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Argumentação nas rodas de história: reflexões sobre a mediação docente na educação infantilNASCIMENTO, Bárbhara Elyzabeth Souza 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / CNPq / Neste estudo, buscamos investigar o trabalho de mediação de uma professora na
condução de rodas de história, com vistas ao desenvolvimento de habilidades
argumentativas de um grupo de crianças na última etapa da Educação Infantil. A
pesquisa explorou os possíveis caminhos para a atuação da professora enquanto
mediadora entre as crianças-ouvintes e os textos. Para isso, a docente foi solicitada a
planejar cinco sessões de roda de história com o foco no desenvolvimento das habilidades
argumentativas de seu grupo de crianças. Nos intervalos dessas sessões, ela também foi
convidada para participar de encontros de discussão, reflexão e análise de sua própria
prática. Tais encontros, mediados pela pesquisadora, ocorreram após cada uma das
sessões de roda de história e neles a professora era confrontada com sua prática,
assistindo a roda que havia conduzido e que estava registrada em vídeo. Assim como as
sessões de leitura com as crianças, tais encontros de discussão com a docente foram
videogravados e transcritos literalmente. A análise dos dados revelou que a professora era
conhecedora de boas obras literárias para as crianças e que sabia fazer escolhas de textos
com potencial argumentativo. Em todas as sessões também era perceptível seu
comprometimento com o planejamento da roda que incluíam várias atividades antes e
após a leitura dos livros para as crianças. No entanto, a docente não parecia conceber a
conversa sobre o texto como uma atividade que por si própria poderia colaborar para
construção de sentido e desenvolvimento de habilidades argumentativas. Na verdade,
conforme pudemos perceber, a conversa sobre as histórias lidas não fazia parte de sua
rotina com as crianças antes do início da pesquisa. Ao longo das sessões de leitura e
encontros de discussão e reflexão com a pesquisadora, a docente foi aos poucos
estabelecendo um tempo maior para conversar sobre os livros que lia. Apesar disso, no
que se refere às intervenções de caráter argumentativo, a professora tendeu apenas a
solicitar a opinião das crianças, sendo raras as vezes em que pedia justificativas ou
estimulava o confronto de opiniões, o que ao nosso ver, constituem intervenções
imprescindíveis para quem pretende promover a argumentação entre as crianças. Vale
ressaltar porém, que os encontros em que a docente era confrontada com sua prática,
revelaram-se importantes para aprimorar a capacidade crítica–reflexiva da professora.
Tais encontros também evidenciaram a necessidade de implementarmos uma formação
docente que priorize a reflexão sobre a prática e atribua à professora o papel de
pesquisadora no complexo processo de produzir metodologias para o seu trabalho
pedagógico com crianças pequenas.
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Educação alimentar: tecendo argumentos nas aulas de ciênciasMOTTA, Micheline Barbosa da 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Ressaltamos que a nova percepção da educação alimentar, entendida como multideterminada por aspectos como os sociais, históricos, culturais e ambientais, sendo ainda, uma ação consciente e voluntária, exige uma abordagem integradora das diversas áreas do saber, o que apresenta afinidades epistemológicas com as propostas atuais do ensino de ciências e as pesquisas em nutrição. Assim, a prática educativa do professor deve buscar desenvolver nos alunos o pensamento crítico e a conscientização sobre sua cultura e escolhas alimentares, sendo necessário ainda focar a atenção sobre a dinâmica discursiva pelo qual serão tratadas tais questões. Polemizar temas ligados ao cotidiano numa dinâmica discursiva não autoritária, em que o aluno seja instigado a expressar sua opinião, julgar, negociar pontos de vista, justificar respostas e elaborar conclusões, é caro à argumentação e não só pode favorecer o entendimento de conteúdos, como também, contribuir para a formação cidadã crítica do mesmo. Compreendendo o discurso como dialógico e heterogêneo, reconhecemos