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A condição Mariel : memórias subterrâneas da experiência revolucionária cubana (1959-1990)Marques, Rickley Leandro 04 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de História, 2009. / Submitted by Allan Wanick Motta (allan_wanick@hotmail.com) on 2010-04-13T14:01:42Z
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Previous issue date: 2009-04 / No presente trabalho, investigamos o grupo de intelectuais e artistas exilados cubanos autodenominados Geração Mariel, que emigrou de Cuba para os Estados Unidos da América em 1980 pelo porto de Mariel. Por meio da análise de documentos, depoimentos, escritos e da literatura produzida pelo grupo, abordamos o projeto identitário da Geração Mariel. Com o desenvolvimento da pesquisa, percebemos que o grupo travava uma batalha por suas memórias na ilha. Nas narrativas da Geração Mariel emergem os atritos causados pela proposta revolucionária cubana de transformar a sua nova geração (a juventude) no homem novo. Este era um dos principais objetivos da revolução em seus primeiros anos. Entendemos, também que a Geração Mariel foi antes de tudo uma parcela da juventude cubana, sobretudo havaneira, que não quis ou não pôde se estabelecer na nova configuração social em curso e que, por meio de uma nova ética moral, procurava moldar os futuros revolucionários da ilha. Na primeira parte deste trabalho, procuramos compreender os pressupostos revolucionários para a formação de uma nova sociedade cubana e, sobretudo, para a educação de sua juventude. Na segunda parte, analisamos como a migração Mariel foi representada: seja pela direção política do governo cubano, seja na imprensa do país. A representação feita nos Estados Unidos da América, principalmente pela maioria da comunidade cubana de Miami, também foi analisada. Por fim, observamos as representações de alguns integrantes da Geração Mariel que, a nosso ver, travaram uma batalha, por meio de suas narrativas e memórias, na luta pelo seu reconhecimento social. O combate dos integrantes do grupo com seus compatriotas pela justificativa de suas vidas é o que, em alguns momentos, demarca as diferenças de trajetória, experiências e perspectivas em relação ao futuro da ilha. A condição de outsiders em Cuba e no exílio acabou levandoos a se definir como uma nova representação da cubanidade: a Geração Mariel. ___________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In the present work we investigated the group of intellectuals and artists exiled from Cuba, self-called Mariel Generation, which emigrated from Cuba to the United States of America in 1980 through the port of Mariel. After analyzing documents, statements, written material in general, and literature produced by the own group, we approached the identity project of the Mariel Generation. During the research we realized that the group struggled for their memory on the island. The dissentions caused by the Cuban revolutionary proposal to transform its new generation (youth) into the new man emerged from the narratives of the Mariel Generation. This was one of the main objectives of the revolution in the first years. We also understood that the Mariel Generation was, above all, a part of the Cuban young generation, mainly from Havana, which did not want or could not establish themselves within the new ongoing social configuration and that, through the means of a new moral ethics, looked for molding the future rebels on the island. In the first part of this study, we tried to understand the revolutionary principles aiming to constitute a new Cuban society and, moreover, to educate their youngsters. In the second part, we analyzed how the Mariel migration was represented in the perspective of both the Cuban political leadership and the Cuban media. The representation carried out in the United States of America, principally by most members of the Cuban community in Miami, was analyzed as well. Finally, we observed the representation of some individuals of the Mariel Generation, who, as far as we are concerned, fought through their narratives and memories to achieve their social recognition. In some moments, the battle the members of this group had to fight against their fellow country people to justify their lives distinguishes the differences in trajectory, experience, and perspective on the future of the island. The fact of being outsiders both in Cuba and in the exile made them define themselves as a new representation of Cuban identity: the Mariel Generation.
