Made available in DSpace on 2017-06-01T18:08:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 armida_portela_albuquerque_lima.pdf: 269529 bytes, checksum: e80232a8b2f2cf45a4e25e98335e93b9 (MD5) Previous issue date: 2014-06-04 / This work aimed to study the meaning of the experience of crack/cocaine users in contemporary political/social context. We had planned our research in direction of the followed specific objectives: create an understanding of the meanings produced by crack/cocaine users on his/her experiences with this substance; analyze the political/social context in which their crack/cocaine experiences occurs; and propose perspectives of attention to the crack/cocaine user considering the meaning and the social/political context. The methodology was qualitative from the existential phenomenological perspective. At first, we made a documentary analysis of the newspaper texts produced in years 2012/2013. We analyzed the design of use, dependence, sense/meaning, beyond those involved in the political/social use of crack/cocaine aspects. Second, applying the narrative of Walter Benjamin and utilizing a prompt ask, we interviewed six crack/cocaine users who spoke freely about their experience with the substance. The subjects were selected from the private practices of physicians and/or psychologists, as well as harm reduction agents. Choose of the sample was therefore intentional, and not directed to generalizations of the experiences. Professionals collaborate in the selection observing the distinct modes of use: casual, recreational and dependence, this last that could be mild, moderate and severe. We considered that each of these modes implies the social integration of the user and therefore could emerge political issues. The researcher took as posture a constant dialogue with the texts and study subjects, to this, addressing the philosophical hermeneutics of Gadamer. Data analysis were performed based on the work of Arendt in his political/social aspect. / Este trabalho teve como objetivo geral pesquisar o sentido da experiência de usuários de crack no contexto político/social contemporâneo e como objetivos específicos: compreender os sentidos produzidos pelos usuários de crack em suas experiências com essa droga e analisar o contexto político/social em que ocorre a experiência de uso do crack. A metodologia foi de natureza qualitativa, a partir da perspectiva fenomenológica existencial e política/social. Em um primeiro momento fizemos uma análise documental em textos produzidos pela imprensa escrita nos anos 2012/2013. Procuramos analisar a concepção de uso, dependência, sentido/significado, além dos aspectos políticos/sociais implicados no uso de crack. Em outro momento, utilizando como instrumento a narrativa a partir de Walter Benjamin, com pergunta disparadora, entrevistamos seis usuários de crack, que discursaram livremente sobre sua experiência com essa substância. Os sujeitos participantes foram selecionados a partir de consultórios particulares de médicos e/ou psicólogos, além de agentes redutores de danos. A amostra foi, portanto, intencional, e não buscou generalizações das experiências. Foi solicitada aos profissionais que colaboraram na seleção da amostra a observação de vários modos de uso: ocasional, recreativo e dependência, que pode ser: leve, moderada e grave. Acreditamos que cada um desses modos implica na inserção social do usuário e, portanto traz questões políticas. A pesquisadora tomou como postura, ao dirigir-se ao campo, a hermenêutica filosófica de Gadamer, de diálogo constante com os textos e sujeitos participantes. A análise dos dados foi realizada a partir da obra de Arendt em seu aspecto político/social.

Made available in DSpace on 2017-06-01T18:08:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 maria_socorro_bastos.pdf: 895607 bytes, checksum: d0237f69d8cf9409984f3f21b0a2351a (MD5) Previous issue date: 2014-10-27 / This research had as main objective to understand the experience of motherhood in crack smokers. Specific description of how was the experience of these women know / feel pregnant and understanding how it presented the child care and self-care goals. The subjects were mothers of women crack users. The methodology was qualitative grounded in existential phenomenology. Thus, we collected narratives of research subjects, as well as the narrative of the researcher, is facing its affect on the meeting with these women, through their action. Five women were interviewed. The theoretical framework authors took as Heidegger, Foucault and Benjamin. The analysis considered the philosophical hermeneutics of Gadamer. As a result presented the unveiling of the unique universe of women in their experiences with motherhood. Could not grasp the phenomenon of mother feel in their narratives. As the phenomenon of abandonment, rejection, stigma, violence and the relationship established with the substance where possible to reflect on the ontic way of living today. / Este trabalho de pesquisa teve como objetivo geral compreender a experiência da maternidade em usuárias de crack. Como objetivos específicos a descrição de como se deu a experiência nessas mulheres sobre o saber/sentir grávida e a compreensão de como se apresentou o cuidado dos filhos e o cuidado de si. Os sujeitos participantes foram mulheres mães usuárias de crack. A metodologia empregada foi a qualitativa embasada na fenomenológica existencial. Para tanto, foram colhidas as narrativas dos sujeitos participantes, bem como, a narrativa da pesquisadora, frente ao seu afetar-se no encontro com essas mulheres, no seu campo-ação. Foram entrevistadas cinco mulheres. O marco teórico tomou autores como Heidegger, Foucault e Benjamin. A análise dos resultados considerou a hermenêutica filosófica de Gadamer. Como resultado apresentou o desvelamento do universo singular das mulheres nas suas experiências com a maternidade. Pudemos apreender o fenômeno de não sentir-se mãe nas suas narrativas. Assim como, o fenômeno do abandono, da rejeição, do estigma, da violência e a relação estabelecida com a substância onde possibilitou refletir sobre a forma ôntica do viver na atualidade.