que sua construção se dá na relação com outro(s) discurso(s) e não se restringe a um tipo textual. Buscamos revelar como a argumentação aparece junto a outras sequências textuais e assim identificar quais práticas discursivas e educativas são construídas sobre a temática. Para isso realizamos videogravações e entrevista. Diante do cenário discursivo encontrado em nossa pesquisa, cujos arranjos argumentativos apresentavam precariamente o conhecimento científico, sendo orientados basicamente pela docente e assim fortemente monológico e de autoridade, além de versarem fundamentalmente sobre os aspectos biológico-nutricionais da alimentação, concluímos que a tessitura argumentativa produzida em sala de aula encontra-se distante do esperado atualmente pelos campos da educação em ciências e da nutrição. Possivelmente, tal contradição nega aos alunos a oportunidade de vivenciarem uma educação alimentar mais ampla e integrada, cuja abordagem colaboraria para desenvolver nos sujeitos uma postura mais consciente e responsável em relação aos efeitos da produção, do manejo e do consumo alimentar, não só para si, mas também, para vida em sociedade e a sustentabilidade planetária. Para tanto, fortalecer a base disciplinar da alimentação ao tempo em que se estabeleça o diálogo entre os diversos discursos sobre o tema, cria um espaço discursivo rico no qual os alunos poderão expressar livremente suas opiniões, confrontando-as com o saber científico, refletindo sobre os avanços e limites do mesmo, questionando certas verdades e assim analisando, de modo mais crítico, os múltiplos discursos que permeiam e determinam suas escolhas alimentares.
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Revisão de cartas de reclamação: reflexões sobre as modificações realizadas por criançasMaria Barros Lessa de Andrade, Renata 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Esta pesquisa buscou conhecer o que os alunos do 1° ano do 2° ciclo do Ensino Fundamental são capazes de revisar quando estimuladas a refletir sobre o gênero discursivo carta de reclamação a partir de uma sequência didática, e assim, contribuir para reflexão sobre o que os estudantes consideram relevante e o que são capazes de fazer no momento de revisar seus textos, o que poderá ser muito importante para fornecer informações aos docentes, que precisam auxiliar os alunos a aprender a escrever textos. Foram objetivos específicos do estudo: categorizar as marcas de revisão textual dos alunos na produção de cartas de reclamação, utilizando diferentes dimensões da textualidade (conteúdo, coesão textual, paragrafação, pontuação, ortografia, caligrafia e concordância); investigar os tipos de mudanças que são realizadas pelas crianças durante a revisão dos textos (exclusão, acréscimo, substituição, mudança de posição); e analisar se no processo de revisão textual as crianças modificam os textos quanto à dimensão argumentativa (retirando, acrescentando, substituindo ou mudando de posição, componentes como: indicação do objeto alvo de reclamação, justificativa para convencimento de que o objeto merece ser alvo de reclamação, indicação de sugestões de providências a serem tomadas; entre outros componentes das carta de reclamação). Participaram da pesquisa professoras e alunos de duas turmas de 1° ano do 2° ciclo de escolas da Rede Municipal de ensino da cidade do Recife. Para tal, os alunos foram levados a produzir uma carta de reclamação para o Prefeito da cidade do Recife reclamando sobre a situação precária dos brinquedos e das praças do bairro em que as escolas estão situadas, e realizaram mais três revisões desse texto, duas individuais e uma em que foram organizados em duplas de trabalho. Para compor nosso corpus de análise, foram selecionados 20 alunos, sendo 10 de cada turma. A análise se deu a partir da comparação entre as diferentes versões dos textos dessas crianças. Os resultados revelaram que grande maioria das mudanças realizadas nos textos dos alunos diz respeito ao conteúdo, sendo o acréscimo o tipo de modificação mais frequente. Quanto à dimensão argumentativa, evidenciamos que a maioria dos alunos retirou, acrescentou, substituíu e mudou de posição vários componentes argumentativos das carta de reclamação na tentativa de atender ao comando de produção textual e melhor defender seus direitos que não estavam sendo garantidos por quem tem o dever de assim o fazer. Nesse sentido, os momentos de revisão foram fundamentais para que os alunos em momentos posteriores à escrita de sua carta e em paralelo às atividades de apropriação do gênero a partir de uma sequência didática, elaborassem textos mais consistentes e coerentes à proposta
