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Estruturas secretoras foliares em Casearia Jacq: uma abordagem anatômica, ultraestrutural e taxonômica / Foliar secretory structures in Casearia Jacq: an anatomical, ultrastructural and taxonomic aprochar

Fernandes, Valéria Fernandes 08 March 2016 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2017-06-08T18:05:36Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 4386521 bytes, checksum: 95810ed79cb1aecc3b3e8eb50cba2fac (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-08T18:05:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 4386521 bytes, checksum: 95810ed79cb1aecc3b3e8eb50cba2fac (MD5) Previous issue date: 2016-03-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Casearia Jacq. é um dos maiores gêneros de Salicaceae com aproximadamente 180 espécies, das quais 50 ocorrem no Brasil, distribuídas em diferentes formações vegetacionais, sendo 21 endêmicas. Apesar das descrições taxonômicas relatarem a ocorrência de pontos e traços translúcidos nas lâminas foliares e glândulas nos ápices nos dentes marginais, estudos anatômicos caracterizando as estruturas secretoras são escassos. Os pontos e traços translúcidos foram descritos como cavidades e ductos em apenas seis espécies. O tipo de estrutura secretora tem sido utilizado, com sucesso, como marcador morfológico para estabelecimento de parentescos, bem como auxiliando o esclarecimento de problemas taxonômicos. Adicionalmente, a elucidação dos sítios de síntese/acúmulo de compostos, assim como a identificação da natureza química da secreção, podem corroborar os estudos fitoquímicos, indicando os locais responsáveis pela produção dos compostos secundários de interesse medicinal. Este trabalho teve os seguintes objetivos: (1) Identificar as estruturas secretoras que correspondem aos pontos e traços translúcidos das folhas das espécies de Casearia e verificar se presença, o tipo e a posição destas variam entre as espécies; (2) Caracterizar anatomicamente as glândulas dos ápices dos dentes marginais das espécies de Casearia; (3) Identificar os locais de síntese e/ou acúmulo de compostos secundários responsáveis pelas propriedades medicinais de C. sylvestris, espécie amplamente utilizada na medicina popular, e identificar a natureza química da secreção; (4) Elucidar os mecanismos de produção e eliminação das secreções produzidas nas diferentes estruturas secretoras de C. sylvestris. Em relação à descrição da presença de pontos e traços translúcidos na lâmina foliar, foi possível confirmar a correlação entre os mesmos com cavidades e ductos, respectivamente. Tais estruturas estavam presentes em 41 das 45 espécies analisadas. As três espécies da seção Piparea (C. commersoniana, C. javitensis e C. spruceana) estudadas, bem como C. eichleriana, não apresentam cavidades e ductos, o que sugere uma revisão do posicionamento destas espécies. Também foi possível estabelecer padrões de distribuição das cavidades/ductos no gênero. Os dados anatômicos possibilitaram identificar os sítios de síntese e/ou acúmulo dos compostos secundários de C. sylvestris. A localização, estrutura anatômica, atividade secretora precoce e a natureza polissacarídica/proteica da secreção, permitem reconhecer as glândulas associadas aos dentes marginais das folhas de Casearia como coléteres do tipo padrão. A secreção produzida pelos mesmos tem sido relacionada com a proteção de meristemas e órgãos em desenvolvimento, lubrificando e protegendo contra a dessecação e/ou contra o ataque de patógenos. Os dados ultraestruturais das diferentes estruturas permitiram compreender o papel das organelas nos processos de síntese, possibilitando correlacionar a ultraestrutura com a natureza química dos produtos secretados. / Casearia Jacq. is one of the largest genera in Salicaceae, with ca. 180 species, among them 50 occur in Brazil in some vegetation types, 21 of them are endemic. Despite that taxonomic descriptions have reported the occurrence of pellucid–punctuations or –lines on the leaf blade and the glands at the apex of marginal leaf teeth, anatomical studies characterizing secretory structures, are scarce. Only for six species the pellucid– punctuations and pellucid–lines have been anatomically reported as cavities and ducts, respectivelly. The type of secretory structure has been successfully used as a morphological characters to establish relationships as well as to clarify taxonomic problems. In additional, elucidating the sites of synthesis/accumulation of compounds, as well as identifying the chemical nature of the secretion, may aid phytochemical studies by indicating the specific sites responsible for the production of secondary metabolites in medicinal plants. This work aimed to: (1) Identify