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O consumo de crack tem se constituído numa problemática de saúde pública pelas diversas consequências individuais, familiares e sociais que provoca. O objetivo desse estudo foi investigar a relação entre a perspectiva de suporte familiar de usuários de crack, de familiares e de técnicos sociais do Programa ATITUDE, analisando as possíveis implicações dessas percepções na assistência aos usuários e seus familiares. Optou-se por desenvolver a dissertação na modalidade artigos. No primeiro artigo, foi realizada uma revisão narrativa baseada em 23 artigos pesquisados nas bases de dados BVS, Scielo Periódicos e ScienceDirect, no intuito de avaliar as contribuições dos estudos às estratégias públicas de enfrentamento ao crack. Os critérios adotados para a seleção dos artigos foram: 1) artigos sobre "crack e políticas públicas", publicados nos últimos cinco anos e, 2) estudos com a população ou sobre a política pública brasileira. Como resultado foram incluídos nove artigos epidemiológicos, três sobre clinica das drogas, três sobre contextos de uso e violência, sete sobre representação social e mídia e um sobre família. Aspectos como mudança na assistência comunitária, políticas intersetoriais, vigilância e controle epidemiológicos, melhor integração entre os organismos que trabalham para a redução da demanda e aumento de pesquisas clínicas, foram ressaltados como importantes para a proposição de políticas públicas. O segundo artigo vem atender ao objetivo principal do estudo, sendo realizado com 62 participantes. Inicialmente foi aplicado em 46 usuários de crack, vinculados ao Programa ATITUDE, o Inventário de Percepção de Suporte Familiar (ISPF), que apresentou uma elevada consistência interna (&#945;=0,88). Na segunda fase, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com oito usuários selecionados entre os 46 iniciais, quatro familiares e 12 técnicos sociais do programa. A média de idade desses usuários foi de 30 anos (DP=6,98), cujo perfil sociodemográfico remete a usuários, em sua maioria: não casados (78,3%), que residiam sozinhos (52,2%), com ensino fundamental incompleto (63%), advindos de famílias sem convivência entre os pais (65,2%) e que responderam ao IPSF com referência à família de origem (87%). Foram encontradas correlações significativas entre morar sozinho e ter uma baixa percepção de suporte familiar (r=0,324; p=0,05). A análise por fator, também evidenciou uma correlação significativa entre o Fator 1 (afetivo-consistente) e tipo de família (r=0,460; p=0,01) e com quem reside (r=0,309; p=0,05). Na etapa qualitativa, foi realizada uma análise de conteúdo temática, revelando-se, em linhas gerais, quatro temáticas principais para usuários e familiares, quais sejam: influência familiar, relacionamento familiar, lidar com problemas e expressão de sentimento. Para os técnicos, foram identificadas outras quatro temáticas: contribuição familiar, atividades terapêuticas, abordagem à família e relato de experiência. A predominância da percepção de um baixo suporte familiar (t (44) = -4,428; p<0,05), evidenciada na análise quantitativa, foi consoante com a fala dos demais participantes durante a entrevista. Em consonância com a literatura, neste estudo também se constatou a predominância do apoio materno e a influência dos pares se sobrepondo à da família na relação dos usuários com o crack. Discute-se, à luz da Teoria Social Cognitiva, a influência que a autoeficácia familiar e a modelação social exercem sobre o consumo de substâncias. Essa reflexão nos revela a importância de se efetivar uma proposição já contemplada na Política Nacional de Assistência Social, que remete a um olhar mais sistêmico sobre a questão do consumo do crack, contemplando tanto as necessidades do usuário como de seus familiares. Acredita-se que os paradigmas poderão ser aprimorados no sentido de favorecer novos modelos de políticas na atenção aos usuários de drogas, em especial de crack. / Crack usage has constituted a public health problem by the various individual, family and social consequences it causes. The aim of this study is to investigate the relationship between family support perspective of crack users, family and social technicians from the ATTITUDE program, analyzing the possible implications of these perceptions on the assistance for users and their families. We chose to develop the thesis in the format of articles. In the first article, we reviewed narratives based on 23 articles surveyed in the VHL databases Scielo Journals and Science Direct, in order to assess the contributions of these studies to public coping strategies with crack. The criteria adopted for the selection of items were: 1) articles on "crack and public policy," published in the last five years, and 2) studies with the population or on the Brazilian public policy. As a result, it was included nine epidemiological articles, three on clinical drug, three on contexts of use and violence, seven on social representation and media and one about family. Aspects such as change in Community assistance, intersectional policies, surveillance and epidemiological control, better