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR: TECENDO ARGUMENTOS NAS AULAS DE CIÊNCIASMOTTA, Micheline Barbosa da 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Ressaltamos que a nova percepção da educação alimentar, entendida como multideterminada por aspectos como os sociais, históricos, culturais e ambientais, sendo ainda, uma ação consciente e voluntária, exige uma abordagem integradora das diversas áreas do saber, o que apresenta afinidades epistemológicas com as propostas atuais do ensino de ciências e as pesquisas em nutrição. Assim, a prática educativa do professor deve buscar desenvolver nos alunos o pensamento crÃtico e a conscientização sobre sua cultura e escolhas alimentares, sendo necessário ainda focar a atenção sobre a dinâmica discursiva pelo qual serão tratadas tais questões. Polemizar temas ligados ao cotidiano numa dinâmica discursiva não autoritária, em que o aluno seja instigado a expressar sua opinião, julgar, negociar pontos de vista, justificar respostas e elaborar conclusões, é caro à argumentação e não só pode favorecer o entendimento de conteúdos, como também, contribuir para a formação cidadã crÃtica do mesmo. Compreendendo o discurso como dialógico e heterogêneo, reconhecemos que sua construção se dá na relação com outro(s) discurso(s) e não se restringe a um tipo textual. Buscamos revelar como a argumentação aparece junto a outras sequências textuais e assim identificar quais práticas discursivas e educativas são construÃdas sobre a temática. Para isso realizamos videogravações e entrevista. Diante do cenário discursivo encontrado em nossa pesquisa, cujos arranjos argumentativos apresentavam precariamente o conhecimento cientÃfico, sendo orientados basicamente pela docente e assim fortemente monológico e de autoridade, além de versarem fundamentalmente sobre os aspectos biológico-nutricionais da alimentação, concluÃmos que a tessitura argumentativa produzida em sala de aula encontra-se distante do esperado atualmente pelos campos da educação em ciências e da nutrição. Possivelmente, tal contradição nega aos alunos a oportunidade de vivenciarem uma educação alimentar mais ampla e integrada, cuja abordagem colaboraria para desenvolver nos sujeitos uma postura mais consciente e responsável em relação aos efeitos da produção, do manejo e do consumo alimentar, não só para si, mas também, para vida em sociedade e a sustentabilidade planetária. Para tanto, fortalecer a base disciplinar da alimentação ao tempo em que se estabeleça o diálogo entre os diversos discursos sobre o tema, cria um espaço discursivo rico no qual os alunos poderão expressar livremente suas opiniões, confrontando-as com o saber cientÃfico, refletindo sobre os avanços e limites do mesmo, questionando certas verdades e assim analisando, de modo mais crÃtico, os múltiplos discursos que permeiam e determinam suas escolhas alimentares
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Artigo de opinião: leitura e elaboração de resumos por crianças de 4ª sériedo Carmo Xavier de Lima, Maria January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Esta pesquisa teve como objetivos gerais analisar a capacidade de compreensão do gênero
artigo de opinião por alunos de 4ª série de escolas públicas e analisar as relações entre a
compreensão dos textos e a elaboração de resumos desse mesmo material. Os procedimentos
constaram da realização de atividades de leitura, resposta a questões de compreensão e
elaboração de resumos por 48 estudantes. Houve variação quanto à ordem de realização das
atividades e variação quanto aos tipos de perguntas (principais e secundárias). Foi verificado
que a maioria dos alunos não teve dificuldades em reconhecer os temas tratados nos textos.
