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Eosinófilos e proteína catiônica eosinofílica em bronquiolite viral agudaMuller, Helena January 2000 (has links)
Introdução: Bronquiolite viral aguda (BVA) é a doença respiratória mais grave de lactentes previamente hígidos. Ocorre em epidemias anuais durante os meses de inverno, sendo uma causa freqüente de hospitalizações nesta faixa etária. O agente etiológico mais freqüente é o vírus respiratório sincicial (VRS). É uma doença benigna na maioria dos casos, mas pode apresentar-se de forma grave em alguns pacientes e freqüentemente produz seqüelas após o episódio agudo. Nos últimos anos vários estudos têm procurado elucidar a patogênese da BVA e suas seqüelas, e mecanismos imunológicos e de resposta inflamatória têm sido pesquisados. O papel dos eosinófilos e suas proteínas citotóxicas, como a Proteína Catiônica Eosinofílica (PCE), têm sido investigado na BVA, com resultados inconclusivos. O objetivo do presente estudo é determinar a contagem de eosinófilos no sangue periférico e a concentração sérica de PCE em pacientes internados com BVA e comparar com diferentes graus de gravidade. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo com lactentes menores de 1 ano que internaram no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) no período de junho a agosto de 1999 com quadro clínico de BVA com os seguintes critérios de inclusão: freqüência respiratória maior ou igual a 60 movimentos por minuto, ou saturação da hemoglobina (satHb) menor do que 95%. Foram excluídos pacientes com história prévia de doença respiratória inferior e pacientes com uso prévio de cortiscoteróides. Os pacientes elegíveis para o estudo foram avaliados nas primeiras 12 horas de internação. Foi colhida amostra de secreção nasofaríngea para pesquisa de vírus respiratpórios. Foi colhida amostra de sangue para hemograma e reservada uma amostra para determinação da PCE. Foram realizadas comparações do número de eosinófilos e concentração de PCE entre grupos de pacientes conforme a gravidade, sexo e faixa etária. Foram utilizados como critérios de gravidade a satHb em ar ambiente e a prevalência de ventilação mecânica. A análise estatística foi realizada através dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, e teste de correlação de Spearman para as associações. Foi considerado (alfa) crítico de 5% para significância estatística. Resultados: Foram estudados 58 pacientes, 32 (55%) eram do sexo masculino. A idade variou de 0 a 10 meses, com média de 2 meses. Dezenove pacientes foram classificados como graves de acordo com a satHb, inferior a 90%. Sete pacientes necessitaram ventilação mecânica, resultando numa prevalência de 12%. A prevalência do VRS foi de 62% entre os pacientes nos quais foi realizada pesquisa virológica (48 pacientes). A contagem de eosinófilos sangüíneos variou de 0 a 1104, com mediana de 100. O número de eosinófilos foi maior nos lactentes menores de 3 meses em relação aos maiores de 3 meses (p=0.052). Verificou-se que o número de eosinófilos foi menor nos pacientes com saturação mais baixa (p<0.05). Os pacientes que necessitaram ventilação mecânica também apresentaram menor número de eosinófilos, porém sem significância estatística. A concentração sérica de PCE na amostra estudada variou de 2 a 114 g/litro, com mediana em 6 g/l. Não houve correlação com satHb nem com ventilação mecânica e PCE. Conclusões: Houve associação entre baixo número de eosinófilos e gravidade da BVA medida pela satHb. Não houve associação entre PCE e gravidade. Estudos adicionais são necessários para elucidar melhor o papel de eosinófilos e seus derivados na determinação da gravidade da bronquiolite.
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Eosinófilos e proteína catiônica eosinofílica em bronquiolite viral agudaMuller, Helena January 2000 (has links)
Introdução: Bronquiolite viral aguda (BVA) é a doença respiratória mais grave de lactentes previamente hígidos. Ocorre em epidemias anuais durante os meses de inverno, sendo uma causa freqüente de hospitalizações nesta faixa etária. O agente etiológico mais freqüente é o vírus respiratório sincicial (VRS). É uma doença benigna na maioria dos casos, mas pode apresentar-se de forma grave em alguns pacientes e freqüentemente produz seqüelas após o episódio agudo. Nos últimos anos vários estudos têm procurado elucidar a patogênese da BVA e suas seqüelas, e mecanismos imunológicos e de resposta inflamatória têm sido pesquisados. O papel dos eosinófilos e suas proteínas citotóxicas, como a Proteína Catiônica Eosinofílica (PCE), têm sido investigado na BVA, com resultados inconclusivos. O objetivo do presente estudo é determinar a contagem de eosinófilos no sangue periférico e a concentração sérica de PCE em pacientes internados com BVA e comparar com diferentes graus de gravidade. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo com lactentes menores de 1 ano que internaram no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) no período de junho a agosto de 1999 com quadro clínico de BVA com os seguintes critérios de inclusão: freqüência respiratória maior ou igual a 60 movimentos por minuto, ou saturação da hemoglobina (satHb) menor do que 95%. Foram excluídos pacientes com história prévia de doença respiratória inferior e pacientes com uso prévio de cortiscoteróides. Os pacientes elegíveis para o estudo foram avaliados nas primeiras 12 horas de internação. Foi colhida amostra de secreção nasofaríngea para pesquisa de vírus respiratpórios. Foi colhida amostra de sangue para hemograma e reservada uma amostra para determinação da PCE. Foram realizadas comparações do número de eosinófilos e concentração de PCE entre grupos de pacientes conforme a gravidade, sexo e faixa etária. Foram utilizados como critérios de gravidade a satHb em ar ambiente e a prevalência de ventilação mecânica. A análise estatística foi realizada através dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, e teste de correlação de Spearman para as associações. Foi considerado (alfa) crítico de 5% para significância estatística. Resultados: Foram estudados 58 pacientes, 32 (55%) eram do sexo masculino. A idade variou de 0 a 10 meses, com média de 2 meses. Dezenove pacientes foram classificados como graves de acordo com a satHb, inferior a 90%. Sete pacientes necessitaram ventilação mecânica, resultando numa prevalência de 12%. A prevalência do VRS foi de 62% entre os pacientes nos quais foi realizada pesquisa virológica (48 pacientes). A contagem de eosinófilos sangüíneos variou de 0 a 1104, com mediana de 100. O número de eosinófilos foi maior nos lactentes menores de 3 meses em relação aos maiores de 3 meses (p=0.052). Verificou-se que o número de eosinófilos foi menor nos pacientes com saturação mais baixa (p<0.05). Os pacientes que necessitaram ventilação mecânica também apresentaram menor número de eosinófilos, porém sem significância estatística. A concentração sérica de PCE na amostra estudada variou de 2 a 114 g/litro, com mediana em 6 g/l. Não houve correlação com satHb nem com ventilação mecânica e PCE. Conclusões: Houve associação entre baixo número de eosinófilos e gravidade da BVA medida pela satHb. Não houve associação entre PCE e gravidade. Estudos adicionais são necessários para elucidar melhor o papel de eosinófilos e seus derivados na determinação da gravidade da bronquiolite.
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Utilização da desobstrução rinofaríngea retrógrada em comparação com a aspiração nasofaríngea em crianças internadas por bronquiolite viral agudaGomes, Gabriela Rodrigues January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Objectives: To compare the effects of retrograde rhinopharyngeal clearance (RRC) with nasopharyngeal aspiration in children admitted with acute viral bronchiolitis (AVB).Methods: This is an experimental, controlled and randomized study in children admitted for AVB up to 12 months old. Patients were divided in aspiration group (AG), submitted to nasopharyngeal aspiration, and clearance group (CG), submitted to RRC technique. In both groups there were three evaluations in the same day (C1, C2, C3), including cardiorespiratory parameters, clinical score of respiratory dysfunction and adverse effects.Results: 100 children were included, 50 in each group, with no statistical difference between the groups regarding the characteristics of the sample. There was a significant reduction in heart rate (HR) in C1 and C2 after 10 and 30 min. Number of episodes of nasal bleeding and vomiting was higher in AG compared to CG. Children classified as moderate showed a significant reduction of retractions and nasal bleeding. AG children´s showed an increase of 6. 7% and 19. 5% of wheezing and retractions, respectively, while the children of CG showed only 4. 6% for both parameters.Conclusion: The use of RRC technique in the clinical management of children with AVB can be an alternative for the clearance of the upper airways, as it showed immediate positive results on the occurrence of complications and signs of respiratory effort compared with the nasopharyngeal aspiration. Children classified with moderate clinical scores appear to be the most benefited. / Objetivos: Comparar os efeitos da desobstrução rinofaríngea retrógrada (DRRI) com a aspiração nasofaríngea em crianças internadas com diagnóstico de bronquiolite viral aguda.Métodos: Estudo do tipo experimental, controlado e randomizado, em crianças internadas por BVA com até 12 meses de idade. Os pacientes foram divididos em grupo aspiração (GA), submetido à aspiração nasofaríngea, e grupo desobstrução (GD), submetido à técnica de DRRI. Em ambos os grupos foram realizadas três avaliações, no mesmo dia (C1, C2, C3), incluindo parâmetros cardiorrespiratórios, escore clínico de disfunção respiratória e presença de efeitos adversos.Resultados: Foram incluídas 100 crianças, sendo 50 em cada grupo, sem diferença estatística entre os grupos quanto à caracterização da amostra. Houve redução significativa da frequência cardíaca (FC) na C1 e C2 após 10 e 30 min. O número de episódios de sangramento nasal e vômito foi maior no GA em relação ao GD. Crianças classificadas como moderadas apresentaram redução significativa de tiragem e sangramento nasal. Crianças do GA apresentaram um aumento de 6,7% e 19,5% de sibilância e tiragem, respectivamente, enquanto nas crianças do GD foi de apenas 4,6% para ambos os parâmetros.Conclusão: A utilização da técnica de DRRI no manejo clínico de crianças com BVA pode ser uma alternativa para a desobstrução de vias aéreas superiores, pois mostrou resultados imediatos positivos sobre a ocorrência de complicações e sinais de esforço ventilatório em comparação com a aspiração nasofaríngea. Crianças classificadas com escore clínico moderado parecem ser as mais beneficiadas.