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Transição comunista e ditadura do proletariado na Revolução Cubana de 1959 /Silva, Newton Ferreira da. January 2015 (has links)
Orientador: Jair Pinheiro / Banca: Marcos Tadeu Del Roio / Banca: Henrique Tahan Novaes / Banca: Paulo Alves de Lima Filho / Banca: Marcelo Micke Doti / Resumo: No presente estudo pretende-se demonstrar que, não obstante a existência de uma teoria da transição comunista elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels, ela jamais serviu de base para qualquer movimento revolucionário autoproclamado comunista, especialmente para a Revolução Cubana de 1959, nosso objeto de análise neste trabalho. O comunismo, passível de ser construído pelos trabalhadores conscientemente organizados que buscam a sua emancipação - principalmente desde o século XX, quando as forças produtivas materiais alcançaram elevado estágio de desenvolvimento e os países, não mais isolados, podem desenvolver-se tecnológica e industrialmente sem percorrer as mesmas etapas típicas da longa e demorada formação das sociedades burgo-capitalistas modernas - nunca foi de fato o objetivo a ser alcançado pelos revolucionários cubanos que tomaram o poder no final da década de 1950 e que decretaram o caráter socialista daquela Revolução em 1961. Distantes até mesmo de cumprir os ditames básicos referentes à democratização profunda da sua sociedade ensejados pela teoria da ditadura revolucionária do proletariado de Marx (primeira etapa da transição comunista), os líderes cubanos investiram na estatização completa do país para tentar promover as transformações radicais que tirariam a maior ilha do Caribe de sua miséria estrutural legada por mais de 400 anos de colonialismo e neocolonialismo. A despeito de ter sido bem-sucedida na tarefa de promover uma melhora considerável na vida do seu povo, a Revolução de Fidel e Raul Castro ficou longe de poder ser inequivocamente o motor propulsor da construção de uma sociedade comunista e da emancipação dos trabalhadores cubanos. / Abstract: In the present study is intended to demonstrate that, despite the existence of a theory of communist transition elaborated by Karl Marx and Friedrich Engels, it never was the basis for any self-proclaimed communist revolutionary movement, especially for the Cuban Revolution of 1959, our object of analysis in this work. Communism, which can be built consciously by organized workers that are seeking for their emancipation - especially since the twentieth century, when the material productive forces reached a high stage of development and countries, no longer isolated, may develop themselves technologically and industrially without traveling the same typical stages of the long and slow formation of modern capitalist societies - never was indeed the objective to be achieved by Cuban revolutionaries who seized power in the late 1950s and that decreed the socialist character of that Revolution in 1961. Far even from fulfill the basic dictates regarding the profound democratization of their society thought by Marx in his theory of revolutionary dictatorship of the proletariat (first stage of communist transition), Cuban leaders have invested in the complete nationalization of the country to try to promote the radical changes that would take away the biggest Caribbean island of its structural poverty bequeathed by more than 400 years of colonialism and neocolonialism. In spite of having been successful in the task of promoting a significant improvement in the lives of its people, the Revolution of Fidel and Raul Castro was far from being unequivocally the driving motor of building a communist society and the emancipation of Cuban workers. / Doutor
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Transição comunista e ditadura do proletariado na Revolução Cubana de 1959Silva, Newton Ferreira da [UNESP] 24 August 2015 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2015-08-24. Added 1 bitstream(s) on 2015-10-06T13:18:22Z : No. of bitstreams: 1
000851766.pdf: 1357036 bytes, checksum: 1f4a51181f0da77e706fe923320028c6 (MD5) / No presente estudo pretende-se demonstrar que, não obstante a existência de uma teoria da transição comunista elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels, ela jamais serviu de base para qualquer movimento revolucionário autoproclamado comunista, especialmente para a Revolução Cubana de 1959, nosso objeto de análise neste trabalho. O comunismo, passível de ser construído pelos trabalhadores conscientemente organizados que buscam a sua emancipação - principalmente desde o século XX, quando as forças produtivas materiais alcançaram elevado estágio de desenvolvimento e os países, não mais isolados, podem desenvolver-se tecnológica e industrialmente sem percorrer as mesmas etapas típicas da longa e demorada formação das sociedades burgo-capitalistas modernas - nunca foi de fato o objetivo a ser alcançado pelos revolucionários cubanos que tomaram o poder no final da década de 1950 e que decretaram o caráter socialista daquela Revolução em 1961. Distantes até mesmo de cumprir os ditames básicos referentes à democratização profunda da sua sociedade ensejados pela teoria da ditadura revolucionária do proletariado de Marx (primeira etapa da transição comunista), os líderes cubanos investiram na estatização completa do país para tentar promover as transformações radicais que tirariam a maior ilha do Caribe de sua miséria estrutural legada por mais de 400 anos de colonialismo e neocolonialismo. A despeito de ter sido bem-sucedida na tarefa de promover uma melhora considerável na vida do seu povo, a Revolução de Fidel e Raul Castro ficou longe de poder ser inequivocamente o motor propulsor da construção de uma sociedade comunista e da emancipação dos trabalhadores cubanos. / In the present study is intended to demonstrate that, despite the existence of a theory of communist transition elaborated by Karl Marx and Friedrich Engels, it never was the basis for any self-proclaimed communist revolutionary movement, especially for the Cuban Revolution of 1959, our object of analysis in this work. Communism, which can be built consciously by organized workers that are seeking for their emancipation - especially since the twentieth century, when the material productive forces reached a high stage of development and countries, no longer isolated, may develop themselves technologically and industrially without traveling the same typical stages of the long and slow formation of modern capitalist societies - never was indeed the objective to be achieved by Cuban revolutionaries who seized power in the late 1950s and that decreed the socialist character of that Revolution in 1961. Far even from fulfill the basic dictates regarding the profound democratization of their society thought by Marx in his theory of revolutionary dictatorship of the proletariat (first stage of communist transition), Cuban leaders have invested in the complete nationalization of the country to try to promote the radical changes that would take away the biggest Caribbean island of its structural poverty bequeathed by more than 400 years of colonialism and neocolonialism. In spite of having been successful in the task of promoting a significant improvement in the lives of its people, the Revolution of Fidel and Raul Castro was far from being unequivocally the driving motor of building a communist society and the emancipation of Cuban workers.
