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A construção narrativa dos sentidos de bioidentidade: obesidade e cirurgias bariátricasKarina Moutinho Lima, Ana 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A bioidentidade constitui uma forma particular de definição do humano, comum às ciências humanas, na qual o cuidado de si é voltado para o corpo e à manutenção de padrões médicos e estéticos. Nesta definição, que caracteriza uma narrativa social ocidental nos dias atuais, as pessoas agem com reflexividade (taxação contínua de nós mesmos), autonomia (responsabilidade por garantir nossa saúde) e vontade (impulso para cumprir as orientações médicas e manutenção dos ideais de saúde e beleza). Sabendo disto, este estudo tem como objetivo investigar como pessoas que realizaram cirurgia bariátrica constroem sentidos de bioidentidade em narrativas. Para integração entre perspectivas narrativistas e psicologia discursiva, recorremos à noção de posicionamento agentivo como forma de construção de sentidos do narrador e na narrativa. Utilizamos a análise de posicionamento para definir as posições das participantes em relação a elas mesmas, a outros personagens da história e à narrativa social da bioidentidade. Foram realizadas duas entrevistas narrativas, registradas em áudio, e nas quais as participantes Ísis e Afrodite contaram sua trajetória de vida. No processo analítico, interpretamos a construção de sentidos nas diferentes posições assumidas antes, durantes e depois da cirurgia bariátrica. Para Ísis admitimos as posições de descontrole, ambigüidade e controle, enquanto para Afrodite, as posições de rejeição, superação, desconforto e aceitação. Na transformação destas posições admitimos também mudarem as posições em relação aos demais personagens de suas histórias, assim como suas posições em relação à reflexividade, autonomia e vontade. Ambas também trazem, em suas narrativas, um elemento novo em relação à narrativa social da bioidentidade, a emocionalidade. Destaque às categorias: pequenas histórias, espaço-tempo, personagem, enredo, qualificadores, ação, objeto e recursos explicativos, que nos ajudaram a especificar a análise de posicionamento , melhor precisar como se dá o posicionamento das narradoras, e, por conseguinte, a construção de sentidos de si mesmas que fazem nas narrativas
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Inventariando a produção do \"aluno-problema\": a queixa escolar em questão. / Inventorying the production of the problem-student: the school complaint in question.Bernardes, Marina Gomes de Paiva 28 August 2008 (has links)
Referenciado no pensamento de Michel Foucault, mais precisamente no domínio da arqueologia do saber, este trabalho tem como objetivo descrever os regimes de verdade que orientam a queixa escolar, dimensionando sua positividade, ou seja, o que ela tem produzido. A análise arqueológica implica na exclusão do par ciência/ideologia, já que focaliza os saberes como produzidos historicamente e não como verdades invariantes. A queixa escolar tornou-se uma prática cotidiana na escola contemporânea, apresentando-se como alternativa privilegiada para solucionar os problemas escolares. Os estudantes, que não se apresentam conforme as normas escolares, não raras vezes, são posicionados como alunos-problema, e então, encaminhados para diversos profissionais da área da saúde, tais como: psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psiquiatras etc. Na encruzilhada do encontro entre o campo da educação e da saúde, os alunos com dificuldades escolares se tornam não raro portadores individuais de deficiências, e ao chegar aos consultórios se transmutam rapidamente em casos clínicos. O delineamento dessa pesquisa alicerça-se na problematização da prática da queixa escolar, que ora se apresenta como natural e necessária caracterizada pela culpabilização dos alunos pelo fracasso escolar. Abordamos também as similaridades encontradas entre as queixas escolares e as petições feitas ao rei no antigo regime (1660-1760), reproduzidas no texto escrito por Foucault em 1977, A vida dos homens infames. Neste período da história francesa se constitui a prática para-judiciária da letrre-de-cachet, uma ordem especial do rei, em geral com a função de correção das virtualidades das pessoas. O aspecto curioso deste instrumento destacado por Foucault é a emergência de um contra-poder, que possibilitava ao