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Eosinófilos e proteína catiônica eosinofílica em bronquiolite viral agudaMuller, Helena January 2000 (has links)
Introdução: Bronquiolite viral aguda (BVA) é a doença respiratória mais grave de lactentes previamente hígidos. Ocorre em epidemias anuais durante os meses de inverno, sendo uma causa freqüente de hospitalizações nesta faixa etária. O agente etiológico mais freqüente é o vírus respiratório sincicial (VRS). É uma doença benigna na maioria dos casos, mas pode apresentar-se de forma grave em alguns pacientes e freqüentemente produz seqüelas após o episódio agudo. Nos últimos anos vários estudos têm procurado elucidar a patogênese da BVA e suas seqüelas, e mecanismos imunológicos e de resposta inflamatória têm sido pesquisados. O papel dos eosinófilos e suas proteínas citotóxicas, como a Proteína Catiônica Eosinofílica (PCE), têm sido investigado na BVA, com resultados inconclusivos. O objetivo do presente estudo é determinar a contagem de eosinófilos no sangue periférico e a concentração sérica de PCE em pacientes internados com BVA e comparar com diferentes graus de gravidade. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo com lactentes menores de 1 ano que internaram no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) no período de junho a agosto de 1999 com quadro clínico de BVA com os seguintes critérios de inclusão: freqüência respiratória maior ou igual a 60 movimentos por minuto, ou saturação da hemoglobina (satHb) menor do que 95%. Foram excluídos pacientes com história prévia de doença respiratória inferior e pacientes com uso prévio de cortiscoteróides. Os pacientes elegíveis para o estudo foram avaliados nas primeiras 12 horas de internação. Foi colhida amostra de secreção nasofaríngea para pesquisa de vírus respiratpórios. Foi colhida amostra de sangue para hemograma e reservada uma amostra para determinação da PCE. Foram realizadas comparações do número de eosinófilos e concentração de PCE entre grupos de pacientes conforme a gravidade, sexo e faixa etária. Foram utilizados como critérios de gravidade a satHb em ar ambiente e a prevalência de ventilação mecânica. A análise estatística foi realizada através dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, e teste de correlação de Spearman para as associações. Foi considerado (alfa) crítico de 5% para significância estatística. Resultados: Foram estudados 58 pacientes, 32 (55%) eram do sexo masculino. A idade variou de 0 a 10 meses, com média de 2 meses. Dezenove pacientes foram classificados como graves de acordo com a satHb, inferior a 90%. Sete pacientes necessitaram ventilação mecânica, resultando numa prevalência de 12%. A prevalência do VRS foi de 62% entre os pacientes nos quais foi realizada pesquisa virológica (48 pacientes). A contagem de eosinófilos sangüíneos variou de 0 a 1104, com mediana de 100. O número de eosinófilos foi maior nos lactentes menores de 3 meses em relação aos maiores de 3 meses (p=0.052). Verificou-se que o número de eosinófilos foi menor nos pacientes com saturação mais baixa (p<0.05). Os pacientes que necessitaram ventilação mecânica também apresentaram menor número de eosinófilos, porém sem significância estatística. A concentração sérica de PCE na amostra estudada variou de 2 a 114 g/litro, com mediana em 6 g/l. Não houve correlação com satHb nem com ventilação mecânica e PCE. Conclusões: Houve associação entre baixo número de eosinófilos e gravidade da BVA medida pela satHb. Não houve associação entre PCE e gravidade. Estudos adicionais são necessários para elucidar melhor o papel de eosinófilos e seus derivados na determinação da gravidade da bronquiolite.
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Avaliação do estado nutricional, tipo de aleitamento e a evolução de lactentes previamente hígidos com bronquiolite viral agudaDornelles, Cristina Toscani Leal January 2005 (has links)
Objetivos: Avaliar associação do estado nutricional e o tipo de aleitamento, na evolução da Bronquiolite Viral Aguda, em lactentes hospitalizados, menores de seis meses, previamente hígidos. Métodos: Estudo transversal prospectivo, realizado com 175 lactentes de zero a seis meses com diagnóstico clínico de bronquiolite viral aguda e primeiro episódio de sibilância, atendidos nas unidades pediátricas de emergência, internação e cuidados intensivos, em um hospital público de atendimento terciário, no sul do Brasil. Foi coletado aspirado nasofaríngeo para detecção de vírus através do teste da imunofluorescência indireta. Após preencherem os critérios de inclusão e assinatura do termo de consentimento informado, foram submetidos a avaliação antropométrica, entrevista com os pais ou responsáveis e acompanhados. Os desfechos clínicos foram tempo de uso de oxigênio, tempo de hospitalização e local de internação. Resultados: Na classificação do estado nutricional, encontramos 72,6% de eutróficos, 6,3% de desnutridos, 8,6% com risco nutricional, 10,9% com sobrepeso e 1,7% de obesos. Foi comparado o estado nutricional em relação ao aleitamento materno exclusivo, observando-se que 81% das crianças desnutridas e com risco nutricional não recebiam aleitamento materno exclusivo, comparadas com 72% das demais. Não se observaram diferenças, quando avaliados o estado nutricional ou tipo de aleitamento com os desfechos avaliados. Conclusões: O estado nutricional e o aleitamento materno não foram fatores de risco defavoráveis na evolução clínica de lactentes previamente hígidos com Bronquiolite Viral Aguda.
