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Identidade e trabalho : análise da construção identitária dos operários porto-alegrenses (1896-1920)Bilhão, Isabel Aparecida January 2005 (has links)
A tese tem por objetivo analisar o processo de construção identitária dos operários porto-alegrenses no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, no qual a interação das vivências pessoais e sociais é considerada de forma relacional, engajando-se, assim, em uma opção historiográfica na qual a análise das experiências constitutivas dos sujeitos sociais vêm ocupando um espaço cada vez maior. Parte-se de três hipóteses norteadoras: 1) A construção da identidade operária tem como um de seus fundamentos a busca de reconhecimento através do orgulho de sua capacidade produtiva. Isto implica que os operários se distingam tanto dos “exploradores capitalistas” e das “classes perigosas” quanto da imagem construída pelo discurso dominante, que os associa ao vício, à preguiça e à indisciplina sempre que eles ameaçam sair do controle e/ou reivindicam melhores condições de vida e trabalho; 2) As identidades sociais existem sempre em relação umas com as outras, influenciando-se mutuamente e contribuindo para que ocorram permanentes transformações identitárias. Optou-se, na tese – devido à importância percebida ao longo do trabalho com as fontes – por analisar as interfaces entre as identidades operária, étnicas e de gênero; 3) A identidade operária é construída não apenas a partir das peculiaridades do local e do contexto em que se encontram os trabalhadores, mas também da conjugação dessas peculiaridades com idéias, símbolos e características que aparecem em diversos lugares e circulavam em diferentes países, possibilitando aos operários manter contato com as múltiplas dimensões dessa realidade, auxiliando na formação de uma identidade coletiva que ultrapassa barreiras geográficas. No Primeiro Capítulo, foi analisado o processo de construção da identidade operária através das operações de reconhecimento dadas pela aproximação aos “iguais” e pela valorização do trabalho, transformado em emblema, bem como pela oposição aos “outros”, através tanto da denúncia dos “exploradores capitalistas”, quanto pela demonstração das diferenças em relação às “classes perigosas”. O Segundo Capítulo analisou as transformações identitárias motivadas pela convivência de novos contingentes populacionais que, chegados à cidade a partir da segunda metade do século XIX, trouxeram novas características étnicas e/ou nacionais, que foram redimensionadas e/ou transformadas a partir da convivência no mundo produtivo. Também se analisou as relações estabelecidas entre as características identitárias de gênero e operárias, ocasionadas pela crescente entrada do “elemento feminino” no mercado de trabalho da cidade. No Terceiro Capítulo buscou-se compreender as relações identitárias estabelecidas entre o movimento operário porto-alegrense com os de outras partes do Brasil e do exterior, observando, para isso, tanto a circulação de militantes locais em outras cidades do interior do Estado e do centro do país, quanto os textos de autores nacionais e estrangeiros, publicados nos jornais locais, bem como as influências de militantes que, vindos do centro do país, aqui residiram. Analisou-se ainda as comemorações do Primeiro de Maio, observando-se como sua memória e simbologia foram apropriadas e permitiram diferentes visões da data entre o operariado local, transformando-a tanto em momento de festa e confraternização, quanto em ritual de reconhecimento, distinção e luta.
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Identidade e trabalho : análise da construção identitária dos operários porto-alegrenses (1896-1920)Bilhão, Isabel Aparecida January 2005 (has links)
A tese tem por objetivo analisar o processo de construção identitária dos operários porto-alegrenses no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, no qual a interação das vivências pessoais e sociais é considerada de forma relacional, engajando-se, assim, em uma opção historiográfica na qual a análise das experiências constitutivas dos sujeitos sociais vêm ocupando um espaço cada vez maior. Parte-se de três hipóteses norteadoras: 1) A construção da identidade operária tem como um de seus fundamentos a busca de reconhecimento através do orgulho de sua capacidade produtiva. Isto implica que os operários se distingam tanto dos “exploradores capitalistas” e das “classes perigosas” quanto da imagem construída pelo discurso dominante, que os associa ao vício, à preguiça e à indisciplina sempre que eles ameaçam sair do controle e/ou reivindicam melhores condições de vida e trabalho; 2) As identidades sociais existem sempre em relação umas com as outras, influenciando-se mutuamente e contribuindo para que ocorram permanentes transformações identitárias. Optou-se, na tese – devido à importância percebida ao longo do trabalho com as fontes – por analisar as interfaces entre as identidades operária, étnicas e de gênero; 3) A identidade operária é construída não apenas a partir das peculiaridades do local e do contexto em que se encontram os trabalhadores, mas também da conjugação dessas peculiaridades com idéias, símbolos e características que aparecem em diversos lugares e circulavam em diferentes países, possibilitando aos operários manter contato com as múltiplas