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Compreensão oral de crianças com e sem desvio fonológico: uma abordagem de diferentes dimensões lingüísticasLUCENA, Jonia Alves January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O desvio fonológico consiste em uma dificuldade de fala caracterizada pelo uso
inadequado dos sons, de acordo com a idade e variações regionais. Tal distúrbio pode
envolver erros de produção, percepção ou organização dos sons capazes de prejudicar a
criança nos âmbitos educacional, social e emocional. Considerando que a dimensão
fonológica está afetada, é comum, em terapia fonoaudiológica para os desvios de fala,
que a atenção do terapeuta esteja voltada, apenas, para o trabalho com os diversos sons
da fala. Entretanto, na prática clínica fonoaudiológica, muitas vezes de forma empírica, é
possível observar crianças que apresentam desvios fonológicos, demonstrando, também,
dificuldades em outras dimensões lingüísticas. Este estudo teve por objetivo, portanto,
analisar a compreensão oral de crianças com desvio fonológico, comparando-as com
crianças que não apresentam tal dificuldade de fala. Foram abordados, especificamente,
aspectos da compreensão semântica e da sintaxe, bem como a compreensão textual.
Participaram do estudo 36 crianças, distribuídas entre a Alfabetização, 1ª e 2ª séries,
pertencentes a escolas da rede pública de ensino. Desse grupo, 18 crianças tinham
diagnósticos clínicos de desvio fonológico, enquanto as demais não apresentavam tal
patologia, sendo emparelhadas com as crianças do grupo com desvio, de acordo com
idade, série, tipo de instrução, nível socioeconômico-cultural e memória de trabalho. As
crianças foram submetidas a tarefas que avaliaram: a compreensão semântica (Teste de
Vocabulário do WISC e Teste de Vocabulário por Imagens); compreensão de sentenças
sintaticamente complexas, que variavam quanto à intensidade de pistas semânticopragmáticas;
e compreensão textual, avaliada por meio da utilização de dois textos de
estruturas distintas que requeriam respostas a perguntas literais e inferenciais. A análise
que focalizou a comparação entre grupos mostrou que crianças sem desvio fonológico
tiveram desempenhos significativamente superiores às crianças com desvio fonológico na
tarefa de compreensão semântica do WISC. Esses dados podem apontar para o
comprometimento de desenvolvimento semântico da criança que apresenta desvio
fonológico, envolvendo o processo de compreensão. Isso consiste em achado peculiar,
pois leva o fonoaudiólogo a refletir sobre propostas de avaliação e tratamento para os
desvios fonológicos. Quanto às demais tarefas que avaliaram a compreensão oral, não
foram registradas diferenças significativas entre os dois grupos de crianças. Entretanto,
vale ressaltar que as duas crianças do grupo experimental que apresentavam desvio
severo de fala foram exatamente aquelas que não pontuaram em nenhuma das tarefas de
compreensão textual. Esse dado sugere que o grau de severidade do desvio é uma
variável que pode estabelecer uma relação direta com o comprometimento de linguagem
da criança como um todo. Por fim, observou-se que tanto crianças com desvio fonológico
como crianças sem desvio fonológico apresentaram dificuldades no processamento de
sentenças que requeriam uma análise prioritária de seus componentes
intraproposicionais. Também ficou demonstrado que as crianças de ambos os grupos
tiveram problemas na realização de inferências textuais. São achados preocupantes, pois
dizem respeito ao desenvolvimento lingüístico das crianças envolvidas, o que aponta para
a necessidade de refletir sobre alternativas de trabalho de compreensão junto às crianças,
nas escolas
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Compreensão leitora e atenção seletiva: um estudo com alunos do ensino médioFonseca, Luísa Mocelin January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / The theme of this work, developed in the field of Psycholinguistics, is the relationship between reading comprehension and selective attention. The relevance of the research is the search for understanding - that besides educational, is social - of the national framework the students’ low reading comprehension levels, having been chosen the selective attention as an element of possible interference Thus, this research aims to identify the levels of reading comprehension and selective attention of 61 high school students from a public school located in Rio Grande do Sul state, in order to examine the correlation between these levels. The students’ reading comprehension level was verified by the Cloze procedure, while for the selective attention, we administered the AC Test. The results pointed to a moderate correlation between reading comprehension and selective