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Estudo da resposta de perfilagem de indução de camadas finas com diferentes arranjos de bobinas: modelamento analógicoCARVALHO, Paulo Roberto de 16 December 1993 (has links)
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Previous issue date: 1993 / PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A. / FADESP - Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa / UFPA - Universidade Federal do Pará / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Objetivando contribuir para a melhoria da resolução vertical das sondas de indução, utilizando arranjos de bobinas não-convencionais, fizemos um estudo comparativo das respostas obtidas com os arranjos coaxial e coplanar, através do modelamento analógico em escala reduzida. Construímos sondas de indução com um par de bobinas, bem como modelos geoelétricos que simulam seqüências litoestratigráficas formadas por camadas tanto espessas como delgadas, com ou sem invasão de fluidos, utilizando um fator de redução de escala igual a 20. O sistema de instrumentação nos permitiu medições da razão entre o campo secundário com relação ao primário na ordem de 0,01 %. Analisando os perfis obtidos com ambos os arranjos, coaxial e coplanar, chegamos a conclusão que: • quando se refere a camadas delgadas de condutividade elétrica relativamente elevadas, como é o caso de níveis argilíticos num pacote arenítico contendo hidrocarbonetos, o arranjo de bobinas coaxial é visivelmente superior ao coplanar, no que se refere ao posicionamento e estimativa das espessuras destas finas camadas; • por outro lado, quando se trata de camadas delgadas de condutividade relativamente baixa, como é o caso de lentes areníticas saturadas em hidrocarbonetos num pacote de folhelho, verificamos que o arranjo coplanar apresenta uma resolução vertical sensivelmente melhor, tanto para camadas finas quanto para as de maior espessura; • o efeito de camadas adjacentes (shoulder effect) se apresenta bem mais acentuado nos perfis obtidos com o arranjo coaxial; • o arranjo coplanar apresenta uma melhor definição de bordas para as camadas espessas. Entretanto, em camadas de menor espessura, o arranjo coplanar perde aquela ligeira oscilação do sinal que posiciona as interfaces de contato entre camadas. / Analog model studies were carried out comparing the eletromagnetic responses of various two-coil systems in a borehole, in order to improve the vertical resolution of the indution tools. For this purpose geoeletric models, simulating well-logging situations in the stratified beds of varying thicknesses, with or without fluid invasion, were constructed at a reduced scale of 20. The sensitivity of the system to measure relative fields (secondary/primary) is of the order of 0.01 %. Following conclusions were drawn after analysing the response profiles obtained for a coaxial and a coplanar coil systems: • In case of thin conducting beds placed in relatively resistive beds, such as shale beds in sandstones containing hydrocarbons, the coaxial system shows a better resolution than coplanar system both in determination and estimating the thickness of thin beds; • On the other hand, in the presence of thin resistive beds placed in relatively conductive zone, such as sandstone containing hydrocarbons lying in a shale, the coplanar coil system gives a better vertical resolution than the coaxial system; • "Shoulder effect" is much more pronounced in the coaxial system than the coplanar coils; • In case of thick beds, bed-boundaries are well defined in the coplanar coil system response. However, when the thickness is reduced the small oscillating signal indicating the interfaces disappears.
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Inversão gravimétrica usando regularização entrópicaOLIVEIRA, Francisco de Souza January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Apresentamos um novo método para inversão gravimétrica da distribuição espacial do contraste de densidade no plano horizontal, baseado na combinação da maximização da entropia de ordem zero com a minimização da entropia de ordem um. O topo e a base das fontes gravimétricas são presumidos ser planos e horizontais e o modelo interpretativo consiste de uma malha de prismas justapostos em ambas às direções horizontais, sendo os contrastes de densidade de cada prisma os parâmetros a serem estimados. A maximização da entropia de ordem zero é similar ao vínculo de suavidade global, enquanto a minimização da entropia de ordem um favorece descontinuidades na distribuição do contraste de densidade. Conseqüentemente a combinação judiciosa de ambas pode levar a soluções apresentando regiões com contrastes de densidade virtualmente constantes (no caso de corpos homogêneos), separadas por descontinuidades abruptas. O método foi aplicado a dados sintéticos simulando a presença de corpos intrusivos em sedimentos. A comparação dos resultados com aqueles obtidos através do método da suavidade global mostra que ambos os métodos localizam as fontes igualmente bem, mas o delineamento de seus contornos é efetuado com maior resolução pela regularização entrópica, mesmo no caso de fontes com 100 m de largura separadas entre si por uma distância de 50 m. No caso em que o topo da fonte causadora não é plano nem horizontal, tanto a regularização entrópica como a suavidade global produzem resultados semelhantes. A metodologia apresentada, bem como a suavidade global foram aplicadas a dois conjuntos de dados reais produzidos por intrusões em rochas metamórficas. O primeiro é proveniente da região de Matsitama, no nordeste de Botswana, centro sul da África. A aplicação das duas metodologias a estes dados produziu resultados similares, indicando que o topo das fontes não é plano nem horizontal. O segundo conjunto provém da região da Cornuália, Inglaterra e produziu uma distribuição estimada de contraste de densidade virtualmente constante para a regularização entrópica e oscilante para a suavidade global, indicando que a fonte gravimétrica apresenta topo aproximadamente plano e horizontal, o que é confirmado pela informação geológica disponível. / We present a new gravity inversion method, which produces an apparent density contrast mapping on the horizontal plane by combining the minimization of the first-order entropy with the maximization of the zero-order entropy of the estimated density contrasts. The interpretation model consists of a grid of vertical, juxtaposed prisms in both horizontal directions. The top and the bottom of the gravity sources are assumed to be flat and horizontal, and the parameters to be estimated are the prism density contrasts. The maximization of the zero-order entropy is similar to the global smoothness constraint whereas the minimization of the first-order entropy favors solutions presenting sharp borders, so a judicious combination of both constrains may lead to solutions characterized by regions where the estimated density contrasts are virtually constant (in the case of homogeneous bodies), separated by sharp discontinuities. The method has been applied to synthetic data simulating the presence of intrusive bodies in sediments. The comparison of the results with those obtained with the global smoothness constraint method shows that both methods produce good and equivalent locations of the source positions, but the entropic regularization delineates the contour of the bodies with greater resolution, even in the case of 100 m wide bodies separated by a distance as small as 50 m. In the case that the depth to the top of the causative sources is neither flat nor horizontal, both method produced similar results. Both the proposed and the global smoothness methods have been applied to two sets of real data produced by igneous intrusions into metamorphic rocks. The first one is from the Matsitama region, northeast of Botswana. The application of both methods to this data set lead to similar results, indicating that depth to the sources top is neither flat nor horizontal. The second set is from the Cornuália region, England. The results produced by both methods in this case are reasonably different, indicating that the gravity source present an approximately flat and horizontal top. This is confirmed by the available geological information.
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Modelagem de eletrorresistividade 2-D a partir do potencial elétrico secundárioCASTRO, Wagner Ormanes Palheta 07 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Um dos métodos clássicos da geofísica de exploração é o Método de Eletrorresistividade, estabelecido há um século pelos irmãos Schlumberger e desde então amplamente empregado em prospecção mineral, estudos ambientais e hidrogeologia e em pesquisa de fontes geotermais. Conceitualmente o método consiste de injeção de corrente elétrica na subsuperfície e de medida de diferença de potencial
elétrico, resultante da interação da corrente com o meio. As localizações dessas fontes e receptores são determinadas pelo arranjo escolhido para o levantamento. Após o processamento, obtém-se pseudo-seções de resistividade aparente que indicam a distribuição de condutividade em subsuperfície. Devido à simplicidade dos fundamentos físicos de sua formulação, o método apresenta fácil implementação computacional
quando comparado aos métodos eletromagnéticos de fonte controlada. Na literatura há inúmeros trabalhos de modelagem computacional, onde se calcula a resposta para problemas 2-D e 3-D. Nestes trabalhos, as pseudo-seções são obtidas a partir do cálculo do potencial elétrico total. Neste trabalho, apresentaremos a resposta da modelagem de
eletroresistividade 2-D com o arranjo dipolo-dipolo, obtida a partir do potencial elétrico secundário. A solução é calculada através do método de elementos finitos usando malhas não estruturadas. Para efeito de validação, os resultados são comparados com a resposta 2-D obtida a partir dos potencias totais. / One of the traditional methods of exploration geophysics is the Eletrical Resistivity Method, established about a century ago by the Schlumberger Brothers and sincethen widely used in mineral exploration, hydrogeology and environmental studies and research from geothermal sources. The method involves injection of electrical current in the subsurface and measurement of the resultant potential. The locations of
sources and receivers will be determined by the arrangement chosen for the survey. After processing, we can obtain pseudo-sections of apparent resistivity that indicates the distribution of the conductivity in subsurface. Due to the simplicity of the physical
basis of its formulation, the method presentes easy computational implementation
when compared to the other controlled source electromagnetic methods. In literature
there are numerous computational modeling jobs, which computes the answer to
problems 2D and 3D. In these previous works, the results are obtained from the total
electric potential. In this work, we present the modeling of electrical response of 2D
media with the dipole-dIpole array, obtained from the secondary electric potential.