integration between organizations working to reduce demand and increase in clinical research, were highlighted as important in proposing public policies. The second article is an answer to the main objective of the study, being conducted with 62 participants. Initially, it was applied to 46 crack users, linked to the Program ATTITUDE. Inventory of Family Support Perception (ISPF), which showed a high internal consistency (&#945; = 0.88). In the second phase, a semi-structured interview with eight selected users was conducted between the 46 initial four families and 12 social workers program. The average age of these users was 30 years (SD = 6.98), whose socio-demographic profile refers to users, mostly: not married (78.3%), who lived alone (52.2%), with incomplete primary education (63%) coming from families without coexistence between parents (65.2%) who responded to the IPSF with reference to the family of origin (87%). Significant correlations were found between living alone and having a low perception of family support (r = 0.324; p = 0.05). The factor analysis also showed a significant correlation between Factor 1 (affective-consistent), and family (r = 0.460; p = 0.01) and with whom resides (r = 0.309; p = 0.05). In the qualitative stage, a content analysis was performed, revealing themselves, in general, four main themes for users and families, such as: family influence, family relationships, dealing with problems and expression of feelings. For technicians, four other themes were identified: family contribution, therapeutic activities, approach to family and experience report. The predominance of the perception of a low family support (t (44) = -4.428, p <0.05), as evidenced in the quantitative analysis, was consonant with the speech of the other participants during the interview. In line with the literature, this study also found the prevalence of maternal support and peer influence overlapping the familys as observed in the link of users with crack. It is argued in the light of Social Cognitive Theory, the influence family self-efficacy and social modeling have on substance use. This reflection reveals the importance of executing a proposition already included in the National Policy for Social Assistance, which refers to a more systemic view on the issue of crack consumption, covering both user needs and their families. It is believed that the paradigms can be improved in order to encourage new policy models in the care of drug users, especially crack.

Made available in DSpace on 2017-06-01T18:09:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 michelle_maria_campos_carvalho.pdf: 1914610 bytes, checksum: 65ba75d624b499bc0b0b33badcdde2c9 (MD5) Previous issue date: 2016-07-19 / Crack usage has constituted a public health problem by the various individual, family and social consequences it causes. The aim of this study is to investigate the relationship between family support perspective of crack users, family and social technicians from the ATTITUDE program, analyzing the possible implications of these perceptions on the assistance for users and their families. We chose to develop the thesis in the format of articles. In the first article, we reviewed narratives based on 23 articles surveyed in the VHL databases Scielo Journals and Science Direct, in order to assess the contributions of these studies to public coping strategies with crack. The criteria adopted for the selection of items were: 1) articles on "crack and public policy," published in the last five years, and 2) studies with the population or on the Brazilian public policy. As a result, it was included nine epidemiological articles, three on clinical drug, three on contexts of use and violence, seven on social representation and media and one about family. Aspects such as change in Community assistance, intersectional policies, surveillance and epidemiological control, better integration between organizations working to reduce demand and increase in clinical research, were highlighted as important in proposing public policies. The second article is an answer to the main objective of the study, being conducted with 62 participants. Initially, it was applied to 46 crack users, linked to the Program ATTITUDE. Inventory of Family Support Perception (ISPF), which showed a high internal consistency (&#945; = 0.88). In the second phase, a semi-structured interview with eight selected users was conducted between the 46 initial four families and 12 social workers program. The average age of these users was 30 years (SD = 6.98), whose socio-demographic profile refers to users, mostly: not married (78.3%), who lived alone (52.2%), with incomplete primary education (63%) coming from families without coexistence between parents (65.2%) who responded to the IPSF with reference to the family of origin (87%). Significant correlations were found between living alone and having a low perception of family support (r = 0.324; p = 0.05). The factor analysis also showed a significant correlation between Factor 1 (affective-consistent), and family (r = 0.460; p = 0.01) and with whom resides (r = 0.309; p = 0.05). In the qualitative stage, a