Spelling suggestions: "subject:"composicionalidade"" "subject:"composicionalidad""
1 |
Da estrutura de expressões nominais quantificadas em posição de tópicoAguiar, Ana Carolina Nunes de 11 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Classicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2008-11-12T18:40:43Z
No. of bitstreams: 1
Dissertacao_2007_AnaCarolinaNunes.pdf: 1533430 bytes, checksum: 6bd0ea1a211f880383aa667cf0991c3e (MD5) / Approved for entry into archive by Georgia Fernandes(georgia@bce.unb.br) on 2009-01-15T13:58:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertacao_2007_AnaCarolinaNunes.pdf: 1533430 bytes, checksum: 6bd0ea1a211f880383aa667cf0991c3e (MD5) / Made available in DSpace on 2009-01-15T13:58:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao_2007_AnaCarolinaNunes.pdf: 1533430 bytes, checksum: 6bd0ea1a211f880383aa667cf0991c3e (MD5) / Como se sabe, DPs topicalizados são sujeitos a uma restrição de definitude, assim, um elemento indefinido não pode aparecer na posição de tópico
(Cf. Hankamer, 1971; Kuno, 1972; Pontes, 1987; Raposo, 1996; Kato, 1998, entre outros). Assim, sintagmas determinantes quantificados (SDQs) não podem ser topicalizados nem em Inglês nem no Português do Brasil. No entanto, nossa análise de dados do Português do Brasil sugere que SDQs podem aparecer em posição de tópico em situações discursivas com retomada de contexto (cf.contexto pergunta-resposta) e, mesmo em situações sem retomada de contexto (out of the
blue contexts), se apresentarem um modificador restritivo interno. Temos, portanto, as seguintes generalizações: (I) SDQs nus podem ocorrer em posição de tópico quando a situação discursiva imediata lhes fornece um antecedente; (II) SDQs com modificadores restritivos podem ser topicalizados mesmo nas chamadas situações discursivas de sopetão (out of the blue contexts).
Generalização I: Em nossa análise, SDQs nus possuem uma estrutura subjacente envolvendo elisão de um NP partitivo. Apresentaremos os seguintes argumentos em favor dessa análise: Primeiro, esses SDQs podem ser pronunciados (spelt-out) sem o processo de elisão. Segundo, eles também obedecem à restrição de partitividade (cf. Jackendoff (1977), de Hoop (1998)), segundo a qual o SN que segue a preposição partitiva tem de ser definido. É possível, portanto, concluir que
a generalização (I) é apenas um subcaso da Generalização (II). Generalização II: Pressupondo, assim, a restrição de definitude para a posição de
tópico e que definitude é um traço do determinante, então, ao considerar a generalização II, nos confrontamos com a seguinte questão: Dentro da teoria do DP (Szabolcsi (1983), Abney (1987)), como explicar que um modificador do nome pode influenciar na definitude do determinante de maneira composicional? Nossa
resposta fundamenta-se numa visão relacional à la Larson (1991, 2004) de determinantes. Nessa visão, o determinante é, primeiramente, concatenado (merged) com o modificador da expressão nominal e depois se move para uma
posição mais alta dentro do DP Shell. Seguindo Keenan and Stavi (1984), sugerimos que na concatenação do quantificador com o modificador restritivo, o DP torna-se [+ definido], podendo, portanto, ser topicalizado. Como se sabe, a presença de um argumento indireto dentro do VP Shell pode modificar a telicidade de verbos. (Cf. Verkuyl 1972; Tenny 1994). Neste trabalho, apresentamos uma comparação entre DPs e VPs, observando que o traço definido do quantificador também é modificado quando o DP Shell contém um modificador restritivo. Apresentamos as seguintes evidências para esta análise: a) a presença de orações relativas ou sintagmas preposicionados que são complementos do nome não licencia um DP quantificado em posição de tópico; b) algumas expressões idiomáticas nominais são formadas pelo determinante e pelo
modificador restritivo, excluindo o nome.
