostas não apenas sobre o processo de aquisição da língua materna, como também sobre a aquisição de uma segunda língua. Nos deparamos frequentemente com diversas abordagens e estudos sobre a aquisição da linguagem e, consequentemente, da aquisição de segunda língua. Porém, independente da abordagem escolhida, a motivação pode ser essencial neste processo de ensino/aprendizagem da língua. Assim, o objetivo deste estudo é levantar reflexões sobre a motivação como condição necessária para a aprendizagem de Inglês como segunda língua analisando qualitativamente, por meio de entrevistas semi-estruturadas de acordo com o método fenomenológico, o perfil dos cursos particulares de Inglês como segunda língua, de seus professores e alunos, analisando sua visão do processo de ensino/aprendizagem em um curso especializado e quais características circundam tal ambiente. Espera-se ainda discutir até onde os vários conceitos de “fluência” e “proficiência” em uma determinada língua são validos, levando em conta a necessidade real do aprendiz. Por fim, presume-se que o presente trabalho venha trazer contribuições práticas nas quais se possam traçar estratégias de ação sobre o ensino/aprendizagem da Língua Inglesa como 2ª língua. / Education is a continuous process that occurs throughout the human development (from birth to death). Any socio-educative process takes interactionist way through symbolic and linguistic mediation. Thus, adult education (also known as andragogy) is integral and necessary to the process of human development, exercising transformative role in the life of the individual and the social space that subject occupies. The inclusion of this study in this line of investigation is because it fully evaluate issues that belong to the field of andragogy. Globalization makes us interact with different media. They are sources of information, social networks, virtual games among many other options that force us to be in constant contact with a foreign language. Also, knowing a second language has become almost compulsory to achieve a good position in the labor market. For this reason, it is increasing the demand for language courses and, over the years, we see more and more educational institutions targeted to that audience with different methodologies. In order to better understand the functioning of the brain and language acquisition, several researches are performed in multidisciplinary areas, such as Linguistics and Psychology, trying to find answers not only about the process of acquisition of the mother tongue, but also on the acquisition of a second language. We are often faced with various approaches and studies on language acquisition and, consequently, of second language acquisition. But regardless of the approach chosen, the motivation may be essential in the teaching / learning language process. It's also expected to discuss how valid the various concepts of "fluency" and "proficiency" in a certain language are, taking into account the real needs of the learner. Finally, it is assumed that this work will bring practical contributions in which they can strategize action on the teaching / learning of English as a 2nd language. The objective of this study is to raise reflections on motivation as a necessary condition to learn English as a second language by analyzing qualitatively through semi-structured interviews according to the phenomenological method, the profile of particular courses of English as a second language, its teachers and students, analyzing their view of the teaching / learning process in a specialized course and which characteristics surround that environment.
|
277 |
Relações entre desenvolvimento linguistico e neuromotor : a aquisição da duração no portugues brasileiroRossi, Aglael Juliana Aparecida Gama 25 July 2018 (has links)
Orientador: Eleonora Cavalcante Albano / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-25T07:55:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Rossi_AglaelJulianaAparecidaGama_D.pdf: 5116274 bytes, checksum: 18488b3860c0b7e29755becb163a4b3a (MD5)
Previous issue date: 1999 / Resumo: O trabalho apresenta uma discussão sobre as relações entre desenvolvimento lingüístico e neuromotor a partir do estudo da aquisição da duração no português brasileiro (PB). Ele parte de uma literatura que compara grupos de crianças de diferentes faixas etárias a um grupo controle de adultos para medidas de duração. As hipóteses encontradas para explicar os maiores valores de duração e a maior variabilidade na fala infantil referem-se a fatores neuromotores e estatísticos. Faz-se uma crítica aos experimentos dos estudos resenhados e persegue-se a hipótese de que, no PB, um fator lingüístico, o grau de acentuação do segmento acústico em função da posição por ele ocupada na palavra e na sentença, influencia a diferença encontrada entre adultos e crianças, para medidas de duração, isso porque, as crianças não reduzem os segmentos em posições não-acentuadas. Realizou-se um experimento no qual sentenças pronunciadas pela pesquisadora eram repetidas três vezes pelos sujeitos, tendo-se três pares formados por: criança de 4 anos e 1 mês (M) e pesquisadora; criança de 4 anos e 9 meses (E) e pesquisadora; e a professora delas (S) e a pesquisadora. Segmentos acústicos vocálicos, consonantais e do tamanho de sílabas foram demarcados para suas posições de acento nas palavras (pré-tônica, tônica e pós-tônica) e na sentença (início e final absolutos). Por meio de uma análise via teste t, os sujeitos dentro de cada par foram comparados para a média e o desvio-padrão das diferenças