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Desenvolvimento, validação e aplicação de metodologia analítica em CLAE-UV para monitoramento terapêutico de metabólitos da azatioprina em pacientes com doença de CrohnRibeiro, Aline Corrêa 29 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-29 / Devido à importância que o sistema imune desempenha na doença de Crohn (DC), as tiopurinas são os imunomoduladores mais indicados na terapia. Entretanto, as tiopurinas, como a Azatioprina (AZA) e seus metabólitos intraeritrocitários, levam a uma série de reações adversas ou falha terapêutica, podendo ocasionar em não adesão ou abandono da terapia. A conversão da AZA para os nucleotídeos ativos de 6-tioguanina (6-TGN) é necessária para a eficácia clínica, entretanto, outro metabólito, a 6-metilmercaptopurina (6-MMP), é formado através de uma via concorrente pela tiopurina metil transferase e está relacionado à hepatotoxicidade. Devido à ampla variabilidade interindividual da tiopurina metil transferase e a uma faixa terapêutica estreita, torna-se importante a realização do monitoramento terapêutico do metabólito ativo 6-TGN e da 6-MMP. Neste trabalho, um método cromatográfico (CLAE/HPLC-UV) foi desenvolvido e validado para a quantificação dos metabólitos nos eritrócitos, envolvendo um procedimento de tratamento simples baseado na desproteinização por ácido perclórico seguido de hidrólise ácida e aquecimento para a conversão dos metabólitos em suas respectivas bases livres. A cromatografia foi realizada em coluna C18 (250 x 4,6 mm, 5 μm). A fase móvel consistiu em mistura de solução tampão fosfato de potássio (0,02 mol/L, pH = 3), acetonitrila e metanol, eluição por gradiente, num fluxo de 1,0 mL/minuto, com detecção de UV em 291 ηm e 342 ηm. Os tempos de retenção foram de 6,2 min (6-TGN); 23,1 min (6-MMP) e 24,7 min (cafeína: padrão interno). A resposta do detector foi linear na concentração de 0,89-29,91 μmol/L (r=0,999) para 6-TGN e entre 0,90-30,08 μmol/L (r=0,999) para 6-MMP. Os limites de detecção foram de 0,29 μmol/L e 0,30 μmol/L e os limites de quantificação foram de 0,89 μmol/L e 0,90 μmol/L, para 6-TGN e 6-MMP respectivamente. As médias das recuperações de 87,9% para 6-TGN e 91,9% para 6-MMP. Os CV da repetibilidade, de 5,48 e 10,48% (intradia) e 9,23 e 10,48% (interdia), enquanto os EPR da reprodutibilidade de 11,36 e 9,85% (intradia) e 10,48 e 7,32% (interdia) para 6-TGN e 6-MMP, respectivamente. As concentrações de 6-TGN e 6-MMP foram determinadas para todos os pacientes do estudo e os resultados encontrados variaram de 4,51 a 1515,27 ρmol/8 x 10⁸ eritrócitos para a 6-TGN e de 169,98 a 53951,53 ρmol/8 x 10⁸ eritrócitos para a 6-MMP. Observou-se uma correlação entre os pacientes em terapia combinada AZA e alopurinol e a diminuição da dosagem de AZA, consequentemente a diminuição significativa dos níveis de 6-MMP (2030,71 ρmol/8 x 10⁸ eritrócitos) em comparação com o grupo de pacientes sob monoterapia (9098,43 ρmol/8 x 10⁸ eritrócitos). Um outro achado foi a diminuição estatisticamente significativa da transaminase TGO/AST
(25,03 + 18,62 U/L) no grupo de pacientes que apresentavam a doença em atividade, com os níveis de 6-TGN a 540,51 ρmol/8 x 10⁸ eritrócitos e de 6-MMP a 7952,32 ρmol/8 x 10⁸ eritrócitos, semelhante a relatos anteriores da literatura. O método proposto de quantificação por CLAE-UV mostrou-se preciso, exato e reprodutível, podendo ser utilizado como uma importante ferramenta na rotina de monitorização terapêutica de pacientes com DC, permitindo a individualização da dose, o acompanhamento dos efeitos adversos relacionados com a terapia farmacológica, o monitoramento da adesão ao tratamento e a avaliação da evolução clínica do paciente. / The conversion of azathioprine (AZA) to active nucleotides of 6-thioguanine (6-TGN) is essential for clinical efficacy in Crohn's disease. However, other metabolite, 6-methylmercaptopurine (6-MMP), which is formed through a competitive pathway for thiopurine methyltransferase (TPMT), is related to hepatotoxicity of this drug. Due to the wide interindividual variability of TPMT and a narrow therapeutic range it is important to accomplish the therapeutic monitoring of active metabolite 6-TGN and 6-MMP, which is an unusual procedure in Brazil. In this study, a HPLC-UV method for simultaneous quantification of these metabolites was developed, validated and applied in 37 Crohn's disease patients. The chromatographic process was performed on C18 column (250 x 4.6 mm, 5 μm i.d.), mobile phase consisted of potassium phosphate buffer (0.02 mol/L, pH = 3), acetonitrile and methanol, flow rate at 1.0 ml/min and UV detection at 291 ηm and 342 ηm. Retention times were 6.2 min (6-TGN); 23.1 min (6-MMP) and 24.7 min (caffeine: internal standard). The detector response was linear at 0.89-29.91 μmol/L (r=0.999) for 6-TGN and 0.90-30.08 μmol/L (r=0.999) for 6-MMP. Limits of detection were 0.29 μmol/L and 0.30 μmol/L, while the quantification limits were 0.89 μmol/L and 0.90 μmol/L, for 6-TGN and 6-MMP respectively. Precision, accuracy and recovery, were according FDA and ANVISA guidelines. The concentrations of 6-TGN and 6-MMP were determined in patients’ blood and the results found ranged from 4.51 to 1515 ρmol/8 x 10⁸ erythrocytes for 6-TGN and from 169.98 to 53.951 ρmol/8 x 10⁸ erythrocytes for 6-MMP. It was observed a reduction of levels of 6-MMP in patients using AZA + allopurinol therapy (2030.7 ρmol/8 x 10⁸ erythrocytes) when compared with patients undergoing monotherapy (9098.43 ρmol/8 x 10⁸ erythrocytes). Another finding was the correlation between the decrease in GOT transaminase in the group of patients who had the active disease with the increase in the 6-TGN levels, similar to previous reports in the literature. These results indicate that the method developed was reliable, accurate and reproducible, and can be used as an important tool in the routine monitoring of patients with Crohn's disease, allowing the individualization of the dose, the monitoring of the adverse effects related to the pharmacological therapy, monitoring the adherence to the treatment and the evaluation of the clinical evolution of these patients.