content analysis was performed, revealing themselves, in general, four main themes for users and families, such as: family influence, family relationships, dealing with problems and expression of feelings. For technicians, four other themes were identified: family contribution, therapeutic activities, approach to family and experience report. The predominance of the perception of a low family support (t (44) = -4.428, p <0.05), as evidenced in the quantitative analysis, was consonant with the speech of the other participants during the interview. In line with the literature, this study also found the prevalence of maternal support and peer influence overlapping the family s as observed in the link of users with crack. It is argued in the light of Social Cognitive Theory, the influence family self-efficacy and social modeling have on substance use. This reflection reveals the importance of executing a proposition already included in the National Policy for Social Assistance, which refers to a more systemic view on the issue of crack consumption, covering both user needs and their families. It is believed that the paradigms can be improved in order to encourage new policy models in the care of drug users, especially crack. / O consumo de crack tem se constituído numa problemática de saúde pública pelas diversas consequências individuais, familiares e sociais que provoca. O objetivo desse estudo foi investigar a relação entre a perspectiva de suporte familiar de usuários de crack, de familiares e de técnicos sociais do Programa ATITUDE, analisando as possíveis implicações dessas percepções na assistência aos usuários e seus familiares. Optou-se por desenvolver a dissertação na modalidade artigos. No primeiro artigo, foi realizada uma revisão narrativa baseada em 23 artigos pesquisados nas bases de dados BVS, Scielo Periódicos e ScienceDirect, no intuito de avaliar as contribuições dos estudos às estratégias públicas de enfrentamento ao crack. Os critérios adotados para a seleção dos artigos foram: 1) artigos sobre "crack e políticas públicas", publicados nos últimos cinco anos e, 2) estudos com a população ou sobre a política pública brasileira. Como resultado foram incluídos nove artigos epidemiológicos, três sobre clinica das drogas, três sobre contextos de uso e violência, sete sobre representação social e mídia e um sobre família. Aspectos como mudança na assistência comunitária, políticas intersetoriais, vigilância e controle epidemiológicos, melhor integração entre os organismos que trabalham para a redução da demanda e aumento de pesquisas clínicas, foram ressaltados como importantes para a proposição de políticas públicas. O segundo artigo vem atender ao objetivo principal do estudo, sendo realizado com 62 participantes. Inicialmente foi aplicado em 46 usuários de crack, vinculados ao Programa ATITUDE, o Inventário de Percepção de Suporte Familiar (ISPF), que apresentou uma elevada consistência interna (&#945;=0,88). Na segunda fase, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com oito usuários selecionados entre os 46 iniciais, quatro familiares e 12 técnicos sociais do programa. A média de idade desses usuários foi de 30 anos (DP=6,98), cujo perfil sociodemográfico remete a usuários, em sua maioria: não casados (78,3%), que residiam sozinhos (52,2%), com ensino fundamental incompleto (63%), advindos de famílias sem convivência entre os pais (65,2%) e que responderam ao IPSF com referência à família de origem (87%). Foram encontradas correlações significativas entre morar sozinho e ter uma baixa percepção de suporte familiar (r=0,324; p=0,05). A análise por fator, também evidenciou uma correlação significativa entre o Fator 1 (afetivo-consistente) e tipo de família (r=0,460; p=0,01) e com quem reside (r=0,309; p=0,05). Na etapa qualitativa, foi realizada uma análise de conteúdo temática, revelando-se, em linhas gerais, quatro temáticas principais para usuários e familiares, quais sejam: influência familiar, relacionamento familiar, lidar com problemas e expressão de sentimento. Para os técnicos, foram identificadas outras quatro temáticas: contribuição familiar, atividades terapêuticas, abordagem à família e relato de experiência. A predominância da percepção de um baixo suporte familiar (t (44) = -4,428; p<0,05), evidenciada na análise quantitativa, foi consoante com a fala dos demais participantes durante a entrevista. Em consonância com a literatura, neste estudo também se constatou a predominância do apoio materno e a influência dos pares se sobrepondo à da família na relação dos usuários com o crack. Discute-se, à luz da Teoria Social Cognitiva, a influência que a autoeficácia familiar e a modelação social exercem sobre o consumo de substâncias. Essa reflexão nos revela a importância de se efetivar uma proposição já contemplada na Política Nacional de Assistência Social, que remete a um olhar mais sistêmico sobre a questão do consumo do crack, contemplando tanto as necessidades do usuário como de seus familiares. Acredita-se que os paradigmas poderão ser aprimorados no sentido de favorecer novos modelos de políticas na atenção aos usuários de drogas, em especial de crack.