the secretory structures that correspond to the pellucid–punctuations and –lines on leaves of Casearia species and verify whether the presence, type and position of these structures vary among species; (2) Anatomically characterize the glands at the apex of the marginal leaf teeth in Casearia species; (3) Identify the sites of synthesis and/or accumulation of the secondary metabolites responsible for the medicinal properties of C. sylvestris, a widely used species in folk medicine, as well as identify the chemical nature of the secretion; and (4) Elucidate the mechanisms of production and exudation of the secretions produced by the different secretory structures in leaves of C. sylvestris. The correlation of pellucid–punctuations and –lines on the leaf blade with cavities and ducts, respectively, was confirmed. These structures were present in 41 of the 45 analyzed species. C. commersoniana, C. javitensis, C. spruceana (the three studied species from section Piparea) and C. eichleriana do not have cavities or ducts, which suggests the need for a revision of the taxonomical positioning of these species. Distribution patterns of cavities and ducts in the genera were also established. The anatomical data allowed the identification of the sites of synthesis and/or accumulation of the secondary metabolites in C. sylvestris. The placement, anatomical structure, precocious secretory activity and the polysaccharide/protein prodution allow recognize the glands associated with the marginal leaf teeth in Casearia as standard-type colleters. Colleter secretion has been suggested to be related with the protection of apical meristems and developing organs, by lubricating them and thus protecting them against desiccation, and/or also protecting them against pathogen. The ultrastructural data on the different secretory structures allowed the comprehension of the role played by organelles on the synthesis processes, thus it was possible to stablish correlation between the ultrastructure with the chemical nature of the secreted products.
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Coléteres dendróides em Alibertia sessilis (Vell.) K.Schum.(Rubiaceae)

Barreiro, Daniela Pacheco [UNESP] 24 February 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:23:08Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-02-24Bitstream added on 2014-06-13T18:50:24Z : No. of bitstreams: 1 barreiro_dp_me_botib.pdf: 1501640 bytes, checksum: aa250655ae3cef104579c8c1bda9f123 (MD5) / A presença de coléteres na superfície adaxial de órgãos jovens constitui uma característica relevante de Rubiaceae. Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., conhecida como marmelinho ou marmelo-do-cerrado, é uma espécie subarbustiva de Rubiaceae nativa de cerrado e tem grande importância alimentícia e medicinal neste bioma. Os ápices vegetativo e reprodutivo apresentam-se recobertos por uma secreção hialina, de aspecto vítreo e hidrofóbico produzida por coléteres. Neste trabalho foram investigados a distribuição, estrutura, histoquímica e o modo de secreção dos coléteres presentes em ápices vegetativos e reprodutivos desta espécie. Para estudos convencionais, as amostras foram preparadas segundo técnicas usuais em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura (MEV) e transmissão (MET); técnica especial foi aplicada para dissolução da secreção e observação dos coléteres ao MEV. A técnica do ZIO foi empregada para maior visualização do sistema de endomembranas ao MET. Testes histoquímicos foram feitos em secções de material recém coletado. Coléteres nesta espécie são do tipo dendróide e ocorrem em abundância na face adaxial das estípulas, brácteas e sépalas; consistem de um eixo central multicelular e multisseriado revestido por numerosas células epidérmicas digitiformes ou pontiagudas, de tamanhos irregulares, unidas entre si somente na porção proximal e separadas umas das outras na porção distal. As células colunares são axialmente alongadas e possuem paredes espessas, núcleo conspícuo, citoplasma abundante e vacúolos desenvolvidos. As células epidérmicas possuem paredes delgadas, núcleo conspícuo, citoplasma abundante e vacuoma pouco desenvolvido. Os coléteres, de ambos os ápices, não possuem cutícula. Lipídeos, proteínas e polissacarídeos foram detectados nas células epidérmicas e colunares; compostos... / The presence of colleters in the adaxial surface of young organs constitutes a relevant characteristic of Rubiaceae. Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., known as marmelinho or marmelo-docerrado, is a subshrub native Rubiaceae species of cerrado and it has great nutritious and medicinal importance in this biome. The vegetative and reproductive apices present recovered for a hyaline secretion, of glass aspect and hydrophobic produced by colleters. In this work the distribution, structure, histochemistry and the way of secretion of the colleters present in vegetative and reproductive apices of this species were investigated. For conventional studies, the samples were prepared according to usual techniques in light microscopy and scanning (SEM) and transmission electron microscopy (TEM); special technique was applied for dissolution of the secretion and observation of the colleters to MEV. The technique of ZIO was used for larger visualization of the endomembranes system to MET. Histochemical assays were made in fresh material sections. Colleters in this species are of the dendroid type and occur abundantly in the adaxial surface of the stipules, bracts and sepals; they consist of a multicellular and multiseriate central axis recovered by numerous digitiform or sharp epidermal cells of irregular sizes, joined among themselves only in the proximal portion and separated from each other in the distal portion. The columnar cells are axially elongated and present thick walls, conspicuous nucleus, abundant cytoplasm and developed vacuoles. The epidermal cells present thin walls, conspicuous nucleus, abundant cytoplasm and a few developed vacuome. The coléteres, of both apices, don't present cuticle. Lipids, proteins and polysaccharides were detected in the epidermal and columnar cells; phenolic compounds were only detected in the columnar cells... (Complete abstract click electronic access below)
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Biologia dos coléteres foliares em Rubiaceae de cerrado e floresta estacional semidecídua do estado de São Paulo / Biology of leaf colleters in cerrado Rubiaceae and forest semideciduos the state of São Paulo

Tresmondi, Fernanda [UNESP] 07 May 2015 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2016-08-12T18:48:43Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2015-05-07. Added 1 bitstream(s) on 2016-08-12T18:50:43Z : No. of bitstreams: 1 000864883_20170507.pdf: 290689 bytes, checksum: bbce5defbf52d3c3b3de8fb3b6270305 (MD5) Bitstreams deleted on 2017-05-12T12:18:30Z: 000864883_20170507.pdf,. Added 1 bitstream(s) on 2017-05-12T12:19:16Z : No. of bitstreams: 1 000864883.pdf: 3444400 bytes, checksum: 78dfae7d5f7785d89d25c31281b36042 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Coléteres são estruturas responsáveis pela secreção de substância mucilaginosa ou resinosa, geralmente associados com a proteção ao meristema e aos órgãos em desenvolvimento contra dessecação e danos por patógenos, herbívoros, e ainda, com a formação de nódulos bacterianos foliares. Compostos adicionais como alcaloides, compostos fenólicos e lipídios podem estar presentes na secreção dos coléteres. As variações na composição indicam especificidade na função e nos mecanismos subcelulares de síntese e liberação da secreção dos coléteres de diferentes espécies. Em Rubiaceae os coléteres variam quanto à morfologia podendo ser classificados como: padrão, padrão-reduzido, intermediário, filiforme, escova, dendroide e lacrimiforme. Neste estudo foram comparadas 17 espécies de Rubiaceae ocorrentes em cerrado e floresta estacional semidecídua. Foram avaliadas morfologia, distribuição e histoquímica dos coléteres estipulares usando microscopia óptica e eletrônica de varredura. Para avaliação dos mecanismos subcelulares das células secretoras dos coléteres, foram selecionadas oito espécies com coléteres padrão com variação na natureza da secreção, as quais foram submetidas a análises em microscópio eletrônico de transmissão com uso de técnicas convencionais e citoquímicas - ZIO para marcação do sistema de endomembranas, ósmio-imidazol para lipídios insaturados e Thiéry para polissacarídeos. Além disso, foi realizado acompanhamento in situ do microclima, período de brotamento de novas folhas e proporção de ápices danificados em ambos os ecossistemas ao longo de um ano. Dentre as 17 espécies estudadas, 14 apresentaram coléteres padrão com variação na distribuição e no tamanho. A secreção variou de predominantemente hidrofílica, mista ou predominantemente lipofílica. Esta variação refletiu em diferenças nas populações de organelas entre as espécies, principalmente,... / Colleters are responsible for the secretion of mucilaginous or resinous substance, usually associated with the protection of the meristem and developing organs against desiccation and damage by pathogens, herbivores, and also with the formation of bacterial leaf nodes. Additional compounds such as alkaloids, lipids and phenolic compounds may be present in the secretion of colleters. Variations in the composition to indicate the specificity and subcellular mechanisms for synthesis