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Entre o doce e o amargo : cultura e revolução em Cuba nas memórias literárias de dois intelectuais exilados, Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante (1951-1968) /Favatto Jr, Barthon. January 2012 (has links)
Orientador: Carlos Alberto Sampaio Barbosa / Banca: José Luis Beired / Banca: Sílvia Cezar Miskulin / Resumo: Entre o doce e o amargo, a cultura e a política, a revolução e o exílio, descortina-se a frágil e quase imperceptível fronteira das representações impressas nos livros de memórias de Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante, que situam e definem contornos aos itinerários culturais e políticos desses dois intelectuais de esquerda dentro da Revolução Cubana. Amigos de longa data, desde tenra juventude em Habana Vieja, o jornalista Carlos Franqui e o renomado escritor Guillermo Cabrera Infante não somente apresentaram participações ativas dentro do processo revolucionário cubano como também, alguns anos depois, dele se tornaram dissidentes e ácidos críticos. Nesta pesquisa, utilizamos as autobiografias produzidas pelos dois autores a fim de compreender os meandros que os levaram do engajamento à dissidência, mapeando as nuances de uma página recente da história cultural de Cuba: o exílio levado a cabo pela intelectualidade cubana de esquerda em relação ao regime de Fidel Castro / Abstract: Between the sweet and the bitter, the culture and the politics, the revolution and the exile, opens up the fragile and almost imperceptible boundary representations of the captured memoirs of Carlos Franqui and Guillermo Cabrera Infante who place contours and define the cultural and political routes of these two left-wing intellectuals in the Cuban Revolution. Longtime friends from early youth in Habana Vieja, the journalist Carlos Franqui and the writer Guillermo Cabrera Infante had not only active participation in the Cuban revolutionary process as well as a few years later became its dissidents and critics acids. In this research, we used the autobiographies produced by the two authors in order to understand the intricacies leaving them from the commitment to the dissent, mapping the nuances of a page's recent cultural history of Cuba: the exile carried out by Cuban intellectuals of the left against the Castro regime / Mestre
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Os desafios da sociedade cubana frente à imigração antilhana (1902-1933)Couto, Kátia Cilene do January 2006 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2006. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-11-10T22:36:33Z
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Previous issue date: 2006 / Neste trabalho analisamos o impacto da migração de trabalhadores
negros originários do Caribe, que se deslocaram para Cuba para trabalhar nas
plantações de cana-de-açúcar durante as três primeiras décadas do século XX.