dimensões dessa realidade, auxiliando na formação de uma identidade coletiva que ultrapassa barreiras geográficas. No Primeiro Capítulo, foi analisado o processo de construção da identidade operária através das operações de reconhecimento dadas pela aproximação aos “iguais” e pela valorização do trabalho, transformado em emblema, bem como pela oposição aos “outros”, através tanto da denúncia dos “exploradores capitalistas”, quanto pela demonstração das diferenças em relação às “classes perigosas”. O Segundo Capítulo analisou as transformações identitárias motivadas pela convivência de novos contingentes populacionais que, chegados à cidade a partir da segunda metade do século XIX, trouxeram novas características étnicas e/ou nacionais, que foram redimensionadas e/ou transformadas a partir da convivência no mundo produtivo. Também se analisou as relações estabelecidas entre as características identitárias de gênero e operárias, ocasionadas pela crescente entrada do “elemento feminino” no mercado de trabalho da cidade. No Terceiro Capítulo buscou-se compreender as relações identitárias estabelecidas entre o movimento operário porto-alegrense com os de outras partes do Brasil e do exterior, observando, para isso, tanto a circulação de militantes locais em outras cidades do interior do Estado e do centro do país, quanto os textos de autores nacionais e estrangeiros, publicados nos jornais locais, bem como as influências de militantes que, vindos do centro do país, aqui residiram. Analisou-se ainda as comemorações do Primeiro de Maio, observando-se como sua memória e simbologia foram apropriadas e permitiram diferentes visões da data entre o operariado local, transformando-a tanto em momento de festa e confraternização, quanto em ritual de reconhecimento, distinção e luta.
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Identidade e trabalho : análise da construção identitária dos operários porto-alegrenses (1896-1920)Bilhão, Isabel Aparecida January 2005 (has links)
A tese tem por objetivo analisar o processo de construção identitária dos operários porto-alegrenses no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, no qual a interação das vivências pessoais e sociais é considerada de forma relacional, engajando-se, assim, em uma opção historiográfica na qual a análise das experiências constitutivas dos sujeitos sociais vêm ocupando um espaço cada vez maior. Parte-se de três hipóteses norteadoras: 1) A construção da identidade operária tem como um de seus fundamentos a busca de reconhecimento através do orgulho de sua capacidade produtiva. Isto implica que os operários se distingam tanto dos “exploradores capitalistas” e das “classes perigosas” quanto da imagem construída pelo discurso dominante, que os associa ao vício, à preguiça e à indisciplina sempre que eles ameaçam sair do controle e/ou reivindicam melhores condições de vida e trabalho; 2) As identidades sociais existem sempre em relação umas com as outras, influenciando-se mutuamente e contribuindo para que ocorram permanentes transformações identitárias. Optou-se, na tese – devido à importância percebida ao longo do trabalho com as fontes – por analisar as interfaces entre as identidades operária, étnicas e de gênero; 3) A identidade operária é construída não apenas a partir das peculiaridades do local e do contexto em que se encontram os trabalhadores, mas também da conjugação dessas peculiaridades com idéias, símbolos e características que aparecem em diversos lugares e circulavam em diferentes países, possibilitando aos operários manter contato com as múltiplas dimensões dessa realidade, auxiliando na formação de uma identidade coletiva que ultrapassa barreiras geográficas. No Primeiro Capítulo, foi analisado o processo de construção da identidade operária através das operações de reconhecimento dadas pela aproximação aos “iguais” e pela valorização do trabalho, transformado em emblema, bem como pela oposição aos “outros”, através tanto da denúncia dos “exploradores capitalistas”, quanto pela demonstração das diferenças em relação às “classes perigosas”. O Segundo Capítulo analisou as transformações identitárias motivadas pela convivência de novos contingentes populacionais que, chegados à cidade a partir da segunda metade do século XIX, trouxeram novas características étnicas e/ou nacionais, que foram redimensionadas e/ou transformadas a partir da convivência no mundo produtivo. Também se analisou as relações estabelecidas entre as características identitárias de gênero e operárias, ocasionadas pela crescente entrada do “elemento feminino” no mercado de trabalho da cidade. No Terceiro Capítulo buscou-se compreender as relações identitárias estabelecidas entre o movimento operário porto-alegrense com os de outras partes do Brasil e do exterior, observando, para isso, tanto a circulação de militantes locais em outras cidades do interior do Estado e do centro do país, quanto os textos de autores nacionais e estrangeiros, publicados nos jornais locais, bem como as influências de militantes que, vindos do centro do país, aqui residiram. Analisou-se ainda as comemorações do Primeiro de Maio, observando-se como sua memória e simbologia foram apropriadas e permitiram diferentes visões da data entre o operariado local, transformando-a tanto em momento de festa e confraternização, quanto em ritual de reconhecimento, distinção e luta.
