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Presença da família no atendimento de emergência pediátrica hospitalar: elaboração e aplicação de um protocolo / Presence of the family in pediatric emergency hospital care: elaboration and application of a protocol

Mekitarian, Francine Fernandes Pires 28 March 2018 (has links)
Introdução: Partindo-se do pressuposto que o Cuidado Centrado no Paciente e na Família é o modo mais humanizado de prestar cuidado em saúde, faz-se necessário refletir sobre a aplicabilidade dessa abordagem em unidades de emergência pediátrica. Uma possibilidade é o favorecimento da presença da família no atendimento de emergência. O uso de protocolo e o treinamento de profissionais de saúde são ferramentas que fortalecem a prática. Objetivos: elaborar e aplicar na prática clínica um protocolo brasileiro que inclui a família no atendimento de emergência pediátrica. Método: estudo piloto do tipo descritivo observacional, realizado em três etapas: 1) elaboração do protocolo; 2) treinamento de profissionais para a aplicação do protocolo. O treinamento foi realizado com 26 profissionais de enfermagem atuantes em uma unidade de emergência pediátrica de um hospital de ensino, localizado na cidade de São Paulo e 3) análise da aplicação do protocolo na prática assistencial. Para essa análise, foi investigada a dinâmica do atendimento de emergência focando os aspectos relacionados à presença da família; as perspectivas de profissionais de saúde em relação ao conteúdo do protocolo e as anotações de enfermagem no que tange a aplicação do protocolo. Resultados: Foram analisados 65 atendimentos de emergência com a aplicação do protocolo. Em 65,6% dos atendimentos, foi designado um profissional de suporte; 93,4% das famílias aceitaram o convite para presenciar o atendimento e não ocorreu interrupção do atendimento ao paciente em consequência da presença desta. Ao avaliar o protocolo, 85,7% dos profissionais referiram confiança em aplicá-lo em sua prática profissional. As principais dificuldades percebidas pelos profissionais para aplicar o protocolo incluíram a falta de recursos humanos, a falta de treinamento de todos os profissionais e a falta de estrutura física para o acolhimento familiar. Em relação às facilidades, foram elencadas equipe sensibilizada à prática, suporte familiar, o CCPF como alicerce teórico e membros na equipe experientes sobre o tema. Em relação ao conteúdo, os profissionais consideraram o protocolo fácil e rápido de ser aplicado. Apenas em 50% das anotações de enfermagem foi registrado que a família estava presente no atendimento. Conclusões: As ações promotoras para a adoção institucional do protocolo incluem a sensibilização dos profissionais para acolher as famílias no atendimento de emergência e treinamento para a aplicação do protocolo na prática assistencial. Além disso, as ações que facilitam a implantação do protocolo na prática assistencial incluem respaldo teórico na abordagem do CCPF, profissionais que atuem como referência sobre o tema para os demais membros da equipe e designação de um profissional de suporte. / Introduction: Based on the assumption that Patient and Family Centered Care (PFCC) is the most humanized way of providing health care, it is necessary to reflect on the applicability of this approach in pediatric emergency units. One possibility is to favor the presence of the family in emergency care. The use of protocol and the training of health professionals are tools that strengthen the practice. Objectives: To elaborate and apply in clinical practice a Brazilian protocol that includes the family in pediatric emergency care. Method: pilot study of descriptive observational type, carried out in three stages: 1) elaboration of the protocol; 2) professional training for the application of the protocol. The training was performed with 26 nursing professionals working in a pediatric emergency unit of a teaching hospital, located in the city of São Paulo; and 3) analysis of the application of the protocol in the practice of care. For this analysis, it was investigated the dynamics of emergency care focusing on the aspects related to family presence; the perspectives of health professionals regarding the content of the protocol and the nursing notes regarding the application of the protocol. Results: A total of 65 emergencies were analyzed using the protocol. In 65.6% of the attendances a support professional was assigned; 93.4% of the families accepted the invitation to attend the service and there was no interruption of the patient care due to the presence of the family. When evaluating the protocol, 85.7% of the professionals reported confidence in applying it to their professional practice. The main difficulties perceived by professionals to apply the protocol included lack of human resources, lack of training of all professionals and lack of physical structure for the family. Regarding the facilities, the team was sensitized to practice, family support, the PFCC as a theoretical foundation and have experienced team members on the topic. Regarding content, professionals considered the protocol easy and quick to apply. Only 50% of the nursing notes recorded that the family was present in the care. Conclusions: The actions promoting the institutional adoption of the protocol include raising the awareness of professionals to receive families in emergency care and training for the application of the protocol in the practice of care. In addition, actions that facilitate the implementation of the protocol in the practice of care include theoretical support in the approach of the PFCC, professionals who serve as reference on the theme for the other members of the team and appointment of a support professional.