__________________________________________________________________________________ ABSTRACT / A well-known restriction on topicalized DPs is that they are subject to a definiteness requirement, as an indefinite element cannot appear in a topic
position. (Cf. Hankamer, 1971; Kuno, 1972; Pontes, 1987; Raposo, 1996; Kato, 1998, amoung others). More generally, quantified DPs (QDPs) cannot be
topicalized neither in English nor in Brazilian Portuguese. However, how our analysis of Brazilian Portuguese data shows QDPs can be topicalized if they contain an restrictive modifier phrase or occur in a discourse situation that provides them with an antecedent (cf. the question answer). Hence, we have the following
observations: (I) bare QDPs are allowed in topic position if the immediate discourse situation provides them with an antecedent. (II) In out-of-the-blue contexts, QDPs are topicalizable if they contain a restrictive modifier. Generalization I: We argue that topicalized bare QDPs have an underlying structure involving elision of a partitive NP. That is, these are QDPs containing an elided restrictive modifier. We present the following arguments for this analysis: First, these DPs can be spelt-out without ellipsis. Second, they obey the so-called partitive constraint (cf. Jackendoff (1977) & de Hoop (1998)), according to which the NP that follows the partitive preposition (of) must be definite. If this is correct, then generalization (I) is a subtype of observation (II): The underling structure of topicalized QDPs always contains a restrictive modifier phrase. Generalization II: Assuming thus that topicalized DPs are definite DPs and that definiteness is a feature of the determiner, then when analyzing observation (II) we need to answer the following question: Under the DP hypothesis (Szabolsci 19983, Abney 1987), how can we explain that the presence of a restrictive modifier within the DP structure can determine the definiteness of the determiner in a
compositional way? Our answer is based on a Larsonian view of DPs (cf. Larson 1991 and 2004), according to which the determiner is first merged with the modifier of the nominal expression, then it moves to a higher projection within the DP shell. Hence, the so called NP restrictive modifiers are lexically inserted as the
complement of the determiner. Therefore, following Keenan and Stavi (1984) we argue that by merging a quantifier with a restrictive modifier, the determiner becomes [+definite], being thus topicalizable. It has been shown that the presence of an indirect argument within a VP shell can modify the telicity of the verb (Cf. Verkuyl 1972; Tenny 1994). In this dissertation we present a comparision between DPs and VPs, observing that the definite feature of a quantifier is also changed when the DP shell contains a restrictive modifier, which is a complement of the determiner. We offer the following evidence in favor of this analysis: (a) the presence of relative clauses or
prepositional phrases that are argumental complements of the noun does not license a QDP in a topic position; (b) certain nominal idiomatic expressions are formed by the determiner and the restrictive modifier to the exclusion of the noun.
|
2 |
Um estudo sobre a caracterização do gênero redação do Enem / A study on the characteristics of the genre production of the National High School Exam (ENEM)Oliveira, Flávia Cristina Cândido de January 2016 (has links)
OLIVEIRA, Flávia Cristina Cândido de. Um estudo sobre a caracterização do gênero redação do Enem. 2016. 167f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-05-27T11:41:18Z
No. of bitstreams: 1
2016_tese_fccoliveira.pdf: 2084333 bytes, checksum: f84add7a60c7f55e476f7a45247eae57 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-05-27T11:42:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_tese_fccoliveira.pdf: 2084333 bytes, checksum: f84add7a60c7f55e476f7a45247eae57 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-27T11:42:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_tese_fccoliveira.pdf: 2084333 bytes, checksum: f84add7a60c7f55e476f7a45247eae57 (MD5)