Introdução: A literatura considera que existe um conjunto de valores, crenças e práticas familiares que constituem o referencial cultural da família e que interfere na participação dos familiares no tratamento dos consumidores de crack e outras drogas. A Teoria Social Cognitiva, bem como reflexões teóricas mais contemporâneas sobre o tema, fundamentaram a presente investigação. Objetivo: Investigar as crenças familiares sobre consumo de crack e sua relação com a participação familiar no tratamento de seus membros em Comunidade Terapêutica (CT). Método: Participaram dessa pesquisa qualitativa dez familiares de consumidores de crack que estavam em tratamento em uma Comunidade Terapêutica e um representante da instituição. Esta CT, apesar de ser particular, mantém convênio com o SUS para o tratamento de transtornos mentais e dependência química. Foram aplicados os seguintes instrumentos: uma escala para avaliar o nível socioeconômico (ABIPEME) que identifica cinco estratos sociais (A, B, C, D e E) em termos de poder de consumo; uma versão resumida do questionário CEBRID/SAMSHA para avaliar a percepção de risco sobre o consumo de substâncias psicoativas e dois roteiros de entrevista semiestruturada versões família e representante CT, para avaliar as crenças sobre o consumo de crack, participação familiar e eficácia do tratamento. Resultados: O perfil sociodemográfico e econômico revela que os familiares entrevistados tinham entre 24 e 62 anos de idade, sendo em sua maioria da classe E, mulheres e mães de consumidores de crack, adultos jovens, que estavam em primeiro tratamento ou que já haviam passado por tratamentos anteriores. Na avaliação de risco, os familiares consideraram que o consumo de crack, desde a primeira vez na vida, já apresentava um risco grave, em comparação com as outras substâncias. As crenças que mais sobressaíram foram: a influência dos amigos, a destruição da família, o envolvimento com atividades ilícitas e o risco de vida. Os familiares acreditam na importância da participação familiar e consideram que contribuem nesse sentido. Discussão: Os resultados puderam fornecer subsídios para uma melhor compreensão das crenças familiares sobre o consumo de crack, contribuindo para fomentar uma intervenção que favoreça a participação familiar no tratamento. / Introduction: Literature considers that a gathering of family values, beliefs and practices compose the cultural reference of the family and this interferes in the participation of relatives during the treatment for users of crack and other drugs. Social Cognitive Theory, as well as some other contemporary theoretical reflections about the subject, substantiates the following investigation. Objective: To investigate family beliefs about consumption of crack and its relation to the family participation during the treatment of a relative in the Therapeutic Communities (TC). Method: Ten families of crack users that were being treated in a Therapeutic Community and a representative of the institution participated in this research. That TC, even being private, has an agreement with UHS in order to treat mental disorders and chemical dependency. The following instruments were applied: a scale to measure socioeconomic status (ABIPEME) that identify five social strata (A, B, C, D and E) in terms of consumption power; an abridged version of the CEBRID/SAMSHA questionnaire in order to evaluate the perception of risks about the consumption of psychoactive substances and two scripts for semi-structured interviews family and CT representatives versions, in order to evaluate the beliefs about crack consumption, family participation and treatment effectiveness . Results: The socio-demographic and economic profile shows that the interviewed relatives were between 24 and 62 years of age, the majority being of economic status E, wives and mothers of crack users, young adults that were in their first treatment or had been treated before. In the evaluation of risks, the relatives said that crack, since the first use, already presented a serious risk, comparing to other substances. The most exceeded beliefs were: influence of friends, destruction of family, involvement in illicit activities and the risk of life. The relatives believed in the family participation and considered themselves as cooperators. Discussion: The results could provide material for a better comprehension of family beliefs about the consumption of crack, thus contributing to foment an intervention that promotes the family participation during the treatment.

Existem no Brasil aproximadamente 370 mil usuários de cocaína fumada nas capitais nacionais e há cerca de dez anos o uso de crack e/ou cocaína atinge quatro em cada dez adolescentes brasileiros em situação de rua, gerando diversas consequências individuais, familiares e sociais, que fazem deste fenômeno um grave problema de saúde pública. O presente estudo foi realizado em três momentos que se consubstanciaram em um capítulo de livro, um artigo de revisão e um artigo empírico. O capítulo teve como objetivo a contextualização do panorama epidemiológico do consumo de drogas na sociedade brasileira, perpassando por uma caracterização geral do termo e suas especificidades, assim como uma reflexão acerca desse fenômeno à luz da Teoria Social Cognitiva. Discute-se que a noção de reciprocidade triádica que perpassa toda a concepção sociocognitivista, vem contribuindo para uma leitura dinâmica e sistêmica do consumo de drogas, que avança para além de uma compreensão puramente individual, seja biológica ou comportamental. O artigo de revisão de literatura foi sobre o Modelo Transteórico de Mudança (MTT) e o suporte familiar no cuidado ao usuário de crack, auxiliando na discussão sobre as