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A EXPERIÊNCIA DE VIVENCIAR A DISFAGIA OROFARÍNGEA APÓS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL / Experiencing oropharyngeal dysphagia after cerebrovascular accident.

Matos, ANA CLÁUDIA MAGALHÃES 10 March 2017 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2017-08-10T12:08:37Z No. of bitstreams: 1 ANA CLÁUDIA MAGALHÃES MATOS.pdf: 3267899 bytes, checksum: 2d2b25e1956255ea5beaaf63fb6ba19e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-10T12:08:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ANA CLÁUDIA MAGALHÃES MATOS.pdf: 3267899 bytes, checksum: 2d2b25e1956255ea5beaaf63fb6ba19e (MD5) Previous issue date: 2017-03-10 / Oropharyngeal dysphagia is a common disorder in people that survived a cerebrovascular accident (CVA). It is a disability that contributes to the lack of functionality and dependency to eat. These eating limitations lead to clinical risks and adaptation needs to deal with the restrictions. The objective of the present dissertation, a qualitative case study, was to describe the experience of living with oropharyngeal dysphagia after a CVA from the patients‟ and their relative caregivers‟ perspectives. The dissertation reports seven cases of people who survived a CVA; these patients live in the southwest of Bahia and were discharged from hospital presenting signs and symptoms of dysphagia between October 2015 and July 2016. Data were collected through semi-structured interviews at the patients‟ homes. Five patients and seven relative caregivers were interviewed individually or in pairs. By applying an interpretative thematic analysis, the following thematic topics were identified: changes in preparing, handling and offering food; difficulties and feelings of the patients and relative caregivers before dysphagia; and social support. Confrontation of the signs and symptoms of dysphagia occurred with little orientation, mainly in the transition from hospital to home care, and little formal support. It was observed that the signs and symptoms of this disorder, such as cough and choking, are frequent, especially during the postdischarge period, and cause dissatisfaction and reveal a lack of preparation to deal with difficulties. The relative caregivers that did not receive orientations and help to manage the eating routine of the patients faced a greater difficulty to prepare, handle and offer food. The results show the importance of interdisciplinary team work, mainly to prepare the family for hospital discharge, and the relatives‟ commitment in the care process regarding the application of educational practices and training to achieve humanized care and a higher quality of life for patients. In addition to these measures, the findings confirm the need for speech therapy interventions focused on the evaluation of patients with CVA and follow-up of their eating patterns throughout the rehabilitation process. / A disfagia orofaríngea é um distúrbio observado frequentemente em pessoas que sobrevivem ao acidente vascular cerebral (AVC). Trata-se de uma incapacidade que contribui para a perda da funcionalidade e da independência para se alimentar. As limitações para a alimentação levam a riscos clínicos e necessidades de adaptação para enfrentar as dificuldades existentes. O objetivo desta pesquisa, do tipo estudo de caso qualitativo, foi descrever a experiência de vivenciar a disfagia orofaríngea após o acidente vascular cerebral na perspectiva do paciente e de cuidadores familiares. Foram descritos os casos de sete sobreviventes ao AVC, residentes em um município do Sudoeste da Bahia e que receberam alta hospitalar com sinais e sintomas de disfagia, no período de outubro de 2015 a julho de 2016. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas em domicílio. Foram entrevistados cinco pacientes e sete cuidadores familiares, de modo individual, ou em díades. Por meio da análise temática interpretativa, foram identificados os seguintes núcleos temáticos: mudanças no preparo, manejo e oferta da dieta; dificuldades e sentimentos dos pacientes e cuidadores familiares no enfrentamento da disfagia e o apoio social. O enfrentamento dos sinais e sintomas da disfagia ocorreu com poucas orientações, principalmente no processo de transição do cuidado hospitalar para o domicílio, e pouco apoio formal. Observou-se que os sinais e sintomas deste distúrbio como tosse e engasgos são frequentes, sobretudo na fase pós alta hospitalar, e trazem sentimentos de insatisfação, bem como demonstram o despreparo dos cuidadores para lidar com as dificuldades. Os cuidadores familiares que não tiveram orientações e auxílios nas condutas durante alimentação se depararam com maior dificuldade no preparo, manejo e oferta da dieta. Os resultados evidenciam, além da necessidade de intervenções fonoaudiológicas focadas na avaliação do paciente com AVC e no acompanhamento de seu padrão de alimentação no decorrer do processo de reabilitação, a importância da atuação de equipes interdisciplinares, principalmente no preparo para alta hospitalar, e do envolvimento da família no processo do cuidar, com vistas ao desenvolvimento de ações educativas e treinamento prático para a busca constante da humanização e melhor qualidade de vida.