and release of colleters secretion of different species. In Rubiaceae colleters can be classified as: standard, reduced standard, intermediate, brush-like, winged, filiform, dendroid and lacrimiforme. This study compared 17 species of Rubiaceae occurring in savanna and semi-deciduous forest. Were evaluated morphology, distribution and histochemistry of stipular colleters using optical and scanning electron microscopy. To evaluate the subcellular mechanisms of the secretory cells of colleters eight species were selected with standard colleters with variation in the nature of secretion, which were subjected to analysis in a transmission electron microscope using conventional and cytochemical techniques - ZIO for marking endomembrane systems, osmium-imidazole for unsaturated lipids and polysaccharides to Thiéry. Moreover, in situ monitoring was performed microclimate, budding period and proportion of new leaves damaged apices on both ecosystems throughout a year. Among the 17 species studied, 14 showed colleters standard with variation in the distribution and size. The secretion varied from predominantly hydrophilic, mixed to predominantly lipophilic. This secretion variation reflected in differences in the populations of organelles between species, mainly on the number and appearance of plastids, endoplasmic reticulum and dictyosomes including vesicles associated with these. Secretion accumulation sites were evident in the outer periclinal wall of epithelial ... / FAPESP: 11/02488-5
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Biologia dos coléteres foliares em Rubiaceae de cerrado e floresta estacional semidecídua do estado de São Paulo /

Tresmondi, Fernanda. January 2015 (has links)
Orientador: Silvia Rodrigues Machado / Coorientador: Elza Maria Guimarães Santos / Banca: Tatiana Maria Rodrigues / Banca: Joecildo Francisco Rocha / Banca: Bárbara Sá Haiad / Banca: Anselmo Nogueira / Resumo: Coléteres são estruturas responsáveis pela secreção de substância mucilaginosa ou resinosa, geralmente associados com a proteção ao meristema e aos órgãos em desenvolvimento contra dessecação e danos por patógenos, herbívoros, e ainda, com a formação de nódulos bacterianos foliares. Compostos adicionais como alcaloides, compostos fenólicos e lipídios podem estar presentes na secreção dos coléteres. As variações na composição indicam especificidade na função e nos mecanismos subcelulares de síntese e liberação da secreção dos coléteres de diferentes espécies. Em Rubiaceae os coléteres variam quanto à morfologia podendo ser classificados como: padrão, padrão-reduzido, intermediário, filiforme, escova, dendroide e lacrimiforme. Neste estudo foram comparadas 17 espécies de Rubiaceae ocorrentes em cerrado e floresta estacional semidecídua. Foram avaliadas morfologia, distribuição e histoquímica dos coléteres estipulares usando microscopia óptica e eletrônica de varredura. Para avaliação dos mecanismos subcelulares das células secretoras dos coléteres, foram selecionadas oito espécies com coléteres padrão com variação na natureza da secreção, as quais foram submetidas a análises em microscópio eletrônico de transmissão com uso de técnicas convencionais e citoquímicas - ZIO para marcação do sistema de endomembranas, ósmio-imidazol para lipídios insaturados e Thiéry para polissacarídeos. Além disso, foi realizado acompanhamento in situ do microclima, período de brotamento de novas folhas e proporção de ápices danificados em ambos os ecossistemas ao longo de um ano. Dentre as 17 espécies estudadas, 14 apresentaram coléteres padrão com variação na distribuição e no tamanho. A secreção variou de predominantemente hidrofílica, mista ou predominantemente lipofílica. Esta variação refletiu em diferenças nas populações de organelas entre as espécies, principalmente,... / Abstract: Colleters are responsible for the secretion of mucilaginous or resinous substance, usually associated with the protection of the meristem and developing organs against desiccation and damage by pathogens, herbivores, and also with the formation of bacterial leaf nodes. Additional compounds such as alkaloids, lipids and phenolic compounds may be present in the secretion of colleters. Variations in the composition to indicate the specificity and subcellular mechanisms for synthesis and release of colleters secretion of different species. In Rubiaceae colleters can be classified as: standard, reduced standard, intermediate, brush-like, winged, filiform, dendroid and lacrimiforme. This study compared 17 species of Rubiaceae occurring in savanna and semi-deciduous forest. Were evaluated morphology, distribution and histochemistry of stipular colleters using optical and scanning electron microscopy. To evaluate the subcellular