attention. Based on the results, it is suggested to do same verification of the present study with a more heterogeneous sample in relation to age and educational level separately. / O tema deste trabalho é a relação entre compreensão leitora e atenção seletiva, inserindo-se na área da Psicolinguística. A relevância da pesquisa está na busca de entendimento – que, além de educacional, é social – do quadro nacional de baixa compreensão em leitura dos estudantes, tendo sido escolhida a atenção seletiva como um elemento de possível interferência. Assim, a pesquisa objetiva identificar os níveis de compreensão leitora e de atenção seletiva de 61 alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública do estado do Rio Grande do Sul para, então, verificar a correlação existente entre tais níveis. A compreensão leitora dos sujeitos foi verificada através do procedimento Cloze, enquanto que, para avaliar a atenção seletiva, aplicou-se o Teste AC. Os resultados apontaram para uma correlação moderada entre a compreensão leitora e atenção seletiva. Com base nos resultados, cabe sugerir fazer a mesma verificação do presente estudo com outros grupos comparativos no que diz respeito à idade e ao nível escolar, separadamente.
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A relação entre compreensão leitora e consciência textual: um estudo com alunos de 2º e 3º anos do ensino fundamentalBarboza, Letícia da Silva January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / This study is inserted in the area of Psycholinguistics. Its goal is to verify the relationship between the textual awareness and reading comprehension. The survey includes 30 children, students of 2nd and 3rd grade of elementary school, from a public school in the metropolitan region of Porto Alegre. The performance of reading comprehension is evaluated through a questionnaire with eight questions relating to a story read by the subjects. The textual awareness development is verified by two instruments involving pictures. The participants need to remove the ones that do not belong to the story and then they have to organize the story’s pictures according to the narrative sequence, justifying respectively. The research instruments are applied at two different moments, alternating the order of presentation for the subjects. First, after reading the narrative story, the subjects answer the questions about the text and then they do the textual awareness tasks. In another meeting, the subjects perform the tasks of textual awareness and after answering comprehension questions based on another narrative. In this study, the evidence of environment literacy in the family context is considered. This variable is checked by individual interviews with the participants. Also the schooling of the subjects is analyzed. The results for both groups indicate that subjects with better performance on the instrument reading comprehension also presents a significant degree of awareness of textual development, resulting in a positive correlation. / Este estudo está inserido na área da Psicolinguística. Seu objetivo é verificar a relação entre a consciência textual e a compreensão leitora. A pesquisa abrange 30 crianças, alunos do 2º e 3º anos do Ensino Fundamental, de uma escola pública municipal, na região metropolitana de Porto Alegre. Para avaliação do desempenho de compreensão, é utilizado um instrumento que consiste em um questionário com oito perguntas referentes a uma história lida pelos próprios sujeitos. Para verificar o grau de desenvolvimento da consciência textual, são realizadas duas tarefas envolvendo figuras. Cabe aos participantes retirar as gravuras não pertencentes à história e, posteriormente, organizar as pertences de acordo com a sequência narrativa, justificando respectivamente. Os instrumentos de pesquisa são aplicados em dois momentos distintos, alternando-se a ordem de apresentação dos mesmos para os sujeitos. Primeiramente, após a leitura da história narrativa, os sujeitos respondem às questões para averiguar a compreensão do texto seguido dos instrumentos de avaliação da consciência textual. Em outro encontro, os sujeitos realizam as tarefas de consciência textual para, após, responderem às perguntas de compreensão baseados em outra narrativa. Neste estudo, é considerada como variável a evidência de um ambiente de letramento no contexto familiar. Essa variável é verificada mediante entrevista individual com os participantes. Ainda, é analisada a escolaridade dos sujeitos de pesquisa. Os resultados atingidos por ambos os grupos revelam que os sujeitos com melhor desempenho no instrumento de compreensão leitora demonstram também um grau de desenvolvimento significativo da consciência textual, obtendo-se uma correlação positiva.