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Disciplina escolar e disciplina fabril: educação e formação da classe operária nacional nos anos 1930 e 1940 / School discipline and factory discipline: education and formation of national working class in the 1930s and 1940sDerick Casagrande Santiago 28 September 2015 (has links)
A presente pesquisa aborda a educação brasileira frente ao processo de modernização da sociedade. Seu objeto de estudo consiste, especificamente, na dimensão ocupada pela educação escolar quanto à formação da classe operária nacional durante o governo Vargas (1930-1945). Tratando-se de um período que condiz com mudanças observadas nas esferas política, econômica e social do país, faz-se necessária uma abordagem do contexto histórico que enfatize as propostas e ações desempenhadas na esfera educacional. Considera-se, dessa forma, que a educação escolar deve ser analisada conjuntamente com aqueles fatores que implicam em sua organização e dinâmica. Sua realização está baseada em literatura acerca da relação entre Estado, sociedade e educação, após a proclamação da República e, mais especificamente, nas décadas de 1930 e 1940. Recorreu-se também à análise de documentos oficiais da época concernentes à educação e à criação e regulamentação de instituições, como os textos relativos às reformas educacionais promulgadas em 1931 e em 1942 e às Constituições (1934 e 1937), ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), à Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (1933) e à Fundação Getúlio Vargas (1944). Destaca-se, o papel exercido pelo Estado como agente capaz de promover o projeto de modernização por, além da sua intervenção em diferentes esferas da sociedade, promover outra formação escolar à sociedade para consolidar a ordem social emergente. A adequação do ensino às novas necessidades é apontada pelo esforço para organizá-lo nacionalmente a partir da criação do Ministério da Educação e Saúde Pública e das reformas por ele executadas em seus diferentes níveis. Se, por um lado, exigia-se a formação de uma classe trabalhadora apta à produção sob a lógica racional do trabalho, por outro, havia a preocupação com a formação de uma classe dirigente capacitada para conduzir e coordenar as ações econômicas, além de ocupar altos cargos hierárquicos na burocracia privada e estatal. / This research deals with the Brazilian education on the process of modernization of society. Its subject matter is specifically in the occupied dimension for school education for the formation of national working class during the Vargas government (1930-1945). Since this is a period that is consistent with the observed changes in the political, economic and social of the country, an approach that emphasizes the historical context the proposals and actions taken in the educational sphere is required. It is considered therefore that school education should be analyzed together with factors that imply their organization and dynamics. Its realization is based on literature about the relationship between state, society and education, after the proclamation of the Republic and , more specifically , in the 1930s and 1940s it was also resorted to analysis of official documents of the time pertaining to education and the creation and regulatory institutions such as the texts relating to educational reforms enacted in 1931 and 1942 and the Constitutions (1934 and 1937) , the Manifesto of the Pioneers of the New Education ( 1932) , the Free School of Sociology and Politics of São Paulo (1933 ) and the Getúlio Vargas Foundation ( 1944) . To highlight the role played by the State as agent capable of promoting the modernization project, as well as their involvement in different spheres of society, promote other school education to society for the emerging social order. Better education adapting to new needs is appointed by the effort to organize it at national level since the creation of the Ministry of Education and Public Health and reforms implemented at different levels. On the one hand, demanded the formation of a working class capable of producing under the rational logic of the work, on the other, there was the concern with the formation of a ruling class able to lead and coordinate the economic actions, and have high hierarchical bureaucracy positions private and state.