homem comum, usando a arbitrariedade do rei, garantir e manter a ordem. Encontramos semelhança funcional entre as lettres-de-cachet, os pareceres psicológicos e médicos, e seus correlativos encaminhamentos. Apresenta-se como as queixas são feitas e sob que regimes de verdade está sendo realizada esta prática. Para tal, nos valemos das regras de formação da prática discursiva da queixa escolar, apontando seu caráter construído e arbitrário, pois na perspectiva foucaultiana essas relações não são entendidas como causais. Assim visando dar visibilidade aos pequenos poderes que vão se imiscuindo no cotidiano escolar contemporâneo, procedemos ao exame dos enunciados dos protagonistas escolares, familiares, e profissionais da área da saúde, envolvidos na prática da queixa escolar. Apontamos quem é o reclamante, o que se pede, quem é a autoridade para quem são encaminhadas as queixas, de quem se queixa, e como se queixa, destacando três vetores em ação na prática da queixa escolar: a supervalorização da avaliação diagnóstica; as virtualidades dos alunos como impedimentos para o trabalho escolar; a tendência para a formação de bioidentidades. O intercambiamento destas ações sustenta práticas que classificam, diferenciam, e normalizam, dividindo as crianças e jovens, entre aqueles que podem e não podem ser alunos. Observa-se assim, uma tendência a descrever os fenômenos psíquicos e sociais em uma linguagem médico-fisicalista. Distingue-se no âmbito da biopolítica, um caso especial, a biopolítica da saúde, que tem propiciado novos padrões de disciplina, possibilitando a emergência de formas de biossociabilidade, de caráter apolítico e individualista. / Referencing the thought of Michel Foucault, more precisely in the field of archaeology of knowledge, this work aims to describe the regimes of truth underlying the school complaint, dimensioning their positivity, namely what it has produced. The archaeological analysis implies the exclusion of the pair science/ideology, as it focuses on knowledge as historically produced and not as invariant truths. The school complaint has become a daily practice in the contemporary school, presenting itself as an alternative to problem-solving in school. Students who do not conform to school rules, often are positioned as problem-students and then dispatched to various health care professionals, such as: psychologists, neuro-psychologists, speech therapists, neurologists, psychiatrists etc. At the crossroads of the field of education and health, school pupils with difficulties often become carriers of individual shortcomings, and arriving at clinics, transform quickly into clinical cases. The design of this research is based on the problematization of the practice of school complaints, which now presents itself as natural and necessary, characterized by scapegoating of students for school failure. We also found similarities between the school complaints and the petitions to the king in former times (1660-1760) which is reproduced in the text written by Foucault in 1977, \"The Lives of Infamous Men. This work shows how complaints are made and under what schemes truth is being presented in this practice. To this end, we value rules of the training of discursive practice of the school complaint, pointing to its arbitrary character-building, because the foucaultian perspective these relations are not construed as causal. Thus, to profile the small powers that will be mixed in the contemporary daily school, we set out to examine the protagonists of school, family and health care professionals, involved in the practice of school complaint. We show the positions of the subject that is created with those listed, inventorying the main actions involved in the practice of school complaint: the overestimating the diagnostic evaluation, the potential of students as impediments to school work, the trend towards the formation of bio-identities. The actions of these exchanges maintain practices that rank, differentiate and normalize, dividing the children and young people among those who can and can not be students. Thus there is a tendency to describe the psychological and social phenomena in a medical language. It distinguishes itself within the bio-policy, a special case, the health bio-policy, which has provided new standards of discipline, allowing the emergence of forms of bio-sociability, individualistic and apolitical character.