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Efeitos da azatioprina e da transecção brônquica no aparelho mucociliar: estudo experimental em ratos / Effects of azathioprine on the mucociliary system in a model of bronchial transection and reanastomosis in ratsSaid, Marcelo Manzano 31 March 2005 (has links)
No laboratório de investigação médica da disciplina de Cirurgia Torácica do Departamento de Cardio-pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo vem sendo desenvolvida uma linha de pesquisa experimental sobre transplante pulmonar, visando elucidar os efeitos que a cirurgia sobre o brônquio e o uso de drogas imunossupressoras têm sobre o aparelho mucociliar. O presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos da azatioprina e da transecção brônquica sobre o aparelho mucociliar em ratos. Utilizamos 36 ratos machos da raça Wistar, não isogênicos, pesando de 200 a 250g, obtidos no biotério da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Todos os animais foram submetidos à anestesia geral, intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Em seguida foi realizada uma toracotomia esquerda com transecção e reanastomose do brônquio principal esquerdo. Por fim síntese do tórax e drenagem fechada, que era retirada quando o animal acordava. Os animais foram divididos em dois grupos: com administração de azatioprina e com administração de solução de salina. Eles foram sacrificados aos 7, 15 e 30 dias para retirada dos pulmões e árvore brônquica. O muco foi coletado do brônquio direito e esquerdo. Foi realizada a medida da velocidade do transporte mucociliar à direita e esquerda dos dois grupos e posterior análise das propriedades dos mucos através da medida da velocidade de transporte relativa no palato de rã e da medida do ângulo de contato. As medidas das variáveis dos brônquios direito e esquerdo com e sem azatioprina nos três tempos de avaliação foram submetidas ao teste de Análise de Variância de Duplo Fator. Nos resultados a velocidade do transporte à esquerda foi significativamente reduzida pela transecção brônquica quando comparada entre os grupos: mostrando-se pior aos 30 dias. A velocidade relativa e o ângulo de contato dos mucos coletados à esquerda mostraram com significado estatístico uma piora nas propriedades do muco pela transecção, pricipalmente aos 30 dias. Com a azatioprina e a transecção observamos piora na velocidade do transporte mucociliar significativa ao longo do tempo, maior aos sete dias e com uma progressiva melhora até os 30 dias. O estudo mostrou que a azatioprina não acarretou piora quando associada à transecção. Na presença de azatioprina houve melhora das propriedades do muco, tendo a velocidade do transporte relativo e o ângulo de contato melhora significativa ao longo do tempo. A azatioprina previne uma piora da qualidade do muco. Concluímos que a transecção brônquica piora o transporte mucociliar; a azatioprina preserva as propriedades do muco; a azatioprina piora o transporte até os sete dias; a azatioprina não interage com a transecção para a redução da velocidade do transporte mucociliar e para a piora do muco / At the Experimental Thoracic Surgery Laboratory, Department of Cardio-Pneumology , Department of Pathology, Experimental Air Pollution Laboratory, in the Medical School, São Paulo University, research in lung transplantation, administration of imunossupression drugs and their effects on the mucociliary system are carried out. We develop models of bronchial transeccion and reanastomosis, unilateral lung transplantation, mucociliary transport velocity and mucus transportability in rats, which allow us to observe the resulting alterations. The mechanisms involved in the impairment of the mucociliary function after lung transplantation and immunosuppression therapy are not yet completely understood. The purpose of the present study was to evaluate the effects of azathioprine on the mucociliary system in a model of bronchial transeccion and reanastomosis in rats. We used 36 rats, submitted to general anesthesia, tracheal tube, mechanical ventilation and left thoracotomy, followed by a left main stem bronchus transeccion and reanastomosis. The animals were separated into 2 groups that received or not azathioprine (AZA), and being sacrificed at 7, 15 and 30 days after the surgical procedure. In situ bronchial mucociliary transport (MCT) was determined distal to the anastomosis of the left main stem transected bronchus (LTB) and in the right intact bronchus (RIB). We also studied the surface properties of mucus by using in vitro mucus transportability with a frog palate preparation and mucus contact angle (mucus adhesively) collecting mucus from LTB and RIB. The measures obtained were submitted to statistical analysis. The results showed that the MCT velocity (mm/min) was significantly lower (p<0.01) in the LTB without the AZA administration compared with the RIB with or without AZA. At the LTB with AZA administration there was significant difference (p<0.05) at 7 days compared with the RIB with and without AZA and no significant difference at 15 and 30 days (p>0.05). Mucus in vitro transportability and adhesiveness showed the worst result at the LTB without AZA (p<0.05). In the group that received AZA on 30 days of LTB there was no significantly difference in mucus properties (p>0.05) compared with the RIB groups (with and without AZA). We concluded that AZA led to a temporary marked impairment of MCT, while this occurrence was maintained up to 30 days in the transected bronchus. In addition, AZA contributes to preventing alterations in the mucus surface properties
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Efeitos da azatioprina e da transecção brônquica no aparelho mucociliar: estudo experimental em ratos / Effects of azathioprine on the mucociliary system in a model of bronchial transection and reanastomosis in ratsMarcelo Manzano Said 31 March 2005 (has links)