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Um estudo sobre a influência da metodologia on-line em compreensão de textosHODGES, Luciana Vasconcelos dos Santos Dantas 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / As pesquisas sobre compreensão de textos adotam a metodologia off-line, que consiste em avaliar a compreensão após a leitura, e a metodologia on-line, que consiste em avaliá-la durante a leitura, sendo a off-line a mais tradicionalmente adotada. Pesquisas mostram que a metodologia on-line é eficaz na investigação de determinados aspectos da compreensão de textos, por exemplo, as inferências de previsão. No entanto, sua possível contribuição para o desenvolvimento da habilidade de estabelecer inferências parece ainda não ter sido explorada. O presente estudo objetivou examinar se a metodologia on-line contribuiria para a compreensão de textos, especificamente no que se refere ao estabelecimento de inferências em crianças com dificuldades nesta área. A escolha das inferências como objeto de investigação deve-se ao fato de sua reconhecida relevância no processo de compreensão textual, como mostra a literatura. Participaram do estudo 80 crianças de ambos os sexos com média e muita dificuldade de compreensão, porém sem dificuldade de decodificação na leitura, alunas do 3º e 4º anos do ensino fundamental em escolas públicas do Recife. Os participantes foram igualmente divididos em quatro grupos: Grupo G1 (on-line apenas), que realizou a leitura interrompida e respondeu perguntas inferenciais após cada interrupção; Grupo G2 (on-line com perguntas complementares), cujo procedimento foi semelhante ao do Grupo G1, porém acrescentando, após cada pergunta inferencial, perguntas complementares que investigavam as bases de geração das inferências; Grupo G3 (off-line com interrupções), que fez a leitura interrompida, sendo apenas indagado aos participantes se entenderam o trecho lido e se gostariam de relê-lo; e Grupo G4 (off-line apenas), que leu o texto sem interrupções. Após a leitura, todos os participantes responderam perguntas inferenciais acerca da história lida, relativas à compreensão global, e a conteúdos específicos. As respostas foram classificadas em categorias hierárquicas: I (não responde), II (resposta problemática ou indevida), III (resposta imprecisa) e IV (resposta precisa). Comparações entre os grupos mostraram que o desempenho do grupo G2 (on-line com perguntas complementares) foi superior ao dos demais, indicando que a associação de perguntas complementares de natureza metacognitiva a perguntas on-line de natureza inferencial foi a mais favorável à compreensão textual, estimulando respostas mais precisas e explícitas. O desempenho não variou em função do tipo de pergunta (global e específica) em qualquer um dos grupos. Uma análise dos erros encontrados identificou quatro tipos de erro que expressam formas particulares de pensar. Dois destes erros mostram uma tentativa de integrar informações, enquanto os outros dois não. Os tipos de erro não variavam em função dos grupos e nem dos tipos de perguntas, concluindo-se que o tipo de erro apresentado pelo leitor é algo estável, um modo limitado de acessar o texto. Foi realizada ainda uma análise individual dos participantes, os quais foram classificados em níveis de compreensão. Esta análise mostrou que foram os participantes do grupo G2 que mais tenderam a um nível de compreensão mais elaborado, corroborando a hipótese de que a metodologia on-line com perguntas complementares é eficaz em melhorar a compreensão
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Atividades de compreensão textual no ensino técnico : estudo sociointeracional de processos inferenciaisFerreira, Alinne Santana 19 December 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2017-04-17T15:07:34Z