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Agente Comunitário de Saúde (ACS): construção do percurso identitário a partir da história de vida / Community Health Agent (CHA): Construction of pathway identity from life history

Cristiane Otoni Gomes 26 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa busca compreender a construção do percurso identitário do Agente Comunitário de Saúde (ACS) a partir da história de vida. Os objetivos colocados neste estudo foram analisar as formas como se constituíram os princípios e valores que orientam as práticas de cuidado do ACS e de construir uma narrativa que contemplasse como as contingências e os acasos produziram os sentidos para o seu percurso identitário. Para isto, utilizou-se a metodologia qualitativa heterogênea através da abordagem da História de Vida e da Análise de Conteúdo. A primeira - História de Vida, segundo Becker (1994) é a expressão de uma forma de vida, de conhecer crenças, valores e desejos de uma população estudada dentro do contexto da vida destes sujeitos. Para tanto, foram realizadas entrevistas com seis ACS que atuam há pelo menos dois anos no município do Rio de Janeiro. As entrevistas foram gravadas e, parcialmente, transcritas após o aceite e a assinatura do termo de consentimento. Acredito que os agentes podem operar entre si diferentes modos de fazer, uma vez que afetam e sofrem afetamentos, atravessam e ao mesmo tempo são atravessados por diferentes micro redes que geram solidariedade ou individualismo, humanidade ou animosidade nas inter-relações. Neste contexto, o estudo conclui que ainda que a maioria dos entrevistados não escolhesse a carreira de ACS, houve uma disponibilidade para aprender o ofício e um compromisso com as atribuições definidas para o exercício profissional. Aliado a isso, constatou-se também, que a inserção na profissão foi uma forma de conseguir um emprego formal que garanta uma renda fixa mensal. Não há o desejo de permanecer por muito tempo nesta profissão pelo desgaste físico e emocional que é fortemente sentido já no primeiro ano de trabalho. Em relação à construção dos sentidos para o percurso identitário dos ACS, os depoimentos apresentam uma identificação com as ações de ajuda e solidariedade presentes na vida dos sujeitos. E, dentre os valores ou princípios que constituíram a formação de um caráter ou identidade pessoal, que são determinantes para a atuação no cuidado à saúde das pessoas, destacam-se a sensibilidade, a escuta, o afeto, o acolhimento, a ética, a amizade e alteridade. Na discussão sobre a necessidade deste profissional ser morador da área que vai atuar, observou-se, a partir das narrativas, que esta exigência pode facilitar a abordagem. Contudo, a qualidade do cuidado não está diretamente relacionada a este critério que pode gerar distanciamento e desconfiança dos outros moradores. Logo, estudos como este se justificam para que se possa reafirmar a importância de trabalhadores do SUS, em especial, o ACS. Estes representam hoje mais de 200 mil trabalhadores da saúde pública e se espera que sejam profissionais responsáveis por um cuidado em saúde que respeitem as diferenças entre as pessoas, que não sobreponham a doença ao sujeito e não minimizem o sofrimento em função do cumprimento de metas e produção de dados a serem planilhados. Lutem, acima de tudo, pela defesa de qualquer vida.