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Disciplina escolar e disciplina fabril: educação e formação da classe operária nacional nos anos 1930 e 1940 / School discipline and factory discipline: education and formation of national working class in the 1930s and 1940sSantiago, Derick Casagrande 28 September 2015 (has links)
A presente pesquisa aborda a educação brasileira frente ao processo de modernização da sociedade. Seu objeto de estudo consiste, especificamente, na dimensão ocupada pela educação escolar quanto à formação da classe operária nacional durante o governo Vargas (1930-1945). Tratando-se de um período que condiz com mudanças observadas nas esferas política, econômica e social do país, faz-se necessária uma abordagem do contexto histórico que enfatize as propostas e ações desempenhadas na esfera educacional. Considera-se, dessa forma, que a educação escolar deve ser analisada conjuntamente com aqueles fatores que implicam em sua organização e dinâmica. Sua realização está baseada em literatura acerca da relação entre Estado, sociedade e educação, após a proclamação da República e, mais especificamente, nas décadas de 1930 e 1940. Recorreu-se também à análise de documentos oficiais da época concernentes à educação e à criação e regulamentação de instituições, como os textos relativos às reformas educacionais promulgadas em 1931 e em 1942 e às Constituições (1934 e 1937), ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), à Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (1933) e à Fundação Getúlio Vargas (1944). Destaca-se, o papel exercido pelo Estado como agente capaz de promover o projeto de modernização por, além da sua intervenção em diferentes esferas da sociedade, promover outra formação escolar à sociedade para consolidar a ordem social emergente. A adequação do ensino às novas necessidades é apontada pelo esforço para organizá-lo nacionalmente a partir da criação do Ministério da Educação e Saúde Pública e das reformas por ele executadas em seus diferentes níveis. Se, por um lado, exigia-se a formação de uma classe trabalhadora apta à produção sob a lógica racional do trabalho, por outro, havia a preocupação com a formação de uma classe dirigente capacitada para conduzir e coordenar as ações econômicas, além de ocupar altos cargos hierárquicos na burocracia privada e estatal. / This research deals with the Brazilian education on the process of modernization of society. Its subject matter is specifically in the occupied dimension for school education for the formation of national working class during the Vargas government (1930-1945). Since this is a period that is consistent with the observed changes in the political, economic and social of the country, an approach that emphasizes the historical context the proposals and actions taken in the educational sphere is required. It is considered therefore that school education should be analyzed together with factors that imply their organization and dynamics. Its realization is based on literature about the relationship between state, society and education, after the proclamation of the Republic and , more specifically , in the 1930s and 1940s it was also resorted to analysis of official documents of the time pertaining to education and the creation and regulatory institutions such as the texts relating to educational reforms enacted in 1931 and 1942 and the Constitutions (1934 and 1937) , the Manifesto of the Pioneers of the New Education ( 1932) , the Free School of Sociology and Politics of São Paulo (1933 ) and the Getúlio Vargas Foundation ( 1944) . To highlight the role played by the State as agent capable of promoting the modernization project, as well as their involvement in different spheres of society, promote other school education to society for the emerging social order. Better education adapting to new needs is appointed by the effort to organize it at national level since the creation of the Ministry of Education and Public Health and reforms implemented at different levels. On the one hand, demanded the formation of a working class capable of producing under the rational logic of the work, on the other, there was the concern with the formation of a ruling class able to lead and coordinate the economic actions, and have high hierarchical bureaucracy positions private and state.
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Trabalhadores, máquina política e eleições na primeira RepúblicaCastellucci, Aldrin Armstrong Silva January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / A passagem do Império para a República foi marcada pelo surgimento de um forte clima de otimismo e grande expectativa, por parte de largos setores da classe operária, de melhorar sua condição social e influenciar nos processos de decisão política do Brasil. De norte a sul do país, inúmeras organizações que se autoproclamavam operárias e socialistas foram criadas. Em Salvador, foi fundado, em 1890, o Partido Operário da Bahia, mas, após sérias dissensões em seu interior, a organização cindiu-se, surgindo a União Operária Bahiana. Em 1893, as duas facções rivais se reagruparam, dando lugar à formação do Centro Operário da Bahia. Reconstituímos esse processo e analisamos a composição dessa organização em termos sócio-ocupacionais e étniconacionais, o ideário social abraçado por seus membros, a ampla e complexa rede associativa na qual eles estavam envolvidos, abrangendo irmandades religiosas, sociedades mutualistas e sindicatos. Tem centralidade para a tese o entendimento da forma como ocorreu a participação da classe operária de Salvador nas eleições municipais, estaduais e federais, procurando compreender o sentido da ação do Partido Operário da Bahia, da União Operária Bahiana e do Centro Operário da Bahia. Buscamos dimensionar o significado e o peso do voto operário e das alianças das organizações e lideranças operárias com os partidos e políticos tradicionais. Isso nos levou a procurar saber quantos e quais operários se candidataram e / ou se elegeram para os diversos cargos eletivos. Demonstramos como essa participação ocorreu nos marcos da política tradicional e como a própria estruturação do Centro Operário da Bahia se desenrolou em sintonia com o sistema político-eleitoral da época. Apontamos para a tese de que a forma como estava organizado e o modus operandi de seus militantes, principalmente durante as eleições, faziam com que o Centro Operário da Bahia atuasse e se revestisse do caráter de uma máquina política da Primeira República. Concluo com a assertiva de que a retro-alimentação dos conflitos internos entre as facções, principalmente durante os pleitos para a eleição da diretoria da associação, guardava estreita relação com o processo que redundava na escolha dos representantes do povo nas diversas esferas de poder. / Salvador
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A questão sindical a partir da perspectiva da experiência político-cultural - os metalúrgicos em São Carlos.Granja, Regina Helena 18 April 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-04-18 / Financiadora de Estudos e Projetos / The present doctorate assay is related to the syndical issue of our living days, and
searches for subsidiaries in order to begin answering the set of interrogations placed
on the theoretical debate nowadays through the Brazilian syndical experience study,
exemplified by the metallurgist in São Carlos - SP.