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Bioidentidades e estratégias de comunicação: a deficiência intelectual como foco de experiência em uma sociedade centrada na negociação de conhecimentosAlmeida, Lia Raquel Lima 27 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The research aims to examine the discourse on disability, in general, and intellectual disability, in particular, in contemporary Brazilian society and the relationships between communication, disability and biopolitics of social inclusion. As far as society is increasingly focused in the knowledge management, the research questions the intellectual disability as experience in our culture. Therefore, from a theoretical point of view, this research is based on the concepts of biopower and biopolitics in the writing of Michel Foucault and discussions of Nikolas Rose and Paul Rabinow about how the biotechnology has incited a new kind of relation with the body and the merge of one new approach to life. After this, discusses the relations between biopolitics and communication, from post-fordism transformations, in the researches of Negri and Lazzarato. From the methodological point of view, utilizes the experience notion brought by Foucault to identify on the statements of the Government (Viver Sem Limites), media (Veja e Folha de S. Paulo) and civil society (Movimento Down) the three points listed by the author as articulators of an experience: the description languages, strategies for intervention and modes of subjectification. The results showed that the discussion about intellectual disability are constructed around the notions of social inclusion and autonomy, with the exception of Veja magazine, that prioritizes healthcare approaches, such as advances in medicine and genetic risks. The research also realizes, that the speeches about the rights of people with disability rely on their biological bias, which leads to a reinforcement of the idea of bioidentity. In case of people with Down syndrome, this became even clearer when the genetically determined condition becomes structural identity factor. The politics of social inclusion have ensured rights access, without guaranty relationship and social acceptance. This paper also concludes that, despite of reaffirm the biological reference, the biosociability, by networks information and relationship on the internet, is important when try to seek to combine the possibilities of expanding the autonomist potential of this group with the creation of new feelings on them, bringing changes in how society see these people / A pesquisa examina o lugar que o discurso sobre a deficiência, de um modo geral, e a deficiência intelectual, em específico, tem na sociedade brasileira contemporânea e como se constroem as relações entre comunicação, deficiência e biopolíticas de inclusão social. Na medida em que a sociedade encontra-se cada vez mais centrada na negociação de conhecimentos, a pesquisa questiona a deficiência intelectual como foco de experiência na nossa cultura. Para tanto, do ponto de vista teórico, apoia-se nos conceitos de biopoder e biopolítica na obra de Michel Foucault e nas discussões de Nikolas Rose e Paul Rabinow sobre como as biotecnologias tem incitado um novo tipo de relação com o corpo e a emergência de novas racionalidades biológicas de abordagem da vida. Em seguida, a relação entre biopolítica e comunicação é debatida, a partir das transformações do pós-fordismo, partindo das pesquisas de Foucault e Negri. Do ponto de vista metodológico, utiliza a noção de foco de experiência trazida por Foucault para identificar nos enunciados do Governo (documentos relacionados ao Plano Viver sem Limites), mídia (Veja e Folha de S.Paulo) e sociedade civil organizada (Movimento Down) os três pontos elencados pelo autor como articuladores de uma experiência, sendo eles: as linguagens de descrição que tornam a deficiência intelectual pensável, a promoção de condutas em relação a essa população e os modos de subjetivação. A partir das análises, verificou-se que, a discussão sobre a deficiência intelectual se constrói, principalmente, em torno das noções de inclusão social e de autonomia, à exceção da revista Veja, que prioriza abordagens relacionadas ao campo da saúde, como avanços da medicina e riscos genéticos. A pesquisa observou, ainda, que os discursos sobre direitos das pessoas com deficiência apoiam-se no viés biológico dessa população, o que leva a um reforço da ideia de bioidentidade. No caso das pessoas com síndrome de Down, isso ficou ainda mais claro, uma vez que uma condição geneticamente determinada torna-se fator estruturante de identidade. As políticas de inclusão social asseguram, nestes termos, os direitos ao acesso, à inserção na sociedade, mas sem garantir relação e aceitação social. Concluiu-se, também, que apesar de reafirmar a referência biológica, a biossociabilidade, a partir da formação de redes de informação e relacionamento na internet, é importante ao buscar combinar as possibilidades de ampliação do potencial autonomista desse grupo com a criação de novas sensibilidades sobre as mesmas, convocando mudanças na forma da sociedade perceber estas pessoas
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Inventariando a produção do \"aluno-problema\": a queixa escolar em questão. / Inventorying the production of the problem-student: the school complaint in question.Marina Gomes de Paiva Bernardes 28 August 2008 (has links)