estratégias para o lidar com dependência química. Neste foram analisados trabalhos que discorrem sobre as contribuições do Modelo Transteórico de Mudança no tratamento do comportamento adicto e a importância do entendimento sobre os estágios motivacionais e processos de mudança pelo usuário, família e equipe técnica, exigindo a atenção dos profissionais quanto ao entendimento e tratamento dos comportamentos de risco, demandando por sua vez a reformulação de estratégias de tratamento e cuidado para usuários que se encontram em qualquer estágio. O artigo empírico que se seguiu à revisão, abordou o tema central da dissertação e objetivou investigar a influência da percepção do suporte familiar, da crença de autoeficácia e do estágio motivacional do usuário de crack na adesão ao cuidado oferecido no Programa ATITUDE. Foi um estudo misto que primeiramente investigou 60 usuários de ambos os sexos que estavam acolhidos nas modalidades de assistência: apoio e intensivo. Na segunda fase foram entrevistados cinco participantes de ambos os sexos. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF); Escala de Autoeficácia Geral Percebida (AEGP); University of Rhode Island Change Assesment Scale Escala URICA e entrevista semi-estruturada. Pela extração do alpha de Chronbach foram obtidos indicadores insatisfatórios de consistência interna das escalas AEGP e URICA, e elevados para o IPSF. A discussão perpassa pelo perfil singular da amostra, já que muitos dos usuários vivem na rua, com uma multiplicidade de carências de cuidados básicos e que, mesmo apresentando algum nível de escolarização, podem ter experienciado algum nível de incompreensão no sentido do que demandava a atividade em cinco alternativas de escolha, tendendo a se posicionar com certa facilidade quando a temática foi mais concreta, como no caso da família, tendo também essa escala um número de alternativas de escolha menor que as demais. Talvez um quantitativo maior de usuários pudesse diluir essas inconsistências encontradas nas duas primeiras escalas. Por fim, as entrevistas permitiram evidenciar a importância dos vínculos familiares para uma melhor compreensão do fenômeno do uso do crack em sua multiplicidade questionando e propondo um olhar ampliado sobre a família, como importante fonte de apoio aos usuários na continuidade de seu cuidado. / There are approximately 370 thousand users of cocaine smoked in Brazil in the national capitals, and for the last ten years the use of crack and / or cocaine has reached four out of every ten Brazilian adolescents in the street, generating a number of individual, family and social consequences. Of this phenomenon is a serious public health problem. The present study was carried out in three moments that consubstantiated in a chapter of book, a review article and an empirical article. The chapter aimed to contextualize the epidemiological panorama of drug use in Brazilian society, through a general characterization of the term and its specificities, as well as a reflection on this phenomenon in the light of Cognitive Social Theory. It is argued that the notion of triadic reciprocity that permeates the entire sociocognitive conception has been contributing to a dynamic and systemic reading of drug consumption, which goes beyond a purely individual understanding, be it biological or behavioral. The literature review article was about the Transtheoric Model of Change (MTT) and the family support in crack user care, helping to discuss strategies for dealing with chemical dependency. In this paper we analyze the contributions of the Transtheoric Model of Change in the treatment of addicted behavior and the importance of understanding the motivational stages and processes of change by the user, family and technical team, demanding the professionals' attention regarding the understanding and treatment Of risky behaviors, which in turn require the reformulation of treatment and care strategies for users who are at any stage. The empirical article that followed the review, addressed the central theme of the dissertation and aimed to investigate the influence of the perception of family support, the belief of self efficacy and the motivational stage of crack users in adherence to the care offered in the ATITUDE Program. It was a mixed study that first investigated 60 users of both sexes that were hosted in the assistance modalities: support and intensive. In the second phase, five participants of both genders were interviewed. The following instruments were used: Family Support Perception Inventory (IPSF); Perceived General Self-Efficacy Scale (AEGP); University of Rhode Island Change Assesment Scale - URICA scale and semi-structured interview. By extracting the Chronbach alpha, we obtained unsatisfactory indicators of internal consistency of the AEGP and URICA scales, and high for the IPSF. The discussion is based on the unique profile of the sample, since many of the users live on the street, with a multitude of basic care deficits and, even with some level of schooling, may have experienced some level of misunderstanding in the sense of what the activity demanded In five alternatives of choice, tending to position themselves with certain ease when the theme was more concrete, as in the case of the family, also having this scale a number of alternatives of choice smaller than the others. Perhaps a larger number of users could dilute these inconsistencies found on the first two scales. Finally, the interviews allowed to highlight the importance of family ties for a better understanding of the phenomenon of crack use in its multiplicity, questioning and proposing an extended view of the family, as an important source of support to users in the continuity of their care.