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Estudo da perfusão pulmonar em crianças hospitalizadas com bronquite viral aguda por meio da cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com 99mTC-MMACarvalho, Paulo Roberto Antonacci January 2001 (has links)
Introdução: O conhecimento da distribuição da perfusão pulmonar pela cintilografia na bronquiolite viral aguda, pode auxiliar no entendimento das alterações no equilíbrio da ventilação - perfusão, peculiares a essa doença do lactente jovem. Objetivo: Avaliar o padrão de distribuição da perfusão pulmonar em pacientes hospitalizados com bronquiolite viral aguda por meio de cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com macroagregado de albumina com tecnécio (99mTc-MAA), estabelecendo associação com as avaliações clínica e radiológica, bem como determinando o seu padrão evolutivo até a condição de normalidade. Tipo de estudo: Dois estudos prospectivos com enfoque diagnóstico: um transversal, comparativo, e um longitudinal, evolutivo, controlado. Pacientes e métodos: A amostra da pesquisa foi constituída por pacientes hospitalizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de bronquiolite viral aguda, no período de abril de 1998 a setembro de 2000, baseada em critérios clínicos de inclusão: idade entre 01 e 24 meses, com quadro respiratório obstrutivo de vias aéreas inferiores (primeiro episódio de sibilância expiratória de início súbito, com sinais de coriza, tosse irritativa, hipertermia, taquipnéia, tiragem, batimentos de asa de nariz, esforço expiratório), com gravidade suficiente para determinar a hospitalização e cujos pais aceitaram participar do estudo. Todos os pacientes da pesquisa foram submetidos à avaliação clínica, radiológica e da perfusão pulmonar com o radiofármaco. A cintilografia foi realizada na condição de crise (primeiras 24 horas da admissão) e na convalescência (depois de 7 dias da alta hospitalar). A quantificação do fluxo sangüíneo pulmonar, representada em valores percentuais, foi realizada em três áreas de interesse, nas projeções anterior e posterior, de ambos os pulmões. As comparações foram feitas entre ambos os pulmões e entre as condições de crise e controle, considerando as áreas de interesse e os gradientes entre elas e entre as projeções anterior e posterior das mesmas. Para análise comparativa das médias foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas, considerando o nível de significância de 0,05. Resultados: Iniciaram o estudo transversal 38 pacientes e permaneceram no estudo longitudinal 19 pacientes; da amostra total, 22 eram do sexo masculino. A idade variou de 1 a 8 meses (média 2,8 meses). A distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar regional foi maior na região superior do pulmão esquerdo (PE) em relação ao pulmão direito (PD), na crise (P < 0,001), e maior na região média do PD, no controle. Os gradientes de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar entre as regiões superior e média e superior e inferior foi maior no PE, na crise e no controle (P < 0,05). O gradiente de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar entre as regiões média e inferior foi maior no PD, na crise e no controle. O gradiente de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar no eixo ântero-posterior na região superior foi > 1,0 em ambos os pulmões, na crise, e apenas no PE, no controle; na região média, foi > 1,0 em ambos os pulmões, na crise e no controle; na região inferior, foi > 1,0 apenas no PD, na crise e no controle (P < 0,05). A distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar, comparada entre crise e controle, não mostrou diferença em quaisquer das regiões ou dos gradientes avaliados. Não houve associação entre o padrão de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar regional na crise com a avaliação clínica ou com a avaliação radiológica dos pacientes. Conclusão: não se evidenciou uma distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar com caraterística de expressar o padrão da relação ventilação-perfusão em lactentes jovens hospitalizados com bronquiolite viral aguda. Ocorreu apenas uma tendência de redirecionamento da distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar para as regiões superiores. / Introduction: The knowledge concerning scintigraphic lung perfusion patterns in acute viral bronchiolitis may contribute to the understanding of alterations in the ventilation-perfusion ratio that are characteristic of this disease affecting infants. Objective: To assess lung perfusion patterns in hospitalized with acute viral bronchiolitis using quantitative 99mTc-MAA scintigraphy, so as to establish an association with clinical and radiological findings and to determine the course of perfusion until a normal status is reached. Study design: Two prospective studies with a focus on diagnosis were carried out: a comparative, cross-sectional study, and a controlled longitudinal study. Patients and methods: The study population included patients with a diagnosis of acute viral bronchiolitis admitted to Hospital de Clínicas de Porto Alegre between April, 1998 and September, 2000. Inclusion criteria were age between 01 and 24 months, lower airway obstruction requiring hospitalization (first wheeze episode of sudden onset, signs of coryza, irritating cough, hyperthermia, tachypnea, retraction, nasal ala movements, expiratory effort), and parental consent to participate in the study. All the patients in the study were submitted to clinical, radiological and 99mTc-MAA lung perfusion evaluation. Scintigraphy was carried out during the acute phase of viral bronchiolitis (first 24 hours of admission) and at the recovery (7 days after discharge). The regional pulmonary blood flow quantitation, expressed as percent counts, was made in three regions of interest over both lungs, using anterior and posterior views. Regional comparisons were made between lungs, between crisis and control conditions, taking in account regions of interest, gradients between areas of interest and gradients between anterior and posterior views. Paired means were analyzed using Student’s t test, taking into consideration a significance level of 0.05. Results: Thirty-eight patients were included in the cross-sectional study (22 males). Age ranged from 1 to 8 months (mean: 2.8 months). From those patients, 19 were included in the longitudinal study. The regional pulmonary blood flow more pronounced in the upper section of the left lung (LL) in relation to the right lung (RL) during the acute phase (P < 0.001), and in the mid-RL during recovery. The regional pulmonary blood flow distribution gradients between the upper and middle and upper and lower sections were higher in the LL both during the acute phase and recovery (P < 0.05). The regional pulmonary blood flow distribution gradient between the middle and lower sections were higher in the RL both during the acute phase and recovery. The regional pulmonary blood flow distribution gradient in the upper antero-posterior axis of the lungs was > 1.0 in both lungs during the acute phase, and only in the LL during recovery. In the middle section, it was > 1.0 in both lungs during the acute phase and recovery; and in the lower section it was > 1.0 only in the RL during the acute phase and recovery (P < 0.05). There were no differences in regional pulmonary blood flow distribution in any of the lung sections or gradients analyzed. There was no association between regional pulmonary blood flow distribution patterns during the acute phase of acute viral bronchiolitis and clinical or radiological findings. Conclusion: There was no evidence of an association between regional pulmonary blood flow distribution and ventilation-perfusion ratio in hospitalized infants with acute viral bronchiolitis; only a trend to redirect pulmonary blood flow towards upper lung sections was observed.