mechanisms of the secretory cells of colleters eight species were selected with standard colleters with variation in the nature of secretion, which were subjected to analysis in a transmission electron microscope using conventional and cytochemical techniques - ZIO for marking endomembrane systems, osmium-imidazole for unsaturated lipids and polysaccharides to Thiéry. Moreover, in situ monitoring was performed microclimate, budding period and proportion of new leaves damaged apices on both ecosystems throughout a year. Among the 17 species studied, 14 showed colleters standard with variation in the distribution and size. The secretion varied from predominantly hydrophilic, mixed to predominantly lipophilic. This secretion variation reflected in differences in the populations of organelles between species, mainly on the number and appearance of plastids, endoplasmic reticulum and dictyosomes including vesicles associated with these. Secretion accumulation sites were evident in the outer periclinal wall of epithelial ... / Doutor
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Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas / Structures related to sprouting potential of two Myrtaceae species of Cerrado: morphoanatomical and chemical analyses

Silva, Gabriela Santos da 02 February 2018 (has links)
A área de Cerrado escolhida para o estudo está em regeneração na Estação Ecológica de Santa Bárbara, localizada no município de Águas de Santa Bárbara, SP. Nesta área o Pinus, que estava sob cultivo desde os anos 70, foi retirado em 2012 e, em 2014, foi realizada uma queimada. As espécies Eugenia dysenterica (Mart.) DC. e E. punicifolia (Kunth) DC. foram escolhidas devido ao elevado número de indivíduos que rebrotaram na área. O objetivo geral do projeto foi conduzir análises morfoanatômicas e químicas das estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento. Foram realizadas: a contagem das gemas subterrâneas nos primeiros 10 centímetros abaixo do nível do solo, as análises químicas das raízes e análises anatômicas na região terminal de ramos aéreos e no sistema subterrâneo. Nas duas espécies, além da gema apical dos ramos aéreos, nas três regiões nodais subsequentes, acima da gema axilar ocorre uma gema acessória. Em todas as gemas, observam-se estruturas de proteção, pois junto ao meristema apical caulinar (MAC) ocorrem coléteres e cristais. Além disso, o MAC é protegido por primórdios foliares com cavidades de óleo, muitos cristais e tricomas unicelulares não glandulares que possuem espessamento parietal em celulose e podem acumular compostos fenólicos. Nos sistemas subterrâneos, o número de gemas, localizadas preferencialmente nos primeiros cinco centímetros do solo, variou entre os três indivíduos da mesma espécie: E. dysenterica 162, 17 e 253, E. punicifolia 24, 40 e 109. Esta variação deveu-se ao grau de desenvolvimento das estruturas subterrâneas as quais certamente formaram-se antes do período da retirada do Pinus. O sistema subterrâneo das espécies é formado por um eixo lenhoso cuja porção superior é caulinar e emite vários ramos aéreos enquanto a porção inferior é constituída por uma raiz axial espessada que pode atingir até um metro de profundidade em E. dysenterica. Em E. punicifolia o sistema subterrâneo ocupa uma região mais superficial do solo e, assim como o caule, as raízes axial e adventícias são distribuídas num plano mais horizontal. O tecido de revestimento nas raízes de E. punicifolia e no caule e raízes de E. dysenterica, apresenta camadas alternadas de células de paredes suberizadas e de células com espessamentos parietais em pectina; no caule de E. punicifolia há esclereides que se alternam com as células suberizadas. Em E. punicifolia o espessamento resulta de divisões anticlinais e expansão tangencial das células do parênquima floemático. Há floema interno e parênquima medular nos caules subterrâneos de ambas as espécies. Compostos fenólicos e grãos de amido estão presentes nas células parenquimáticas de regiões mais espessadas dos caules e raízes. Os teores de carboidratos totais, hemicelulose, celulose e lignina não diferem significativamente nas duas espécies. No entanto, as concentrações de flavonoides totais e de compostos fenólicos totais foram superiores nas raízes de E. punicifolia. O grau de proteção das gemas aéreas, o elevado número de gemas e o acúmulo de compostos de reserva (amido) e de proteção (fenóis, flavonoides, lignina) nas estruturas subterrâneas podem ter favorecido o seu rebrotamento após a retirada do Pinus e a sua permanência das espécies na área. / The Cerrado area studied is under regeneration at the Estação Ecológica de Santa Bárbara, located in Águas de Santa Bárbara (São Paulo, Brazil). In this area, the