No laboratório de investigação médica da disciplina de Cirurgia Torácica do Departamento de Cardio-pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo vem sendo desenvolvida uma linha de pesquisa experimental sobre transplante pulmonar, visando elucidar os efeitos que a cirurgia sobre o brônquio e o uso de drogas imunossupressoras têm sobre o aparelho mucociliar. O presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos da azatioprina e da transecção brônquica sobre o aparelho mucociliar em ratos. Utilizamos 36 ratos machos da raça Wistar, não isogênicos, pesando de 200 a 250g, obtidos no biotério da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Todos os animais foram submetidos à anestesia geral, intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Em seguida foi realizada uma toracotomia esquerda com transecção e reanastomose do brônquio principal esquerdo. Por fim síntese do tórax e drenagem fechada, que era retirada quando o animal acordava. Os animais foram divididos em dois grupos: com administração de azatioprina e com administração de solução de salina. Eles foram sacrificados aos 7, 15 e 30 dias para retirada dos pulmões e árvore brônquica. O muco foi coletado do brônquio direito e esquerdo. Foi realizada a medida da velocidade do transporte mucociliar à direita e esquerda dos dois grupos e posterior análise das propriedades dos mucos através da medida da velocidade de transporte relativa no palato de rã e da medida do ângulo de contato. As medidas das variáveis dos brônquios direito e esquerdo com e sem azatioprina nos três tempos de avaliação foram submetidas ao teste de Análise de Variância de Duplo Fator. Nos resultados a velocidade do transporte à esquerda foi significativamente reduzida pela transecção brônquica quando comparada entre os grupos: mostrando-se pior aos 30 dias. A velocidade relativa e o ângulo de contato dos mucos coletados à esquerda mostraram com significado estatístico uma piora nas propriedades do muco pela transecção, pricipalmente aos 30 dias. Com a azatioprina e a transecção observamos piora na velocidade do transporte mucociliar significativa ao longo do tempo, maior aos sete dias e com uma progressiva melhora até os 30 dias. O estudo mostrou que a azatioprina não acarretou piora quando associada à transecção. Na presença de azatioprina houve melhora das propriedades do muco, tendo a velocidade do transporte relativo e o ângulo de contato melhora significativa ao longo do tempo. A azatioprina previne uma piora da qualidade do muco. Concluímos que a transecção brônquica piora o transporte mucociliar; a azatioprina preserva as propriedades do muco; a azatioprina piora o transporte até os sete dias; a azatioprina não interage com a transecção para a redução da velocidade do transporte mucociliar e para a piora do muco / At the Experimental Thoracic Surgery Laboratory, Department of Cardio-Pneumology , Department of Pathology, Experimental Air Pollution Laboratory, in the Medical School, São Paulo University, research in lung transplantation, administration of imunossupression drugs and their effects on the mucociliary system are carried out. We develop models of bronchial transeccion and reanastomosis, unilateral lung transplantation, mucociliary transport velocity and mucus transportability in rats, which allow us to observe the resulting alterations. The mechanisms involved in the impairment of the mucociliary function after lung transplantation and immunosuppression therapy are not yet completely understood. The purpose of the present study was to evaluate the effects of azathioprine on the mucociliary system in a model of bronchial transeccion and reanastomosis in rats. We used 36 rats, submitted to general anesthesia, tracheal tube, mechanical ventilation and left thoracotomy, followed by a left main stem bronchus transeccion and reanastomosis. The animals were separated into 2 groups that received or not azathioprine (AZA), and being sacrificed at 7, 15 and 30 days after the surgical procedure. In situ bronchial mucociliary transport (MCT) was determined distal to the anastomosis of the left main stem transected bronchus (LTB) and in the right intact bronchus (RIB). We also studied the surface properties of mucus by using in vitro mucus transportability with a frog palate preparation and mucus contact angle (mucus adhesively) collecting mucus from LTB and RIB. The measures obtained were submitted to statistical analysis. The results showed that the MCT velocity (mm/min) was significantly lower (p<0.01) in the LTB without the AZA administration compared with the RIB with or without AZA. At the LTB with AZA administration there was significant difference (p<0.05) at 7 days compared with the RIB with and without AZA and no significant difference at 15 and 30 days (p>0.05). Mucus in vitro transportability and adhesiveness showed the worst result at the LTB without AZA (p<0.05). In the group that received AZA on 30 days of LTB there was no significantly difference in mucus properties (p>0.05) compared with the RIB groups (with and without AZA). We concluded that AZA led to a temporary marked impairment of MCT, while this occurrence was maintained up to 30 days in the transected bronchus. In addition, AZA contributes to preventing alterations in the mucus surface properties
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Efeito das drogas Dexametasona e Azatioprina na viabilidade, morfologia e comportamento migratório de células-tronco mesenquimaisSchneider, Natália January 2014 (has links)
Glicocorticoides e outras drogas imunossupressoras são comumente utilizados para o tratamento de condições inflamatórias, como as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Apesar dos avanços na terapia medicamentosa, a remissão da doença ainda é difícil de ser mantida. Devido às suas propriedades imunomodulatórias, as Células-Tronco Mesenquimais (MSCs – Mesenchymal Stem Cells) têm emergido como reguladoras da resposta imune, e sua viabilidade e propriedades migratórias são essenciais para o sucesso da terapia celular. Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos das drogas convencionalmente utilizadas no tratamento das DIIs no comportamento das MSCs. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade, a morfometria nuclear, a polaridade celular, a distribuição da actina-F e da FAK (Focal Adhesion Kinase), e o comportamento migratório das MSCs na presença das drogas Azatioprina (AZA) e Dexametasona (DEXA). As células foram isoladas de membranas coriônicas humanas e caracterizadas pela diferenciação em adipócitos e osteócitos, bem como pela expressão de um painel de marcadores de superfície. As MSCs foram previamente tratadas com AZA ou DEXA por 24h ou 7d nas concentrações de 1μM ou 10μM, respectivamente. Ambas as drogas não afetaram a viabilidade celular analisada por MTT (3-(4,5-dimethyltiazol-2-yl)-2,5- diphenyltetrazolium bromide) e morfometria nuclear. Entretanto, a análise do índice de polaridade resultou em uma morfologia mais alongada após o tratamento com AZA, enquanto células mais arredondadas foram observadas na presença de DEXA. Os filamentos de actina foram marcados por Rodamina-Faloidina e sua análise mostrou que a AZA preservou parcialmente a formação de lamelipódios e aumentou a presença de fibras de estresse ventrais, enquanto que a DEXA inibiu a formação de lamelipódios, evidenciou uma maior presença de fibras de estresse ventrais e diminuiu a estabilidade das protrusões de membrana, observadas