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Bronquiolite obliterante e infecção por citomegalovirus em pacientes transplantados de pulmãoSánchez, Leticia Beatriz January 2005 (has links)
Introdução: Cerca de metade dos pacientes transplantados de pulmão morrem dentro de cinco anos após o procedimento. As perdas estão com a complexidade pós-operatória inicial (falência precoce do órgão), com infecções, (bacterianas ou fúngicas) e, muito raramente, a episódios de rejeição de difícil controle. Em momento posterior, a rejeição crônica, manifesta sob a forma de bronquiolite obliterante, surge como outra causa adicional. Objetivos: O objetivo do presente estudo é o de analisar a associação ente infecção por CMV, rejeição e o desenvolvimento de Bronquiolite Obliterante, em pacientes transplantados de pulmão, submetidos à profilaxia universal com ganciclovir endovenoso. Material e Métodos: Estudo de coorte histórica, realizado no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, hospital terciário de 1200 leitos, e Centro de Referência na América Latina de Transplante de Órgãos Sólidos. Os pacientes foram submetidos a transplante pulmonar entre Março de 1999 e Fevereiro de 2004. Todos os pacientes incluídos no estudo receberam esquema de imunossupressores, constando de prednisona, azatioprina e ciclosporina (ou esquema alternativo determinado pela impossibilidade de utilização destas drogas). Nos mesmos, após o transplante, foi implementado o protocolo de profilaxia universal com ganciclovir endovenoso, na dose de 10 mg/kg/dia por 3 semanas, seguindose a administração de 5 mg/kg/dia por 3 a 12 semanas, independentemente da sorologia prévia do receptor para o CMV Infecção por CMV foi definida como detecção de CMV pp65 em granulócitos pelo método de anticorpos monoclonais (Clonab-Biotest, Germany), e os resultados de antigenemia positivos eram reportados como o número de células positivas por granulócitos circulantes no soro. Os pacientes eram monitorizados semanalmente para antigenemia pp65 durante as primeiras 3 a 12 semanas após o transplante pulmonar (período de risco aumentado para infecção por CMV) e, posteriormente, a cada 15 dias, durante 12 meses. Testes adicionais foram realizados baseados em suspeita clínica de infecção. O diagnóstico de bronquiolite obliterante (BO) foi estabelecido de acordo com a classificação clínica da síndrome de bronquiolite obliterante (SOB) da Sociedade Internacional de Pulmão e Coração (1993), e/ou por exame anátomo-patológico de material de biópsia transbrônquica ou de pulmão a céu aberto. Resultados: Durante o período de entre março/1999 e fevereiro/2004 foram realizados na instituição 106 transplantes pulmonares. Vinte e quatro pacientes (22,6%) foram excluídos em decorrência de óbito no primeiro mês pós-transplante pulmonar, e os outros 10 foram excluídos por se tratarem de casos de transplante pulmonar intervivos, resultando o número total de 72 pacientes submetidos à análise definitiva. A idade média dos pacientes era de 51.2 anos (7-72 anos), e a maioria deles (65.9%) eram do sexo masculino. A influência do número de infecções por CMV não foi significativa para o desenvolvimento de Bronquiolite Obliterante, estando presente em 38,4% dos pacientes infectados. Por outro lado, mostrou-se significativa a associação entre o número de episódios de Rejeição Aguda e o desenvolvimento de BO (55,9% dos casos), e a relação com o sexo feminino, tanto do doador quanto do receptor, mostrando-se este sexo atuar como fator protetor contra o desenvolvimento d BO (34,2%). Conclusões: O presente estudo mostrou que o desenvolvimento de rejeição crônica, sob a forma de bronquiolite obliterante, encontrou-se diretamente associado com o número de episódios de rejeição aguda apresentado pelos pacientes transplantados, com a natureza da doença de base, em especial enfisema, com o tempo de sobrevida após o transplante, e com o tempo em lista de espera. Não se observou, por outro lado, que o número de infecções por CMV tivesse aumentado a incidência de BO. Como observado em outros centros, o sexo feminino, tanto do doador como receptor, parece proteger contra o desenvolvimento da bronquiolite obliterante. / Introduction: About half of patients with lung transplantation die up to five years after the procedure. The falls are related to the immediate postoperative complexities, bacterial or fugal infections, and rarely to rejection episodes of difficult control. Later, chronic rejection under of bronchiolitis obliterans emerges as additional cause. Aim: The present study objectives perform an analysis of the association between infection by CMV, chronic rejection and the development of bronchiolitis obliterans in patients with lung transplantation, submitted to universal prophylaxis with intravenous ganciclovir for five years. Methodology: Study of historical cohort, carried out in Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, a tertiary hospital with 1200 beds, Reference Center in Latin America for Solid Organs Transplantation. The patients were submitted to lung transplant between March 1999 and February 2004, all receiving a triple program of immunossupressive drugs (prednisone, azathioprine and cyclosporine), or an alternative program determined by the impossibility of use of that drugs. After the transplant, a prophylactic universal protocol was implemented with intravenous ganciclovir (10 mg/kg/day) for 3 weeks, following the administration of 5 mg/kg/day for 3-5 weeks, independently of prior CMV receptor serology. CMV infection was defined as pp65 CMV detection in granulocytes through the monoclonal-antibody method (Clonab-Biotest, Germany), and the positive results were reported as number of positive cells per serum circulating granulocytes. The patients were weekly monitored for pp65 blood antigen by the first 3-12 