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2016_AlinneSantanaFerreira.pdf: 7509837 bytes, checksum: c7492eb401af77a43349964879e37705 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-04-17T18:38:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_AlinneSantanaFerreira.pdf: 7509837 bytes, checksum: c7492eb401af77a43349964879e37705 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-17T18:38:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_AlinneSantanaFerreira.pdf: 7509837 bytes, checksum: c7492eb401af77a43349964879e37705 (MD5) / Este estudo investigou os processos inferenciais em atividades de compreensão textual em uma turma do curso técnico em secretariado escolar do Instituto Federal de Brasília – IFB, campus São Sebastião – DF. Os dados foram gerados por meio de pesquisa-ação participativa crítica, na qual a pesquisadora atuou como professora da turma, gravando áudios e imagens das atividades realizadas. A base teórica do trabalho é orientada pela Sociolinguística Interacional (Goffman ([1964]2002; Gumperz, 1982a e b e Tannen, 2004), pois nele são analisados os significados sociais que emergem das interações face a face e investigam-se práticas sociais contextualmente situadas. A Linguística Textual ofereceu embasamento referente aos conceitos de texto, gêneros textuais, referenciação e inferenciação, fundamentais para as referências deste estudo na construção do arcabouço teórico, que deu suporte para análise de dados. Nessa perspectiva, o texto é compreendido como atividade sociodiscursiva (KOCH & MARCUSCHI, 1998), em que a referenciação e a inferenciação constituem processos sociodiscursivos. Por essa razão, os estudos de Vygotsky ([1934]2001 e 1997) sobre pensamento, linguagem, aprendizagem e desenvolvimento, bem como os de Tomasello ([1999]2003, 2008 e 2009) acerca da filogênese, da ontogênese e da sociogênese humanas foram acrescidos aos fundamentos teóricos deste estudo. Também foi necessário abordar o letramento na perspectiva ideológica (BARTON, 1994 e STREET 1984, 1993 e 2014), uma vez que os colaboradores desta pesquisa tiveram a oportunidade de refletir sobre os significados das práticas que vivenciaram em sala de aula. A Andragogia (LUDOJOSKI, 1972 e KNOWLES, 1973), área que estuda as práticas educacionais voltadas ao público adulto, também foi tratada, pois os ensinamentos dessa disciplina auxiliam professores de cursos técnicos subsequentes a conhecerem seu público, formado majoritariamente por estudantes adultos. A metodologia empregada para a construção do corpus desta pesquisa teve na etnografia colaborativa de sala de aula o alicerce para o emprego da pesquisa-ação participativa crítica (KEMMIS & McTAGGART, 2005) como método utilizado em pesquisas educacionais que objetivem transformações no contexto pesquisado. Como forma de triangular os dados, realizou-se grupo focal (MORGAN, 1977 e BARBOUR, 2009) para investigar as representações dos alunos em relação às atividades realizadas durante as aulas. Os resultados deste estudo indicam que os processos inferenciais foram construídos durante a realização de atividades de produção textual compreensiva e nas interações face a face que ocorreram durante as atividades de leitura coletiva. Foram revelados quatro processos inferenciais: (1) uso de metáforas; (2) utilização de narrativas; (3) uso de expressões referenciais e (4) realização de inferências conversacionais. Além desses resultados, constatou-se que as atividades de leitura em sala de aula devem ser pensadas previamente pelo professor, por meio da escolha de gêneros textuais coerentes com os objetivos da aula e da elaboração de atividades individuais nas quais os alunos possam refletir previamente sobre o(s) textos(s) trabalhado(s) para que, posteriormente, eles ampliem as inferências nos momentos de interação com o professor e com os colegas, a fim de construírem letramentos críticos. Este estudo foi transformado em proposta didática que pretende orientar as práticas de leitura realizadas por professores dos cursos técnicos subsequentes. / Este estudo investigou os processos inferenciais em atividades de compreensão textual em uma turma do curso técnico em secretariado escolar do Instituto Federal de Brasília – IFB, campus São Sebastião – DF. Os dados foram gerados por meio de pesquisa-ação participativa crítica, na qual a pesquisadora atuou como professora da turma, gravando áudios e imagens das atividades realizadas. A base teórica do trabalho é orientada pela Sociolinguística Interacional (Goffman ([1964]2002; Gumperz, 1982a e b e Tannen, 2004), pois nele são analisados os significados sociais que emergem das interações face a face e investigam-se práticas sociais contextualmente situadas. A Linguística Textual ofereceu embasamento referente aos conceitos de texto, gêneros textuais, referenciação e inferenciação, fundamentais para as