The solution is calculated using the finite element method with unstructured mesh. To
validate our results, we compare them with 2D response obtained fron total
potential.
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A capa carbonática do sudoeste do cráton amazônico, estado de Rondônia: nova ocorrência e extensão dos eventos pós-glaciação marinoana (635 Ma)GAIA, Valber do Carmo de Souza 27 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / INCT/GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / Na porção oeste da Bacia dos Parecis, Estado de Rondônia, inserida no sudoeste do Cráton
Amazônico, rochas carbonáticas expostas nas bordas dos grábens Pimenta Bueno e Colorado
têm sido consideradas como parte do preenchimento eopaleozoico da bacia. A avaliação das
fácies/microfácies e quimioestratigrafia dessas rochas nas regiões de Chupinguaia e Pimenta
Bueno, confirmou a ocorrência de dolomitos rosados que sobrepõem, em contato direto,
diamictitos glaciais previamente interpretados como depósitos de leques aluviais. Trabalhos
prévios reportaram excursão negativa de δ13C, também confirmados neste trabalho, com
variações entre -4.6 e -3,8‰VPDB em Chupinguaia e média de - 3,15‰VPDB em Pimenta
Bueno. Esse padrão, de sedimentação e quimioestratigráfico, ausente nas rochas paleozoicas,
é comumente encontrado nos depósitos carbonáticos anômalos do Neoproterozoico. No sul do
Cráton Amazônico, Estado do Mato Grosso, rochas com essas mesmas características são
descritas como capas carbonáticas relacionadas à glaciação marinoana (635 Ma). Neste
trabalho, consideramos que os dolomitos rosados sobre diamictitos, em Rondônia, fazem
parte do mesmo contexto das capas carbonáticas encontradas no Mato Grosso.
Adicionalmente, destaca-se o contato brusco e deformado do dolomito sobre o diamictito,
presente em ambas as ocorrências, configurando-se uma das feições típicas das capas
carbonáticas do Cráton Amazônico. Essa relação paradoxal, entre diamictito e dolomito, tem
sido interpretada como produto da mudança rápida das condições atmosféricas de icehouse
para greenhouse, e a deformação da base foi gerada pelo rebound isostático. A capa
carbonática de Rondônia compreende duas associações de fácies (AF2 e AF3) que recobrem
depósitos glacio-marinhos compostos por paraconglomerados polimíticos (Pp), e arenito
seixoso laminado (Asl), da AF1. A AF2 consiste em dolomudstone/dolopackstone peloidal
com laminação plana a quasi-planar e com truncamentos de baixo-ângulo (fácies Dp),
megamarcas onduladas (fácies Dm) e laminações truncadas por ondas (fácies Dt), interpretada
como depósitos de plataforma rasa influenciada por ondas. Esta sucessão costeira é sucedida
pela AF3, que compreende as fácies: dolomudstone/dolopackstone e
dolomudstone/dolograinstone com partição de folhelho (Df) e siltito laminado (Sl). A fácies
Df compreende um pacote de 6 metros de dolomito com partição de folhelho, apresentando
lâminas de calcita fibrosa (pseudomorfos de evaporito) e dolomitos com laminações
onduladas de corrente. Sobrejacente à fácies Df, ocorre a fácies Sl, apresentando 5 metros de
siltito argiloso com laminação plana. Esta associação é interpretada como depósitos de
plataforma rasa influenciada por maré, sendo sobreposta discordantemente, em contato
angular, por depósitos glaciais do Eopaleozoico. Os valores isotópicos de C e O são negativos
e refletem o sinal primário do C. No entanto, pode-se considerar uma leve influência da
diagênese meteórica no sinal. As principais quebras nos sinais negativos podem estar
associadas à influência meteórica, expressa pela substituição e preenchimento de poros por
calcita e pela proximidade de superfícies estratigráficas, os quais refletem alguns padrões de
alteração diagenética, representados nos sinais mais negativos. Diferentemente da capa
carbonática do Mato Grosso, a capa de Rondônia possui níveis de pseudomorfos de evaporito
e dolomitos com partição de folhelho (ritmito), em sucessão de fácies marinha rasa, onde os
dolomitos de plataforma rasa influenciada por ondas passam para ritmitos e siltitos de
plataforma rasa influenciada por maré (zona de inframaré), configurando uma sucessão
retrogradante. Esta nova ocorrência de capa carbonática modifica a estratigrafia da base da
Bacia dos Parecis, ao passo que exclui essas rochas carbonáticas da sequência eopaleozoica.
Além disso, fornece informações que permitem reconstruir melhor a paleogeografia costeira
da bacia neoproterozoica que acumulou os depósitos da plataforma carbonática do Grupo
Araras, bem como estende os eventos pós-marinoanos ligados à hipótese do
Snowball/Slushball Earth para o sudoeste do Cráton Amazônico, exposto no Estado de
Rondônia. / In the Western Amazon Craton, specifically in Western Parecis Basin, Rondônia State,
carbonate rocks exposed on border of Pimenta Bueno and Colorado Grábens are considered to
be part of the eopaleozoic basin fill. The facies and microfacies analysis together with
chemostratigraphy of theses rocks in Chupinguaia and Pimenta Bueno Region, confirmed the
occurrence of pinkish dolostone that overlie glaciogenic diamictite, previously interpreted as
alluvial fan. Previous works reported δ13C negative excursions, confirmed in this work as
well, ranging from -4.6 e -3,8‰VPDB in Chupinguaia, and average of -3,15‰VPDB in Pimenta
Bueno. This sedimentation and chemostratigraphic pattern, uncommon in paleozoic rocks, is
widely found in the anomalous neoproterozoic carbonates. In the Southern Amazon Craton,
Mato Grosso State, rocks with the same features were described as cap carbonates related to
the Marinoan Glaciation (635 Ma). Therefore this work considers this dolostones at the same
context of the cap carbonate in Mato Grosso. Additionally we stand out the sharp and loaded
contact between dolostone and diamictite, which happens in both occurrences, and is
seemingly a typical feature of cap carbonates in the Amazon Craton. This paradoxal
relationship has been interpreted as rapid change from icehouse to greenhouse conditions, and
the loaded contact is attributed to isostatic rebound. The Rondônia cap carbonate presents two
facies associations (FA2 and FA3) that overlie glaciomarine deposits (FA1) subdivided in two
facies: Polymitic paraconglomerates (Pp) and laminated pebbly sandstone (Asl). The FA2
consists into: peloidal dolomudstone/dolopackstone with planar to quasi-planar laminations
and low-angle truncations (Dp), megarriple bedding (Dm) and wave truncated laminations.
This association is interpreted as shallow platform deposits wave influenced. This coastal
succession is overlaid by FA3, which comprises the facies: dolomudstone/dolopackstone and
dolomudstone/ dolograinstone with shale partition (Df) and laminated shaly siltstone (Sl). Df
comprises 6m-thick of dolomite with parting shale, showing laterally continuous laminations
of fibrous calcite (pseudomorph of gypsum) and dolomite with current wavy lamination. The
Sl comprises 5m-thick of planar-laminated shaly siltstone. This association is interpreted as
shallow platform deposits tide influenced. Finally, this inner platform succession is overlaid
unconformably, in angular contact, by eopaleozoic glaciogenic diamictite. The isotopic values
of C and O are negative and reflect the primary signal of C, however it can be considered a
slight influence of meteoric diagenesis in the signal. The main shifts in negative signals are
associated with meteoric influences, expressed by replacement and pores filling by calcite,
and also by its proximity of stratigraphic surfaces, which reflect some patterns of diagenetic
alteration, represented by the most negative signals. Differently from Mato Grosso cap
carbonate, the Rondônia occurrence presents levels of pseudomorph of evaporites and
dolomite with parting shale (rhythmites), order in succession of shallow marine facies, where
the dolomites of wavy influenced shallow platform pass up-section to rhythmites and shaly
siltstone of tide influenced shallow platform, setting up a retrogradational succession. This
new occurrence of cap carbonate has strong implications to the stratigraphy of the base of
Parecis Basin, since it excludes these carbonate rocks from the eopaleozoic sequence.
Moreover, it provides information that allows reconstruct the coastal paleogeography of
neoproterozoic basin that accumulated deposits of Araras Platform, as well extends the postmarinoan
events of the Snowball/Slushball Earth hypothesis to the southwesternmost Amazon
Craton, exposed in the Rondônia State.