Em relação à identificação dos pontos de vista dos autores, os alunos não apresentaram
dificuldades em reconhecer aqueles que representavam a idéia central em cada texto, embora
demonstrassem dificuldades para identificar outros pontos de vista que exigiam
conhecimentos prévios sobre características do gênero textual lido. A identificação das
justificativas dos autores também foi difícil para a maioria dos alunos. Em relação à atividade
de elaborar resumos, observou-se que os alunos utilizaram diferentes estratégias de
sumarização; no entanto, muitos deles produziram modelos textuais que não se
caracterizariam como resumos. As análises das relações entre as duas atividades mostraram
que muitos alunos que identificaram pontos de vista dos autores não os inseriram em seus
resumos, apontando para a conclusão que esses alunos não consideraram que tais informações
seriam relevantes para a construção dos resumos. Os dados revelaram também que não houve
efeito da elaboração de resumos sobre as respostas de compreensão, nem dessa atividade
sobre a elaboração de resumos. Dentre outras conclusões, evidencia-se a necessidade de um
estudo de intervenção para verificar se as relações entre elaboração de resumos e
compreensão de artigos de opinião tornam-se mais estreitas a partir de um ensino sistemático
desse gênero textual e de estratégias de construção de resumos
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A argumentação infantil e o contexto institucional de produçãoMaura Lima, Francisca January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O trabalho apresenta resultado de investigação que teve como objeto o diálogo que as
crianças estabelecem com as vozes presentes nos discursos da escola através de processos de
argumentação. A investigação foi feita através da análise de 128 textos de opinião produzidos
por crianças de 4ª série de uma escola particular e 2º ano do segundo ciclo de uma escola
pública municipal, ambas em Recife. Realizamos também a análise das oito aulas onde foram
produzidos os textos considerando todo o contexto de produção, procedimento indispensável
para a compreensão das estratégias de escrita dos alunos. Para fundamentar o trabalho,
assumimos a concepção de língua como interação proposta por Bakhtin (2002) e uma
concepção de argumentação que se situa na condição de mediadora da construção de pontos
de vista e de realidades. Discutimos os conceitos de polifonia e dialogia que contribuem para
compreender o processo de interação, assim como as questões relativas ao contexto de
produção a partir de Bronckart (2003), trazendo também outros autores que com ele dialogam
e trabalhos cujos resultados contribuem com nossa discussão. Os resultados indicam que as
crianças se relacionam com o contexto institucional de várias formas e que vários aspectos
nesse contexto influenciam na forma como as crianças constroem a argumentação e assumem
os pontos de vista. Também mostramos de forma pontual as marcas da instituição nos textos
das crianças e a forma com que contornam a voz institucional, quando discordam dela
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Alfabetização científica e argumentação escrita nas aulas de ciênciais naturais: pontos e contrapontosMarinho Rocha de Lira, Magadã 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Este trabalho apresenta resultado da investigação que teve como objeto a relação entre a
argumentação escrita e a alfabetização científica. A pesquisa foi realizada através da análise de
16 cartas argumentativas produzidas por crianças do segundo ano do ensino fundamental de uma
escola da rede particular de ensino da cidade do Recife. Na análise, quando necessário, traçamos
um paralelo entre momentos provenientes da argumentação oral e da escrita, buscando respaldar
nossas considerações a cerca do objeto investigado. Fundamentamos nosso trabalho na
concepção de língua como interação proposta por Bakhtin (2003) e concebemos a argumentação
como condução mediadora de pontos de vista, e por isso entendida como prática indispensável
nas aulas de ciências. A compreensão dos conhecimentos científicos sistematizados nestes
espaços perpassa o processo de alfabetização científica e assumem a argumentação como
poderosa ferramenta na construção do pensamento científico (CAPECCHI; CARVALHO, 2000).