de duração de cada tipo de segmento acústico, em cada posição de acento. A hipótese a ser testada era se as médias das diferenças de duração entre os sujeitos de cada par seria estatisticamente igual a zero. Encontrou-se que a criança mais nova (M) já adquiriu a implementação do parâmetro de duração para a realização do acento, embora ainda não o tenha adquirido para os elementos não-acentuados que participam da construção das alternâncias rítmicas do PB. Já a criança E está muito próxima do padrão adulto para a duração de segmentos vocálicos, mas não para a duração de consoantes, sílabas e palavras. Quanto à variabilidade,embora M e E apresentem valores maiores de desvios-padrão, seus contornos de duração para os vários tipos de segmentos acústicos, nas várias posições de acento, não são díspares em relação àquele obtido para o par formado pelos adultos. Nos segmentos acústicos do tamanho de sílabas e palavras, há uma maior coordenação com sobreposição de gestos na fala adulta, levando, aparentemente, a uma maior coarticulação que na fala infantil. A partir da adoção de modelos dinâmicos, a maior variabilidade da fala infantil, na produção de segmentos acústicos vocálicos e consonantais, é vista como uma menor coordenação entre gestos articulatórios e uma menor freqüência de oscilação dos articuladores, que dificulta a produção de segmentos reduzidos e estáveis nas posições não-acentuadas. Propõe-se que as crianças estudadas possuem um oscilador para variações macrorrítmicas, provavelmente ao nível da sentença, do contorno duracional do PB, mas não para variações ao nível da sílaba, como é demonstrado pela menor coordenação e coarticulação entre os gestos articulatórios envolvidos em sua produção / Abstract: This work offers a discussion on the relationship between linguistic and neuromotor development, based on the study of the acquisition of duration in Brazilian Portuguese (BP). Many studies in the literature have shown that acoustic segment durations are more variable in young children's speech than in adults' speech. The hypotheses that have been advanced to explain this fact refer to neuromotor and statistical factors. Our work criticizes the experiments in the literature and proposes that, in BP, a linguistic factor, which combines stress status and position of the acoustic segment in the word and sentence, can influence the difference between adults' and children's duration measures, since children do not reduce acoustic segments in stressless positions as adults do. We ran an experiment in which sentences produced by the author were repeated three times by the subjects. The analyses made comparisons within and among three pairs of subjects, made up by the author and: one child of 4 years and 1 month (M), one child of 4 years and 9 months (E), and their teacher. The acoustic segments of each sentence, corresponding to vowels, consonants, syllables and words, were demarcated for its stress position in the word (pre-stressed, stressed and poststressed) and in the sentence (beginningand final). A statistical analysis via t test compared the subjects in each pair as to the mean and standard deviation of the differences in duration for each acoustic segment type in each stress position. The hypothesis to be tested was whether the mean of the differences in duration would be statistically equal to zero. We found that the younger child (M) had already acquired the duration parameter for the production of stress, but not for the production of acoustic segments in the stressless position. Child E's production is very similar to the adult's in relation to vowels, but not to consonants, syllables and words. Concerning variability, although the children present higher standard deviation values, their variability contours for the different kinds of acoustic segments in different stress positions are similar to the ones obtained for the adults. In syllables and words, a coordination with superimposed gestures was found to be. higher in the adults' speech than in the children's speech. We adopt dynamic models to explain the higher variability of the children's speech, mainly in the production of isolated acoustic segments, corresponding to vowels and consonants, in view of the lesser coordination among articulatory gestures and the lower oscillation frequency of the articulators, which prevents the production of reduced and stable acoustic segments in stressless positions. Also in line with dynamic models, we propose that the child production mechanisms studied here incorporate an oscillator which accounts for the greater variation in the acoustic duration contour of BP, probably at the level of the sentence, but not at lower leveI of the syllable, as shown by the lesser coordination and coarticulation among the articulatory gestures involved in their production / Doutorado / Doutor em Linguística
|
278 |
Aquisição da sintaxe da negação no portugues brasileiro como segunda lingua (L2)Fonseca, Hely Dutra Cabral da 02 April 2005 (has links)
Orientador: Mary A. Kato / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-04T02:22:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Fonseca_HelyDutraCabralda_D.pdf: 782415 bytes, checksum: 7c00b203c1269f345684826656a92078 (MD5)