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Detecção de mudança e sedimentação no estuário do Rio CoreaúRODRIGUES, Suzan Waleska Pequeno 02 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O uso de novas técnicas para estudar a evolução e preenchimento de vales incisos tem fornecido, ao longo dos anos, importantes resultados para entendermos como foi a evolução costeira brasileira. Neste contexto, esta tese teve como objetivo estudar a evolução do estuário do rio Coreaú, localizado no estado do Ceará, em diferentes escalas temporais, seja “Eventual” (meses, anos), “Engenharia” anos, decádas) e Geológica” (centenas, séculos, milênios), proposta por Cowell et al. (2003), com intuíto de avaliar se as transformações/alterações ao longo dos anos foram significativas ou não. Como resultados, obteve-se no primeiro objetivo, utilizando técnicas de sensoriamento remoto, a partir de imagens dos sensores TM, ETM+ e OLI do satélite Landsat 5,7 e 8 e LISS-3 do satélite ResourceSat-1 de 1985 a 2013, uma alteração mínima em relação a transformações morfológicas ao longo do estuário nos últimos 28 anos (entre as escalas Eventual e de Engenharia),
houve neste período um acréscimo de 0,236 km2 (3%) de área, não trazendo sigificativas mudanças para o estuário. Em relação a taxa de sedimentação, correspondente ao segundo bjetivo, a partir da
coleta de 9 testemunhos, de até 1 m de profundidade e utilizando o radionuclídeo 210Pb, ao longo do estuário, obteve-se uma taxa que variou de 0,33 cm/ano a 1 cm/ano (escalas entre Engenharia e
Geológica) próximo a foz do estuário, e com uma rápida sedimentação percebida na margem leste do rio, onde encontram-se sedimentos mais recentes em relação a margem oeste. Em relação ao preenchimento, terceiro e último objetivo, a partir da amostragem de testemunhos de até 18 m de profundidade, utilzando o amostrador Rammkernsonden (RKS), foram gerados perfis e seções
estratigráficas que ajudaram a entender o preenchimento do vale inciso do estuário do rio Coreaú e
entender que trata-se de um estuário fluvio-marinho, preenchendo os vales formados no Grupo
Barreiras nos últimos 10.000 anos antes do presente.
Estas análises e resultados servirão como base para comparação com outros estuários, sejam fluviais, fluvio-marinhos ou marinhos, para entendermos melhor quais os possíveis eventos que dominaram a sedimentação ao longo da costa brasileira em diferentes escalas. / The use of new techniques to study the evolution and filling incised valleys has provided,
over the years, important results was to understand how the coastal evolution of the Brazilian coastal
zone. In this context, this thesis aimed to study the evolution of the estuary Coreaú River, located in
the state of Ceará, in different time scales, is "Possible" (months, years), "Engineering" (years,
decades) and "Geology" (hundreds, centuries, millennio), proposed by Cowell et al (2003), with the
goal to assess whether changes /alterations over the years were significant or not in the estuary. As a
result, we obtained the first goal, using remote sensing techniques from image sensor TM, ETM+ and
OLI of Landsat 5, 7 and 8 and sensor LISS-3 of satellite ResourceSat-1 from 1985 to 2013, a change
minimal in relation to morphological changes along the estuary in the last 28 years (between Possible
scales and Engineering), there was an increase in this period of 0.236 km2 (3%) of the area, not
bringing significant changes to the estuary. Regarding sedimentation rate, corresponding to the
second goal, from the collection of nine witnesses, up to 1m deep and using radionuclídeo 210 Pb
along the estuary, we obtained a rate that ranged from 0,33 cm/year 1 cm/year (between scales
Geological and Engineering) near the mouth of the estuary, and with a quick sedimentation
perceived on the east bank of the river, where there are younger sediments toward the west margin.
Regarding the fulfillment, third and final goal from the sampling of testimonials to 18 m depth, using
the sampler Rammkernsonden (RKS), profiles and stratigraphic sections that helped understand
filling the valley section of the estuary of the Coreaú river were generated and that it is a fluvialmarine
estuary, filling the valleys formed in group Barriers in the last 10.000 years before present.
These analyzes and results serve as a basis for comparison with other estuaries, either fluvial,
fluvio-marine or marine, to better understand what the possible events that dominated sedimentation
along the coast of Brazil at diferent scales.
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36 |
Geologia, petrografia e geoquímica dos granitóides arqueanos de Sapucaia - Província Carajás-PATEIXEIRA, Mayara Fraeda Barbosa January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / INCT/GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os estudos geológicos desenvolvidos na porção leste do Subdomínio de Transição, Província Carajás, a sul da cidade de Canaã dos Carajás e a norte de Sapucaia, permitiram a identificação, individualização e caracterização de uma diversidade de unidades arqueanas,
anteriormente englobadas no Complexo Xingu. A unidade mais antiga da área compreende anfibólio tonalitos correlacionados ao Tonalito São Carlos (~2,92 Ga), com foliação orientada segundo NW-SE a E-W, ou, por vezes, aspecto homogêneo. Geoquimicamente, diferem das típicas associações tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) arqueanas por apresentarem enriquecimento em TiO2, MgO e CaO, baixos teores de Sr e similares de Rb para amostras com menores teores de sílica, que se refletem em razões Rb/Sr mais elevadas e Sr/Ba mais
baixas. Os padrões dos ETR mostram baixo a moderado fracionamento de ETR pesados em relação aos leves, e anomalias negativas de Eu discretas ou moderadas. Seguindo na estratigrafia, e também como a unidade de maior expressão na área, ocorrem rochas de afinidade TTG correspondentes ao Trodhjemito Colorado (~2,87 Ga), intensamente
deformadas, com foliações NW-SE a E-W. Intrusivos nesta unidade, ao sul da área, aflora um corpo de aproximadamente 40 km2, de rochas de composição leucogranodiorítica porfirítica
denominados de Leucogranodiorito Pantanal, e seccionado em sua porção oeste por leucogranitos deformados de composição monzogranítica. O Leucogranodiorito Pantanal têm
afinidade cálcio-alcalina peraluminosa, enriquecimento em Ba e Sr, e padrões de ETR sem anomalias expressivas de Eu e com acentuado fracionamento de ETRP, que refletem em altas
razões La/Yb semelhante com a Suíte Guarantã (~2,87 Ga) do Domínio Rio Maria. Os leucogranitos revelam assinatura geoquímica de granitos tipo-A reduzidos, possivelmente, originados a partir da fusão desidratada de rochas cálcico-alcalinas peraluminosas durante o Neoarqueano. Além dessas unidades, na porção leste do Leucogranodiorito Pantanal,
hornblenda-biotita granito neoarquenos tipo-A oxidados da Suíte Vila Jussara. Ainda correlacionáveis ao magmatismo subalcalino neoarqueano, na porção norte, ocorrem dois
stocks graniticos. São tonalitos a granodioritos com assinatura geoquímica de granitos tipo-A
oxidados similares a Suíte Vila Jussara, e monzogranitos com assinatura de granitos tipo-A
reduzidos que se assemelham a Suíte Planalto.
Ao norte da área ocorre uma associação máfico-enderbitica composta de hornblendanoritos,
piroxênio-hornblenda-gabros, piroxênio-hornblenda-monzonito, hornblenda-gabros,
anfibolitos e enderbitos. Essas rochas estão intensamente deformadas e recristalizadas,
provavelmente por retrometamorfismo na presença de água de rochas de série noríticavii
charnockítica de origem ígnea associada com outras variedades de rochas não
necessariamente cogenéticas. Seu comportamento geoquímico sugere que os hornblendanorito,
hornblenda-gabros e anfibolitos são toleíticos subalcalinos, enquanto que os
enderbitos, piroxênio-hornblenda-gabro e piroxênio-hornblenda-monzonito têm assinatura
cálcico-alcalina. As baixas razões La/Yb das rochas máficas indicam baixo grau de
fracionamento, enquanto que as altas razões La/Yb dos enderbitos é indicativo de
fracionamento expressivo dos ETR pesados durante a formação ou diferenciação dos seus
magmas, e a concavidade no padrão de ETR pesados, indica provável influência de
fracionamento de anfibólio durante sua evolução.
Na porção central e centro-norte da área ocorrem biotita-monzogranitos
peraluminosos, de assinatura cálcio-alcalina, que podem ser desdobrados em dois grupos
geoquímicos distindo. Um tem altas razões Sr/Y e (La/Yb)n, mostram possível afinidade com
o Granito Bom Jesus da área de Canaã dos Carajás. O outro tem mais baixa razão (La/Yb)n se
aproxima mais do Granito Serra Dourada e do Granito Cruzadão também da área de Canaã
dos Carajás. Essa comparação deverá ser aprofundada com dados geocronológicos e maior
número de amostras. / Geological mapping performed in the eastern portion of the Transition Subdomain,
Carajás Province, southern of Canaã dos Carajás and the northern of Sapucaia cities, allowed
the identification, individualization and characterization of a variety of Archean rocks,
previously encompassed in the Xingu Complex. The oldest unit identified in this area is a
hornblende tonalite, correlated to São Carlos Tonalite (~2.93 Ga), which is exposed as blocks
or outcrop and commonly present foliation (NW-SE to E-W) or homogeneous aspect. Its
geochemical signatures differ from the typical Archean tonalite-trondhjemite-granodiorite
(TTG) associations due to show enrichment in TiO2, MgO and CaO, low contents of Sr, and
Rb contents similar to samples with lower concentrations of silica, which are reflected in
higher Rb/Sr ratios and lower Sr/Ba ratios. The REE patterns reveal low to moderate
fractionation of HREE compared to LREE, and discrete or moderate negative Eu anomalies. It
is stratigraphycally followed by TTG association correlated to Colorado Trondhjemite (~2.87
Ga) which displays gray color, medium-grained, and commonly a NW-SE to E-W foliation.