Nas produções escritas dos alunos, identificamos os elementos constituintes da argumentação
segundo o modelo de Toulmin (2006 [1958]) e caracterizamos os indicadores da alfabetização
científica propostos por Sasseron (2008), entendidos como habilidades de ação e investigação na
construção do conhecimento. Os resultados indicam que a argumentação escrita, através de uma
reorganização e melhor sistematização das ideias, contribui substancialmente no processo de
alfabetização científica, e que, por isso, o trabalho com gêneros textuais argumentativos deve ser
uma prática constante nas aulas de ciências desde as séries iniciais do ensino fundamental
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Publicidade científica : um estudo do modo de organização do discurso argumentativo em revistas femininasGomes Carneiro Rosa, Aliete January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Este estudo situa-se nos domínios dos estudos da linguagem e analisa, mais
especificamente do ponto de vista da Análise de Discurso, as enunciações presentes em textos
de revistas femininas que geram argumentos com efeito de cientificidade. O corpus do
trabalho consta da análise de dezessete publicidades presentes em revistas femininas como
BOA FORMA, CLAUDIA, CRIATIVA, ESTILO, MARIE CLAIRE, NOVA e UMA que
circularam no ano de 2003. O trabalho se ancora nos estudos discursivos, argumentativos e
semiolingüísticos desenvolvidos por Charaudeau e Perelman que consideram a argumentação
uma forma de interagir no mundo organizando os atores sociais em trocas lingüísticas, o que
impõe uma forma de compreender os sujeitos, o modo de organização do discurso e a
natureza dos objetos do discurso
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Especificidades e relações entre o argumentar e o explicar no processo de constituição do conhecimentoPaula Monteiro Ferreira Ximenes, Ana 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Estudos sobre argumentação e explicação (tratadas ora isoladamente, ora como
atividades discursivas equivalentes) e constituição do conhecimento têm despertado, de
forma crescente, a atenção e empenho de lingüistas, psicólogos e educadores. As
ênfases prevalentes em tais estudos são, em geral, o contexto interativo, as práticas
discursivas e seus potenciais efeitos no processo de ensino-aprendizagem. Muito menos
freqüente, parece ser, entretanto, o esforço de conceituar os papéis privilegiados que
cada uma teria na construção do conhecimento em sala de aula. Consideramos que essa
aparente pouca ênfase nas especificidades desses discursos, deve-se, em parte, à
controvérsia existente, nos estudos da área, quanto à conceituação/delimitação do que
seria da ordem do argumentar e da ordem do explicar em produções linguageiras.
Seriam esses discursos complementares ou suficientemente divergentes, tendo funções
específicas na constituição do conhecimento? O presente estudo se justifica, por um
lado, ante a polêmica, acima referida, em torno da dificuldade de delimitação do que
seriam o argumentar e o explicar; por outro, ante a escassez observada de estudos, de
cunho psicológico, que investiguem conjuntamente, o impacto desses movimentos
discursivos no processo de constituição do conhecimento escolar. O objetivo da
pesquisa é, portanto, investigar o argumentar e o explicar em sala de aula, indagando
conceitual e empiricamente, sobre especificidades e relações possíveis entre esses
movimentos discursivos na constituição do conhecimento. A nossa hipótese é que o
eixo norteador na delimitação desses dois movimentos dialógicos é o conflito,
entendido numa perspectiva discursiva como mecanismo de desenvolvimento,
possibilitando eventualmente mudanças e a construção de conhecimentos, através da
deflagração de negociações de perspectivas na argumentação, e de sentidos na
explicação, nas quais discurso e cognição são indissociáveis. Outra hipótese do estudo é
que a explicação assumiria uma função retórica, à medida que permite compreender ou
explicitar perspectivas divergentes, tendo em vista a adesão ou convencimento dos
interlocutores, contribuindo com a argumentação no processo de construção de
conhecimento. Os dados analisados na investigação das hipóteses mencionadas fazem
parte do banco de dados do Núcleo de Pesquisa em Argumentação (NupArg) da UFPE e
consistem em videogravações de aulas regulares da disciplina de História em uma turma
do sexto ano de uma escola particular do Recife. A unidade de análise utilizada no
tratamento dos dados conjuga o modelo triádico de análise da argumentação, proposto
por Leitão (2000), e a elaboração, no presente estudo, de um modelo (análogo, inspirado
em Marková, 2006) para análise da explicação. A análise realizada é de natureza
eminentemente qualitativa com ênfase na busca de indícios microanalíticos (Góes,
2000) de processos de constituição do conhecimento na argumentação e na explicação.