Logo após a independência da Espanha (1898), Cuba é alimentada pelo capital
norte-americano que investe no país através da reconstrução da indústria
açucareira. A dependência econômica da maior das Antilhas em relação aos
Estados Unidos coloca em xeque o projeto nacional-burguês pautado em questões
raciais que priorizava o branco como expressão maior dos valores ideais para o
progresso da Nação. A entrada dos trabalhadores negros antilhanos reacende o
debate sobre o ideal de imigrantes que deveriam aportar no país e contrapõe os
interesses das companies norte-americanas e da burguesia cubana, criando um
impasse entre o crescimento econômico que dependia do capital estrangeiro e a
manutenção do projeto nacional criollo que excluía o negro. Vimos que a migração
dos trabalhadores antilhanos ao mesmo tempo em que despertou e ativou o racismo
da burguesia cubana, favoreceu a transculturação, a conscientização do negro
através da relação e participação do trabalhador cubano com as manifestações e
associações introduzidas em Cuba por haitianos, jamaicanos e demais imigrantes
das outras Antilhas. Esses imigrantes dentro da escala salarial eram os mais
explorados, contudo, foram participativos e atuantes, contribuindo com sua cultura e
sua visão de mundo para enriquecer o panteon étnico da então jovem República
cubana. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In this study we analyze the impact of the migration of Caribbean black
workers, who had moved to Cuba to work in the sugarcane plantations during the
three first decades of the 20th century. In the aftermath of the independence from
Spain (1898), Cuba was feed by American capital which invested in the country
through the sugar industry reconstruction. The economic dependence of the biggest
island of the Antilles to the USA calls into question the national bourgeois project
based on racial issues which gave priority to the white man as the greatest
expression of the ideal values for the progress of the Cuban nation. The entry of
Black Caribbean immigrants rekindles the debate about the ideal immigrants who
should to come into the country and sets the American companies against the
Cuban bourgeoisie interests, creating a deadlock between the economic growth
which was dependent of foreign capital and the maintenance of the Creole national
project which excluded the Blacks. We have seen that the Carebbean workers
migration at the same time that aroused and activated the racism of the Cuban
bourgeoisie, it had favored the transculturation and the Black awareness through the
relationship and the participation of the Cuban Worker with the incorporated
manifestations and associations introduced in Cuba by Haitian, Jamaican and other
immigrants of the Caribbean. These immigrants within the wage scale were the most
exploited. However, they were participant and active, contributing with their culture
and their world vision to enrich the ethnic pantheon of young Cuban Republic.
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Guerrilhas da memória : estratégias de legitimação da revolução cubana (1959-2009)Prado, Giliard da Silva 13 September 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, 2013. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2013-11-06T11:52:14Z
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2013_GiliarddaSilvaPrado_Parcial.pdf: 290472 bytes, checksum: eb4133570aa979db5d8b001cb4a20d19 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-11-08T12:04:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2013_GiliarddaSilvaPrado_Parcial.pdf: 290472 bytes, checksum: eb4133570aa979db5d8b001cb4a20d19 (MD5) / Este trabalho tem por objetivo compreender as estratégias de legitimação da Revolução Cubana no período compreendido entre 1959 e 2009, analisando os discursos proferidos por seus líderes desde a tribuna política das cerimônias comemorativas das efemérides revolucionárias e de outros atos públicos promovidos pelo governo cubano. No primeiro capítulo, busca-se entender, a partir de uma análise dos discursos comemorativos da efeméride do 26 de julho, o processo de construção e gestão da memória da Revolução Cubana, sendo destacados os usos políticos do passado e as principais representações construídas acerca do período revolucionário. No segundo capítulo são abordadas as relações conflituosas do regime cubano com o seu principal inimigo externo: os Estados Unidos. Nele, empreende-se uma análise do processo de construção e de gestão da inimizade entre os dois países e salienta-se a importância da figura do inimigo para a construção de significados acerca da Revolução Cubana, bem como para legitimar práticas políticas do governo revolucionário. O tema do terceiro capítulo é a trajetória da relação de amizade entre Cuba e União Soviética. Nele, busca-se identificar as distintas fases de uma relação que se caracterizou, por um lado, pela permanente dependência econômico-militar de Cuba em relação à União Soviética, mas, por outro lado, pelas variações nos modos como o regime cubano fez a gestão das divergências políticas e ideológicas existentes entre os dois projetos revolucionários. No quarto e último