In the southern of area, outcrops a body of 40 km 2, which comprises a small mountain of
porphyritic leucogranodioritic rocks named Pantanal Leucogranodiorite . It is emplaced at
TTG association and crosscutted, on its western portion, by deformed leucogranites. The
Pantanal Leucogranodiorite shows peraluminous character and calc-alkaline affinity, with
high contents of Ba and Sr. The REE patterns show nosignificant Eu anomalies and HREE are
strongly fractionated, which is geochemically similar to Guarantã Suite (~2.87 Ga) from the
Rio Maria Domain. Its origin may be related to low degrees of melting of TTG, probably
accompanied by interaction with fluids enriched in K, Ba and Sr, derived from a
metasomatized mantle. The leucogranites exhibit A-type geochemical signature and reduced
character, and may have originated from the melt of dehydrated peraluminous calcic-alkaline
rocks, during the Neoarchean. In the eastern portion of the Pantanal Leucogranodiorite was
also identified ahornblende-biotite monzogranite which is geochemically similar to oxidized
A-type granites, correlated to Neoarchean Vila Jussara Suite. Also, it correlated to
Neoarchean subalkaline magmatism in the northern area, occur two granitic stocks. They
comprise (i) tonalite to granodiorite with geochemical signature similar to oxidized A-type
granites and show affinity with Vila Jussara Suite; and (ii) monzogranites which show
reduced A-type granites signature and could be compared to Planalto Suite. At northern of the
study area was identified an association of mafic-enderbitic rocks which comprises intensely
deformed and recrystallized hornblende norite, pyroxene-hornblende gabbros, pyroxeneix
hornblende monzonite, hornblende gabbros, amphibolites and enderbites, which are
represented in the geological map as a WNW-ESE small elongated body , and a semicircular
body controlled by shear zones. The textures observed in these rocks indicate that
recrystallization occurs under relatively high temperatures, 6000C or above, and those rocks
show metamorphic features. The geochemical behavior of these rocks suggests that the
hornblende-norite, hornblende-gabbros and amphibolites are tholeiitic subalkalines, whereas
enderbites, pyroxene-hornblende gabbro and pyroxene-hornblende monzonite exhibit calcalkaline
signature. The low La/Yb ratios for mafic rocks indicate low degree of fractionation,
whereas the high La/Yb ratios for enderbites reveal significant fractionation of HREE during
formation and differentiation of its magmas, and the concavity of HREE pattern indicates
probably influence of amphibole fractionation during its evolution. In the central and northcentral
of area was recognized biotite-monzogranites with peraluminous and calc-alkaline
signature and distinct REE patterns, which allowed us to distinguish two groups. The first
shows higher REE enrichment, weak enrichment in LREE relative to HREE, and exhibit
moderate negative Eu anomalies, indicating no significant fractionation of phases enriched in
HREE and show possibly affinity with Bom Jesus Granite from Canaã dos Carajás area. The
second group shows a sharp fractionation of HREE relative to LREE, with discrete or absent
Eu anomalies, and concave HREE patterns indicating that amphibole was important phase
during the fractionation of these rocks, like Serra Dourada and Cruzadão granites, also located
in the Canaã dos Carajás area. This comparison should be enhanced as soon as further
geochemical and geochronological data are available in order to a correlation can be
evaluated.
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Opalas gemológicas do Piauí: gênese revelada por microtermometria e minerais associadosMARQUES, Gisele Tavares 25 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / UFPA - Universidade Federal do Pará / As opalas de Pedro II e Buriti dos Montes, no estado do Piauí, constituem as mais importantes
ocorrências brasileiras dessa gema, tanto em termos de volume quanto pela qualidade
gemológica, que é comparável à das famosas opalas australianas. No entanto, a informalidade
na extração e comercialização destas opalas, assim como a falta de informações quanto à
gênese destes depósitos não permitem a prospecção por novas jazidas e o estabelecimento de
um certificado de procedência para as opalas do Piauí que permitisse sua inserção formal no
mercado gemológico internacional. Alguns autores têm se dedicado ao estudo dessas opalas,
revelando fortes evidências de sua origem hidrotermal, mas até então, nenhum trabalho
abordou as características físico-químicas dos fluidos que teriam originado esses depósitos de
opalas. Diante disso, o principal objetivo deste trabalho foi entender o sistema hidrotermal
responsável pela gênese das opalas do Piauí, ou seja, caracterizar os fluidos que originaram a
mineralização e mostrar sua relação com o contexto geológico da região. Os municípios de
Pedro II e Buriti dos Montes se localizam na porção nordeste do estado do Piauí, a
aproximadamente 230 km a leste da capital Teresina, e as ocorrências de opala se encontram
na porção basal da Bacia do Parnaíba, constituindo veios e vênulas nos arenitos dos grupos
Serra Grande (Buriti dos Montes) e Canindé (Pedro II), os quais são seccionados por soleiras
e diques de diabásio da Formação Sardinha. Elas também ocorrem cimentando brechas e
como depósitos coluvionares e de paleocanal. Associados às opalas, localmente encontram-se
veios de quartzo, calcedônia, barita e hematita (ou goethita). De maneira geral, as opalas de
Pedro II apresentam jogo de cores, são predominantemente brancas ou azuladas com aspecto
leitoso, semitranslúcidas a opacas e com inclusões sólidas pouco aparentes. Em contrapartida,
as opalas de Buriti dos Montes não apresentam jogo de cores, a cor varia entre amarelo claro e
vermelho amarronzado, são semitransparentes a translúcidas e contêm grande variedade de
inclusões sólidas. Os dados obtidos revelam que as opalas de Pedro II são tipicamente do tipo
amorfo (opala-A), enquanto as opalas de Buriti dos Montes variam entre amorfas e
cristobalita-tridimita (opala-CT). Na opala preciosa, o típico jogo de cores é causado pelo
arranjo regular das esferas de sílica que as constituem. A ausência de cimento opalino entre as
esferas reforça a beleza desse efeito. Em contrapartida, as opalas laranja não apresentam jogo
de cores, mas têm maior transparência devido ao diminuto tamanho das esferas. As inclusões
sólidas também produzem belos efeitos nas opalas estudadas, principalmente na variedade
laranja, que é mais transparente. Além disso, o conjunto de inclusões sólidas revela
características intrínsecas aos processos hidrotermais que originaram as opalas estudadas. Agregados botrioidais, dendríticos e nodulares são exemplos de inclusões formadas por
fragmentos dos arenitos hospedeiros carreados pelos fluidos hidrotermais que geraram as
opalas. As inclusões sólidas também têm relação direta com a cor das opalas. Nas opalas de
Buriti dos Montes, os tons de vermelho, laranja e amarelo são produzidos pela dissolução
parcial das inclusões constituídas por oxihidróxidos de Fe. De maneira semelhante, a cor
verde nas opalas preciosas está relacionada aos microcristais de Co-pentlandita inclusos nas
mesmas. O conjunto de minerais associados às opalas conduz a uma assinatura mineralógicogeoquímica
marcada pelos elevados teores de Fe e Al nas opalas com inclusões de
hematita/goethita e caulinita, e assim também com aumento considerável dos teores de
elementos terras raras nas opalas em que se concentram as inclusões de caulinita e apatita.
Entre os elementos-traço, Ba é o mais abundante, e provavelmente foi incorporado pelo fluido
hidrotermal, tendo em vista que veios de barita são encontrados com frequência nessa região
da Bacia do Parnaíba. Várias feições como estruturas de fluxo nas opalas, corrosão e
dissolução parcial dos cristais de quartzo hialino e de inclusões mineralógicas, vênulas de
quartzo hidrotermal sobrecrescidas aos grãos detríticos, e zoneamento dos cristais de quartzo
confirmam que essas opalas têm origem hidrotermal. A ruptura do Gondwana teria provocado
um vasto magmatismo básico fissural, que por sua vez foi responsável pelo aporte de calor
que gerou as primeiras células convectivas de fluidos quentes. A água contida nos arenitos
certamente alimentou o sistema e se enriqueceu em sílica através da dissolução parcial ou
total dos próprios grãos de quartzo dos arenitos. Este fluido hidrotermal foi posteriormente
aprisionado em sistemas de fraturas e nelas se resfriou, precipitando a opala e minerais
associados. / Opals from Pedro II and Buriti dos Montes, in the Piauí State, are the most important
occurrences of this gemstone in Brazil, both in terms of volume and -gemological quality that
is comparable to the famous Australian opals. However, informality in the extraction and
marketing of these opals, as well as the lack of information about the genesis of these deposits
do not permit prospecting for new deposits, and the establishment of a certificate of origin for
Piauí opals, would allow their formal participation in the international gemological market.
Some authors have been studied these opals, revealing strong evidences of their hydrothermal
origin, but until now, no work discussed the physico-chemical characteristics of the fluids that
would have originated these opals deposits. Thus, the main objective of this work was to
understand the hydrothermal system responsible for the genesis of opals from Piauí, i.e., to
characterize the fluids that originated the mineralization and show its relationship with the
geological context of this region. Pedro II and Buriti dos Montes counties are located in the
northeastern portion of the Piauí State, at approximately 230 km east of the capital Teresina.