em vídeo. Através da análise de microscopia de série temporal, foi observado que as células sob o efeito da AZA por 7d migraram por maiores distâncias e tiveram um aumento em sua velocidade de migração (24,35%; P < 0,05; n = 4), ao passo que a DEXA diminuiu a velocidade migratória em 24h e 7d (-28,69% e -25,37%, respectivamente; P < 0.05; n = 4) e diminuiu a distância alcançada pelas células. Em conclusão, nossos dados sugerem que as drogas AZA e DEXA podem afetar diferentemente a morfologia e o comportamento migratório das MSCs, possivelmente afetando o resultado da terapia celular. O protocolo de migração celular utilizado neste estudo foi estabelecido por nosso grupo de pesquisa, sendo que um artigo científico contendo todas as etapas do protocolo foi escrito para que outros laboratórios possam utilizá-lo de maneira simples e eficaz. / Glucocorticoids and other immunosuppressive drugs are commonly used to treat inflammatory disorders, such as Inflammatory Bowel Disease (IBD) and, despite few improvements, the remission of IBD is still difficult to maintain. Due to its immunomodulatory properties, Mesenchymal Stem Cells (MSCs) have emerged as regulators of immune response, and its viability and activation of migratory properties are essential for a successful cell therapy. However, little is known about the effects of immunosuppressant drugs used on IBD treatment on MSCs behavior. In this way, the aim of this study was to evaluate MSCs viability, nuclear morphometry, cell polarity, F-actin and FAK (Focal Adhesion Kinase) distribution and cell migration properties in the presence of the immunosuppressive drugs Azathioprine (AZA) or Dexamethasone (DEX). MSCs were isolated from human chorionic membranes and characterized through adipogenic and osteogenic differentiations, as well as a panel of surface markers. Cells were previously treated with AZA or DEX for 24 hrs or 7 days at 1μM and 10μM, respectively. Both drugs had no effects on cell viability analyzed through MTT (3-(4,5- dimethyltiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide) and nuclear morphometry. However, polarity index analysis showed that AZA treatment induced a more elongated cell shape while a greater presence of rounded cells was observed under DEX exposure. F-actin was stained by Rhodamine-Phalloidin and showed that AZA could partially preserve lamellipodia formation and increase the presence of ventral actin stress fibers, while DEX inhibited lamellipodia formation and increased the presence of ventral actin stress fibers while decreasing protrusion stability, observed in video. Through time-lapse microscopy, it was observed that after 7 days of treatment, AZA improved cell the spatial trajectory (ST) and increased migration speed (24.35%, P < 0.05, n = 4) while DEX impaired ST and migration speed after 24 hrs and 7 days treatment (- 28.69% and -25.37%, respectively; P < 0.05, n = 4). In conclusion our data suggests these immunosuppressive drugs can differently affect MSCs morphology and migration capacity, possibly impacting the success of cell therapy. The migration protocol used in this study was successfully established by our group, leading to the writing of a protocol paper to facilitate the usage of this technique by other laboratories in a simple and efficient manner.
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Apoptose de células inflamatórias e evolução clínica do Eritema Nodoso Hansênico: ensaio com AzatioprinaOLIVEIRA, Miguel Saraty de January 2008 (has links)
Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-09-29T14:05:36Z
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Previous issue date: 2008 / A hanseníase é uma doença crônica infecto-contagiosa, atingindo preferencialmente pele e nervos periféricos, interrompida por surtos reacionais, classificados como Tipo I ou reação reversa e a reação tipo II ou eritema nodoso hansênico, geralmente acompanhadas de neurite. Talidomida e prednisona são amplamente utilizadas no tratamento do ENH, mas nem sempre são plenamente eficazes, sendo necessária a investigação de outras medicações imunossupressoras para controle da reação. O fenômeno de apoptose de células inflamatórias ocorre na hanseníase e no ENH, havendo, porém poucos estudos correlacionando o fenômeno com melhora ou piora clínica do estado reacional. Este estudo objetiva descrever a ocorrência de apoptose de células inflamatórias e evolução clínica do eritema nodoso hansênico antes, durante e após o uso de azatioprina para tratamento do ENH. Os resultados obtidos com 07 pacientes incluídos no estudo evidenciam que a azatioprina é droga imunossupresora eficaz no tratamento de casos de ENH de difícil manejo. Esta pode induzir a remissão do ENH, assim como favorecer a diminuição da dose de corticoesteróides. O fenômeno de apoptose pôde ser documentado utilizando a imunomarcação com caspase 3 em todos os casos. Não houve variação considerada significativa entre o número de células evidenciadas com caspase 3 antes e após o tratamento com azatioprina.Não houve correlação considerada significativa entre o número de células evidenciadas com caspase 3 antes e após o tratamento com azatioprina e a melhora clínica apresentada pelos pacientes. / Leprosy is a chronic infectious and contagious disease, affecting mainly skin and peripheral nerves, interrupted by outbreaks reaction, classified as Type I or reverse reaction and the reaction type II or erythema nodosum leprosum, usually accompanied by neuritis.Thalidomide and prednisone are widely used in treat ENL, but are not always fully effective, it needs to be investigate other immunosuppressive drugs to control the reaction. The phenomenon of apoptosis of inflammatory cells occurs in leprosy and ENL, but few studies correlating the phenomenon with clinical improvement or worsening of the ENL reaction are available. This report describes the occurrence of apoptosis of inflammatory cells and clinical progression of erythema nodosum leprosum before, during and after the use of azathioprine to treat ENL. The results obtained with 07 patients enrolled in the study indicate that the drug, azathioprine, is effective in treating cases of ENL difficult to treat. This drug may induce remission of ENL, as well as to further decrease the dose of prednisone in use.The phenomenon of apoptosis could be documented using the immunogold with caspase 3 in all cases. There was no significant variation seen between the number of cells highlighted with caspase 3 before and after treatment with azatioprina.No significant correlation between the number of cells highlighted with caspase 3 before and after treatment with azathioprine and clinical improvement shown could be demonstrated.