referências deste estudo na construção do arcabouço teórico, que deu suporte para análise de dados. Nessa perspectiva, o texto é compreendido como atividade sociodiscursiva (KOCH & MARCUSCHI, 1998), em que a referenciação e a inferenciação constituem processos sociodiscursivos. Por essa razão, os estudos de Vygotsky ([1934]2001 e 1997) sobre pensamento, linguagem, aprendizagem e desenvolvimento, bem como os de Tomasello ([1999]2003, 2008 e 2009) acerca da filogênese, da ontogênese e da sociogênese humanas foram acrescidos aos fundamentos teóricos deste estudo. Também foi necessário abordar o letramento na perspectiva ideológica (BARTON, 1994 e STREET 1984, 1993 e 2014), uma vez que os colaboradores desta pesquisa tiveram a oportunidade de refletir sobre os significados das práticas que vivenciaram em sala de aula. A Andragogia (LUDOJOSKI, 1972 e KNOWLES, 1973), área que estuda as práticas educacionais voltadas ao público adulto, também foi tratada, pois os ensinamentos dessa disciplina auxiliam professores de cursos técnicos subsequentes a conhecerem seu público, formado majoritariamente por estudantes adultos. A metodologia empregada para a construção do corpus desta pesquisa teve na etnografia colaborativa de sala de aula o alicerce para o emprego da pesquisa-ação participativa crítica (KEMMIS & McTAGGART, 2005) como método utilizado em pesquisas educacionais que objetivem transformações no contexto pesquisado. Como forma de triangular os dados, realizou-se grupo focal (MORGAN, 1977 e BARBOUR, 2009) para investigar as representações dos alunos em relação às atividades realizadas durante as aulas. Os resultados deste estudo indicam que os processos inferenciais foram construídos durante a realização de atividades de produção textual compreensiva e nas interações face a face que ocorreram durante as atividades de leitura coletiva. Foram revelados quatro processos inferenciais: (1) uso de metáforas; (2) utilização de narrativas; (3) uso de expressões referenciais e (4) realização de inferências conversacionais. Além desses resultados, constatou-se que as atividades de leitura em sala de aula devem ser pensadas previamente pelo professor, por meio da escolha de gêneros textuais coerentes com os objetivos da aula e da elaboração de atividades individuais nas quais os alunos possam refletir previamente sobre o(s) textos(s) trabalhado(s) para que, posteriormente, eles ampliem as inferências nos momentos de interação com o professor e com os colegas, a fim de construírem letramentos críticos. Este estudo foi transformado em proposta didática que pretende orientar as práticas de leitura realizadas por professores dos cursos técnicos subsequentes. / Este estudio investigó los procesos de inferenci en actividades de comprensión de texto en una clase de curso técnico subsecuente en secretariado escolar del Instituto Federal de Brasilia – IFB, campus São Sebastião – DF. Los datos fueron generados por medio de investigación-acción participativa crítica, en la que la investigadora trabajó como profesora de la clase, gravando audios e imágenes de las actividades realizadas. El suporte teórico del trabajó es guiado por la Sociolingüística Interacional (Goffman ([1964]2002; Gumperz, 1982a e b e Tannen, 2004), ya que se analizó los significados sociales que emergen de las interacciones cara a cara e se investigó las prácticas sociales contextualmente situadas. La Lingüística Textual ofreció embasamiento referente a los conceptos de texto, géneros textuales, referencia e inferencia, fundamentales para las referencias de este estudio sobre la construcción del marco teórico, que dio soporte para análisis de datos. En esta perspectiva, el texto se entiende como actividad sociodiscursiva, en que la referencia y la inferencia constituyen procesos sociodiscursivos (KOCH & MARCUSCHI, 1998). Por esa razón, los estudios de Vygotsky ([1934]2001 e 1997) sobre pensamiento, lenguaje, aprendizaje e desarrollo, así como los de Tomasello ([1999]2003, 2008 e 2009) acerca de la filogénesis, de la ontogénesis e de la sociogénesis humanas hicieron parte de los fundamentos teóricos de este estudio. También era necesario abordar el letramento en la perspectiva ideológica (BARTON, 1994 e STREET 1984, 1993 e 2014), ya que los colaboradores de esta investigación tuvieron la oportunidad de reflexionar sobre los