The opal occurrences are on the basis of the Parnaíba Basin, constituting veins and veinlets in
the sandstones of the Serra Grande (Buriti dos Montes) and Canindé (Pedro II) groups, which
are cut by diabase sills and dikes of the Sardinha Formation. They also occur in cementing
breccias and as colluvial and paleochannel deposits. Associated to opals, locally there are
veins of quartz, chalcedony, barite and hematite (or goethite). In general, opals from Pedro II
present play-of-color, are mostly white or bluish with a milky appearance, semitranslucent to
opaque, and have solid inclusions little bit apparent. In contrast, orange opals from Buriti dos
Montes do not show play-of-color, their color ranges from light yellow to brownish red, they
are semitransparent to translucent, and contain a large variety of solid inclusions. The
obtained data reveal that the opals from Pedro II are typically of amorphous type (opal-A),
while the opals from Buriti dos Montes range between amorphous and cristobalite-tridymite
(opal-CT). In the precious opals, the typical play-of-color is caused by the regular
arrangement of the silica spheres that constitute them. The absence of opaline cement among
the spheres reinforces the beauty of this effect. On the other hand, the orange opals do not
show play-of-color, but they have greater transparency due to the small size of the spheres.
The solid inclusions also produce beautiful effects in the studied opals, mainly in the orange
variety that is more transparent. Besides this, the solid inclusions set reveals intrinsic
characteristics to hydrothermal processes that originated the studied opals. Botryoidal,
dendritic and nodular aggregates are examples of inclusions formed by fragments of the host sandstones, which were carried by the hydrothermal fluids that generated the opals. In the
opals from Buriti dos Montes, the red, orange and yellow hues are produced by the partial
dissolution of the Fe oxy-hydroxides inclusions. Similarly, the green color in the precious
opals is related to Co-pentlandite microcrystals included in them. The set of minerals
associated to opals leads to a mineralogical-geochemical signature marked by high contents of
Fe and Al in opals with hematite/goethite and kaolinite inclusions, such as the considerable
increase in the rare earth elements contents, in the opals that have kaolinite and apatite
inclusions. Among the trace elements, Ba is the most abundant, and it probably was
incorporated to hydrothermal fluid, considering that veins of barite are frequently found in
this region of Parnaíba Basin. Some features such as flow structures in the opals, corrosion
and partial dissolution in the hyaline quartz crystals and mineralogical inclusions,
hydrothermal quartz veinlets that overgrew to detrital grains, and zoning in the quartz crystals,
confirm that these opals have hydrothermal origin. The Gondwana rupture would have caused
a wide fissural basic magmatism, which was the responsible for the heat supply that generated
the first convective cells of hot fluids. The water contained in the sandstones certainly filled
the system and enriched in silica through partial or total dissolution of the quartz grains of
sandstones. This hydrothermal fluid was subsequently hosted and cooled in the fracture
systems, precipitating the opal and associated minerals.
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Acúmulo e fracionamento de fósforo nos sedimentos do estuário do rio Coreaú (Ceará) para avaliação do impacto da carciniculturaAQUINO, Rafael Fernando Oliveira 17 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A criação de camarão (carcinicultura) é uma das atividades da aquicultura amplamente empregada nos estuários e manguezais brasileiros. A ração dada aos camarões é enriquecida em compostos fosfatados. Desta forma, os efluentes produzidos pelas fazendas podem acelerar os processos de eutrofização. O Estuário do Rio Coreaú (CE)
vem apresentando um crescimento na prática da carcinicultura, porém dados de qualidade ambiental são escassos para o monitoramento da região. No presente trabalho, pretendeu-se avaliar a contribuição das fazendas de carcinicultura situadas às margens do Estuário do Rio Coreaú, no aporte de fósforo. As principais formas de fósforo: biodisponível (P-Bio), ligado aos oxi-hidróxidos de ferro (P-Fe), ligado à apatita
biogênica, autigênica e aos carbonatos (P-CFAP), ligado à apatita detrítica (P-FAP) e o
fósforo orgânico (P-Org), bem como carbono orgânico total (%COT) e clorofila-a
foram determinadas em amostras de sedimentos superficiais e testemunhos das margens
do Estuário do Rio Coreaú. As concentrações de P-Total obtidas nos sedimentos
superficiais foram bastante elevadas e mostram a necessidade de estudos de
monitoramento. A fração com maior representatividade foi a P-Fe compondo cerca de
30% do P-Total, o que demonstra a capacidade dos oxi-hidróxidos de ferro em
imobilizar ou liberar o fósforo. A contribuição dos efluentes das fazendas ficou
evidenciada pelas concentrações mais elevadas do P-Org nos pontos locados em frente
às fazendas. Nos testemunhos, as concentrações de P-Total foram mais elevadas no
ponto com sedimentos predominantemente finos (silte e argila), com as frações P-Fe, PCFAP
e P-FAP sendo as principais contribuintes. Os dados de taxa de sedimentação
disponíveis e os incrementos do P-Total indicam o possível período de desmatamento e
o início ou a máxima atividade das fazendas de carcinicultura no final da década de
1980 e meados de 1990, respectivamente. As concentrações elevadas de fósforo, %COT e dos teores de clorofila-a obtidas sugerem uma contribuição antrópica significativa no Estuário do Rio Coreaú e um elevado potencial de eutrofização. / The shrimp culture (shrimp farms) is one of the activities of aquaculture widely
employed in Brazilian estuaries and mangroves. The shrimps are fed with phosphate
enriched compounds. Thus, the effluent produced by farms can accelerate the
eutrophication process. An increase of shrimp farming has been seen in Coreaú River
Estuary, state of Ceará, but data about environmental quality are scarce to allow
monitoring of the region. The aim of the present research was to assess the contribution
of the shrimp farms on phosphorus input to the Coreaú River Estuary. The main forms
of phosphorus: bioavailable (P-Exch); bound to iron oxy-hydroxides (P-Fe), on the
biogenic, autigênica carbonates and apatite (P-CFAP), on the detrital apatite (P-FAP)
and organic phosphorus (P-Org) and as well as total organic carbon (%TOC) and
chlorophyll-a were determined in samples of surface sediments and cores from the
margins of the Coreaú River Estuary. The high concentrations of P-Total in surface
sediments indicated the need for monitoring studies. The larger fraction was P-Fe,
composing 30% of P-Total, approximately. These results indicate the ability of the iron
oxy-hydroxides to immobilize or release phosphorus. The contribution of the farm’s
effluents was evidenced by higher concentrations of P-Org in points adjacent to
discharge areas. In sediment cores, the highest P-Total concentrations were found
predominantly in fine sediments (silt and clay), with the P-Fe, P-CFAP and P-FAP
fractions being the main contributors. The sedimentation rates and concentration
increases of P-Total indicate the possible period of deforestation and starting or
maximum activity of shrimp farms in the end of the 1980 and mid 1990, respectively.
High phosphorus concentrations as well as %TOC and chlorophyll-a levels suggested a
significant anthropogenic contribution, associated with a high potential for
eutrophication.