Pinus, cultivated since the 1970s, was removed in 2012 and then, in 2014, the area was burnt. The species Eugenia dysenterica (Mart.) DC. and E. punicifolia (Kunth) DC. were studied due to their high resprouting after the burnt event. The aim was to carry out morphoanatomical and chemical analyses of the structures related to the resprouting capacity. The number of belowground buds was counted in the first 10 cm below the soil surface. The chemical analyses of the roots and anatomical analyses of the end portion of the aerial branches and the underground system were performed. Besides the apical bud, both species showed an accessory bud above the axillary one at the three subsequent nodal regions. In all studied buds, protection structures were observed, as colleters and crystals occur close to the shoot apical meristem (SAM). Moreover, SAM is protected by leaf primordia with oil cavities, many crystals and non-glandular unicellular trichomes. These trichomes present parietal cellulose thickening and are able to accumulate phenolic compounds. In underground systems, the number of buds, mostly in the first five centimeters below the soil surface, varied between individuals per species: E. dysenterica 162, 17 and 253; E. punicifolia 24, 40 and 109. This variation was caused by the development degree of the underground system, whose structures were certainly developed before Pinus removal. The underground system of the species display a woody axis, whose upper portion is a stem structure and produces several aerial branches. Its lower part is formed by an axial thickened root that can reach one metre deep in E. dysenterica. In E. punicifolia, the subterranean system occupies a more superficial region of the soil and, similar to the stem, the axial and adventitious roots are distributed in a more horizontal plane. The covering tissue of underground systems in E. punicifolia and E. dysenterica displays alternate layers of cells with suberized walls and pectin-thickened walls. In E. punicifolia stem, the covering tissue exhibits sclereids alternate with cells of suberized walls. The thickening in E. punicifolia is a result of anticlinal divisions and tangential expansion of phloematic parenchyma cells. Both species show internal phloem and medullary parenchyma in underground stems. Phenolic compounds and starch grains are present in parenchyma cells of thickened regions in stems and roots. The contents of total carbohydrates, hemicellulose, cellulose and lignin do not differ significantly in the two species. However, concentrations of total flavonoids and total phenolic compounds are higher in roots of E. punicifolia. The protection level of aerial buds, large number of underground buds, and accumulation of storage (starch) and protection (phenols, flavonoids, lignin) compounds in the underground structures may have favoured resprouting of the species after Pinus removal and their maintenance in the area.
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Ultraestructure and cytochemistry of colleters in Apocynaceae / Ultraestrutura e citoquímica de coléteres de Apocynaceae

Ribeiro, Josiana Cristina 28 September 2017 (has links)
The colleters of Apocynaceae are glands related to different types of protection of vegetative and floral meristems through the production of mucilage or a mixture of many different compounds. Although several anatomical papers have shown histological and histochemical aspects of colleters of the family, almost nothing is known about the secretory process of the cells of this gland. In this paper we studied two types of colleters that occur in the family: what produces exclusively mucilaginous secretion and what produces mucilage and lipophilic compounds, being analyzed in two species for each type of colleter. The secretory epidermis of the colleters of Allamanda schottii and Blepharodon bicuspidatum presents a large amount of dictiosomes and endoplasmic reticulum, a dispersed vacuoma composed of small vacuoles with fibrilar osmiophilic material, leucoplasts with large amount of starch and few thylakoids, as well as large mitochondria. The mode of secretion release is granulocrine and the exudate crosses the cuticle without breaking it by projections of pectin reaching the surface. The secretory cells of the colleters of Mandevilla splendens and Peplonia axillaris have completely different ultrastructure and secretion from those of Allamanda schottii and B. bicuspidatum. Plastids and mitochondria are observed, as well as a profusion of dictiosomes and their vesicles in association with the rough endoplasmic reticulum near the cell membrane. The secretion is mainly observed in the cisterns and vesicles of the trans face of the dictiosomes, indicating the