Previous issue date: 2005 / Resumo: O objetivo desta tese é investigar a aquisição da sintaxe da negação no português brasileiro (PB) como segunda língua, por falantes adultos. O referencial teórico para sua realização é fornecido pela Teoria de Princípios e Parâmetros em seus desenvolvimentos mais recentes. Os dados, com acompanhamento longitudinal, foram coletados de estágios iniciais da fala de informantes adultos em processo de aquisição do PB. Um dos objetivos foi verificar como a aquisição da negação se dá, através da análise dos dados e pelo estudo das características relacionadas ao surgimento da posição da negação e da concordância negativa na L2. O acompanhamento da aquisição por falantes de línguas semelhantes ao português foi feito com o objetivo de testar se o estado inicial (S0) desses falantes era a L1, o que se confirmou. Percebemos que, no caso de falantes bilíngües, as estruturas das duas línguas envolvidas são utilizadas, através de um processo que confirma a hipótese de S0= L1. No caso de línguas que são [-CN], observou-se que houve uma substituição do parâmetro para a opção [+CN], com fases bem distintas. Concluímos que os falantes se apóiam na evidência do estatuto de Neg, em XP, para determinar a ausência de concordância negativa. A negação no núcleo indica possibilidade de concordância negativa nas línguas. Observou-se, também, que a ordem desenvolvimental constatada em um trabalho anterior, na aquisição do PB como L1, se repete, quando o PB é uma L2, indicando, assim, que a língua que está sendo adquirida impõe uma certa ordem na aquisição da negação / Abstract: The aim of this thesis is to investigate the acquisition of the syntax of negation in Brazilian Portuguese (BP), by adult learners. The theoretical background is provided by the recent development of the Principles and Parameters Theory. The data, with a longitudinal follow-up, were collected from the informants¿ initial stages in the acquisition process. One of the objectives of the present study was to find out how the acquisition of negation takes place, through the analysis of data and, through the study of characteristics related to the emergence of the negation position, as well as to the emergence of the negative concord (NC) in the L2. The follow-up of subjects whose L1s are similar to Portuguese was done with the aim of testing if those informants' initial state (S0) was their L1, what has been confirmed. We noticed that, in the case of bilingual informants, the structures of the two languages involved are used, in a process that validates the hypothesis of S0 = L1. In the case of languages that are [-NC], it was observed that there was a substitution of the parameter for the option [+NC], with well distinct phases. We conclude that the informants rely on the evidence of the Neg position, in XP, to determine the absence of the negative concord. Negation in the head position indicates possibility of negative concord in languages. It has also been observed, that the developmental order verified, in a previous paper, on the acquisition of Brazilian Portuguese as an L1 is confirmed when BP is an L2, thus indicating that the language being acquired imposes a certain order in the acquisition of negation / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
|
279 |
A comunicação da criança com transtorno do espectro autista / The communication of children with autism spectrum disorderRoza, Ana Paula, 1985- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Adriana Lia Friszman Laplane / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T08:21:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Roza_AnaPaula_M.pdf: 965809 bytes, checksum: db8ffb4f06a51ed5bb9ace124ddf7ad0 (MD5)
Previous issue date: 2014 / Resumo: A linguagem pode ser concebida como a ferramenta cognitiva que possibilita a constituição da pessoa, enquanto ser que pode agir, significar e transformar o mundo e a si próprio. Essa função, frequentemente, apresenta alterações ou atrasos em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), termo usado na quinta versão do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) para descrever crianças com dificuldades importantes em dois domínios do comportamento: 1) comunicação e interação social e 2) comportamentos e interesses restritos e estereotipados. De modo geral, as crianças com TEA são descritas como aquelas que apresentam importantes dificuldades em se engajar em atividades colaborativas, nas quais precisam compartilhar percepções em cenas de atenção conjunta. Essas dificuldades parecem afetar o engajamento social, a apropriação das práticas culturais humanas e a comunicação. Levando em conta a importância desses aspectos para o desenvolvimento infantil, o objetivo desta pesquisa é analisar a comunicação de um menino com TEA, a partir da observação dos modos como ele se engaja nas interações sociais e usa as funções superiores para se apropriar dos modos humanos de produzir significado. Durante as interações foram observados alguns recursos usados pela criança: estabelecer e manter atenção visual aos objetos e às pessoas; usar os gestos e a fala em interações diádicas e triádicas em cenas de atenção conjunta. Os dados foram coletados do prontuário institucional; das gravações em vídeo dos atendimentos clínicos da criança; e da entrevista com a mãe. As análises mostram que, apesar do menino apresentar interesses e motivações restritos, e por isso, participar de um modo limitado em muitas atividades esperadas para a sua idade, ele se engaja em atividades diádicas e triádicas, estabelece e mantém atenção conjunta, e participa de atividades com troca de turnos. Aprende a brincar com diversos materiais apresentados a ele durante os atendimentos, conferindo-lhes características simbólicas e culturais. Nessas atividades, ele atribui sentido aos objetos, pessoas e situações; se comunica através do choro, do grito, da birra, do sorriso, do