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Hospital humano: etnografia da humaniza??o hospitalar na perspectiva de usu?rios

Gomes, Annat?lia Meneses de Amorim 29 October 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T14:13:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AnnataliaMAG.pdf: 525935 bytes, checksum: 09c7dcbf450f58547b91f6293fe51bae (MD5) Previous issue date: 2008-10-29 / This ethnographic work studies the experiences of patients admitted in public (PUH) and private (PRH) hospitals in the Brazilian northeastern region. 28 adult patients of different clinics participated in the study. Data were analyzed by the patient path method, consisting in a combination of complemented and articulated techniques free observation, participating observation, ethnographic interview and patient testimonials collected prospectively during the patients admissions, from their arrival and until their discharge. The analysis was carried out according to the Thematic Categories Analysis Technique and the data were interpreted pursuant to medical anthropology, healthcare humanization and healthcare promotion theoretical references. The ethical principles of Resolution 196/96 were followed. The human hospital, as revealed by the patient, highlights the significance of subjectivity. 225 (54.7%) out of 411 mentioned concepts were collected in a public hospital (PUH) and 186 (45.3%) in a private institution (PRH). The results show that the patient at the PUH and PRH ethnoevaluates different aspects of the healthcare professionals? human and technical competence, the hospital?s functioning structure, the access to and the ethics in the financial management, and develops overcoming strategies for his stay at the hospital. This ethnoevaluation is mediated by different factors, namely: social and economic status, personality, religiosity, ironic speech, somber diagnosis and satisfied needs, prior hospital experiences and the conditions under which the interview was carried out. A pedagogic proposal for the hospital humanization must include structural, managerial and organizational changes of the offered services and use active methodologies aimed to the political resolution of problematic situations at work and the inclusion of affective and subjective factors, and become as well a tool for the collective learning. This study shows the importance for the user?s ethnoevaluation to be incorporated into the hospital management and care as a guideline in the decision making and clinical action, thus promoting practices that shall lead to a decent and humanized care. The multidisciplinary nature of this study allowed a wide understanding of the user?s perspective as a socially critical ethnoevaluator / Este estudo etnogr?fico investiga a experi?ncia vivida do paciente internado em hospital p?blico (HPU) e privado (HPR) no Nordeste brasileiro. Os participantes da pesquisa foram 28 pacientes adultos atendidos nas diversas cl?nicas. Os dados foram estudados pelo m?todo O Percurso do Paciente , consistindo de uma combina??o complementar e articulada de t?cnicas - observa??o livre, observa??o participante, entrevista etnogr?fica e narrativas do paciente, coletadas prospectivamente durante a hospitaliza??o, desde a sua chegada at? a alta. A an?lise ocorreu conforme a T?cnica de An?lise Categorial Tem?tica e os dados foram interpretados ? luz dos referenciais te?ricos da Antropologia M?dica, humaniza??o do cuidado e promo??o da sa?de. Foram observados os princ?pios ?ticos da Resolu??o 196/96. O hospital humano, revelado pelo paciente, destaca a import?ncia da subjetividade. Das 411 unidades de significados desveladas, 225 (54,7%) foram no hospital p?blico (HPU) e 186 (45,3%) no hospital privado (HPR). Os resultados indicam que o paciente etnoavalia no HPU e no HPR aspectos da compet?ncia humana e t?cnica do profissional da sa?de, a estrutura e funcionamento hospitalar, o acesso e a ?tica na condu??o das finan?as; e desenvolve estrat?gias de supera??o da hospitaliza??o. Esta etnoavalia??o ? mediada por diversos fatores: condi??o socioecon?mica, personalidade, religiosidade, discurso ir?nico, diagn?stico sombrio e