Previous issue date: 2016 / The goal of this research, that belongs to the area of text linguistics, consists in characterizing the text, production of the National High School Exam (ENEM) as a genre, according to the point of view of the social action that involves the text and its development, the textual/discursive compositional structure and the New Rhetoric and its assumptions about the types according and the argumentative techniques. In order to accomplish this goal, we based this study on the conception of genre as a social action and as an action of rhetorical community (MILLER, 2009 [1984]), as well as on the methodological framework for genre analysis (BAZERMAN, 2011a), on the prototype of the argumentative sequence and on the text plan (ADAM, 1999; 2008), and on the types according and argumentative techniques (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 2005). The corpus is composed by the analysis of one hundred text productions written in 2013 from all the Brazilian states, evaluated the maximum score (1000 marks) by brokers/assessors National High School Exam. These text productions were analysed following four different steps: a) description of the production conditions of the texts; b) characterization of the genre in internal and external aspects; c) systematization of the data about the textual/discursive compositional structure and d) survey of the types according and of the argumentative techniques. The data confirm that the text production of the National High School Exam as a genre has in its external characteristics aspects that pertain to the hierarchy of senses proposed by Miller (2009), which inserts the National High School Exam text production genre as a text that is typified in the sociodiscursive situation, in our corpus, the Drought Law. The external characterization also contemplates aspects such as: genre production, circulation and reception, mobilizing types of standardized enunciations which are determined by circumstances. On the other hand, the internal characterization presents a recurrent in all the macropropositions of the prototype of the argumentative sequence as well as in the text plan. The categories of Bakhtin show the text unit in the argumentative compositional construction, the formal written style of the Portuguese language, and the thematic content with a theme that concerns social problems. In the rhetorical analysis, the more recurrent argumentative techniques are those of the according type related to the real – fact – with arguments that are almost logic and based on the structure of the real, normally of a causal. These results allow us to state that production of National High School Exam has unique characteristics that differentiate it from other argumentative nature of texts. / A presente pesquisa, pertencente à área da Linguística Textual, tem por objetivo caracterizar o gênero redação do ENEM sob o ponto de vista da ação social que envolve o texto, da estrutura composicional textual/discursiva e dos tipos de acordo e técnicas argumentativas da Nova Retórica. Para a realização desse objetivo, baseamo-nos na concepção de gênero como ação social e de comunidade retórica (MILLER, 2009 [1984]), nas diretrizes metodológicas de análise de gênero (BAZERMAN, 2011a), no protótipo da sequência argumentativa e no plano de texto (ADAM, 1999; 2008), nos tipos de acordo e nas técnicas argumentativas (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 2005). Nosso corpus compõe-se de 100 redações do ENEM (2013) de todas as unidades da federação, avaliados com a nota 1.000 pelos corretores/avaliadores do ENEM. Essas redações foram analisadas em quatro etapas: a) descrição das condições de produção da redação; b) caracterização do gênero nos aspectos interno e externo; c) sistematização de dados sobre a estrutura composicional textual/discursiva e d) levantamento dos tipos de acordo e das técnicas de argumentação. Nossos dados confirmam que o gênero redação do ENEM apresenta, em sua caracterização externa, aspectos pertencentes à proposta de hierarquia de sentido de Miller (2009), o gênero insere-se como um texto tipificado na situação sociodiscursiva, em nosso corpus, a Lei Seca. A caracterização externa também contempla os aspectos, tais como: a produção, a circulação e a recepção do gênero, mobilizando formas de enunciados padronizados determinados pela circunstância. Já a caracterização interna, apresenta todas as macroproposições do protótipo da sequência argumentativa e do plano de texto fixo. Quanto às categorias bakhtinianas, as redações demonstraram a unidade do texto na construção composicional argumentativa, o estilo de escrita formal da língua portuguesa e o conteúdo temático com um tema direcionado à problemática social. Na análise retórica, identificamos as técnicas argumentativas mais recorrentes do tipo de acordo relativo ao real – fato – com argumentos quase-lógicos e baseados na estrutura do real, geralmente, de vínculo causal. Esses resultados permitem-nos afirmar que o gênero redação do ENEM apresenta características peculiares que o diferencia de outros textos de natureza argumentativa.