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Efeito das drogas Dexametasona e Azatioprina na viabilidade, morfologia e comportamento migratório de células-tronco mesenquimaisSchneider, Natália January 2014 (has links)
Glicocorticoides e outras drogas imunossupressoras são comumente utilizados para o tratamento de condições inflamatórias, como as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Apesar dos avanços na terapia medicamentosa, a remissão da doença ainda é difícil de ser mantida. Devido às suas propriedades imunomodulatórias, as Células-Tronco Mesenquimais (MSCs – Mesenchymal Stem Cells) têm emergido como reguladoras da resposta imune, e sua viabilidade e propriedades migratórias são essenciais para o sucesso da terapia celular. Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos das drogas convencionalmente utilizadas no tratamento das DIIs no comportamento das MSCs. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade, a morfometria nuclear, a polaridade celular, a distribuição da actina-F e da FAK (Focal Adhesion Kinase), e o comportamento migratório das MSCs na presença das drogas Azatioprina (AZA) e Dexametasona (DEXA). As células foram isoladas de membranas coriônicas humanas e caracterizadas pela diferenciação em adipócitos e osteócitos, bem como pela expressão de um painel de marcadores de superfície. As MSCs foram previamente tratadas com AZA ou DEXA por 24h ou 7d nas concentrações de 1μM ou 10μM, respectivamente. Ambas as drogas não afetaram a viabilidade celular analisada por MTT (3-(4,5-dimethyltiazol-2-yl)-2,5- diphenyltetrazolium bromide) e morfometria nuclear. Entretanto, a análise do índice de polaridade resultou em uma morfologia mais alongada após o tratamento com AZA, enquanto células mais arredondadas foram observadas na presença de DEXA. Os filamentos de actina foram marcados por Rodamina-Faloidina e sua análise mostrou que a AZA preservou parcialmente a formação de lamelipódios e aumentou a presença de fibras de estresse ventrais, enquanto que a DEXA inibiu a formação de lamelipódios, evidenciou uma maior presença de fibras de estresse ventrais e diminuiu a estabilidade das protrusões de membrana, observadas em vídeo. Através da análise de microscopia de série temporal, foi observado que as células sob o efeito da AZA por 7d migraram por maiores distâncias e tiveram um aumento em sua velocidade de migração (24,35%; P < 0,05; n = 4), ao passo que a DEXA diminuiu a velocidade migratória em 24h e 7d (-28,69% e -25,37%, respectivamente; P < 0.05; n = 4) e diminuiu a distância alcançada pelas células. Em conclusão, nossos dados sugerem que as drogas AZA e DEXA podem afetar diferentemente a morfologia e o comportamento migratório das MSCs, possivelmente afetando o resultado da terapia celular. O protocolo de migração celular utilizado neste estudo foi estabelecido por nosso grupo de pesquisa, sendo que um artigo científico contendo todas as etapas do protocolo foi escrito para que outros laboratórios possam utilizá-lo de maneira simples e eficaz. / Glucocorticoids and other immunosuppressive drugs are commonly used to treat inflammatory disorders, such as Inflammatory Bowel Disease (IBD) and, despite few improvements, the remission of IBD is still difficult to maintain. Due to its immunomodulatory properties, Mesenchymal Stem Cells (MSCs) have emerged as regulators of immune response, and its viability and activation of migratory properties are essential for a successful cell therapy. However, little is known about the effects of immunosuppressant drugs used on IBD treatment on MSCs behavior. In this way, the aim of this study was to evaluate MSCs viability, nuclear morphometry, cell polarity, F-actin and FAK (Focal Adhesion Kinase) distribution and cell migration properties in the presence of the immunosuppressive drugs Azathioprine (AZA) or Dexamethasone (DEX). MSCs were isolated from human chorionic membranes and characterized through adipogenic and osteogenic differentiations, as well as a panel of surface markers. Cells were previously treated with AZA or DEX for 24 hrs or 7 days at 1μM and 10μM, respectively. Both drugs had no effects on cell viability analyzed through MTT (3-(4,5- dimethyltiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide) and nuclear morphometry. However, polarity index analysis showed that AZA treatment induced a more elongated cell shape while a greater presence of rounded cells was observed under DEX exposure. F-actin was stained by Rhodamine-Phalloidin and showed that AZA could partially preserve lamellipodia formation and increase the presence of ventral actin stress fibers, while DEX inhibited lamellipodia formation and increased the presence of ventral actin stress fibers while decreasing protrusion stability, observed in video. Through time-lapse microscopy, it was observed that after 7 days of treatment, AZA improved cell the spatial trajectory (ST) and increased migration speed (24.35%, P < 0.05, n = 4) while DEX impaired ST and migration speed after 24 hrs and 7 days treatment (- 28.69% and -25.37%, respectively; P < 0.05, n = 4). In conclusion our data suggests these immunosuppressive drugs can differently affect MSCs morphology and migration capacity, possibly impacting the success of cell therapy. The migration protocol used in this study was successfully established by our group, leading to the writing of a protocol paper to facilitate the usage of this technique by other laboratories in a simple and efficient manner.
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Efeito das drogas Dexametasona e Azatioprina na viabilidade, morfologia e comportamento migratório de células-tronco mesenquimaisSchneider, Natália January 2014 (has links)
Glicocorticoides e outras drogas imunossupressoras são comumente utilizados para o tratamento de condições inflamatórias, como as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Apesar dos avanços na terapia medicamentosa, a remissão da doença ainda é difícil de ser mantida. Devido às suas propriedades imunomodulatórias, as Células-Tronco Mesenquimais (MSCs – Mesenchymal Stem Cells) têm emergido como reguladoras da resposta imune, e sua viabilidade e propriedades migratórias são essenciais para o sucesso da terapia celular. Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos das drogas convencionalmente utilizadas no tratamento das DIIs no comportamento das MSCs. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade, a morfometria nuclear, a polaridade celular, a distribuição da actina-F e da FAK (Focal Adhesion Kinase), e o comportamento migratório das MSCs na presença das drogas Azatioprina (AZA) e Dexametasona (DEXA). As células foram isoladas de membranas coriônicas humanas e caracterizadas pela diferenciação em adipócitos e osteócitos, bem como pela expressão de um painel de marcadores de superfície. As MSCs foram previamente tratadas com AZA ou DEXA por 24h ou 7d nas concentrações de 1μM ou 10μM, respectivamente. Ambas as drogas não afetaram a viabilidade celular analisada por MTT (3-(4,5-dimethyltiazol-2-yl)-2,5- diphenyltetrazolium bromide) e morfometria nuclear. Entretanto, a análise do índice de polaridade resultou em uma morfologia mais alongada após o tratamento com AZA, enquanto células mais arredondadas foram observadas na presença de DEXA. Os filamentos de actina foram marcados por Rodamina-Faloidina e sua análise mostrou que a AZA preservou parcialmente a formação de lamelipódios e aumentou a presença de fibras de estresse ventrais, enquanto que a DEXA inibiu a formação de lamelipódios, evidenciou uma maior presença de fibras de estresse ventrais e diminuiu a estabilidade das protrusões de membrana, observadas em vídeo. Através da análise de microscopia de série temporal, foi observado que as células sob o efeito da AZA por 7d migraram por maiores distâncias e tiveram um aumento em sua velocidade de migração (24,35%; P < 0,05; n = 4), ao passo que a DEXA diminuiu a velocidade migratória em 24h e 7d (-28,69% e -25,37%, respectivamente; P < 0.05; n = 4) e diminuiu a distância alcançada pelas células. Em conclusão, nossos dados sugerem que as drogas AZA e DEXA podem afetar diferentemente a morfologia e o comportamento migratório das MSCs, possivelmente afetando o resultado da terapia celular. O protocolo de migração celular utilizado neste estudo foi estabelecido por nosso grupo de pesquisa, sendo que um artigo científico contendo todas as etapas do protocolo foi escrito para que outros laboratórios possam utilizá-lo de maneira simples e eficaz. / Glucocorticoids and other immunosuppressive drugs are commonly used to treat inflammatory disorders, such as Inflammatory Bowel Disease (IBD) and, despite few improvements, the remission of IBD is still difficult to maintain. Due to its immunomodulatory properties, Mesenchymal Stem Cells (MSCs) have emerged as regulators of immune response, and its viability and activation of migratory properties are essential for a successful cell therapy. However, little is known about the effects of immunosuppressant drugs used on IBD treatment on MSCs behavior. In this way, the aim of this study was to evaluate MSCs viability, nuclear morphometry, cell polarity, F-actin and FAK (Focal Adhesion Kinase) distribution and cell migration properties in the presence of the immunosuppressive drugs Azathioprine (AZA) or Dexamethasone (DEX). MSCs were isolated from human chorionic membranes and characterized through adipogenic and osteogenic differentiations, as well as a panel of surface markers. Cells were previously treated with AZA or DEX for 24 hrs or 7 days at 1μM and 10μM, respectively. Both drugs had no effects on cell viability analyzed through MTT (3-(4,5- dimethyltiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide) and nuclear morphometry. However, polarity index analysis showed that AZA treatment induced a more elongated cell shape while a greater presence of rounded cells was observed under DEX exposure. F-actin was stained by Rhodamine-Phalloidin and showed that AZA could partially preserve lamellipodia formation and increase the presence of ventral actin stress fibers, while DEX inhibited lamellipodia formation and increased the presence of ventral actin stress fibers while decreasing protrusion stability, observed in video. Through time-lapse microscopy, it was observed that after 7 days of treatment, AZA improved cell the spatial trajectory (ST) and increased migration speed (24.35%, P < 0.05, n = 4) while DEX impaired ST and migration speed after 24 hrs and 7 days treatment (- 28.69% and -25.37%, respectively; P < 0.05, n = 4). In conclusion our data suggests these immunosuppressive drugs can differently affect MSCs morphology and migration capacity, possibly impacting the success of cell therapy. The migration protocol used in this study was successfully established by our group, leading to the writing of a protocol paper to facilitate the usage of this technique by other laboratories in a simple and efficient manner.
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Eficácia e segurança da azatioprina no tratamento de longo prazo de pacientes com colite ulcerativa córtico-dependenteChebli, Liliana Andrade 17 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-17 / Colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal idiopática da mucosa colônica caracterizada clinicamente por episódios intermitentes de exacerbações alternados com períodos de remissão. Os corticosteroides permanecem como uma das drogas mais efetivas no tratamento das exacerbações moderadas a graves da colite ulcerativa. Entretanto, eles não são adequados para terapia de manutenção devido à falta de eficácia na prevenção de recorrências. Além disso, seu uso associa-se frequentemente com vários efeitos adversos e, aproximadamente, 25% dos pacientes que respondem aos corticosteroides serão incapazes de tolerar sua retirada sem que apresentem recorrências sintomáticas. Consequentemente, ―dependência de esteróides‖ em pacientes com colite ulcerativa é um problema de grande relevância na prática e manutenção da remissão sem esteróides é meta importante a ser alcançada. Diversas modalidades terapêuticas podem ser empregadas em pacientes com colite ulcerativa córtico-dependente (CUCD). Tradicionalmente, a escolha é entre a cirurgia ou o escalonamento do tratamento clínico, que geralmente envolve o uso de imunossupressores. O tratamento com azatioprina (AZA) tem tido amplo uso neste cenário. Entretanto, estudos no longo prazo avaliando a eficácia da AZA na CUCD são inexistentes. Os objetivos deste estudo foram avaliar em pacientes com CUCD, a eficácia da AZA no longo prazo para manutenção da remissão clínica sem esteróides, bem como a segurança desta droga neste contexto. Neste estudo de coorte prospectivo observacional, pacientes adultos com CUCD foram recrutados para tratamento com AZA durante o período de 36 meses. AZA foi ajustada para a dose alvo de 2-3 mg/Kg/dia. A redução da dose de esteróides durante o estudo seguiu um esquema previamente padronizado. A avaliação primária de eficácia foi a taxa anual de pacientes que alcançaram resposta sustentada a AZA sem esteróides. Resposta sustentada foi definida como a retirada completa dos corticosteroides e manutenção da remissão clínica sem a necessidade de se reintroduzir esteróides durante pelo menos seis meses adicionais. As principais avaliações de eficácia secundária foram: dose cumulativa anual de esteróides, número anual de recorrências da colite após introdução da AZA e efeitos adversos. Em base intenção de tratar, a proporção de pacientes permanecendo em remissão sem esteróides em 12, 24, e 36 meses foi 0.55, 0.52, e 0.45, respectivamente. Significante diminuição na taxa de recidivas clínicas assim como no requerimento para esteróides foram observados durante três anos de tratamento com AZA comparado com o ano prévio (P=0.000 para ambos). Pacientes com e sem resposta sustentada foram similares de acordo com demografia, extensão da doença, dose de AZA, uso de esteróides e 5-ASA. Apenas a duração menor da doença (<36 meses) associou-se à remissão sem esteróides (P=0.02, OR 3.12 95% IC 1.89-7.64). AZA foi bem tolerada e o perfil risco-benefício favorável. Neste estudo, AZA mostrou eficácia sustentada para manutenção da remissão clínica sem esteróides e para poupar esteróides durante três anos de terapia em pacientes com CUCD. Pacientes com colite ulcerativa de início mais recente são aqueles que mais provavelmente alcançarão remissão sustentada sem esteróides no final de 12 meses enquanto em uso de AZA. Isto parece se manter por até 36 meses. / Ulcerative colitis (UC) is a lifelong, immune-mediated inflammatory condition of the colonic mucosa, which is characterized by a relapsing and remitting course. Corticosteroids remain one of the most effective