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Geologia e petrogênese do “Greenstone Belt” identidade: implicações sobre a evolução geodinâmica do terreno granito - “Greenstone” de Rio Maria, SE do ParáSOUZA, Zorano Sérgio de Souza 07 October 1994 (has links)
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Previous issue date: 1994-10-07 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos / Este trabalho trata da geologia e petrogênese do "greenstone belt" Identidade, situado entre as cidades de Xinguara e Rio Maria, SE do Estado do Pará. Os dados obtidos permitiram discutir a evolução geodinâmica do terreno granito - "greenstone" da região de Rio Maria, inserindo-a no contexto da Província Mineral de Carajás (PMC), SE do cráton Amazônico. O "greenstone" em lide compõe um cinturão "sinformal" direcionado WNW-ESE, correspondendo a um pacote metavulcãnico, com xistos ultramáficos (UM), basaltos (BAS) e gabros (GB) na base, e, no topo, rochas hipabissais dacíticas (DAC - ca. 2,94 Ga, Pb/Pb). O conjunto foi intrudido por metaplutônicas Mesoarqueanas, os tipos mais precoces sendo quartzo dioríticos, seguidos sucessivamente por granodioritos (com enclaves máficos), trondhjemitos / tonalitos e leucogranitos. O embasamento gnáissico (GN - aflorante a norte e reconhecido por conter uma fábrica mais antiga Sn-1/D1), o "greenstone" e os metagranitóides foram intrudidos no final do Paleoproterozôico por enxames de diques riolíticos (ca. 1,60 Ga, Rb/Sr) e diabásicos. O "greenstone" apresenta estruturas e texturas ígneas reconhecíveis, porém obliteradas em regiões de contato com metagranitóides e em zonas de cisalhamento. As ultramáficas ocorrem como tremolititos, tremolita - talco xistos e talco xistos; o anfibólio é bastante alongado e fino, comumente em arranjos paralelos, interpretados como fantasmas de texturas "spinifex". Os basaltos são maciços ou almofadados, freqüentemente variolíticos. Mostram diferentes graus de recristalização, sendo identificados restos de texturas hialofiticas, pilotaxíticas e traquitóides. Clinoanfibólio (hornblenda actinolítica), epídotos e plagioclásio (albita - andesina) são os minerais mais abundantes. Os gabros são maciços a porfiriticos, distinguindo-se relíquias de texturas subofiticas e granofiricas. Os dacitos são porfiríticos, com fenocristais de quartzo e plagioclásio (oligoclásio), além de hornblenda e nódulos máficos (biotita, clorita, opacos, epidotos, titanita, apatita) nas variedades menos evoluídas. Dentre os metagranitóides, os leucogranitos e trondhjemitos contêm biotita cloritizada, enquanto granodioritos e parte dos tonalitos portam biotita ou biotita + hornblenda (também em quartzo dioritos). O "greenstone" e os metagranitóides foram afetados por uma deformação dúctil, heterogênea, que evoluiu para zonas miloníticas. A estruturação da área é marcada por uma fábrica planar (Sn//Sm/D2) direcionada WNW-ESE a E-W, de mergulhos divergentes. Lineações de estiramento E-W, WNW-ESE ou NW-SE, meso e microestruturas assimétricas S-C, peixes de micas e de clinoanfibólios, e rotações de porfiroclastos a e 15 indicaram uma megaestrutura resultante de um binário com encurtamento NW-SE. A geometria atual do "greenstone" seria derivada de transpressão dextrógira, com o "greenstone" compondo uma estrutura em flor positiva. O regime transpressivo favoreceu a criação de regiões transtrativas, onde se alojaram plútons graníticos no NW, além de clivagens de crenulação extensional (Sn+i/D2) no SW. A quantificação da deformação revelou encurtamento da ordem de 60%, extensão subhorizontal, paralela ao "trend" do "greenstone", de 68 a 500%, e extensão vertical de 101 a 280%. O elipsóide de deformação variou de oblato a prolato, com mudanças de densidade e rotação do eixo de estiramento máximo (X) nas zonas miloníticas. A inversão da deformação permitiu reconstruir a forma original do "greenstone", que seria também alongada WNW-ESE, embora de excentricidade menor que a atual. Estes dados, juntamente com a petrofábrica do eixo c do quartzo, sugeriram que a deformação progressiva envolveu mecanismos de cisalhamento puro e simples, sendo o arcabouço final resultante deste último. Falhas e fraturas rúpteis diversas, afetando também diques riolíticos e diabásicos, marcaram o último evento (D3). As paragêneses minerais do metamorfismo principal (Mn/M2) originaram-se de recristalização estática, pré-tectônica, que modificou parte das texturas e quase totalmente a mineralogia das rochas do "greenstone". Formaram-se anfibólio verde azulado (hornblenda actinolítica), epídotos (pistacita predominante), titanita e quartzo em BAS e GB; tremolita, talco e clorita em UM. Saussuritização e sericitização de plagioclásio, biotitização de anfibólio, cloritização de biotita e transformação de hornblenda em titanita verificaram-se nos metagranitóides. A coexistência de hornblenda + plagioclásio (An> 17) e/ou hornblenda actinolítica + epidotos + clorita em rochas metabásicas mostrou que o evento supra foi de pressão baixa e temperaturas transicionais entre as fácies xisto verde e anfibolito. Este episódio essencialmente térmico refletiu o aquecimento crustal produzido pelo plutonismo do final do Mesoarqueano, tendo obliterado as associações prévias do metamorfismo de fundo oceânico. Ligeiramente concomitante a francamente subseqüente, houve um evento de recristalização dinâmica extensiva (Mm/M2) na fácies xisto verde, particularmente em zonas de cisalhamento e contatos litológicos. Em tais locais, existem evidências de aporte de fluidos (blastomilonitos xistosos e abundantes veios de quartzo) e remobilização da maioria dos elementos químicos (Al, Fe, Ca, K, Na, Rb, Sr, Zr). Em condições PT ainda menores, deu-se finalmente a ação de um evento discreto, relacionado com crenulações e formando clorita, epídotos e quartzo (Mn+1/M2). O evento M2, bem como aquele detectado somente em GN (M1 em fácies anfibolito), foram de natureza dúctil, o que os distinguiu nitidamente do último episódio (D3/M3). Este foi posicionado no final do Paleoproterozóico, tendo caráter hidrotermal e associado á feições rúpteis de alto nível crustal. A evolução progressiva do metamorfismo M2, com pico térmico precoce ao pico da deformação, sugeriu uma trajetória P-T-t anti-horária, correspondente á evolução metamórfica de bacias marginais fanerozóicas. Algumas análises químicas de rochas metavulcânicas permitiram a definição de séries magmáticas e discussão de modelos petrogenéticos. Reconheceram-se três séries geoquímicas, a saber, da mais antiga para a mais nova, komatiítica (UM), toleitica (BAS e GB) e cálcio-alcalina (DAC). A primeira corresponde a komatiitos peridotíticos, com MgO>18% em peso (base anidra), com um "trend" de enriquecimento em Al, tal como em Geluk e Munro, e menos cálcico do que Barberton. Os padrões de terras raras leves são irregulares, com razões (La/Sm)N entre 0,42 e 4,2 e anomalias negativas de Eu. Os terras raras pesadas pareceram menos afetados por processos pós-eruptivos, sendo planos ou ligeiramente fracionados (1,0<(Gd1Yb)N<2,3). Modelos quantitativos foram de dificil execução em virtude da remobilização de vários elementos, porém, em termos qualitativos, foi possível estimar cumulados ricos em olivina e ortopiroxênio. Dentre os toleítos, BAS e GB apresentaram padrões geoquímicos muito similares entre si. Ambos são toleítos de baixo potássio, comparáveis a toleítos arqueanos empobrecidos. Os elementos terras raras são quase planos, com valores 10X o condrito, e anomalias fracas ou inexistentes de Eu. Modelos preliminares sugeriram cumulados semelhantes para BAS e GB, compostos essencialmente de clinopiroxênio e plagioclásio. De acordo com alguns cálculos geoquímicos, a fonte dos magmas que originaram os komatiitos e toleítos seria o lherzolito a granada. Os DAC apresentaram características geoquímicas afins à metavulcânicas e metaplutônicas cálcio-alcalinas tanto modernas quanto arqueanas, seguindo o "trend" trondhjemítico. A diferenciação magmática teria decorrido por fracionamento de plagioclásio>quartzo>hornblenda>K-feldspato, com quantidades accessórias de biotita, magnetita, titanita, alanita e zircão. A fonte do magma dacítico seria crustal do tipo toleíto metamorfisado em fácies granada anfibolito e ligeiramente enriquecido em terras raras leves. No modelo geodinâmico proposto, já existia um embasamento gnáissico antes de 2,96 Ga. Entre 2,96 e 2,90 Ga, a conjugação de alto gradiente geotérmico com extensão litosférica provocou o rifteamento continental, formando bacias marginais, onde se daria a extrusão de komatiitos e toleítos. Em torno de 2,94(?)