production of a great amount of mucilage. The mechanism of secretion release is also granulocrine, but the secretion is temporarily accumulated in a large periplasmic space before crossing the cell wall and the cuticle. Two distinct patterns of secretion production and release were found in the colleters of Apocynaceae that are related to the composition of the secretion and not to the group to which the species analyzed belong. Although the colleters in the family are histologically similar, the present paper demonstrates a metabolic and subcellular variability until then unknown to the group / Os coléteres de Apocynaceae são glândulas relacionadas a diferentes tipos de proteção de meristemas vegetativos e florais através da produção de mucilagem ou uma mistura de muitos compostos distintos. Apesar de vários trabalhos anatômicos terem demonstrado aspectos histológicos e histoquímicos de coléteres da família, não se sabe quase nada sobre o processo secretor das células desta glândula. Neste trabalho estudamos dois tipos de coléteres que ocorrem na família: o que produz secreção exclusivamente mucilaginosa e o que produz mucilagem e compostos lipofílicos, sendo analisada em duas espécies para cada tipo de coléter. A epiderme secretora dos coléteres de Allamanda schottii e Blepharodon bicuspidatum apresenta grande quantidade de dictiossomos e retículo endoplasmático, um vacuoma disperso composto por pequenos vacúolos com material osmiofílico fibrilar, leucoplastos com grande quantidade de amido e poucos tilacóides, além de mitocôndrias grandes. O modo de liberação da secreção é granulócrino e o exsudato atravessa a cutícula sem rompê-la por meio de projeções de pectina que alcançam a superfície. As células secretoras dos coléteres de Mandevilla splendens e Peplonia axillaris possuem ultraestrutura e secreção e completamente distintos dos de Allamanda schotti e B. bicuspidatum. Observam-se plastídeos e mitocôndrias, além de uma profusão de dictiossomos e de suas vesículas em associação ao retículo endoplasmático rugoso próximo à membrana plasmática. A secreção é principalmente observada nas cisternas e vesículas da face trans dos dictiossomos, indicando a produção de grande quantidade de mucilagem. O mecanismo de liberação da secreção também é granulócrino, mas a secreção é temporariamente acumulada em um amplo espaço periplasmático, antes de atravessar a parede celular e a cutícula. Dois padrões distintos de produção e liberação da secreção foram encontrados nos coléteres de Apocynaceae que estão relacionados à composição da secreção e não ao grupo ao qual as espécies analisadas pertencem. Embora os coléteres na família sejam histologicamente semelhantes, o presente trabalho demonstra uma variabilidade metabólica e subcelular até então desconhecida para o grupo
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Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas / Structures related to sprouting potential of two Myrtaceae species of Cerrado: morphoanatomical and chemical analyses

Gabriela Santos da Silva 02 February 2018 (has links)
A área de Cerrado escolhida para o estudo está em regeneração na Estação Ecológica de Santa Bárbara, localizada no município de Águas de Santa Bárbara, SP. Nesta área o Pinus, que estava sob cultivo desde os anos 70, foi retirado em 2012 e, em 2014, foi realizada uma queimada. As espécies Eugenia dysenterica (Mart.) DC. e E. punicifolia (Kunth) DC. foram escolhidas devido ao elevado número de indivíduos que rebrotaram na área. O objetivo geral do projeto foi conduzir análises morfoanatômicas e químicas das estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento. Foram realizadas: a contagem das gemas subterrâneas nos primeiros 10 centímetros abaixo do nível do solo, as análises químicas das raízes e análises anatômicas na região terminal de ramos aéreos e no sistema subterrâneo. Nas duas espécies, além da gema apical dos ramos aéreos, nas três regiões nodais subsequentes, acima da gema axilar ocorre uma gema acessória. Em todas as gemas, observam-se estruturas de proteção, pois junto ao meristema apical caulinar (MAC) ocorrem coléteres e cristais. Além disso, o MAC é protegido por primórdios foliares com cavidades de óleo, muitos cristais e tricomas unicelulares não glandulares que possuem espessamento parietal em celulose e podem acumular compostos fenólicos. Nos sistemas subterrâneos, o número de gemas, localizadas preferencialmente nos primeiros cinco centímetros do solo, variou entre os três indivíduos da mesma espécie: E. dysenterica 162, 17 e 253, E. punicifolia 24, 40 e 109. Esta variação deveu-se ao grau de desenvolvimento das estruturas subterrâneas as quais certamente formaram-se antes do período da retirada do Pinus. O sistema