necessidades atendidas, experi?ncia anterior de hospitaliza??o e condi??es da entrevista. Uma proposta pedag?gica para humaniza??o hospitalar dever? vincular-se ?s mudan?as estruturais, gerenciais e organizacionais dos servi?os; utilizar-se de metodologias ativas que visem ? politiza??o, ? problematiza??o das situa??es concretas de trabalho e ? inclus?o dos afetos e intersubjetividades; al?m de constituir-se em aprendizagem coletiva. O estudo mostra a import?ncia de a etnoavalia??o do usu?rio ser incorporada ao projeto da gest?o e aten??o hospitalar como orientadora de decis?es e a??es cl?nicas, consistindo em promotora de pr?ticas que levem a um cuidado resolutivo, digno e humanizado. A multidisciplinaridade da pesquisa permitiu ampla apreens?o da perspectiva do usu?rio como etnoavaliador cr?tico social
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Agente Comunitário de Saúde (ACS): construção do percurso identitário a partir da história de vida / Community Health Agent (CHA): Construction of pathway identity from life history

Cristiane Otoni Gomes 26 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa busca compreender a construção do percurso identitário do Agente Comunitário de Saúde (ACS) a partir da história de vida. Os objetivos colocados neste estudo foram analisar as formas como se constituíram os princípios e valores que orientam as práticas de cuidado do ACS e de construir uma narrativa que contemplasse como as contingências e os acasos produziram os sentidos para o seu percurso identitário. Para isto, utilizou-se a metodologia qualitativa heterogênea através da abordagem da História de Vida e da Análise de Conteúdo. A primeira - História de Vida, segundo Becker (1994) é a expressão de uma forma de vida, de conhecer crenças, valores e desejos de uma população estudada dentro do contexto da vida destes sujeitos. Para tanto, foram realizadas entrevistas com seis ACS que atuam há pelo menos dois anos no município do Rio de Janeiro. As entrevistas foram gravadas e, parcialmente, transcritas após o aceite e a assinatura do termo de consentimento. Acredito que os agentes podem operar entre si diferentes modos de fazer, uma vez que afetam e sofrem afetamentos, atravessam e ao mesmo tempo são atravessados por diferentes micro redes que geram solidariedade ou individualismo, humanidade ou animosidade nas inter-relações. Neste contexto, o estudo conclui que ainda que a maioria dos entrevistados não escolhesse a carreira de ACS, houve uma disponibilidade para aprender o ofício e um compromisso com as atribuições definidas para o exercício profissional. Aliado a isso, constatou-se também, que a inserção na profissão foi uma forma de conseguir um emprego formal que garanta uma renda fixa mensal. Não há o desejo de permanecer por muito tempo nesta profissão pelo desgaste físico e emocional que é fortemente sentido já no primeiro ano de trabalho. Em relação à construção dos sentidos para o percurso identitário dos ACS, os depoimentos apresentam uma identificação com as ações de ajuda e solidariedade presentes na vida dos sujeitos. E, dentre os valores ou princípios que constituíram a formação de um caráter ou identidade pessoal, que são determinantes para a atuação no cuidado à saúde das pessoas, destacam-se a sensibilidade, a escuta, o afeto, o acolhimento, a ética, a amizade e alteridade. Na discussão sobre a necessidade deste profissional ser morador da área que vai atuar, observou-se, a partir das narrativas, que esta exigência pode facilitar a abordagem. Contudo, a qualidade do cuidado não está diretamente relacionada a este critério que pode gerar distanciamento e desconfiança dos outros moradores. Logo, estudos como este se justificam para que se possa reafirmar a importância de trabalhadores do SUS, em especial, o ACS. Estes representam hoje mais de 200 mil trabalhadores da saúde pública e se espera que sejam profissionais responsáveis por um cuidado em saúde que respeitem as diferenças entre as pessoas, que não sobreponham a doença ao sujeito e não minimizem o sofrimento em função do cumprimento de metas e produção de dados a serem planilhados. Lutem, acima de tudo, pela defesa de qualquer vida.