|
3 |
Semântica-I: questões fundacionaisSilva, Adriano Marques da 15 July 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2099375 bytes, checksum: cd43c67c82a3165f8062d5c071352f58 (MD5)
Previous issue date: 2014-07-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The problem being addressed in this thesis can be formulated as follows: what is the relationship between the notion of an internalized linguistic competence, as conceived by the generative program, and a semantic theory? In other words, what is the extend and scope of a semantic theory consistent with the theoretical assumptions and the syntactic model assumed by the generative program? Two approaches are compared: the denotational approach, according to which syntactic derivations are inputs to the truth conditional interpretation and the intensional approach , according to which the syntactic derivations constrain, but do not determine, truth conditions .I argue that the first approach leads us to a dilemma : if the semantic structure is isomorphic to the syntagmatic structure, we multiply the terms of explanation, without explanatory gain. If there is no isomorphism, we have even more serious problems, because we could not explain the explanatory success of certain syntactic principles (such as the asymmetry between external argument and internal argument , for example) . Thus, this proposal does not provide the proper kind of idealization, it s not able to extend the positive heuristic of the generative program. I argue that the second proposal, by contrast, increases the positive heuristic of the program because it is able to explain ( and not simply redescribe) important empirical generalizations discovered by the generative program over the years . I argue that the formulation of an I-semantics requires, necessarily, a revision of traditional and tacitly accepted assumptions regarding the nature of the formal study of natural languages semantics. I-Semantics explains the etiology of the computational principles underlying interface phenomena, not the implementation of these operations, how sentences can be used to make true or false assertions. / O problema a ser abordado nesta tese pode ser formulado nos seguintes termos: qual a relação entre a noção de competência linguística internalizada, tal como concebida pelo programa gerativista, e uma teoria semântica? Dito de outro modo, qual o formato e escopo de uma teoria semântica coerente com as assunções teóricas de base e com o modelo sintático assumido pelo programa gerativista? Serão comparadas duas abordagens: a abordagem denotacional, na qual as derivações sintáticas são inputs para a interpretação semântica vero-condicional e a abordagem intensional, segundo a qual as derivações sintáticas restringem, mas não determinam, condições de verdade. Argumento que a primeira abordagem conduz-nos a um dilema: caso a estrutura semântica seja isomórfica à estrutura sintagmática, multiplicamos os termos da explicação, sem ganho explicativo. Caso não haja isomorfismo, ganhamos problemas ainda mais sérios, pois não conseguiríamos explicar o sucesso explicativo de certos princípios sintáticos (como a assimetria entre argumento externo e argumento interno, por exemplo). Assim, essa proposta não fornece o tipo adequado de idealização, não é capaz de ampliar a heurística positiva do programa gerativista. Sustento que a segunda proposta, por contraste, amplia a heurística positiva do programa, pois é capaz de explicar (e não simplesmente redescrever) importantes generalizações empíricas descobertas pelo programa gerativista ao longo dos anos. Defendo a tese de que a formulação de uma semântica-I requer, necessariamente, a revisão de pressupostos tradicional e tacitamente aceitos a respeito da natureza do estudo formal da semântica das línguas naturais. A semântica-I trata da etiologia dos princípios computacionais subjacentes aos fenômenos de interface, e não da implementação dessas operações, do modo como sentenças podem ser usadas para fazer asserções verdadeiras ou falsas.
|
4 |
A relação entre gênero e morfologia avaliativa nos nominais do português brasileiro: uma abordagem sintática da formação de palavras / The relation between gender and evaluative morphology in Brazilian Portuguese nominals: a syntactic approach to word formationArmelin, Paula Roberta Gabbai 06 April 2015 (has links)
Este trabalho se insere no âmbito dos estudos a respeito da formação de palavras e pretende analisar a estrutura morfossintática de diminutivos e aumentativos do português brasileiro construídos com os formadores -inh/-zinh e -ã/-zã, respectivamente. Mais especificamente, o recorte empírico feito na tese pode ser dividido em duas grandes linhas: uma que aborda a interação entre as marcas de diminutivo e de aumentativo com as marcas de gênero/classe nominal e outra que contempla a (im)possibilidade de que as formações diminutivas e aumentativas sejam não-composicionalmente interpretadas. Para tanto, reanalisamos o estatuto das noções de gênero e classe nominal, propondo que elas ocupam a mesma posição na estrutura sintática. Tal posição é identificada como uma projeção de gênero, que é parte da projeção estendida do nome. Os formadores de diminutivo e aumentativo são analisados com base nas relações que estabelecem com esse núcleo sintático de gênero. A hipótese de base é a de que nuances na relação entre os formadores avaliativos e o núcleo de gênero revelam