weeks post transplantation, and after at each 15 days for 12 months. Other tests were performed on clinical evidence of infection. The diagnosis of bronchiolitis obliterans (BO) was settled according to the clinical classification of the bronchiolitis obliterans syndrome (BOS) of the International Lung-Heart Transplantation Society (1993), and/or by pathologic examination of material obtained through transbronchial or open lung biopsy. Results: During the study period (1999 – Feb 2004) 106 lung transplants were performed in the Institution. Of them, 24 (22.5%) were excluded for first month mortality, and another 10 that were cases of inter-vivo transplants. Most of the remaining 72 patients submitted to the final analysis were male (65.9%); the mean age that whole group was 51.2 years (7-72 years). Only 38,5% of the patients with CMV infection developed BO – a non significant number. However, cases of BO significantly associated to acute rejection episodes (in 59,9%). The female sex (either of receptor or donor) was correlated to a lower BO occurrence (34.2%). Conclusions: The number of CMV infections did not was associated to the emergence of bronchiolitis obliterans in patients submitted to lung transplantation. The development of chronic rejection, in form of bronchiolitis obliterans, however, was directly associated to the number of acute rejection episodes, to the basic lung disease, particularly enfisema, to the post transplantation survival time, and to a longer time in wait list. In was observed that female sex may be a protection factor against BO development.
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Perfil epidemiológico das infecções causadas por vírus sincicial respiratório em crianças atendidas em hospital de Fortaleza - Ce / Epidemiology and clinical presentation of respiratory syncytial virus infections in Fortaleza city, Northeast BrazilNunes, Ila Fernanda da Silva January 2004 (has links)
NUNES, Ila Fernanda da Silva. Perfil epidemiológico das infecções causadas por vírus sincicial respiratório em crianças atendidas em hospital de Fortaleza-Ce. 2004. 101 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2004. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-04T16:31:32Z
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Previous issue date: 2004 / Respiratory syncytial virus (RSV) is detached as an important pathogen of lower respiratory tract infections (LRTI) in children, mainly in the first year of life. This study had as purposes: to determine the prevalence of RSV in cases of acute respiratory infections (ARIs) in children served in Albert Sabin Children Hospital, in Fortaleza – CE, over the period of January 2001 to July 2004; describe the seasonality pattern of RSV circulation along the study period; observe characteristics clinical-epidemiological of these infections; characterize antigenically the circulating RSV in the epidemic period from 2003 to 2004 and determine the isolation rate of RSV in HEp-2 cells culture from samples collected in 2002, 2003, and 2004 and stored at –20ºC. Aspirated from nasopharynx were collected from children with up to seven days from the beginning of ARIs symptoms and submitted to the reaction of indirect immunofluorescence (IIF). Samples collected in 2002, 2003, and 2004, and stored at –20ºC, were inoculated in monolayers of HEp-2 cells. During the 43 months of study, RSV was identified in 21.0% (409/1950) of the clinical specimens collected. Virus circulation was initially observed during the months of January or February and the last cases were recorded in July or August of each year of study. The peak of these infections was observed from March to July, associated with the rainy season of the city. The infections caused by RSV were more frequent in male children and those with up to two years of age. Bronchiolitis and pneumonia were the clinical syndromes more associated with the virus. Dyspnea, throat pain, coryza, sneezes and cyanosis were the significant clinical signs and symptoms in ARIs caused by RSV. About 9.5 % (39/409) of the infected children presented problems associated, such as prematurity, heart diseases and congenital pulmonary diseases. Among the risk factors associated with these infections, was pointed out the exposure to ARIs in the domicile. Strains of RSV A and B co-circulated during the epidemical periods analyzed, without a significant predominance of any antigenical group. About 29.8 % (122/409) of the positive samples for RSV, stored at –20ºC, were inoculated in monolayers of HEp-2 cells. The isolation percentage varied from 0.0 %, in samples collected in 2002, to 36.8 %, in 2004. Our results confirm the importance of the RSV as etiological agent of ARIs, especially LRTI, in young children. The occurrence of RSV in the city of Fortaleza showed a regular seasonal pattern associated with the rains. The conservation of samples at –20ºC did not make impossible the isolation in cells culture up to one year after freezing. / O vírus sincicial respiratório (VSR) destaca-se como patógeno importante de infecções das vias aéreas inferiores (IVAI) infantis, principalmente no primeiro ano de vida. Este estudo teve como objetivos: determinar a prevalência do VSR em casos de infecções respiratórias agudas (IRAs) em crianças atendidas no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza - CE, entre janeiro de 2001 e julho de 2004; descrever o padrão de sazonalidade de circulação do VSR ao longo do período de estudo; observar características clínico-epidemiológicas dessas infecções; caracterizar antigenicamente os VSR circulantes nos períodos epidêmicos de 2003 e 2004 e determinar a taxa de isolamento do VSR em cultura de células HEp-2 a partir de amostras coletadas em 2002, 2003 e 2004 e estocadas a –20ºC. Aspirados de nasofaringe foram coletados de crianças