capítulo são analisados alguns casos representativos da política de expurgos praticada pelo regime cubano contra indivíduos que ocuparam posições de destaque no poder revolucionário, mas que, por terem sido vistos pelo líder da Revolução como obstáculos ou ameaças a seu poder, foram rotulados de “traidores da pátria” e submetidos aos tribunais revolucionários. Neste capítulo, empreende-se uma mudança quanto ao modo de acessar o discurso oficial da Revolução Cubana, uma vez que os tribunais revolucionários desempenharam também a função de uma tribuna política. Conclui-se demonstrando que, além da repressão aos opositores, o pragmatismo político de Fidel Castro, evidenciado nas diversas metamorfoses ideológicas do governo cubano, foi fundamental para assegurar a manutenção, por mais de cinco décadas, da Revolução Cubana e do grupo no poder. / The objective of this work is to investigate strategies of creating legitimacy for the Cuban Revolution, during the period of 1959 to 2009, through the analysis of leaders’ speeches from the political tribunes in commemoration ceremonies of the revolution’s calendar, as well as from other public events promoted by the Cuban Government. The first chapter clarifies the process of constructing and administrating the memory of the Cuban Revolution, by examining celebratory speeches of the 26th of July festivity. Political uses of the past and the main representations of the revolutionary period are highlighted. The second chapter discusses the conflicting relationship of the Cuban regime with its main external enemy: the United States. This chapter analyses the process of construction and the handling of hostilities between the two countries and stresses the importance of the figure of an enemy for the construction of meaning for the Cuban Revolution as well as the legitimacy of political practices in the revolutionary government. The topic of the third chapter is the trajectory of the friendship between Cuba and the Soviet Union. The chapter tries to identify the different stages of a relationship that was characterised on one hand by the permanent economic and military dependency of Cuba in relation to the Soviet Union, and on the other hand by the different ways the Cuban regime managed political and ideological divergences existing in the two revolutionary projects. The fourth and final chapter analyses a number of representative cases regarding the politics of expulsion, practiced by the Cuban government against individuals that occupied key positions in the revolutionary power, but were seen by the leader of the Revolution as an obstacle or a threat to his power, and were labelled as “nation’s traitors” and presented to the revolutionary courts. In this chapter a change in the way to access the official speech of the Cuban Revolution is made, because the revolutionary courts were also political tribunes. The conclusion demonstrates that, besides the repression of the opposition, the political pragmatism of Fidel Castro, evident in the various ideological metamorphosis of Cuban Government, was fundamental to maintain the Cuban Revolution and its group in power for more than five decades.
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Preparar, apontar, foto! : A construção da imagem fotográfica dos camponeses cubanos nos periódicos Revolución e Campo de Revolución (1959-1961) /Santos de Lima, Edinaldo Aparecido. January 2018 (has links)
Orientador: Carlos Alberto Sampaio Barbosa / Banca: Charles Monteiro / Banca: José Luis Bendicho Beired / Resumo: Gestado nas matas da Sierra Maestra, em meio aos conflitos entre rebeldes e a ditadura de Fulgencio Batista (1952-1958), o jornal Revolución dirigido por Carlos Franqui cumpria o papel de divulgar as conquistas e os ideais dos insurgentes. Com o triunfo da Revolução em 1959, o periódico deixou a clandestinidade e tornou-se um influente veículo de informação do período. Nele trabalharam vários profissionais entre os quais, fotógrafos cujos frutos de suas produções cooperaram na eternização da Revolução como um dos eventos significativos do século XX. Depois dessa virada histórica, os holofotes dos principais meios de comunicação do mundo passaram a dedicar maior atenção aos passos que seriam dados por aquele país. Logo nos primeiros meses, o jovem governo revolucionário encetou uma série de reformas em vários âmbitos da sociedade, sobretudo em regiões rurais onde predominaram durante décadas a pobreza e a ausência de serviços básicos como educação e saúde. Diante das lentes dos fotógrafos de Revolución, os camponeses cubanos passaram a ter suas condições de vida e seus rostos propagados por toda a Ilha, ao passo em que um imaginário sobre si era construído no intuito de sensibilizar, conscientizar e mobilizar a sociedade, principalmente dos centros urbanos, a participarem do processo de mudanças sociopolíticas do país. Porém, os resultados obtidos a partir da meticulosa análise quantitativa e qualitativa do montante de fotografias presentes tanto no jornal quanto no seu suplemento Campo de Revolución, organizadas e catalogadas mostraram que a moldagem desse imaginário não fora unívoca ou rígida, pois