Deep transformations in the economical, political, social and cultural spheres mark
the contemporary world. This huge set of changes reaches the people s daily routine,
modifying their lives, objective and subjectively.
In face of this process of intense changes, it I common to hear that the State,
Politics, the Political Parties, Capitalism are in crisis, that is, they are facing severe
obstacles in order to follow ahead. In this context there has been an attempt for a
better understanding of what has been defined in the specialized literature, specially
in the Political Science, Sociology and Economy as the syndicalism crises: its
meanings and consequences.
Would the syndicate, considered throughout history as a social and political
representation and defense organization of the labor class, be today, loosing their
reason o existence and their function in the globalized capitalist system?
For this vital issue, searching to go beyond the interpretations which carryout
their analysis only towards the economic impacts, this work covers the cultural of the
labor class, using the experience concept for that purpose as wella as how E. P.
Thompson understands it: throughout the time, the demands each time more
privatized and sectorial lost of sight the political, emancipatory and collective sense. / A presente tese de doutorado versa sobre a questão sindical na atualidade e,
por meio do estudo da experiência sindical brasileira, exemplificada nos metalúrgicos
em São Carlos SP, procura encontrar subsídios para começar a responder a uma
série de interrogações colocadas no debate teórico atual.
Profundas transformações no campo da economia, da política, do social e da
cultura marcam o mundo contemporâneo. Esta gama enorme de mudanças atinge o
cotidiano das pessoas, modificando suas vidas, objetiva e subjetivamente.
Diante deste processo de intensas mudanças, é comum ouvir dizer que o
Estado, a Política, os Partidos Políticos, o Capitalismo estejam em crise, ou seja,
enfrentam sérios obstáculos para sua reprodução. É neste cenário que se tentou
entender e explicar o que vem sendo tratado pela literatura especializada,
principalmente no campo da Ciência Política, da Sociologia e da Economia como crise
do sindicalismo: seus significados e suas conseqüências.
Os sindicatos, considerados ao longo de sua história como uma organização
de representação e defesa social e política da classe operária, estariam, hoje,
perdendo sua razão de existência e sua função no sistema do capitalismo
mundializado?
Para esta questão vital, buscando ir para além das interpretações que
carregam suas análises apenas nas transformações econômicas, este trabalho
contempla as mudanças culturais da classe operária, utilizando para tal tarefa o
conceito de experiência, assim como E.P.Thompson a entende: ao longo do tempo,
as demandas cada vez mais privatizadas e setorializadas perderam do horizonte o
sentido político, emancipatório e coletivo.
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Dentro da tarde mansa: o sujeito-revolucionário e os limites históricos do modo de produção capitalista / Dentro de la tarde dócil: el sujeto-revolucionario y los límites históricos del modo de producción capitalistaPiva, Anderson Vinicius Dell Piagge [UNESP] 23 March 2017 (has links)
Submitted by ANDERSON VINICIUS DELL PIAGGE PIVA null (andersonvpiva@gmail.com) on 2017-05-05T17:57:39Z
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DENTRO DA TARDE MANSA - VERSÃO DEFINITIVA.pdf: 856048 bytes, checksum: 1b375fff0019819b31a52e1bd3785c03 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-05-05T19:08:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017-03-23 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Este trabalho trata de uma questão crucial para a teoria marxista: a crescente contradição entre relações de trabalho e forças produtivas. No caso específico desta pesquisa, trata-se das relações de trabalho assalariado em face do desenvolvimento de modernas técnicas de produção. Através de um debate teórico com os autores Sergio Lessa e Ivo Tonet procura-se estabelecer os fundamentos para a definição conceitual de proletariado. Paralelamente, os possíveis limites históricos da produção baseada no trabalho assalariado estão traçados com base nas obras de Karl Marx e Roman Rosdolsky. Como suporte ao debate teórico, uma pesquisa empírica baseada em entrevistas com operários metalúrgicos de Araraquara e região fornece os dados e as informações necessárias para que se confronte os resultados da revisão bibliográfica com aqueles obtidos com a chamada pesquisa de campo. Uma discussão acerca dos fundamentos epistemológicos do materialismo histórico, em que se abordam três grandes concepções discrepantes sobre a natureza do socialismo, está presente no final desta dissertação, fundamentando todo o debate teórico aqui estabelecido. / Este trabajo trata de un tema crucial para la teoría marxista: la creciente contradicción entre las relaciones laborales y las fuerzas productivas. En el caso específico de este estudio, son las relaciones de trabajo ante el desarrollo de las modernas técnicas de producción. A través de un debate teórico con los autores Sergio Lessa e Ivo Tonet busca sentar las bases para la definición conceptual del proletariado. En paralelo, los posibles límites históricos de producción basadas en el trabajo asalariado se dibujan sobre la base de las obras de Karl Marx y Roman Rosdolsky. Para apoyar el debate teórico, hay la investigación empírica basada en entrevistas con los trabajadores metalúrgicos de la región de Araraquara que proporciona los datos y la información necesaria para permitirle hacer frente a los resultados de la revisión de la literatura con los obtenidos con la llamada investigación de campo. Una discusión sobre los fundamentos epistemológicos del materialismo histórico, en el que abordan tres grandes concepciones opuestas de la naturaleza del socialismo, está presente al final de esta tesis, basando todo debate teórico establecido aquí.