aspectos significantes da posição estrutural ocupada por cada um deles. Em linhas gerais, propomos que o diminutivo -inh se diferencia dos outros formadores por compartilhar com a raiz o mesmo núcleo de gênero. Essa estrutura é capaz de dar conta, entre outros fatos empíricos, da possibilidade de que a vogal final da forma diminutiva seja idêntica à vogal final da forma não-diminutiva, ainda que tal vogal seja condicionada pela raiz. Por outro lado, a vogal final que completa o aumentativo -ã reflete os padrões gerais da língua, independentemente da raiz presente na derivação. Tomamos esse fato como evidência de que o aumentativo e a raiz possuem núcleos independentes de gênero. No que diz respeito às construções aumentativas e diminutivas encabeçadas pela consoante -z, a presença de núcleos de gênero independentes na estrutura sintática é ainda mais clara, uma vez que tanto a vogal que completa a raiz, como a vogal que completa as formas -zinh e -zã são fonologicamente realizadas. Assim como no caso das formações com -ã, a vogal que completa os formadores de grau encabeçados por -z é completamente independente da raiz que participa da formação, seguindo o padrão mais geral da língua. Esses fatores fazem a análise do aumentativo -ã e a análise das formas encabeçadas por -z bastante similares uma à outra: tais formas possuem, em sua estrutura sintática, um núcleo de gênero que é independente daquele que categoriza a raiz. No entanto, há diferenças no comportamento dessas formas que acabam por separar de um lado o aumentativo -ã e, de outro, as formas -zinh e -zã. Propomos que tais diferenças são derivadas do fato de o primeiro formador se anexar abaixo do núcleo de número, enquanto os dois últimos entram na estrutura depois que ela já possui um núcleo de número. Por fim, dentro de uma visão localista de gramática, em que a atribuição de significado não-composicional deverá ser licenciada dentro de domínios bem definidos, discutimos a composicionalidade das formações partir das posições sintáticas atribuídas a cada um dos formadores em questão. / This work is inserted within the scope of the studies that investigate word formation, and aims to analyze the morphosyntactic structure of diminutives and augmentatives in Brazilian Portuguese built with the formatives -inh/-zinh, and -ã/-za, respectively. More specifically, the empirical path of this thesis can be divided into two main lines: one that addresses the interaction of diminutive and augmentative with the notions of gender/noun classes, and one that addresses the (im)possibility of a non-compositional interpretation being attributed to the structure. In order to do so, it was necessary to review the status of notions like gender and noun class in the grammar, and the formal representation attributed to them. I propose that gender and noun class occupy the very same position in the syntactic structure. This position is identified as a gender projection, which is part of the extended projection of the noun. Diminutive and augmentative markers are, then, analyzed based on the relations they establish with the syntactic gender head. The underlying hypothesis is that differences in the relation established between the evaluative formatives and the gender head reveal important aspects of the structural position that hosts each of them. More specifically, I propose that the diminutive -inh differs from other formatives, because it shares with the root the same gender head. In this sense, -inh is attached to the same gender projection responsible for categorizing the root. This structure is capable of accounting, among other empirical facts, for the possibility that the final vowel of diminutive and nondiminutive forms is identical, even if it is a root-conditioned element. On the other hand, the final vowel that completes -ã augmentatives always reflects the general gender pattern of the language, quite independently of the root. I take this as evidence that, unlike the diminutive, the augmentative and the root have independent gender heads. Thus, the syntactic structure proposed for the augmentative formation has two gender heads: one that attaches to the root, and another one that attaches directly to the augmentative. The distance between the root and the gender head that follows the augmentative is responsible for the default phonological realization of the final vowel of the augmentative. In the same sense, in the diminutive and augmentative formations built with -zinh and -zã, the presence of two independent gender heads is even clearer, since they can be phonologically identified in the output form. It is proposed, then, that, just as in is the case of the -ã forms, the vowel completing -zinh and -zã occupies a gender head that is independent from the one that categorizes the root. Differences in the behavior of these forms point to a split between -ã on one side, and -zinh/-zã on the other. We propose that these differences are derived from the fact that while -ã attaches below a number head, -zinh/-zã, on the other hand, attaches above a number head. Finally, within a localist view of grammar, in which the licensing of noncompositional meaning must be conditioned by local domains of syntactic structure, the possibility and impossibility of non-compositional interpretation being attributed to diminutive and augmentative formations is derived from the syntactic positions assigned to each of the formatives.