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Sentido do cuidado em saúde mental na rede de atenção psicossocial do Sistema Único de Saúde

Fidelis, Ariélly Cristina January 2016 (has links)
Submitted by Micheli Abreu (mabreu@fiocruz.br) on 2016-04-15T14:40:15Z No. of bitstreams: 1 Ariélly_Fidelis_EPSJV_Mestrado_2015.pdf: 4030638 bytes, checksum: 1cac5141946d0e14060659dcc3956e36 (MD5) / Approved for entry into archive by Mario Mesquita (mbarroso@fiocruz.br) on 2016-04-15T18:19:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Ariélly_Fidelis_EPSJV_Mestrado_2015.pdf: 4030638 bytes, checksum: 1cac5141946d0e14060659dcc3956e36 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-15T18:19:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ariélly_Fidelis_EPSJV_Mestrado_2015.pdf: 4030638 bytes, checksum: 1cac5141946d0e14060659dcc3956e36 (MD5) Previous issue date: 2016 / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Programa de Pós Graduação em Educação Profissional em Saúde / Diferentes concepções de cuidado permeiam o setor da saúde e influenciam as práticas adotadas em todos os campos, inclusive o da saúde mental. Cada local de atendimento em saúde adota um perfil de cuidado, que nem sempre atende às reais necessidades da população. Este estudo buscou sentido para o cuidado em saúde mental na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo configura-se metodologicamente como qualitativo de cunho fenomenológico, a partir do referencial hermenêutico de Heidegger. Para trilhar o caminho analítico tomou-se por inspiração, também, o referencial da Antropologia Visual e o seu fazer etnográfico. O esforço empreendido nesta pesquisa se deu a partir da seleção de 21 imagens fotográficas que retratam distintas vivências que apontam para o cuidado exercido no interior de diferentes dispositivos de saúde mental do Sistema Único de Saúde do Brasil. Cinco imagens retratam cenas de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), oito de Hospitais Psiquiátricos e oito de Residências Terapêuticas. A partir destas imagens, o sentido do cuidado exercido nos dispositivos da RAPS emergiu como ainda atrelado à noção de cuidado baseado nos procedimentos e ações efetivas, ao funcionamento considerado adequado exclusivamente desde o cumprimento de protocolos, critérios e atividades assistenciais preconizadas nos manuais. O cuidado considerado necessário para o âmbito da saúde mental é o que, certamente, contribui para a progressão da Reforma Psiquiátrica Brasileira, valoriza as pessoas, reconhece seus contextos de vida, se interessa por seus sentimentos e expectativas quanto ao que os profissionais podem vir a colaborar para a satisfação das necessidades, para a redução do seu sofrimento e para a reconfiguração dos dispositivos de saúde. / Different conceptions of care permeat the health sector, playing important role in the practices adopted in all fields, including mental health. Each health device adopts a care profile, which does not always achieve the real needs of the population. This study sought meaning for mental health care in Psychosocial Care Network of the Brazilian Unified Health System (Rede de Atenção Psicossocial - RAPS of the Sistema Único de Saúde - SUS). The study has methodological and qualitative phenomenological nature, with the referential of heideggerian hermeneutics. To tread this analytical path took as an inspiration, also, referential of the Visual Anthropology and its ethnographic approach. The efforts undertaken in this research come up from the selection of 21 photographic images that depict different experiences about to the care exercised inside of some devices of SUS. Five images show scenes of Psychosocial Care Centers (Centros de Atenção Psicossocial - CAPS), eight are to looking for experiencies in psychiatric hospitals and eight are set up inside therapeutic residences (Programa de Residências Terapêuticas). From these images, the meaning of care exercised in the RAPS devices emerged as still linked to the notion of care based on procedures and effective action, operation considered appropriate only from compliance protocols, welfare criteria and activities recommended by manuals. The care deemed necessary for the scope of mental health is what certainly contributes to the progression of the Brazilian Psychiatric Reform, values people, recognizing their life contexts, their feelings and expectations as to what professionals can come to collaborate to meet the needs, to reduce their suffering and to the reconfiguration of health devices.