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Vivendo como classe : as condições de habitação e alimentação do operariado porto-alegrense entre 1905 e 1932Silva, Nauber Gavski da January 2010 (has links)
O problema que pretendi resolver nessa dissertação de mestrado é o seguinte: quais as condições de vida da classe operária em formação em Porto Alegre entre os anos 1905 e 1932, e como se dava a disputa pela definição daquelas condições entre os próprios operários, a burguesia e o Estado? Para mapear essas questões, desenvolvi uma aproximação com a produção acadêmica da historiografia brasileira, estudos antropológicos e a produção de alguns economistas dos anos 1950. Como resultado, historicizei a consolidação do conceito de “padrão de vida” no Brasil, incorporado acriticamente por alguns historiadores a partir do modo de proceder daqueles economistas. Ocorre é que aquele conceito foi aplicado sobre a realidade operária como forma de análise das condições econômicas da suposta “família operária”, que, na prática, não possui correspondência efetiva com os arranjos familiares praticados pelo operariado. Esses estudos econômicos serviam de base para o Estado avaliar o custo de vida da família operária, através dos itens discriminados nas entrevistas domiciliares. Fundamentalmente, tais estudos abandonavam a perspectiva de relações de classe, prejudicando a análise das condições de vida do operariado em suas diversas manifestações (como habitação, saúde, lazer, educação), e deslegitimando a atuação operária diante dessas questões na medida em que tornava meramente técnico um debate que até então se realizava na arena política, tendo como atores o operariado, o Estado e a burguesia. Depois de uma análise da bibliografia histórica pertinente, consegui chegar aos aspectos que considerei centrais para entender as condições de vida do operariado porto-alegrense entre 1905 e 1932. A habitação foi objeto do primeiro capítulo, enquanto a alimentação se constitui no tema do segundo. No primeiro capítulo, tratei basicamente das atuações das diferentes esferas estatais – federal, estadual e municipal – diante do problema da habitação operária, em contraposição aos modelos mais difundidos de forma adequada de habitação. Além disso, a atuação operária diante desse problema – através de demandas específicas em greves e denúncias em jornais – serviu para evidenciar a forte disputa em torno do modo de vida das classes populares em Porto Alegre, além da luta do operariado para conseguir manter o orçamento doméstico equilibrado, em função da alta participação dos aluguéis no consumo dos seus salários. Pude observar também o progressivo abandono estatal de uma política de construção de casas próprias para o operariado, e uma substituição a longo prazo por um projeto de estímulo ao movimento de autoconstrução de moradias precárias, formando as primeiras “vilas de malocas” da cidade. Assim, desonerava-se o Estado e rebaixava-se o custo de reprodução da mão-de-obra para a burguesia da capital. Como tema correlato, tratei também da consolidação do transporte público em Porto Alegre. Quanto à alimentação, analisei a cultura de consumo vigente entre o operariado, para proceder a uma análise quantitativa dos custos de consumo dos principais itens da sua alimentação. A carne, principal elemento daquelas dietas, foi objeto privilegiado de análise de evolução de preços e consumo. Assim foi possível estabelecer as relações entre movimento dos valores dos produtos, ciclos econômicos e ocorrência de manifestações contra a carestia da vida. As formas de acesso aos produtos também foram analisadas, como a criação das feiras-livres nos anos 1920, as hortas e eventualmente a pesca. A forma de abastecimento de água também comparece, ao lado de alguns dados sobre estado sanitário da classe operária. Enfim, a partir de uma perspectiva relacional de classe de Thompson, pude observar como a experiência da exploração, sentida pelos trabalhadores porto alegrenses sobremaneira nas formas de vida diferenciadas entre os operários e “os outros”, moldou as formas de atuação do movimento operário da Primeira República, ao mesmo tempo em que esse mesmo movimento foi o responsável por tornar evidente tal relação de classes. / The issue I intended to answer in this masters dissertation is the following one: what were the conditions of living of the constituting working-class in Porto Alegre, between 1905 and 1932, and how did the dispute on the definitions of those conditions take place among the workers, the bourgeoisie and the State? To map out these questions I developed an approach to the academic production of the Brazilian historiography, anthropological studies and the production of 1950s economists. As a result I historicized the consolidation of the “standard of living” concept in Brazil, which was uncritically used by some historians who based their analysis on the economists‟ procedures. That concept was applied to the workers reality as a way to analyze the economical conditions of the supposed “working-class family” which actually have no effective correspondence to the family arrangements practiced by the working-class. These economical studies were used as a basis of the working-class family cost of living evaluation by the State, through the items discriminated in home interviews. Fundamentally, such studies abandoned the class relations perspective, harming the analysis of the working-class conditions of living in their different expressions (such as dwelling, health, leisure, education) and unlegitimizing the