a realidade histórica vivida intensamente pelos cubanos nos primeiros três anos tornou-a flexível. Além disso, a metodologia empregada na análise das fotografias permitiu-nos discutir outros assuntos inerentes ao universo rural cubano / Abstract: Raised in the forests of the Sierra Maestra, amid conflicts between rebels and the dictatorship of Fulgencio Batista (1952-1958), the newspaper Revolución led by Carlos Franqui played the role of publicizing the achievements and ideals of the insurgents. With the triumph of the Revolution in 1959, the newspaper left the clandestine and became an influential vehicle of information of the period. In it worked several professionals among whom, photographers whose fruits of their productions cooperated in the eternalization of the Revolution like one of the significant events of century XX. After this historic turnaround, the spotlight of the world's mainstream media began to pay more attention to the steps that would be taken by that country. In the early months, the young revolutionary government embarked on a series of reforms in various areas of society, particularly in rural areas where poverty and lack of basic services such as education and health prevailed for decades. Faced with the lenses of the photographers of Revolución, the Cuban peasants began to have their living conditions and their faces propagated throughout the Island, while an imaginary about themselves was built in order to raise awareness, raise awareness and mobilize society, especially the urban centers to participate in the process of socio-political changes in the country. However, the results obtained from the meticulous quantitative and qualitative analysis of the amount of photographs present in both the newspaper and its Campo de Revolución supplement, organized and cataloged, showed that the molding of this imagery was not unequivocal or rigid, since the historical reality lived intensely by Cubans in the first three years made it flexible. In addition, the methodology used in the analysis of the photographs allowed us to discuss other subjects inherent to the Cuban rural universe / Mestre
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En cada cuadra un comité, en cada barrio revolución : os cdr e a participação popular na transição socialista em cuba (1960-1975)Santos, Rhenan Pereira January 2017 (has links)
Os Comités de Defensa de la Revolución (CDR) cumpriram um papel fundamental no processo de transição socialista iniciado em Cuba a partir de 1959. A Revolução, através deles, pode contar com o apoio das massas cubanas para enfrentar as muitas tarefas que se colocavam como desafios para a construção do socialismo no país. Construção que teria sido ainda mais difícil, não fossem os muitos cederistas em todo o país. Seu nascimento surge como resposta ao violento ataque contrarrevolucionário desencadeado com a ajuda do imperialismo estadunidense, mas rapidamente sofre uma profunda transformação. Os CDR, de forma bastante orgânica, passam a assumir as tarefas organizativas da vida cubana, fazendo com que a população atuasse em atividades que eram, até aquele momento, competência exclusiva do Estado. Com isso, os comités contribuem para a transformação do próprio caráter do Estado, tarefa essencial da transição socialista. O fato de que esta fosse uma sociedade de capitalismo dependente aumenta a dramaticidade da tarefa. Além disso, os CDR foram um importante canal para a participação política das massas cubanas, em um contexto em que as instituições políticas ainda não estavam suficientemente estabelecidas no país (período entre 1960 e 1975). Nesse sentido, agiram de forma dialética na contradição entre massas e vanguarda revolucionária, tensionando o processo em um sentido de maior democratização. / The Comités de Defensa de la Revolución (CDR) played a key role in the process of socialist transition initiated in Cuba in 1959. The Revolution, through them, can count on the support of the Cuban masses to face the many tasks that challenge for the construction of socialism in the country. Construction would have been even more difficult, if it were not for the many cederistas across the country. His birth comes as a response to the violent counterrevolutionary attack unleashed with the aid of US imperialism, but quickly undergoes a profound transformation. The CDR, in a very organic way, began to assume the organizational tasks of Cuban life, making the population work in activities that until then were the exclusive competence of the State itself. With this, the comités contribute to the transformation of the character of the State, an essential task of the socialist transition. The fact that it was a society of dependent capitalism increases the drama of the task. In addition, the CDR were an important channel for the political participation of the Cuban masses, in a context where political institutions were not sufficiently established in the country yet (between 1960 and 1975). In this sense, they acted dialectically in the contradiction between the masses and the revolutionary vanguard, stressing the process in a sense of greater democratization.