therapies for inducing remission in patients with moderate-to-severe UC. Nonetheless, corticosteroids are not used in maintenance therapy, mainly because undesirable side effects outweigh the possible benefits. Furthermore, approximately 25% of the patients is unable to support its withdrawal without relapsing, suggesting that the need to start steroid therapy in UC is associated with a dismal long-term prognosis. Thus, corticosteroid dependence in patients with UC is a pivotal clinical problem and maintenance of steroid-free remission is an important current evolving treatment goal. Patients with steroid dependent UC are usually given a choice between colectomy or stepped-up medical treatment, which traditionally involves prescription of an immunosuppressive drug. Azathioprine (AZA) therapy has found widespread use for this setting in clinical practice. However, studies assessing the efficacy of azathioprine in steroid-dependent ulcerative colitis (SD-UC) are scarce. The purpose of this trial was to explore the efficacy and safety of AZA in maintaining long-term steroid-free remission in SD-UC patients and the factors associated to sustained response. In this observational cohort study 42 subjects with SD-UC were recruited for AZA therapy during a 3-year period. AZA was adjusted for a target dose of 2-3 mg/Kg/day. Steroid therapy was tapered off following a standardized regimen. The primary endpoint was the annual rate of steroid-free response to AZA. Secondary endpoints included clinical recurrence, yearly steroid dose, and safety of treatment. On an intention-to-treat basis, the proportion of patients remaining in steroid-free remission at 12, 24, and 36 months was 0.55, 0.52, and 0.45, respectively. A significant decrease in the flare-ups rate and in requirement for steroids were observed during 3 years on AZA compared with the previous year (P=0.000 for both). Patients with and without sustained response were comparable according to demographics, extent of disease, dose of AZA, steroids and 5-ASA use. Only disease duration <36 months was associated to off-steroids remission (P=0.02, OR 3.12 95% CI 1.89-7.64). The AZA benefit-risk profile was favorable. In this open-label observational trial AZA showed sustained efficacy for maintenance of clinical remission off steroids and steroid sparing through 3 years of therapy in SD-UC. Patients with earlier UC are those who most probably will have sustained steroid-free remission at the end of 12 months while on AZA. This appears to sustain until 36 months.
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Azatioprina no tratamento de pacientes com doença de Crohn córtico-dependente: resultados no longo prazo e fatores preditivos de respostaPinto, André Luis Tavares 30 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-30 / A doença de Crohn é uma afecção intestinal inflamatória crônica, multissistêmica e de caráter recorrente. Sua etiopatogênese permanece ainda desconhecida, mas considera-se haver um cenário fisiopatológico caracterizado, principalmente, pela inibição da imunidade inata com exacerbação da imunidade adaptativa, com atividade inflamatória mucosa intensificada. Por isso, os corticosteróides constituem a base fundamental do tratamento farmacológico na indução da remissão clínica na doença, graças às suas potentes ações como supressores do processo inflamatório. Entretanto, os proibitivos efeitos colaterais da corticoterapia prolongada associados à alta freqüência da cortico-dependencia na doença estimulou a busca de alternativas terapêuticas para manutenção da remissão no longo prazo. Nesse contexto, os imunossupressores, particularmente, os análogos da purina, azatioprina (AZA) ou 6mercaptopurina ocupam um papel central no tratamento de manutenção na doença, com efeitos “poupadores de esteróides”. A utilização desses agentes para manter a remissão clínica na doença é apoiada por evidências de estudos clínicos controlados e randomizados. No entanto, a maioria desses estudos não avaliou especificamente os doentes corticodependentes, não sendo claramente conhecida a ação dos análogos da purina nesse grupo de pacientes. Portanto, os objetivos do nosso estudo foram verificar a eficácia no longo prazo, da AZA em uma população exclusivamente portadora de doença de Crohn dependente de esteróides, assim como identificar os possíveis fatores preditivos associados à resposta clínica sustentada. Além disso foi verificada também a segurança dessa terapia, através da análise da incidência de eventos adversos. Para tanto, um total de 106 indivíduos adultos com doença de Crohn cortico-dependente foram prospectivamente incluídos para tratamento com AZA (2-3 mg/Kg/dia), durante o período de acompanhamento de até 10 anos. A proporção de doentes em remissão sustentada livre de esteróides ao final de 12, 24, 36, 48 e 60 meses foi de 0.61, 0.73, 0.72, 0,70 e 0.70 respectivamente. Depois disso, essa taxa anual foi sendo gradualmente reduzida, alcançando um nadir aos 108 meses de acompanhamento. O tempo médio de retirada completa dos esteróides foi de seis meses. Características demográficas, aquelas relacionadas à doença e a dose de AZA não se correlacionaram com remissão sustentada. Apenas a reduzida contagem leucocitária média durante o acompanhamento foi associada com a remissão livre de corticóides (P=0.01). Efeitos adversos graves relacionados à terapia com AZA foram incomuns. / The Crohn´s disease is a chronic, inflammatory, multisystem bowel disorder with a relapsing course. Her etiology remains unknown but probably there´s a scenario characterized by inibition of innate immunity and exacerbation of the adaptative immunity with exacerbated mucosal inflammatory activity. Then, the corticosteroids have been the mainstay of pharmacologic treatment for inducing clinical remission in the disease. However, the prohibitive side effects of prolonged corticosteroid therapy associated with high frequency of the corticosteroid- dependency in the disease taken to alternative treatments for long- term maintenance of clinical remission. The immunomodulators, especially, the purine analogs, azathioprine(AZA) or 6- mercaptopurine are the major option for this indication, with corticosteroid- sparing proprieties. The use of these agents is supported by randomized, controlled clinical studies. However, these trials have not evaluated the specific issue of the steroid dependence. Thus, our objectives in this study were to asses the efficacy and safety of AZA therapy in patients strictly with steroid-dependent Crohn`s disease and possibly, factors associated with sustained clinical remission. Therefore, 106 adults patients with steroiddependent Crohn`s disease were prospectively included for treatment with AZA (23mg/Kg/day) during the period of follow up as long as 10 years. The proportion of patients remaining in sustained steroid-free remission at 12, 24, 36, 48 and 60 months was 0.61, 0.73, 0.72, 0.70 and 0.70, respectively. Thereafter, the annual rate of weaning from steroids decreased gradually, reaching a nadir of 0.41 at 108 months. Median time to complete steroid withdrawal was 6 months. Demographics, disease-related data and the AZA dose did not correlate with sustained remission. Only the reduced mean leukocyte count during the follow up was associated with remission free steroids (P= 0.01). Serious adverse effects related to AZA therapy were uncommon.