Made available in DSpace on 2017-06-01T18:08:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 paulo_tarso_monteiro_albuquerque.pdf: 31861361 bytes, checksum: 88d28a24d32dd8f021c0dead158c201a (MD5) Previous issue date: 2013-07-09 / Introduction: Literature considers that a gathering of family values, beliefs and practices compose the cultural reference of the family and this interferes in the participation of relatives during the treatment for users of crack and other drugs. Social Cognitive Theory, as well as some other contemporary theoretical reflections about the subject, substantiates the following investigation. Objective: To investigate family beliefs about consumption of crack and its relation to the family participation during the treatment of a relative in the Therapeutic Communities (TC). Method: Ten families of crack users that were being treated in a Therapeutic Community and a representative of the institution participated in this research. That TC, even being private, has an agreement with UHS in order to treat mental disorders and chemical dependency. The following instruments were applied: a scale to measure socioeconomic status (ABIPEME) that identify five social strata (A, B, C, D and E) in terms of consumption power; an abridged version of the CEBRID/SAMSHA questionnaire in order to evaluate the perception of risks about the consumption of psychoactive substances and two scripts for semi-structured interviews family and CT representative s versions, in order to evaluate the beliefs about crack consumption, family participation and treatment effectiveness . Results: The socio-demographic and economic profile shows that the interviewed relatives were between 24 and 62 years of age, the majority being of economic status E, wives and mothers of crack users, young adults that were in their first treatment or had been treated before. In the evaluation of risks, the relatives said that crack, since the first use, already presented a serious risk, comparing to other substances. The most exceeded beliefs were: influence of friends, destruction of family, involvement in illicit activities and the risk of life. The relatives believed in the family participation and considered themselves as cooperators. Discussion: The results could provide material for a better comprehension of family beliefs about the consumption of crack, thus contributing to foment an intervention that promotes the family participation during the treatment. / Introdução: A literatura considera que existe um conjunto de valores, crenças e práticas familiares que constituem o referencial cultural da família e que interfere na participação dos familiares no tratamento dos consumidores de crack e outras drogas. A Teoria Social Cognitiva, bem como reflexões teóricas mais contemporâneas sobre o tema, fundamentaram a presente investigação. Objetivo: Investigar as crenças familiares sobre consumo de crack e sua relação com a participação familiar no tratamento de seus membros em Comunidade Terapêutica (CT). Método: Participaram dessa pesquisa qualitativa dez familiares de consumidores de crack que estavam em tratamento em uma Comunidade Terapêutica e um representante da instituição. Esta CT, apesar de ser particular, mantém convênio com o SUS para o tratamento de transtornos mentais e dependência química. Foram aplicados os seguintes instrumentos: uma escala para avaliar o nível socioeconômico (ABIPEME) que identifica cinco estratos sociais (A, B, C, D e E) em termos de poder de consumo; uma versão resumida do questionário CEBRID/SAMSHA para avaliar a percepção de risco sobre o consumo de substâncias psicoativas e dois roteiros de entrevista semiestruturada versões família e representante CT, para avaliar as crenças sobre o consumo de crack, participação familiar e eficácia do tratamento. Resultados: O perfil sociodemográfico e econômico revela que os familiares entrevistados tinham entre 24 e 62 anos de idade, sendo em sua maioria da classe E, mulheres e mães de consumidores de crack, adultos jovens, que estavam em primeiro tratamento ou que já haviam passado por tratamentos anteriores. Na avaliação de risco, os familiares consideraram que o consumo de crack, desde a primeira vez na vida, já apresentava um risco grave, em comparação com as outras substâncias. As crenças que mais sobressaíram foram: a influência dos amigos, a destruição da família, o envolvimento com atividades ilícitas e o risco de vida. Os familiares acreditam na importância da participação familiar e consideram que contribuem nesse sentido. Discussão: Os resultados puderam fornecer subsídios para uma melhor compreensão das crenças familiares sobre o consumo de crack, contribuindo para fomentar uma intervenção que favoreça a participação familiar no tratamento.

Esta pesquisa teve como objetivo geral cartografar a experiência de usuários de crack no município de Recife. Este estudo foi desenvolvid o nos CAPSad e Instituto RAID. Os entrevistados foram usuários de crack do sexo masculino e feminino, com idade a partir dos 18 anos, que estavam em tratamento em decorrência desta substância nas instituições acima citadas durante a coleta de dados. Em cada CAPSad, foi entrevistado um usuário de crack indicado pela equipe técnica que tivesse uma boa organização nas ideias para descrever a sua experiência com o crack, e que se disponibilizou a contribuir com a pesquisa através de entrevista semi-estruturadas. No Instituto RAID foram entrevistados seis usuários escolhidos pelos mesmos critérios. A pesquisa desenvolvida foi qualitativa de inspiração fenomenológica pautada no pensamento de Husserl e no método proposto por A. Giorgi. Este método inclui, basicamente, os seguintes passos: O sentido do todo, a partir da leitura do depoimento do sujeito; Discriminação do depoimento em Unidades de Significados; Compreensão psicológica de cada Unidade de Significado; Síntese de cada depoimento expressa como estrutura da experiência; e a Composição de uma síntese geral que apresenta a essência do fenômeno para todos os sujeitos investigados. A identificação dessas Unidades de Significado nas experiências dos usuários apontou aspectos diversos sobre o tema tais como: A experiência de ser dependente do crack; o que levou os usuários a consumirem essa substância; qual o significado do crack na vida desses usuários; quais as sensações vividas no consumo desta droga; o prazer da morte pela pedra; a culpa sentida por ceder à compulsão; as perdas diante da pedra; a família como fator importante na busca por um tratamento; o crack e a violência; as dificuldades e sucessos no tratamento; o estigma do usuário de crack e o descontrole vivenciado por alguns usuários. Diante da complexidade das questões