subterrâneo das espécies é formado por um eixo lenhoso cuja porção superior é caulinar e emite vários ramos aéreos enquanto a porção inferior é constituída por uma raiz axial espessada que pode atingir até um metro de profundidade em E. dysenterica. Em E. punicifolia o sistema subterrâneo ocupa uma região mais superficial do solo e, assim como o caule, as raízes axial e adventícias são distribuídas num plano mais horizontal. O tecido de revestimento nas raízes de E. punicifolia e no caule e raízes de E. dysenterica, apresenta camadas alternadas de células de paredes suberizadas e de células com espessamentos parietais em pectina; no caule de E. punicifolia há esclereides que se alternam com as células suberizadas. Em E. punicifolia o espessamento resulta de divisões anticlinais e expansão tangencial das células do parênquima floemático. Há floema interno e parênquima medular nos caules subterrâneos de ambas as espécies. Compostos fenólicos e grãos de amido estão presentes nas células parenquimáticas de regiões mais espessadas dos caules e raízes. Os teores de carboidratos totais, hemicelulose, celulose e lignina não diferem significativamente nas duas espécies. No entanto, as concentrações de flavonoides totais e de compostos fenólicos totais foram superiores nas raízes de E. punicifolia. O grau de proteção das gemas aéreas, o elevado número de gemas e o acúmulo de compostos de reserva (amido) e de proteção (fenóis, flavonoides, lignina) nas estruturas subterrâneas podem ter favorecido o seu rebrotamento após a retirada do Pinus e a sua permanência das espécies na área. / The Cerrado area studied is under regeneration at the Estação Ecológica de Santa Bárbara, located in Águas de Santa Bárbara (São Paulo, Brazil). In this area, the Pinus, cultivated since the 1970s, was removed in 2012 and then, in 2014, the area was burnt. The species Eugenia dysenterica (Mart.) DC. and E. punicifolia (Kunth) DC. were studied due to their high resprouting after the burnt event. The aim was to carry out morphoanatomical and chemical analyses of the structures related to the resprouting capacity. The number of belowground buds was counted in the first 10 cm below the soil surface. The chemical analyses of the roots and anatomical analyses of the end portion of the aerial branches and the underground system were performed. Besides the apical bud, both species showed an accessory bud above the axillary one at the three subsequent nodal regions. In all studied buds, protection structures were observed, as colleters and crystals occur close to the shoot apical meristem (SAM). Moreover, SAM is protected by leaf primordia with oil cavities, many crystals and non-glandular unicellular trichomes. These trichomes present parietal cellulose thickening and are able to accumulate phenolic compounds. In underground systems, the number of buds, mostly in the first five centimeters below the soil surface, varied between individuals per species: E. dysenterica 162, 17 and 253; E. punicifolia 24, 40 and 109. This variation was caused by the development degree of the underground system, whose structures were certainly developed before Pinus removal. The underground system of the species display a woody axis, whose upper portion is a stem structure and produces several aerial branches. Its lower part is formed by an axial thickened root that can reach one metre deep in E. dysenterica. In E. punicifolia, the subterranean system occupies a more superficial region of the soil and, similar to the stem, the axial and adventitious roots are distributed in a more horizontal plane. The covering tissue of underground systems in E. punicifolia and E. dysenterica displays alternate layers of cells with suberized walls and pectin-thickened walls. In E. punicifolia stem, the covering tissue exhibits sclereids alternate with cells of suberized walls. The thickening in E. punicifolia is a result of anticlinal divisions and tangential expansion of phloematic parenchyma cells. Both species show internal phloem and medullary parenchyma in underground stems. Phenolic compounds and starch grains are present in parenchyma cells of thickened regions in stems and roots. The contents of total carbohydrates, hemicellulose, cellulose and lignin do not differ significantly in the two species. However, concentrations of total flavonoids and total phenolic compounds are higher in roots of E. punicifolia. The protection level of aerial buds, large number of underground buds, and accumulation of storage (starch) and protection (phenols, flavonoids, lignin) compounds in the underground structures may have favoured resprouting of the species after Pinus removal and their maintenance in the area.

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