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Estudo da autonomia pessoal de usuários em início de tratamento por uso de drogas ilícitas no centro de atenção psicossocial álcool e drogas de São Carlos, SP

Silva, Adriano André da 31 March 2016 (has links)
Submitted by Izabel Franco (izabel-franco@ufscar.br) on 2016-10-10T14:50:02Z No. of bitstreams: 1 DissAAS.pdf: 1435150 bytes, checksum: 7abcf360d540c17a74c711194318bbda (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-10-20T19:59:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissAAS.pdf: 1435150 bytes, checksum: 7abcf360d540c17a74c711194318bbda (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-10-20T19:59:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissAAS.pdf: 1435150 bytes, checksum: 7abcf360d540c17a74c711194318bbda (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-20T19:59:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissAAS.pdf: 1435150 bytes, checksum: 7abcf360d540c17a74c711194318bbda (MD5) Previous issue date: 2016-03-31 / Não recebi financiamento / The biopsychosocial phenomenon of drug use becomes a challenge to the health promotion because of the multitude of factors involved; among them, the subject's autonomy. Aiming to identify and understand a set of aspects related to personal autonomy for the use and search for treatment because of disorders related to use of illicit drugs, we used the clinicalqualitative Method and interpretive interactionism to investigate the people's autonomy in the beginning of the treatment at CAPS- AD São Carlos, SP. The data obtained through nondirected interviews done with ten of these subjects were organized into thematic categories, which the content analysis showed that some people had a voluntary action, both for the drug use and for the search for treatment. However, others did not recognize their volitional intention for drug or had their self-care autonomy impaired. On the other hand, it was observed that the reflection about the use condition itself seems to move people to search for treatment. Therefore, it is important to consider that the subject's autonomy is crucial for both the determination by the use of drugs and for seeking treatment and self-care, although it may be impaired in some circumstances. This implies that the treatment project for the care of people who use illegal drugs need to consider the reflections and decisions of the subject itself about their living conditions and the maintenance of the use factors, as well as the possibility of choice and improved quality of life. / O fenômeno biopsicossocial do uso de drogas torna-se um desafio à promoção de saúde diante da multiplicidade de fatores envolvidos; entre eles, a autonomia do sujeito. Com o objetivo de identificar e compreender um conjunto de aspectos ligados à autonomia pessoal para o uso e para busca pelo tratamento por transtornos relacionados ao uso drogas ilícitas, utilizou-se o Método clínico-qualitativo e o interacionismo interpretativo para investigar a autonomia de pessoas em início do acompanhamento para cuidados no CAPS-AD de São Carlos, SP. Os dados obtidos por meio de entrevistas não-dirigidas feitas com dez desses sujeitos foram organizados em categorias temáticas, cuja análise do conteúdo mostrou que algumas pessoas apresentaram uma ação voluntária, tanto para o uso da droga, quanto para a busca por tratamento. Contudo, outras não reconheceram sua intenção volitiva para o uso da droga ou tinham sua autonomia para o autocuidado prejudicada. Por outro lado, observou-se que a reflexão sobre a própria condição de uso parece mobilizar as pessoas a buscar por tratamento. Portanto, é importante considerar que a autonomia do sujeito é decisiva tanto para a determinação pelo uso de drogas quanto para a busca do tratamento e para o autocuidado, ainda que possa estar prejudicada em algumas circunstâncias. Isso implica que o projeto terapêutico destinado ao cuidado às pessoas que fazem uso de drogas ilícitas precisa considerar as reflexões e decisões do próprio sujeito a respeito de sua condição de vida e dos fatores da manutenção do uso, bem como das possibilidades de escolha e melhoria da qualidade de vida.