working-class acting in the face of these issues, since they made merely technical a debate which up to that time occurred in the political arena and whose actors were the working-class, the State and the bourgeoisie. After analyzing the appropriate historical bibliography, I managed to reach the aspects which I considered the main ones to understand the working-class conditions of living in Porto Alegre between 1905 and 1932. Dwelling was the subject of the first chapter, while nourishment is the issue of the second one. In the first chapter, I basically addressed to the acting of the distinct State spheres – federal, state and municipal – in the face of the working-class dwelling problem, in opposition to the most diffused models of appropriate dwelling. Moreover, the working-class acting in the face of this problem – through specific claims in strikes and in newspapers denunciations – was useful to put in evidence the intense dispute regarding the popular classes way of life in Porto Alegre, besides the working-class struggle to keep the home budget balanced, due to the high stake of rents in the spending of their wages. I could also notice the progressive State rejection in developing a policy which allows the working-class to own a house, and a long term substitution by a project of stimulating the self-construction movement of precarious dwellings, making the first “slums” (“vilas de malocas”) in the city. Thus the State exempted itself and the reproduction cost of labor to the local bourgeoisie was lowered. As a correlated subject, I also discussed the consolidation of public transportation in Porto Alegre. Considering nourishing, I analyzed the current culture of consumption amongst the working-class, in order to proceed a quantitative analysis of the consumption costs of their nourishing main items. Meat, the main component of those diets, was a privileged item in the price and consumption evolution analysis. Therefore it was possible to establish the relations between the movement of the goods values, the economical cycles and the occurrence of demonstrations against the life high cost. The way of access to the goods has also been analyzed, such as the creation of fairs in the 1920s, crops, and fortuitously fishing. The mode of water supplying also appears, beside some data on the working-class sanitary conditions. At last, through Thompson‟s class relational perspective, I could notice how the experience of exploitation lived by workers in Porto Alegre, mainly due to the difference between workers and “the other ones” ways of living, shaped the modes of acting of the workers movement in the First Republic, at the same time in which this same movement was the responsible of putting in evidence such classes relation.
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Vivendo como classe : as condições de habitação e alimentação do operariado porto-alegrense entre 1905 e 1932Silva, Nauber Gavski da January 2010 (has links)
O problema que pretendi resolver nessa dissertação de mestrado é o seguinte: quais as condições de vida da classe operária em formação em Porto Alegre entre os anos 1905 e 1932, e como se dava a disputa pela definição daquelas condições entre os próprios operários, a burguesia e o Estado? Para mapear essas questões, desenvolvi uma aproximação com a produção acadêmica da historiografia brasileira, estudos antropológicos e a produção de alguns economistas dos anos 1950. Como resultado, historicizei a consolidação do conceito de “padrão de vida” no Brasil, incorporado acriticamente por alguns historiadores a partir do modo de proceder daqueles economistas. Ocorre é que aquele conceito foi aplicado sobre a realidade operária como forma de análise das condições econômicas da suposta “família operária”, que, na prática, não possui correspondência efetiva com os arranjos familiares praticados pelo operariado. Esses estudos econômicos serviam de base para o Estado avaliar o custo de vida da família operária, através dos itens discriminados nas entrevistas domiciliares. Fundamentalmente, tais estudos abandonavam a perspectiva de relações de classe, prejudicando a análise das condições de vida do operariado em suas diversas manifestações (como habitação, saúde, lazer, educação), e deslegitimando a atuação operária diante dessas questões na medida em que tornava meramente técnico um debate que até então se realizava na arena política, tendo como atores o operariado, o Estado e a burguesia. Depois de uma análise da bibliografia histórica pertinente, consegui chegar aos aspectos que considerei centrais para entender as condições de vida do operariado porto-alegrense entre 1905 e 1932. A habitação foi objeto do primeiro capítulo, enquanto a alimentação se constitui no tema do segundo. No primeiro capítulo, tratei basicamente das atuações das diferentes esferas estatais – federal, estadual e municipal – diante do problema da habitação operária, em contraposição aos modelos mais difundidos de forma adequada de habitação. Além disso, a atuação operária diante desse problema – através de demandas específicas em greves e denúncias em jornais – serviu para evidenciar a forte disputa em torno do modo de vida das classes populares em Porto Alegre, além da luta do operariado para conseguir manter o orçamento doméstico equilibrado, em função da alta participação dos aluguéis no consumo dos seus salários. Pude observar também o progressivo abandono estatal de uma política de construção de casas próprias para o operariado, e uma substituição a longo prazo por um projeto de estímulo ao movimento