|
5 |
A relação entre gênero e morfologia avaliativa nos nominais do português brasileiro: uma abordagem sintática da formação de palavras / The relation between gender and evaluative morphology in Brazilian Portuguese nominals: a syntactic approach to word formationPaula Roberta Gabbai Armelin 06 April 2015 (has links)
Este trabalho se insere no âmbito dos estudos a respeito da formação de palavras e pretende analisar a estrutura morfossintática de diminutivos e aumentativos do português brasileiro construídos com os formadores -inh/-zinh e -ã/-zã, respectivamente. Mais especificamente, o recorte empírico feito na tese pode ser dividido em duas grandes linhas: uma que aborda a interação entre as marcas de diminutivo e de aumentativo com as marcas de gênero/classe nominal e outra que contempla a (im)possibilidade de que as formações diminutivas e aumentativas sejam não-composicionalmente interpretadas. Para tanto, reanalisamos o estatuto das noções de gênero e classe nominal, propondo que elas ocupam a mesma posição na estrutura sintática. Tal posição é identificada como uma projeção de gênero, que é parte da projeção estendida do nome. Os formadores de diminutivo e aumentativo são analisados com base nas relações que estabelecem com esse núcleo sintático de gênero. A hipótese de base é a de que nuances na relação entre os formadores avaliativos e o núcleo de gênero revelam aspectos significantes da posição estrutural ocupada por cada um deles. Em linhas gerais, propomos que o diminutivo -inh se diferencia dos outros formadores por compartilhar com a raiz o mesmo núcleo de gênero. Essa estrutura é capaz de dar conta, entre outros fatos empíricos, da possibilidade de que a vogal final da forma diminutiva seja idêntica à vogal final da forma não-diminutiva, ainda que tal vogal seja condicionada pela raiz. Por outro lado, a vogal final que completa o aumentativo -ã reflete os padrões gerais da língua, independentemente da raiz presente na derivação. Tomamos esse fato como evidência de que o aumentativo e a raiz possuem núcleos independentes de gênero. No que diz respeito às construções aumentativas e diminutivas encabeçadas pela consoante -z, a presença de núcleos de gênero independentes na estrutura sintática é ainda mais clara, uma vez que tanto a vogal que completa a raiz, como a vogal que completa as formas -zinh e -zã são fonologicamente realizadas. Assim como no caso das formações com -ã, a vogal que completa os formadores de grau encabeçados por -z é completamente independente da raiz que participa da formação, seguindo o padrão mais geral da língua. Esses fatores fazem a análise do aumentativo -ã e a análise das formas encabeçadas por -z bastante similares uma à outra: tais formas possuem, em sua estrutura sintática, um núcleo de gênero que é independente daquele que categoriza a raiz. No entanto, há diferenças no comportamento dessas formas que acabam por separar de um lado o aumentativo -ã e, de outro, as formas -zinh e -zã. Propomos que tais diferenças são derivadas do fato de o primeiro formador se anexar abaixo do núcleo de número, enquanto os dois últimos entram na estrutura depois que ela já possui um núcleo de número. Por fim, dentro de uma visão localista de gramática, em que a atribuição de significado não-composicional deverá ser licenciada dentro de domínios bem definidos, discutimos a composicionalidade das formações partir das posições sintáticas atribuídas a cada um dos formadores em questão. / This work is inserted within the scope of the studies that investigate word formation, and aims to analyze the morphosyntactic structure of diminutives and augmentatives in Brazilian Portuguese built with the formatives -inh/-zinh, and -ã/-za, respectively. More specifically, the empirical path of this thesis can be divided into two main lines: one that addresses the interaction of diminutive and augmentative with the notions of gender/noun classes, and one that addresses the (im)possibility of a non-compositional interpretation being attributed to the structure. In order to do so, it was necessary to review the status of notions like gender and noun class in the grammar, and the formal representation attributed to them. I propose that gender and noun class occupy the very same position in the syntactic structure. This position is identified as a gender projection, which is part of the extended projection of the noun. Diminutive and augmentative markers are, then, analyzed based on the relations they establish with the syntactic gender head. The underlying hypothesis is that differences in the relation established between the evaluative formatives and the gender head reveal important aspects of the structural position that hosts each of them. More specifically, I propose that the diminutive -inh differs from other formatives, because it shares with the root the same gender head. In this sense, -inh is attached to the same gender projection responsible for categorizing the root. This structure is capable of accounting, among other empirical facts, for the possibility that the final vowel of diminutive and nondiminutive forms is identical, even if it is a root-conditioned element. On the other hand, the final vowel that completes -ã augmentatives always reflects the general gender pattern of the language, quite independently of the root. I take this as evidence that, unlike the diminutive, the augmentative and the root have independent gender heads. Thus, the syntactic structure proposed for the augmentative formation has two gender heads: one that attaches to the root, and another one that attaches directly to the augmentative. The distance between the root and the gender head that follows the augmentative is responsible for the default phonological realization of the final vowel of the augmentative. In the same sense, in the diminutive and augmentative formations built with -zinh and -zã, the presence of two independent gender heads is even clearer, since they can be phonologically identified in the output form. It is proposed, then, that, just as in is the case of the -ã forms, the vowel completing -zinh and -zã occupies a gender head that is independent from the one that categorizes the root. Differences in the behavior of these forms point to a split between -ã on one side, and -zinh/-zã on the other. We propose that these differences are derived from the fact that while -ã attaches below a number head, -zinh/-zã, on the other hand, attaches above a number head. Finally, within a localist view of grammar, in which the licensing of noncompositional meaning must be conditioned by local domains of syntactic structure, the possibility and impossibility of non-compositional interpretation being attributed to diminutive and augmentative formations is derived from the syntactic positions assigned to each of the formatives.