significados de las prácticas que han experimentado en la clase. La Andragogía (LUDOJOSKI, 1972 e KNOWLES, 1973), área que estudia las prácticas educativas relacionadas al público adulto, también fue utilizada, pues esta disciplina ayuda a los maestros de cursos técnicos subsecuentes a conocer a su público, compuesto mayoritariamente por estudiantes adultos. La metodología utilizada para la construcción del corpus de esta investigación tuvo en la etnografía colaborativa de clase el suporte para el uso de la investigación-acción participativa crítica (KEMMIS & McTAGGART, 2005) como método utilizado en la investigación educativa que tiene como objetivo transformaciones del contexto de búsqueda. Con el fin de triangular los datos, fue realizado grupo focal (MORGAN, 1977 y BARBOUR, 2009) para investigar el papel de los estudiantes en relación con las actividades realizadas a lo largo de las clases. Los resultados de este estudio indican que los procesos de inferencia se construyeron a lo largo de la realización de actividades integrales de producción textual y en interacciones cara a cara que se produjeron a lo largo de las actividades de lectura colectiva. Cuatro procesos inferenciales fueron revelados: (1) uso de metáforas; (2) uso de narrativas; (3) uso de expresiones referenciales y (4) realización de inferenciales conversacionales. Además de estos resultados, se encontró que las actividades de lectura en clase deben ser pensaba anteriormente por el profesor, a través de la elección de los géneros consistentes con los objetivos de la clase y el desarrollo de las actividades individuales en las cuales los estudiantes pueden reflexionar previamente sobre lo (s) texto (s) trabajado (s) para que, después, se expanden las inferenciales en los momentos de interacción con el profesor y con los compañeros, con el fin de construir letramentos críticos. Este estudio se transforma en propuesta didáctica que se pretende orientar las prácticas de lectura llevadas a cabo por los profesores de los cursos técnicos subsecuentes.
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Espaços em branco: um convite a anotarMoraes, Andréa Silva 27 February 2013 (has links)
Submitted by Chaylane Marques (chaylane.marques@ufpe.br) on 2015-03-06T17:22:48Z
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Previous issue date: 2013-02-27 / CNPQ; CAPES / Anotar faz parte das nossas atividades cotidianas, porém é na escola que a prática de tomar notas adquire um novo sentido, especialmente quando somos avaliados. Este trabalho possui como objetivo geral investigar a escrita de anotações em questões de múltipla escolha, observando como elas se organizam e atuam como facilitadores para a resolução das questões. Especificamente, verificamos quais anotações são produzidas durante a resolução dos enunciados, observando-se a recorrência e classificando os tipos encontrados; e analisamos de que maneira as anotações encontradas estão vinculadas à leitura e à compreensão das questões, a partir dos procedimentos descritos pelos informantes em entrevista, verificando como as anotações auxiliam o processo de resolução das questões. Nosso corpus é composto por anotações coletadas em atividade realizada pela equipe do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), no curso de Letras da UFPE, e por entrevistas realizadas com os autores das anotações. Para atender aos nossos objetivos, iniciamos esta dissertação conceituando o que são anotações, observando de que maneira estão inseridas em nossas práticas sociais, especialmente no ambiente escolar. Posteriormente, discutimos os conceitos de leitura e compreensão que subjazem as análises neste trabalho, assim como as noções sobre texto e gênero. Também apresentamos os conceitos de multimodalidade que regem as discussões sobre a composição das anotações. As anotações foram classificadas quanto aos tipos. Em seguida, observou-se seu entrelaçamento com a atividade de ler e o processo de compreender durante a resolução das questões. Os resultados encontrados revelam que, do ponto de vista composicional, as anotações não se restringem apenas à utilização de um modo, mas agregam diversos recursos semióticos para fazer sentido; e as anotações estão relacionadas ao processo de resolução das questões, auxiliando cognitivamente o leitor na mobilização de conhecimentos.