Referenciado no pensamento de Michel Foucault, mais precisamente no domínio da arqueologia do saber, este trabalho tem como objetivo descrever os regimes de verdade que orientam a queixa escolar, dimensionando sua positividade, ou seja, o que ela tem produzido. A análise arqueológica implica na exclusão do par ciência/ideologia, já que focaliza os saberes como produzidos historicamente e não como verdades invariantes. A queixa escolar tornou-se uma prática cotidiana na escola contemporânea, apresentando-se como alternativa privilegiada para solucionar os problemas escolares. Os estudantes, que não se apresentam conforme as normas escolares, não raras vezes, são posicionados como alunos-problema, e então, encaminhados para diversos profissionais da área da saúde, tais como: psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psiquiatras etc. Na encruzilhada do encontro entre o campo da educação e da saúde, os alunos com dificuldades escolares se tornam não raro portadores individuais de deficiências, e ao chegar aos consultórios se transmutam rapidamente em casos clínicos. O delineamento dessa pesquisa alicerça-se na problematização da prática da queixa escolar, que ora se apresenta como natural e necessária caracterizada pela culpabilização dos alunos pelo fracasso escolar. Abordamos também as similaridades encontradas entre as queixas escolares e as petições feitas ao rei no antigo regime (1660-1760), reproduzidas no texto escrito por Foucault em 1977, A vida dos homens infames. Neste período da história francesa se constitui a prática para-judiciária da letrre-de-cachet, uma ordem especial do rei, em geral com a função de correção das virtualidades das pessoas. O aspecto curioso deste instrumento destacado por Foucault é a emergência de um contra-poder, que possibilitava ao homem comum, usando a arbitrariedade do rei, garantir e manter a ordem. Encontramos semelhança funcional entre as lettres-de-cachet, os pareceres psicológicos e médicos, e seus correlativos encaminhamentos. Apresenta-se como as queixas são feitas e sob que regimes de verdade está sendo realizada esta prática. Para tal, nos valemos das regras de formação da prática discursiva da queixa escolar, apontando seu caráter construído e arbitrário, pois na perspectiva foucaultiana essas relações não são entendidas como causais. Assim visando dar visibilidade aos pequenos poderes que vão se imiscuindo no cotidiano escolar contemporâneo, procedemos ao exame dos enunciados dos protagonistas escolares, familiares, e profissionais da área da saúde, envolvidos na prática da queixa escolar. Apontamos quem é o reclamante, o que se pede, quem é a autoridade para quem são encaminhadas as queixas, de quem se queixa, e como se queixa, destacando três vetores em ação na prática da queixa escolar: a supervalorização da avaliação diagnóstica; as virtualidades dos alunos como impedimentos para o trabalho escolar; a tendência para a formação de bioidentidades. O intercambiamento destas ações sustenta práticas que classificam, diferenciam, e normalizam, dividindo as crianças e jovens, entre aqueles que podem e não podem ser alunos. Observa-se assim, uma tendência a descrever os fenômenos psíquicos e sociais em uma linguagem médico-fisicalista. Distingue-se no âmbito da biopolítica, um caso especial, a biopolítica da saúde, que tem propiciado novos padrões de disciplina, possibilitando a emergência de formas de biossociabilidade, de caráter apolítico e individualista. / Referencing the thought of Michel Foucault, more precisely in the field of archaeology of knowledge, this work aims to describe the regimes of truth underlying the school complaint, dimensioning their positivity, namely what it has produced. The archaeological analysis implies the exclusion of the pair science/ideology, as it focuses on knowledge as historically produced and not as invariant truths. The school complaint has become a daily practice in the contemporary school, presenting itself as an alternative to problem-solving in school. Students who do not conform to school rules, often are positioned as problem-students and then dispatched to various health care professionals, such as: psychologists, neuro-psychologists, speech therapists, neurologists, psychiatrists etc. At the crossroads of the field of education and health, school pupils with difficulties often become carriers of individual shortcomings, and arriving at clinics, transform quickly into clinical cases. The design of this research is based on the problematization of the practice of school complaints, which now presents itself as natural and necessary, characterized by scapegoating of students for school failure. We also found similarities between the school complaints and the petitions to the king in former times (1660-1760) which is reproduced in the text written by Foucault in 1977, \"The Lives of Infamous Men. This work shows how complaints are made and under what schemes truth is being presented in this practice. To this end, we value rules of the training of discursive practice of the school complaint, pointing to its arbitrary character-building, because the foucaultian perspective these relations are not construed as causal. Thus, to profile the small powers that will be mixed in the contemporary daily school, we set out to examine the protagonists of school, family and health care professionals, involved in the practice of school complaint. We show the positions of the subject that is created with those listed, inventorying the main actions involved in the practice of school complaint: the overestimating the diagnostic evaluation, the potential of students as impediments to school work, the trend towards the formation of bio-identities. The actions of these exchanges maintain practices that rank, differentiate and normalize, dividing the children and young people among those who can and can not be students. Thus there is a tendency to describe the psychological and social phenomena in a medical language. It distinguishes itself within the bio-policy, a special case, the health bio-policy, which has provided new standards of discipline, allowing the emergence of forms of bio-sociability, individualistic and apolitical character.