com até sete dias de início dos sintomas de IRA e submetidos à reação de imunofluorescência indireta (IFI). Amostras coletadas em 2002, 2003 e 2004, armazenadas a –20ºC, foram inoculadas em monocamadas de células HEp-2. Nos 43 meses de estudo, o VSR foi identificado em 21,0% (409/1950) dos espécimes clínicos coletados. A circulação do vírus foi inicialmente observada nos meses de janeiro ou fevereiro e os últimos casos foram registrados em julho ou agosto de cada ano de estudo. O pico dessas infecções foi observado nos meses de março a julho, sendo associado à estação chuvosa da cidade. As infecções causadas pelo VSR foram mais freqüentes em crianças de sexo masculino e naquelas com até dois anos de idade. Bronquiolite e pneumonia foram as síndromes clínicas mais associadas ao vírus. Dispnéia, dor de garganta, coriza, espirros e cianose foram os sinais e sintomas clínicos associados significativamente nas IRAs causadas pelo VSR. Cerca de 9,5% (39/409) das crianças infectadas apresentaram problemas associados, como prematuridade, cardiopatia e doenças pulmonares congênitas. Entre os fatores de risco associados a essas infecções, destacou-se a exposição à IRA no domicílio. Cepas de VSR A e B co-circularam nos períodos epidêmicos analisados, sem uma predominância significativa de qualquer grupo antigênico. Cerca de 29,8% (122/409) das amostras positivas para VSR, estocadas a –20ºC, foram inoculadas em monocamadas de células HEp-2. O percentual de isolamento variou de 0,0%, em amostras coletadas em 2002, a 36,8%, em 2004. Nossos resultados confirmam a importância do VSR como agente etiológico de IRAs, especialmente IVAI, em crianças jovens. A ocorrência do VSR na cidade de Fortaleza mostrou um padrão sazonal regular associado às chuvas. A conservação de amostras a –20ºC não impossibilitou o isolamento em cultura de células até um ano após seu congelamento.
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Estudo da perfusão pulmonar em crianças hospitalizadas com bronquite viral aguda por meio da cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com 99mTC-MMACarvalho, Paulo Roberto Antonacci January 2001 (has links)
Introdução: O conhecimento da distribuição da perfusão pulmonar pela cintilografia na bronquiolite viral aguda, pode auxiliar no entendimento das alterações no equilíbrio da ventilação - perfusão, peculiares a essa doença do lactente jovem. Objetivo: Avaliar o padrão de distribuição da perfusão pulmonar em pacientes hospitalizados com bronquiolite viral aguda por meio de cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com macroagregado de albumina com tecnécio (99mTc-MAA), estabelecendo associação com as avaliações clínica e radiológica, bem como determinando o seu padrão evolutivo até a condição de normalidade. Tipo de estudo: Dois estudos prospectivos com enfoque diagnóstico: um transversal, comparativo, e um longitudinal, evolutivo, controlado. Pacientes e métodos: A amostra da pesquisa foi constituída por pacientes hospitalizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de bronquiolite viral aguda, no período de abril de 1998 a setembro de 2000, baseada em critérios clínicos de inclusão: idade entre 01 e 24 meses, com quadro respiratório obstrutivo de vias aéreas inferiores (primeiro episódio de sibilância expiratória de início súbito, com sinais de coriza, tosse irritativa, hipertermia, taquipnéia, tiragem, batimentos de asa de nariz, esforço expiratório), com gravidade suficiente para determinar a hospitalização e cujos pais aceitaram participar do estudo. Todos os pacientes da pesquisa foram submetidos à avaliação clínica, radiológica e da perfusão pulmonar com o radiofármaco. A cintilografia foi realizada na condição de crise (primeiras 24 horas da admissão) e na convalescência (depois de 7 dias da alta hospitalar). A quantificação do fluxo sangüíneo pulmonar, representada em valores percentuais, foi realizada em três áreas de interesse, nas projeções anterior e posterior, de ambos os pulmões. As comparações foram feitas entre ambos os pulmões e entre as condições de crise e controle, considerando as áreas de interesse e os gradientes entre elas e entre as projeções anterior e posterior das mesmas. Para análise comparativa das médias foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas, considerando o nível de significância de 0,05. Resultados: Iniciaram o estudo transversal 38 pacientes e permaneceram no estudo longitudinal 19 pacientes; da amostra total, 22 eram do sexo masculino. A idade variou de 1 a 8 meses (média 2,8 meses). A distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar regional foi maior na região superior do pulmão esquerdo (PE) em relação ao pulmão direito (PD), na crise (P < 0,001), e maior na região média do PD, no controle. Os gradientes de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar entre as regiões superior e média e superior e inferior foi maior no PE, na crise e no controle (P < 0,05). O gradiente de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar entre as regiões média e inferior foi maior no PD, na crise e no controle. O gradiente de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar no eixo ântero-posterior na região superior foi > 1,0 em ambos os pulmões, na crise, e apenas no PE, no controle; na região média, foi > 1,0 em ambos os pulmões, na crise e no controle; na região inferior, foi > 1,0 apenas no PD, na crise e no controle (P < 0,05). A distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar, comparada entre crise e controle, não mostrou diferença em quaisquer das regiões ou dos gradientes avaliados. Não houve associação entre o padrão de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar regional na crise com a avaliação clínica ou com a avaliação radiológica dos pacientes. Conclusão: não se evidenciou uma distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar com caraterística de expressar o padrão da relação ventilação-perfusão em lactentes jovens hospitalizados com bronquiolite viral aguda. Ocorreu apenas uma tendência de redirecionamento da distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar para as regiões superiores. / Introduction: The knowledge concerning scintigraphic lung perfusion patterns in acute viral bronchiolitis may contribute to the understanding of alterations in the ventilation-perfusion ratio that are characteristic of this disease affecting infants. Objective: To assess lung perfusion patterns in hospitalized with acute viral bronchiolitis using quantitative 99mTc-MAA scintigraphy, so as to establish an association with clinical and radiological findings and to determine the course of perfusion until a normal status is reached. Study design: Two prospective studies with a focus on diagnosis were carried out: a comparative, cross-sectional study, and a controlled longitudinal study. Patients and methods: The study population included patients with a diagnosis of acute viral bronchiolitis admitted to Hospital de Clínicas de Porto Alegre between April, 1998 and September, 2000. Inclusion criteria were age between 01 and 24 months, lower airway obstruction requiring hospitalization (first wheeze episode of sudden onset, signs of coryza, irritating cough, hyperthermia, tachypnea, retraction, nasal ala movements, expiratory effort), and parental consent to participate in the study. All the patients in the study were submitted to clinical, radiological and 99mTc-MAA lung perfusion evaluation. Scintigraphy was carried out during the acute phase of viral bronchiolitis (first 24 hours of admission) and at the recovery (7 days after discharge). The regional pulmonary blood flow quantitation, expressed as percent counts, was made in three regions of interest over both lungs, using anterior and posterior views. Regional comparisons were made between lungs, between crisis and control conditions, taking in account regions of interest, gradients between areas of interest and gradients between anterior and posterior views. Paired means were analyzed using Student’s t test, taking into consideration a significance level of 0.05. Results: Thirty-eight patients were included in the cross-sectional study (22 males). Age ranged from 1 to 8 months (mean: 2.8 months). From those patients, 19 were included in the longitudinal study. The regional pulmonary blood flow more pronounced in the upper section of the left lung (LL) in relation to the right lung (RL) during the acute phase (P < 0.001), and in the mid-RL during recovery. The regional pulmonary blood flow distribution gradients between the upper and middle and upper and lower sections were higher in the LL both during the acute phase and recovery (P < 0.05). The regional pulmonary blood flow distribution gradient between the middle and lower sections were higher in the RL both during the acute phase and recovery. The regional pulmonary blood flow distribution gradient in the upper antero-posterior axis of the lungs was > 1.0 in both lungs during the acute phase, and only in the LL during recovery. In the middle section, it was > 1.0 in both lungs during the acute phase and recovery; and in the lower section it was > 1.0 only in the RL during the acute phase and recovery (P < 0.05). There were no differences in regional pulmonary blood flow distribution in any of the lung sections or gradients analyzed. There was no association between regional pulmonary blood flow distribution patterns during the acute phase of acute viral bronchiolitis and clinical or radiological findings. Conclusion: There was no evidence of an association between regional pulmonary blood flow distribution and ventilation-perfusion ratio in hospitalized infants with acute viral bronchiolitis; only a trend to redirect pulmonary blood flow towards upper lung sections was observed.
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Avaliação do estado nutricional, tipo de aleitamento e a evolução de lactentes previamente hígidos com bronquiolite viral agudaDornelles, Cristina Toscani Leal January 2005 (has links)
Objetivos: Avaliar associação do estado nutricional e o tipo de aleitamento, na evolução da Bronquiolite Viral Aguda, em lactentes hospitalizados, menores de seis meses, previamente hígidos. Métodos: Estudo transversal prospectivo, realizado com 175 lactentes de zero a seis meses com diagnóstico clínico de bronquiolite viral aguda e primeiro episódio de sibilância, atendidos nas unidades pediátricas de emergência, internação e cuidados intensivos, em um hospital público de atendimento terciário, no sul do Brasil. Foi coletado aspirado nasofaríngeo para detecção de vírus através do teste da imunofluorescência indireta. Após preencherem os critérios de inclusão e assinatura do termo de consentimento informado, foram submetidos a avaliação antropométrica, entrevista com os pais ou responsáveis e acompanhados. Os desfechos clínicos foram tempo de uso de oxigênio, tempo de hospitalização e local de internação. Resultados: Na classificação do estado nutricional, encontramos 72,6% de eutróficos, 6,3% de desnutridos, 8,6% com risco nutricional, 10,9% com sobrepeso e 1,7% de obesos. Foi comparado o estado nutricional em relação ao aleitamento materno exclusivo, observando-se que 81% das crianças desnutridas e com risco nutricional não recebiam aleitamento materno exclusivo, comparadas com 72% das demais. Não se observaram diferenças, quando avaliados o estado nutricional ou tipo de aleitamento com os desfechos avaliados. Conclusões: O estado nutricional e o aleitamento materno não foram fatores de risco defavoráveis na evolução clínica de lactentes previamente hígidos com Bronquiolite Viral Aguda.
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