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A compreensão de texto em provas de Língua Portuguesa em concursos públicosFREITAS, Cleidson Jacinto de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Este trabalho tem o objetivo de caracterizar as atividades de compreensão em
provas de concursos públicos na sua relação com os gêneros textuais e com as
tipologias de questões. Para tanto, o corpus selecionado foram as provas de
quatro bancas de concursos ESAF, FCC, Cesgranrio e CESPE, realizadas no
período de 2009 e 2010. Pretendemos fornecer indícios para se observar se os
exercícios de compreensão textual nos concursos se constituem efetivamente em
atividade de compreensão ou realizam outras atividades como cópia,
decodificação lexical e sintática ou outros exercícios tradicionalmente intitulados
de compreensão, mas que, na verdade, com ela, têm pouca relação. Nossa
análise nos permitiu identificar os conceitos de língua, texto e compreensão
subjacentes às bancas e vimos que o tradicionalismo ainda é muito presente.
Diversos exemplos de questões, nas quatro bancas observadas, evidenciaram
uma postura estruturalista, tomando a língua como um código, consequentemente
considerando o texto um depósito e interpretando que o processo de
compreensão se dá por meio de uma decodificação. Nas quatro bancas também
identificamos questões que exigem do candidato atitudes frente ao texto que
demandavam esforços cognitivos complexos e que deixavam claro que o conceito
de língua, texto e compreensão eram, respectivamente, de evento comunicativo,
proposta de sentido e atividade de coautoria
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A Influência da interação professor-aluno na compreensão textual : uma experiência com o inglês instrumentalHenrique da Silva Lima, Gustavo January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Este estudo pretende investigar como a interação professor-aluno influencia
na compreensão textual e na construção de significados em Língua Estrangeira
(Inglês). Serviram de base teórica para a análise o modelo de leitura de Ruddell &
Unrau (1994), a tipologia de perguntas e respostas proposta por Coracini (2002),
os estudos sobre o processo de compreensão Koch (1997/2003), entre outros. Os
referidos autores concebem a leitura como um processo de construção de
significados, concepção por nós partilhada. A metodologia consistiu na
observação gravação, transcrição e análise de algumas aulas do curso de Inglês
Instrumental da UFPE. Também foram aplicados alguns questionários com o intuito
de obtermos algumas informações relevantes a esta pesquisa. Os resultados
evidenciaram não só a concepção de leitura subjacente à prática da professora,
mas também um tipo de interação predominantemente assimétrica. As perguntas e
respostas em sala da de aula conduziram a uma compreensão superficial do texto,
não havendo espaço para a construção de significados pelos alunos. Tais
constatações apontam para a necessidade de um redirecionamento da prática de
leitura em LE, embora não possamos afirmar que se trata de uma constante nos
cursos de Inglês Instrumental
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A compreensão da heterogeneidade marcada por alunos do ensino médiode Fátima Generino da Silva, Maria January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Este trabalho tem como objetivo investigar como se dá o aprimoramento da compreensão em alunos do Ensino Médio, a partir do tratamento do funcionamento dialógico de artigos de opinião. Tem, pois, como objeto de pesquisa a heterogeneidade enunciativa aplicada ao ensino da leitura de textos argumentativos. O corpus para este estudo foi constituído por atividades de interpretação elaboradas a partir de artigos de opinião colhidos em jornais locais. Tais atividades foram realizadas por alunos do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola da rede pública do Estado de Pernambuco. A interpretação, discussão dos dados, bem como as reflexões em torno