-2,90 Ga, geraram-se os DAC através de fusão de crosta oceânica em zonas de subducção, evoluindo por fracionamento a baixas pressões. Os mesmos mecanismos geradores dos DAC também seriam responsáveis pelo plutonismo cálcio-alcalino, culminando com a inversão estrutural do "greenstone", espessamento crustal e forma final do terreno granito - "greenstone" (transpressão dextrógira ca. 2,88-2,86 Ga). A região sofreu ainda um episódio de (rea)quecimento, detectado a nível de minerais, sem deformação e metamorfismo correlatos, ao final do Eoarqueano (2,69-2,50 Ga), e intrusão de enxames de diques riolíticos (1,60 Ga, Rb/Sr) e diabásicos ao final do Paleoproterozóico. A correlação com o conhecimento atual da PMC permitiu admitir que o terreno granito - "greenstone" de Rio Maria já estava configurado quando da implantação do Supergrupo Itacaiúnas (ca. 2,76 Ga) e da granitogênse alcalina na Serra dos Carajás. Assim, a transpressão sinistrógira que inverteu aquele supergrupo corresponderia a um evento posterior e bem distinto da transpressão dextrógira da região de Rio Maria. / This thesis deals to the geology and petrogenesis of the Identidade greenstone belt, located between Xinguara and Rio Maria towns, SE of Pará state. The data of this area permitted the discussion of the tectonic evolution of the gravite greenstone terrain of the Rio Maria region in the context of the Província Mineral de Carajás, SE of the Amazonian craton. The greenstone studied compose a synformal belt in the WNW-ESE direction, corresponding to one metavolcanic pile, formed predominantly by ultramafic schists (UM), basalts (BAS) and gabbros (GB) at the base, and hypabyssal dacitic rocks (DAC - ca. 2.94 Ga, Pb/Pb) at the top. The whole was intruded by metaplutonic rocks of Mesoarchean ages, the older one being quartz diorites, followed successively by granodiorites, trondhjemites / tonalites and leucogranites. The gneissic basement (GN - outcroping toward north and recognized for having an older fabric Sn-1/D1), the greenstone and the metagranitoids were intruded by hypabyssal rhyolitic (ca. 1.60 Ga, Rb/Sr) and basic dykes at the end of the Paleoproterozoic. The greenstone presents igneous structures and textures still recognized, although obliterated near the contacts with the metagranitoids and shear zones. The ultramafics occur as tremolitites, tremolite - talc schists and talc schists; the amphibole is very elongated and thin, commonly in parallel arrays, interpreted as ghosts of spinifex textures. The basalts are massive or pillowed and frequently variolitic. They show different degrees of recrystallization, with some relicts of hyalophitic, pilotaxitic and traquitoid textures. Clinoamphibole (actinolitic hornblende), epidotes and plagioclase (albite - andesine) are the most abundant minerais. The gabbros may be massives to porphyritics (plagioclase phenocrysts), still with some relicts of subophitic and granophyric textures. The dacites are porphyritic, with phenocrysts of quartz and plagioclase (oligoclase), besides hornblende and mafic clots (biotite, chlorite, opaque minerais, epidotes, sphene, apatite) in the less evolved samples. Concerning the metagranitoids, the leucogranites and trondhjemites have chloritized biotite, whereas the granodiorites and some tonalites comprise biotite or biotite + hornblende (also in quartz diorites). The greenstone and the metagranitoids were affected by one event of heterogeneous, ductile deformation, that evolved to mylonitic zones. The structural framework of the area is marked by a planar fabric (Sn//Sm/D2) in the WNW-ESE to E-W direction, with moderate to strong dips in a divergent fan. E-W, WNW-ESE or NW-SE stretching lineations, meso and asymmetric S-C microstructures, mica and clinoamphibole fishes, and rotation of o and i porphyroclasts indicated one megastructure resulting from a binary system with NW-SE shortening direction. The actual geometry of the greenstone would be derived from a dextral transpression, with the greenstone forming a positive flower structure. The transpressional regime favored the grow of transtensional cites and subsequent emplacement of granitic plutons on the NW contact, and extensional crenulation cleavage (Sn+1/D2) on the SW of the greenstone. Strain measurements displayed a ca. 60% shortening, subhorizontal extension of ca. 60 to 500% parallel to the greenstone trend, and vertical extension of ca. 101 to 280%. The strain ellipsoid may be oblate to prolate, with changes in density and rotation of the axis of maximum stretching (X) toward the mylonitic zones. The inversion of the deformation permitted the reconstruction of the original shape of the greenstone, that would be also elongated WNW-ESE, but with lesser eccentricity than today. These data, together with the quartz petrofabric, suggested that the deformation has been accommodated by pure and simple shear mechanisms, the final framework resulting essentially from the later. The last event (D3) are represented by faults and fractures which also affected the felsic and basic dykes. The paragenesis of the main metamorphic event (Mn/M2) is represented by static recrystallization, which modified some textures and almost ali minerais within the greenstone. The minerais formed phases were bluish green amphibole (actinolitic hornblende), epidotes, sphene and quartz in BAS and GB; tremolite, talc and chlorite in UM. The metagranitoids show transformations of plagioclase (saussurite, fine white mica), amphibole (to biotite and/or sphene) and biotite (to chlorite). The coexistence of hornblende + plagioclase (An>17) and/or actinolitic hornblende + chlorite in metabasic rocks shows that this event was of low pressures and temperatures in the transitional field of the greenschist and amphibolite facies. This episode should reflect a regional crustal heating produced by the plutonism at the end of the Mesoarchean, that obliterated the previous associations of ocean floor metamorphism. Slightly coeval to subsequently, it occurred one event of extensive dynamic recrystallization (Mm/M2) in the greenschist facies, specially within shear zones and lithological contacts. In these places, there are evidences of fluid incoming (schistose blastomylonites and abundant quartz veins) and remobilization of chemical elements (Al, Fe, Ca, K, Na, Rb, Sr, Zr). Finally, under lower PT conditions, it occurred a less expressive event related to crenulation cleavages and forming chlorite, epidotes and quartz (Mn+1/M2). The M2 event, as well as the one detected only in GN (M1 under amphibolite facies), was of ductile nature and cleary distinguished from the last one (D3/M3). The later was placed at the end of the Paleoproterozoic, being of hydrothermal character and associated to high crustal structures. The progressive evolution of the M2 metamorphism with its thermal peak predating the deformation suggested a counterclockwise P-T-t path, corresponding to the metamorphic evolution of Phanerozoic marginal basins. Some chemical analysis of the metavolcanic rocks permitted the definition of magmatic series and a discussion of petrogenetical modeling. It was possible to recognize three geochemical series, that is, from the older to the younger, komatiitic (UM), tholeiitic (BAS and GB) and calc-alkaline (DAC). The first one corresponds to peridotitic komatiites with MgO>18 weight % (volatile-free basis), with an enrichment trend in Al, such as in Geluk and Munro, and less calcic than the Barberton one. The light rare earth element patterns are irregular with (La/Sm)N ratios between 0.42 and 4.2 and negative Eu anomalies. The heavy rare earth elements seem less affected by post-eruptive processes, being plate or slightly fractionated (1.0<(Gd/Yb)N<2.3). The quantitative models were of hard execution due to the remobilization of several elements. It was possible estimate cumulates rich in olivine and orthopyroxene. With regarding to tholeiites, the BAS and GB showed very similar geochemical signatures, both being low potassium tholeiites comparable to depleted Archean tholeiites. The rare earth elements are almost plate, with values 10X the chondrite, and slight or no Eu anomaly. Preliminary modeling suggested similar cumulates for BAS and GB, composed essentially by clinopyroxene and plagioclase. The magma sources that originated the komatiites and tholeiites would be a garnet lherzolite. The DAC presented geochemical characteristics of modern and Archean metavolcanics and metaplutonics of trondhjemitic nature. The magmatic differentiation would be achieved by fractionation of plagioclase>quartz>hornblende>K-feldspar, with subordinated amount of biotite, magnetite, sphene, allanite and zircon. The source of the dacitic magma would be a tholeiite metamorphosed to the garnet amphibolite facies and somewhat enriched in light rare earth elements. The geodynamical model proposed admit the existence of a gneissic basement prior to 2.96 Ga. Between 2.96 and 2.90 Ga, the interplay of high geothermal gradients and lithospheric extension was responsible for extensive rifting, forming marginal basin systems, where extruded the komatiitic and tholeiitic rocks. At 2.94(?)-2.90 Ga, the DAC were generated from partia' melting of oceanic crust in subduction zone settings, and evolved by low pressure fractional crystallization. The same mechanisms that generated the DAC are extended also to the calc-alkaline plutonism, this one being responsible for the structural inversion of the greenstone, crustal thickening and final shape of the granite - greenstone terrain (dextral transpression ca. 2.88-2.86 Ga). The region still suffered a late episode (end of Eoarchean, 2.69-2.50 Ga) of (re)heating, registered only in sorne mineral, without any evidente of deformation and/or metamorphism. Finally, it occurred the intrusion of felsic (1.60 Ga, Rb/r) and basic dykes at the end of the Paleoproterozoic. The correlation with the actual understanding of the Província Mineral de Carajás permitted envisage that the Rio Maria granite - greenstone terrain was then configured at the moment of implantation of the Itacaiúnas Supergroup (ca. 2.76 Ga) and alkaline granitic plutonism at the Serra dos Carajás. So the sinistrai transpression that inverted that supergroup would correspond to a newer event, very distinct as regards as the dextral transpression of the Rio Maria region.