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Humanização do cuidado no ambiente hospitalar: percepção de enfermeiros de um hospital universitário / Care Humanization in hospital settings: perceptions of nurses working at a school hospital

SANTOS, Nilde Resplandes dos 12 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:04:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao nilde.pdf: 578642 bytes, checksum: c81be58c892df249786559538371fba5 (MD5) Previous issue date: 2007-12-12 / Humanizing healthcare assistance has become an emergent theme being discussed over decades, and in the most recent years such debates have become more intense regarding how to take more effective actions on care by valuing the human condition. Nurses are considered a key element to visibility of humanized care in the hospital setting due to their sensitivity to the perception of patient s subjectivity and for having the sense of care solidified under ethical humanistic values as the existential reason of their profession. This is a qualitative descriptive exploratory study aimed at analyzing the concept on humanized care the nurses working in hospital assistance have. It was conducted in a school hospital, located in Midwestern Brazil, with the participation of 27 nurses acting on inpatients direct assistance. Data was collected through semi-structured individual interviews and were submitted to the content thematic analysis.Thus, we have come up with four main categories and their subcategories revealing the respondents perception concerning care humanization in the hospital context, namely: conception of humanized care; caregivers conception under the humanized assistance perspective; the paradox of the humanized care in the hospital setting; echoes of the Permanent Education Project on relative practice and concepts to the humanizado care. By the end of this study, we have noticed that nurses have various perceptions concerning this issue, correlating, however, the humanized care to holistic approach regarding patients assistance. The ethical humanistic principles were described by all the respondents when expressing humanization of care related to feelings such as love, empathy, presence, communication, and attention. They identified at the institution several aspects favoring or making it harder the effectiveness of humanized care, however, they have stressed the internal availability of staff and their valuing in the humane dimension, through symmetric respect and dialogue between workers and managers as determinant to humanizing process. We present the continuing education project of the institution which aims at discussing the humanization of assistance in the hospital ambit as an important initiative enabling changes in staff concepts and attitudes in what patient care regards. Thus, some outcomes have been assessed so that these project contributions can be highlighted in the construction of concepts and practices related to humanizing care among nurses participating in such activities. In general, throughout the research we could see that the institution can count on committed, responsible, sensitive nurses motivated to contribute to the effectiveness of humanized care. Thinking about the complexity of the assistance humanization process, we become aware that implementing humanized care in the hospital setting requires a long way demanding successful strategies, not always easy, but feaxible. / A humanização da assistência em saúde é um tema emergente que vem sendo discutido há décadas e nos últimos anos essas discussões têm se intensificado no sentido de tornar efetivas as ações do cuidado valorizando a condição humana. Consideramos o enfermeiro elemento-chave para a visibilidade do cuidado humanizado no ambiente hospitalar por ser um profissional sensível à percepção da subjetividade do paciente e por ter o cuidado solidificado em valores ético-humanistas como razão existencial da profissão. Este estudo, de natureza descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa, teve como objetivo geral analisar a concepção sobre cuidado humanizado pelos enfermeiros que atuam na assistência hospitalar. Foi desenvolvido em um hospital universitário, localizado na região Centro-Oeste do Brasil, com a participação de 27 enfermeiros atuantes na assistência direta à pessoa internada. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual semi-estruturada e foram submetidos à análise temática de conteúdo. Dessa forma, foram construídas quatro categorias principais e subcategorias, que revelaram a percepção dos participantes sobre a humanização do cuidado no contexto hospitalar, assim nomeadas: concepção do cuidado humanizado; concepção de cuidador na perspectiva da humanização da assistência; o paradoxo do cuidado humanizado no ambiente hospitalar; ressonâncias do Projeto de Educação Permanente sobre conceitos e práticas relativos ao cuidado humanizado. Ao finalizarmos este estudo, verificamos que os enfermeiros têm percepções diversas sobre a temática, correlacionando, entretanto, o cuidado humanizado ao holismo na assistência ao paciente. Os princípios ético-humanistas foram apontados pela totalidade dos entrevistados ao expressarem a humanização do cuidado relacionada a sentimentos de amor, empatia, presença, comunicação e atenção. Identificaram na instituição, vários aspectos que favorecem ou dificultam a efetividade do cuidado humanizado, entretanto, destacaram a disponibilidade interna do profissional e a valorização dele na sua dimensão humana, por meio do respeito e diálogo simétrico entre os trabalhadores e gestores como determinantes para processo de humanização. Apresentamos o Projeto de Educação Permanente da instituição, que tem entre seus objetivos, discutir a humanização da assistência no âmbito hospitalar como uma iniciativa importante que possibilita mudanças de conceitos e atitudes dos profissionais frente ao cuidado dos pacientes. Dessa forma, alguns resultados foram analisados no sentido de apontar a contribuição desse projeto na construção de conceitos e práticas relativas à humanização do cuidado entre os enfermeiros que participaram de suas atividades. De modo geral, no transcorrer da pesquisa, vimos que a instituição conta com profissionais de enfermagem comprometidos, responsáveis, sensíveis e motivados a contribuir no sentido de tornar efetiva a prática do cuidado humanizado. Pensando na complexidade do processo da humanização da assistência, temos a clareza que implementar o cuidado humanizado no ambiente hospitalar, requer uma longa trajetória, que demanda estratégias exitosas, nem sempre fácies, mas possíveis de serem alcançadas.

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