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Azatioprina no tratamento de pacientes com colite ulcerativa córtico-dependente: resultados e fatores preditivos de respostaChebli, Liliana Andrade 06 August 2009 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-14T14:16:56Z
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lilianaandradechebli.pdf: 4797149 bytes, checksum: 48711245cd6bc4dca1d8093d1e776787 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-06-29T12:12:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009-08-06 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Colite ulcerativa é uma condição inflamatória imuno-mediada da mucosa colônica, caracterizada por curso intermitente e recorrente. Corticosteróides permanecem como uma das terapias mais efetivas para induzir remissão em pacientes com colite ulcerativa moderada a severa. Todavia, corticosteróides não são usados como terapia de manutenção, principalmente porque os efeitos colaterais indesejáveis superam seus possíveis benefícios. Além disso, em um ano, menos da metade dos pacientes com colite ulcerativa que requerem corticosteróides terão resposta sustentada, aproximadamente um terço dos pacientes necessitarão de colectomia e um quarto não tolerarão a retirada do mesmo sem que apresentem recidiva da doença. Assim, dependência de corticóides em paciente com colite ulcerativa é problema clínico fundamental e manutenção da remissão sem esteróides é uma importante meta terapêutica no presente. Em pacientes com colite ulcerativa córtico-dependente, usualmente é colocado a escolha entre colectomia ou escalonamento do tratamento clínico, o qual tradicionalmente envolve a prescrição de droga imunossupressora. A terapia com tiopurinas tem tido amplo uso neste cenário na prática clínica. Entretanto, estudos avaliando a eficácia da azatioprina (AZA) na colite ulcertiva córtico-dependente são escassos. Os objetivos deste estudo foram avaliar em pacientes com colite ulcerativa dependente de esteróides, a eficácia da AZA na manutenção da remissão clínica sem esteróides, bem como os possíveis fatores associados à resposta sustentada a esta droga. Neste estudo de coorte observacional, pacientes adultos com colite ulcerativa dependente de esteróides foram recrutados para tratamento com AZA durante o período de 12 meses. AZA foi ajustada para a dose alvo de 2-3 mg/Kg/dia. A redução da dose de esteróides durante o estudo seguiu um esquema previamente padronizado. A avaliação primária de eficácia foi a taxa anual de pacientes que alcançaram resposta sustentada a AZA sem esteróides. Avaliações secundárias incluíram o número anual de recorrências clínicas, dose mediana de esteróides utilizadas durante o ano e segurança do tratamento. O total de 42 pacientes foi incluído. Na análise intenção de tratar, a proporção de pacientes permanecendo em remissão sustentada sem esteróides no final de 12 meses foi de 0,55. Observou-se significante redução na taxa de recorrências clínicas, assim como no requerimento de esteróides durante 12 meses de tratamento com AZA quando comparado com o ano anterior ao uso desta droga. (P=0,000 para ambas as comparações). Apenas a duração da doença < 36 meses antes do início da AZA foi associada à remissão clínica sem esteróides (P=0,02, OR 3,12 95% IC 1,89-7,64). AZA foi bem tolerada e o seu perfil risco-beneficio favorável. AZA mostrou eficácia sustentada para a manutenção da remissão clínica sem esteróides, bem como efeito poupador de esteróides durante 12 meses de terapia em pacientes com colite ulcerativa dependente de esteróides. Os pacientes com colite ulcerativa de início mais precoce são aqueles que mais provavelmente alcançarão remissão sustentada sem esteróides durante o uso de AZA. / Ulcerative colitis (UC) is a lifelong, immune-mediated inflammatory condition of the colonic mucosa, which is characterized by a relapsing and remitting course. Corticosteroids remain one of the most effective therapies for inducing remission in patients with moderate-to-severe UC. Nonetheless, corticosteroids are not used in maintenance therapy, mainly because undesirable side effects outweigh the possible benefits. Furthermore, at one year, less than half of UC patients who require steroids have a sustained response, nearly one-third of patients require colectomy, and approximately a quarter is unable to support its withdrawal without relapsing. Thus, corticosteroid dependence in patients with UC is a pivotal clinical problem and maintenance of steroid-free remission is an important current evolving treatment goal. Patients with steroid dependent UC are usually given a choice between colectomy or stepped-up medical treatment, which traditionally involves prescription of an immunosuppressive drug. Thiopurine therapy has found widespread use for this setting in clinical practice. However, studies assessing the efficacy of azathioprine (AZA) in steroid-dependent ulcerative colitis (UC) are scarce. The purpose of this trial was to explore the efficacy of AZA in maintaining steroid-free remission in steroid-dependent UC patients as well as the factors associated to sustained response. In this observational cohort study adult subjects with steroid-dependent UC were recruited for AZA therapy during a 12 months period. AZA was adjusted for a target dose of 2-3 mg/Kg/day. Steroid therapy was tapered off following a standardized regimen. The primary endpoint was the rate of patients with sustained steroid-free response to AZA at the end of 12 months. Secondary endpoints included clinical recurrence, yearly steroid dose, and safety of treatment. A total of 42 patients were included. On an intention-to-treat basis, the proportion of patients remaining in sustained steroid-free remission at 12 months was 0.55. A significant decrease in the flare-ups rate as well as in requirement for steroids were observed during 12 months while on AZA compared with the previous year (P=0.000). Only disease duration of <36 months before the initiation of AZA was associated to off-steroids remission (P=0.02, OR 3.12 (95% CI 1.89-7.64)). AZA was well tolerated and its benefit-risk profile favorable. AZA showed sustained efficacy for maintenance of clinical remission off steroids and steroid sparing through 12 months of therapy in patients with steroid dependent UC. Patients with earlier UC are those who most probably will have sustained steroid-free remission while on AZA.
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