olhar, dos gestos e da fala, expressando suas vontades ou informando algum fato ao outro. Além disso, as suas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento cultural podem ser ampliadas e potencializadas nas ocasiões em que os adultos investem na interação, na linguagem e no sentido das situações e das atividades propostas / Abstract: Language can be conceived as a cognitive tool that enables the constitution of the person, which can act, mean and transform the world and himself. This function often presents delays in children with Autism Spectrum Disorder (ASD), term used in the fifth version of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) to describe children with significant difficulties in two areas of behavior: 1) communication and social interaction; 2) stereotyped behaviors and restricted interests. In general, children with ASD are described as those with significant difficulties of engaging in collaborative activities in which they need to share perceptions in scenes of joint attention. These difficulties affect social engagement, cultural appropriation and communication. Given the importance of these aspects to child development, the goal of this research is to analyze the communication of a child with ASD, through the observation of the ways he engages in social interactions and uses higher mental functions to appropriate human ways of producing meaning. During the interactions some resources used by the child were observed: the child establishes and maintains visual attention towards objects and people; uses gestures and speaks in dyadic and triadic interactions in scenes of joint attention. The data were collected from institutional records; video recordings of clinical care of the child; and the interview with the mother. The analysis shows that, despite the child presents restricted interests and motivations, and therefore participates in a limited way in many activities expected for his age, he engages in dyadic and triadic activities, establishes and maintains joint attention, and participates in activities with intentional coordinated actions. He learns to play with various materials presented to him during the sessions, giving them symbolic and cultural features. In these activities, he ascribes meaning to objects, people and situations; communicates through crying, spelling and tantrums to protest, smiling, looking, using symbolic gestures and speech to express anything he wants or to inform the other about some fact. Moreover, his opportunities for cultural development and learning can be enhanced and leveraged on the occasions when adults engage in interaction, language and meaning involve in the situations and activities proposed / Mestrado / Interdisciplinaridade e Reabilitação / Mestra em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
|
280 |
O desenvolvimento gestual de uma criança ouvinte e outra deficiente auditiva : um estudo contrastivoMori, Cristiane Cagnoto 06 May 1994 (has links)
Orientador: Ester Mirian Scarpa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-19T07:09:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Mori_CristianeCagnoto_M.pdf: 6202662 bytes, checksum: b97eab536dcbe7a2c8e025a408755c58 (MD5)
Previous issue date: 1994 / Resumo: Este trabalho visa investigar contrastivamente os desenvolvimentos gestuais de uma criança ouvinte e outra deficiente auditiva, ambas filhas de pais ouvintes, e se insere numa abordagem sócio-construtivista de aquisição da linguagem. Foram estabelecidas três submetas a serem cumpridas: a) como se dá a transformação de um movimento em um gesto; b) qual a importância dos gestos e do discurso do outro na determinação deste processo; c) qual a função dos gestos da criança em seu processo de desenvolvimento de linguagem. Para alcançar estes objetivos, foram filmadas uma criança ouvinte (de 08m a 1a 6m) e outra deficiente auditiva (de 1a 3m 21d a 2a 4m 24d), perfazendo um total de 20 coletas com, aproximadamente, 30 minutos de duração cada uma.Foram realizadas dez coletas .com cada um dos sujeitos, mas somente com a criança ouvinte manteve-se inalterado o intervalo de um mês entre elas. Foram registrados momentos de interação entre a mãe ou um outro membro do respectivo círculo familiar e cada uma das crianças. Tendo em vista que se visava investigar o processo pelo qual as crianças desenvolveriam seus sistemas gestuais, o método de análise adotado foi o longitudinal observacional. Quanto ao sujeito ouvinte, a análise dos dados mostrou que, inicialmente, a criança apresenta movimentos generalizados que, após serem recortados e interpretados pelo discurso, do outro, transformam-se em gestos, indicativo, demonstrativo e representativo. Após passarem por variadas formas, os gestos se estabilizam e passam, a partir da interpretação adulta, a desempenhar diferentes funções e a participar do processo de constituição da contraparte oral da linguagem. Quanto ao sujeito deficiente auditivo, constatou-se que os interlocutores se utilizam de recursos comunicativos e demonstrativos visando obter, respectivamente, a ação e a atenção infantis. Os gestos indicativo, demonstrativo e representativo integram o repertório gestual desta criança e são concatenados entre si por ela, e pelos seus interlocutores, o que determina a construção de uma sintaxe gestual e demonstra que esta díade está privilegiando esta modalidade em suas interações, enquanto a oralidade fica circunscrita àqueles episódios originados em atendimentos fonoterápicos / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
|
Page generated in 0.1066 seconds