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Evolução mineralógica e geoquímica multi-elementar de perfis de solos sobre lateritos e gossans na AmazôniaHORBE, Adriana Maria Coimbra 31 July 1995 (has links)
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Previous issue date: 1995-07-31 / PADCT - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Para estudar a gênese dos solos desenvolvidos sobre crostas lateríticas foram selecionados cinco perfis, localizados na região de Carajás (N5 e igarapé Bahia) e nos municípios de Paragominas (Mina de Camoaí) e Belém (balneários de Outeiro e Mosqueiro), todos no Estado do Pará. A estruturação dos cinco perfis (N5, Igarapé Bahia, Camoaí, Outeiro e Mosqueiro) permitiu individualizar quatro horizontes: crosta sã, crosta parcialmente intemperizada, crosta intemperizada e solo. A crosta sã é compacta vacuolar, constituída por óxi-hidróxidos de Fe e Al. A crosta parcialmente intemperizada compõe-se por relictos da crosta sã envolvidos por uma matriz argilosa amarelada ou avermelhada, dependendo da composição mineralógica da crosta sã. A crosta intemperizada caracteriza-se pela predominância da matriz argilosa em relação a seus relictos enquanto o solo é formado exclusivamente por material argiloso. A estruturação dos perfis mostra que a passagem da crosta sã para o solo sobreposto é gradual, havendo expansão de volume no inicio da fragmentação e posterior colapso do perfil, quando os relictos se transformam totalmente em um material terroso e microagregado. Os perfis de N5 e Igarapé Bahia são derivados a partir de urna crosta ferro-aluminosa matura. Caracterizam-se pelos teores mais elevados de caolinita e hematita na crosta e seus relictos. No solo concentram-se a gibbsita, Al-goethita e anatásio com tendência a formação de um solo inicialmente bauxítico, que passa a caolinítico em direção ao topo do perfil. No Igarapé Bahia tem-se acúmulo de quartzo no solo. Quimicamente observa--se que a modificação mineralógica leva a um decréscimo nos teores de Fe203 e 6i02 e aumento de Al203, TiO2 e PF. Os elementos-traço (V, Cr, Ni, B, Mo, Zr, Ga, Sc, Y, Mn, Cu e Pb, além de Au no perfil do igarapé Bahia) e os ETR mostram concentração de B e Zr, enquanto os demais tendem a serem diluídos da crosta para o solo. O balanço isotitânio mostra que a transformação da crosta em solo se dá por lixiviação de SiO2 e Fe2O3 nos dois perfis, enquanto o Al2O3 se enriquece no perfil de N5 e é lixiviado no perfil do Igarapé Bahia. A formação do solo de Camoaí, a partir de crosta aluminosa matura, difere dos perfis de N5 e Igarapé Bahia pela diminuição nos teores de gibbsita e aumento nos de caolinita e quartzo, enquanto os teores de hematita, goethita e anatásio, muito baixos, não tem variação significativa. Acompanhando a composição mineralógica tem-se diminuição nos teores de Al2O3 e aumento nos de SiO2, enquanto os de Fe2O3 e TiO2, muito baixos, não tem uma distribuição característica. Os elementos-traço e os ETR, com teores bem mais baixos que nos demais perfis, mostram aumento de Zr e Mn em direção ao solo e diluição dos demais elementos. Em Camoaí a transformação da crosta aluminosa em solo, segundo o balanço isotitânio, dá-se pela lixiviação de Al2O3 e enriquecimento em SiO2 e Fe2O3. Nos perfis de Outeiro e Mosqueiro, derivados de crostas lateriticas silico-ferruginosas imaturas, a formação do solo se com diminuição nos teores de hematita+goethita, de modo que no solo predominam quartzo e caolinita. Conseqüentemente tem-se decréscimo nos teores de Fe2O3 e aumento nos de SiO2 e Al2O3. A distribuição dos elementos-traça mostra, assim como em N5 e igarapé Bahia, concentração de Zr e diluição dos demais. Com base no balanço isotitânio a transformação da crosta dos perfis de Outeiro e Mosqueiro se dá pela lixiviação de Fe2O3, enquanto o SiO2 e o Al2O3 se enriquecem no perfil de Outeiro e são lixiviados no de Mosqueiro. Com base na estruturação dos perfis, na mineralogia e geoquímica, foi possível caracterizar um acentuado processo de desferrificação das crostas ferro-aluminosas e sílico-ferruginosas e de desaluminizaçâo das aluminosas, levando a geração de solos. No perfis derivados das crostas ferro-aluminosas e silico-ferruginosas tem-se a substituição da hematita por Al-goethita, uma fase intermediária onde predomina gibbsita nos perfis ferro-aluminosos e, finalmente, caolinita no topo dos dois perfis. Em todos os perfis observou-se acúmulo em quartzo. O enriquecimento em quartzo e o provável aporte externo de SiO2, via decomposição de material vegetal, levou a neoformação da caolinita a partir da gibbsita nos perfis de N5, igarapé Bahia e Camoaí. Nos perfis de Outeiro e Mosqueiro a presença de caolinita no solo deve-se ao seu enriquecimento relativo a partir da crosta. Como consequência da transformação mineralógica houve a lixiviação de ferro nos perfis de N5, igarapé Bahia, Outeiro e Mosqueiro e de alumínio no de Camoaí, além de V, Cr, Ni, Mo, Ga, Sc, Cu, Pb e ETR, forte enriquecimento em Zr e em parte de 13 e Mn em todos os perfis. As transformações que levaram à quebra no equilíbrio das crostas, a sua desagregação e cominuição, formando relictos e uma nova fase mineral argilosa, são consequências da ação da matéria orgânica, que torna o ambiente mais ácido e menos oxidante, em um processo similar ao da formação de perfis intempéricos em ambiente tropical úmido. As diferenças mineralógicas e geoquímicas observadas entre os perfis são conseqüência das variáveis composicionais das crostas que, em parte, refletem também o seu grau de maturidade. As características mineralógicas e geoquímicas dos solos nos perfis estudados permitem que eles sejam correlacionados a Argila de Belterra, podendo-se portanto admitir que a Argila de Belterra tem origem autóctone em relação as crostas lateríticas subjacentes. / With the aim of studying the genesis of soils developed on lateritic crusts, five profiles located in the region of Carajás (N5 and Igarapé Bahia procpects) as well as in Paragominas (Camoaí Mine) and Belém (Mosqueiro and Outeiro Beaches) municipalities all them located in Pará State, Brazil - have been selected. Based on the structures described in the profiles (N5, igarapé Bahia, Camoaí, Outeiro and Mosqueiro), it has been Possible to distinguish four differents horizons: fresh crust, partially-weathered crust, weathered crust and soil. The fresh crust is compact, vacuolar and composed of iron and aluminium oxyhydroxides. The partially-weathered crust is made up of fresh-crust relicts enclosed in yellowish or reddish clayey matrix, depending on the mineralogical composition of the fresh crust. The weathered crust is characterized by dominance of clayey matrix in relation to relicts, while the soil is composed exclusively of clayey material. The structures of the profiles show that the change from fresh crust to the overlying soil is gradual with volume expansion at the beginning of the fragmentat ion processes. This expansion is followed by the collapse of the profile as the relicts are entirely transformed into an earthy micro-aggregated material. The profiles of N5 and Igarapé Bahia prospects have been derived from a mature iron-aluminous crust, being characterized by the highest contents of kaolinite and hematite either in the crust or in the relícts. Gibbsite Al-goethite, anatasse and quartz are concentrated in the soil, which tends to be initially bauxitic, at the base of the profile, and to become kaolinite-rich toward the top. The mineralogical changes led to chemical modifications such as decrease in Fe2O3 and 8iO2 and increase in Al2O3, TiO2 and PF. The trace elements (V, Cr, Ni, R, Mo, Zr, Ga, Sc, Y, Mn, Cu and Pb besides Au in the profile of Igarapé Bahia) and REE's exhibit concentrations of 8 and Zr whereas the remaining ones tend to be progressively diluted from the crust toward the soil. The TiO2-mass balance shows that the transformation of the crust into soil took place by means of leaching of SiO2 and Fe2O3 in two profiles above mentioned, while Al2O2 underwent enrichment in the profile of N5 and leaching in the profile of igarapé Bahia. The soil formation from a mature aluminous crust in Camoaí differs from those described in the profile of Igarapé Bahia and of N5 in that it shows a decrease in gibbsite contents and an increase in kaolinite and quartz, whereas the verey low contents of ,hematite, goethite, and anatase do not present a characteristic distribution. The trace elements and the REE's, with contents much lower than those observed in the others profiles, show an increase in Zr and Mn toward the soil horizon and a dilution of the remaining ones. In the Camoaí, the transformation of the aluminous crust into soil, based on the TiO2-mass balance, took place through leaching of Al2O3 and enrichment in SiO2 and Fe2O3. In the profiles of Outeiro and Mosqueiro, deriveci from immature silicoferruginous lateritic crust the soil formation occurred by means of decreasing in hematite+goethite so that, in the resulting soil, quartz and kaolinite predominate. In consequence of this, a decrese in the Fe2O3 contents and an increase in SiO2 and Al2O3 have been observed in those profiles. The trace elements distribution presents, as in igarapé concentration of Zr and dilution of the remaining ones. Based on TiO2-mass balance, it could be noticed that the transformation of the crust in the profiles of Mosqueiro and Outeiro took place through leaching of Fe2O3, whereas SiO2 and Al2O3 underwent enrichment in the profile of Outeiro and Leaching in the one of Mosqueiro. On the basis of structures, mineralogical composition and geochemical data of the profiles, it has been possible to characterize an accentuated process of Fe loss in the iron-aluminous and in the silicoferruginous crust as well as Ai removal in the aluminous ones what led to soil generation. In the profiles derived from the iron-aluminous and the silicoferruginous crust, it has been observed substitution of hematite by Al-goethite, an intermediated segment - where there is predominance of gibbsite in the iron-aluminous profiles -- and presence of kaolinite at the top of both profiles. In every profiles, it has been reported quartz acumulation. The enrichment in quartz and the S1O2 being the latter likely come from externai sources -via vegetable-material decay - caused the neoformation of kaolinite from gibbsite in the profiles of N5, igarapé Bahia, and Camoaí. In the profiles of Mosqueiro and Outeiro the kaolinite presence in the soil is a consequence of its relative enrichment in the relation to the crust from which it has been derived. As a consequence of the mineralogical transformation, Fe has been leached from the profiles of N5, Igarapé Bahia, Mosqueiro, and Outeiro and Al from those of the Camoaí, as well as V, Cr, Mo, Ga, Sc, Cu, Pb and REErs. On the other hand, a strong enrichment in Zr and, in part, in 8 and Mn has been reported in every stud ied profiles. The transformations that caused the break down of the balance of the crusts, their desmantlement and comminution, forming relicts and a new clayey mineral phase, are consequence of organic matter influence which turns the environments conditions more acid and less oxidizing, in a process similar to that of weathering-profiles formation in humid tropical environments. The mineral and chemical difference observed between the profiles are consequence of compositional variation of the crusts which, in part, also reflect the degree of maturity of theirs. The mineralogical and geochemical characteristics of the soils in the investigated profiles allow us to correlate them to the Belterra Clay and, in consequence of this, to admit that Belterra Clay had an autochthonous origin in relation to the underlying lateritic crusts.
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