|
6 |
[en] MUSS LOGIK FUR SICH SELBER SORGEN?: ON THE COLOR EXCLUSION PROBLEM, TRUTH TABLE AS A NOTATIONAL MEANS, BILDKONZEPTION AND THE NEUTRALITY OF LOGIC IN THE COLLAPSE AND ABANDONMENT OF THE TRACTATUS / [pt] MUSS LOGIK FUR SICH SELBER SORGEN?: SOBRE O PROBLEMA DA EXCLUSAO DAS CORES, A TABELA DE VERDADE COM MEIO NOTACIONAL, A BILDKONZEPTION E A NEUTRALIDADE DA LÓGICA NO COLAPSO E ABANDONO DO TRACTATUSMARCOS ANTONIO DA SILVA FILHO 22 October 2021 (has links)
[pt] O meu objetivo é investigar o colapso e abandono do Tractatus tomado como um projeto para desenvolver a atraente imagem de uma lógica completamente combinatória, sintática e neutra. Há neste projeto uma tensão insolúvel entre a imagem de uma lógica neutra e a demanda que ela deveria ser usada para analisar completamente os fatos do mundo. Há mais articulações lógicas que a lógica tractariana com suas tautologias, contradições e verafuncionalidade pode expressar. Assim eu lido aqui com quatro colapsos
inevitáveis do Tractatus, nomeadamente: I) a composicionalidade; II a tabela de verdade, III) a Bildkonzeption; e IV) a Neutralidade da Lógica. Há também quatro pontos centrais que eu cubro com esta investigação: 1) Problemas com a expressao vero-funcional de cores e números, e sua relação com intuições funcionais e espaciais; 2) o papel central e limites da tabela de verdade como um sistema notacional privilegiado para revelar a essência da linguagem e para evitar absurdos; 3) a crítica da interpretação recorrente de isomorfismo entre proposições elementares e fatos atômicos no Tractatus; 4) o papel central de um holismo tractariano que forma o pano de fundo para inevitável colisão entre lógica
e sua aplicação. Eu então evidencio o tipo de invasão de organizações e elementos empíricos no (alegado) domínio neutro da lógica. Lógica não poderia então tomar conta de si mesma. / [en] My aim is to investigate the collapse and abandonment of the Tractatus held as a project to develop the attractive picture of a logic completely combinatorial, syntactical and neutral. There is in this project an unsolvable tension between this image of a neutral logic and the demand that it must be used to completely analyze the facts in the world. There are more logical connections than the tractarian logic, with its tautologies, contradictions and truth-functionality, can express. Thereby I deal here with four unavoidable collapses of Tractatus maininterdependent pillars, namely: I) the Compositionality; II) the truth tables; III) the Bildkonzeption; and IV) the Neutrality of Logic. There are four central points that
I cover respectively in this investigation: 1) Problems with a truth-functional expression of colors and numbers, and its relation with functional and spatial intuitions; 2) the central role and limits of the truth tables as a special notation to reveal the essence of the language and to avoid absurdities; 3) a criticism of the recurrent interpretation of an isomorphism between elementary propositions and atomic facts in the Tractatus; and 4) the central role of a tractarian holism which forms the background to the unavoidable collision between logic and its application. I highlight then the kind of conceptual invasion of empirical arrangements and elements in the (allegedly) neutral domain of logic. Logic could not at last take care of itself.
|
Page generated in 0.0591 seconds