Os resultados apontam na direção das hipóteses investigadas. Permite observar
empiricamente a emergência de novo conhecimento a partir do conflito, bem como, que
se postule a operação de funções lingüístico-cognitivas diferentes num e noutro casos, a
depender do contexto enunciativo a ser considerado na análise interpretativa
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Julgamento moral e argumentação : uma abordagem dialógica aos processos do desenvolvimento da moralidadePinho Souto, Ricardo 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Universidade Católica de Pernambuco / O presente trabalho investigou a constituição do julgamento moral e do desenvolvimento
moral em adolescentes submetidos à medida sócio-educativa. Situado no eixo linguagemcognição,
o objetivo principal da pesquisa foi relacionar processos de construção social de
conhecimentos no terreno moral com a argumentação, entendida como prática social.
Considerando a questão moral como problema desde os primeiros momentos da tradição do
pensamento filosófico, a atual investigação aborda a temática sob o prisma psicológico.
Nesse percurso, questões da ordem do desenvolvimento humano tornam-se centrais. Os
problemas desenvolvimentistas acerca da moral foram pioneiramente investigados por Jean
Piaget. Foi realizada revisão na teoria do desenvolvimento moral piagetiana. Em Piaget,
aspectos teóricos, metodológicos e analíticos mostraram-se relevantes para a presente tese.
Piaget pesquisa o desenvolvimento moral utilizando, entre outros recursos, respostas
oferecidas por crianças frente a dilemas morais. Piaget: encontra três estágios morais
principais: a) anomia moral; b) heteronomia moral; e c) autonomia moral. Na esteira do
pensamento de Piaget, desponta o referencial kohlberguiano e neo-kohlberguianol. Essas
pesquisas preservam o núcleo conceitual do paradigma cognitivista-desenvolvimentista: a
primazia da razão frente à moralidade e a universalidade dos valores. Foi percebido que
grande parte das pesquisas no âmbito do julgamento e desenvolvimento moral tem seu foco
na análise de produtos. A revisão do paradigma cognitivista assinalou para uma possível
exploração dos aspectos processuais envolvidos no discurso e raciocínio moral. Expõe-se e
critica-se a perspectiva denominada monologismo . O monologismo busca solução para as
questões da linguagem e da cognição pressupondo uma essencialidade para o sujeito e
uma objetividade para as categorias constituintes do mesmo. Em contraste, o dialogismo
concebe os problemas relacionados à comunicação, ao pensamento e à ação a partir de
uma interação fundamental estabelecida entre o sujeito e a alteridade. Nesse paradigma, os
fenômenos investigados não podem ser desatrelados do contexto de sua ocorrência. No
trânsito do paradigma monológico para o modelo dialógico, despontam as idéias do Círculo
bakhtiniano. A obra do soviético e colaboradores embasam a tese, fornecendo uma
concepção de ação moral: o ato em sua eventicidade; um modelo de gênese para o
psiquismo humano: a consciência enquanto realidade sociossemiótica; e uma visão de
linguagem: o discurso como produto verbo-axiológico. Levou-se a campo dilemas
hipotéticos com a finalidade de fazer emergir dilemas reais: vivenciados pelos adolescentes.
Assumiu-se o pressuposto que os dilemas reais são as principais fontes para o
entendimento do julgamento moral e desenvolvimento moral. Nas discussões dos dilemas, o
pesquisador fez uso de ações discursivas que visam a instaurar o discurso argumentativo. É
explorada a dimensão epistêmica da argumentação. O discurso argumentativo é de
natureza dialógica pressupõe o outro e dialética sempre considera movimentos
opositivos. Essas características possibilitam uma intensa negociação entre posições que,
no discurso, estão em desacordo. Foi feita uma micro-análise com dois objetivos: a) rastrear
processos de transformação de conhecimento; b) identificar a alteridade presente ao
discurso moral dos participantes. Esses objetivos foram alcançados satisfatoriamente. Na
última etapa, discute-se a importância da argumentação como mecanismo
desenvolvimentista para os processos do julgamento e desenvolvimento moral. Ao final,
ponderam-se os impactos dos resultados para o campo da educação moral
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