trazidas nas experiências dos usuários entrevistados, grandes desafios estão postos para as equipes que trabalham no tratamento dos usuários de crack. Torna-se fundamental uma reflexão contínua sobre essa prática / This research had as its main aim to portrait crack-cocaine users experience in the city of Recife. Subjects were crack-cocaine users, males and females, from 18 years old, undertaking treatment at drug addiction health services in Recife (CAPSad and Instituto RAID) during data collection. One subject from each CAPSad (06 in a whole) was interviewed and 06 subjects from Instituto RAID were interviewed. All designated by the health professional teams and with organized thoughts to describe their crack-cocaine use experiences, as well as with willingness to respond to a semi-structured interview. The research was qualitative with phenomenological background inspired by Husserls theory and Giorgis method. Basically, this method includes these steps: 1) reading the entire description of one subject in order to get a sense of the whole; 2) reading through the data a second time and marking those places in the description where a transition in meaning occurred from a psychological perspective (the meanings between transitions are called meaning units); 3) reading all of the meaning units and interrogating them from what they reveal about the phenomenon of interest, in this case, the crack-cocaine use experience, in order to grasp the relevance of the subjects own words for the phenomenon of using crack-cocaine in as direct a manner as possible (this step is called the transformation of the subjects lived experience into direct psychological expression); 4) presenting a situated or general structure of the experience (synthesis of each report expressed as structure of experience); and, 5) comprehending the general synthesis which represents the essence of the phenomenon to all subjects investigated. The identification of crack-cocaine users experience in meaning units pointed out to several themes such as: the experience of being a crack-cocaine user; what took them to use this drug; the meaning of crack-cocaine in their lives; crack-cocaine use sensations; crack-cocaine death pleasure; compulsion guiltiness; losses related to the drug; family as an important factor to seek treatment; crack-cocaine and violence; treatment challenges; crack-cocaine use stigma; and, loss of control experienced by users. These complex issues expressed by research subjects set great challenges to health professional teams treating crack-cocaine users and draw attention to the need of permanent reflection of their practices

Due to the speed at which the crack has earned place in society and because it has been considered, nowadays, a major social problem, this work aimed to analyze the social representations assigned to the users of crack and its use in the perspective of users, their families and health professionals. The study was conducted according to the referential of the Theory of Central Core. The survey was conducted in four CAPS, where thirty crack users, twenty relatives and thirty health professionals were interviewed. Data collection used an interview with evocative questions. The data were organized and processed by the EVOC software and the socio demographic data were analyzed by the software SPSS. In the group of users, the most significant representations regarding crack relate to the issue of dependency, as well as in the group of relatives, although using different terms. In turn, health professionals held to the motivation for the consumption and the consequences that this use entails. It was found that the groups, in general, define crack as a drug that destroys the person in various spheres of life and is highly addictive. About inductive term crack users, the most significant representations concern the care, focusing on the need of assistance this user has, given that its destructive power hinders its abandonment. However, there were some specifics among groups. The results indicate the hopelessness of users finding support from people to confront this drug. Similarly, the family presented negative evocations, although not directed to the user, but to changes in the family caused by the problems arising from the use of crack. In professional discourses, the difficulty in daily contact with these users prevailed, which limit its work with them. It was noted, finally, the absence of changes prospect with regard to the future of crack users between the groups and a noticeable disbelief in relation to their recovery. These results indicate important concerns, such as the challenges faced by health professionals concerning their performance against the dependence of the crack and the difficulties of treatment and prevention measures. Therefore, it is expected that this study provides support for establishing future studies in social psychology and mental health, and the creation of new shares that increase attention to these users, as well as their adherence to treatment. / Pela velocidade com que o crack tem ganhado lugar na sociedade e por ser considerado, hoje, como um grande problema social, este trabalho tomou como objeto de estudo as representações sociais acerca do usuário de crack. O postulado da Teoria das Representações Sociais é apreendido pelas diversas áreas de conhecimento, tornando-se eixo de pesquisas importantes para a revelação da realidade, possibilitando a investigação de fenômenos com abrangência social, como a drogadição. Desse modo, a pesquisa buscou analisar as representações sociais acerca do usuário de crack atribuídas por usuários em acompanhamento, familiares e profissionais que os acompanham no CAPS. Pretendeu-se, ainda, analisar a relação entre essas representações e as práticas do serviço do CAPS no acompanhamento dos usuários de crack. O estudo com abordagem quanti-qualitativa foi desenvolvido de acordo com o referencial da Teoria do Núcleo Central. A pesquisa foi realizada em quatro CAPS, sendo três localizados no interior do estado de Sergipe e um na capital, Aracaju. Participaram do estudo trinta usuários de crack, trinta profissionais e vinte familiares. Para coleta de dados, elaborou-se um roteiro para uma entrevista aberta com temas norteadores. Foi utilizada ainda, a técnica de evocação livre. Para análise de evocações, os dados foram organizados e processados através do software EVOC. Para análise discursiva foi utilizado o software Alceste, desenvolvido por Max Reinert. Os resultados da pesquisa servirão como contribuição para estudos futuros na área da psicologia social e da saúde mental, visando um maior entendimento da substância psicoativa crack, suas implicações e repercussões.