da prática do ensino da leitura foram feitas a partir da Teoria da Enunciação numa perspectiva bakhtiniana. Os dados resultantes da etapa inicial da pesquisa mostram que os alunos não vêem e nem interpretam as várias vozes inscritas no texto. Estes resultados apontam para a necessidade de a escola abandonar um projeto homogeneizante da linguagem e considerar o ensino da leitura como uma prática significativa que privilegie a construção do sentido. A partir dos resultados finais da pesquisa, propomos uma prática de leitura no Ensino Médio que contemple o estudo da heterogeneidade marcada em artigos de opinião como um mecanismo eficaz na ampliação da compreensão e, conseqüentemente, no desenvolvimento de leitores mais críticos e autônomos frente aos textos circulantes
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Entendendo nas entrelinhas : como as crianças compreendem ironia em discursos argumentativosSouza Alves, Cristhiane 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Dentre os recursos que podem ser empregados na defesa de um ponto de vista, ou mesmo
na produção de contra-argumentos, enfoca-se, neste trabalho, a utilização da estratégia
enunciativo-discursiva da ironia, que se caracteriza pela implicitação de sentidos diferentes
daqueles que comumente seriam entendidos no enunciado ou discurso em questão.
Considerando que é possível compreender ironia, segundo alguns estudos, em torno dos
primeiros anos escolares, este trabalho se propôs a observar como a compreensão da ironia,
a partir da perspectiva enunciativa dialógica, poderia afetar o reconhecimento dos
elementos básicos de uma argumentação (argumento, justificativa, contra-argumento,
resposta) por crianças que tivessem entre cinco e oito anos de idade. Esta investigação
assume a perspectiva dialógica bakhtiniana de linguagem, que é vista como atividade social
interativa, na qual sujeitos históricos interagem verbalmente produzindo e recebendo
enunciados, que terão seus sentidos constituídos a partir da interação de diversos contextos,
pontos de vista e falas sociais. Consequentemente, a compreensão aqui é entendida como
um processo ativo, no qual existe uma orientação em relação à enunciação do outro, isto é,
o interlocutor estabelece uma correspondência entre suas próprias palavras com as palavras
que lhe foram enunciadas, como se fosse uma réplica, o que caracteriza a dialogicidade
constitutiva do discurso. Quanto à argumentação, assume-se a perspectiva pragma-dialética,
na qual argumentar é um ato de fala complexo, cujo propósito interacional é contribuir para
a resolução de uma diferença de opinião. Este ato de fala argumentativo apresenta um
efeito comunicativo, correspondente à sua compreensão, e um efeito interacional, que é a
aceitação ou resposta ao ato de fala realizado, os quais não têm que necessariamente
coincidir. No entanto, a fim de que algum grau de aceitação se efetue, será preciso alcançarse
pelo menos algum grau de compreensão. A pesquisa foi realizada com quarenta crianças
entre cinco e oito anos de idade, as quais assistiram a alguns trechos de filmes infantis em
DVD, que continham situações argumentativas com ocorrência de ironia. Durante a exibição,
foram realizadas perguntas relativas à compreensão da situação discursiva apresentada, as
quais visavam capturar a compreensão tanto da ironia quanto de sua função retórica. As
atividades foram videografadas e submetidas à análise da responsividade compreensiva de
cada criança diante das situações discursivas observadas. As respostas dadas pelas crianças
indicaram ser a compreensão do efeito de sentido irônico um pressuposto fundamental para
a compreensão dos movimentos argumentativos de justificação ou de ataque a um ponto de
vista que subjaciam aos enunciados irônicos. As crianças que aparentemente não
capturaram uma subversão no sentido de um enunciado caracteristicamente irônico,
também pareceram não atribuir-lhe uma função retórica
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