de autoconstrução de moradias precárias, formando as primeiras “vilas de malocas” da cidade. Assim, desonerava-se o Estado e rebaixava-se o custo de reprodução da mão-de-obra para a burguesia da capital. Como tema correlato, tratei também da consolidação do transporte público em Porto Alegre. Quanto à alimentação, analisei a cultura de consumo vigente entre o operariado, para proceder a uma análise quantitativa dos custos de consumo dos principais itens da sua alimentação. A carne, principal elemento daquelas dietas, foi objeto privilegiado de análise de evolução de preços e consumo. Assim foi possível estabelecer as relações entre movimento dos valores dos produtos, ciclos econômicos e ocorrência de manifestações contra a carestia da vida. As formas de acesso aos produtos também foram analisadas, como a criação das feiras-livres nos anos 1920, as hortas e eventualmente a pesca. A forma de abastecimento de água também comparece, ao lado de alguns dados sobre estado sanitário da classe operária. Enfim, a partir de uma perspectiva relacional de classe de Thompson, pude observar como a experiência da exploração, sentida pelos trabalhadores porto alegrenses sobremaneira nas formas de vida diferenciadas entre os operários e “os outros”, moldou as formas de atuação do movimento operário da Primeira República, ao mesmo tempo em que esse mesmo movimento foi o responsável por tornar evidente tal relação de classes. / The issue I intended to answer in this masters dissertation is the following one: what were the conditions of living of the constituting working-class in Porto Alegre, between 1905 and 1932, and how did the dispute on the definitions of those conditions take place among the workers, the bourgeoisie and the State? To map out these questions I developed an approach to the academic production of the Brazilian historiography, anthropological studies and the production of 1950s economists. As a result I historicized the consolidation of the “standard of living” concept in Brazil, which was uncritically used by some historians who based their analysis on the economists‟ procedures. That concept was applied to the workers reality as a way to analyze the economical conditions of the supposed “working-class family” which actually have no effective correspondence to the family arrangements practiced by the working-class. These economical studies were used as a basis of the working-class family cost of living evaluation by the State, through the items discriminated in home interviews. Fundamentally, such studies abandoned the class relations perspective, harming the analysis of the working-class conditions of living in their different expressions (such as dwelling, health, leisure, education) and unlegitimizing the working-class acting in the face of these issues, since they made merely technical a debate which up to that time occurred in the political arena and whose actors were the working-class, the State and the bourgeoisie. After analyzing the appropriate historical bibliography, I managed to reach the aspects which I considered the main ones to understand the working-class conditions of living in Porto Alegre between 1905 and 1932. Dwelling was the subject of the first chapter, while nourishment is the issue of the second one. In the first chapter, I basically addressed to the acting of the distinct State spheres – federal, state and municipal – in the face of the working-class dwelling problem, in opposition to the most diffused models of appropriate dwelling. Moreover, the working-class acting in the face of this problem – through specific claims in strikes and in newspapers denunciations – was useful to put in evidence the intense dispute regarding the popular classes way of life in Porto Alegre, besides the working-class struggle to keep the home budget balanced, due to the high stake of rents in the spending of their wages. I could also notice the progressive State rejection in developing a policy which allows the working-class to own a house, and a long term substitution by a project of stimulating the self-construction movement of precarious dwellings, making the first “slums” (“vilas de malocas”) in the city. Thus the State exempted itself and the reproduction cost of labor to the local bourgeoisie was lowered. As a correlated subject, I also discussed the consolidation of public transportation in Porto Alegre. Considering nourishing, I analyzed the current culture of consumption amongst the working-class, in order to proceed a quantitative analysis of the consumption costs of their nourishing main items. Meat, the main component of those diets, was a privileged item in the price and consumption evolution analysis. Therefore it was possible to establish the relations between the movement of the goods values, the economical cycles and the occurrence of demonstrations against the life high cost. The way of access to the goods has also been analyzed, such as the creation of fairs in the 1920s, crops, and fortuitously fishing. The mode of water supplying also appears, beside some data on the working-class sanitary conditions. At last, through Thompson‟s class relational perspective, I could notice how the experience of exploitation lived by workers in Porto Alegre, mainly due to the difference between workers and “the other ones” ways of living, shaped the modes of acting of the workers movement in the First Republic, at the same time in which this same movement was the responsible of putting in evidence such classes relation.
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