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En cada cuadra un comité, en cada barrio revolución : os cdr e a participação popular na transição socialista em cuba (1960-1975)Santos, Rhenan Pereira January 2017 (has links)
Os Comités de Defensa de la Revolución (CDR) cumpriram um papel fundamental no processo de transição socialista iniciado em Cuba a partir de 1959. A Revolução, através deles, pode contar com o apoio das massas cubanas para enfrentar as muitas tarefas que se colocavam como desafios para a construção do socialismo no país. Construção que teria sido ainda mais difícil, não fossem os muitos cederistas em todo o país. Seu nascimento surge como resposta ao violento ataque contrarrevolucionário desencadeado com a ajuda do imperialismo estadunidense, mas rapidamente sofre uma profunda transformação. Os CDR, de forma bastante orgânica, passam a assumir as tarefas organizativas da vida cubana, fazendo com que a população atuasse em atividades que eram, até aquele momento, competência exclusiva do Estado. Com isso, os comités contribuem para a transformação do próprio caráter do Estado, tarefa essencial da transição socialista. O fato de que esta fosse uma sociedade de capitalismo dependente aumenta a dramaticidade da tarefa. Além disso, os CDR foram um importante canal para a participação política das massas cubanas, em um contexto em que as instituições políticas ainda não estavam suficientemente estabelecidas no país (período entre 1960 e 1975). Nesse sentido, agiram de forma dialética na contradição entre massas e vanguarda revolucionária, tensionando o processo em um sentido de maior democratização. / The Comités de Defensa de la Revolución (CDR) played a key role in the process of socialist transition initiated in Cuba in 1959. The Revolution, through them, can count on the support of the Cuban masses to face the many tasks that challenge for the construction of socialism in the country. Construction would have been even more difficult, if it were not for the many cederistas across the country. His birth comes as a response to the violent counterrevolutionary attack unleashed with the aid of US imperialism, but quickly undergoes a profound transformation. The CDR, in a very organic way, began to assume the organizational tasks of Cuban life, making the population work in activities that until then were the exclusive competence of the State itself. With this, the comités contribute to the transformation of the character of the State, an essential task of the socialist transition. The fact that it was a society of dependent capitalism increases the drama of the task. In addition, the CDR were an important channel for the political participation of the Cuban masses, in a context where political institutions were not sufficiently established in the country yet (between 1960 and 1975). In this sense, they acted dialectically in the contradiction between the masses and the revolutionary vanguard, stressing the process in a sense of greater democratization.
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En cada cuadra un comité, en cada barrio revolución : os cdr e a participação popular na transição socialista em cuba (1960-1975)Santos, Rhenan Pereira January 2017 (has links)
Os Comités de Defensa de la Revolución (CDR) cumpriram um papel fundamental no processo de transição socialista iniciado em Cuba a partir de 1959. A Revolução, através deles, pode contar com o apoio das massas cubanas para enfrentar as muitas tarefas que se colocavam como desafios para a construção do socialismo no país. Construção que teria sido ainda mais difícil, não fossem os muitos cederistas em todo o país. Seu nascimento surge como resposta ao violento ataque contrarrevolucionário desencadeado com a ajuda do imperialismo estadunidense, mas rapidamente sofre uma profunda transformação. Os CDR, de forma bastante orgânica, passam a assumir as tarefas organizativas da vida cubana, fazendo com que a população atuasse em atividades que eram, até aquele momento, competência exclusiva do Estado. Com isso, os comités contribuem para a transformação do próprio caráter do Estado, tarefa essencial da transição socialista. O fato de que esta fosse uma sociedade de capitalismo dependente aumenta a dramaticidade da tarefa. Além disso, os CDR foram um importante canal para a participação política das massas cubanas, em um contexto em que as instituições políticas ainda não estavam suficientemente estabelecidas no país (período entre 1960 e 1975). Nesse sentido, agiram de forma dialética na contradição entre massas e vanguarda revolucionária, tensionando o processo em um sentido de maior democratização. / The Comités de Defensa de la Revolución (CDR) played a key role in the process of socialist transition initiated in Cuba in 1959. The Revolution, through them, can count on the support of the Cuban masses to face the many tasks that challenge for the construction of socialism in the country. Construction would have been even more difficult, if it were not for the many cederistas across the country. His birth comes as a response to the violent counterrevolutionary attack unleashed with the aid of US imperialism, but quickly undergoes a profound transformation. The CDR, in a very organic way, began to assume the organizational tasks of Cuban life, making the population work in activities that until then were the exclusive competence of the State itself. With this, the comités contribute to the transformation of the character of the State, an essential task of the socialist transition. The fact that it was a society of dependent capitalism increases the drama of the task. In addition, the CDR were an important channel for the political participation of the Cuban masses, in a context where political institutions were not sufficiently established in the country yet (between 1960 and 1975). In this sense, they acted dialectically in the contradiction between the masses and the revolutionary vanguard, stressing the process in a sense of greater democratization.
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