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Comunicação, Bioarte e Bioidentidades: discursos estéticos sobre as corporeidades contemporâneasFerreira, Hamilton de Paulo 25 March 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2015-12-16T10:25:54Z
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Previous issue date: 2015-03-25 / O crescente desenvolvimento no campo científico e tecnológico impulsiona a sociedade a
viver de outra forma, trazendo para nossas vidas a assimilação tecnológica, em um momento
que pode ser chamado de biocontemporaneidade, marcado pelas construções identitárias
fortalecidas pela imagem do corpo, a bioidentidade. A presente pesquisa visa ressaltar os
discursos biológicos da contemporaneidade presentes no movimento da Bioarte e sua relação
de proximidade com as biotecnologias. Destas se utilizam métodos e técnicas a fim de
construir propostas estéticas artísticas ligadas ao corpo e às suas fragmentações, que se
espalham pelo contexto social criando novas possibilidades de subjetivação. A tríade arte,
ciência e tecnologia alimenta os questionamentos sobre o cenário que ocupa o corpo frente às
possibilidades por ele instaurados. A hipótese norteadora é a de que a fragilidade que
apresenta o corpo nesse contexto, como matéria passiva, o coloca em evidência e crise
simultaneamente, em um questionamento emergente sobre o assujeitamento na aderência às
biotecnologias. Partindo da contextualização do corpo no século XX, aliada aos conceitos de
Biopoder descritos por Michael Foucault, bem como à descrição de movimentos artísticos –
como as performances e a Body Art – e aos novos meios – como o cinema e a fotografia –
inaugurados nesse período, e à contextualização de artistas e obras inseridos no discurso
bioartístico, constitui-se um panorama em que o corpo encontra-se sob uma nova ótica social
e estética. / The increasing development in science and technology pushes society to live in another
manner, bringing technological assimilation to our lives at a time that can be referred to as
biocontemporaneity, marked by identity constructions strengthened by the image of the body,
that is, bioidentity. This research aims to highlight the biological discourses of
contemporaneity, which can be found in the Bioart movement and its close relationship with
biotechnology. These methods and techniques are applied in order to build artistic aesthetic
applications, linked to the body and its fragmentation, spreading through the social context
and creating new possibilities of subjectivity. The triad - arts, science and technology - feeds
the questions about the scenario that occupies the body in face of the possibilities opened by
it. The hypothesis which guides us, is that the weakness, which shows the body, in this
context, as passive matter, simultaneously places it in highlight and crisis, through an
emerging questioning on the acquiesce hence the adherence of biotechnologies. Opening in
the contextualization of the concept of body in the twentieth century, beside the concept of
Biopower, described by Michael Foucault, as well as the description of artistic movements -
such as performances and Body Art - and the new media - such as film and photography
initiated in this period - and the contextualization of artists and works inserted in a bio-artistic
speech, constitutes a panorama in which the body is under a new social and aesthetical
perspective.
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